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outubro 3, 2024


MASSACRES DE CUNHAÚ E URUAÇU: 379 ANOS DE HISTÓRIA, RELIGIOSIDADE E FÉ

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Em 1645, os massacres de Cunhaú e Uruaçu marcaram a brutalidade da ocupação holandesa no Rio Grande do Norte. Nos dias 16 de julho e 3 de outubro, trinta católicos, incluindo o padre André de Soveral, foram assassinados durante celebrações religiosas. Reconhecidos como mártires pela Igreja Católica, esses homens e mulheres receberam o título de Santos Mártires de Cunhaú e Uruaçu, após um longo e detalhado processo. A canonização, realizada pelo Papa Francisco em 15 de outubro de 2017, trouxe reconhecimento internacional ao sacrifício desses fiéis, simbolizando a luta pela fé e pela liberdade religiosa.

Antes disso, em 2006, a Governadora Wilma de Faria sancionou a Lei nº8913/2006 que criava o feriado estadual para culto público e oficial dos Protomártires de Uruaçu e Cunhaú. Em 3 de outubro, o estado do Rio Grande do Norte celebra um feriado em homenagem às suas memórias.

Esses eventos não apenas lembram a dor do passado, mas também reforçam a identidade cultural e religiosa da população potiguar, inspirando celebrações que perpetuam a memória dos mártires e a importância da tolerância e da paz.

Programação

Monumento dos Mártires, em Uruaçu, recebe milhares de fiéis durante programaçã que se estende por todo dia – Foto: Reprodução

Desde a instituição do feriado estadual, a Igreja Católica celebra com uma programação especial a memória dos Santos Mártires André de Soveral, Ambrósio Francisco Ferro, Mateus Moreira e demais fiéis vítimas do massacre.

No Santuário dos Santos Mártires, no bairro Nazaré, zona oeste de Natal, a festa é realizada de 2 a 12 de outubro. Nesta quinta-feira, será realizada uma missa solene às 9h, presidida pelo arcebispo metropolitano Dom João Santos Cardoso.

O novenário acontecerá de 3 a 11 de outubro, sempre às 19h, com a presença de padres convidados, além das pastorais, movimentos e serviços da paróquia. No dia 12, às 16h, a missa de encerramento será presidida pelo Mons. Valquimar Nogueira, vigário geral da Arquidiocese. Após a celebração, uma procissão percorrerá as ruas do bairro Nazaré.

Este ano, a festa também marca a comemoração dos 15 anos da construção do Santuário dos Santos Mártires de Cunhaú e Uruaçu, localizado na Avenida Miguel Castro.

Já na comunidade de Uruaçu, no município de São Gonçalo do Amarante, a festa teve início dia 22 de setembro e termina nesta quinta-feira (03), com diversas atividades, incluindo caminhadas no início da manhã, missas ao longo de todo o dia e um grande encerramento com show do Padre Fábio de Melo.

Confira a programação de encerramento, em Uruaçu:

  • 4h: Caminhada, saindo de Macaíba, com destino ao Monumento dos Mártires, em Uruaçu;
  • 5h: Missa, presidida pelo Pe. Alexsandro de Lima Freitas, da Comunidade Canção Nova;
  • 5h30: Caminhada, partindo da Igreja Matriz de São Gonçalo para Uruaçu;
  • 7h: Missa, presidida pelo Pe. André Martins;
  • 9h: Missa, presidida pelo Pe. Matheus Marques;
  • 10h: Missa, presidida pelo Pe. João Gabriel Ribeiro;
  • 12h: Missa, presidida pelo arcebispo emérito de Natal, Dom Jaime Vieira Rocha;
  • 15: Terço da Misericórdia, conduzido pelo Pe. Murilo Paiva e pelo Pe. Alexsandro Freitas;
  • 16h: Missa solene, presidida pelo arcebispo metropolitano de Natal, Dom João Santos Cardoso;
  • 18h: Show com o Padre Fábio de Melo.

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DESAFIOS E ESPERANÇA: O QUE O NATALENSE ESPERA DO PRÓXIMO GESTOR?

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À medida que as eleições municipais se aproximam, a população de Natal expressa suas expectativas e anseios para a próxima gestão. Em conversas com moradores, destaca-se a preocupação com temas como segurança, infraestrutura e saúde.

