Um motorista tentou fugir de uma abordagem policial em Nísia Floresta nesta quarta-feira (2) e acabou batendo o carro na viatura da PM.
De acordo com o Comando do Policiamento Rodoviário Estadual (CPRE), o motorista estava dirigindo em alta velocidade no loteamento Primavera, em Nísia Floresta. Os policiais então deram ordem de parada, mas ele desobedeceu. Ao tentar fugir da abordagem, o motorista acabou batendo na viatura.
Ele foi submetido ao teste de alcoolemia foi apontado valor de 0.33mg/l, que configura embriaguez.
O motorista tem 24 anos e não tem carteira de habilitação. Ele foi levado para a Delegacia de Nísia Floresta onde foi autuado por direção perigosa e alcoolemia ao volante.
Os consagrados projetos culturais Bosque Encena e Som da Mata retornam as apresentações da nova temporada 2022 com as atividades presenciais, a partir do próximo domingo (06), depois de um pequeno recesso.
O projeto Bosque Encena volta a alegrar as manhãs de domingo, a partir do dia 06, às 10h. A primeira atração da temporada 2022 é o espetáculo O Mágico de Oz, da CIA Era Uma Vez…, que exibe uma versão moderna desse clássico que fala sobre amizade, lealdade e companheirismo.
Dorothy é uma menina do Kansas que sonha com um mundo perfeito e sem problemas, até que embarca em uma incrível jornada. Ela descobre amigos que a fazem ver o real significado de um “mundo perfeito”. Uma linda e lúdica história, com músicas contagiantes.
A partir das 16h30, o projeto Som Da Mata retorna com o show do Candeeiro Jazz, consagrado trio potiguar formado pelos músicos Zé Hilton, Sérgio Groove e Jubileu Filho que utilizam uma configuração inusitada de sanfona, contrabaixo e guitarra.
O melhor da música instrumental produzida na nossa cidade nos finais de tarde de domingo. O trio reúne nesse show uma seleção de composições autorais com ritmos nordestinos, além de arranjos de músicas conhecidas no mundo inteiro de compositores como Sivuca, Dominguinhos, Hermeto Pascoal e Luiz Gonzaga. O resultado é muito suingue, passando do Forró ao Frevo, numa linguagem contemporânea.
As apresentações obedecem às medidas de prevenção à Covid-19, o acesso ao Parque das Dunas se dará mediante a apresentação do comprovante vacinal e uso de máscara.
Os projetos Bosque Encena e Som da Mata acontecem graças à renúncia fiscal da Prefeitura do Natal através da Lei Djalma Maranhão e do aporte financeiro da Unimed Natal e Arena Das Dunas, além do apoio do Governo do Estado através do Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente – Idema e da Padaria Hora Do Pão. Produção Bosque Encena e Som da Mata: SADEPAULA Produções Criativas.
Programação
Dia: 06/03 (domingo)
Bosque Encena – O Mágico de Oz
Horário: 10h
Local: Parque das Dunas, no Anfiteatro Pau-Brasil
Som da Mata com Candeeiro Jazz
Horário: 16h30
Local: Parque das Dunas, no Anfiteatro Pau-Brasil
Acesso ao Parque: R$ 1,00 – Os espetáculos são gratuitos!
O “Bloco dos Tornozelados”, que marcou o Carnaval de Natal ao sair pelas ruas do bairro das Rocas com pessoas vestidas com roupas de presos do sistema penitenciário potiguar e ostentando tornozeleiras eletrônicas, “representa uma apologia ao crime e uma forma de intimidar a população”. A opinião é do deputado estadual Subtenente Eliabe (SDD), em pronunciamento na sessão ordinária desta quinta-feira (03) na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte.
“Quero externar minha indignação, meu repúdio ao fato noticiado em todo o Brasil. Um bloco formado por tornozelados, pessoas fantasiadas de presidiários, com tornozeleiras eletrônicas, alguns exibindo objetos que parecem armas. É uma situação deplorável. Não podem as autoridades aceitarem isso pacificamente. Os poderes constituídos precisam reagir. Isso é apologia ao crime, uma ameaça à população, uma forma de intimidar a população de bem e precisa de resposta à altura”, disse Eliabe.
Para o parlamentar, o maior motivo de indignação “é a forma como os poderes constituídos se comportam com esse problema: encarando com naturalidade”. O deputado defende que as forças de segurança, os policiais deveriam ter ido ao local para realmente se certificar do que se tratava.
A Polícia Civil informou nesta quinta-feira (3) que foi instaurado um inquérito pelo delegado da 4ª DP, Júlio Lima, para investigar condutas dos foliões do chamado ‘Bloco dos Tornozelados’, que desfilou no bairro das Rocas na última terça-feira (1°).
Os participantes do bloco usavam roupas semelhantes a uniformes de presídios potiguares e acessórios nas pernas, fazendo referência à tornozeleira eletrônica. Alguns foliões também foram vistos em registros espalhados pelas redes sociais com objetos semelhantes e alusivos a armas de fogo.
Não houve incidentes relacionados ao bloco. Mas, durante a repercussão, foram apontados a possibilidade de os carnavalescos fazerem apologia ao crime, assim como o caso de eventuais irregularidades por participantes condenados e que estivessem descumprindo suas penas. Por exemplo, se houver alguém cumprindo medida protetiva e, na ocasião, ter violado o limite de movimentação.
