O grupo de prefeitos e vice-prefeitos brasileiros que viajaram a Tel Aviv a convite de Israel no domingo (8), e que foram surpreendidos pelos ataques do país ao Irã deve ser escoltado nesta segunda (16) até a Jordânia para sair do país em segurança.
Com a represália do Irã, que passou a bombardear cidades como Tel Aviv e Jerusalém, as autoridades brasileiras foram levadas para um bunker.
O Itamaraty não confirma a informação e diz que qualquer detalhe de um eventual deslocamento do grupo só poderá ser publicizado depois que ele for concretizado.
A escolta dos brasileiros será feita por militares de Israel, os únicos que podem garantir a chegada do grupo à fronteira.
De acordo com integrantes da diplomacia brasileira, o governo Lula ficou de mãos atadas para uma solução mais simples, como enviar uma aeronave para resgatar as autoridades que estavam em Tel Aviv, já que o espaço aéreo de Israel foi fechado e os deslocamentos por terra, desaconselhados por Israel.
As duas comitivas de brasileiros que viajaram a Israel além dos prefeitos, representantes dos governos do Centro-Oeste também foram para lá precisaram se abrigar em bunkers durante o ataque de Tel Aviv ao Irã, seguido pela ameaça de drones do país persa e ataques a alvos israelenses.
Uma das delegações é formada por prefeitos e outros representantes municipais.
O grupo viajou para ter encontros sobre tecnologia na área de segurança pública. Eles estão em Kfar Saba, no entorno de Te Aviv, hospedados em hotel localizado em um campus universitário, e receberam ordens para ir ao abrigo: a primeira durante o ataque de Israel ao Irã, a segunda no lançamento dos drones ao território de Israel.
Os prefeitos de Belo Horizonte, Álvaro Damião (União Brasil), e João Pessoa, Cícero Lucena (PP), além do secretário municipal de Planejamento de Natal, Vagner Araújo, estão na comitiva. Lucena calcula haver 50 brasileiros nas duas delegações.
No Dia Mundial do Doador de Sangue, lembrado neste sábado (14), a Organização Mundial da Saúde (OMS) destacou que uma única doação de sangue é capaz de ajudar a salvar até três vidas.
“A generosidade dos doadores salva vidas, fortalece comunidades e personifica o espírito de solidariedade. É um dia para agradecer, mas também para destacar a necessidade contínua e urgente de doações de sangue seguras e regulares”.
Para a entidade, o acesso a sangue e produtos sanguíneos seguros é considerado essencial para uma cobertura universal de saúde, além de figurar como um componente essencial de sistemas de saúde eficazes.
“Governos e entidades parceiras devem investir em programas nacionais de sangue fortes de forma a garantir acesso universal a transfusões de sangue seguras”, reforçou a OMS.
Os objetivos da campanha, este ano, incluem:
conscientizar o público sobre a necessidade crítica de doações de sangue e de plasma e sobre o impacto que essas doações têm na vida dos pacientes;
incentivar doadores novos e já existentes a doar sangue regularmente, ajudando a garantir um suprimento de sangue estável e suficiente;
destacar o impacto positivo dos doadores de sangue na saúde e no bem-estar de outras pessoas e promover valores como solidariedade e compaixão por meio da doação de sangue;
mobilizar o apoio de governos e parceiros de desenvolvimento para investir e sustentar programas nacionais de doação de sangue, a fim de alcançar o acesso universal à transfusão de sangue segura em todo o mundo.
“Qualquer pessoa, em qualquer lugar, que precise de uma transfusão deve ter acesso oportuno a sangue seguro. No entanto, em muitos casos, especialmente em emergências ou quando sistemas de doação ainda estão em desenvolvimento, a demanda frequentemente supera a oferta”, alertou a OMS.
O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, conversou neste sábado (14) com o ministro das Relações Exteriores da Jordânia, Ayman Safadi, para abrir uma rota de retirada das comitivas de políticos brasileiros em Israel após o início dos conflitos com o Irã.
Na sexta-feira (13), o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, havia informado, por meio das redes sociais, que a Câmara está atenta para garantir a segurança e o retorno das autoridades que estão em Israel . Entre os políticos nos bunkers subterrâneos, estão o secretário municipal de Planejamento de Natal, Vagner Araújo; o prefeito de Belo Horizonte, Álvaro Damião (União Brasil); e de João Pessoa, Cícero Lucena (Progressistas).
Em nota, o Itamaraty afirmou que tenta uma viagem das autoridades estaduais e municipais por terra até a fronteira com a Jordânia, assim que as condições de segurança em Israel permitirem.
“O ministro das Relações Exteriores manteve contato hoje [sábado] com seu homólogo da Jordânia, com o objetivo de abrir uma alternativa de evacuação por aquele país, quando as condições de segurança em Israel permitam um deslocamento por terra até a fronteira”, informou o Itamaraty em comunicado.
Segundo a pasta, o governo brasileiro tomou conhecimento da presença de duas comitivas de autoridades estaduais e municipais brasileiras em Israel, a convite do governo do país. O comunicado ressalta que as operações do aeroporto Internacional de Tel Aviv estão suspensas desde o início dos bombardeios como uma das consequências da crise, por causa da interdição do espaço aéreo em Israel, no Iraque e no Irã.
O Itamaraty também confirmou conversas com diplomatas israelenses. Segundo o ministério, a embaixada do Brasil em Tel Aviv está em contato com as delegações de políticos brasileiros, e o Ministério das Relações Exteriores contatou o Ministério de Relações Exteriores de Israel para que duas comitivas tenham garantias de segurança e possam retornar ao Brasil assim que as condições naquele país permitirem.
“O secretário de África e Oriente Médio manteve contato telefônico com seu homólogo da chancelaria israelense, ocasião em que pediu tratamento prioritário à saída em segurança das delegações brasileiras. Até o momento, autoridades israelenses têm aconselhado as comitivas estrangeiras a permanecerem no país, até que as condições permitam qualquer deslocamento desses grupos por via aérea ou terrestre”, destacou o comunicado.
