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RAFAEL RELEMBRA AGRESSÃO DE CARLOS A FÁTIMA: “PASSOU 4 ANOS DETONANDO O PT”

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Candidato ao Senado pelo PSB solta o verbo contra seus adversários e afirma que há espaço para crescer no campo progressista

Foto: reprodução

Enquanto a disputa para o Governo do Estado já parece ser “favas contadas”, com a liderança da professora Fátima Bezerra (PT) nas pesquisas e com os números mostrando que o pleito deve ser concluído sem a necessidade do 2º turno, o embate entre os candidatos ao Senado se delineia como mais acirrada, embora o candidato Carlos Eduardo (PDT) se mantenha na pole position desde que foi dada a largada.

O DIÁRIO DO RN abriu espaços para entrevistar os três mais bem posicionados candidatos ao Senado Federal, observando as últimas pesquisas eleitorais, a quem encaminhou questionamentos e nesta edição apresentamos os posicionamentos do deputado Rafael Motta (PSB), que tenta chegar à Câmara Alta.

Diário do RN – O que o fez abandonar a disputa pela renovação de seu mandato para tentar disputar a vaga de Senador?

Rafael Motta – O que nos fez abraçar a candidatura de senador foi o apelo das pessoas, em cada recanto do nosso Estado, a manifestação do sentimento de que nenhum dos dois os representa, o sentimento do “eles não”. Além disso, a leitura das pesquisas, já no ano passado e ainda as atuais, demonstram uma altíssima rejeição das duas candidaturas e um percentual alto de indecisos. Apesar de toda a estrutura de campanha, o eleitor potiguar está demonstrando de forma clara que não quer Rogério e nem Carlos. Fizeram de tudo para que eu desistisse, mas estamos firmes, caminhando por todo o Estado, honrando a esperança depositada na nossa candidatura e reafirmando nosso compromisso com o trabalhador, o aposentado e as pessoas mais humildes, nosso compromisso com o municipalismo, com um novo pacto federativo que destine de forma justa mais recursos para os municípios. Aliás, somos o único candidato que lançou uma série de compromissos, o chamado RN 2030. Não são oito meses, são oito anos que teremos uma pessoa no Senado e precisamos escolher bem. A história está aí para contar melhor quem é cada um, quem esteve ao lado do trabalhador, do aposentado, quem foi o algoz e quem disse que as reformas eram necessárias. Eu tenho um lado, uma história de coerência, que a população do Rio Grande do Norte conhece.

Diário do RN – Qual a estratégia que o senhor passará a adotar para crescer na preferência do eleitorado e reverter o quadro das pesquisas?

Rafael Motta – Temos visto pesquisas com números para todos os gostos. Analiso a rejeição – a nossa é sempre muito menor que a deles, e os indecisos. Rogério é candidato desde que assumiu o ministério e chegou ao teto do bolsonarismo no Rio Grande do Norte. Carlos tenta vestir a pele de cordeiro, mas todos sabem quem ele é verdadeiramente. Votou em Bolsonaro, passou quatro anos detonando o PT e o governo Fátima, dizia que não sabia nem o nome daquele que hoje é seu suplente, acusou a governadora de roubo, tem vários tuítes seus elogiando Rogério, tem várias declarações de- le elogiando as reformas trabalhista e da Previdência. O marketing de Carlos quer pintá-lo como um amigo do trabalhador, um progressista. Mas, na realidade, Carlos e Rogério representam a mesma coisa, a velha política, das conveniências. Nosso nome tem crescido nas pesquisas e entendo que isso está totalmente ligado à nossa história de coerência nas votações, na defesa do trabalhador e do aposentado, e ao fato de que nosso perfil é o oposto do deles.

Diário do RN – Carlos Eduardo não vota em Lula, mas recebe o apoio do PT, enquanto o seu partido, o PSB, tem o vice de Lula, mas o senhor não tem o apoio do PT. Como explicar essa situação ao eleitorado?