Após uma nova rodada de negociação entre Rússia e Ucrânia, que ocorreu em Belarus nesta quinta-feira (3), houve avanço na viabilidade de corredores humanitários e de um cessar-fogo em torno deles, segundo o principal negociador russo, Vladimir Medinsky, descrevendo-o como “progresso substancial”.
Apesar do avanço, o encontro terminou sem os “resultados que a Ucrânia precisa”, afirmou um membro da comitiva ucraniana. As delegações concordaram em mais uma rodada de negociações, que deve ser marcada para o início da próxima semana.
“A segunda rodada de negociações terminou. Infelizmente, os resultados que a Ucrânia precisa ainda não foram alcançados. Há uma solução apenas para a organização de corredores humanitários”, disse o assessor presidencial ucraniano Mykhailo Podolyak em um tweet.
Também nesta quinta, o presidente russo, Vladimir Putin, disse que os soldados continuarão avançando na Ucrânia e que seus alvos estão sendo atingidos. Putin também declarou que os militares russos não estão impedindo a saída de civis, rebatendo o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.
O Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria de votos nesta quinta-feira (3) para manter em R$ 4,9 bilhões o chamado fundo eleitoral — verba que será utilizada pelos partidos políticos para financiar campanhas nas eleições deste ano.
A ação analisada pelo Supremo foi proposta pelo partido Novo e questiona o aumento do fundo, de R$ 2,1 bilhões para R$ 4,9 bilhões, aprovado pelo Congresso e sancionado pelo presidente Jair Bolsonaro.
O Novo pede que o STF determine que o fundo volte a ter o orçamento inicial proposto pelo governo, de R$ 2,1 bilhões.
O julgamento teve início no dia 23 de fevereiro e foi suspenso na semana passada. Na retomada da análise, a maioria dos ministros divergiu do relator, André Mendonça, que votou por suspender o aumento.
A parada de ônibus da Avenida Salgado Filho, em Natal, foi retirada do local pela empresa que é responsável pela exploração da publicidade do equipamento. A informação foi divulgada pela Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana (STTU), após ser informada pela imprensa e pelos usuários que a estrutura havia “desaparecido” na tarde desta quarta-feira (2).
Com a descoberta do “autor” do sumiço, a STTU informou que já tomou as medidas cabíveis para recuperar a parada de ônibus e a mesma vai ser reinstalada no local. Veja a nota na íntegra da STTU:
“A STTU informa que no tocante ao abrigo de passageiros da Avenida Senador Salgado Filho, o equipamento já está sendo reinstalado no mesmo local. A empresa que outrora era responsável pela exploração do espaço publicitário deveria ter comunicado previamente sobre a substituição do equipamento. Diante do acontecido, a STTU está adotando as medidas administrativas competentes.”, informou o órgão em nota.
Um homem agrediu a mulher no meio da rua na cidade de Santana do Seridó, no interior do Rio Grande do Norte, ameaçou vizinhos e fugiu correndo depois de um deles sacar uma arma e atirar. Uma câmera de segurança flagrou o crime.
O caso aconteceu na terça-feira (1º), mas só foi registrado pela Polícia Militar na Delegacia da Polícia Civil de Parelhas, cidade vizinha, nesta quinta (3), por conta do ponto facultativo do carnaval.
No vídeo, é possível ver que a mulher deixa a casa e vai avisar a vizinhos que o marido havia a agredido. Ele ouve a conversa, sai da residência, pega uma pedra na rua e joga contra ela, mas não a atinge.
Nesse momento, ele questiona ela e as vizinhas: “Está ligando para quem? Quem está ligando?”. Em seguida, o homem bate na cabeça da mulher e a derruba no chão, próximo ao meio-fio. Depois, ele volta para a casa das vizinhas e questiona se elas ligaram para a polícia – ele chega a jogar uma bicicleta contra o portão da casa.
Um outro vizinho viu a situação do portão e foi ameaçado em seguida pelo homem, que disse: “Não se ache não! Você está com raiva de quem?”.
Ele chega a tentar entrar na casa desse rapaz, de onde logo surge um outro homem com uma arma e efetua disparos contra o agressor, que foge. Segundo relataram os envolvidos na ocorrência à PM, esse vizinho seria policial militar.
Acionada, a Polícia Militar esteve no local logo após o crime, mas não encontrou o agressor. A PM registrou a ocorrência, mas a mulher vítima da agressão não havia registrado queixa na delegacia até a tarde desta quinta (3).
A governadora Fátima Bezerra, ao lado do vice-governador Antenor Roberto, assinou a Ordem de Serviço para a obra de restauração e alargamento da RN-233, ao cumprir agenda no município de Paraú, nesta quinta-feira (3). A obra beneficiará uma extensão de 41 km da rodovia, do entroncamento da BR-304, passando pelo município de Paraú, até à BR 226, em Triunfo Potiguar.