Feira de segurança
As comitivas de políticos brasileiros estavam participando de uma feira de tecnologia e segurança em Israel quando foram surpreendidas pelo início do conflito entre o país e o Irã. As delegações estaduais e municipais estão abrigadas em bunkers subterrâneos para escapar das bombas e dos drones vindos do Irã.
O Congresso Nacional promove nesta semana o 11º Fórum Parlamentar do Brics com a participação de aproximadamente 150 deputados ou senadores de 15 nações. Além de parlamentares dos 11 membros permanentes do bloco, como Índia, China, Rússia, África do Sul, Irã e Indonésia, o encontro conta com delegações de países parceiros, como Cuba, Bolívia, Nigéria, Cazaquistão e Belarus.
Entre terça-feira (3) e quinta-feira (5), o parlamento brasileiro será palco de debates internacionais sobre iniciativas legislativas na área de regulação da Inteligência Artificial (IA), saúde global, crise climática, desenvolvimento econômico, reforma na governança mundial para paz e segurança e sobre a participação das mulheres nos diversos temas.
O fórum tem início com reunião de mulheres parlamentares do Brics, na terça-feira (2), para discutir a participação feminina na era digital, no enfrentamento da crise climática e como agentes e beneficiárias de financiamentos.
Ainda na terça-feira, ocorre o encontro de presidentes das Comissões de Relações Exteriores dos parlamentos do Brics, com debates sobre fortalecimento do comércio entre os países do bloco, promoção de investimentos e transferência de tecnologia para o desenvolvimento sustentável e de instrumentos financeiros para o bloco.
As delegações do Brics chegam nesta quarta-feira (4) para a solenidade de abertura oficial do evento e foto oficial. A programação completa pode ser conferida aqui.
Fórum Parlamentar Brics
O Brasil preside o Brics em 2025 em meio à expansão do bloco que reúne as principais economias emergentes do planeta. Inicialmente formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, a coalização de países incluiu, no ano passado, como membros permanentes o Irã, a Arábia Saudita, o Egito, a Etiópia e o Emirados Árabes Unidos.
Neste ano, foi a vez da Indonésia ser incluída como membro permanente. Além disso, em 2025, foi inaugurada a modalidade de membros parceiros, com a inclusão de nove países: Belarus, Bolívia, Cuba, Cazaquistão, Malásia, Nigéria, Tailândia, Uganda e Uzbequistão.
O Fórum Parlamentar do Brics começou em 2011, por iniciativa do Brasil, para reunir parlamentares com objetivo de alinhar iniciativas legislativas comuns e de interesses dos países membros.
Com 40% da população mundial e somando 37% de economia do planeta, o Brics articula, entre suas demandas, a defesa de uma reforma na governança global, com ampliação da representação dos países da Ásia, África e América Latina em órgãos como o Conselho de Segurança da ONU, a Organização Mundial do Comércio (CMO) e instituições financeiras como Banco Mundial e Fundo Monetário Internacional (FMI).
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse neste domingo (27) que o líder russo, Vladimir Putin, “ficou completamente louco” e que ele “não está feliz com o que Putin está fazendo” depois que Moscou lançou o maior ataque aéreo em três anos de guerra contra a Ucrânia.
“Sempre tive um ótimo relacionamento com Vladimir Putin, da Rússia, mas algo aconteceu com ele. Ele ficou completamente LOUCO! Ele está matando muita gente desnecessariamente, e não estou falando apenas de soldados. Mísseis e drones estão sendo disparados contra cidades na Ucrânia, sem motivo algum”. Donald Trump, presidente dos EUA, em publicação no Truth Social
O post foi feito horas depois de Trump dizer a repórteres: “Não estou satisfeito com o que Putin está fazendo. Ele está matando muita gente, e não sei o que aconteceu com Putin”.
O presidente americano, em sua postagem, voltou a fazer críticas ao presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, que disse na manhã de domingo que “o silêncio da América” encoraja Putin a continuar seu ataque.
“Da mesma forma, o presidente Zelensky não está fazendo nenhum favor ao seu país ao falar do jeito que fala”, escreveu Trump.
“Tudo o que sai da boca dele causa problemas, eu não gosto disso e é melhor parar”, completou.
Pelo menos 12 pessoas foram mortas nos ataques na Ucrânia, incluindo crianças, disseram autoridades, e dezenas de outras pessoas ficaram feridas.
A Rússia vem intensificando seus bombardeios aéreos na Ucrânia à medida que aumenta a pressão internacional para que Putin aceite a proposta de cessar-fogo.
“O mundo pode sair de férias, mas a guerra continua, apesar dos fins de semana e dos dias úteis. Isso não pode ser ignorado. O silêncio dos Estados Unidos e de outros países no mundo só encoraja Putin”, disse Zelensky na manhã de domingo.
Trump também disse a repórteres no domingo que está “absolutamente” considerando sanções adicionais contra a Rússia, algo que Zelensky tem defendido.
O presidente dos EUA disse anteriormente que não adotaria nenhuma nova sanção porque acreditava que “havia uma chance” de progresso, mas observou que poderia mudar.
Trump disse que ficou “muito surpreso” com o ataque aéreo, embora apenas uma semana atrás a Rússia tenha lançado seu maior ataque de drones contra a Ucrânia — um dia antes de Putin e Trump falarem ao telefone.
“Estamos conversando, e ele está disparando foguetes contra Kiev e outras cidades”, disse Trump a repórteres em Nova Jersey, a caminho de Washington.
Trump, que frequentemente afirma ter um bom relacionamento com Putin, conversou com o líder russo na segunda-feira (19), numa tentativa de negociar um cessar-fogo de 30 dias entre a Rússia e a Ucrânia.
