
Como parte de um pacote de medidas para usar o sistema prisional como ferramenta de combate ao crime organizado, o Departamento Penitenciário Nacional (Depen) e a Secretaria da Administração Penitenciária (Seap) realizaram a primeira fase da “Operação Modo Avião” nos presídios do Rio Grande do Norte. A ação visa identificar e inabilitar possíveis aparelhos celulares utilizados pelos detentos.
A ação durou 12 dias e foi finalizada nesta sexta-feira (3). Nenhum equipamento eletrônico foi encontrado nas penitenciárias potiguares revistadas. “Durante a ação, foram realizadas varreduras minuciosas. Foram verificados colchões, uniformes dos presos, grades, cadeados, paredes, teto, ralos e pias”, contou o Secretário de Administração Penitenciária, Pedro Florêncio.
As inspeções foram executadas em diversas unidades, entre elas a Penitenciária Estadual de Alcaçuz e do Presídio Rogério Coutinho Madruga, em Nísia Floresta, maior complexo prisional do Estado.
De acordo com a Diretora-Geral do Depen, Tânia Fogaça, o Departamento sempre entendeu como necessária a interrupção das comunicações ilegais entre as pessoas privadas de liberdade e a sociedade livre. “A ação é parte de um pacote complexo de medidas do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), por meio do Depen, para utilização do sistema prisional como ferramenta de combate ao crime organizado em todo o país”, afirmou.
Nos últimos anos, foram pelo doados Depen ao Sistema Prisional Brasileiro R$ 111.990.757,50 em equipamentos de revista eletrônica, como Raios Xs, raquetes, portais e bodyscan.
A “Modo Avião” é uma operação inédita lançada pelo Depen em 2021 e realizada em conjunto com as Secretarias Estaduais de Administração Prisional. Ao todo, até o momento, já foram indicados para receber as ações 173 estabelecimentos prisionais de 14 Unidades da Federação.
O nome “Modo Avião” faz alusão à funcionalidade de inativar o celular, por impossibilitar a comunicação por meio do aparelho.