O deputado Federal Walter Alves, a pretexto de negar que haja qualquer articulação em andamento no MDB, com vistas às eleições do próximo ano, deu uma punhalada traidora no ex-deputado e ex-ministro Henrique Alves. Atitude grosseira e desnecessária por parte do filho de Garibaldi contra o filho de Aluízio Alves.
Quando Waltinho ainda nem era projeto de vida, Henrique levantava a bandeira do MDB contra a ditadura. Foi pelas mãos de Henrique e Aluízio que Garibaldi trilhou sua carreira política vitoriosa. A aliança entre os primos não era apenas política; era uma aliança visceral, forte, sincera, de amor recíproco.
Foi Henrique, junto com Aluízio, que articulou e abriu espaços na política nacional para Garibaldi. Aluízio chegou a renunciar candidatura para não prejudicar Garibaldi. O projeto maior da família Alves sempre teve Garibaldi Filho como o grande beneficiário. Gestos de Henrique e de Aluízio.
A frase de Walter Alves nas redes sociais é uma facada na história de Henrique; a materialização da ingratidão e da injustiça. O filho de Garibaldi disse que desde 2018 “não existe qualquer relação do ex-deputado Henrique Alves na condução da sigla no estado.” Humilhante para Henrique ser ‘despejado’ do partido que fundou.
O neto de Garibaldi Alves apunhalou covardemente o filho de Aluízio Alves. O pior: Ainda levou Garibaldi Filho para assinar o punhal da traição a Henrique. Feio demais.
Todos nós sabemos como se comporta a classe política. Vive do instinto da sobrevivência. Não respeita amizade ou mesmo laços familiares. O egoísmo é o oxigênio que alimenta a sanha perseguidora do mandato eletivo.
Não importa se há traição, injustiça ou ingratidão. O que importa é manter o mandato. Nem que para isso tenha que sacrificar a própria biografia e jogar aos leões famintos, alguém que foi responsável por sua sobrevivência durante décadas.
A atitude de Waltinho, apesar de materializar o desprezo pelo respeito e o sepultamento da hombridade, foi de caso pensado. Ele precisa hostilizar Henrique para que o primo peça para sair do MDB. Tem medo de disputar voto com o filho de Aluízio e perder.
Waltinho até que vinha bem em sua carreira política. Sem envolvimento em escândalos ou algo negativo, o filho de Garibaldi até poderia crescer mais na política do RN.
Porém, quem vai confiar em quem trai o próprio primo? Ficou muito feio para Waltinho sujar as mãos com um gesto tão vil e tão pequeno contra alguém que pavimentou a história dele e do pai empunhando a bandeira verde da Esperança Aluizista. Waltinho era pequeno somente na estatura física. Agora ficou ainda menor.
Henrique é resignado. Apesar do refluxo, engoliu em silêncio doloroso o gesto de desprezo público do primo em relação ao seu MDB.
O Bacurau tem o coro grosso e não se deixa abater tão facilmente. Já passou coisas piores. Henrique vai superar mais essa. Mas o troco virá. Com força.
Grande Jornalista Túlio Lemos, a política é triste. E não tem um olhar para história e sim para o oportunismo. O Dep. Walter Alves, infelizmemte, é o portunista do momento. Ele não está tendo foco no legado construído ao longo do tempo. Você em sua matéria foi feliz expondo fatos e contra fatos não tem argumentos.