Rafael Motta – Carlos Eduardo é o retrato da política de conveniências, de quem usa a política como projeto pessoal. Tentou dar uma virada no discurso, mas a internet não esconde o verdadeiro Carlos. Esse acordão para o Senado não tem explicação possível a não ser esse jogo de conveniência do qual ele tão bem conhece. Ciro Gomes é o presidente de Carlos. Não tinha como ser diferente. Eles são do mesmo partido. Então, ele não declara o voto, não pede votos para Lula e, por outro lado, tem tentado se beneficiar do uso da imagem de Lula. Mas essa incoerência não passa despercebida. O eleitor potiguar está atento. O único candidato ao Senado que vota em Lula, que pede votos para Lula, que tem um histórico de alinhamento, de parceria com o PT e com o governo Fátima sou eu. Eu não tenho que explicar na- da. O meu partido, o PSB, está oficialmente na chapa do presidente Lula com o vice-presidente Geraldo Alckmin. Lula é o meu candidato, assim como Fátima é a minha candidata ao governo.

Diário do RN – Como o senhor vê esse movimento do chamado “voto útil”?

Rafael Motta – O discurso do voto útil surge para esconder o acordão feito em torno de Carlos Eduardo Alves e para inutilizar a escolha consciente do eleitor, beneficiando quem não tem nada a oferecer além de um discurso raso e oportunista. Não se combate o bolsonarismo com quem ajudou a eleger Bolsonaro. Carlos votou em Bolsonaro e passou os últimos anos dedicado a fazer uma oposição dura a Fátima Bezerra, enquanto nosso mandato esteve ao lado da governadora, sendo um parceiro, enviando recursos, sobretudo no momento mais difícil da gestão, que foi a pandemia. Temos muita margem de crescimento no campo progressista. Não existe essa história de ter que votar em fulano para deseleger cicrano. Isso é um argumento falacioso para que o eleitor não reflita a respeito e acabe abraçando um candidato exatamente igual ao que queria combater.

Diário do RN – Qual a sua visão para desenvolver o Rio Grande do Norte e qual será o seu papel como representante do Estado no Senado Federal?

Rafael Motta – Primeiro, é preciso que se diga que, em geral, vê-se o Senado como um lugar para políticos que pretendem se aposentar. Sou um jovem que pretendo representar o nosso Estado e os potiguares com a mesma energia e disposição que tenho demonstrado nos últimos anos, aproximando o mandato de senador dos municípios, com a mesma marca de estar sempre presente. Dito isto, preciso destacar que fomos o primeiro candidato que apresentou compromissos públicos, o RN 2030: nenhum direito a menos, parceria firme com o Governo do Estado, prefeituras e câmaras municipais, aten- ção à população vulnerável, cuidados com a saúde mental, iniciativas para a reindustrialização do Rio Grande do Norte, projetos sustentáveis e de impacto social, apoio irrestrito às leis de incentivo à cultura, comitê de inclusão e da diversidade, obras para a convivência com enchentes e secas, e atenção à causa animal. Estamos alinhados com o discurso que o presidente Lula tem feito de resgate dos direitos dos trabalhadores e de aprovação de um novo pacto federativo para que o Estado e os municípios tenham condições de tocar suas administrações sem estarem de pires na mão, na dependência de recursos federais.

Diário do RN – Qual a sua mensagem aos eleitores do Rio Grande do Norte?

Rafael Motta – É muito importante a gente ter a consciência do voto, analisar o histórico de todos os candidatos e quem tem uma história de coerência política. Principalmente do Senado que são oito anos. É o momento de o eleitor ver realmente quem tem coerência, quem pode representá-lo bem, quem tem o apelo de atender às suas expectativas. As pessoas conhecem nossa história. Sabem que quando fomos demandados, ficamos sempre do lado da população. Há oito anos circulando pelo Rio Grande do Norte, atendendo a população, sabendo e conhecendo as necessidades de cada município. Sou um jovem com experiência, trabalho em todos os municípios, coerência e lado.


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