dezembro 13, 2024
JEAN PAUL QUER CHAPA COM WALTER E FÁTIMA, MAS ALERTA SOBRE ADVERSÁRIOS
Não há ressentimento, não há mágoa, com o presidente Lula. O ex-senador e ex-presidente da Petrobras, Jean-Paul Prates, reafirma que não brigou com o líder do partido ao qual continua filiado. Como quadro do PT, Jean-Paul não descarta a disputa a um cargo eletivo, “sem dúvida nenhuma”. “Uma pessoa que está filiada a um partido, que teve o desempenho que eu tive, modéstia parte, que não foi ruim, ele tem que estar permanentemente disponível”, avalia o ex-senador em entrevista exclusiva ao Diário do RN, na tarde desta quinta-feira (12), em sua residência, em Natal.
À vontade em uma das poltronas da varanda da casa no bairro de Capim Macio, o ex-senador se sentiu à vontade igualmente para opinar sobre qual deve ser a chapa do PT RN para o pleito de 2026. “Walter é o vice-governador, que vai assumir, Fátima é candidata ao Senado, e vamos trabalhar dessa forma. Esse é o cenário”, defende, frisando que o trabalho deve começar já em torno de março de 2025.
O nome de Walter, para ele, surge “diante até de uma certa escassez de potenciais, e rivalidades internas” no PT. Além de que, “eleitoralmente, em relação às cidades, a única saída que o PT tem e a esquerda tem é o MDB”.
Jean-Paul acrescenta que “o mínimo que o PT pode propiciar a Fátima nesse momento da carreira pela trajetória política dela é uma garantia absoluta de candidatura ao Senado”.
Passado o período da quarentena, no dia 15 de novembro, após a saída de Petrobras, Jean-Paul diz que, apesar disso, não está nem no “banco de reservas” do partido, e já começou a se reconstruir profissionalmente, se dedicando a pelo menos três projetos na sua área de atuação, em recursos naturais e energias renováveis, em atuação regional, nacional e internacional.
Sobre o atual momento da Petrobras, dispara: “A empresa passou a ser não vinculada ao Ministério, mas subordinada ao Ministério”, se referindo à pasta de Minas e Energia, comandada por Alexandre Silveira, um dos responsáveis por sua fritura no Governo.
Leia a entrevista na íntegra.
Diário do RN – Em entrevista concedida à nossa equipe em julho, o senhor afirmou sobre o PT: “Sou do time e estou à disposição do PT”.
Jean-Paul Prates – Continua a mesma coisa. O técnico do político é o partido para mim. Se a política funcionasse assim, os partidos valeriam muito mais e a gente teria uma política realmente transparente e limpa. Claro, sempre sujeito a intempéries, exceções e tal, mas a regra seriam pessoas que comungam dos mesmos pensamentos e que são escalados das funções públicas de acordo com o peso, com a situação que elas estão vivendo. Então o partido deveria escalar pessoas e o partido dos trabalhadores tem mais condições de fazer isso. Que é um partido totalmente organizado da base para o topo, é democrático, nem sempre as pessoas são ouvidas e veem seus pleitos atendidos, mas isso é comum numa situação piramidal. Mas é o partido que tem mais condição de fazer isso e é o partido que tem mais políticos com o estofo realmente ideológico e político. Eu me coloco assim, porque sempre fui profissional independente de qualquer coisa, profissional do trabalho em gestão pública, em gestão privada, de recursos naturais e energia, foi a única coisa que eu fiz na minha vida. Seja para governo seja para entidades estatais, seja para empresas privadas, mas minha especialidade é recursos naturais e infraestrutura em energia. Ponto. Não trabalho com outras coisas, nunca trabalhei e não pretendo trabalhar, tanto que tem propostas aí recebidas e não dá porque eu não quero sair agora, é uma área que eu dediquei a minha vida. Quem toma conta da sua vida profissional e pessoal é você, mas quando você vira uma pessoa política que se filia a um partido, você se coloca naquele conjunto, sujeito a ser escalado para determinadas funções e missões. Até às vezes uma candidatura que não tem condições, mas que o partido precisa se firmar, como foi o caso da Prefeitura de Natal em 2020. Ali eu fui escalado pelo partido e o que eu fiz? Cumpri a missão. Fui lá, saímos em 7º de 15 candidatos, chegamos em segundo, quase levamos a eleição para o segundo turno. E melhoramos muito a imagem, eu acho, que o partido tinha em Natal. A receptividade, as mensagens do PT como gestor de cidades em Natal, foi para um outro patamar com aquela campanha e certamente isso contribuiu muito para agora a receptividade de Natália que também, claro, tem seu brilho próprio, fez uma campanha lindíssima. Isso tem uma sequência de crescimento. Provavelmente, numa próxima eleição, o PT terá condição perfeitamente de ganhar, levar para o segundo turno e ganhar. Mas já se firmou um entendimento que nem todo petista igual, nem tudo que o PT faz é sempre a mesma coisa e que nas gestões de cidade e em termos de recursos humanos, políticos, o PT é bem variado, tem pessoas para cada situação. Por isso e mais ainda é que eu acho que o partido é meu técnico como se fosse no futebol. Você vai me perguntar, ‘e para deputado federal, senador?’ Isso para mim é uma matéria que o partido é que tem que definir. Não é você que se escala, se acotovela e briga com o outro companheiro de partido para ser isso ou ser aquilo. Você pode até achar, pode até se colocar, se disponibilizar. Por isso que eu digo que agora, por exemplo, eu não estou nem no banco de reservas. Podia estar no banco de reservas ou podia estar jogando o jogo, como eu estava na Petrobras e estive no Senado. Agora, eu estou no plantel. Eu estou lá na lista de inscritos para o campeonato, mas o time não me chamou.
