fevereiro 2, 2024

A notícia de que o prefeito Álvaro Dias (Republicanos) teria fechado apoio a Carlos Eduardo Alves (PSD) para as eleições municipais de outubro causou burburinho entre seus aliados administrativos na Câmara Municipal de Natal. Dois deles, que pediram para não serem identificados, acreditam que a “inconstância” do gestor em suas estratégias eleitorais pode causar seu isolamento político, e ele já começa a ser visto como “incoerente” por buscar alianças com quem criticou momentos antes.

“Álvaro comete atos e fala coisas de forma intempestivas contra possíveis aliados e depois, corre atrás desses, como aconteceu recentemente tanto com Carlos Eduardo, a quem criticou, como com Paulinho Freire, a quem afastou após o episódio com a vereadora Nina Souza. Essa inconstância do prefeito é ruim para ele mesmo, porque ele está se isolando politicamente, dando ouvidos a quem não acrescenta em nada para ele, politicamente”, desabafou um dos aliados do prefeito de Natal.

O parlamentar disse ainda que Álvaro Dias “tem se aconselhado” com aliados de pouco peso político e cargos comissionados que “só sabem puxar o saco dele, batendo palmas para qualquer espirro que o prefeito dê ou ainda que atuem como cães de guarda”. Para ele, Álvaro está perdendo tempo ao prolongar a divulgação do nome que apoiará para sua própria sucessão municipal.

“Ele está se deixando envolver e fica dando ouvidos a lideranças e comissionados que não tem peso político algum, que só sabem fazer fofocas, intrigas e bajulá-lo, para não perderem a boquinha na administração. Isso é péssimo para o prefeito, um homem com um histórico político tão grande e importante para a nossa cidade, mas que está visivelmente correndo o risco de ficar isolado politicamente por essas coisas”, lamentou.

O segundo aliado de Álvaro Dias consultado pelo Diário do RN também teme o isolamento do seu líder, diante de tanta “incoerência”. E citou a entrevista que o gestor concedeu à 96 FM na última terça-feira (30), quando declarou que, além de somente anunciar seu apoio em maio próximo, não descartou apoiar o ex-prefeito Carlos Eduardo ou o deputado federal Paulinho Freire (União Brasil) ainda no primeiro turno.

“Percebe como ele é incoerente demais? Tece críticas, exonera cargos comissionados ligados aos dois pré-candidatos, tenta fazer o eleitorado se encantar com uma secretária técnica e competente, mas sem experiência eleitoral e, depois disso tudo, vem e diz que pode vir a apoiar um ou outro ex-aliado, no primeiro turno. Tudo isso faz com que ele termine se isolando politicamente”, falou.

Para ele, esse comportamento incerto e mutável de Álvaro Dias pode ter desdobramentos ainda mais danosos, afetando inclusive seus aliados eleitorais. “É uma situação complicada demais, e que ninguém tem coragem de chegar e dizer a ele, por temer a reação que ele terá, apesar de ser uma pessoa diplomática. É uma situação muito delicada e que pode atrapalhar quem estiver por perto”, lamentou o parlamentar.

PLANO B
Conforme informações de bastidores da política natalense, diferentemente do que diz, Álvaro já teria recalculado a rota ao ver que seu plano de eleger a secretária de Planejamento, Joanna Guerra, não ter alcançado o efeito desejado. E que seu novo plano, ou plano B, é garantir o nome de sua auxiliar como vice na chapa do ex-prefeito Carlos Eduardo, que lidera as pesquisas de intenção de votos em Natal.

Outro ponto que é ventilado nos bastidores é de que o anúncio de que ele poderia vir a apoiar Carlos ou Paulinho no primeiro turno era apenas para despistar a imprensa e que não há a mínima chance de Paulinho Freire aceitar uma aliança com Álvaro, já que tem garantido o apoio declarado de partidos fortes como o PSDB, PL, PP e Podemos. Então, após perder a oportunidade de apoio do grupo do deputado, só restou ao prefeito apoiar a pré-candidatura de Carlos Eduardo, que já teria, inclusive, deixado a cargo de Álvaro a indicação do vice, que ficará com Joanna Guerra.

