A vereadora de Natal, Thabatta Pimenta (PSOL), avaliou como positivo o resultado da pesquisa DataVero/Diário do RN, divulgada nesta segunda-feira, que apontou seu nome com 8,16% das intenções de voto na disputa para o Governo do Rio Grande do Norte. O levantamento mediu cenários eleitorais na Grande Natal, incluindo os municípios de Natal, Parnamirim, Macaíba, Ceará-Mirim, Extremoz e São Gonçalo do Amarante, que representam 36% do eleitorado potiguar.
“Estou passada! Eu fiquei muito impressionada porque é quase dois dígitos e mostra que uma quantidade muito grande, se for fazer estatisticamente a partir dos eleitores do nosso Estado e a partir dos números que a pesquisa mostra, que é uma quantidade muito grande de pessoas que têm o meu nome na mente. Isso mostra que há um caminho a seguir, que a minha luta pode ser expandida para todo o Estado também, nas eleições do próximo ano, seja para governo, deputada federal, o que for”, afirmou Thabatta.
A pesquisa mostra o prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra (UB), liderando com 19,65% das intenções de voto. Em seguida aparecem o ex-prefeito de Natal, Carlos Eduardo Alves (PSD), com 16,24%; o senador Rogério Marinho (PL), com 13,49%; e o ex-prefeito de Natal, Álvaro Dias (Republicanos), com 11,49%. A vereadora Thabatta Pimenta surge em quinto lugar, com 8,16%, à frente do secretário estadual da Fazenda, Cadu Xavier (PT), que marcou 1,83%. Mais de 20% dos entrevistados disseram que não votariam em nenhum dos nomes apresentados, enquanto 8,99% não souberam responder.
Para Thabatta, o resultado representa reconhecimento popular e reforça seu espaço como liderança política no Estado. “Mostra realmente que o povo quer uma renovação. Além de tudo, ver que eu sou a única mulher nesse cenário ali colocado com tantos nomes. Então, para mim, é além de tudo um reconhecimento da nossa atuação política hoje dentro do Rio Grande do Norte, mas também do que veio a partir do interior do Estado, por saber tanto o quanto é a vivência de um corpo interiorano, mas também nessa perspectiva de chegar à capital pensando e lutando por todas as vozes. Então, eu estou muito feliz, fiquei impressionada com os números”, declarou.
A parlamentar também destacou o simbolismo do resultado para o PSOL. “Inclusive para o meu partido, eu creio que nunca chegou a esses números. Então mostra, além de tudo, a liderança política que nós estamos estruturando, fazendo acontecer mesmo dentro do Rio Grande do Norte.
Para além de tudo, eu estou muito feliz que há um reconhecimento da nossa atuação política”, disse.
A pesquisa DataVero/Diário do RN foi realizada nos dias 3 e 4 de setembro, com 1.200 eleitores, e tem margem de erro de 3% para mais ou para menos e nível de confiança de 95%.
Procurados, Allyson Bezerra e o senador Styvenson Valentim informaram por meio de assessoria que não vão se pronunciar sobre o resultado no momento. Já a governadora Fátima Bezerra, o senador Rogério Marinho, Álvaro Dias, Cadu Xavier e a senadora Zenaide Maia não responderam até o fechamento desta edição.
O ex-prefeito de Natal, Carlos Eduardo Alves (PSD), quebrou o silêncio e se posicionou no cenário político potiguar após aparecer com força na pesquisa DataVero/Diário do RN, divulgada nesta terça-feira (09). O levantamento inseriu seu nome na disputa majoritária para o Governo do Estado e para o Senado, registrando 16,24% das intenções de voto na corrida para governador e 11,66% na disputa pela vaga de senador.
Em conversa com o Diário do RN, Carlos Eduardo afirmou que o resultado o motivou a retomar a agenda política e a solicitar oficialmente que os institutos de pesquisa passem a incluir seu nome nos cenários futuros.
“Eu fico muito feliz em ver esse resultado da pesquisa. Até porque agora em outubro vai fazer um ano que eu estou calado. Estou em silêncio profundo. E nesse tempo eu passei seis meses morando em São Paulo. Então, eu fico feliz com a lembrança do meu nome. A partir desse resultado, eu quero solicitar a todos os institutos de pesquisa que a partir de agora considerem, incluam o meu nome, tanto para governador quanto para senador”, declarou.
Apesar da reaproximação com a política, Carlos Eduardo ressaltou que não teve movimentações públicas no período. Chegou a cogitar e conversar sobre possibilidade de candidatura a deputado, ao lado de Kelps Lima, Rafael Motta e Abraão Lincoln há alguns meses, com o objetivo de montar uma nominata capaz de enfrentar o poderio eleitoral dos parlamentares com mandato.
Entretanto, com os resultados de intenções de votos à majoritária, deve começar movimentação eleitoral.
“Houve um trabalho coordenado por Kelps querendo montar uma nominata para deputado federal, e eu tive algumas conversas com ele e com outros pré-candidatos. Mas foi a única iniciativa que eu tive nesse tempo todo. Não dei entrevista, não viajei para o interior, não fui aos bairros de Natal. Agora, quero que meu nome esteja em todas as pesquisas e, simultaneamente a isso, vou começar a visitar os bairros de Natal e o interior do Estado”, ressaltou.
Carlos Eduardo é filiado ao PSD de Zenaide Maia, senadora pré-candidata à reeleição, que vem sinalizando e reafirmando parceria política com Allyson Bezerra (UB), caso ele se candidate ao Governo do RN. O ex-prefeito de Natal disse que pretende conversar com a cúpula para alinhar os próximos passos da sua intenção de se candidatar. O fato novo deve obrigar a senadora a articular novos cenários.
“Eu recebi o resultado e devo conversar com Jaime e Zenaide dentro desse novo cenário. É importante porque cresce a importância do PSD para as eleições de 2026, já que tem um posicionamento muito bom com a senadora Zenaide, que tem honrado o Rio Grande do Norte no Senado, e um partido que tem em torno de 25 prefeitos. Então, eu acho que com essa performance, cresce o partido”, avaliou.
Questionado sobre a possibilidade de alianças, inclusive com composição com o prefeito de Mossoró, Carlos Eduardo evitou se alongar e ponderou que este é o momento de diálogo. Ao ser provocado sobre uma eventual chapa com Allyson, respondeu que ainda é cedo para tratar do assunto. “Olha, eu não vou entrar nisso agora. O que eu quero é que meu nome seja testado para governador e para senador. A questão de coligação e de candidaturas, de alianças, fica para o ano que vem”, garantiu.
A partir dos números, Carlos Eduardo concluiu a entrevista com um agradecimento direto aos eleitores que citaram seu nome: “Eu quero apenas aproveitar a oportunidade para agradecer aos natalenses e aos norte-rio-grandenses por me colocar, apesar de eu estar um ano fora de tudo, numa situação realmente muito boa sob o ponto de vista eleitoral, tanto para o governo quanto para o Senado”.
De acordo com a pesquisa DataVero/ Diário do RN, no cenário estimulado geral a governador do Rio Grande do Norte, Allyson Bezerra tem 19,65% das intenções de voto, seguido de Carlos Eduardo (16,24%), Rogério Marinho (13,49%) e Álvaro Dias (11,49%). A vereadora Thabatta Pimenta (PSol) tem 8,16%, enquanto Cadu Xavier (PT) registra 1,83%. Mais de 20% dos entrevistados afirmaram que não votariam em nenhum dos nomes apresentados e outros 8,99% não souberam responder.
Já ao Senado, na pergunta estimulada sobre o primeiro voto, Styvenson aparece com 33,47% das intenções. Em seguida aparecem Carlos Eduardo Alves (PDT), com 11,66%, a governadora Fátima Bezerra (PT), com 11,41%, e a senadora Zenaide Maia (PSD), com 10,32%, seguidos de Álvaro Dias (Republicanos), Coronel Hélio (PL), Babá Pereira (PL) e Luizinho Cavalcante (PSB). Eleitores que não souberam ou não responderam somam 5,91%, e os que declararam não votar em nenhum dos nomes, 15,32%.
No segundo voto, Styvenson tem 21,40%, Álvaro Dias (11,41%) e Carlos Eduardo (11,32%) empatados. Zenaide Maia tem 9,58% e Fátima Bezerra 6,99%. A pesquisa foi realizada em Natal, Parnamirim, Macaíba, Ceará-Mirim, Extremoz e São Gonçalo do Amarante, entrevistando 1.200 eleitores, nos dias 03 e 04 de setembro. O nível de confiança é de 95% e a margem de erro 3%.