Após a ligação com Putin e ligações subsequentes com Zelensky e outros aliados europeus, Trump anunciou que “Rússia e Ucrânia iniciarão imediatamente negociações para um cessar-fogo e, mais importante, um FIM para a guerra”.
Trump acrescentou que as condições “serão negociadas entre as duas partes, como só pode ser, porque elas conhecem detalhes de uma negociação dos quais ninguém mais teria conhecimento”.
O vice-presidente da República, Geraldo Alckmin (PSB), entregou ao papa Leão XIV uma carta convidando o pontífice a participar da COP30, que será realizada em novembro, em Belém (PA).
A entrega foi feita pessoalmente durante visita de Alckmin ao Vaticano, onde ele participou da missa que celebra o início do pontificado de Leão XIV. A carta é assinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
O governo federal enviou uma comitiva para prestigiar a primeira missa do novo pontífice. Além do vice-presidente Geraldo Alckmin, participaram da celebração a vice-primeira-dama, Lu Alckmin, e o embaixador do Brasil no Vaticano, Everton Vieira Vargas.
Conhecido, dentro e fora do governo, por sua devoção ao catolicismo, o vice-presidente Alckmin beijou a mão do papa ao entregar convite ao pontífice. O papa já esteve no Brasil em outras ocasiões.
“Quero destacar a honra de representar o povo brasileiro no início do pontificado do papa Leão XIV. Trazer os cumprimentos do presidente Lula ao chefe de Estado do Vaticano e do líder espiritual da Igreja Católica Apostólica Romana. E trouxe o convite do presidente Lula para o papa Leão XIV visitar o Brasil, especialmente na COP30, em novembro, em Belém. E principalmente dizer da esperança que é o novo pontificado. Ao semear a paz, o papa Leão XIV enche o mundo de esperança”, disse Alckmin em vídeo publicado nas suas redes sociais.
A missa contou com a presença de diversas autoridades internacionais. O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, e o vice-presidente dos Estados Unidos, JD Vance, participaram da celebração.
Veja a lista dos principais nomes
Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky;
Vice-presidente dos EUA, JD Vance;
Vice-presidente do Brasil, Geraldo Alckmin;
Primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni;
Presidente do Peru, Dina Boluarte;
Primeiro-ministro da Alemanha, Friedrich Merz;
Presidente da Colômbia, Gustavo Petro;
Presidente do Equador, Daniel Noboa;
Presidente de Israel, Isaac Herzog;
Presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Layen;
O presidente do LIDE RN e fundador do Fórum Negócios, Jean Valério, está em Nova York participando de uma missão empresarial intensa durante a Brazilian Week — evento que transforma a cidade no principal palco internacional para debates sobre o futuro do Brasil nos cenários econômico e político globais.
A agenda reúne líderes empresariais, autoridades e investidores que enxergam o Brasil como um país estratégico em setores como energia, agronegócio, turismo, infraestrutura e real estate.
Jean Valério integra as ações promovidas pelo LIDE Global, BTG Pactual, GRI Club e outras entidades brasileiras que atuam na articulação de negócios e na atração de investimentos. Ele também representa projetos do Nordeste, em especial do Rio Grande do Norte, em busca de conexões e parcerias — com destaque para um projeto de expansão no setor imobiliário regional, além de pautas ligadas à energia limpa, produção de pescado, mineração e turismo.
Durante a semana, Jean participa de eventos estratégicos como o GRI Real Estate 2025 e o TechDay New York BTG, além de visitas técnicas a ativos de referência, como o prédio The Spiral e o escritório da BlackRock, maior gestora de ativos do mundo.
Na noite de segunda-feira (12), o fundador do Fórum Negócios esteve presente em um happy hour exclusivo promovido pela Oriz Investimentos, estreitando o diálogo com fundos e executivos internacionais.
“O Brasil possui vantagens competitivas em setores como mineração, agronegócio, turismo, real estate e energia. O momento é propício para buscarmos um melhor posicionamento no mercado global. A Brazilian Week é mais do que uma vitrine para o nosso país — é uma oportunidade real de sentar à mesa com quem decide, compreender tendências globais e abrir caminhos para que o Brasil — e o Nordeste — estejam conectados aos grandes centros de influência econômica”, destaca Jean Valério.
A presença do LIDE RN e do Fórum Negócios na capital financeira do mundo, pelo terceiro ano consecutivo, reforça o compromisso de gerar conexões de valor, representar o empreendedorismo brasileiro e posicionar o país — em especial o Nordeste — como parceiro estratégico em áreas-chave do desenvolvimento.
“Aqui em Nova York, represento todo o nosso ecossistema e todas as empresas que caminham conosco — seja no LIDE, seja no Fórum Negócios.”, concluiu Jean.
O Papa Leão XIV fez, neste sábado (10), a primeira reunião com os cardeais no Vaticano. O pontífice homenageou o papa Francisco e sinalizou que continuará com as reformas feitas pelo antecessor.
Leão XIV pediu aos cardeais que adotem esse “precioso legado” e permaneçam no mesmo caminho.
Ele pediu também continuidade nas reformas da Igreja Católica criadas no Concílio Vaticano II, na década de 1960, que foram atualizadas magistralmente por Francisco. Entre elas: retorno ao primado de Cristo, conversão missionária da comunidade cristã, cuidado amoroso com marginalizados e excluídos, além de diálogo corajoso e confiante com o mundo contemporâneo em suas diferentes realidades.
Leão XIV explicou ainda que escolheu esse nome porque, hoje, a Igreja responde a outra nova revolução industrial e aos desenvolvimentos da inteligência artificial, que trazem novos desafios para a defesa da dignidade humana, da justiça e do trabalho.
Cardeais brasileiros, que estão em Roma, participaram do encontro.
A missa de posse do Papa Leão XIV está marcada para o dia 18 de maio. Neste sábado (10), o presidente Lula disse que deve ser representado na cerimônia pelo vice, Geraldo Alckmin.