O relacionamento político entre os dois vem de alianças eleitorais passadas. Começou em 2016, quando Álvaro ocupou o cargo de vice-prefeito na chapa liderada por Carlos Eduardo. Essa união política perdurou até as eleições de 2020, quando o pessedista apoiou a reeleição de Álvaro, indicando Aíla Cortez (PSD) como vice-prefeita. Aíla é prima da ex-primeira-dama Andreia Ramalho.

O ano legislativo de 2024 será iniciado na próxima segunda-feira, dia 5 de fevereiro, e o Presidente da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte, deputado estadual Ezequiel Ferreira (PSDB) defende que será um ano para retomar debates de temas fundamentais para a população, com a busca de soluções eficientes para demandas públicas. Comemorando nove anos a frente da Casa, o parlamentar falou à reportagem do Diário do RN sobre suas expectativas e perspectivas para 2024, destacando os avanços conquistados ao longo dos anos e as metas para o futuro, e preferiu não abordar o tema das eleições municipais deste ano e seus possíveis desdobramentos.

“A expectativa é de um ano legislativo produtivo e comprometido com o progresso do Estado. A Assembleia retomará os debates de grandes temas de interesse do potiguar com soluções para as demandas da gestão pública, e a sociedade terá amplo acesso ao andamento dos trabalhos legislativos com o E-Legis aberto ao público. Essa ferramenta permitirá o acompanhamento de projetos de lei, requerimentos, agenda da Casa, sessões ordinárias e produção legislativa de cada deputado, bem como o acompanhamento das audiências públicas e solenidades”, garantiu.

Ezequiel citou a frase do cientista político e professor norte-americano John W. Kingdon, que afirmou: “Política é implementação, implementação é política”, para falar sobre o trabalho que busca desenvolver em sua presidência na Assembleia Legislativa, iniciada em 2015. Para o presidente da Casa, é preciso trabalhar na implementação eficaz de políticas, vinculando-as à sua formulação e execução bem-sucedida.

“Isto reflete a interconexão entre as ações políticas e sua implementação prática na sociedade. É o que estamos buscando trilhar, com destaque para a relação intrínseca entre a formulação de políticas e sua efetivação na prática. Para isto, trabalhamos com esta linha política de implementação e implantação política, refletindo a ideia de que a implementação eficaz das políticas está intrinsecamente ligada à sua formulação e execução bem-sucedida”, explicou.

O presidente da Casa disse que há uma construção contínua da chamada “Nova Assembleia” e enfatizou que essa jornada é diária, com os 24 parlamentares exercendo suas atividades de maneira proativa, “visitando os municípios e suas bases de atuação, promovendo audiências públicas, demandando requerimentos e destinando emendas para obras e benfeitorias nas áreas de saúde, educação, segurança pública e infraestrutura”.

Para ele, a interação com o povo também é uma prioridade, com a Assembleia Legislativa buscando auxiliar as câmaras municipais e melhorar suas atividades por meio de sistemas de Tecnologia da Informação, como Legis-RH, e-Legis e Legis Plenário. “Atualmente, todas as 167 câmaras municipais podem fazer convênios com a Assembleia Legislativa e ter mais eficiência e eficácia em sua gestão”, disse.

PARCERIA COM OS 167 MUNICÍPIOS
Além de falar sobre suas expectativas e planos para 2024, o presidente da Assembleia Legislativa do RN fez um balanço do ano legislativo de 2023, com destaque para a parceria com os 167 municípios norte-rio-grandenses e mais uma premiação conquistada, fruto das ações transformadoras que sua gestão vem implementando na Casa nos últimos nove anos. Frente aos desafios enfrentados pelos gestores municipais, especialmente durante a queda da arrecadação em 2023, a Casa demonstrou ser uma parceira ativa.

“A Assembleia também tem sido parceira com os gestores municipais. Em diversas situações, o legislativo superou obstáculos e promoveu ações públicas de apoio às prefeituras. Em 2023, quando ocorreu a queda da arrecadação nas prefeituras do Rio Grande do Norte, com redução dos repasses no Fundo de Participação dos Municípios, o FPM, foi a Casa do Povo quem lutou ao lado dos prefeitos para a recomposição do caixa das prefeituras junto ao governo federal”, afirmou.