A pesquisa DataVero/Diário do RN trouxe novos elementos ao cenário eleitoral do Rio Grande do Norte. A pesquisa não só incluiu o nome do ex-prefeito de Natal Carlos Eduardo Alves (PSD), como revelou larga intenção de votos do eleitorado da Grande Natal no nome do PSD. O novo elemento altera as perspectivas dos demais candidatos e pode levar os nomes a recalcular rotas. O Diário do RN entrou em contato com todos os citados na pesquisa, mas quase nenhum quis se pronunciar sobre os novos números.
Allyson Bezerra (UB) e Styvenson Valentim (PSDB) afirmaram, através das respectivas assessorias de comunicação, que não vão se pronunciar no momento sobre pesquisas eleitorais. Já Álvaro Dias (Republicanos), Fátima Bezerra (PT), Cadu Xavier (PT), Rogério Marinho (PL) e Zenaide Maia (PSD) não responderam até o fechamento desta edição.
A chegada do nome de Carlos Eduardo Alves no rol de pré-candidatos à majoritária revela, entre outras considerações, que a posição de Allyson Bezerra se apresenta menos confortável do que se vislumbrava. Carlos Eduardo aparece tecnicamente empatado com o prefeito de Mossoró na sondagem estimulada geral: 19,65% a 16,64%. Os números ficam mais próximos ainda em outros cenários. Em um deles, sem Rogério Marinho, Allyson Bezerra tem 22,73% e Carlos Eduardo 21,07%. Em outro, sem Álvaro Dias, Carlos Eduardo fica à frente com 22,65% e Allyson Bezerra 21,07%.
Para Rogério Marinho, que ficou colocado em 3ª posição, com 13,49%, vê uma distância maior do primeiro e segundo colocados em seu reduto eleitoral. O presidente do PL tem o desafio de furar a bolha da militância bolsonarista num Estado que deu maioria de votos ao PT. Apesar da rejeição aos nomes do sistema governista, Marinho acompanha o eleitorado enxergar mais uma alternativa ao Governo do RN.
Álvaro Dias, colocado em quarta posição, com 11,49% das intenções de votos, vê dificultada sua intenção de ser escolhido o nome da direita pelo fator popularidade. Álvaro tem a região de Caicó como reduto eleitoral, mas tem liderança também na Grande Natal. Na quarta posição na região e integrante do mesmo grupo de Rogério Marinho, deverá se submeter, junto ao aliado político, para escolha pelo grupo do representante à majoritária.
O nome do sistema governista ao Governo do Estado, secretário de Estado da Fazenda, Cadu Xavier, teve o resultado mais desfavorável. O candidato da governadora Fátima Bezerra foi citado por 1,83% dos eleitores potiguares e talvez por isso o desinteresse em proferir qualquer declaração sobre os números. Cadu é o desafio do PT e deverá depender do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, para alçar seu nome a melhores perspectivas, somado ao trabalho da governadora.
Cadu ficou atrás até mesmo da pré-candidata do PSol, vereadora natalense Thabatta Pimenta, que apresentou 8,16%. Ela se declarou “impressionada” com o resultado positivo do seu nome. À frente cerca de seis pontos de Cadu Xavier, Thabatta mostra que a esquerda pode ter outras opções na visão do eleitorado da capital e Região Metropolitana e dificulta a viabilidade eleitoral do projeto governista.
Carlos Eduardo Alves teve ainda nome incluído ao Senado, e ficou à frente até da presidente do seu partido, senado Zenaide Maia. Caso defina pela candidatura à Casa Legislativa, as peças se reorganizam também na disputa ao Executivo.
A pesquisa DataVero foi realizada em Natal, Parnamirim, Macaíba, Ceará-Mirim, Extremoz e São Gonçalo do Amarante, entrevistando 1.200 eleitores, nos dias 03 e 04 de setembro. O nível de confiança é de 95% e a margem de erro 3%.
O senador Styvenson Valentim (PSDB) aparece como favorito na disputa por uma das duas vagas ao Senado pelo Rio Grande do Norte, segundo levantamento do Instituto DataVero realizado na Grande Natal. O estudo mostra vantagem significativa do parlamentar tanto no primeiro voto quanto na soma dos dois votos, cenário que reforça sua posição como principal nome na corrida.
Na pergunta estimulada sobre o primeiro voto, Styvenson aparece com 33,47% das intenções. Em seguida aparecem Carlos Eduardo Alves (PDT), com 11,66%, a governadora Fátima Bezerra (PT), com 11,41%, e a senadora Zenaide Maia (PSD), com 10,32%. O ex-prefeito de Natal, Álvaro Dias (Republicanos), registra 8,49%, enquanto Coronel Hélio (PL) aparece com 1,92%, Babá Pereira (PL) com 1,17% e Luizinho Cavalcante (PSB), ex-prefeito de Carnaubais, com 0,33%. Eleitores que não souberam ou não responderam somam 5,91%, e os que declararam não votar em nenhum dos nomes, 15,32%.
No segundo voto, Styvenson também fica em primeiro, embora com percentual menor: 21,40%.
Em seguida, estão Álvaro Dias (11,41%) e Carlos Eduardo (11,32%) empatados. Zenaide Maia tem 9,58% e Fátima Bezerra 6,99%. Coronel Hélio tem 4%, Babá Pereira 1% e Luizinho Cavalcante 0,42%. Entre os que não sabem ou não responderam, o índice é de 9,66%, e os que rejeitam todos os nomes para a segunda escolha somam 24,23%.
Quando consideradas as duas opções de voto em conjunto, o resultado mantém Styvenson Valentim na frente, com 27,44%. Na sequência, aparecem Carlos Eduardo, com 11,49%, Álvaro Dias, com 9,95%, Zenaide Maia, com 9,95% das intenções e Fátima Bezerra, com 9,20%. Em seguida, vêm Coronel Hélio (2,96%), Babá Pereira (1,08%) e Luizinho Cavalcante (0,37%). Os eleitores indecisos representam 7,79%, e os que não votariam em nenhum, 19,78%.
Rejeição ao Senado A pesquisa também mediu o nível de rejeição dos pré-candidatos. A governadora Fátima Bezerra lidera esse índice, com 27,73% dos eleitores afirmando que não votariam nela de forma alguma para o Senado.
Na sequência, aparecem Styvenson Valentim (7,58%), Carlos Eduardo (6,91%), Álvaro Dias (6,08%), Babá (5,58%), Coronel Hélio (4,16%), Zenaide Maia (3,00%) e Luizinho Cavalcante (1,25%).
Outros 8,66% disseram que votariam em todos, enquanto 13,74% afirmaram que não votariam em nenhum. Já os que não souberam ou não responderam somam 15,32%.
A pesquisa DataVero foi realizada em Natal, Parnamirim, Macaíba, Ceará-Mirim, Extremoz e São Gonçalo do Amarante, entrevistando 1.200 eleitores, nos dias 03
A pesquisa DataVero aponta cenário competitivo e novos elementos à sucessão estadual no Rio Grande do Norte. O levantamento avaliou intenções de voto para o Governo em diferentes cenários e revelou que Carlos Eduardo, ex-prefeito de Natal e tradicional liderança da família Alves, aparece bem posicionado em todos os cenários, disputando diretamente com Allyson Bezerra (UB). Rogério Marinho, com atuação nacional como ex-ministro e senador, mantém um eleitorado expressivo. Álvaro Dias, também ex-prefeito da capital, também aparece.
A pesquisa aponta cenário na Grande Natal, incluindo Natal, Parnamirim, Macaíba, Ceará-Mirim, Extremoz e São Gonçalo do Amarante, que representam 36% do eleitorado potiguar.
No cenário estimulado geral a governador do Rio Grande do Norte, quando os nomes são apresentados ao eleitor, Allyson Bezerra tem 19,65% das intenções de voto, seguido de Carlos Eduardo (16,24%), Rogério Marinho (13,49%) e Álvaro Dias (11,49%). A vereadora Thabatta Pimenta (PSol) tem 8,16%, enquanto Cadu Xavier (PT) registra 1,83%. Mais de 20% dos entrevistados afirmaram que não votariam em nenhum dos nomes apresentados e outros 8,99% não souberam responder.
Já a pesquisa espontânea – quando o entrevistado cita o primeiro nome que pensa, sem ser apresentado à lista de candidatos – revela um quadro de alta indefinição do eleitorado, refletido principalmente na pesquisa espontânea, em que três em cada quatro potiguares ainda não sabem em quem votar.