Para alguns cidadãos a eleição é sinônimo de esperança e as expectativas são de que o gestor escolhido consiga melhorar e cuidar da capital potiguar. “Espero que a nova gestão consiga priorizar áreas essenciais, como a saúde, educação e segurança. O funcionamento adequado desses serviços básicos é fundamental para garantir uma qualidade de vida digna para os cidadãos, Natal precisa de mais investimentos em infraestrutura de saúde, com unidades que atendam à demanda da população, educação de qualidade que prepare as futuras gerações”, afirma o designer Jonathan Costa.

“Eu espero uma próxima gestão que veja o potencial que Natal tem, porque a cidade tem muito potencial para diversas áreas. Em relação a saúde e educação, eu quero uma gestão que não necessariamente transforme tudo do dia para a noite, mas uma gestão que cuide dos pontos essenciais como saúde, educação, dando manutenção, mantendo a qualidade daqueles que já existem, tanto de escola como hospitais, e a longo e médio prazo, construir mais”, declara o estudante de direito, Marcus Vinícius.

Por outro lado, existem cidadãos totalmente desacreditados de uma possível mudança e critica o distanciamento dos políticos da população em seu cotidiano: “Eu estou falando aqui em nome da população do meu bairro na Zona Norte, os bairros estão todos desprezados, e precisando de um olhar público com mais atenção em todas as áreas, as ruas são muito sujas, falta água todo dia, nós não temos iluminação suficiente e muitas outras coisas. Sobre os políticos, os prefeitos e vereadores fazem descaso com a população, e agora ficam passando nos bairros quase todo dia pedindo voto”, declara Francisca Gonçalves, aposentada e moradora da Zona Norte de Natal.

Infraestrutura e mobilidade urbana
A infraestrutura da cidade também é um tema recorrente nas conversas com a população. Ruas esburacadas, falta de iluminação pública e problemas com drenagem são alguns dos pontos que geram insatisfação. “É preciso um plano de revitalização que contemple todos os bairros, principalmente os mais esquecidos”, sugere Carlos Medeiros, morador da Zona Leste de Natal.

Além disso, a mobilidade urbana é uma preocupação crescente, com muitos pedindo melhorias no transporte público. “Acredito que independente de quem seja eleito, a licitação do transporte público ocorra. Um dos principais problemas que enfrentamos em nossa cidade é a falta de empatia com a população que se utiliza desse meio para sua locomoção”, afirma Robson Trigueiro, estudante da UFRN.

Saúde e acesso aos serviços
Na área da saúde, a demanda por um atendimento mais eficiente e humanizado é evidente. Os natalenses desejam que a nova gestão priorize a reforma de unidades de saúde e a ampliação de serviços, especialmente em comunidades mais carentes. “Às vezes, é difícil conseguir uma consulta. A saúde precisa ser uma prioridade”, ressalta Renata, mãe de três filhos.

Educação e inclusão social
A educação também aparece como um tema central nas expectativas. Os moradores clamam por investimentos em escolas públicas e programas de inclusão, visando melhorar a qualidade do ensino. “A educação precisa melhorar na qualidade das escolas, ter ambientes com mais infraestrutura, escolas climatizadas principalmente, porque o sol é grande na cidade, e o calor também. Estão debatendo também muito pelas vagas de creche, que hoje são sorteadas, porque não tem vaga suficiente, então tem que acabar com esse negócio de sortear, tem que aumentar as vagas para atender todo mundo”, declara o estudante Gustavo Lennon.

Futuro
À medida que a cidade se prepara para escolher seus novos representantes, as expectativas da população de Natal são claras. A nova gestão municipal enfrentará o desafio de atender a demandas urgentes e construir uma cidade mais inclusiva e sustentável. Os próximos meses prometem ser cruciais para definir o futuro da capital potiguar e os moradores aguardam por ações concretas que reflitam suas esperanças e necessidades. E tudo começa a partir do próximo domingo, dia 06, quando a população vai às urnas para escolha de um novo gestor, que estará à frente do poder executivo da capital pelos próximos quatro anos, além dos 29 representantes na Câmara Municipal.


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“O ABUSO DE PODER MAIS POTENCIAL É O ABUSO DE PODER MIDIÁTICO”, AFIRMA JUIZ

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O juiz de direito da 1º vara, diretor do Fórum de Ceará-Mirim, Herval Sampaio, conversa com o Diário do RN, sobre o processo eleitoral e a atuação da Justiça Eleitoral neste momento importante para a democracia e o exercício da cidadania. Com histórico de atuação enquanto juiz eleitoral, entre 2000 e 2024, Herval só não participou das eleições na condição de juiz eleitoral nos anos de 2016 e 2018.