Ezequiel falou ainda sobre o apoio às prefeituras com iniciativas como “a destinação de viaturas para agentes de segurança pública, ambulâncias para as unidades de saúde, enviando materiais de EPI e equipando UTIs no momento da pandemia. Doação, via convênio para Liga Contra o Câncer do Rio Grande do Norte de um mamógrafo digital de alta tecnologia, estação de trabalho e o sistema de orientação para biopsia de mama ereta. Os equipamentos permitiram o aumento do número de atendimentos diários de 80 para 120 exames, grande parte para a rede pública”.

PREMIAÇÕES CONQUISTADAS
Desde que assumiu a presidência em 2015, Ezequiel Ferreira tem liderado iniciativas para renovar a gestão da Assembleia Legislativa, buscando uma administração pautada em governança e transparência. Após nove anos, os frutos desses esforços são claros, resultando na obtenção de três títulos do “Prêmio Assembleia Cidadã” concedido pela União Nacional dos Legisladores e Legislativos Estaduais (Unale).

“Ainda em 2015, quando passei a presidir com muito orgulho e o desejo de promover mudanças para uma gestão com governança e ampla transparência, a ALRN começou ali a erguer uma Nova Assembleia Legislativa, pautada em planejamento estratégico, transparência, zelo com os recursos públicos, qualificação e incentivo ao time de servidores buscando a excelência no legislar, fiscalizar e julgar os atos do Poder Público. Hoje, é possível ver os sinais destas mudanças”, falou.

Para o presidente da Casa, os prêmios conquistados pela Assembleia são um capítulo especial de sua gestão. Segundo ele, o “Prêmio Assembleia Cidadã” reconhece a modernização dos processos legislativos, o atendimento humanizado ao cidadão e a melhoria dos serviços prestados à população. A premiação visa incentivar a modernização dos processos legislativos, o atendimento humanizado ao cidadão e a melhoria dos serviços prestados à população. Tendo como norte a eficiência, criatividade, inovação, resultados e replicabilidade”.

A escolha dos vencedores é criteriosa, envolvendo a participação de representantes de órgãos renomados, como Tribunal de Contas da União (TCU), Controladoria Geral da União (CGU), Senado Federal por meio do InterLegis e Escola Nacional de Administração Pública (Enap). O presidente ressaltou ainda que, além das premiações, a Assembleia Legislativa tem se destacado na exportação de ferramentas tecnológicas.

“Também exportamos as ferramentas gerando economia na contratação de consultoria de programadores e desenvolvedores de sistemas. Todas as ferramentas são disponibilizadas para as demais assembleias legislativas que participam da Unale. Já a ferramenta Legis Vídeos foi disponibilizada para câmaras municipais e prefeituras de São Paulo”, finalizou.

O Tribunal de Contas do Rio Grande do Norte (TCE/RN) emitiu pareceres pela reprovação das prestações de contas de gestão do prefeito de Campo Grande, Bibi de Nenca (MDB), referentes aos anos 2012, 2014, 2015 e 2016. Os quatro processos estão em diferentes fases de andamento, cada um com suas indicações e que ganham um relevo diferenciado porque Bibi e Nenca é pré-candidato à Prefeitura de Campo Grande nas eleições municipais de 2024.

Conforme o próprio TCE, há quatro processos abertos relacionados a Bibi de Nenca, apelido de Francisco das Chagas Eufrásio Vieira de Melo, referentes aos anos citados. O caso de 2012 já foi julgado pela Corte de Contas, tendo o teve pedido de reexame também reprovado. Por unanimidade, o TCE manteve na íntegra o Acórdão nº 19/2017-TC, que desaprovou as contas anuais do prefeito.

O processo de 2014 também foi julgado por sua reprovação e segue em fase de recurso. Em julho do ano passado, o TCE determinou o trânsito em julgado da decisão 07/2023-TC e a remessa desta para a Câmara Municipal de Campo Grande e para a abertura de processo de apuração de responsabilidade.

Os processos referentes às prestações de contas dos anos de 2015 e 2016 têm pareceres das auditorias realizadas por sua desaprovação, com a constatação de irregularidades que afrontam as normas básicas da administração pública.

Em relação à prestação de contas de 2015, o TCE constatou as seguintes irregularidades: falta de documentos e informações à Corte; contas não consolidadas; ausência de anexos na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO); falta de autorizações para créditos suplementares e especiais; quadro de Detalhamento de Despesas (QDD); justificativa insuficiente para baixa arrecadação do IPTU; previsão superestimada das receitas; e ausência de demonstrações contábeis e notas explicativas.