O motivo da ausência é a preparação para a visita que o presidente fará à França, no início de junho.
Índia e Paquistão concordaram com um cessar-fogo “completo e imediato” neste sábado (10). Uma nova reunião vai ocorrer na segunda (12).
Representantes dos dois países confirmaram a informação, que foi divulgada inicialmente pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
“O Paquistão sempre lutou pela paz e segurança na região, sem comprometer sua soberania e integridade territorial”, escreveu o ministro das relações exteriores do país, Ishaq Dar, em uma postagem no X. O espaço aéreo do território foi reaberto nesta manhã.
Trump parabenizou as duas nações pela decisão.
“Após uma longa noite de negociações mediadas pelos Estados Unidos, tenho o prazer de anunciar que a Índia e o Paquistão concordaram com um CESSAR-FOGO COMPLETO E IMEDIATO. Parabéns a ambos os países por usarem o bom senso e grande inteligência,” disse Trump, em uma postagem no Truth Social.
Os dois países viveram uma escalada de tensão na última semana e protagonizaram os confrontos mais violentos em 20 anos entre as potências nucleares vizinhas.
A tensão explodiu em 22 de abril, com um atentado na cidade turística de Pahalgam, na parte da Caxemira administrada pela Índia— 26 pessoas morreram, a maioria, hindus.
Veja os últimos desdobramentos:
Na sexta-feira (9), a Índia prosseguiu com os ataques contra o Paquistão, na fronteira da disputada região da Caxemira. Segundo as autoridades paquistanesas, cinco civis morreram e outros 29 ficaram feridos após um bombardeio indiano.
Os balanços mais recentes divulgados pelas duas partes apontam que as hostilidades provocaram pelo menos 49 mortes de civis — 36 do lado paquistanês e 13 do lado indiano.
No mesmo dia, o exército indiano informou que o Paquistão atacou a região com bombas e drones.
Entenda o conflito
A região de maioria muçulmana está dividida entre os dois países desde a independência do Reino Unido, em 1947, e é cenário de um movimento de insurgência que pede a independência ou anexação ao Paquistão.
A Índia acusa o Paquistão de apoiar grupos insurgentes e vincula o ataque do dia 22 de abril ao grupo jihadista Lashkar-e-Taiba (LeT), radicado no país e designado como terrorista pela ONU.
Na última quarta-feira, o Exército indiano anunciou que havia destruído nove “acampamentos terroristas” no Paquistão, com “ataques aéreos de precisão” na Caxemira e na região fronteiriça de Punjab, onde moram mais da metade dos 240 milhões de habitantes do país vizinho.
Pouco depois dos bombardeios, os exércitos iniciaram um fogo cruzado ao longo da fronteira na Caxemira que, segundo as Forças Armadas indianas, prosseguiu até sexta (9).
“O exército paquistanês efetuou disparos não provocados com armas pequenas e artilharia, aos quais o exército indiano respondeu de forma proporcional”, afirma um comunicado militar de Nova Déli.
“Vamos vingar até a última gota de sangue dos mártires”, prometeu, na noite desta quarta-feira, o primeiro-ministro paquistanês, Shehbaz Sharif.
As Forças Armadas do Paquistão reivindicaram na véspera a derrubada de cinco caças de combate indianos na parte da Caxemira administrada por Nova Délhi.
As autoridades indianas não confirmaram oficialmente as perdas, mas uma fonte das forças de segurança, que pediu anonimato, informou à AFP que três aviões militares caíram em seu território.
O bombardeio mais letal da aviação indiana atingiu um centro de estudos islâmico perto da cidade de Bahawalpur, na região de Punjab. Segundo o exército paquistanês, 13 pessoas morreram no local.
Pedidos de moderação
Índia e Paquistão já travaram diversas guerras desde a divisão e independência dos domínios britânicos no subcontinente indiano.
Após essa escalada no conflito entre os dois países, Estados Unidos, União Europeia, Rússia, Reino Unido e França fizeram apelos por moderação.
“Quero que as hostilidades parem”, havia declarado Trump, na última semana.
“O mundo não pode se permitir um confronto militar entre Índia e Paquistão”, alertou Stéphane Dujarric, porta-voz do secretário-geral da ONU, António Guterres.
O secretário britânico de Comércio, Jonathan Reynolds, ofereceu a mediação de seu país para apoiar uma aproximação entre os dois países.
O conflito não se limita ao terreno militar. Horas antes dos bombardeios, o primeiro-ministro indiano Narendra Modi anunciou que seu governo interromperia o fluxo de água de seus rios para o Paquistão. Islamabad respondeu que consideraria a medida como “um ato de guerra”.
Um novo documentário do diretor vencedor do Oscar Martin Scorsese trará uma conversa com o papa Francisco sobre o esforço apoiado pelo Santo Padre para oferecer educação por meio do cinema. A informação foi divulgada por produtores do filme nesta quarta-feira (30).
A obra, chamada “Aldeas – A New Story”, vai mostrar o trabalho do movimento educacional a Scholas Occurrentes, fundado pelo papa, e do projeto Aldeas, o qual apoia a produção de curtas-metragens visando promover a compreensão cultural.
O documentário está “enraizada na crença do papa na sagrada natureza da criatividade”, segundo comunicado dos cineastas. Ainda de acordo com eles, a conversa inédita com Scorsese foi a “última entrevista aprofundada do papa para o cinema”.
O filme foi descrito pelo pontífice “um projeto extremamente poético e muito construtivo porque vai às raízes do que é a vida humana, a sociabilidade humana, os conflitos humanos… a essência da jornada de uma vida”, afirmaram os cineastas.
Argentinos se despediram do papa Francisco neste sábado (26), com uma grande missa ao ar livre em frente à catedral onde ele serviu como arcebispo de Buenos Aires antes de seu papado.
