
Sete estados brasileiros estão com uma ocupação de 80% ou mais dos leitos de UTI (unidade de terapia intensiva) pediátricos para o tratamento de crianças com Covid-19.
Em geral, as redes estaduais contam com poucos leitos desse tipo para crianças com a doença, pois estes demandam equipamentos específicos e equipes especializadas. Ao menos oito estados têm menos de uma dezena de leitos para atender a esse público.
Segundo levantamento da Folha de S. Paulo, em três estados, a ocupação dos leitos infantis atingiu o patamar de 100%. É o caso de Mato Grosso do Sul, Maranhão e Rio Grande do Norte. Outros quatro enfrentam cenário crítico, com ocupação de 80% ou mais: Ceará, Bahia, Pernambuco, Goiás.
No Rio Grande do Norte, as seis UTIs pediátricas públicas estão ocupadas – três leitos estão na região metropolitana de Natal e outros três na região do Alto Oeste.
Nessa quarta-feira, 26, a Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap), anunciou que está trabalhando para ampliar a rede de leitos pediátricos e que reverterá todos os leitos de UTI do Hospital Pediátrico Maria Alice Fernandes para síndrome respiratória, com ênfase na Covid-19, passando de três para dez leitos.
Ainda segundo o comunicado da Sesap, haverá ainda a ampliação de seis leitos críticos e a reversão de 21 leitos clínicos. Assim, ao final do trabalho, serão 16 leitos críticos e 23 clínicos exclusivos para tratamento de casos de Covid-19 e síndrome respiratória não Covid em menores de idade.
A avaliação do governo do Estado é que o avanço na vacinação infantil pode ajudar a frear os casos mais adiante. A procura no Rio Grande do Norte, porém, ainda está abaixo do esperado, o que tem levado a reforço nas campanhas. Até a manhã desta quinta-feira, 27, a Plataforma RN+Vacina registrava 23.447 doses aplicadas, o que representa apenas 6% da população de 5 a 11 anos.