“A reconstrução desta importante via vai deixá-la mais larga, sinalizada e, consequentemente, mais segura. É uma grande alegria, além de melhorar o tráfego, o escoamento de produções, poder gerar mais empregos para as pessoas, promovendo o desenvolvimento do Rio Grande do Norte”, comemorou a governadora, agradecendo a presença de todos e todas nessa data em que a esperança se renova ainda mais, e dando em primeira mão, a notícia de que vai encaminhar o Projeto de Lei à Assembleia Legislativa do RN para que a nova via receba o nome do Padre Pedro Neefs, de forma a homenagear importante personagem da história social do Oeste potiguar.
Prefeita de Paraú, Maria Olímpia registrou em sua fala que “este é um dia histórico para todo o Médio e Alto Oeste, além de marcar a vida de cada um que passa por essa estrada, que escoa suas produções”. E completou: “Isso vai marcar a sua gestão, governadora, porque mostra o cuidado com a qualidade de vida de todos nós, a preocupação com a transformação e o desenvolvimento dessas regiões”.
Na execução, serão aplicados quase R$ 74 milhões por meio do Projeto Governo Cidadão e do Departamento de Estradas de Rodagem (DER), com recursos advindos do empréstimo junto ao Banco Mundial. A obra tem o prazo de 10 meses para ser finalizada.
FOTO: ELISA ELSIE/ASSECOM GOVERNO DO RN
“Esta é mais uma iniciativa do Governo Fátima com foco no equilíbrio regional, a iniciativa trará ainda mais desenvolvimento aos potiguares, em especial aos produtores do Alto e Médio Oeste que escoam suas produções por essa estrada”, disse o secretário de Gestão de Projetos e Metas e coordenador do Governo Cidadão, Fernando Mineiro, lembrando que a obra não estava no plano de aplicações do empréstimo e que, após muitas tratativas, foi encaixada nas ações a serem finalizadas até o final de 2022.
“O momento é de agradecimento ao empenho e trabalho árduo em prol do médio e Alto Oeste. A via, para além da melhoria na trafegabilidade e do transporte dos produtos, vai fomentar o turismo regional, pelo qual lutamos tanto”, reforçou o prefeito de Patu e presidente da associação dos Municípios do Oeste Potiguar (AMOP), Rivelino Câmara.
Adolescentes apreendidos em uma unidade socioeducativa queimaram pedaços de colchões e bateram grades em um princípio de rebelião que aconteceu na tarde de quarta-feira (2) em Mossoró, no Oeste potiguar. Ninguém ficou ferido.
Segundo a Fundação de Atendimento Socioeducativo do Rio Grande do Norte (Fundase), os agentes socioeducativos conseguiram apagar o fogo e seguiram os procedimentos de segurança, isolando os adolescentes que lideravam o movimento.
A Polícia Militar também foi acionada para prestar apoio na segurança da unidade e acompanhou a revista nos alojamentos.
Segundo o presidente da Fundase, Herculano Campos, entre os dias 16 e 18 de fevereiro, o Núcleo de Segurança Institucional da Fundase realizou mais um treinamento com os agentes socioeducativos do Case Mossoró. No mesmo período, a Gerência do Atendimento socioeducativo conversou também com os adolescentes, ouvindo as demandas deles.
De acordo com ele, foram discutidas entrada de TVs e ventiladores nos alojamentos, além de produtos de higiene pessoal, bem como a retomada de visitas.
A deputada estadual de Santa Catarina Ana Caroline Campagnolo destinou em uma emenda de R$ 250 mil para a Federação Catarinese de Hipismo. O órgão é presidido pelo advogado Cláudio Gastão da Rosa Filho, que defendeu a parlamentar em ações judiciais.
A informação consta no na Lei Orçamentária de 2021 e trata dos recursos repassados pelos parlamentares em 2020.
A descrição da emenda afirma que o repasse foi destinado para o “apoio financeiro a Federação Catarinense de Hipismo através de ações sócio esportivas educativas aos jovens catarinenses”.
Em nota, o advogado informou que a publicação “agride covardemente uma das mais destacadas deputadas de nosso Estado, o que será objeto de ações criminais e cíveis”.
Procurado, o gabinete da deputada informou que ela só se manifesta sobre os casos nas redes sociais. Em uma publicação em 1º de março, Ana Caroline Campagnolo dizia que a publicação é uma fake news. A parlamentar também escreveu que assuntos como esse ajudaram ela a se “transformar na política mais influente das redes sociais em Santa Catarina”.
FOTO: REPRODUÇÃO
No dia 11 de dezembro de 2021 e também na semana passada, em 22 de fevereiro de 2022, a deputada publicou fotos nas redes sociais ao lado de Gastão com um troféu de homenagem, durante jantar de premiação da etapa final de hipismo de 2021.
Na publicação mais recente, ela afirma que “o recurso veio a pedido do amigo Dr. Gastão que é presidente da Federação e foi usado no fomento do esporte conforme prestação de contas”.
A Polícia Federal iniciou a investigação sobre a declaração do presidente Jair Bolsonaro, que no ano passado associou a vacinação contra Covid a um risco de desenvolver Aids. Essa relação foi feita por Bolsonaro em uma transmissão nas redes sociais, no ano passado.
O inquérito foi aberto no dia 3 de dezembro por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A Polícia Federal instaurou a apuração no dia 23 de fevereiro.
A delegada responsável pelo caso, Lorena Nascimento, afirmou que vai pedir colaboração internacional nas investigações. Isso porque Bolsonaro citou dados que atribuiu a organismos de outros países.