Diário do RN – Então permanece no PT e à disposição de concorrer a algum cargo eletivo?
Jean-Paul Prates – Sim, sem dúvida nenhuma. Uma pessoa que está filiada a um partido, que teve o desempenho que eu tive, modéstia parte, que não foi ruim e ele tem que estar permanentemente disponível. O que não quer dizer também que eu devo aceitar, é uma relação bilateral. Então, se o partido chegar assim, ‘não, você vai ser tal coisa’, e eu disser, ‘não, mas eu não estou afim, isso aí, de fato, eu não quero’. O bom disso e o necessário para isso, no entanto, é que você tem que ter a sua independência da política. Se você for uma pessoa que depende de mandato, não tem mais profissão, perdeu contato com o mercado de trabalho, se desgarrou completamente da vida profissional que você escolheu lá atrás, essa pessoa, quando perde mandato, se perde totalmente, não sabe o que vai fazer. Eu não quero ser essa pessoa. Por isso é que eu não gosto que pensem ‘Jean vai ser o que agora na política? Não sei, pode não ser nada, não tem problema, se não for nada, não tem problema.
Jean-Paul Prates sobre 2026: “A única saída que o PT tem é o MDB”
Ex-senador opina sobre o momento atual do PT, a chapa “natural” para 2026 e analisa Petrobras após demissão
Diário do RN – Quais os planos, então para 2025, agora de imediato?
Jean-Paul Prates – Nesse momento eu estou me concentrando nessa estruturação profissional. Então, eu simplesmente não estou olhando nada de política, até porque ninguém me chamou, nem me obrigou a fazer isso. Então, não estou me sentindo compelido a analisar, me programar para ser candidato ou me preparar, nada, genuinamente. Eu estou preocupado em refazer essa vida profissional, que sempre tive isso. Fui para o Senado, achei que aquilo era uma missão também. Fui para a Petrobrás como gestor público convocado diretamente pelo presidente Lula, por méritos próprios. Então, aqui eu deixei o CERNE, Centro de Estratégias em Recursos Naturais e Energia, que a gente fundou com as empresas aqui em Natal, em 2010. Uma das coisas desses 15 anos vai marcar a construção de um conselho de administração, um conselho de mantenedores, na verdade. Do qual eu deveria ser presidente. Presidente do Conselho de Mantenedores do CERNE. São variadas empresas nacionais, internacionais e locais, que trabalham com recursos naturais, energia e meio ambiente. Os outros membros do Conselho são exatamente os presidentes dessas empresas, eu vou trabalhar diretamente com os presidentes dessas empresas no que diz respeito a uma região específica do Brasil, que eu estou chamando de Brasil Equatorial, que corresponde a margem equatorial, Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí, Maranhão, Pará, Amapá e algumas vizinhanças como Amazonas, Pernambuco, Paraíba, por aí, e os países lá do Caribe, Guianas, tudo que decorre da costa brasileira que está voltada para o Equador. O foco do CERNE é promover essa região lá fora, aqui dentro, defender os seus interesses econômicos, sociais. Em tudo que envolve o uso dos recursos naturais, águas, mineração, desses lugares e os recursos energéticos. Outra coisa é lá em São Paulo e, aí sim, nacionalmente, a gente se juntou um grupo de pessoas empreendedoras de lá, de grande calibre. Entre os quais, o André Skaf, que é filho do Paulo Skaf, e outras pessoas, montando uma plataforma de investimento em recursos naturais e energias, mas voltado para a liquidez energética. Em vez de serem projetos que tem como fim vender energia para contrato firmes, fixos, projetos que tenham como produto final energia na forma líquida, liquidez no sentido de poder levar para qualquer lugar que eu quiser. Então esse grupo esse grupo chama-se Liquid Energy, Liqen. E a gente vai lançar isso em janeiro também. Essas duas principais coisas, aí tem umas atividades, como a fundação do Instituto Brasil – Países Árabes. E além disso tem algumas propostas de empresas, para ser conselhos de administração de empresas chinesas, árabes, brasileiras. Estamos analisando caso a caso, para a gente ir somando dar uma remuneração razoável. Para eu poder morar em Natal, ficar ainda no Rio Grande do Norte.