Telões mostraram a imagem de Jorge Mario Bergoglio, filho de imigrantes italianos nascido em Buenos Aires em 1936, que fez história ao defender os pobres, sendo o primeiro papa latino-americano.
A histórica Plaza de Mayo estava cheia de jovens e famílias, comunidades às quais o papa Francisco transmitiu repetidamente mensagens encorajadoras.
“Para muitos de nós, jovens que estávamos distantes da Igreja, o legado de Francisco nos aproximou”, disse Daniela Wenceslao, de 26 anos.
“Hoje, Francisco é a pessoa mais importante do nosso país, e queremos prestar esta pequena homenagem a seu nome”, afirmou.
Mais cedo, o Vaticano realizou um grande funeral e um enterro humilde para o papa Francisco, que ocupou o cargo por 12 anos. O papa Francisco morreu aos 88 anos após sofrer um derrame na segunda-feira.
Em Buenos Aires, Jorge Garcia Cuerva, atual arcebispo da capital argentina, fez um sermão para milhares de pessoas segurando fotos de Francisco, flores brancas e bandeiras da Argentina.
“Ainda não conseguimos compreender ou mensurar plenamente sua liderança global; choramos porque já sentimos muita falta dele”, disse Cuerva. “Choramos por Francisco, fazemos isso do fundo do coração, sem vergonha.”
Após o sermão, uma caravana começou a se formar, ao redor da Plaza de Mayo, com um “abraço simbólico” ao legado de Francisco, bem como uma peregrinação às áreas empobrecidas da cidade.
A visitação do túmulo do papa Francisco está aberta ao público a partir desde domingo (27). O corpo do pontífice foi sepultado em uma cerimônia privada na Basílica de Santa Maria Maggiore, em Roma, no sábado (26).
O caixão com o corpo de Francisco passou por um percurso com 150 mil pessoas até chegar à basílica, de acordo com informações do Vatican News.
Desde as 7h deste domingo, no horário local (2h no horário de Brasília), as portas estão abertas para a visitação dos fiéis.
Às 16h, no horário de Roma (11h no horário de Brasília), o Colégio dos Cardeais se reune no local para rezar uma missa.
Diversos líderes se manifestaram para lamentar a morte do papa Francisco e falar sobre o legado do pontífice, que faleceu nesta segunda-feira (21), aos 88 anos.
Argentina
O país natal de Francisco se manifestou sobre a morte do papa, “A República Argentina um país com uma longa tradição católica e terra do papa Francisco, lamenta profundamente a partida de Sua Santidade e envia suas condolências à família Bergoglio. O Presidente da Nação compartilha suas condolências neste triste momento com todos aqueles que professam a fé católica e que encontraram no Sumo Pontífice um guia espiritual”, diz comunicado.
A Casa Branca compartilhou uma publicação lamentando a morte do papa Francisco, “descanse em paz”, acompanhada de imagens do presidente Donald Trump e do vice-presidente JD Vance ao lado do pontífice.
O vice-presidente dos Estados Unidos, JD Vance, que esteve no domingo (20), com o papa Francisco no Vaticano, também lamentou a morte. “Acabei de saber do falecimento do Papa Francisco. Meu coração está com os milhões de cristãos ao redor do mundo que o amavam. Fiquei feliz por tê-lo visto ontem, embora ele estivesse obviamente muito doente”.
França
O presidente francês, Emmanuel Macron, lamentou pelo falecimento do pontífice, em post no X. “De Buenos Aires a Roma, o Papa Francisco queria que a Igreja levasse alegria e esperança aos mais pobres. Que unisse os seres humanos entre si e com a natureza. Que essa esperança possa ressuscitar perpetuamente além dele.”
De Buenos Aires à Rome, le Pape François voulait que l’Église apporte la joie et l’espoir aux plus pauvres. Qu’elle unisse les Hommes entre eux et avec la nature. Puisse cette espérance ressusciter sans cesse au-delà de lui.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, escreveu: “Hoje, o mundo lamenta a morte do Papa Francisco. Ele inspirou milhões, muito além da Igreja Católica, com sua humildade e amor tão puro pelos menos favorecidos. Meus pensamentos estão com todos que sentem essa perda profunda. Que encontrem consolo na ideia de que o Papa Francisco”, disse.
Today, the world mourns the passing of Pope Francis.
He inspired millions, far beyond the Catholic Church, with his humility and love so pure for the less fortunate.
My thoughts are with all who feel this profound loss.
A primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, o chamou de “grande pastor”. “A morte do papa nos deixa profundamente tristes, ele foi um grande homem e um grande pastor”, afirmou.
Papa Francesco è tornato alla casa del Padre. Una notizia che ci addolora profondamente, perché ci lascia un grande uomo e un grande pastore. Ho avuto il privilegio di godere della sua amicizia, dei suoi consigli e dei suoi insegnamenti, che non sono mai venuti meno neanche nei… pic.twitter.com/pkRco1tgD3
O primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, chamou Francisco de “farol de compaixão, humildade e coragem espiritual por milhões ao redor do mundo” em publicação no X. “Neste momento de luto e lembrança, minhas sinceras condolências à comunidade católica global. O papa Francisco será sempre lembrado como um exemplo de compaixão, humildade e coragem espiritual por milhões de pessoas em todo o mundo”
Deeply pained by the passing of His Holiness Pope Francis. In this hour of grief and remembrance, my heartfelt condolences to the global Catholic community. Pope Francis will always be remembered as a beacon of compassion, humility and spiritual courage by millions across the… pic.twitter.com/QKod5yTXrB
A presidente da Suíça, Karin Keller-Sutter, chamou Francisco de um “grande líder espiritual”.
He was a great spiritual leader, a tireless advocate for peace, and his human warmth was a comfort not only to Catholics. Pope Francis @Pontifex has left us. His legacy will remain. pic.twitter.com/zHcBjKbgYB
O presidente do Paraguai, Santiago Peña também se manifestou a morte pontífice “com profunda dor, recebi a notícia do falecimento do papa Francisco”.