De acordo com a delegada, Bolsonaro é investigado nesse inquérito pelos crimes de epidemia, de infração de medida sanitária preventiva e de incitação ao crime.
A PF vai analisar ainda a confiabilidade de sites eletrônicos que serviram de base para as informações replicadas pelo presidente da República na live.
Representantes da Ucrânia e da Rússia se encontraram nesta quinta-feira, 3, na Belarus, para uma segunda rodada de negociações.
Os ucranianos vestem roupas verdes, enquanto os russos estão de terno e gravata. Eles apertaram as mãos antes das conversas.
Участники российско-украинских переговоров пожали друг другу руки. Первым руку протянул глава российской делегации Мединский. pic.twitter.com/Pt87T6rURT
O escritório de direitos humanos da ONU informou nesta quinta-feira, 3, que subiu para 249 o número de mortes de civis confirmadas na Ucrânia desde o início da invasão russa, em 24 de fevereiro, até esta quarta-feira, 2.
Outros 553 civis foram feridos no conflito.
“A maioria das baixas civis foi causada pelo uso de armas explosivas com ampla área de impacto, incluindo artilharia pesada, mísseis e sistemas de foguetes de lançamento múltiplo”, disse a ONU no comunicado.
O número não reflete necessariamente o total de civis mortos de fato na guerra, mas apenas os óbitos confirmados oficialmente pelas Nações Unidas. O governo ucraniano fala em ao menos 2.000 civis mortos.
A Fórmula 1 anunciou a rescisão do contrato para a realização do Grande Prêmio da Rússia. A decisão foi tomada por conta da invasão russa à Ucrânia na última semana. A prova deste ano, que seria realizada em Sochi, já havia sido cancelada. Nesta quinta, porém, a F1 divulgou um comunicado em que confirma a rescisão definitiva.
“A Fórmula 1 pode confirmar que rescindiu seu contrato com o promotor do Grande Prêmio da Rússia, o que significa que a Rússia não terá uma corrida no futuro”, diz o comunicado.
Após a invasão da Ucrânia na semana passada, a F1 anunciou que não correria na Rússia no final deste ano. A corrida estava marcada para o dia 25 de setembro. Àquela altura, o promotor do GP ainda afirmou que era possível que a corrida fosse adiante, apesar da suspensão momentânea do contrato.
Com a rescisão do acordo, a mudança de sede do GP também está cancelada. A partir de 2023, a prova seria realizada no circuito de Igora Drive, em São Petersburgo, completamente reformado para a corrida. O contrato teria duração até 2025.
A decisão de rescindir o contrato foi tomada ainda na semana passada. Dirigentes da F1 conversaram com chefes de equipe e optaram pelo fim do acordo.
O volante Edson Fernando, jogador que atua no Lviv, da primeira divisão da Ucrânia finalmente está em solo potiguar. O atleta desembarcou no aeroporto de São Gonçalo do Amarante na manhã desta quinta-feira, 3, e disse que, além da sensação de alívio, tem em mente também os planos para o futuro. O jogador quer ser emprestado.
Edson está viajando desde o dia 28 para retornar ao Rio Grande do Norte. Ele passou por Hungria e Alemanha antes de desembarcar no Brasil e não escondeu a sensação de alívio junto aos familiares que o recepcionaram no aeroporto.
“É uma sensação de alívio e agradeço a todos que torceram por nós. Graças a Deus conseguimos sair de lá daquele momento difícil. Só sabe quem estava lá”, disse o jogador, que relatou a preocupação da mãe. “Minha mãe sem guerra fica preocupada, imagine com a guerra”, disse.
Segundo o jogador, o clube já sinalizou que vai concordar com um empréstimo e Edson deverá seguir para São Paulo na próxima semana, onde discutirá com seu empresário os possíveis clubes em que poderá atuar. “O clube avaliou que há a possibilidade de empréstimo. É o que eu gosto de fazer, então quero voltar a jogar logo para esquecer isso aí”, disse o jogador.
Aos 23 anos, Edson vive o sonho de sua primeira experiência no futebol internacional. Apesar da cidade do Lviv estar distante da capital Kiev, o potiguar tentou deixar o país desde a última quinta-feira, 24, quando teve início a invasão russa ao país. O jogador só teve êxito nas tentativas no domingo, 27, quando conseguiu cruzar a fronteira com a Hungria pela cidade de Zahony.
“Foram muitas tentativas frustradas de passar pela fronteira. Nunca pensamos em passar por isso. Deus deu muita força para ele para que ele não desistisse”, afirmou a esposa do jogador, Ysadora de Abreu. Desde que chegou na Hungria, Edson, um companheiro de equipe e sua namorada, ficaram em uma cidade menor do país no último domingo, 27, e se dirigiram para a capital Budapeste. De lá, seguiram para Frankfurt, na Alemanha, de onde seguiram para Guarulhos e, por fim, Natal.
O governador Ibaneis Rocha (MDB) anunciou, nesta quinta-feira, 3, por meio das redes sociais, a flexibilização do uso de máscaras em locais abertos do Distrito Federal. Em seguida, o chefe do Executivo local divulgou que o comprovante de vacinação será exigido em shows e eventos. As medidas passam a valer a partir da próxima segunda-feira, 7.