Segundo o magistrado, o questionamento à lisura e à segurança eleitoral foi deixado de lado, pela “fragilidade” dos argumentos.

Analisando o largo uso das propagandas no rádio e na TV e, principalmente, na internet, Herval Sampaio admite que nem a Justiça, nem o Ministério Público têm estrutura para acompanhar a rapidez com que novas tecnologias são criadas diariamente para propagandas negativas e fake news.

Por fim, o jurista lista desrespeitos às normas mais danosas cometidas no dia da eleição e explica como o eleitor e candidatos devem agir no dia em que a cidadania atinge o ponto alto.

Diário do RN – Depois de um período muito extremo de questionamento sobre a confiabilidade do sistema eleitoral, como é que o senhor avalia 2024 em relação a esse quesito?
Herval Sampaio – Esse questionamento que foi feito ao longo desses últimos anos, com todo respeito a quem pense o contrário, fez parte do que se chama, até mesmo como novidade, dessa polarização ideológica, que sem sombra de dúvida, se iniciou a partir da eleição do presidente Bolsonaro e, com todo respeito que eu tenho à Vossa Excelência, foi um dos maiores erros cometidos por esse grupo político, porque, por mais que a gente queira aperfeiçoar o nosso sistema eletrônico e isso é válido, até salutar, inclusive para o fortalecimento da nossa democracia, em momento nenhum ficou demonstrado nada do que foi dito. Inclusive hoje, em pleno 2024, você tem uma resolução sobre fake news no processo eleitoral, que os exemplos mais factíveis, inclusive constando na resolução, são justamente contra o próprio sistema de votação.

Então, eu diria, pelo declínio da perda evidentemente do posto maior, esse movimento foi caindo de forma muito acintosa, ao ponto, inclusive, de mesmo havendo ainda uma divisão ideológica muito grande, ou seja, a polarização continua e talvez se intensifique, mas esse tema foi deixado de lado. Aí você pode dizer que ele foi deixado de lado porque houve endurecimento da Justiça Eleitoral, pode ter tido, mas a realidade, penso eu, que vai além disso, vai justamente porque não se teve força nos argumentos com relação essa questão da vulnerabilidade do sistema eletrônico.

E veja, nas eleições municipais, que a gente tem uma militância mais ativa, mais presente, com fiscalização mais evidente, você não vê ninguém até hoje, a quatro dias das eleições, você não vê ninguém questionando, pelo contrário, o sistema vem se fortalecendo. Isso no meu entender, dignifica a Justiça Eleitoral brasileira.

Diário do RN – Em relação ao advento das tecnologias, redes sociais, uso desenfreado de fake news. Como é que o senhor explica o processo jurídico sobre eleições, a partir disso?
Herval Sampaio – Aí sim você toca realmente uma grande novidade, porque essa novidade, ela só é em cima do uso tecnológico, do incremento tecnológico das redes sociais, da internet, dos chats boots, enfim, de tudo que a gente vê hoje de forma muito intensa sendo aplicado ao processo eleitoral. As hoje fake news nada mais são do que as antigas fofocas. E essas fofocas, tanto de forma positiva, quanto a chamada hoje propaganda negativa, sempre fizeram parte do processo eleitoral, das eleições agora. Qual a novidade, além do incremento? É a potencialização de tudo isso. É muito danoso para determinados municípios em especial, quando você traz uma fake news de caráter negativo. Por mais que se critique o uso talvez um pouco mais exacerbado ou um ativismo um pouco mais intenso da Justiça Eleitoral, inclusive com a resolução que eu citei, idealizada pelo então presidente, ministro Alexandre de Moraes, nós estamos percebendo claramente que se faz necessário um instrumento normativo, que faz necessário uma velocidade da Justiça Eleitoral para conter essas fake News e esse uso tecnológico quando se prejudica uma determinado candidatura, porque a gente sabe que o efeito eleitoreiro, o potencial eleitoreiro coloca abaixo a tentativa de se igualar ao processo eleitoral. Eu digo tentativa porque o processo eleitoral é desigual por natureza, é muito desigual. É desigual inclusive, como eu sempre dizia na forma tradicional, quando se tem a reeleição de chefe do Executivo, mas os demais políticos profissionais, que são candidatos sem deixar o seu mandato. Mas são muito mais desiguais hoje quando um candidato em São Paulo, e não pode ser discriminado por isso, tem milhões de seguidores nas redes sociais. Por mais que ele não tenha tempo de rádio e televisão e nem direito a fundo partidário, ele parte na frente. Não que seja ilícito. Não é. Você não pode discriminar alguém que tem muitos seguidores de participar do processo eleitoral, mas isso desiguala sim, porque claramente ele está lá com muito mais oportunidade, com muito mais espaço, com muito mais interação, inclusive para cometer fake news. O abuso de poder mais potencial, aquele que verdadeiramente pode mudar o resultado das urnas, que pode direcionar de forma danosa, invertendo a ótica normal da escolha, dentro pelo menos de um processo mínimo de igualdade, é o abuso de poder midiático que nós estamos vendo hoje.

