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RURALISTAS ACUSAM BOLSONARO DE TER PROVOCADO VETO DA CHINA À CARNE BRASILEIRA

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Carne bovina brasileira está proibida de entrar na China. Foto: Governo de Rondônia/Divulgação

Lideranças da bancada ruralista no Congresso dizem acreditar que a decisão da China de manter o veto à compra da carne brasileira é influenciada, em menor ou maior grau, pelo desgaste diplomático com o país asiático gerado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e seus apoiadores nos últimos anos.

A coluna Painel da Folha de S.Paulo destaca que, “ainda que os ataques tenham reduzido recentemente, o presidente e seus aliados já atribuíram a criação da Covid à China, por exemplo. Em maio, Bolsonaro sugeriu que a China faz guerra biológica com o coronavírus”.

O deputado Neri Geller (PP-MT), vice-presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária e ex-ministro da Agricultura, diz que os ruralistas estão vendo esta situação “com muita aflição”.

“Estamos vendo a situação com muita aflição. Acho que o governo melhorou nos últimos seis meses, tirou o ingrediente ideológico e entrou a questão mais pragmática e comercial, que tem que prevalecer. Mas tem, sim, um rescaldo, que atrapalhou e atrapalha”, afirma Geller.

E acrescenta: “Desde o começo do governo nós da base alertamos que, ainda que o alinhamento ideológico seja com os Estados Unidos, nossos grandes parceiros comerciais consumidores estão no Oriente. Nosso maior comprador é a China. Precisamos ter um cuidado muito especial com esses países. E esse embargo prejudica muito”.

O progressista alerta para o temor de um efeito na cadeia. “Hoje está na proteína animal, mas pode repercutir amanhã na soja, no milho, nas commodities que vão para fora”, diz, ressaltando que acredita que o problema será temporário e logo a relação será retomada.

Muitos ruralistas esperavam que Pequim retomasse rapidamente as importações depois que nenhum outro sinal da doença fosse detectado no Brasil. A suspensão, no entanto, se arrasta há quase seis semanas, alimentando uma crescente consternação entre as autoridades brasileiras e seus grandes frigoríficos.

Com informações do 247 e Política Livre


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