O anúncio do governador já era esperado depois do feriado de Carnaval. À coluna Grande Angular o titular do Palácio do Buriti disse que precisaria analisar “os possíveis efeitos do Carnaval” e, em seguida, se reunir com uma equipe na manhã desta quinta-feira, 3, para comunicar qualquer alteração. As medidas são resultado desse encontro.
Diante da queda nos casos de covid-19 no Distrito Federal, a partir de segunda-feira (7) flexibilizaremos o uso de máscaras em locais abertos.(1/2)
Para participar de shows e eventos esportivos será exigida a comprovação de vacinação de pelo menos duas doses e uso de máscara quando ocorrerem em ambientes fechados. Estamos pouco a pouco voltando à normalidade. Não deixem de se vacinar. (2/2)
Nessa quarta-feira, 2, o Distrito Federal registrou taxa de transmissão da Covid-19 em 0,66. O índice é o menor desde o início da pandemia. O indicativo apresentado no boletim mais recente de Secretaria de Saúde aponta que cada 100 pessoas infectadas passam o vírus para outras 66.
Desde o início da pandemia até as 17h desta quarta-feira, o Distrito Federal havia notificado 682.990 infecções por Covid-19. Nas últimas 24 horas, foram confirmados 1.227 novos casos da doença na capital.
Do total de ocorrências computadas, 663.063 pacientes estão recuperados e 11.427 evoluíram a óbito. A diretoria de Vigilância Epidemiológica do DF contabilizou 11 mortes ocasionadas pela doença em data anterior, e uma nessa quarta-feira.
Na terça-feira, 8 de março, Dia Internacional da Mulher, a Unidade Móvel Sesc Saúde Mulher chega a Currais Novos, distante 200 km de Natal, para iniciar os atendimentos gratuitos na cidade. A instalação está marcada para as 18 horas, ao lado da Rodoviária, no Centro da cidade, dando início aos mais de 2.100 exames preventivos, mamografias e ações educativas.
A Unidade Móvel permanece em Currais Novos até 31 de março, em uma iniciativa do Sistema Fecomércio RN, com realização do Sesc RN. Ao todo, serão 544 mamografias para mulheres com idades entre 50 e 69 anos, e outros 544 exames preventivos para o público entre 25 e 64 anos, além de 1.050 ações educativas em saúde feminina. Os documentos exigidos são originais e cópias de RG, CPF, comprovante de residência, Cartão do Sistema Único de Saúde (SUS) e comprovante completo de vacinação.
O agendamento dos atendimentos está sendo feito junto aos agentes de saúde da Prefeitura Municipal. A partir da terça-feira, 8, a marcação também ocorre na recepção do próprio veículo. A unidade atenderá nas segundas-feiras (11h às 18h), terças às quintas-feiras (8h às 17h) e nas sextas-feiras (8h às 12h), com intervalo de uma hora de almoço.
Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), cerca de 66.280 novos casos do câncer de mama foram diagnosticados em 2021, sendo a maior parte deles em mulheres a partir dos 50 anos. É uma doença rara em mulheres jovens e sua incidência começa a ser mais expressiva a partir dos 40 anos. No RN, a taxas bruta de incidência por neoplasia maligna da mama, por 100 mil mulheres, estimada em 2021, foi de 66,85, acima da média nacional de 61,61.
Sesc Saúde Mulher
O RN foi pioneiro no país ao receber, em 2012, a Sesc Saúde Mulher, à época um projeto piloto. Com o sucesso da atuação no estado, o projeto foi replicado em outros regionais.
Desde então, a unidade móvel esteve em 31 municípios potiguares. De 2012 até o dia 25 de fevereiro de 2022, a estrutura de saúde do Sesc realizou 29.845 mamografias e 35.891 preventivos, além das 212.278 ações educativas em saúde
O Governo do Rio Grande do Norte, por meio do Programa Estadual de Qualidade de Vida e Saúde no Trabalho (PQVST), vai oportunizar em 2022 o 1º Circuito de Corridas do Servidor Público Estadual. A organização do evento é da Comissão Estadual de Qualidade de Vida e Saúde no Trabalho (CEQVST), e da Subsecretaria de Esportes e Lazer, da SEEC/RN, com apoio das Secretarias de Administração (Sead) e de Tributação (SET).
O Circuito de Corridas do Servidor será realizado em doze etapas, com corridas de rua acontecendo nas cidades de Apodi, Assú, Caicó, Currais Novos, João Câmara, Macau, Mossoró, Nova Cruz, Pau dos Ferros, Santa Cruz e São Paulo do Potengi, além de Natal. A capital do RN será a última etapa do circuito, no mês de outubro, quando será realizada a 10ª Corrida do Servidor, evento esportivo já tradicional no âmbito da Administração Pública Estadual.
Uma reunião ocorrida no final de fevereiro iniciou os preparativos para a realização do circuito. Estiveram presentes o secretário de Tributação, Carlos Eduardo Xavier; o secretário adjunto Álvaro Luiz Bezerra; o subsecretário de Esportes da SEEC, Canindé França; o presidente da CEQVST, Ricardo Amaral, e o servidor da SEEC, André Tavares, também membro da CEQVST. Na ocasião, foi apresentado o projeto do evento à SET, e assegurando apoio da pasta, através do Programa Nota Potiguar.