Já na prestação de contas de 2016, as irregularidades constatadas pela Corte de Contas foram: falta de documentos enviados ao TCE/RN; irregularidades na Lei Orçamentária Anual; abertura de créditos adicionais sem fonte de custeio; deficiência de arrecadação em diversos tributos, e déficit orçamentário equivalente a 7,75% da receita arrecadada.

DESAPROVAÇÃO PODE AFETAR 2024
A desaprovação das contas de Bibi de Nenca pelo TCE/RN ganha uma importância diferenciada porque o prefeito do município de Campo Grande tentará a reeleição no pleito de outubro próximo. Porém, caso o TCE desaprove as contas, ele precisará de dois terços da Câmara Municipal para mudar o resultado da votação na Corte de Contas.

Se não obtiver esse apoio e os vereadores decidam seguir os pareceres do TCE/RN, Bibi de Nenca corre o risco de ficar inelegível por oito anos se a Justiça Eleitoral julgue que houve improbidade administrativa. O desfecho desses processos terá implicações diretas no cenário político de Campo Grande.

A prefeita Fátima de Pachica (PSDB) e sua vice-prefeita Mytsa Carla (Republicanos) confirmaram oficialmente que concorrerão à reeleição no pleito de outubro, em Coronel João Pessoa, município situado no Alto Oeste do Rio Grande do Norte. O anúncio trouxe à tona a peculiaridade de ambas serem mãe e filha, pertencentes à influente família do político potiguar Francisco Alves da Costa, o Pachica, que já administrou a cidade entre 2013 e 2016.

Com uma trajetória política de 12 anos à frente da gestão municipal, a família Pachica enfrentou apenas um breve intervalo entre 2017 e 2020, quando o vice-prefeito da época, Antônio Lopes (PSB), elegeu-se prefeito com o apoio do ex-prefeito. Lopes é um apadrinhado político do ex-gestor e foi eleito para apenas um mandato, para que Fátima e Mytsa pudessem concorrer no pleito seguinte sem ferir a legislação eleitoral.

O histórico político da família inclui eleições por aclamação, ou seja, quando há apenas uma candidatura disputando o cargo desejado, ocorrida em 2012. Na ocasião, Pachica e Antônio foram eleitos. Já em 2016, Pachica conseguiu eleger seu vice, Antônio Lopes, como prefeito do município.

As eleições municipais de 2020 marcaram a ascensão de Maria de Fátima Alves da Costa, esposa de Pachica, à Prefeitura Municipal, com a filha Mytsa Carla como vice. As duas integraram a coligação “O Povo Feliz de Novo”, formada pelos partidos Republicanos e PSDB.

Coronel João Pessoa, com seus pouco mais de 4,9 mil moradores, apresenta um Produto Interno Bruto (PIB) de R$ 40,1 milhões e um Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de 0,578, conforme o último levantamento do IBGE em 2010. A média nacional em 2019 foi de 0,765, segundo dados do Programa de Desenvolvimento das Nações Unidas (PNUD).

LEGISLAÇÃO
A legislação eleitoral brasileira não proíbe explicitamente que mãe e filha, prefeita e vice-prefeita, concorram à reeleição no mesmo pleito. O que é vedado é a possibilidade de reeleição para um terceiro mandato consecutivo no mesmo cargo, seja para a Prefeitura ou para a Vice-Prefeitura. Assim, a reeleição simultânea de mãe e filha para os cargos de prefeita e vice-prefeita não viola a legislação eleitoral brasileira, desde que respeitadas as demais normas e requisitos estabelecidos.

“É possível sim que as duas concorram à reeleição, pois o dispositivo constitucional que prevê a inelegibilidade por parentesco (art. 14, parágrafo 7º) já excepciona a situação de quem exerce o mandato e é candidato a reeleição para o mesmo cargo”, explicou o especialista em Direito Eleitoral e ex-juiz do Tribunal Regional Eleitoral do Estado (TRE/RN), advogado Wlademir Capistrano.

O jurista explicou ainda que, o que não pode ocorrer é a filha de Pachica, que é vice-prefeita, assumir interinamente o cargo de prefeita a partir do dia 06 de abril próximo, “Nesta situação específica, ela ficaria inelegível, não pelo parentesco, e sim por ter exercido o cargo de prefeita no período de seis meses antes da eleição”, concluiu.

