O Ministério Público Eleitoral, que foi responsável pela deflagração da Operação Dízimo, que prendeu dois vereadores de Parnamirim, acusados de crime eleitoral e protagonizou ação de busca e apreensão na Câmara da cidade Trampolim da Vitória, se manifestou a respeito das decisões judiciais recentes, que proibiram a abertura dos malotes apreendidos e determinou sigilo total do conteúdo do material.
MP APREENDE DOCUMENTOS E JUSTIÇA NÃO PERMITE QUE VEJA E MANDA FECHAR MALOTES
De acordo com o MP, que se pronunciou pela Comunicação Social da instituição, “O Ministério Público Eleitoral não vê prejuízo às investigações na decisão liminar porque ela apenas suspende a abertura dos malotes, não anulando as investigações. Tanto que não irá, por hora, recorrer dela, preferindo aguardar o mérito.”
Realmente, a decisão judicial não anula as investigações, mas suspende a eficácia do material apreendido, o que pode dar no mesmo. A justiça também mandou fechar os malotes, o que significa que o conteúdo não poderá ser utilizado para eventual denúncia.
Quando o MP afirma que não vai recorrer da decisão liminar e aguardar o mérito, é demonstração de confiança de que a Justiça, em análise mais aprofundada, não vai corroborar com o sepultamento de um material que visa comprovar a prática de crimes cometidos a partir da análise técnica e pericial do material apreendido.
A decisão do juiz Daniel Cabral Mariz Maia beneficiou o presidente da Câmara, Wolney França e os vereadores Rhalessa de Clênio e Professor Ítalo. Ambos buscaram a proteção da Justiça para impedir que o Ministério Público tivesse acesso ao conteúdo do material apreendido.
O que muita gente em Parnamirim está se perguntando é o que teria de tão perigoso nesse material apreendido, que está provocando tanto medo nos vereadores investigados e no presidente da Câmara.