Diário do RN – Existe como a justiça acompanhar esse ritmo de como essas coisas acontecem principalmente nas redes sociais?
Herval Sampaio – Tem não. Eu vou logo ser franco, direto, objetivo: nem a justiça e muito menos o Ministério Público. O Ministério Público passa longe de ter a estrutura necessária. Muitas das medidas que têm que ser tomadas na propaganda, fora o poder de polícia, têm que ser tomadas pelo Ministério Público ou então por algum dos candidatos. Mas aí eu abro um parêntese, você deve ter vários registros de candidatos que estão em municípios pequenos, até municípios medianos, combinado de que cada um faz suas ilicitudes de um lado e de outros, respeitando aí alguns limites que eles mesmos estabelecem e se o Ministério Público não atuar no poder de polícia de forma oficiosa nada vai acontecer, as ilicitudes vão reinar. Então, é impossível tanto para a justiça eleitoral quanto para o Ministério Público acompanhar passo a passo, minuto a minuto, de segunda a segunda, ou seja, todos esses movimentos que mudam, inclusive, de táticas, estratégias, de uso de tecnologias de uma hora para outra, de uma hora para outra mesmo. Então é impossível, claro, que só tem uma coisa, só se a gente se estruturasse.

Diário do RN – O senhor acredita que a Justiça Eleitoral chegou no ideal sobre a inclusão das minorias, mulheres, pessoas trans, os negros, em relação inclusive ao fundo eleitoral?
Herval Sampaio – Está longe demais também, infelizmente, é algo que a evolução é muito pouca no meu sentir, a Justiça Eleitoral ainda não avançou suficiente inclusive para, a partir do próprio Ministério Público e de um ou outro candidato, e na realidade a Justiça Eleitoral passa longe de poder normatizar as questões que dizem respeito às minorias. E ela ainda o faz, mesmo que de forma política ela o faz. Você veja aí aquela decisão do Supremo Tribunal Federal na véspera da eleição passada com relação a necessidade de que parte do fundo eleitoral fosse usado também para as candidaturas negras, mesmo sem previsão expressa. Mas me preocupa, porque a mulher claramente, numericamente, segundo os estudos estatísticos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o IBGE, não faz sentido que a gente tenha tão poucas mulheres presentes na vida política brasileira. É triste, é patético esse número, eu evidentemente tenho minhas ressalvas, não por cooperativismo, mas porque na minha carreira por exemplo tem a questão da antiguidade, mas dentro da política não tem nada, não tem critério nenhum, não tem o que respeitar a não ser a vontade do povo. E parece que o povo tem que verdadeiramente entender que a mulher é, da mesma forma que o homem, esse ser político, e em sendo esse ser político, ela precisa participar mais ativamente. E para isso nós temos que deixar de lado muitas amarras, não só as amarras normativas, mas as amarras culturais, essas amarras de uma sociedade, que é, por mais que a gente não queira dizer, patriarcal, uma sociedade que ainda vê, em que pese a legislação ter avançado, homem como chefe de família e a mulher como dona de casa. Para que essa macharada passe a entender, eu penso que a legislação tem que ser mais agressiva.

Diário do RN – Quais são os pontos principais para o eleitor se ater no próximo domingo, no exercício da cidadania, e também os candidatos?
Herval Sampaio – Vamos começar com os eleitores. Com o enxugamento que a gente teve nesses últimos anos, muito grande, das propagandas, a campanha chega ao final realmente enxuta. Ela chega nas redes sociais, que ganharam, e vão ganhar, ainda muito mais espaço nas eleições seguintes. Então, como é que o eleitor irá se portar no dia da eleição? Quer fazer sua propaganda? Quer inclusive deixar claro, deixar patente, até para fins eleitorais, deixar clara sua posição? Faça de maneira silenciosa. Eu gosto de brincar com isso, eu digo que o eleitor pode ir só com o zoinho de fora, vestido de Homem-Aranha, vai de qualquer personagem. Pode ir com tudo da cor do candidato. Agora, ele tem que ir caladinho, na dele, levando o santinho dele, se ele não conseguir lembrar o número. Só são dois números e ele tem que votar e ir para casa. Não pode se aglomerar, ele não tem nenhum tipo de propaganda no dia da eleição, que ele não invente de ficar junto de eventuais militâncias, que estarão erradas; e aí eu já passo para a parte dos candidatos, que devem respeitar. A legislação é clara: não há propaganda nenhuma na internet. E acabar com aquele movimento do candidato. Movimento altamente, eu diria, nefasto ao processo eleitoral.

