O resultado da votação do nome de André Mendonça para o Supremo Tribunal Federal no plenário do Senado é considerado imprevisível tanto para apoiadores quando para os opositores da candidatura dele à corte.
Em uma última contabilidade, revelada no jantar que ofereceram em apoio ao ex-advogado-geral da União, parlamentares da bancada evangélica diziam que ele tem o voto de 43 do total de 81 senadores –ou apenas dois a mais do que o mínimo necessário para ter a indicação sacramentada.
Os líderes religiosos seguem, portanto, mobilizados para tentar angariar mais votos, garantindo uma aprovação por margem segura.
Já os senadores de oposição ao presidente Jair Bolsonaro, que indicou Mendonça para a corte, contabilizam 49 votos contrários a ele.
A situação é considerada indefinida já que não é incomum uma virada de grande número de votos até mesmo minutos antes do placar.
Antes de ir a plenário, no entanto, Mendonça precisa ser sabatinado na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado.
O presidente do colegiado, Davi Alcolumbre, até agora resistiu em marcar uma data para que ela ocorra. Nesta semana, no entanto, já sinalizou que deve finalmente agendar o debate.
Por Painel/Folhapress