Neste levantamento, a pesquisa mostra que 76,85% dos potiguares não souberam ou não responderam em quem votariam. Entre os nomes lembrados, Allyson Bezerra lidera com 5,66%, seguido por Styvenson Valentim (PSDB), com 4,66%, e Rogério Marinho (PL), com 2,83%. Álvaro Dias (Republicanos) aparece com 2,16% e Carlos Eduardo (PSD) com 1,75%. Outros nomes citados, ainda que com índices inferiores a 1%, foram a governadora Fátima Bezerra (PT), Natália Bonavides (PT), Paulinho Freire (PP), José Agripino (União Brasil), Walter Alves (MDB), Garibaldi Alves Filho (MDB), Ricardo Motta (PSB), Ezequiel Ferreira (PSDB), entre outros.
Cenários
O DataVero também simulou diferentes combinações de candidatos. No Cenário 1, sem Rogério Marinho, Allyson Bezerra lidera com 22,73%, seguido de Carlos Eduardo (21,07%) e Álvaro Dias (15,99%). A taxa de eleitores que não votaria em nenhum é de 28,14%.
Em um segundo cenário, sem Allyson Bezerra, Carlos Eduardo assume a dianteira com 21,82%, deixando Rogério Marinho, com 16,49%, em segundo; e Álvaro Dias em terceiro, com 16,65%.
Nesse recorte, 32,97% disseram não votar em nenhum dos nomes.
Já no 3º cenário, sem Álvaro Dias, Carlos Eduardo (22,65%) e Allyson Bezerra (21,07%) aparecem tecnicamente empatados na liderança, com Rogério Marinho logo atrás (17,15%).
Rejeição Quando o tema é rejeição do eleitorado aos nomes possíveis ao Governo, a vereadora de Natal Thabatta Pimenta aparece em primeiro lugar, com 18,23%, seguida por Rogério Marinho, segunda maior rejeição, com 17,49%, Carlos Eduardo tem 10,74% e Álvaro Dias 8,16%. Allyson Bezerra tem apenas 2,83%. Outros 13,66% afirmaram que não votariam em nenhum dos nomes e 15,40% não souberam responder.
A pesquisa DataVero foi realizada em Natal, Parnamirim, Macaíba, Ceará-Mirim, Extremoz e São Gonçalo do Amarante, entrevistando 1.200 eleitores, nos dia
Em meio aos rumores de rompimento, ou não, da senadora Zenaide Maia (PSD) com a base do Governo para seguir projeto próprio ao lado de Allyson Bezerra (UB) na disputa de 2026, a vice-líder do governo Lula mantém silêncio. Entretanto, neste final de semana, deixou sinalizada a boa relação com a federação oposicionista União Progressista, quando participou de evento realizado pelo União Brasil, em Caicó.
Ao lado da aliada de Allyson Bezerra (UB), estavam os deputados Benes Leocádio (UB) e João Maia, que é presidente do PP no RN. Em conversa com o Diário do RN, João Maia afirmou que a presença de Zenaide se deu pela “relação forte” com Allyson, que estava conduzindo o evento na ausência de José Agripino. Maia vê sem restrição a formação de uma terceira via tendo Zenaide aliada ao projeto da federação União Progressista. “Eu honestamente não tenho restrição a qualquer partido que queira se agregar a esse projeto. Não teria nenhuma restrição ao PSD, muito menos a Zenaide”, afirmou.
A Caravana Desenvolve RN, realizada neste sábado (06), em Caicó, foi o ponto de partida da União Progressista para percorrer 12 cidades-polo em todas as regiões do Estado com objetivo de debater o futuro do Rio Grande do Norte. Realizado pela Fundação Índigo, ligada ao União Brasil, palestras e painéis temáticos com a presença de lideranças discutiram o desenvolvimento regional como projeto para o Estado. O evento também teve a presença dos prefeitos Dr Tadeu (PSDB), de Caicó – que é aliado do Governo Fátima – e de Pezão, prefeito de Umarizal (PP), além de outras lideranças municipais.
Embora participando do ciclo de construção de uma agenda pública da Federação que integra a oposição ao Governo Lula, o presidente do Progressistas no RN, João Maia, afirmou que ainda não há definições quanto a parceria de Zenaide nas eleições do ano que vem. Entretanto, o deputado admitiu que, para ele, não há restrição quanto a partido e nomes para alianças futuras com o projeto da federação em 2026.
“Os movimentos hoje são em torno do PL, em torno do PT e em torno da União Progressista. Todo mundo procurando agregar novos apoios”, afirmou. É nesse sentido que, de acordo com o cenário que se desenha hoje, ele concorda que o Rio Grande do Norte tenha três candidaturas ao Governo.
“O que se coloca hoje é que teria uma candidatura do PT, que está pré-lançada, que é a de Cadu [Xavier], tem uma do PL, que está pré-lançada, que é a de Rogério, e teria uma do grupo União Progressista, que o mais provável é que seja a Allyson. A preço de hoje, nós estaríamos com três candidaturas, no mínimo”, afirmou.
A recomendação da União Progressista no plano nacional, de evitar qualquer aliança com nomes que formam base do governo federal, não se aplica aos Estados, de acordo com João Maia.
Portanto, a parceria com Zenaide não estaria restrita.
“A União Progressista tem uma vantagem, tem uma posição nacional, mas a posição estadual e as posições municipais são decididas nos estados e nos municípios. Aqui mesmo nós, Progressistas, temos prefeitos aliados em todos os partidos”, afirma.
Dois dias antes do evento, a senadora Zenaide Maia esteve em Mossoró para inauguração de UBS com emendas parlamentares ao lado de Allyson Bezerra. Em entrevista ao Cenário Político, da TCM, ela confirmou que vai permanecer com a parceria com o prefeito também nas eleições, caso ele concretize candidatura.
“Allyson conheci em 2018, aquele cara jovem que tem um olhar diferenciado e que acha que pode e resolveu ajudar seu município. (…) Esse olhar que Allyson tem eu parabenizo e não costumo soltar a mão de parceiros, não consigo separar as parceiras, já tomo como amiga. Ele é meu parceiro. Estou firme no projeto de Allyson, com certeza”, respondendo que este projeto também inclui eleições.
A fala contraria José Agripino, presidente do União Brasil, que garantiu que a parceria do filiado Allyson e de Zenaide é administrativa, e não política. E que a federação só deverá se pronunciar sobre continuidade da parceria “quando chegar a hora”.
A Justiça potiguar decidiu pela manutenção dos contratos firmados pela Prefeitura de Natal com as empresas Justiz Terceirização de Mão de Obra Ltda e Proseg Consultoria e Serviços Especializados Ltda. A decisão foi proferida pelo juiz Francisco Seráphico da Nóbrega, da 6ª Vara da Fazenda Pública de Natal, e garante a execução dos serviços médicos até julgamento definitivo do mérito. Na prática, a medida assegura a continuidade da prestação de serviços médicos na rede municipal, que vinha sendo alvo de impasses desde a publicação dos contratos.
As duas empresas encaminharam ofícios à Secretaria Municipal de Saúde (SMS), que por sua vez remeteu o caso ao Conselho Regional de Medicina (Cremern) e ao Ministério Público Estadual.
Nos documentos, relatam episódios de intimidação contra médicos escalados para atuar pela nova contratação.
Segundo os relatos, houve ameaças de expulsão de quadros associativos da Coopmed/RN e do Sindicato dos Médicos do RN (Sinmed) caso profissionais assumissem plantões. Também foram registradas denúncias de paralisações articuladas, disseminação de informações falsas e risco de quebra nas escalas de urgência e emergência.
Em manifestação oficial, a Proseg apontou que nos dias 1º, 2 e 3 de setembro ocorreram sucessivos episódios de coação e intimidação, colocando em risco a assistência à população: “A quebra de escalas e a rescisão em massa por temor criam vácuos assistenciais em regime de urgência e emergência, com potencial de desassistência de pacientes, aumento de filas, atrasos em atendimentos críticos e sobrecarga de equipes remanescentes”.
A SMS destacou ainda que as condutas denunciadas podem configurar violação ao Código de Ética Médica, especialmente pela exposição da população a riscos e pela falta de respeito entre colegas de profissão.
A Justiz foi declarada vencedora de cinco lotes, totalizando R$ 166,4 milhões, enquanto a Proseg ficou responsável por dois lotes, somando R$ 41,6 milhões. Os contratos foram formalizados em julho e passaram a vigorar em 1º de agosto, com execução plena a partir de setembro.
Com a decisão judicial, os contratos seguem em vigor até a análise definitiva do mérito do agravo.
Enquanto isso, o Ministério Público do Rio Grande do Norte abrirá procedimento para investigar as denúncias de coação, ameaças e pressão relatadas pelas empresas e encaminhadas pela Prefeitura.
