
Pesquisa Consult divulgada pelo Blog do BG/96 FM, revela situação de preocupação para a reeleição da governadora Fátima Bezerra.
Alguns aspectos são levados em consideração para fundamentar a situação de acender a luz amarela na governadoria:
No quesito aceitação, Fátima patina nos 30%, com Carlos Eduardo vindo logo atrás com 21% e Álvaro Dias com 11%.

Quando o prefeito de Natal não aparece, Carlos Eduardo empata tecnicamente com Fátima, com a governadora aparecendo com 31% e o filho de Agnelo com 28%.

Faz-se necessário breve comentário a respeito desses números.
Fátima está em pleno exercício do mandato, com ônus e bônus que isso representa, mas não tem escândalos em sua gestão, sem denúncias fundamentadas de corrupção, vida pessoal simples e finanças do Estado aparentemente organizadas. Deveria ter pelo menos mais 10 pontos de aceitação por parte do eleitorado. Ela está numa dieta eleitoral rígida sem nem ter começado o pleito.
Seu adversário mais forte, de acordo com a Consult, é Carlos Eduardo, que não dispõe de diretórios de seu partido de forma consistente em nem 10 cidades do Estado; não dialoga com a classe política; não tem grupo ou liderança expressiva que tenha lhe declarado apoio; não tem e nem quer nenhuma afinidade com a imprensa; não é esse poço de simpatia pessoal e não tem uma marca que possa ser seu carro chefe numa campanha para governador.
Mesmo assim, esse adversário sem tantas qualidades políticas e sem apelo eleitoral, empata com a governadora a um ano antes da eleição.
É, no mínimo, preocupante para Fátima que tenta ser reeleita e tem, diferentemente da eleição de 2018, o inerente desgaste da gestão, a insatisfação de setores com interesses contrariados e sem marca física de seu governo para apresentar.
Além disso, a desaprovação de seu governo é maior do que a aprovação e seu índice de rejeição é o maior entre os candidatos.
Portanto, se levar em consideração que esses números podem ser verdadeiros, o governo tem que descer do salto, dialogar mais com a sociedade, deixar o gabinete, ir aos municípios, falar mais e participar do contraditório sem medo.
Se esses números forem verdadeiros, a reeleição de Fátima está muito mais ameaçada do que ela e o PT imaginam.