Diário do RN – Passada a quarentena, dá para fazer uma análise mais distante de tudo que aconteceu naquele momento? O presidente Lula poderia ter feito uma opção por Jean Paul, por exemplo?
Jean-Paul – Sinceramente, acho que não, porque a gente entrou em uma situação de impasses e discussões muito severas com dois ministros, políticos, de estados muito fortes e que tem uma importância política, não tanto técnica, mas política, muito grande para o presidente. Então, eu entendo. E um diálogo que eu tive com ele, em dezembro do ano passado, foi nessa base. Embora ele tenha me convencido a ficar mais tempo. Eu cheguei a dizer: ‘Olha, presidente, eu acho que com eles eu não estou conseguindo fazer as coisas, porque realmente eles estão assim numa atitude de não achar interessante que eu esteja onde eu estou. Então, se isso estiver atrapalhando o governo, eu não tenho problema. No meio disso aqui minha vida profissional cobre minha vida perfeitamente. Eu não preciso do cargo em si. Eu estou aqui para cumprir uma missão como pessoa que conhece a Petrobrás e o setor que ela atua. Não estou pedindo para ficar, coisa nenhuma. Se eu tiver de alguma forma atrapalhando esse processo ou dificultando alguma coisa, não tem problema’. Ele disse: ‘Não, você fica, você tem minha confiança. Mas entenda que esse pessoal é importante para mim, porque eles são ministros políticos, ministro de Casa Civil, Ministério de Minas Energia’. ‘Tudo bem. Eu tenho tentado conviver muito bem. Eu faço tudo para conciliar os interesses. Mas tem coisas que não dá para fazer na Petrobras. Eu não farei para me preservar, lhe preservar, preservar a Petrobrás e preservar o Partido dos Trabalhadores’.
Diário do RN – Desde a saída de Jean até agora, como analisa a gestão de Magda Chambriard?
Jean-Paul Prates – Não vi nada de novo, as coisas que estão lá estão sendo a continuidade do que a gente deixou. Até agora não tem novidade nenhuma. O complexo Boaventura, que era o antigo Comperj, até o nome já estava decidido. A Petrobrás não tem nada que você faça que não seja com três a seis meses de antecedência, quando não é projeto de dois anos de antecedência. Tudo bem, ela tem competência, vai tocando, mas não tem uma coisa nova.
Diário do RN – Foi uma indicação para que Alexandre Silveira tivesse controle?
Jean-Paul – Foi, com certeza. Isso todo o mercado viu, toda a opinião pública viu isso claramente. Hoje é uma pessoa que basicamente faz o que o ministro manda. Se o ministro não autorizar alguma coisa, ela não faz. Então assim, a empresa passou a ser não vinculada ao Ministério, mas subordinada ao Ministério. O que para uma empresa aberta é um pouco temerário. A ideia da empresa da Petrobras é ser uma estatal mista, não é ser uma estatal inteira e integral. A estatal integral, como é o IBGE, por exemplo, ou os Correios. São estatais que são feitas para prestar um serviço para a comunidade só. Ela não é feita para dar lucro. Já a Petrobras é diferente, é de capital aberto.
Diário do RN – Em relação ao Governo do Estado, como o senhor analisa o atual contexto do PT para a disputa em 2026?
Jean-Paul – O caminho mais natural que está se configurando é que você tem um bloco de oposição muito forte e, se for inteligente, unido. Se não for, podendo se unir mais na frente, no segundo turno, alguma coisa assim. Mas claramente há uma dicotomia, uma polarização, o mesmo aquele nacional. No lado do bloco governista do Rio Grande do Norte, o mais natural é, primeiro, que a governadora tenha a sua candidatura ao Senado garantida. Ela pode até optar por outra coisa, mas ela tem, pelo menos eu acredito, pelo partido, inclusive, ter a cadeira do Senado garantida: ‘São duas cadeiras, uma é sua, a outra, vamos ver se é aliado, não é aliado do PT’, mas ela tem esse direito conquistado, pelo que ela foi, pelo conjunto da obra, não só Governo, como Senado, deputada federal, eu acho que o mínimo que o PT pode propiciar a Fátima nesse momento da carreira pela trajetória política dela é uma garantia absoluta de candidatura ao Senado. Ela querer outra coisa, é outra história. E diante até de uma certa escassez de potenciais, e rivalidades internas, quanto a candidatura ao Governo do Estado, do processo decorre de que Waltinho vá assumir o cargo de qualquer forma, acredito que ele também é o candidato natural.
