A jornalista Ana Flor, da Globo News, argumentou, na tarde desta quarta-feira (12), que Carta do CEO mundial da Pfizer é clara: “Brasil teria a preferência em obter a vacina”. Ela escreveu, por meio do Twitter que o Governo deixou de lado. Além disso, ela aponta que a carta ainda implica outros destinatários: Mourão, Braga Neto e Paulo Guedes. Confira a publicação:
Todo cuidado ainda é pouco. A pandemia da Covid-19 que atingiu todo o mundo continua preocupando as autoridades do setor da saúde. A Organização Mundial de Saúde (OMS) reconhece que já se registra queda no número de mortes, mas alerta, através de seu diretor-geral Tedros Ghebreyesus, que “a maioria das regiões apresenta indicadores de queda, mas ainda assim houve quase 90 mil mortes globalmente na última semana. Mas é um platô inaceitavelmente alto, com mais de 5,4 milhões de casos relatados de Covid-19”.
Um dos países que causam maior preocupação no momento é a Índia que chegou a registrar 4 mil mortes por Covid-19 em 24 horas e mais de 400 mil novas infecções, embora especialistas acreditem que os números oficiais sejam muito subestimados.
De acordo com O Globo, menos de 2% dos oficiais-generais da ativa das Forças Armadas brasileiras são negros.
“A representação de pretos na elite militar é apenas um quinto daquela encontrada na sociedade brasileira como um todo. Entre os oficiais-generais da ativa (nomenclatura que contempla o topo das três Forças), apenas 1,75% são pretos, número que vai a 9,4% na população geral.”
Via Lei de Acesso à Informação, o jornal consultou documentos de Marinha e Aeronáutica, que sinalizam que “apenas três integrantes da elite (todos da Força Aérea) se declaram pretos, em um universo de 228 militares do alto escalão“.
No caso do Exército, não há dados disponíveis. Nesse caso, o jornal comparou os retratos dos 172 generais.
A União Europeia firmou um acordo com os laboratórios Pfizer e BioNTech para comprar até 1,8 bilhão de doses adicionais de vacinas contra a Covid por até US$ 43 bilhões. A notícia foi confirmada pela presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, neste sábado (08), no Twitter.
“Tenho o prazer de anunciar que a Comissão acaba de aprovar um contrato garantindo 900 milhões de doses (com opção de mais 900 milhões) com Pfizer/BioNTech para os anos 2021-2023.”
Este é o terceiro contrato fechado entre o bloco e as empresas, que já se comprometeram, nos outros acordos, a entregar 600 milhões de doses até o final do ano.
Segundo O Globo, um dos objetivos do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello ao forçar o adiamento do seu depoimento à CPI da Covid foi falar depois do ex-chefe da Secom Fábio Wajngarten, que vai à comissão na próxima quarta-feira (12).
Em entrevista à Veja em abril, o ex-chefe da Secom atribuiu a Pazuello as principais responsabilidades pela falta de vacinas no Brasil. O temor era que Wajngaretn podia desgastar Pazuello ainda mais falando depois dele. Ou seja, falando por último, o ex-ministro terá uma chance de tentar responder possíveis acusações.
“A reação da China à sinofobia do presidente brasileiro mudou de patamar”, diz Josias de Souza.
“Dessa vez, a resposta à ofensa do capitão não soou na embaixada chinesa em Brasília, mas em Pequim (…).
A China não cogita romper os contratos que preveem o fornecimento de insumos para as vacinas contra a Covid. Mas o atraso no fornecimento da matéria-prima da Coronavac para o Instituto Butantan demonstra que a coisa poderia caminhar mais rápido se Bolsonaro compreendesse que a diplomacia traz no nome a essência da atividade (…). Com uma pandemia a pino, a pose de valentão de Bolsonaro serve apenas como oportunidade para que a China demonstre ao gênio do Planalto que a diferença entre a genialidade e a estupidez é que a genialidade tem limites.”
Universidades como a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) já falam em interrupção de atividades a partir do próximo mês de julho. Essa é uma preocupação de todas as Universidades Federais que estão com a mesma verba de 2004 e com o dobro de alunos.