Não porque a legislação seja assim. Mas também porque a partir de haver uma estruturação para que os candidatos não possam piruar de seção por seção, criam para a Justiça Eleitoral evidentemente muitos problemas. Então o candidato tem que colaborar. Eu não quero que ele deixe de cumprimentar os eleitores não. Eu não quero que ele deixe fazer um abraço uma foto ou outra. Agora ele não pode ficar fazendo literalmente propaganda, literalmente uma boca de urna.

Ele não pode ficar visitando todas as seções, porque isso é literalmente propaganda e a sua militância não pode estar reunida. E o pessoal ainda tem aquela imaginação muito pequena de jogar aqueles santinhos nas calçadas, causando, não só aquela poluição visual, mas também uma poluição real, e aquilo pode indicar, no mínimo, indício de abuso do poder econômico que com certeza, dificilmente estará na contabilidade da prestação de conta.

Como é que você tem a cara de pau, passar muito óleo de peroba na sua cara, para você estar querendo fazer carreata, passeata no dia da eleição. Isso é um absurdo, é uma coisa do terrível, é um desrespeito muito grande à própria institucionalidade do processo democrático. Então, que o eleitor possa exercer o seu direito, talvez um dos mais sublimes.


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A HORA DA VERDADE CHEGOU. CARA ACARA OS ADVERSÁRIOS SE ENFRENTAM

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O ex-prefeito Carlos Eduardo passou a campanha inteira de 2024 fugindo de debates com seus principais adversários. Ele faltou ao debate da Band TV, faltou ao da 98 FM e faltou ao debate da Tribuna/OAB. No primeiro, de última hora ‘inventou’ uma viagem para Fortaleza e só comunicou à emissora que faltaria, poucas horas antes do início do evento. Nos demais debates, ele não se preocupou mais em arranjar desculpas para faltar; simplesmente faltou e pronto. Agora, no último debate da campanha, ele resolveu participar.

A InterTV Cabugi realiza tradicionalmente um debate entre os candidatos no último dia de prazo legal para realização desse tipo de confronto entre os postulantes ao Executivo. Hoje será realizado o debate com os candidatos a prefeito de Natal. Para surpresa geral, Carlos Eduardo confirmou presença no último debate da campanha e vai ser confrontado com seus principais adversários, de quem ele fugiu e evitou o confronto até agora.

Segundo informações de bastidores, a decisão para a ida de Carlos Eduardo ao debate foi tomada em função da queda nas pesquisas e a possibilidade de perder uma vaga no segundo turno da disputa, justamente pelo desgaste que suas ausências provocaram no eleitorado. Seria o ‘tudo ou nada’ para quem passou a maior parte da campanha como favorito e agora vê esse favoritismo ameaçado.

A questão é que a ausência de Carlos Eduardo nos debates fez com que os adversários usassem parte da munição contra ele nas inserções e no horário eleitoral. Mas agora é diferente.

À distância, Carlos Eduardo bateu em Paulinho Freire, Natália Bonavides e Rafael Motta. Agora, será a vez da revanche, frente à frente.

Paulinho, Natália e Rafael vão entrar na sede da InterTV Cabugi com pastas e mais pastas, cheias de documentos que aterrorizam Carlos Eduardo. São auditorias técnicas, ofícios, condenações, reversões de punição, questionamentos sobre aumento do patrimônio pessoal e outros torpedos que mexem com o emocional do ex-prefeito da capital.

Além de questionamentos ácidos sobre assuntos indigestos, há também os problemas como a falta da licitação dos ônibus, o sorteio de vagas nas escolas, os medicamentos vencidos, o saque da previdência, entre outras pérolas que deixarão Carlos Eduardo nas cordas.

Caso ele tivesse ido a outros debates, esses assuntos já seriam de conhecimento público e suas respostas já teriam sido dadas. Com suas ausências, tudo ficou guardado para um único dia: Hoje.