Agora, para ele adquirir o tamanho que precisa para ganhar a eleição desse outro bloco muito forte, todo mundo do lado de cá precisa trabalhar agora. Virou o verão, a partir de março, tem que trabalhar para fazer o candidato. Não pode esperar para a última hora, como sempre fazem. Tem uns teóricos da política junto à Fátima que têm sempre esse hábito de, ‘não, deixa para depois’.
Não pode deixar. O candidato vai ser esse, em tese, mesmo que depois queira substituir, se quiser, se não tiver condição, mas tem que imediatamente começar a trabalhar. Walter é o vice-governador, que vai assumir, Fátima é candidata ao Senado, e vamos trabalhar dessa forma. Esse é o cenário. E ele pode ir para a rua, pode sair, pode fazer seus trabalhos, aparecer com ela, pode ter projeto de coisas que ele queira tocar desde o início, coisas que ele vai entregar aos seis meses de mandato, para poder ter de fato coisas, porque em seis meses você não faz quase nada. Então, eu sou favorável a isso, porque vejo que essa aliança deu certo. Eleitoralmente, em relação às cidades, a única saída que o PT tem e a esquerda tem é o MDB como força grande, os outros estão do outro lado. Tem o PSD, com Zenaide, que pode ser o fiel da balança, importante, que eu credito que esteja muito mais pendente para o lado de cá do que ao lado de lá. Tudo bem, tem umas turbulências em relação a São Gonçalo, mas está superado. Ali houve uma concorrência sadia, os dois disputaram e tudo. Venceu Jaime. Jaime é o prefeito de São Gonçalo e pronto. Agora, não vamos transformar aquilo numa questão estadual. E o PSD é da base aliada do governo Lula. Por isso que eu digo que 80% que seja em relação ao PSD e ao grupo político dela vindo para o lado de cá.
Diário do RN – O senhor já chegou a conversar com a governadora sobre isso e também com outros nomes do PT?
Jean-Paul – Não, é uma opinião que eu estou dando, é minha. Não é resultado de conversa com ela. Mas, sim, eu converso com a governadora. Tivemos juntos aqui esses dias, semana passada mesmo. Somos, acima de tudo, muito amigos. Tenho divergências em algumas coisas, muito pequenas, mas é natural. Nunca vou deixar de ser amigo de Fátima, até porque tenho gratidão pelo que ela fez por mim, como tive com a governadora Wilma até o falecimento dela, e sou grato até hoje. Tenho uma relação com Márcia Maia até hoje por conta disso. Essas pessoas que realmente são importantes para mim, tanto profissionalmente, quanto na política, eu tenho em alta estima sempre, mesmo que divirja.
Diário do RN – Em uma entrevista a O Globo, na semana passada, o senhor afirmou que contava nos dedos de uma mão as pessoas do PT que deram apoio, que entraram em contato pós demissão. Ficou, então, uma relação machucada?
Jean-Paul – Nacionalmente. Claro que no Estado é um outro cenário, a gente tem uma boa relação; Natália, o próprio Mineiro, Divaneide, nosso grupo aqui é um grupo que tem suas diferenças, grupo que comanda o PT aqui, todos tenho relações. Agora, nacionalmente, essas pessoas não passam de muito pouco. Um deles é o Mercadante, ministro Haddad, José Dirceu, Henrique Fontana, que é o vice-presidente do partido. Então, as pessoas que eu faço até questão de mencionar sempre, porque tem essa gratidão e é nesse momento que você percebe quem está mais próximo e quem não está nem aí. Não estou dizendo que as outras pessoas não gostam de mim, não é nada disso. Elas simplesmente ignoraram o fato, acharam que se tivessem manifestado alguma solidariedade a mim, iriam desagradar e fizeram uma história como se eu tivesse brigado com o presidente Lula. Eu jamais briguei com o presidente Lula, nem ele brigou comigo, a gente chegou à conclusão de que não dava para continuar ali, diante dessa questão com os dois ministros.
Diário do RN – Como é a relação hoje com o presidente?
Jean-Paul – Eu não falei mais com o presidente Lula, claro, que ele está super ocupado, tinha o G20, eu me lembro que estava nessas preparações, não tinha porque ir lá, mas houve uma sinalização. Ligaram lá do staff dele, dizendo que ele queria conversar comigo, algum dia desses, que ele achava que tinha ficado meio desconfortável a situação daquele dia mesmo da saída e queria manter e tal. Aí eu falei, ‘tudo bem, na hora que ele quiser, na hora que ele puder a gente conversa’. Não quis forçar nada também, não fiquei ligando. Fui à Brasília duas vezes, conversei com meus colegas senadores de todos os lados, desde o Rodrigo Pacheco, que é meu amigo pessoal; Davi Alcolumbre, até os próprios senadores do PT, Paulo Paim, João Humberto, converso com eles, como colegas. Todos atendem no telefone. Então assim, isso me basta. Agora, se teve um ressentimento, se tem uma mágoa? Não, não tem.