A constatação é feita pelo jornal carioca O Globo que na edição de hoje, sexta-feira (7), traz ampla matéria dizendo que o orçamento das universidades federais para gastos básicos como água e luz está no nível de 2004, quando tinha 18 instituições e 700 mil alunos a menos. A reportagem dos jornalistas Bruno Alfano e Jan Niklas começa dizendo que as universidades federais chegaram ao limite.
A verba disponível para investimentos e manutenção em 2021 caiu no patamar de 2004. No entanto, o Brasil agora tem mais que o dobro de alunos de 17 anos atrás. Por isso, algumas das mais importantes instituições como UFRJ e UNIFESP, já falam em interrupção das atividades a partir de julho.
A matéria de O Globo específica que os gastos discricionários vão desde as contas mais básicas como água, luz, limpeza e segurança, como pagamento de bolsas, compra de insumos para pesquisas e reformas prediais.
Com o orçamento muito baixo, alunos mais pobres perdem a ajuda que os garantem nas universidades, pesquisas são interrompidas e, agora que as universidades estão no limite, contas de água, de luz e de limpeza podem não ser pagas.
Nesta quinta-feira (6), o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, apontou que não deve ter mais doses da vacina Coronavac a partir de 14 de maio. Ele atribuiu o atraso na chegada do insumo farmacêutico ativo (IFA), fundamental para a produção dos imunizantes, à postura do governo federal com a China, principal fornecedora.
Dimas Covas reclamou da falta de diplomacia do governo federal com o país asiático e demonstrou preocupação com o impacto de declarações recentes de ministros e do próprio presidente Jair Bolsonaro (sem partido) sobre o país. “Existe dificuldade. Há uma burocracia mais lenta e há autorizações reduzidas de volumes [do IFA]. Essas declarações têm impacto, e ficamos a mercê.
Não vamos ter, de fato, condições de entregar. Pode faltar? pode faltar. E temos que debitar isso, principalmente, do governo federal, que tem remado contra”, pontuou.
Uma reportagem da CNN questionou Dimas Covas acerca da possibilidade de atrasos no cronograma. “Pode não ter mais vacinas para maio”, destacou. Ele chegou a enviar uma mensagem a um conselheiro do embaixador da China no Brasil demonstrando “preocupação” com as declarações recentes do governo Bolsonaro.
Na quarta-feira (5), Bolsonaro retornou a insinuar que o coronavírus poderia ter sido criado pela China. “Nós ficamos à mercê dessa situação porque não vamos ter, de fato, até dia 14. Após isso pode faltar”, disse Dimas.
Nesta quinta-feira (6), o Ministério da Saúde recebeu mais uma remessa com 1 milhão de doses da Coronavac. Na semana que vem, serão mais 3 milhões de doses. O último lote está previsto para o dia 14, com mais um 1,1 milhão de doses do imunizante. A próxima remessa de IFA deveria ser autorizada entre os dias 10 e 13 deste mês.
O prazo, segundo Butantan, pode não ser cumprido, o que impossibilitaria produção de novas doses para o mês de maio. Por conta de atrasos no recebimento de IFA, o Butantan precisou atrasar o cronograma de entrega das 46 milhões de doses contratadas pelo Programa Nacional de Imunização (PNI) para até o final de abril.
A próxima remessa, de 54 milhões de doses, tem previsão de entrega para até setembro. O governo de São Paulo chegou a anunciar antecipação no cronograma para agosto, mas hoje admitiu que “não se pode mais falar em antecipação”. O Ministério da Saúde e das Relações Exteriores ainda não se posicionou.
Durante evento no Planalto para anunciar investimentos em 5G, Jair Bolsonaro disse hoje que o coronavírus integra parte de uma “guerra biológica”. Além disso, questionou a origem do vírus, voltando a dizer que pode ter sido criado em laboratório.
“É um vírus novo, ninguém sabe se nasceu em laboratório ou nasceu porque um ser humano ingeriu um animal inadequado. Mas está aí. Os militares sabem que é guerra química, bacteriológica e radiológica. Será que não estamos enfrentando uma nova guerra? Qual o país que mais cresceu seu PIB? Não vou dizer para vocês.”
Em 2020, o PIB da China cresceu 2,3%. No ano anterior, o crescimento foi de 6,5%.
