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BOLSONARO DIZ SER CONTRA CARNAVAL EM 2022 E QUE RESPONSABILIDADE É DE PREFEITOS E GOVERNADORES

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O presidente Jair Bolsonaro é contra a realização do Carnaval em 2022. A declaração do presidente foi dada durante entrevista concedida à Rádio Sociedade, da Bahia, nesta quinta-feira (25). O presidente disse temer uma nova onda de casos e acusou prefeitos e governadores de terem ignorado o risco da doença no início de 2020.

Na entrevista, Bolsonaro disse que em fevereiro do ano passado, quando “estava engatinhando a questão da pandemia”, ele decretou emergência e, segundo ele, os prefeitos e governadores ignoraram. Porém, a portaria editada em fevereiro pelo Governo Federal teve como objetivo repatriar brasileiros na China, na época o epicentro da Covid-19. O documento não recomendava a suspensão ou cancelamento das festividades. Não havia casos confirmados de Covid-19 no país, no início de fevereiro, e o governo enviou ao Congresso projeto de lei que, aprovado em 6 de fevereiro, se tornou a lei e também não citava o cancelamentos de eventos com aglomerações.

Na entrevista, Bolsonaro argumentou que decisões do Supremo Tribunal Federal dão a estados e municípios autonomia sobre restrições na pandemia. “Por mim, não teria Carnaval. Só que tem um detalhe: quem decide não sou eu. Segundo o Supremo Tribunal Federal, quem decide são os governadores e os prefeitos. Não quero aprofundar nessa que poderia ser uma nova polêmica”, disse o presidente. 
“As consequências vieram. Chegamos a 600 mil óbitos. E alguns tentaram imputar a mim essa responsabilidade. Não tenho culpa disso. Não estou esquivando, nem apontando outras pessoas. É uma realidade, é uma verdade. Todo o trabalho de combate à pandemia coube aos prefeitos e aos governadores. O que coube a mim? Mandar recursos”, disse Bolsonaro.

Na entrevista, o presidente disse que teme que uma retomada de casos no país tragam novas restrições. “Estou vendo que alguns países da Europa estão retomando medidas de lockdown. Se tiver outro lockdown no Brasil, em estados e municípios, vai quebrar de vez a economia”, disse Bolsonaro, voltando a afirmar que os mais idosos e com comorbidades são os maiores acometidos pela doença.

Imunidade

Ainda na entrevista, Bolsonaro voltou a falar que a imunidade adquirida pelas pessoas que já tiveram a covid tem efeito mais prolongado do que as vacinas. “Em média seis meses após a pessoa tomar a vacina, ela não tem mais a imunidade. E já quem foi contaminado, ela tem essa imunidade por muito mais tempo e isso está comprovado. É o meu caso. Tomei aquele remédio para combater a malária, aquele para combater piolho e me dei bem, estou bem”. 

Ao contrário do que disse o presidente, não há comprovação sobre prazo de imunidade de vacinas e tampouco sobre imunidade adquirida após a contaminação pelo coronavírus. Além disso, está comprovado que os medicamentos aos quais o presidente se referiu não têm nenhuma eficácia contra a covid-19.

CPI

Ainda na entrevista, Bolsonaro voltou a citar a investigação sobre a compra de respiradores pelo Consórcio Nordeste à Hempcare, que causou prejuízo de quase R$ 49 milhões aos cofres dos estados do Nordeste. O presidente se referiu à CPI da Assembleia do Rio Grande do Norte como a única que está investigando o caso.

“O Governo da Bahia deve explicar para onde foram os R$ 49 milhões do Consórcio que comandava e que o senhor Carlos Gabas sumiu com o dinheiro e nenhum respirador foi entregue. Nada foi apurado na CPI de Brasília e está sendo apurado lá na CPI do Rio Grande do Norte”, disse Bolsonaro, referindo-se ao secretário-executivo do Consórcio Nordeste, Carlos Gabas.
Carlos Gabas é investigado pela CPI e ficou em silêncio no depoimento na Assembleia Legislativa.

Com informações da Tribuna do Norte


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