CORDELISTA POTIGUAR UNE BIOLOGIA E VERSOS EM DISCURSO DE FORMATURA
Um momento solene ganhou um toque especial de cultura nordestina e marcou uma cerimônia de colação de grau da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG). Ana Beatriz da Costa, agora formada em Ciências Biológicas, não só foi escolhida como oradora de sua turma, mas também surpreendeu a todos ao apresentar seu discurso de forma uma diferente: em cordel.
A inspiração para essa escolha vem de muito antes da universidade. Desde os 12 anos, Ana Beatriz teve contato com a literatura de cordel, e aos 15 anos começou a escrever suas próprias poesias. “O cordel sempre teve presente na minha vida, inclusive na universidade. Hoje eu já tenho mais de 10 cordéis publicados sobre vários temas: religião, educação, política. Desde que eu entrei na faculdade, eu consegui um projeto com a professora, que era de utilizar o cordel como forma de ensino para a própria biologia, onde a gente trabalhou usando animais da Caatinga com os alunos, que foram motivados a escrever um cordel sobre esses animais. Esse projeto foi inclusive o tema do meu TCC” , explica Ana Beatriz.
O discurso de formatura, 100% autoral, foi preparado com muita dedicação de quem sabe que a arte de declamar e rimar já faz parte de sua vida, mas Ana não esconde que teve receio de seu discurso não ser aceito por conta do formato. “Eu tinha receio de que o formato não fosse aceito, pois as regras falavam de um texto discursivo mais formal. Mas decidi arriscar e enviei meu cordel. A surpresa foi imensa quando a comissão aprovou”, conta a oradora.
O discurso foi uma verdadeira homenagem aos colegas de turma e à universidade, com versos que abordaram desde a importância do campus da faculdade até o convívio cotidiano entre os estudantes. “Comecei falando da UFCG, dei um destaque para o campus de CUTEC, que é o do meu curso, falei dos sete cursos, cada curso eu coloquei uma estrofe em homenagem, de forma meio que parafraseando, em um sentido motivacional, os cursos de farmácia, nutrição, enfermagem, química e física, matemática e biologia. Antes de chegar no final, falei um pouquinho sobre o nosso convívio [dos alunos], que é viver nas escadas, o compartilhamento de estudantes de biblioteca, o lanche, que é bem comum lá uma mulher que vem de frente que tem um barraquinho. Por fim, eu fechei trazendo uma mensagem motivacional”, relata Ana Beatriz.
A emoção tomou conta da cerimônia, com muitos professores e familiares visivelmente tocados pela sinceridade e sensibilidade do discurso. “Foi muito gratificante, primeiramente por ter sido escolhida, pensei que devido às regras o cordel não pudesse ser encaixado, mas o pessoal da comissão gostou bastante. Depois que eu terminei de declamar, muita gente aplaudindo, de certa forma, me tocou bastante, muitos professores, muitos pais ali presentes que choraram, porque eu consegui retratar um pouquinho da história. Então para mim foi muito gratificante poder, através do cordel, tocar um pouco as pessoas e ressignificar o quanto elas são importantes ali para o centro acadêmico, para as nossas vidas enquanto estudantes. Não só os professores, mas os familiares, funcionários, todo mundo que trabalha ali presente”, afirma Ana Beatriz.
A relação de Ana Beatriz com o cordel foi inspirada por professores e poetas locais, como Maria Gomes e Cláudio Faustino, em sua cidade natal, Currais Novos. “Esses poetas foram fundamentais para o meu crescimento na literatura de cordel. Eles me ajudaram a perceber a força e a beleza dessa arte”, revela.
O uso do cordel como ferramenta de ensino e expressão cultural está profundamente enraizado na vida de Ana Beatriz, e seu discurso de formatura não foi apenas uma forma de celebrar sua conquista acadêmica, mas também uma maneira de compartilhar a riqueza da cultura nordestina com todos os presentes.
Cordel: a voz da cultura popular nordestina
O cordel, uma forma vibrante de literatura popular, tem suas raízes fincadas na rica cultura do nordeste brasileiro. Originado no século XIX, esse gênero literário é caracterizado por folhetos impressos em papel e ilustrados com xilogravuras, que são vendidos em feiras e mercados. Os temas abordados variam desde histórias de amor e aventuras até críticas sociais e relatos históricos, sempre com uma linguagem acessível e envolvente.
Os poetas cordelistas, muitas vezes autodidatas, desempenham um papel crucial na preservação das tradições orais da região. Com suas rimas e métricas marcantes, eles conseguem cativar o público, levando a cultura nordestina a diferentes cantos do Brasil. Além disso, o cordel tem se modernizado, incorporando temas contemporâneos e utilizando novas mídias para alcançar um público ainda mais amplo.
