Terceiro maior colégio eleitoral do RN, município viu folha inchar e passar de R$ 143 mi para R$ 186,3 mi, em ano eleitoral
A folha salarial dos servidores públicos efetivos, terceirizados e contratados temporariamente do município de Parnamirim, na Região Metropolitana de Natal, custou aos cofres públicos do terceiro maior colégio eleitoral do Rio Grande do Norte, o montante de R$ 186,3 milhões entre os meses de janeiro e agosto deste ano. O valor representa 30,25% a mais que o pago no mesmo período de 2021, que foi pouco mais de R$ 143 milhões, um aumento de mais de R$ 43 milhões.
Coincidência ou não, as despesas com pessoal em Parnamirim, no ano eleitoral, cresceram vertiginosamente justamente quando o filho do prefeito Rosano Taveira (Republicanos), o deputado estadual eleito Taveira Jr. (União Brasil) saiu candidato à Assembleia Legislativa do Estado (ALRN).
Conforme o Portal da Transparência de Parnamirim, o município pagou o total de R$ 150.346.827,47 a título de vencimentos e vantagens fixas de pessoal civil, entre janeiro e agosto deste ano. O valor representa um aumento dos gastos do município de 31,29%, em relação ao pago pelo contribuinte no mesmo período do ano passado, quando foi desembolsado a quantia de 114.511.706,46.
A despesa do município decorrentes de contratos de terceirização foi de pouco mais de R$ 23,1 milhões nos oito primeiros meses deste ano, ou seja, um aumento de 11,44% em relação ao valor desembolsado por Parnamirim no ano passado, quando a folha com essa rubrica foi de aproximadamente R$ 20,8 milhões.
Já o maior gasto do município de Parnamirim com o pagamento de folha salarial ficou com os contratos por tempo determinado, que representou um aumento de 65%, coincidentemente, em ano eleitoral. O valor passou de R$ 7.785.141,79 entre os oito meses do ano passado, para o montante de R$ 12.844.389,68 para o mesmo período deste ano, conforme conta no Portal da Transparência parnamirinense.
Faltando quatro dias para as eleições, Taveira Jr. foi denunciado ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por possível uso da máquina pública municipal. Conforme o conteúdo da denúncia, o servidor comissionado da Secretaria Municipal de Obras Públicas e Saneamento de Parnamirim (Semop), José Rosemberg da Silva, o Berg Silva, foi flagrado pedindo votos para o então candidato, durante o expediente de trabalho.