
O meio eclesiástico potiguar vem gerando uma polêmica atrás da outra nos últimos dias, primeiro o escândalo sexual envolvendo o padre Júlio César Cavalcante, agora o pronunciamento do padre Murilo Paiva durante missa em Parnamirim neste domingo (5).
Em defesa do seu colega, o padre Murilo teceu uma série de argumentos e enfatizou a necessidade do perdão. Contudo, foi acusado de incitar atos de violência contra a imprensa durante a homilia.
Confira a nota da direção da TV Ponta Negra na íntegra:
“A TV Ponta Negra foi surpreendida com a declaração do Pároco de Parnamirim, Padre Antônio Murilo de Paiva, que afirmou ontem durante homilia na Missa que celebrava o Dia de Pentecostes, o seguinte:
‘Se fosse no tempo de Frei Damião, Frei Damião já havia organizado o povo para tocar fogo naquela rádio e naquela Tv que tem um cara sem futuro que fica falando todo dia mal dos padres’.
A Televisão ao qual o Padre Murilo se referiu é a TV Ponta Negra, que tem o jornalista Gustavo Negreiros no time de comentaristas no Jornal do Dia.
Gustavo usou do legítimo direito de informar e através do seu blog divulgou um caso que envolvia um padre e um casal de uma das paróquias de Natal. A notícia, inclusive, não chegou a ser veiculada em momento algum pela TV Ponta Negra.
O jornalista Gustavo Negreiros, assim como todos os demais jornalistas desta casa, tem TOTAL liberdade para divulgar notícias e expressar suas opiniões aqui nesta Emissora e também através dos seus blogs e redes sociais que são independentes editorialmente da TV Ponta Negra.
Mas, apesar de tal notícia não haver tido a nossa divulgação, queremos expressar a nossa solidariedade a Gustavo Negreiros e deixar claro que somos radicalmente contrários à toda e qualquer forma de tentativa de cerceamento e ameaça ao legítimo direito de informar, base do jornalismo.
Incitar a população a atear fogo em prédios de veículos de comunicação nunca foi e nem nunca será uma atitude plausível de quem quer que seja, muito menos de um sacerdote, ao qual sempre tivemos respeito e admiração e do qual esperamos a devida retratação”.