Em 2018, o cordel ganhou reconhecimento considerado Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). Essa valorização destaca a importância do cordel como um meio de expressão cultural que ressoa com a identidade e as tradições do povo nordestino.
ÉRIKO AFIRMA QUE SÉRGIO FREIRE VAI SER A “PONTE NECESSÁRIA” ENTRE O EXECUTIVO E A CÂMARA
Nomes técnicos, com experiência e forte contribuição. Os primeiros nomes confirmados por Paulinho Freire para compor o secretariado a partir de primeiro de janeiro são unânimes entre vereadores da bancada do Governo na Câmara Municipal, que conversaram com o Diário do RN.
Os nomes foram apresentados em primeira mão por Paulinho Freire à reportagem, nesta quarta-feira (11). A permanência de Thiago Mesquita na Secretaria Municipal de Serviços Urbanos, e de Thiago Marreiros, na NatalPrev, foram ratificados pelo prefeito eleito, além do convite ao irmão de Paulinho, Sérgio Freire, que poderá assumir a chefia da Casa Civil.
“É um momento no qual o prefeito de Natal foi fazendo a transição para o próximo ano, uma gestão que ele vai aproveitar diversas pessoas ali do cenário, que já vêm trabalhando pelo desenvolvimento de Natal e, sem sombra de dúvida, ele acertou muito nesses dois nomes que vão dar a continuidade que a secretaria e Natal precisam”, afirma o presidente da Câmara Municipal de Natal, Ériko Jácome (PP), parceiro político de Álvaro e um dos articuladores do apoio do prefeito a Paulinho Freire.
O presidente contou que Sérgio Freire, por sua vez, foi um nome fundamental na campanha eleitoral. O perfil conciliador continuará a beneficiar Natal, caso aceite o convite para a chefia da Casa Civil, segundo Ériko. “É um amigo parceiro que vem tendo um respeito perante todo o colegiado, não só no período da campanha, em que foi um guerreiro, foi alguém que tentou unir a todos em volta de um projeto, mas também pelo seu potencial. Acredito que ele vai trabalhar muito para que lá na Casa Civil seja a ponte necessária para todo o Poder Legislativo conflitar os interesses do Poder Executivo, e quem vai ganhar vai ser Natal”, reafirma.
Sobre os outros nomes da equipe que devem ser anunciados até a última semana de dezembro, o presidente da Câmara afirma que Paulinho será o responsável por toda a escolha. “Prefiro esperar e aguardar. Até porque é algo de escolha própria do prefeito em exercício. Acredito que por ele ter sido seis vezes vereador, seis vezes presidente da Câmara, ele conhece os problemas da nossa cidade e vai escolher secretários que possam assumir uma pasta e desenvolver um excelente trabalho à frente de cada secretaria”, diz.
O líder do Governo na Câmara de Natal, Kleber Fernandes (Republicanos), afirma que tomou conhecimento dos primeiros nomes pela imprensa. “Mas, caso esses nomes se concretizem, acredito ser uma ótima escolha”, afirma Fernandes.
“Thiago Mesquita, atual secretário da Semurb, é muito experiente e deu forte contribuição na gestão do prefeito Álvaro Dias, com obras importantes para a cidade. Sérgio Freire também tem larga experiência. Advogado, já foi presidente da OAB e tem gabarito para contribuir com a nova gestão. Já Thiago Marreiros é um nome técnico que, caso seja confirmado, continuará realizando um bom trabalho à frente da NatalPrev”, complementa.
Quem analisa de forma semelhante é o vereador Luciano Nascimento (PSD). O parlamentar, que definiu pelo apoio a Paulinho Freire no 2º turno, após derrota de Carlos Eduardo (PSD), confia nas escolhas do prefeito eleito: “Ele acerta”, diz Nascimento.
“Thiago Marreiros é unânime, eu já vi até vereadores da oposição elogiando Thiago Marreiros. Ele fez um bom trabalho na presidência da Natal Prev”, observa.
O vereador relembra período em que divergiu do prefeito e de Thiago Mesquita em torno das discussões para a engorda de Ponta Negra. No entanto, lembra do diálogo que se abriu para novo posicionamento. “Thiago Mesquita fez um bom trabalho no plano diretor. Sobre a engorda de Ponta Negra, no final, está se comprovando que está sendo sucesso a obra, e está sendo aprovada pelos natalenses, está avançando e muito bonita. Ele é um grande técnico, responsável, está se confirmando o sucesso da obra”, conclui Luciano Nascimento.
De acordo com a opinião do vereador do PSD, o perfil cordial de Sérgio será fundamental no Gabinete Civil de Paulinho Freire. “É uma pessoa equilibrada, vem para ajudar. Tem um perfil cordial, de bom trato, de bom relacionamento, já foi presidente da OAB, antes disso. A chegada dele vai ser muito positiva”, opina Luciano.
