
Isabel Martins Costa estava em uma das lanchas atingidas pela rocha que descolou após a queda de pedaços de um cânion no Lago de Furnas, nesse sábado, 8. Isabel precisou de 200 pontos na cabeça, ela estava com a irmã, Ana Costa, que também foi atingida.
“Eu vi a rocha caindo, vindo uma onda preta em cima do barco. A gente afundou, mergulhou e nessa hora eu falei: ‘Eu vou morrer’”, desabafou a irmã de Isabel ao Fantástico.

As equipes do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais retomam as buscas por vítimas no Lago de Furnas, em Capitólio, Minas Gerais, às 5h, desta segunda-feira, 10. No domingo, 9, os mergulhadores cessaram as buscas por possíveis vítimas do desabamento do pedaço de um cânion, por volta das 19h50, devido à falta de visibilidade no local.
Dos 10 mortos resgatados pelos bombeiros após a tragédia, cinco já foram identificados e liberados para as famílias. De acordo com a Polícia Civil mineira, três das vítimas já foram liberadas e duas aguardam serem retiradas do Posto Médico-Legal (PML) de Passos (MG) pelos familiares. Segundo a polícia, a identificação dessas cinco pessoas foi feita através da análise de impressões digitais.

Os corpos que foram encontrados nesse domingo são de um adolescente de 14 anos, natural de Alfenas (MG), e do pai dele um homem de 37 anos, natural de Itaú de Minas (MG). Eles são, respectivamente, neto e filho do homem de 67 anos, natural de Anhumas (SP), e da mulher de 57 anos, natural de Itaú de Minas (MG), que já estavam confirmados entre os mortos do desabamento. Além de uma terceira pessoa.
Todos os mortos identificados estavam na lancha chamada Jesus, a mais atingida na tragédia de sábado. A condição em que foram resgatados os corpos dificulta a identificação, informou a Polícia Civil mineira. “Os corpos estão bastante prejudicados“, disse Marcos Amaral, médico legista de Passos, em coletiva de imprensa na manhã do domingo sobre a identificação das vítimas.