O Sindicato dos Médicos do RN nega as acusações e afirma que sua atuação é voltada à defesa da categoria e da saúde pública. Em nota, a entidade repudiou o que considera tentativas de distorção.
“Não defendemos empresas, defendemos médicos e população. O que combatemos é a legalidade da Prefeitura de Natal, que insiste em manter contratos precários, desrespeitando decisões judiciais e regras da nova Lei de Licitações. Essa prática fragiliza a saúde pública e submete médicos a vínculos instáveis e indignos”.
O secretário municipal de Saúde de Natal, Geraldo Pinho, criticou a postura do Sindicato durante coletiva: “É um desserviço o que o presidente do Sindicato dos Médicos está fazendo com a população, não é com a Secretaria de Saúde”.
Segundo o secretário, “basicamente, todos os equipamentos de saúde estão funcionando. Não houve desassistência plena em nenhum local da rede”, garantiu.
Pinho também apontou falhas na prestação de serviços pela Coopmed-RN, incluindo: falta de médicos simultaneamente nas maternidades Leide Moraes e Araken; ausência de psiquiatra no Caps Oeste desde fevereiro; reajustes feitos sem amparo contratual.
“Não se trata de preferência por empresa A ou B, mas da necessidade de previsibilidade. Não posso renovar um contrato que não existe”, concluiu.
“A gente quer todos os apoios possíveis ao governo Lula lá no Congresso e a gente sempre busca que isso também se traduza em alianças no nível local. Infelizmente, às vezes isso não é possível, mas faz parte do jogo da democracia e o nosso partido segue costurando, conversando com os partidos aliados para construir seu caminho”. É dessa forma que a deputada federal Natália Bonavides (PT) analisa, em conversa com o Diário do RN, a atual situação da senadora Zenaide Maia (PSD), vice-líder do governo Lula, que, no plano local, vem costurando aliança com o prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra (UB), integrante da federação União Progressista, agora oficializada oposição ao governo Lula.
Natália sinaliza que o PT quer uma composição com Fátima Bezerra (PT) ao Senado que possa, também, estar inserida na campanha do pré-candidato a governador Cadu Xavier (PT). A parceria de Zenaide com um nome da Federação anula, segundo ela, a chance de aliança com o PT.
“Acredito que inviabiliza, porque o PT tem a candidatura do companheiro Cadu e a gente quer andar junto com quem vai caminhar com essa chapa como um todo. Tanto com o companheiro Cadu para o Governo, como com a companheira Fátima para o Senado e os nossos parlamentares, eu mesma, que serei candidata à reeleição, vou fazer uma campanha muito aguerrida, muito forte, para que a gente busque uma ampliação da bancada do PT na Câmara Federal”, afirmou a parlamentar.
Com o novo contexto trazido pela ruptura recém anunciada da federação União Progressista com o Governo Federal, a questão partidária deve assumir o epicentro das articulações, deixando menos espaço para as decisões individuais. Como partido de oposição, a União Progressista reduz brechas, inclusive estabelecendo punição nos Estados, para que filiados assumam parcerias eleitorais sem tomar partido. Passa a ser remota a possibilidade da Federação avalizar a pré-candidatura de Allyson sem que ele assuma, no palanque, um posicionamento à presidência.
A deputada federal Natália Bonavides ressalta o desejo de manter o maior número de parlamentares possível na base de Lula e, por enquanto, no âmbito administrativo, a boa relação de Lula com o presidente nacional, Gilberto Kassab, mantem a presença do PSD de Zenaide. No entanto, mais perto das eleições, Kassab, que é aliado de Tarcísio de Freitas (Republicanos), deverá se encaminhar para a oposição, caso Tarcísio seja realmente pré-candidato à presidência.
É lá que a senadora deverá tomar uma decisão e um rumo. Se essa conjuntura for concretizada, poderá até ser mais simples para que ela e Allyson sigam essa parceria, representando seus respectivos partidos na oposição.
Sem Zenaide, Bonavides defende que um dos demais partidos aliados indiquem o candidato ou candidata ao Senado que deverá seguir com Fátima Bezerra na disputa de 2026. “Eu acho que é um debate que vai fluir muito naturalmente. Nós sabemos que o Partido dos Trabalhadores, em nível estadual, tem sempre buscado conversar com os partidos aliados, com os partidos amigos”, garantiu.
Ruptura com União Progressista Bonavides vê como natural a oficialização do rompimento da União Progressista com o Governo neste momento. “Quando a gente vê esses partidos e como eles vinham votando desde o começo do Governo, a gente já vê que, na verdade, uma parte importante desses partidos já não atuava como base. Então, acho que é mais uma explicitação, uma formalização de algo que já estava praticamente posto”, diz.
Ela critica a atual postura da oposição no Congresso Nacional: “O que a gente está vendo nessas últimas semanas é um movimento muito preocupante da direita. É como se eles tivessem parado os trabalhos do Congresso para tratar de anistia, ou seja, de impunidade a pessoas que tentaram impedir a posse de um presidente que o povo brasileiro elegeu, que chegaram a planejar assassinato de autoridades públicas e agora que querem impunidade”, ressaltou.
“Como que uma pessoa como o senador Rogério Marinho, por exemplo, está se posicionando ao invés de tratar dos problemas de Natal, por exemplo, que hoje tem um caos? Em vez de ficar trabalhando pelo povo, está liderando esse movimento de tentar deixar impune a bandidagem que aconteceu no nosso país”, finaliza ela.
Semanalmente, Alfredo R. Neves está nas páginas do Diário do RN trazendo o mundo das artes e dos artistas. Além de colunista no impresso, Alfredo é poeta, cronista, e tem uma sólida trajetória como artista visual.
Mineiro radicado no RN desde os anos 1970, Alfredo R. Neves marca um novo capítulo em sua carreira literária com o lançamento do livro “A ilha esquecida”. Com linguagem lírica e forte ligação com a cultura macauense, o livro aborda memórias, silêncios e conflitos humanos em uma trama densa e poética. A obra tem capa assinada pela artista Goreth Caldas, e será vendida a R$ 50,00.
O lançamento de “A ilha esquecida” ocorre neste sábado (06), às 17 horas, na Praça da Conceição, e é parte da programação da Feira Literária de Macau (Flima 2025) que começa nesta sexta e reúne escritores, editores, jornalistas e artistas potiguares em uma grande celebração da cultura, tudo idealizado pela produtora cultural e curadora literária Dorotea Dantas.
Após Macau, o lançamento seguirá para Natal, em evento na Livraria Manimbu, no dia 26 de setembro.
Magistrada do TJRN e professora da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Keity Saboya, lança a obra Ne bis in idem (em tradução do latim para o português, Não faça a mesma coisa duas vezes). A publicação integra a coleção de referência da prestigiada editora Marcial Pons, reconhecida por sua excelência em obras jurídicas.
O livro analisa, em profundidade, o princípio jurídico – e de lógica – que veda mais de um processo ou persecução e a duplicidade sancionatória pelos mesmos fatos e fundamentos. Com rigor acadêmico, a autora oferece uma visão crítica e comparada sobre o tema.
Já considerada uma contribuição indispensável para o debate jurídico contemporâneo, a obra destina-se a magistrados, advogados, acadêmicos e estudiosos do Direito.
O lançamento ocorrerá em 17 de setembro, durante evento do Instituto Brasileiro de Ciências Criminais – IBCCRIM – e do Supremo Tribunal Federal – STF -, na Sala de Sessões da 2ª Turma, Anexo II – B, 2o andar, na sede do STF, em Brasília.
Sobre a autora Keity Saboya é doutora em Direito Penal, professora do curso de Direito da UFRN e estudiosa da Tecnologia da Informação. E abril desde ano, foi designada pelo Ministro Dias Toffoli para integrar o Grupo de Trabalho do CNJ que vai elaborar estudos e propostas da política de acesso às bases de dados processuais dos tribunais.
Além da juíza do TJRN, a Comissão conta com o apoio do Departamento de Tecnologia de Informação do CNJ e é composta também por Conselheiro do CNJ, Ministro do STJ, Desembargadores do TRT e do TRF – 3ª Região, Juízes Auxiliares da Presidência do CNJ e do TSE, Juízes do TJSP e do TJPE.
O município de Macau, localizado na Região da Costa Branca, a cerca de 180 km de Natal, completa 150 anos de emancipação política na próxima terça-feira, 9 de setembro. Em mais uma oportunidade, o município reafirma sua importância política no cenário estadual e celebra com a Festa do Sal. Socialmente, a celebração reforça os laços comunitários ao integrar diferentes segmentos da sociedade em uma série de eventos cívicos, religiosos e esportivos que convidam toda a população a revisitar suas memórias e construir um futuro. Economicamente, o tradicional evento movimenta o comércio, turismo e fortalece a economia baseada na extração do sal, pesca e eventos festivos.