Alguns países europeus anunciaram que mudarão a forma como eles lidam com a doença provocada pelo coronavírus, com praticamente nenhuma das restrições adotadas nos últimos dois anos. Entenda o que muda na prática e se medidas do tipo fazem sentido no contexto atual.
Ao longo das últimas semanas, países como Reino Unido, França, Espanha e Dinamarca decidiram que a covid-19 não será mais encarada com uma pandemia e começará a ser tratada como uma endemia em seus territórios.
Com isso, a doença provocada pelo coronavírus deixará de ser vista como uma emergência de saúde e muitas das restrições, uso de máscaras, proibição de aglomerações e exigência do passaporte vacinal, cairão por terra.
Embora anúncios do tipo fossem esperados, eles causaram muita confusão: em alguns casos, a endemia foi interpretada como o fim da covid, quando, na verdade, estamos muito longe disso (e é bem possível que essa doença nunca desapareça).
Mas, afinal, o que uma endemia significa na prática? Os países europeus acertaram na decisão? E será que o Brasil também vai chegar nessa mesma etapa logo mais?
Para começo de conversa, vale esclarecer que uma endemia não é necessariamente uma boa notícia.
Ela apenas significa que há uma quantidade esperada de casos e mortes relacionadas a uma determinada doença, de acordo com um local e uma época do ano específicas. E esses números nem aumentam, nem diminuem.
A infecção pelo herpes simples, que provoca feridas na boca e na região genital, é uma endemia. Estima-se que pelo menos dois terços da população mundial com mais de 50 anos já tiveram contato com esse vírus. Apesar de incômodo, esse quadro não está relacionado a grandes complicações ou risco de óbito.
Por outro lado, outras doenças bem mais sérias e mortais, como tuberculose, aids e malária, também são endêmicas. Só na malária, estima-se que cerca de 240 milhões de casos e 640 mil mortes aconteçam todos os anos, segundo as estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS).
A questão, portanto, tem a ver com a estabilidade nas estatísticas relacionadas com aquela enfermidade. Quando esses números fogem do controle, a situação evolui para uma epidemia (se o problema for localizado numa região) ou para uma pandemia (caso a crise se alastre por vários continentes).
Num evento do Fórum Econômico Mundial realizado no final de janeiro, representantes de várias instituições discutiram todos esses conceitos e debateram quando a covid-19 poderia ser realmente classificada como uma endemia.
Na visão do imunologista Anthony Fauci, líder da resposta à pandemia dos Estados Unidos, endemia significa “uma presença não disruptiva sem a possibilidade de eliminação [de uma doença]”.
De acordo com a avaliação do especialista, o coronavírus não será extinto e passará, aos poucos, a afetar os seres humanos de forma similar a outros agentes causadores do resfriado comum.
Na mesma ocasião, o médico Mike Ryan, diretor executivo do Programa de Emergências em Saúde da OMS, também bateu nessa tecla. “Nós provavelmente nunca vamos eliminar esse vírus. Depois da pandemia, ele se tornará parte de nosso ecossistema. Mas é possível acabar com a emergência de saúde pública.”
Ele também reforçou que endemia não é sinônimo de coisa boa. “Ela só significa que a doença ficará entre nós para sempre. O que precisamos é diminuir a incidência, aumentando o número de pessoas vacinadas, para que ninguém mais precise morrer [de covid]”, completou.
A hora e a vez da covid?
De um lado, os cientistas se mostram reticentes em já encarar a covid-19 como uma endemia, pela falta de parâmetros e de uma estabilidade nas notificações por um período mais prolongado.
“Isso ainda não foi bem estabelecido. Quais são os números de casos, hospitalizações e mortes pela doença aceitáveis, ou esperados, todos os anos?”, questiona a epidemiologista Ethel Maciel, professora titular da Universidade Federal do Espírito Santo.
Por outro, é inegável que o avanço da vacinação e os recordes de novas infecções impulsionadas pela ômicron nos últimos dois meses garantiram um alto nível de proteção, especialmente contra as formas mais graves da doença.
Até o momento, 53% da população mundial já recebeu ao menos duas doses da vacina. E as projeções publicadas no periódicoThe Lancet pelo Instituto de Métricas em Saúde da Universidade de Washington, nos EUA, indicam que, dado o alto grau de transmissibilidade da nova variante, metade das pessoas do planeta terão sido infectadas, entre novembro de 2021 e março de 2022.
“É muita gente com imunidade”, avalia o infectologista Julio Croda, da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul e da Fundação Oswaldo Cruz (FioCruz).
Esse aprimoramento das defesas do organismo garante uma proteção contra as complicações da covid, relacionadas à hospitalização e morte, ao menos por alguns meses.
“Graças à imunidade obtida pela vacinação e, em menor grau, pelo alto número de infecções, a doença se tornou menos letal”, diz Croda, que também é presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical.
A covid chegou a ter uma taxa de letalidade de 1 a 2%. Atualmente, esse número está em 0,25%, segundo alguns registros nacionais e internacionais.
Croda explica que essa taxa de 0,25% ainda é o dobro do que ocorre na gripe (que fica em 0,1%). Mesmo assim, houve uma diminuição de praticamente dez vezes na mortalidade por covid que era observada há poucos meses.
