As manchas de óleo que surgiram na faixa de areia na praia de Camurupim, município de Nísia Floresta, durante o final de semana, foram enviadas para análises, porém não tem previsão para recebimento do resultado.
As informações foram confirmadas pela superintendência estadual do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Ibama), que em contato com a reportagem esclareceu: “As amostras foram enviadas nesta tarde (segunda-feira), para a Petrobrás – no Rio de Janeiro- e para a Universidade Federal da Bahia, em Salvador. Mas, não há previsão de quando sairá o resultado, pois dependemos deles. Ainda não sinalizaram prazo de entrega”.
Questionado sobre a possibilidade de relacionar com os episódios anteriores do surgimento de manchas de óleo no litoral potiguar, a superintendência afirmou: “Só podemos afirmar se existe alguma relação ou não, após os resultados das análises. Tanto pode ter a ver com as correntes marítimas, se for óleo velho, ainda depositado no fundo, como pode ser óleo diferente”.
A Secretaria de Meio Ambiente e Urbanismo de Nísia Floresta confirmou que as manchas de óleo atingiram entre 300 e 400 metros da faixa de areia e foram recolhidos ao longo do final de semana.
Bismarck Sátiro, secretário adjunto de Meio Ambiente e Urbanismo e coordenador da Defesa Civil do município, esclareceu que é um óleo diferente: “É um óleo diferente das outras vezes, esse é até mais fácil de manusear porque ele gruda. Quando passamos o ciscador, ele rola pela areia e facilita de pegar com a pá. Foram coletados, em média, 80kg de resíduos”. Além da Defesa Civil, equipes da Marinha do Brasil e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Ibama) também estiveram na região para recolher os elementos para análise.
O secretário explicou ainda que os monitoramentos serão diários nesta primeira semana: “A segunda-feira já amanhecemos sem registros de novas manchas. Mas, iremos realizar um monitoramento diário nesta semana, na semana seguinte será em dias alternados até que esteja tudo normalizado e a praia está própria para o banho”.
ORIENTAÇÕES
O Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (Idema) emitiu uma cartilha de informações para caso as pessoas encontrem novas manchas de óleo na faixa de areia: não tocar no óleo – em caso de contato com a pele, higienize a área com óleo de cozinha; em caso de ingestão ou reação alérgica procure a Unidade Básica de Saúde mais próxima; Caso encontre animais contaminados, evite contato e não devolva para o mar; Ligar para prefeitura ou em contato com o Disque 185 (Marinha do Brasil) ou com Defesa Civil Estadual, por meio do (84) 3232-5155 ou do número 190 para informar o fato.
HISTÓRICO
No Rio Grande do Norte, a última vez que o Idema registrou a presença de óleo foi em setembro de 2022, quando a Prefeitura de Natal fez o recolhimento de 18kg de resíduo. Mas, em 2019, foi recolhido em todo estado aproximadamente 34 toneladas de óleo das praias, no episódio de grande impacto ambiental que atingiu a costa nordestina e estados do sudeste brasileiro.