“Atualmente, no que diz respeito à água tratada, o estado já atinge uma cobertura superior a 85%, evidenciando avanços notáveis. Contudo, quando falamos de esgotamento sanitário, apenas 26% da população é atendida.” Foi assim que o diretor-presidente da Companhia de Águas e Esgotos do Estado (Caern), Roberto Linhares definiu a situação do Rio Grande do Norte no panorama do acesso ao saneamento básico e o tratamento de esgotos.

Roberto Linhares destaca a ambiciosa meta estabelecida pelo novo marco legal, buscando atingir até 2033 uma cobertura de 99% no atendimento de água e 90% no esgotamento em todas as residências do estado. O presidente frisou a importância das Parcerias Público-Privadas (PPPs) nesse processo: “O esgoto é muito mais caro do que a água, o investimento em esgoto é muito mais caro do que o investimento em água. E chamar as empresas privadas ou capital privado para fazer junto com a companhia é o caminho mais adequado, não somente aqui no Rio Grande do Norte, mas em todo o país.”

O primeiro passo para a concretização das PPPs foi dado recentemente, quando a governadora Fátima Bezerra assinou contrato com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para estudos e modelagem para uma Parceria Público-Privada (PPP) voltada para o saneamento básico em municípios potiguares. O presidente da Caern ressalta que essa parceria representará um investimento mínimo de 3,2 bilhões de reais, prometendo melhorias substanciais na qualidade de vida, geração de empregos e aceleração das obras de esgotamento. “O que muda é que virá investimento de grande montante com no mínimo 3,2 bilhões de reais de investimento.”

Ao abordar a situação específica da capital, Natal, o presidente revela que o aumento na cobertura dependerá da conclusão das obras da estação de tratamento: “A cidade possui cerca de 51% de cobertura de esgoto, mas com a conclusão do primeiro módulo da estação de tratamento na Zona Norte, a cobertura aumentará para 80%, prevista para julho ou agosto”, acrescentou ainda que: “o segundo módulo, programado para 2026, impulsionará a cobertura para 95%, contribuindo para atingir a meta de 90% até 2033”.

Um dos grandes desafios enfrentados pela CAERN é o combate as ligações clandestinas de água e esgoto, Roberto admitiu que o furto de água, conhecido como “gato”, é uma preocupação constante: “A gente vai fiscalizando os locais e vai trabalhando para reduzir essas ligações irregulares, o famoso furto da água conhecido popularmente como gato. E esse é um trabalho diuturno. A gente busca diuturnamente reduzir esses gatos porque reduzindo os gatos a gente também está reduzindo a perda de água de Natal.”

O diretor-presidente esclareceu ainda que as projeções para perda de água no ano de 2024 ainda devem ser divulgadas, mas já atingiu valores superiores a 40%: “O percentual de perda de água deve atingir cerca de 47% até 2023, representando uma redução significativa em relação aos números de 2019. O dado completo será divulgado em abril de 2024, marcando um capítulo crucial na jornada pelo saneamento no estado”.

Reconhecido por ter um compromisso inabalável com a fé, serviço à comunidade e pelo talento especial para à música, o pároco Pe. José Freitas Campos, conhecido carinhosamente como “Pe. Campos”, celebrou 49 anos de sacerdócio nesta quinta-feira (1°). A festividade foi marcada com uma missa em ação de graças na Paróquia de São Sebastião.

Natural do município Senador Elói de Souza e filho de Renato Cesário Campos e Maria Jacinto de Freitas, Pe. Campos descobriu sua vocação desde cedo, sendo ordenado sacerdote em 1º de fevereiro de 1975. A primeira missa celebrada por ele depois da ordenação foi em sua terra natal, Senador Elói de Souza, no dia 7 de fevereiro de 1975, marcando o início de uma longa e frutífera trajetória dedicada ao serviço religioso.

Em entrevista ao Diário do RN, Pe. Campos afirmou estar muito feliz com essa celebração e pelo serviço desempenhado à comunidade cristã. “Se me fosse dada a possibilidade de escolher, escolheria mil vezes ser padre. Portanto, meu sentimento é só um, gratidão a Deus por tudo! ”, comentou o padre.