Programação especial conta com shows, cultura e esportes A celebração, iniciada em 1º de setembro, se estende até 9 de setembro, e inclui a programação da Semana da Pátria, contemplando atividades cívicas como o hasteamento das bandeiras e desfile cívico-escolar, além de eventos culturais e religiosos que evocam tradição e fé. A Festa do Sal, na Praça da Conceição, terá atrações como a “Feira Literária de Macau (FLIMA)”, “Festa do Reencontro” com presença da Deusa do Forró, arrastões e o tradicional Moto Fest, um evento que já se tornou marca da cidade.
Festa do Reencontro Macauense Criada em 2007, a Festa do Reencontro chega agora ao seu 18º ano de realização e será marcada por música, encontros e homenagens no período em que a cidade também comemora um século e meio de emancipação política.
Mais do que um evento musical, a festa é um momento de encontro entre macauenses que vivem em diversas partes do Brasil e retornam para rever amigos e familiares. “É uma festa muito falada, que todo ano dá muita gente. É quando realmente se encontram os macauenses que moram em Natal, Rio, São Paulo, Santos e em várias regiões do país. É um reencontro de histórias e de laços que unem todos nós”, reforçou Fernando Lopes
De acordo com Fernando Lopes, organizador da festa, a programação está confirmada para o dia 6 de setembro, a partir das 20h, com a Banda Filarmônica da cidade abrindo o evento. “A festa do reencontro foi iniciada em 2007. Nós estamos com 18 anos de festa e hoje ela é um sucesso.
Começa às 8 horas da noite, depois vem Laércio Banda Mix, em seguida a Deusa do Forró, e de madrugada a Trap Dance. A festa vai até 5 da manhã, no encerramento”, detalhou.
Feira Literária de Macau (FLIMA) O aniversário de 150 anos de emancipação política de Macau também será marcado pela realização da FLIMA (Feira Literária de Macau), nos dias 5 e 6 de setembro, na Praça da Conceição. Idealizada pela produtora cultural e curadora literária Doroteia, a programação reunirá escritores, editores, jornalistas e artistas potiguares em uma grande celebração da cultura. “O que eu posso falar sobre o aniversário de Macau é que eu estou presenteando a minha cidade com a FLIMA. Estou trazendo os maiores escritores, editores e jornalistas do Rio Grande do Norte”, afirmou Doroteia.
Entre os convidados confirmados estão nomes de destaque como Vicente Serejo, Ciro Pedrosa, Tadeu Oliveira, Abimael Di Sebo, Luísa Azevedo, além de Conte Han, Silvia Ione e Dona Regiane Cardoso. A proposta é aproximar a população da literatura potiguar e abrir espaço para debates, lançamentos e rodas de conversa. “É um presente para Macau e um momento de encontro com a nossa própria identidade cultural, valorizando quem faz literatura e arte no estado”, completou a curadora.
Jornalista macauense Vicente Serejo fará lançamento de seu livro – Foto: ReproduçãoTadeu Oliveira, outro jornalista macauense, também lança livro – Foto: Reprodução
Mata Sete Durante a FLIMA, o jornalista e sociólogo potiguar Tadeu Oliveira lança seu mais novo trabalho intitulado “No Auge do Mata Sete: Vida, Prazer e Desamor na Ilha do Sal”, no MMarias Café, na Praça da Conceição. A obra chega ao público justamente no período em que o município celebra seus 150 anos de emancipação política, reunindo memórias de um tempo em que a cidade respirava a efervescência cultural, social e econômica da região salineira.
Segundo o autor, o livro é fruto de um processo de pesquisa e memória. “O livro é um trabalho que a gente tem desenvolvido. Já em Macau, acho que é o terceiro da série que eu chamo de ‘O selo de grau’, da minha editora mesmo. Neste livro, estou falando de uma história, um momento muito rico de Macau, que são os anos 60 e 70, que na realidade começou em 58, por aí. Foram três décadas muito fortes que marcaram a cidade e que eu fui buscar compreender como jornalista e sociólogo”, explica Oliveira.
A obra resgata a atmosfera do lendário bairro Mata Sete, cenário de encontros, diversão e também desigualdades sociais. “O livro responde bem a uma pergunta que me fazia: o que era o Mata Sete? Ele foi muito além do que a literatura policial mostrava. Era um ambiente de construção, de jogos, de entretenimento, que reunia gente de todo lugar. A classe popular ficava no Mata Sete, a classe média na Coreia e a elite na Lua. Era um espaço de grande circulação de pessoas, marcado pela força da produção salineira”, detalha o autor.
Para Oliveira, revisitar essa memória é também refletir sobre a identidade de Macau. “O Mata Sete é muito além de um ponto de boemia. Ele traduz um período em que Macau pulsava com intensidade, onde corria muito dinheiro e as pessoas se encontravam para viver, beber, conversar e sonhar. É uma dessas memórias que devemos preservar, porque revelam muito da cidade e do seu povo”, conclui.
Prestes Exclusivo Também na programação da FLIMA, no MMarias Café, o jornalista e historiador Vicente Serejo lança “Prestes Exclusivo”, que reúne a íntegra de uma entrevista concedida pelo líder comunista Luiz Carlos Prestes, em 1987, quando Serejo atuava como diretor de redação do antigo Diário de Natal. “Foi a primeira entrevista que fiz com Prestes. Uma conversa longa, de mais de uma hora e meia, em que ele mesmo, no final, disse: ‘acho que terminamos, não é?’”, relembra o autor.
A entrevista, publicada originalmente em três páginas de O Poti no dia 25 de outubro de 1987, ficou esquecida por décadas até ser resgatada pelo editor Ciro Pedroza. Para Serejo, a decisão de publicar a íntegra do material à época foi corajosa. “Quando voltei à redação e revelei o furo ao diretor Luiz Maria Alves, ele me disse: ‘Não vou vetar a entrevista de um homem que tem a biografia quase do tamanho do século XX’. E assim foi publicada na íntegra”, contou o jornalista em entrevista ao Diário do RN.
A ministra Carmem Lúcia disse que anotou cinco vezes a menção ao termo “demover” durante uma sustentação oral no segundo dia de julgamento de Bolsonaro e outros sete réus por tentativa de golpe de Estado e outros crimes. A ministra solicitou esclarecimentos ao advogado Andrew Farias, advogado de Paulo Sérgio Nogueira – um dos oito réus – sobre o assunto.
Depois do defensor afirmar que seu cliente teria atuado para “demover o presidente da república”, a ministra fez uma intervenção e pediu um esclarecimento: “Demover do quê? Até agora todo mundo diz que ninguém pensou nada”, pontuou a ministra expondo a contradição no argumento na defesa, apontando que todas as partes envolvidas negavam a existência de um plano de golpe.
Em resposta ao questionamento, o advogado disse que seu cliente atuou para impedir a adoção de “qualquer medida de exceção”, confirmando, com isso, que existiu um plano e uma conversa com Bolsonaro sobre a medida de exceção – e um plano de golpe.
O general Paulo Sérgio Nogueira foi Ministro da defesa Civil e comandante das Forças Armadas durante o Governo Jair Bolsonaro. O cearense de Iguatu tem ligações com o Rio Grande do Norte, mais precisamente com Mossoró. Ele é irmão do odontólogo Francisco Adolfo e tio da ex-vice-prefeita mossoroense Nayara Gadelha (PL). Seu pai, José Adolfo, foi gerente do Banco do Brasil em Mossoró.
Aprovado por 50 a 24, o Projeto de Lei Complementar 192/2023 define que os políticos condenados à inelegibilidade pela Lei da Ficha Limpa (Lei 134/2010) ficam proibidos de disputar eleições por, no máximo, 8 anos a contar da condenação. O projeto antecipa o início da contagem do tempo para o cumprimento da pena e unifica em 8 anos o período de inelegibilidade, com limite de 12 anos em caso de múltiplas condenações, mesmo em processos diferentes. Além disso, veda a possibilidade de mais de uma condenação por inelegibilidade no caso de ações ajuizadas por fatos relacionados.
Integrantes do mesmo grupo político e aliados de primeira hora no campo da oposição no Rio Grande do Norte, os senadores Rogério Marinho, presidente do PL potiguar, e Styvenson Valentim (PSDB) mantiveram posições opostas no projeto. Marinho votou a favor da redução do tempo de perda dos direitos políticos. Já Valentim votou contra a matéria.