Con profundo dolor recibo la noticia del fallecimiento del papa Francisco. Su vida fue un testimonio de fe, humildad y amor al prójimo. Nos deja un legado de servicio y compromiso con los más vulnerables, valores que seguirán guiándonos. Que Dios lo reciba en su gloria. pic.twitter.com/smO13zjqoW
O xeque Mohamed bin Zayed, presidente dos Emirados Árabes Unidos destacou o empenho do pontífice em promover valores de convivência e respeito mútuo. “Estendo minhas mais profundas condolências aos católicos de todo o mundo pelo falecimento do Papa Francisco, que dedicou sua vida a promover os princípios da convivência pacífica e da compreensão mútua. Que ele descanse em paz”, afirmou, também pelo X.
خالص التعازي وعميق المواساة للكاثوليك في العالم في وفاة قداسة البابا فرنسيس. كان رمزاً عالمياً للتسامح والمحبة والتضامن الإنساني ورفض الحروب، وعمل مع الإمارات لسنوات من أجل تكريس هذه القيم لمصلحة البشرية.
Políticos do Rio Grande do Norte lamentaram nesta segunda-feira (21) a morte do papa Francisco, aos 88 anos.
Governadora do RN
A governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra (PT), lamentou a morte do Papa Francisco em publicação no X (antigo Twitter).
“Papa Francisco foi mais do que um líder da Igreja; foi um farol de esperança e compaixão, sempre ao lado dos mais humildes e necessitados. Sua luta incansável por paz, justiça social e dignidade humana tocou o coração de milhões, inspirando-nos a sermos melhores uns para os outros”, escreveu Fátima.
Papa Francisco foi mais do que um líder da Igreja; foi um farol de esperança e compaixão, sempre ao lado dos mais humildes e necessitados. Sua luta incansável por paz, justiça social e dignidade humana tocou o coração de milhões, inspirando-nos a sermos melhores uns p/ os outros
A senadora Zenaide Maia (PSD) o chamou de “pastor de almas franciscano”, em publicação no X. “O espírito luminoso do Papa Francisco inspirou a humanidade no amor, na paz, na caridade, na inclusão, no acolhimento, no combate a todos os preconceitos”, escreveu.
O pastor de almas franciscano, o jesuíta que queria uma igreja pobre e voltada para os pobres, o religioso que levou a América Latina ao comando da Igreja de Pedro no mundo, o líder que enfrentou pesados desafios e adversários dentro da própria instituição que liderou.
O deputado federal General Girão (PL) compartilhou uma publicação em seu Instagram lamentando a morte do papa Francisco.
Deputada Natália Bonavides
A deputada Natália Bonavides (PT) lamentou pelo falecimento do pontífice, em post no Instagram. “Perdemos um grande aliado na luta contra as desigualdade sociais. Descanse em paz, Papa Francisco”.
O deputado Robinson Faria escreveu: “O mundo perde hoje um verdadeiro exemplo de fé, empatia e compromisso com os mais necessitados. Seu legado de amor e diálogo permanecerá vivo nos corações de milhões de fiéis e admiradores ao redor do planeta”.
O deputado Fernando Mineiro (PT) também expressou seu pesar: “Além do primeiro pontífice latino-americano, perdemos um grande ser humano.” em publicação no Instagram.
O deputado Benes Leocádio (União) também se manifestou a morte pontífice “Com gestos simples e palavras profundas, aproximou a Igreja dos que mais precisam e inspirou milhões a viverem com mais compaixão, justiça e amor ao próximo”.
Com a morte do papa Francisco, aos 88 anos, o Vaticano passa a adotar uma série de protocolos ligados ao processo fúnebre e à escolha de um novo chefe da Igreja Católica no conclave. Durante esse período, conhecido como a Sede Vacante, a Sé Apostólica, a sede da Igreja de Roma, passa a ser administrada pelo Camerlengo, um cardeal que exerce uma função parecida com a de assistente do papa.
Atualmente, o posto de Camerlengo é ocupado pelo cardeal irlandês-americano Kevin Farrell. Ele está na função desde fevereiro de 2019 após a morte do cardeal francês Jean-Louis Tauran.
Farrell, por exemplo, é o responsável por atestar oficialmente a morte do pontífice, o que depois é comunicado aos fiéis. Tradicionalmente, a verificação do óbito é feita quando o Camerlengo dá três batidas com um martelo de prata na cabeça do pontífice, enquanto fala o nome dele.
As funções do Camerlengo estão explicadas no documento conhecido como Universi Dominici Gregis, uma espécie de constituição da Igreja promulgada pelo papa João Paulo II na década de noventa.
Além de ter que constatar a morte do pontífice, o Camerlengo é o responsável por lacrar a residência e o escritório papais, dentro do Vaticano. O objetivo é garantir que nada seja removido ou alterado nesses espaços até que um novo papa seja eleito e possa tomar posse.
O Camerlengo também tem que preparar o funeral do papa em consulta com outros cardeais da Igreja, sobretudo se, em vida, o papa em questão não deixou um plano pronto para esse momento. Nesse estágio, entram questões como o traslado do corpo dentro e fora do Vaticano, impedir que fotos indevidas sejam tiradas e organizar todo o passo-a-passo do rito.
É importante reforçar que estas funções são exercidas em nome e com o consenso do Colégio dos Cardeais. O Camerlengo atua como um administrador e supervisor, garantindo que a transição para um novo pontificado ocorra de forma organizada e de acordo com as normas estabelecidas.
Durante a Sede Vacante, o Camerlengo é o responsável por gerenciar os bens da Igreja e se torna, interinamente, o administrador de imóveis de posse do Vaticano, como o Palácio Apostólico, a residência oficial do pontífice, o Palácio de Latrão, antiga residência papal, e o Palácio Apostólico de Castel Gandolfo, a casa de verão do papa. Este último local é muito explorado no filme “Dois Papas”, do diretor brasileiro, Fernando Meirelles.