MAIS DE 30 ANOS NO ALECRIM
No dia 10 de março de 1993, Pe. Campos assumiu o comando da Paróquia de São Sebastião, localizada no bairro do Alecrim, onde está desde então, demonstrando um compromisso profundo com sua comunidade e com a disseminação dos valores cristãos.

Durante esses 49 anos, Pe. Campos tem sido um farol de esperança e inspiração para muitos, guiando os fiéis em sua jornada espiritual e fortalecendo os laços de amor e solidariedade entre os membros da comunidade.

Além disso, a trajetória sacerdotal do padre é marcada não apenas pelos anos de serviços dedicados à comunidade, mas também por uma contribuição significativa à música sacra brasileira, que transcende gerações.

TALENTO NA MÚSICA
Desde os tempos de seminarista, Pe. Campos demostrou um talento para música e começou a compor canções que inspiram a devoção. Seu primeiro LP, “Missa das Bem-Aventuranças”, lançado em 1973 pelas Edições Paulinas, marcou o início de uma jornada musical que dura até hoje. Ao longo dos anos, Pe. Campos compôs mais de 300 músicas e gravou mais de 200, em parceria com renomadas gravadoras como Paulinas e Paulus.

Entre suas composições mais reconhecidas está a “Missa do Dízimo” (Dízimo é Partilha), lançada em 1999, pela Paulus, cujos acordes ecoam em igrejas por todo o país, demonstrando a universalidade e o impacto de sua obra.

Em 2002, Pe. Campos presenteou a Arquidiocese de Natal com o hino anual da festa de Nossa Senhora da Apresentação, adaptando-o ao tema escolhido para cada ano, o que demonstra sua capacidade de inovação e adaptação ao longo do tempo.

“As minhas músicas e livros publicados são sementes do evangelho que vai semeando a palavra de Deus no coração de quem lê e ouve”, explicou Padre Campos.

O Diário do RN parabeniza Pe. Campos, pelos seus 49 anos de sacerdócio e pelo legado de amor e serviço que você deixou em nossos corações.

Os jogos Superliga B de voleibol retornam nesta sexta-feira ao Palácio dos Esportes, com a partida do time de vôlei feminino do Natal/Desportivo contra o ASCADE/DF, a partir das 19h30. Já no sábado, às 20h, é a vez da equipe masculina do Natal/América encarar o Sesi Bauru/SP.

O Vôlei Natal/Desportivo vem de vitória contra o AGEE São Carlos pelo placar de 3 sets a 0 (25×14, 25×19, 25×14). Desta vez, contra o time do Distrito Federal, o clube potiguar conta com o apoio da torcida para sair com uma nova vitória e subir na tabela de classificação.

O público natalense poderá prestigiar os dois jogos mediante o pagamento dos ingressos que estão disponíveis na plataforma Ticket Simples, no valor de R$30 (inteira) e R$15 (meia). Crianças de até 5 anos, idosos a partir de 65 anos não pagam. Pessoas com deficiência têm direito a meia entrada.

Depois de dois anos, o clássico-rei entre ABC e América pelo Campeonato Potiguar também voltará a receber torcedores dos dois clubes. O anúncio foi feito ontem pelo presidente da Federação Norte-rio-grandense de Futebol, José Vanildo da Silva, um dia após o Ministério Público liberar a torcida mista nos jogos da Copa do Nordeste.

O primeiro jogo entre ABC e América pelo Campeonato Estadual de 2024 está marcado para março, pela segunda rodada do segundo turno do estadual, com mando de campo para o Alvirrubro. O sistema de mando de campo será idêntico da Copa do Nordeste com a cota de ingressos de 10% da capacidade do estádio para o time visitante.

“Os critérios serão iguais para jogos da Copa do Nordeste e Campeonato Estadual nos jogos do América e ABC. O time visitante terá direito a 10% da capacidade de público, e o mandante, à renda líquida, como manda o regulamento das competições”, revelou o presidente da FNF, José Vanildo.

Os clássicos ABC e América não recebem as duas torcidas desde 2022. A medida de torcida única foi adotada por recomendação do MPRN por conta da violência envolvendo integrantes de organizadas nos arredores do Frasqueirão e Arena das Dunas. A autorização para a volta da torcida mista foi baseada em relatórios dos órgãos de segurança, que apontaram redução de ocorrências em dias de clássicos com torcida única.