Os senadores são dois dos principais nomes do grupo da direita no Estado e devem estar na liderança da ala nas eleições de 2026, na formação de alianças e composições políticas. Marinho como articulador da frente contra o sistema governista e pré-candidato ao governo do RN, e Styvenson como o nome, atualmente, mais competitivo à disputa ao Senado. Os dois firmaram parceria desde 2023, estiveram unidos na disputa de 2024 e seguem parceria rumo à 2026.
No parlamento, entretanto, Rogério decide marcar posição em consonância com o projeto do Partido Liberal. Valentim diverge pelas bandeiras que defende: apesar de ser aliado do bolsonarista Marinho, nega ser bolsonarista e se diz contra a corrupção, defendendo punição mais dura a condenados pelo crime.
Atualmente, no caso de delitos eleitorais de menor gravidade ou de improbidade administrativa, a inelegibilidade dura por todo o mandato e por mais 8 anos após o término do mandato no qual o político foi condenado, o que pode se estender por mais de 15 anos. Para crimes mais graves, segue valendo a regra atual, na qual o prazo de inelegibilidade de 8 anos começa a partir do final do cumprimento da pena. Agora, o texto segue para sanção presidencial.
O presidente do União Brasil no Rio Grande do Norte, José Agripino, é veemente ao afirmar que a parceria entre Allyson Bezerra (UB) e a senadora Zenaide Maia (PSD) é apenas administrativa.
Segundo ele, a discussão só existe nesse âmbito e o período eleitoral é discussão futura, quando acontecerão “evoluções” antes da definição sobre candidatura, ou não, do prefeito de Mossoró a governador do RN pela Federação União Progressista. José Agripino falou ao Diário do RN sobre o assunto, após a ruptura da Federação com o Governo Lula, oficializada nesta terça-feira (02).
“Ela apoia Allyson administrativamente. Não estamos passando por nenhuma eleição agora.
Agora não tem eleição nenhuma definida. É uma colaboração administrativa, que é muito bem-vinda, suponho eu, por Allyson. E não é de agora, é de bastante tempo. Em que vai terminar isso, politicamente, eu não sei. Vai ter tanta coisa para rolar daqui até lá, tanta evolução, aí vai ser a etapa das composições políticas possíveis”, afirmou.
Neste ponto, José Agripino diverge do prefeito de Mossoró. Articulando nos bastidores a possibilidade de pré-candidatura em frente ampla da oposição ou, mais provavelmente, por via própria ao lado da senadora Zenaide, Allyson já deixou claro que a parceria entre os dois é também política. Em evento do PSD promovido no dia 16 de agosto, em Natal, o pré-candidato ao Governo – não oficializado – reforçou seu compromisso com Zenaide e sinalizou publicamente que a primeira cadeira ao Senado em 2026 será da senadora. “Eu caminho ao lado de quem eu sei reconhecer. Para quem acha que ela vai disputar a segunda cadeira, eu quero dizer: a primeira cadeira será de Zenaide, senadora do Rio Grande do Norte”, afirmou de mãos dadas com a candidata à reeleição.
O presidente do partido de Allyson coloca a candidatura do pupilo no campo das possibilidades: “Se Allyson vier a ser candidato a governador, ele vai sugerir. Se ele for o candidato da Federação, a Federação dará uma opinião quando chegar a hora”.
Um dos presidentes da União Progressista, Agripino evitou conjecturar sobre cenários possíveis de composições para a disputa de 2026. Entretanto, eliminou qualquer chance de união com o PT, mas afastou conversas políticas com Zenaide: “Ao que me consta ela é PSD, ela não é PT. Se fosse PT, eu digo a você com toda a honestidade, a chance de nós nos coligarmos com PT seria zero, mas acho que ela não pretende mudar de partido. Suponho. Eu não tenho conversa política com Zenaide. Zenaide tem uma conversa administrativa, que eu sei, que é com Allyson”.
Ruptura da Federação com Governo Oficializada nesta terça-feira (02), pelos presidentes do PP, senador Ciro Nogueira, e do União Brasil, Antônio Rueda, a ruptura da federação União Progressista com o Governo Federal não deve interferir no cenário que se construiu no Rio Grande do Norte por estes partidos. “Não incide nada, zero. O PP continua com a União Brasil do mesmo jeito”, destacou o ex-senador.
Em federação formada com o PP de João Maia, que tinha alinhamento com o governo Lula e com o governo de Fátima Bezerra, Agripino afirma que foi um dos maiores entusiastas da oficialização do partido como oposição ao governo do PT.
“Eu fui um dos que mais pugnaram para que esse desembarque acontecesse e por mim teria acontecido há mais tempo, oficialmente, pela delimitação dos campos. Eu sempre disse, a indicação dos ministros do Celso Sabino nunca foi feita pelo partido foi escolha do presidente que ele escolheu um quadro do partido. Eu acho que chegou a hora do partido tomar uma posição e dizer aos seus integrantes que não dá mais, diante do que Lula falou, provocou e exigiu, não daria mais para ter integrantes do partido fazendo parte do governo de Lula”, diz Agripino sobre declaração do presidente sobre saída daqueles que fazem oposição ao Governo, feito na semana passada.
Sobre anistia, defendida pela Federação, o presidente do partido no RN pondera e não crava apoio de imediato. “Depende de qual anistia. Você tem várias anistias. Quando chegar o projeto, você me pergunta, porque tem muitas anistias, que pode ter total, parcial, média. Tem a dosimetria. A pena não pode ser igual para todos os que participaram desse evento. Então, você me perguntar, você é favorável a uma dosimetria neste processo de anistia? A minha resposta para você é sim”.
O julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF) segue movimentando a política nacional e também repercute no Rio Grande do Norte. Deputados estaduais potiguares expressaram opiniões opostas sobre o processo, que apura a conduta do ex-presidente diante da tentativa de golpe de Estado no Brasil.
Para o deputado Francisco do PT, líder do Governo Fátima na Assembleia Legislativa, o julgamento é uma etapa essencial na defesa da democracia. Ele defende que os responsáveis por conspirar contra as instituições republicanas sejam exemplarmente punidos.
“Essas pessoas que planejaram, que fomentaram um golpe de Estado, elas precisam ser punidas exemplarmente para que isso nunca mais aconteça na história do nosso país”, afirmou.
Para ele, essa é a possibilidade de manter a democracia e combater todos que buscaram e buscam atentar contra ela: “Esse julgamento é a possibilidade da gente preservar a nossa democracia, combater todo tipo de autoritarismo e combater também todas aquelas pessoas que flertam com o golpismo para se manter no poder”, declarou o parlamentar.
O Supremo iniciou o julgamento na última quarta-feira (1º), com a apresentação das sustentações da acusação e da defesa. O processo investiga a participação de Bolsonaro em ataques ao Estado Democrático de Direito e outros sete réus. A sentença deve sair no próximo dia 12, após seis dias e oito sessões de julgamento, que continuam na próxima semana.
Luiz Eduardo: “Julgamento político praticado pela união de membros do status quo de Lula” Enquanto o resultado do julgamento ainda não foi definido, e o país acompanha os votos dos ministros, em um processo que deve ter repercussão política profunda e consequências para o futuro eleitoral do ex-presidente, o deputado Luiz Eduardo (PL), do outro lado, critica o processo e afirma enxergar motivação política por trás da ação do Supremo. Para ele, o julgamento é uma tentativa de enfraquecer o ex-presidente e desviar a atenção de problemas econômicos e sociais do país.
“O que eu sinto é que se trata de uma espécie de cortina de fumaça para esconder a péssima administração e o desastre econômico pelo qual o país está passando devido ao mau governo do PT. O julgamento está comprometido perante parte da opinião pública pelo fato de os ministros que formam a maioria da turma terem sido todos indicados por Lula ou por seus aliados de esquerda”, opinou Eduardo.
O deputado do Solidariedade acrescentou que as manifestações públicas de ministros antes do julgamento comprometem a imparcialidade da Corte.
“Claramente, os ministros emitiram opinião política fora dos autos e deixaram a decisão anunciada antes mesmo do julgamento. Isso compromete o tribunal. O correto é o magistrado falar dentro dos autos, e não fora deles. A minha impressão é que se trata de um julgamento político, praticado pela união de membros do status quo do entorno de Lula desejando o afastamento de Bolsonaro do processo eleitoral. Isso é ruim, pois a sociedade ficará, sempre, com aquela pulga atrás da orelha em relação aos verdadeiros interesses do processo”, avaliou Luiz Eduardo.