Garantir o andamento tranquilo e seguro do conclave também é uma atribuição do Camerlengo. O processo de escolha do novo chefe da Igreja Católica é extremamente sigiloso.
Os cardeais se reúnem na Capela Sistina a portas fechadas e nada do que acontece ali dentro pode ser revelado, sobretudo a votação. Uma revista prévia supervisionada pelo Camerlengo é feita no local para assegurar que não existam dispositivos de gravação de áudio ou vídeo.
Por fim, por pertencer ao Colégio de Cardeais, o Camerlengo também tem direito a um novo na escolha do novo papa durante o conclave.
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, começou neste domingo (20/04) uma agenda estratégica na China para atrair investimentos em carros elétricos, baterias e data centers para o Brasil. A ida do ministro ao país asiático também é uma preparação da viagem do presidente Lula, prevista para o próximo mês. O primeiro compromisso foi em Shenzhen, na sede corporativa da BYD, uma gigante do setor de mobilidade elétrica e energia limpa, em que já foram alinhados investimentos em duas frentes: uma em expansão de carros elétricos e outra voltada para soluções de baterias para estabilização do Sistema Interligado Nacional (SIN).
“Esses recursos são fundamentais para que o Brasil fortaleça sua liderança dentro da transição energética global, transformando ainda mais a nossa energia e a nossa mobilidade. Nesta agenda, em que reforçamos a política pautada no diálogo e na cooperação entre os países, que é característica do nosso presidente Lula, estamos robustecendo a parceria com o setor automobilístico e fortalecendo parcerias, o intercâmbio tecnológico e atraindo investimentos que gerem empregos, inovação e desenvolvimento sustentável para o nosso país”, destacou o ministro Alexandre Silveira.
Durante a agenda em Shenzhen, com o vice-presidente da BYD na América Latina, Oscar Su, o ministro Alexandre Silveira reforçou o compromisso do MME em iniciativas que posicionem o Brasil na vanguarda da nova economia verde, de modo a promover o uso das energias renováveis, da mobilidade elétrica e descarbonização.
“Nosso país reúne condições únicas para liderar esse processo, com uma matriz elétrica majoritariamente limpa e potencial tecnológico crescente. Estamos empenhados em buscar as melhores experiências internacionais para transformar esse potencial em oportunidades concretas para todos os brasileiros”, destacou o ministro.
BYD no Brasil
Fundada em 1995, a empresa chinesa é hoje uma das maiores referências globais em eletrificação do transporte e produção de baterias recarregáveis, com presença em mais de 400 cidades em 101 países.
Desde sua chegada ao Brasil, em 2014, a montadora chinesa tem ampliado significativamente sua atuação. Atualmente, a empresa conta com sete fábricas em território nacional – localizadas em Campinas (SP), Manaus (AM), São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Vitória (ES) e Cariacica (ES). Em 2023, foi iniciada a construção do Complexo de Camaçari (BA), que será a maior unidade da empresa fora da Ásia. Com um investimento estimado em R$ 5,5 bilhões, o complexo tem potencial de gerar 20 mil empregos e produzir, em sua primeira fase, até 150 mil veículos elétricos por ano, número que poderá dobrar na fase seguinte.
No mercado brasileiro de veículos elétricos e híbridos, a montadora chinesa tem demonstrado liderança expressiva. Em 2024, a empresa comercializou mais de 76 mil veículos no país e conta atualmente com mais de 165 concessionárias, com meta de alcançar 270 até 2025. Sete em cada dez carros elétricos vendidos no Brasil são da marca, além de um em cada quatro híbridos.
Um buraco negro com 600 mil massas solares pode estar viajando em rota de colisão com a Via Láctea a uma velocidade de aproximadamente 300 mil km/s. O mais curioso é que ele está escondido em um lugar onde teoricamente não deveria estar: nas profundezas de uma galáxia anã.
A descoberta foi feita de forma indireta por arqueólogos galácticos que estavam revisando as trajetórias de 21 estrelas hipervelozes de sequência principal do tipo B (quentes e jovens) que teriam sido ejetadas do centro galáctico por um processo chamado mecanismo de Hills.
Esse processo da astrofísica explica como estrelas de um sistema binário podem ser expelidas para o espaço quando uma delas é capturada por um buraco negro supermassivo, como o Sagitário A*, que está no centro da nossa galáxia.
No mesmo instante em que isso acontece, a estrela liberada da interação binária recebe uma espécie de chute gravitacional. Ejetada em altíssima velocidade, ela muitas vezes supera a velocidade de escape da galáxia, e acaba no espaço intergaláctico.
Entre 2005 e 2014, o levantamento de estrelas hipervelozes HVS Survey, realizado por astrônomos do Harvard-Smithsonian Center for Astrophysics, encontrou 21 dessas estrelas ejetadas, no halo externo da Via Láctea.
Agora, um estudo recente no repositório de pré-impressões arXiv, revelou que cerca de metade dessas estrelas hipervelozes identificadas na pesquisa não veio do centro da Via Láctea, como se pensava, mas sim da Grande Nuvem de Magalhães (LMC na sigla em inglês), uma de suas galáxias satélites.
Existe mesmo um buraco negro supermassivo em uma galáxia anã?
Para testar essa hipótese, os autores criaram um modelo simulando estrelas ejetadas por um buraco negro supermassivo na LMC. As previsões espaciais e cinemáticas dessas estrelas hipervelozes coincidiram com as observações feitas.
Mesmo sabendo que explosões de supernovas e interações gravitacionais podem ejetar estrelas, a equipe garante que “a taxa de nascimento e o agrupamento das estrelas hipervelozes na LMC só podem ser explicados pela presença de um buraco negro supermassivo”.
