Por João Ricardo Correia, jornalista
Essa história de dividir, esses grupinhos, guetos, tribos torna o dia-a-dia chato. Viver tem ficado complicado demais. Não que deveria ser fácil, até porque sem as dificuldades não aprenderíamos nada, mas qual o motivo de tornar menos prazeroso esse dom que Deus nos dá, que é a vida?
De uns tempos para cá, rotula-se tudo e todos. Rotula-se e cria-se uma série de polêmicas, discussões. Perde-se tempo, situações são criadas que apenas dividem os seres humanos, tornando-os rivais, muitas vezes, somente pela cor de sua pele, sua preferência sexual, sua crença religiosa, preferência partidária.
Antes desse besteirol generalizado, o gordo, como o colunista aqui, nem ligava – e continuo não ligando – em receber um apelido por causa dessa característica física. Depois, fiquei quase careca. E daí? Estudei com alguns pretos, os “negões” da turma. E por aí vai. Era tudo resolvido ali mesmo, numa boa, na brincadeira, sem consequências drásticas. Ninguém ficou complexado.
Hoje, não. É uma chatice medonha. O politicamente correto é um troço inconsequente, um sabe tudo que vomita suas opiniões querendo que virem verdade absoluta e sejam seguidas por todos. É aí que mora o perigo.
Ao invés dessas divisões, deveríamos defender o respeito a todos, de maneira igualitária, sem essa de criar as minorias, as vítimas da sociedade, os tadinhos e tadinhas, as cotas nas universidades. A luta é outra! Paremos com esses radicalismos por questões que nem deveriam existir; pelo bem da sociedade, pela melhoria da condição de vida.
Essas frações de seres humanos que se enfrentam são frutos de quem deseja exatamente isso, o enfraquecimento social, o desmonte das famílias. Na hora que a maioria briga, os que têm o Estado sob seu
controle comemoram e continuam nos patamares mais altos.
Cresçamos! Somos todos iguais na essência, na origem. Ou algum superdotado de uma dessas minorias nasceu diferente? Só se for filho de chocadeira! Somos gerados da mesma forma, teremos o mesmo fim, viraremos um corpo frio, essa é a única certeza que temos. Devemos nos unir, agregar, sermos fortes
por dias melhores para nossos descendentes, por quem amamos.
Se continuarmos entrando nesse joguinho de esquerda e direita, de ver defeito em todos, de querer imprimir no outro o que apenas nós achamos o que é correto, a turma lá de cima, que briga apenas aparentemente e vive juntinha nos bastidores, prologará suas gargalhadas e atitudes, zombando de nós.
E, caro leitor, cara leitora, se você não concordar com nada que está escrito aqui, respeito sua opinião e agradeço por acompanhar meu trabalho. Continuo gordo, careca, chato, não gosto de bandidos e não me vejo em nenhuma tribo. Ah, acredito em Deus e peço que Ele nos conceda um fim de semana em paz.