“Parecem sofrer de amnésia seletiva política”, desabafou o líder do governo na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte, deputado estadual Francisco do PT, sobre as últimas críticas ditas por deputados de oposição, incluindo o veterano José Dias (PSDB), que afirmou na última quinta-feira (18) ao Agora RN que a responsabilidade sobre a crescente violência no Estado é da governadora Fátima Bezerra (PT), por ela “proteger bandido”. Para o parlamentar, os ataques tendem a se intensificar conforme as eleições 2022 se aproximam.
“Parecem sofrer de amnésia seletiva política, esquecem o passado recente e suas consequências nefastas. Sem projetos para o RN e inconformados com o fato de uma professora, de origem popular, estar consertando os estragos causados por governos apoiados por parte deles ao longo dos anos, especialmente os dois últimos, não lhes restam alternativa a não ser se revezarem em ataques para tentar fazer os potiguares esquecerem a tragédia que o Estado vivia em todas as áreas até dezembro de 2018”, afirmou Francisco.
O deputado explicou que, sobre a segurança pública, as ações do governo Fátima estão aí para quem quiser comparar com governos passados, a exemplo de concursos para recompor o efetivo das forças de segurança, investimentos em equipamentos, promoção de policiais e outras ações. “Esses setores que tentam a todo custo desconstruir os avanços de reconstrução do nosso Estado deveriam mesmo é fazer uma mea culpa e pedir desculpas ao povo pelos caos em que mergulharam nosso Estado. Mas enfim, é a proximidade da eleição e o desejo de voltarem ao governo de qualquer jeito”, falou.
Para a deputada estadual Isolda Dantas, a fala de Dias em relação à governadora e sua gestão à frente do Rio Grande do Norte foi desrespeitosa e injusta. “José Dias esconde que foi no governo em que ele era aliado, de Robinson Faria, que o RN foi considerado o estado mais violento do Brasil, com mais de 2,4 mil homicídios ao ano. Nesse mesmo governo, os policiais militares chegaram a paralisar suas atividades por falta de pagamento”, desabafou.
Para a parlamentar, o veterano parlamentar se esqueceu que o governo Fátima Bezerra contratou mil policiais militares, aumentando o efetivo da tropa depois de dez anos sem novas contratações, e que organizou também o concurso para incremento necessário à Polícia Civil. “A governadora tem sido muito responsável com a segurança pública do Estado, fazendo o possível para reduzir os crimes. As estatísticas também mostram uma redução em assaltos a ônibus e homicídios em todo o Estado”, afirmou.
Cel. Araújo diz que responde com trabalho
Chamado de “bode expiatório” pelo deputado estadual José Dias, o secretário de Estado da Segurança Pública, Coronel Francisco Araújo, disse que recusa fazer qualquer tipo de comentário na área política, apenas no administrativo, pois é neste setor que as coisas se resolvem. E que a resposta que o governo estadual dá às críticas dos parlamentares é com seu trabalho à frente da pasta, onde tem conseguido reduzir significativamente os números de mortes violentas, bem como ações criminosas em todas as regiões do Estado.
“O Rio Grande do Norte está entre os 16 estados brasileiros que conseguiram reduzir os números de violência, como assaltos a pessoas e a ônibus, latrocínios e ações conhecidas como ‘novo cangaço’. Sobre os últimos casos, estamos trabalhando desde as primeiras horas após os crimes, para identificar, localizar e prender os responsáveis. A Segurança vem fazendo todo um trabalho de integração das forças policiais e planejamento de uso destas em todo o Estado. E daremos uma resposta aos anseios da sociedade”, afirmou.
O secretário citou os dados divulgados esta semana pela pasta, que mostram redução de 43,5% do número de mortes violentas no mês de outubro, em relação a outubro de 2020. Conforme a Coordenadoria de Informações Estatísticas e Análises Criminais (Coine), foram notificados 86 crimes violentos letais e intencionais no mês passado, ou seja, 66 menos que no mesmo período de 2020, que registrou 152 casos. “Se fizermos um comparativo dos mil dias do atual governo com o anterior, temos uma redução de 1,7 mil mortes no nosso estado. Um dado técnico e real”, explicou.
Por Agora RN