Natália deverá ser a mais agressiva contra o ex-prefeito. Afinal, ela já viu que não consegue tirar votos de Paulinho. A vaga da petista no segundo turno virá da desidratação da candidatura de Carlos Eduardo, que já foi aliado e adversário do PT e sinaliza para o centro-esquerda. Rafael também é outro que vai para tudo ou nada. Se tirar Carlos Eduardo do sério, poderá conquistar alguns preciosos pontos na reta final. Paulinho foi quem mais apanhou da campanha do ex-prefeito. Vai para o debate afiado para desmascarar o adversário.

Portanto, a ida de Carlos Eduardo ao debate poderá ser o maior erro estratégico desta eleição. É aguardar e assistir o único confronto direto entre os principais candidatos a prefeito de Natal.

Debate da Inter TV
O debate iniciará às 22h e será mediado pela jornalista Emmily Virgílio. Dividido em quatro blocos, o primeiro e terceiro serão de temas livres; já os segundo e quarto blocos terão temas pré-estabelecidos e sorteados antes da participação de cada candidato. Todos terão tempo para réplicas e tréplicas e para as considerações finais na última parte.

Foram convidados os candidatos de partidos que têm representação mínima de cinco parlamentares no Congresso Nacional.


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NATÁLIA SOBRE A PRESENÇA DE LULA NA CAMPANHA: “SÓ NO SEGUNDO TURNO”

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A situação do México foi o “ponto final” na possibilidade do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), marcar presença em Natal para ajudar a alavancar a candidatura de Natália Bonavides (PT) rumo ao 2º turno na disputa pela Prefeitura da capital. A informação foi dada à reportagem do Diário do RN pela própria Natália. Ela afirmou que, apesar da dificuldade de agenda, foi o problema no voo do México que definiu a ausência de Lula nesta campanha eleitoral.

“Não tinham desistido ainda, mas agora com esse problema no voo do México, só no segundo turno. Ele deve retornar para o México pelo problema no voo”, informou a candidata nesta terça-feira, 01, à noite, se referindo à fala do ministro Alexandre Padilha, que vinha articulando agenda eleitoral do presidente junto ao PT nacional.

Segundo Natália, Padilha informou que continuava tentando, mas que a viagem à Natal teria que ser nesta quarta-feira, 2, já que hoje já estava marcado o último debate eleitoral dos candidatos a prefeito. “Ele está confiante que você estará no segundo turno”, teria dito Alexandre Padilha após a confirmação de cancelamento da agenda.

A questão do voo a que a candidata se refere foram os problemas técnicos apresentados no avião presidencial no retorno do presidente e sua comitiva do México, para onde tinha ido participar da posse da presidente do país, Claudia Sheinbaun. Lula teve que retornar e embarcar em outra aeronave, adiando sua chegada ao Brasil.

Segundo reportagem do Uol, a ausência de Lula no primeiro turno das eleições municipais tem desagradado nos bastidores. O texto cita Natália como uma das candidatas que “esperavam mais” de Lula, diante das chances concretas, segundo as pesquisas, de chegar ao segundo turno.

De acordo com o Uol, fontes apontam três motivos para a ausência de Lula em capitais com candidatos com chances de segundo turno: agenda corrida, ciúmes entre candidatos e evitar excesso de exposição.

Nesta segunda-feira, 30, o presidente surgiu em curto vídeo publicado na rede social Instagram, pedindo voto para a candidata. “Dia seis de outubro vocês têm a oportunidade extraordinária de votar numa jovem mulher, deputada de muita qualidade, para ser prefeita de Natal”, afirmou Lula.

Na gravação, o petista ainda diz: “para melhorar a qualidade de vida das pessoas, para melhorar a qualidade da educação, a qualidade da saúde, a qualidade do transporte. Dia seis de outubro, vote Natália para prefeita”. O vídeo foi publicado na conta oficial de Bonavides, junto com a mensagem: “aquele recado de quem transformou o Brasil e vem com a gente fazer história rumo à mudança que nossa cidade precisa”.

Além do vídeo na última semana de campanha eleitoral, com a ausência do presidente, a campanha de Natália Bonavides se vale também de vídeos dos ministros Fernando Haddad, Camilo Santana e Simone Tebet, a quem a campanha nominou de “O time de Lula”, como uma maneira de relacionar o nome da candidata ao presidente, e na esperança de contribuir para que ela realmente consiga passar para o segundo turno para, mais uma vez, esperar o presidente.


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