Um indício crucial para a existência de um buraco negro na LMC é a chamada superdensidade de Leão, uma região na direção dessa constelação, com mais estrelas do que o esperado. O modelo dos pesquisadores também reproduziu essa concentração de estrelas, reforçando a teoria.
Dessa forma, o estudo sugere que um buraco negro supermassivo, com massa de 600 mil sóis na LMC, estaria ejetando estrelas para a Via Láctea. Algumas delas se tornam hipervelozes, outras apenas aumentam a superdensidade.
Se confirmado, esse buraco negro supermassivo mudaria nossa compreensão da LMC e sua dinâmica. Ele não só influenciaria a própria galáxia anã, mas também poderia ter impactos na estrutura da Via Láctea.
Uma nova forma de detectar buracos negros
Detectar buracos negros sempre foi uma espécie de missão impossível para os astrônomos, pois, quando não estão absorvendo matéria ativamente (puxando gás, poeira ou até estrelas para seu horizonte de eventos), eles não emitem nenhum tipo de radiação visível.
Uma das formas encontradas pelos cientistas para localizar esses gigantes cósmicos invisíveis foi analisar o movimento estranho de estrelas próximas. Foi ao medir órbitas incomuns que confirmaram a existência de Sagitário A*, o buraco negro supermassivo no centro da Via Láctea.
No estudo atual, os autores criaram uma maneira inédita de rastrear buracos negros. Elas focaram em outro tipo de anomalia estelar: as estrelas hipervelozes, objetos que viajam dez vezes mais rápido (1 mil km/s) do que suas colegas da Via Láctea.
Liderada pelo astrofísico Jiwon Jesse Han, do Harvard & Smithsonian Center for Astrophysics, a pesquisa propõe que seguir estrelas hipervelozes nos leva a buracos negros ocultos.
Nesse caso, o “chute gravitacional” é o conhecido mecanismo de Hills, uma interação de três corpos entre um buraco negro e duas estrelas. Um dos três membros é ejetado violentamente, tornando-se uma estrela hiperveloz.
Usando dados do telescópio espacial Gaia, os autores rastrearam com precisão 16 estrelas. Sete delas se originaram perto de Sagitário A*, no centro da nossa Via Láctea, mas as outras nove parecem ter vindo da Grande Nuvem de Magalhães.
No tempo em que as duas galáxias se fundirem, o suposto buraco supermassivo da LMC irá se mover para o centro da Via Láctea e, após bilhões de anos, se fundirá com o Sgr A* (que tem massa equivalente a 4,3 milhões de sóis), formando um buraco negro ainda maior.
O Vaticano divulgou um novo boletim médico nesta segunda-feira 3, informando que o papa Francisco “dormiu bem toda a noite” e que seu quadro de saúde permanece estável. O pontífice, internado há 17 dias, não precisou de ventilação mecânica, apenas de oxigenoterapia de alto fluxo, e segue sem febre. No entanto, o prognóstico ainda é considerado reservado devido à complexidade do quadro clínico.
Segundo a Santa Sé, o papa participou de uma missa nesta manhã, junto com a equipe médica que o acompanha, e alternou momentos de repouso com orações. Em mensagem divulgada no domingo (2/3), Francisco agradeceu as orações dos fiéis e os cuidados dos profissionais de saúde.
“Irmãs e irmãos, envio-lhes estes pensamentos do hospital, onde, como sabem, estou há vários dias, acompanhado por médicos e profissionais de saúde, a quem agradeço o cuidado com que cuidam de mim”, escreveu o pontífice. Ele também destacou a importância da confiança em Deus durante momentos difíceis.
Em sua mensagem, Francisco pediu orações pela paz em regiões devastadas por conflitos, como Ucrânia, Palestina, Israel, Líbano, Mianmar, Sudão e Kivu. “Daqui, a guerra parece ainda mais absurda”, afirmou o papa, reforçando seu compromisso com a causa da paz global.
Na sexta-feira 28, o Vaticano informou que o papa sofreu um ataque isolado de broncoespasmo, que causou vômitos por inalação e agravou temporariamente seu quadro respiratório. Apesar disso, ele vem respondendo bem ao tratamento e mantém-se estável.
De acordo com o Ministério da Saúde, o termo “prognóstico reservado” indica que o estado de saúde do paciente é grave e exige cuidados intensivos, mas a evolução do quadro ainda é incerta. No caso do papa Francisco, a complexidade de sua condição clínica justifica a cautela dos médicos.
A jornalista Ana Flor, da Globo News, argumentou, na tarde desta quarta-feira (12), que Carta do CEO mundial da Pfizer é clara: “Brasil teria a preferência em obter a vacina”. Ela escreveu, por meio do Twitter que o Governo deixou de lado. Além disso, ela aponta que a carta ainda implica outros destinatários: Mourão, Braga Neto e Paulo Guedes. Confira a publicação:
Carta do CEO mundial da Pfizer é clara: Brasil teria a preferência em obter a vacina. Governo deixou de lado. A carta ainda implica outros destinatários: Mourão, Braga Neto e Paulo Guedes pic.twitter.com/hKJVfJavSg
Todo cuidado ainda é pouco. A pandemia da Covid-19 que atingiu todo o mundo continua preocupando as autoridades do setor da saúde. A Organização Mundial de Saúde (OMS) reconhece que já se registra queda no número de mortes, mas alerta, através de seu diretor-geral Tedros Ghebreyesus, que “a maioria das regiões apresenta indicadores de queda, mas ainda assim houve quase 90 mil mortes globalmente na última semana. Mas é um platô inaceitavelmente alto, com mais de 5,4 milhões de casos relatados de Covid-19”.
Um dos países que causam maior preocupação no momento é a Índia que chegou a registrar 4 mil mortes por Covid-19 em 24 horas e mais de 400 mil novas infecções, embora especialistas acreditem que os números oficiais sejam muito subestimados.