O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) está sendo denunciado por servidores do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) por, segundo o jornal Folha de S. Paulo, tentar substituir o termo “Golpe Militar” por “revolução” em uma questão sobre o golpe de 1964 do Exame Nacional de Ensino Médio (Enem).
O Enem acontece nos próximos dias 21 e 28, em meio a uma crise devido às tentativas de intervenção do Governo Federal no conteúdo da prova, que motivaram o pedido de demissão de mais de 30 funcionários do Inep, e uma série de denúncias sobre censura às questões da prova realizadas pelo governo, além de assédio moral e pressão. Bolsonaro se pronunciou afirmando que agora, “o Enem começa a ter a cara do governo”.
De acordo com a Folha, Milton Ribeiro, o atual Ministro da Educação, chegou a levar o pedido da substituição do termo “Golpe Militar” ao ministério e também ao Inep, porém não teve sua demanda atendida devido aos processos burocráticos de elaboração da prova.
O Enem é o maior exame de seleção para admissão no ensino superior do Brasil e o segundo maior exame de seleção do mundo, e está atrás apenas do processo seletivo para o ensino superior da China. A prova é de responsabilidade do Inep.
Por Folha de S. Paulo