Conforme reportagem divulgada nesta quinta-feira (12), o futuro prefeito contou ao Diário do RN que quer contar com o perfil moderador de Freire em seu gabinete.
Thiago Mesquita foi um dos nomes da linha de frente de Álvaro Dias na briga pela realização da engorda de Ponta Negra até o final de 2024. Além disso, foi coordenador técnico da Revisão do Plano Diretor de Natal. Já Thiago Marreiros é presidente do NatalPrev desde 2017 e foi um dos responsáveis pela mudança no regime de Previdência do município, aprovado em julho deste ano.
REVISÃO DE TAXAS DA VIGILÂNCIA SANITÁRIA É APROVADA NA CÂMARA
Os vereadores de Natal aprovaram em sessão ordinária nesta quinta-feira (12) o Projeto de Lei Complementar nº 17/2024, de autoria do Chefe do Poder Executivo Municipal para atualizar no Código Tributário do Município as taxas cobradas pela Vigilância Sanitária aos estabelecimentos. Além dessa, outras oito matérias receberam aprovação do Plenário.
A Taxa de Vigilância Sanitária será calculada com base na área construída ou ocupada do estabelecimento sujeito às ações do órgão, conforme o seu grupo de risco. “Foi feita justiça fiscal porque a legislação vigente tinha alguns desequilíbrios quando comparava um grande gerador com um pequeno gerador, por exemplo, um grande supermercado com uma quitanda, um hospital com uma clínica. Diante disso foi feito um ajuste para que se possa ter um equilíbrio dentro da atuação da vigilância sanitária”, explicou o vereador Raniere Barbosa (União), que presidiu a sessão.
Dentre as outras matérias aprovadas, destaque para proteção e direito das mulheres, como o PL nº 648/2024, do vereador Dickson Júnior (União), para garantir às mães com filhos autistas, ou tutor/curador legal, a prioridade nos programas habitacionais do município; e o PL nº 85/2020, da vereadora Ana Paula (MDB), que assegura as mulheres o pagamento da meia-entrada em eventos culturais, esportivos e de lazer, no dia 08 de março.
O Plenário também aprovou a criação do programa “Sala de Acolhimento”, proposto pelo vereador Dickson Júnior (União); os Programas “Casa Doméstica” e “Terceira Idade em Atividade”, de autorias do vereador Luciano Nascimento (PSD); além da denominação “Arié Santos de Souza” para o vestiário do Complexo Esportivo José Arlindo Xavier, no Bairro Nordeste , proposta da vereadora Camila Araújo (União); da concessão do título de cidadania natalense para o Senhor Claudio Lottenberg, proposto pela vereadora Ana Paula (MDB); e do reconhecimento de utilidade pública municipal para a Associação Madre Rosa – Assomar, de autoria da vereadora Nina Souza (União)
ÁLVARO DIAS AVALIA PRIMEIROS NOMES DO SECRETARIADO DE PAULINHO FREIRE
O prefeito de Natal, Álvaro Dias (Republicanos), avalia positivamente as três escolhas já confirmadas pelo futuro gestor da capital, Paulinho Freire (União Brasil), para compor o secretariado a partir de janeiro de 2025. “Excelentes nomes”, disse o prefeito ao Diário do RN nesta quinta-feira (12), sobre Thiago Mesquita, Thiago Marreiros e Sérgio Freire, nomes confirmados na quarta-feira (11), com exclusividade, ao Diário.
Mesquita será mantido na Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo (Semurb), Marreiros permanecerá à frente do Instituto de Previdência Social dos Servidores do Município de Natal (NatalPrev), e Freire recebeu o convite para assumir a Casa Civil.
Álvaro Dias afirmou que tem se mantido distante de Paulinho quanto às decisões pelos gestores das secretarias municipais, deixando o prefeito eleito selecionar livremente sua equipe, considerando o que julgar mais pertinente para a cidade neste momento. No entanto, ponderou que o aliado fez opções pertinentes.
“Thiago Mesquita e Thiago Marreiros são dois nomes excelentes, mas eu não tenho conversado com Paulinho sobre a formação do secretariado dele. Tenho deixado ele muito à vontade para ele escolher quem ele acha que melhor se adequa, que melhor atende aos anseios, às expectativas do povo natalense. Portanto, estou um pouco desatualizado”, disse.
Recebendo a notícia da confirmação também de Sérgio Freire como um novo nome para a equipe de gestão municipal, o prefeito declarou que também se trata de uma escolha acertada e congratulou Paulinho pelos convites. “Muito bons, excelentes nomes. Com certeza, vão dar uma grande contribuição à futura gestão aqui na nossa cidade. Parabéns”, disse.
Inauguração das obras do Largo do Atheneu
As declarações de Álvaro Dias foram dadas ao Diário do RN durante o evento de inauguração das obras do Largo do Atheneu, no bairro de Petrópolis. Localizada na Zona Leste de Natal, a região sofria com alagamentos em períodos de chuvas e agora recebeu um serviço de drenagem.