A artesã potiguar Emanuela Carla de Melo, mais conhecida como Manu, transformou sua vida ao trocar o mundo dos números pela delicadeza da pintura em vidro e porcelana. Natural de Assú, mas vivendo e trabalhando em Parnamirim, Manu deixou para trás a rotina no setor financeiro de empresas para se dedicar integralmente à arte. O que começou como uma curiosidade incentivada por uma colega de trabalho, tornou-se um ofício que hoje encanta clientes e marca presença em momentos especiais.
“Eu nunca acreditei que poderia trabalhar para mim mesma. Comecei pedindo às colegas de trabalho que trouxessem peças de casa para eu treinar. Nunca fiz curso na área, mas sempre me dediquei muito a aprender”, relembra. Essa transição ganhou força durante um período de demissão em massa na empresa em que atuava, mas Manu já sabia o caminho a seguir. “Antes de ser demitida, a pintura já tinha se tornado minha principal renda. Quando aconteceu, entendi como uma resposta de Deus sobre o que eu deveria seguir”, conta.
Com traços delicados e atenção aos detalhes, Manu descobriu na pintura não apenas um meio de sobrevivência, mas uma forma de expressão e terapia. “Posso dizer que antes de ser um trabalho, a pintura é terapia. Claro que existe a responsabilidade com prazos e resultados, mas cada peça exige calma e entrega. Eu cuido de todo o processo, desde o atendimento até a embalagem final. A empresa sou eu mesma”, explica.
A personalização é a essência do seu trabalho. Cada encomenda nasce a partir da inspiração do cliente, mas sempre com o olhar artístico da artesã. “Quase sempre o cliente traz uma ideia e pede a minha opinião também. No final, tudo se transforma em uma peça única, feita para alguém especial. Esse é o diferencial”, afirma. O prazo médio de produção é de três dias, tempo necessário para que o objeto comum se converta em obra de arte.
Entre as criações que mais marcaram sua trajetória, Manu destaca peças carregadas de memória e emoção. “Os pratos com fotos de famílias sempre me emocionam. Também já fiz peças com lembranças de pessoas que já partiram, e essas são muito especiais”, recorda. A versatilidade da artista vai além de pratos e taças: ela já se aventurou a pintar filtros de barro e até paredes. Mas há um sonho particular: “Quero personalizar a foto do meu futuro netinho ou netinha. Ainda não tenho, mas é um desejo que vou realizar”.
Em tempos de crescente digitalização, Manu defende a importância de manter viva a arte feita à mão. “Eu acredito que daqui a alguns anos o artesanal será ainda mais valorizado, porque poucas pessoas vão se dedicar ao trabalho manual”, projeta. A cultura potiguar também é fonte de inspiração em sua jornada criativa. “Sou assuense, a terra dos poetas. Não sou poeta, mas me vejo artista. Desde a infância, tive incentivo da minha tia Irene para trabalhos manuais. O cuidado dela sempre foi inspiração para mim”, relembra.
Cada traço, segundo a artesã, é pensado no olhar de quem vai receber a peça. “Trato tudo com muita dedicação. Muitas pessoas já conseguem reconhecer meu traço de longe e saber que determinada peça foi pintada por mim. Isso é muito gratificante”, comemora. A emoção transmitida em seus trabalhos é o que dá sentido à sua trajetória. “A pintura é livre, a arte é sua, é única. A dica mais importante é: não desista antes de terminar”, aconselha aos que desejam iniciar na área.
Além de criar arte, Manu busca motivar outras pessoas a acreditarem nos próprios sonhos. “Eu acredito que tudo na vida tem um propósito. Faça a sua parte com zelo e confie no processo. Com dedicação, você vai conseguir”, reforça. Para conhecer mais sobre suas peças e acompanhar seu processo criativo, basta acessar o perfil @emanuelameloatelie no Instagram ou entrar em contato pelo telefone (84) 99958-7031
Recentemente, Natal ganhou o Banco de Alimentos da Secretaria Municipal do Trabalho e Assistência Social (Semtas) e nos sete primeiros meses de 2025, o programa arrecadou e distribuiu 72 toneladas de alimentos a 79 instituições socioassistenciais, beneficiando milhares de famílias em situação de vulnerabilidade. A iniciativa transforma excedentes e doações em refeições complementares seguras, evitando o desperdício e garantindo dignidade a quem mais precisa.
O programa nasceu do compromisso do município com a Segurança Alimentar e Nutricional, alinhado à LOSAN e ao SISAN. “A iniciativa foi redesenhada na atual gestão para integrar captação responsável, logística eficiente e acompanhamento técnico das instituições parceiras. Isso qualificou fluxos, fortaleceu a rede e ampliou o alcance, sem perder o foco na educação alimentar e nas boas práticas higiênico-sanitárias”, destaca Elaine Medeiros, assistente social e coordenadora do Programa Banco de Alimentos.
Segundo Elaine, um dos diferenciais do projeto está na visão da secretária municipal de Assistência Social, Nina Souza, que conectou a ação a parcerias com empresas e produtores de eventos. Dessa forma, a cidade passou a associar cultura e responsabilidade social, garantindo contrapartidas em forma de alimentos. “É uma estratégia que transforma o alimento que seria perdido em cuidado, dignidade e cidadania”, pontua.
A secretária Nina Souza reforça o caráter coletivo da iniciativa: “Estamos falando de milhares de pessoas com acesso garantido à alimentação por meio de um esforço conjunto entre poder público, sociedade civil e setor privado. Esse é um compromisso que Natal assume com seriedade: enfrentar a fome com eficiência e humanidade”.
O impacto da ação é perceptível não apenas nos números de arrecadação, mas também nas instituições beneficiadas. Em julho de 2025, o programa registrou um recorde histórico, distribuindo mais de 24 toneladas em apenas um mês. “Cada resultado reflete a solidariedade organizada de equipes, parceiros e voluntários. O Banco de Alimentos mostra que quando cada um faz sua parte, o impacto coletivo transforma realidades”, afirma Marlene Ramalho, diretora do Departamento de Segurança Alimentar.
Em julho, programa registrou recorde histórico, com mais de 24 toneladas – Foto: Reprodução
Atualmente, uma equipe com 10 profissionais atua integralmente na operação, cuidando de todas as etapas: captação, seleção, armazenamento e distribuição. O processo conta ainda com nutricionistas que orientam as instituições sobre o uso adequado dos alimentos, garantindo qualidade nutricional e otimização do aproveitamento.
Entre as entidades atendidas está a Humanização e Apoio ao Transplantado de Medula Óssea do Rio Grande do Norte (HATMO). A presidente da instituição, Rosali Cortez, ressalta a relevância da parceria: “O impacto dessas doações é muito positivo, elas salvam vidas. Recebemos 150 cestas que foram repassadas para uma média de 150 famílias assistidas na HATMO. Espero que continuem nos enviando porque isso nos ajuda muito a manter o projeto. ”
Além de reduzir o desperdício, o Banco de Alimentos tem como objetivos complementar, de forma regular e monitorada, as refeições servidas por instituições socioassistenciais; promover educação alimentar e nutricional; e ampliar parcerias sustentáveis que garantam previsibilidade de oferta. A tendência é de crescimento contínuo, com foco em ampliar o alcance territorial e fidelizar doadores.
“O futuro passa por intensificar parcerias com empresas, produtores e organizadores de eventos, expandindo o volume arrecadado e garantindo maior previsibilidade no abastecimento. Tudo isso acompanhado de transparência ativa e acompanhamento técnico permanente”, concluiu Elaine Medeiros.
Natal sedia nos dias 4 e 5 de setembro a 1ª Caravana Federativa no Rio Grande do Norte, iniciativa que reunirá cerca de 30 ministérios e órgãos do Governo Federal para atendimento direto a prefeitos, secretários municipais e representantes da sociedade civil. O evento acontece no Centro de Convenções e promete destravar convênios, esclarecer dúvidas e abrir portas para novos investimentos nas cidades potiguares.
Um dos apoiadores da Caravana é a Federação dos Municípios do RN (Femurn). O presidente da entidade, Babá Pereira, ressalta a importância de levar o Governo Federal para mais perto das administrações municipais, que enfrentam dificuldades no contato direto com Brasília.
“É importante o apoio da Femurn para que os municípios, muitas vezes sem condições de ir a Brasília, aproveitem que os ministérios venham até o Estado. Assim, prefeitos e equipes podem resolver problemas, tirar dúvidas e agilizar pendências”, afirmou ao Diário do RN.
Babá lembra que o deslocamento constante à capital federal não é viável para muitos gestores, tanto pelo custo quanto pela burocracia. Por isso, ele considera que a presença de técnicos e ministros no Rio Grande do Norte democratiza o acesso às políticas públicas.