E isso, mais uma vez, tem a ver com a imunidade adquirida ao longo desse tempo.
Os vírus e nosso sistema de defesa fazem um verdadeiro cabo de guerra. Quando surge uma doença infecciosa nova, a corda pende com mais frequência para o patógeno, já que nossas células imunes não fazem a menor ideia de como combater a ameaça.
Com o passar do tempo— e a disponibilidade de vacinas seguras e efetivas— o jogo começa a virar, e o sistema imunológico “aprende” a lidar com o inimigo. Nessa situação, mesmo que o agente infeccioso consiga invadir o organismo, suas consequências tendem a ser menos preocupantes.
É justamente isso que parece estar acontecendo com a covid: dois anos e poucos meses depois dos primeiros casos, o número de indivíduos com algum nível de proteção é suficientemente alto para que não ocorra mais um aumento na demanda por leitos no mesmo patamar das outras ondas, em que o sistema de saúde chegou a entrar em colapso.
Resumindo, pelo observado até agora, a covid ainda não pode ser comparada com a gripe e está longe de ser um resfriado comum, mas parece caminhar para chegar mais próximo disso algum dia no futuro.
O que muda na prática?
Os países europeus que já classificam a covid-19 como uma endemia em seus territórios acabaram (ou acabarão em breve) com a maioria das restrições que marcaram os últimos 24 meses.
De forma geral, não haverá mais necessidade de uso de máscaras em locais fechados, não será preciso mostrar o comprovante de vacinação e as aglomerações estarão completamente liberadas.
Num discurso recente no Parlamento do Reino Unido, o primeiro-ministro Boris Johnson disse que, “conforme a covid se tornar endêmica, nós precisaremos substituir as requisições da lei pela orientação, de modo que as pessoas infectadas com o vírus sejam cuidadosas umas com as outras”.
Maciel entende que alguns cuidados devem permanecer mesmo assim, ainda que a situação fique menos grave.
“O vírus vai continuar circulando. Mesmo que as medidas não sejam mais obrigatórias, é importante que todos tomem alguns cuidados quando necessário”, orienta.
A epidemiologista avalia que é preciso empoderar e ensinar as pessoas, para que elas avaliem o risco de cada situação e tomem as medidas para proteger a si e a todos ao redor.
Um sujeito com sintomas de gripe ou covid, por exemplo, deve trabalhar de casa, se possível, para não colocar em risco os demais colegas. E, caso tenha que sair, ele pode usar máscara para, assim, evitar a transmissão do vírus para os contatos próximos.
“É a mesma coisa que acontece com a infecção pelo HIV. Ter uma relação sexual sem preservativo te coloca numa situação de risco, mesmo que essa doença seja considerada hoje uma endemia”, compara.
Que fique claro: o alívio nas políticas restritivas não significa que elas foram inúteis ou não deveriam ter sido adotadas no passado. É consenso entre os especialistas que todas essas medidas salvaram muitas vidas num momento em que não existiam outros meios para barrar a infecção e suas complicações.
Hoje em dia, possuímos ferramentas testadas e aprovadas ? vacinas e remédios ? para lidar com a covid e torná-la menos ameaçadora para a grande maioria da população.
E, claro, caso surja uma nova variante agressiva e com capacidade de escapar da imunidade, será preciso instaurar novamente muitos desses cuidados preventivos que começam a ser abandonados em certas partes do mundo.
Além das questões relacionadas à prevenção, outra mudança significativa da endemia envolve a vigilância: a forma como os casos são detectados e notificados é bem diferente.
Durante os últimos dois anos, muitos países fizeram uma busca ativa de infectados, mesmo aqueles que nem apresentavam sintomas típicos da covid. Foram montadas tendas de testagem em diversos locais e kits de diagnóstico eram distribuídos gratuitamente (ou vendidos por um preço baixo) para os cidadãos ? no Brasil, foram poucas as cidades ou os Estados que lançaram uma política nesses moldes.
Aqueles indivíduos que testavam positivo eram então monitorados e orientados a ficar em quarentena. Na sequência, as pessoas com quem eles tiveram contato próximo nos dias anteriores eram comunicadas a também buscar os exames.
Durante uma pandemia ou uma epidemia, essa estratégia permite cortar as cadeias de transmissão do vírus na comunidade e evita que a situação cresça e gere uma bola de neve, que desemboca em um aumento massivo de hospitalizações e mortes.
Com a endemia, todo esse amplo programa de testagem, isolamento e rastreamento de contatos deixa de fazer sentido.
“Passa-se então para um modelo de vigilância sentinela, em que não é necessário testar todo mundo que apresenta sintomas de infecção respiratória”, explica Croda.
“Um sistema que concentre os testes nos hospitais ou nos ambulatórios de atenção primária é custo-efetivo e ajuda a identificar padrões no número de casos.”
“Se a vigilância notar um novo crescimento em determinada região, é possível intervir cedo, antecipando campanhas de vacinação ou disponibilizando mais testes para aquele local”, completa o especialista.
Ainda nesse contexto endêmico, a ciência ainda não sabe ao certo como será o futuro da vacinação contra a covid. Será que todos deverão tomar uma quarta dose? Ou haverá a necessidade de reforços anuais, a exemplo do que ocorre com a gripe?