Segundo o gestor, o montante investido foi de aproximadamente R$ 8 milhões, e resultou no aumento da capacidade de escoamento e armazenamento do sistema de drenagem local. A obra foi finalizada com aplicação de piso intertravado e realização de serviços de sinalização horizontal, paisagismo, bicicletário, iluminação e mobiliário urbano.
“Durante o inverno, aqui a água batia no joelho, realmente trazendo desconforto, dificuldade para quem frequentava esse espaço. Agora, isso não mais existe”, disse o prefeito.
ROGÉRIO PEDE PELA RECUPERAÇÃO DE LULA E RECEBE ONDA DE ATAQUES NA NET
O senador Rogério Marinho (PL) se manifestou pedindo torcida pela rápida recuperação da saúde do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e recebeu mais de duas mil respostas com ataques e discursos de ódio contra si e contra Lula. A mensagem foi publicada nas redes sociais nesta quarta-feira (11), após a divulgação de que o chefe do Executivo Federal havia sido submetido a uma cirurgia devido a uma hemorragia intracraniana relacionada ao acidente domiciliar que sofreu no dia 19 de outubro.
“Hora de torcer para o pronto restabelecimento da saúde do Lula. Momento em que as diferenças políticas precisam ser deixadas de lado. O Brasil precisa reencontrar o caminho da política e da civilidade. Vamos em frente”, escreveu Marinho.
Nos comentários, quase a totalidade dos internautas que reagiram à mensagem teve comportamento oposto ao incentivado pelo parlamentar. Muitos disseram desejar a morte do presidente e houve até quem falasse que deixaria de seguir Rogério Marinho nas redes e que a notícia da enfermidade se trataria se uma mentira.
REAÇÕES
“Já está demorando a partir para o inferno. Que o Satanás leve, sem demora, sua criação”, “quero que ele reencontre sua falecida esposa”, “estou torcendo pela hemorragia, “não há um que aceite o seu conselho aqui”, “tudo fingimento, não teve queda, não tem hemorragia [sic], não tem internação, está se fazendo de vítima pela péssima gestão do país. E desejo a ele tudo o que a esquerda deseja a seus ‘adversarios’ [sic]” e “civilidade com petista? Desde quando?” foram alguns dos comentários.
Outros internautas, cobraram do líder da oposição no senado um “olhar pelos presos políticos de 8 de janeiro”. “Estou na torcida para que justiça seja feita. Liberdade para os injustiçados do 08/01”, “Torço pelos inocentes presos, ou exilados do dia 8, eles e suas famílias merecem nossas orações”
Entre os mais de 2.300 comentários, em poucos registros é possível encontrar apoios à atitude do senador. “Parabéns…essa é a direita verdadeira” e “parabéns pela postura. Não sou Bolsonarista e nem Petista. Sou Brasileiro e temos que saber diferenciar as coisas e pessoas. Cada um oferece aquilo que tem. Os comentários de alienação por partido é horrível [sic]. A pessoa desejar o mal ao outro independente de qualquer coisa. Só Jesus na vida dessa pessoa. Rezemos pelo Brasil e por pessoas assim” estão entre essas mensagens.
Flávio Bolsonaro incita o ódio
No mesmo dia, mais cedo, um dos filhos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o senador Flávio Bolsonaro (PL), fez uma publicação irônica incitando o ódio contra o presidente Lula. Replicando uma notícia de 2022, que mostra uma opinião do atual presidente sobre a facada sofrida por Jair Bolsonaro durante a corrida presidencial daquele ano – “Aquela facada pra mim tem uma coisa muito estranha”, diz Lula –, o parlamentar escreveu: “Primeiramente ‘Viva o SUS’! Comentários aqui, por favor”.
Estado de saúde de Lula
Lula passou por novo procedimento médico nesta quinta (12). Foi realizada uma embolização de artéria meníngea média, intervenção para minimizar o risco de que pequenas artérias da meninge voltem a sangrar. Segundo nota, a cirurgia já fazia “parte da programação terapêutica”.
O médico do presidente, Roberto Kalil Filho, afirmou que a operação “foi um sucesso”.
A cirurgia foi consequência de um acidente doméstico ocorrido em 19 de outubro, quando Lula caiu em um banheiro de casa e bateu com a cabeça. Desde então, ele estava sendo monitorado e não havia passado por intervenções.
Na última segunda (9), à noite, o presidente Lula sentiu dor de cabeça e, após exames realizados no hospital Sírio-Libanês de Brasília, foi levado à unidade de São Paulo. Durante a madrugada da terça (10), ele foi submetido a uma trepanação para drenar uma hemorragia intracraniana. Nesta quinta (12), então, foi feita uma embolização.