E mais pesquisas são feitas em todo o mundo com o objetivo de aprofundar estudos sobre o novo coronavírus que já matou mais de 3,5 milhões de pessoas em todo o planeta. Um estudo preliminar publicado na plataforma medRxiv, nos Estados Unidos, revelou que pessoas que tiveram a Covid-19 grave apresentam anticorpos neutralizantes, um ano após se recuperarem da doença.
Segundo a pesquisa, a presença de anticorpos está associada à gravidade do caso e à idade do paciente. Para chegar a essa conclusão, pesquisadores da Universidade Uniformed Services of Health Sciences, nos Estados Unidos, analisaram amostras de sangue de 250 voluntários que contraíram a infecção pelo novo coronavírus.
A presença de anticorpos neutralizantes é importante porque são eles que impedem a entrada do vírus na célula. Enquanto isso, a farmacêutica americana Pfizer anunciou que deve faturar, somente neste ano, 26 bilhões de dólares com a venda de vacina contra a Covid-19, produzida em parceria com a BioNTech.
O Ministério da Saúde admitiu ter divulgado um número superestimado de vacinas já contratadas contra a Covid-19. Na publicidade oficial e em declarações públicas do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, o Ministério diz já ter comprado 560 milhões de doses. Porém, ao responder a um questionamento oficial formulado pelo Congresso, o MS informou que o número realmente contratado é a metade disso.
Na resposta ao questionamento do Congresso, a área técnica do Ministério da Saúde informou que já havia 281.023.470 doses contratadas e disse que 281.889.400 “estão em fase de negociação”. Na conta das vacinas ainda em negociação, a maioria é de doses da Universidade de Oxford com a farmacêutica AstraZeneca e fabricação pela Fundação Oswaldo Cruz, do Rio de Janeiro.
Segundo a pasta, são esperados 210 milhões de unidades até o final do ano, mas até hoje não há contratos assinados que garanta toda essa produção.
Em sua publicação o portal/jornal O GLOBO trouxe matéria que conta um fato histórico envolvendo os governos: brasileiro, norte-americano e cubano, no início dos anos 1960. O jornalista André Duchiade faz um preâmbulo, quando escreve: “A pedido de Whashington, governo brasileiro tomou medidas para evitar execuções de prisioneiros da fracassada invasão da Naía dos Porcos, revelam telegramas descobertos por historiador americano; independência da política externa da época qualificou o Brasil como intermediário”.
E a matéria faz revelações, assim: “Em abril de 1962, um ano depois da fracassada tentativa de invasão da Baía dos Porcos por exilados cubanos patrocinados pelos EUA, o então presidente brasileiro João Goulart atendeu a um pedido do seu homólogo americano John Fitzgerald Kennedy e intercedeu junto ao líder cubano Fidel Castro para evitar as execuções dos 1.200 prisioneiros envolvidos na operação”.
A descoberta foi revelada pelo National Security Archive, instituição de pesquisa ligada à Universidade George Whashington, e tem como fonte: documentos inéditos do Itamaraty, do Departamento de Estado americano e (monitoramento) de Cuba. A Pesquisa foi conduzida pelo historiador James Hersshberg, da mesma universidade.
O estudo se centra em um curto período, entre o final de março e começo de abril de 1962, quando Havana se preparava para levar a um tribunal especial os 1.179 prisioneiros envolvidos na operação, que enfrentavam acusações de traição e poderiam ser condenados à morte.
Segundo Hershberg, o “Brasil desempenhava um papel especial- não apenas por seu tamanho e importância na América do Sul, mas porque o seu líder, o presidente João Goulart, do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), de centro-esquerda, estava prestes a visitar os Estados Unidos para uma cúpula com o presidente Kennedy no início de abril, e buscava obter ajuda econômica dos EUA – portanto, tinha um incentivo para fazer um favor a Washington”.
A pesquisa ressalta outro fator que punha o Brasil em posição privilegiada para mediar essa negociação: “Goulart e seu ministro das Relações Exteriores, San Tiago Dantas, tinham preservado laços amigáveis com Havana ao resistir fortemente à pressão dos EUA por severas sanções anti-Cuba”.