“É possível que precisemos de vacinas adaptadas de acordo com o surgimento de novas variantes, para proteger principalmente os grupos mais vulneráveis, como idosos, pacientes imunossuprimidos e crianças”, antevê Croda.
É cedo para decretar uma endemia?
As decisões tomadas por alguns países europeus geraram algumas controvérsias no meio acadêmico.
Num artigo publicado na revista especializada Nature, o pesquisador Aris Katzourakis, da Universidade de Oxford, no Reino Unido, criticou o que ele considera um “otimismo preguiçoso”.
“Como virologista evolutivo, fico frustrado quando gestores públicos invocam a palavra ‘endemia’ como uma desculpa para fazer pouco, ou não fazer nada. Existem mais coisas que podem ser feitas do que aprender a conviver com rotavírus, hepatite C ou sarampo endêmicos”, escreveu.
Katzourakis também diz que é um erro pensar que a evolução dos vírus sempre os tornam mais “bonzinhos”.
“Lembre-se que as variantes alfa e delta são mais virulentas que a versão original detectada em Wuhan, na China. E a segunda onda da pandemia de gripe espanhola em 1918 foi muito mais mortal que a primeira”, argumenta.
“Pensar que a endemia é leve e inevitável não é apenas errado, mas perigoso: deixa a humanidade à mercê de muitos anos da doença, incluindo ondas imprevisíveis e novos surtos. É mais produtivo considerar o quão ruim as coisas podem ficar se continuarmos a dar ao vírus oportunidades de nos enganar. E daí então podemos fazer mais para garantir que isso não aconteça”, finaliza.
Para Croda, só o tempo dirá se a decisão dos países europeus foi certa ou errada. “Isso depende muito de fatores que não controlamos. Nesse meio tempo, pode surgir uma nova variante extremamente contagiosa, com escape imunológico e maior risco de hospitalização e óbito”, especula.
“É justamente para evitar que isso aconteça que precisamos ofertar vacinas para todos, especialmente para aqueles que ainda não tomaram nenhuma dose. Essa deveria ser a prioridade número um do mundo inteiro”, acrescenta.
Maciel concorda. “Quando a transmissão está muito alta, tudo pode acontecer, inclusive o surgimento de novas variantes.”, alerta.
“E o Brasil, além de seguir com a vacinação, precisa ampliar o acesso aos tratamentos contra a covid, como os anticorpos monoclonais e os antivirais, que já são usados em outros países”, complementa.
Onde o Brasil se encaixa nesse debate?
Por ora, ainda é muito cedo para falar de endemia no nosso país, explicam os especialistas. Estamos na crista da onda da ômicron, com recordes no número de casos e um aumento expressivo nas hospitalizações e nas mortes por covid durante os últimos dias.
O Instituto de Métricas em Saúde da Universidade de Washington, nos EUA, projeta que o Brasil deve atingir o pico de óbitos relacionados a essa nova variante no meio de fevereiro. A partir daí, os números devem cair novamente e se estabilizar durante o mês de março.
Portanto, estamos alguns passos atrás do que é observado em outras partes do mundo, onde os números já estão se estabilizando.
Para garantir uma situação mais tranquila por aqui, também é preciso ampliar a cobertura vacinal com a terceira dose. No momento, 23% dos brasileiros tomaram o reforço, número muito aquém do ideal. Vários estudos já mostraram que essa aplicação do imunizante é essencial para proteger contra a ômicron e seus efeitos mais graves no organismo.
Croda entende que, com o passar do tempo, vários países devem seguir os passos dos europeus e começarão a encarar a covid sob uma nova ótica.
“E a América do Sul pode até ter uma vantagem nisso, já que é o continente com a maior cobertura vacinal contra a covid do mundo”, compara.
“Assim que a onda da ômicron passar, podemos ficar numa condição muito melhor para diminuir as restrições”, diz.
Para entender como os gestores públicos enxergam essa discussão e se já há algum planejamento para que o país entre nessa fase de transição, a BBC News Brasil entrou em contato com o Conselho Nacional de Secretários da Saúde (Conass) e com o Ministério da Saúde.
Por meio de uma nota de esclarecimentos, o Conass declarou que “o avanço da vacinação no Brasil, que hoje já alcança mais de 75% do público-alvo vacinado com as duas doses, é o primeiro passo para que o país caminhe para superar a pandemia da covid-19, porém, a introdução da variante ômicron mostrou a complexidade do enfrentamento do vírus e sua alta capacidade de mutações.”
“A rápida transmissão desta variante criou uma nova pressão na rede assistencial e o aumento de óbitos. Não é possível considerar de caráter endêmico uma doença que traz esse peso na assistência e que tenha essa alta morbimortalidade. Superar a pandemia não quer dizer que não teremos mais casos e óbitos pela covid-19, mas não temos parâmetros ainda para saber o quanto de casos e óbitos serão considerados esperados e, dessa forma, tratados como endêmicos”, continua o texto.
“As atenções e os esforços atuais devem estar voltados para garantir a ampliação e manutenção dos leitos clínicos e UTI covid, além da intensificação das campanhas de incentivo para que todos os brasileiros completem o esquema vacinal, incluindo a dose de reforço. Ainda não é o momento para baixar a guarda e decretar o controle da pandemia no Brasil”, conclui o Conass.