“A Caravana Federativa aproxima os municípios do Governo Federal, criando um canal direto para resolver pendências, buscar novos investimentos e fortalecer o diálogo. É a oportunidade que prefeitos e prefeitas aguardavam para destravar projetos importantes e conquistar mais desenvolvimento para suas cidades”, reforçou.
A abertura oficial acontece amanhã (04), com a presença das ministras Gleisi Hoffman (Secretaria de Relações Institucionais) e Márcia Lopes (Ministério das Mulheres), além do ministro Márcio Macedo (Secretaria-Geral da Presidência da República). A governadora Fátima Bezerra também participará da programação, ao lado de deputados federais, estaduais e lideranças políticas do Estado. Durante os dois dias, os participantes terão acesso a balcões de atendimento, oficinas, fóruns temáticos e conferências.
Também serão anunciadas entregas de obras, equipamentos, assinaturas de convênios e programas e recursos para o Rio Grande do Norte. De acordo com informações do Governo Federal, serão entregues projetos de cozinhas solidárias, no âmbito da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), entrega de máquinas agrícolas ao Estado e prefeituras no valor de R$ 4 milhões, entrega de autorizações de embarcações de pesca de lagosta (Ministério da Pesca e Aquicultura), entrega simbólica de dois trens e seis vagões de passageiros recuperados nas oficinas da CBTU/Natal (Ministério das Cidades e CEF), autorização de uso sustentável de imóvel de propriedade da União à Colônia de Pescadores Z-04 de Pesca, Maricultura e Aquicultura de Natal, cessão de imóvel com a finalidade de implantação do Centro Administrativo Municipal, em Mossoró (Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos).
A Caravana Federativa será encerrada na sexta-feira (5), após fóruns de gestores federais e reuniões com movimentos sociais.
A oficialização da ruptura da federação União Progressista do Governo finalmente aconteceu nesta terça-feira (02). O anúncio foi conduzido em coletiva pelos presidentes do PP, senador Ciro Nogueira, e do União Brasil, Antônio Rueda. A medida inclui o desembarque de cargos do Governo Federal, incluindo os quatro ministérios. O anúncio direcionou aos detentores de mandatos que deixem seus cargos no Governo Federal e, caso descumprimento ocorra por dirigentes da Federação em seus Estados, serão afastados e, em caso de permanência de descumprimento, serão aplicadas punições disciplinares previstas no Estatuto da Federação.
No Rio Grande do Norte, membros da federação não ocupam espaço no governismo, mas um dos seus filiados, o prefeito de Mossoró Allyson Bezerra (UB), é um dos maiores aliados da senadora governista Zenaide Maia (PSD), vice-líder do governo Lula no Senado. A oficialização da federação como oposição poderá afetar esta parceria local, uma vez que as pretensões eleitorais dos dois lados devem se chocar.
Abrem-se, desta forma, possibilidades sobre as consequências de novos passos que poderão ser dados pelos atores que compõem essa integração e formação de novos cenários. A senadora Zenaide pode tomar a decisão de romper com o Governo e permanecer com Allyson Bezerra, se consolidando como candidata à reeleição de centro ao Senado, encerrando parceria de anos com a esquerda.
Esta possibilidade, no entanto, pode ter resistência do próprio Governo, que deverá trabalhar para não perder uma senadora, cargo de peso diante dos desafios que o governismo enfrenta em Brasília.
Caso a senadora resista em romper com o Governo, com quem tem afinidades ideológicas, e caso a parceria de Allyson seja questionada pelo partido, há a possibilidade de que o prefeito siga para o PSD – partido para o qual, aliás, foi convidado a se filiar em 2024. Ele já deixou claro que não deve romper com Zenaide. Rompendo com o União Brasil, o pretenso candidato a governador que rejeita a esquerda poderia seguir parceria com a senadora por via própria.
Dentro desta conjuntura, a parlamentar deve considerar os impactos eleitorais de não subir no palanque do PT e seguir em via própria. Como seu eleitorado não abrange o universo bolsonarista, caso siga por via própria, o meio termo pode prejudicá-la dos dois lados. Romper com Lula e o Governo do PT a deixa entre dois pré-candidatos competitivos: Styvenson Valentim (PSDB) e Fátima Bezerra (PT).
Em entrevista anteriores, Zenaide Maia sempre deixou a entender que pode manter a relação com a esquerda no âmbito federal e seguir por outro caminho no Estado, assim como conciliou na eleição municipal de 2024, em Natal e Mossoró, dois maiores municípios do RN.
Na ocasião da oficialização da federação União Progressista, no último dia 20 de agosto, o presidente do União Brasil no RN, ex-senador José Agripino, já reconhecia a federação como oposição ao governo federal em entrevista concedida ao Diário do RN: “A reunião da federação foi o maior movimento da oposição desse país até hoje. É um marco na política do Brasil como instrumento de oposição”.
Entretanto, para ele, a relação de um dos maiores filiados no Estado com a senadora Zenaide Maia (PSD) nada tem a ver com o União Brasil. “Eu não tenho relação com a Zenaide. A relação é dele, que é prefeito e recebeu benefícios para o município através dela. Allyson que tem que dar as razões da relação dele com Zenaide. Não é da federação com Zenaide”, garantiu, num momento em que as novas definições ainda não poderiam interferir nos cenários futuros.
Não o julgamento de um ex-presidente, mas o latente ativismo do poder judiciário é o verdadeiro desafio à democracia no país. A análise é do advogado e professor Marcos Araújo, um dos especialistas ouvidos pelo Diário do RN sobre o julgamento de Jair Bolsonaro (PL) e outros sete réus por tentativa de golpe de Estado, organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, dano qualificado contra o patrimônio da União e deterioração do patrimônio tombado. Especialistas ouvidos pelo Diário do RN avaliam que o processo representa tanto a afirmação do papel constitucional da Corte quanto um teste para os limites da linguagem e da comunicação do Judiciário com a sociedade.
Araújo chama atenção para um ponto que considera sensível: o excesso de formalismo nas sessões do Supremo. Para ele, a linguagem inacessível e a teatralização dos julgamentos podem enfraquecer a credibilidade da Justiça.
“Nós temos desde a institucionalização, a publicidade dos julgamentos nas sessões, que há um empolamento da linguagem, os julgamentos se tornaram algo maçantes, longos, duradouros, para a exibição da intelectualidade (…). Isso sim eu acho um problema para a justiça. A justiça tem que saber ser discreta, sem comunicação. Acho que a gente está terminando assistindo o ativismo e a hipertrofia do poder judiciário. Acho que isso é um desafio à democracia do país”, analisou o professor.
Para o professor Marcos Araújo, no entanto, não há dúvidas de que o STF cumpre sua função institucional ao julgar Bolsonaro. Segundo ele, a ideia de que o processo contra o ex-presidente e demais réus representaria um risco à democracia é equivocada.
“Primeiro, eu acho que o julgamento representa não um desafio à democracia, eu acho que é um cumprimento do papel constitucional do STF julgar o ex-presidente. Eu não vejo nenhum paradoxo, nenhum problema nisto”, afirmou.
Já o advogado e professor Olavo Hamilton enxerga o momento como marcante para o país e amplia a leitura para o cenário internacional. Ele lembra que o julgamento está sendo observado por outros países e pode se tornar um marco no enfrentamento a ameaças autoritárias.
“O julgamento que começa hoje está sendo observado pelo mundo inteiro, por dois motivos: primeiro, por haver grande pressão dos EUA contra a condenação de Bolsonaro; segundo, porque pode se tornar um exemplo para o mundo inteiro de como o judiciário pode lidar com ameaças autoritárias que assombram a maioria dos países na atualidade”, destacou Olavo.
Na avaliação de Hamilton, a responsabilidade do STF é dupla: oferecer uma resposta que seja proporcional aos atos investigados e, ao mesmo tempo, estabelecer um precedente inédito no Brasil.
“No plano interno, o desafio é dar uma resposta adequada e proporcional aos atos que eventualmente ameaçaram a democracia brasileira. Lembrando que nunca um golpista foi condenado no Brasil”, ressaltou Hamilton.
O julgamento do ex-presidente teve início nesta terça-feira (02), com a apresentação das sustentações da acusação e da defesa. O primeiro dia de julgamento seguiu o roteiro esperado: acusação e defesa apresentaram suas teses, em um ambiente controlado. O processo apura a conduta de Bolsonaro na incitação ao golpe de Estado no país e nos episódios relacionados às manifestações golpistas de 8 de janeiro de 2023 e pode resultar em sua condenação por atentar contra o Estado Democrático de Direito. A leitura da sentença está prevista para 12 de setembro.