O jornalista André Duchiade faz suas intervenções documentais, fala do envolvimento de chanceleres brasileiros e sobre a intervenção brasileira nas relações de Cuba e os Estados Unidos, e finaliza escrevendo que “A sentença veio no domingo seguinte, 8 de abril, enquanto Goulart viajava pelos Estados Unidos após se encontrar com Kennedy. Os invasores foram considerados culpados, mas escaparam da pena de morte: a sentença era de 30 anos de prisão, ou uma indenização de 62 milhões de dólares. A ditadura cubana evitara matar os prisioneiros, deixando uma porta aberta para obter recursos importantes ao novo regime, que de fato viriam mais tarde: em dezembro, os prisioneiros seriam libertados em troca de US$ 53 milhões em comida e outros itens humanitários “.
Após quase um ano de negociação com o Banco Central, o WhatsApp lançou ontem, terça-feira, 4, um serviço de transferência bancária gratuita entre usuários no Brasil. Para iniciar a nova operação, o App fez parceria com 3 dos 5 maiores bancos do país: Banco do Brasil, Itaú e Bradesco, ficando de fora a Caixa Econômica Federal é o Santander.
O Brasil é o segundo maior mercado do WhatsApp no mundo, com mais de 120 milhões de pessoas utilizando, ficando atrás apenas da Índia, que tem 400 milhões de usuários. A opção começa a ser disponibilizada nas próximas semanas.
Na abertura dos trabalhos de hoje (4), da CPI da Covid-19, o presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito, Senador Omar Aziz (PSD/AM) disse que foi informado de que o ex-ministro Pazuello não irá depor na sessão de amanhã, conforme a programação.
Antes do depoimento desta terça-feira, do ex-ministro Luiz Henrique Mandetta, o presidente da CPI disse que “O ministro Pazuello, vai chegar um comunicado aqui, eu fui comunicado hoje (terça-feira) de manhã.
O ministro Pazuello teve contato com dois coronéis auxiliares dele esse final de semana que estão com Covid. Segundo informação que eu tenho, ele vai entrar em quarentena e não virá depor amanhã (quarta). Essa informação, não é oficial, é extraoficial”, afirmou Omar Aziz.
Nesta segunda-feira (3), um dia depois de o presidente Iván Duque pedir a retirada do polêmico projeto de reforma tributária apresentado ao Congresso do país, o ministro da Fazenda da Colômbia, Alberto Carrasquilla, renunciou.
A apresentação do projeto desencadeou uma série de violentos protestos nas ruas colombianas, que deixaram pelo menos 19 mortos.
“Minha continuidade no governo dificultaria a construção rápida e eficiente dos consensos necessários para levar adiante outro projeto de reforma”, destacou o ministro em sua carta de renúncia a Duque.
A violência que se seguiu a cinco dias de protestos maciços contra a reforma deixou também ao menos 800 feridos. O ministro colombiano da Defesa, Diego Molano, acusou grupos dissidentes das Farc pelos atos violentos.
O Partido dos Trabalhadores (PT) divulgou manifesto, nesta segunda-feira (3), solicitando a importação, pelo Governo Federal, de doses da vacina Sputnik V. Além disso, culpou Jair Bolsonaro pela situação da pandemia no território nacional. Vale destacar que, na semana passada, a Anvisa negou autorização para uso do imunizante no país.
“Sua atuação em relação à vacina Sputnik V é um retrato do descaso com a vida dos brasileiros. A posição do presidente Bolsonaro, do Ministério da Saúde e do Ministério das Relações Exteriores é de total inação em relação à vacina Sputnik V. É como se as 66 milhões de doses que poderiam ser adquiridas e entregues imediatamente não fizessem falta nenhuma, enquanto a pilha de mortes vai se avolumando em todo o país”, declara o PT.
Com os atores envolvidos nas negociações sinalizando versões diferentes para os problemas encontrados pela Anvisa nos documentos apresentados pelo Fundo Russo de Investimentos Diretos (RFID) e pela União Química, empresa brasileira que irá produzir a vacina, as discussões sobre a Sputnik V foram intensas na semana passada.
“O Brasil ultrapassou, no final de abril de 2021, a lamentável e evitável marca de 400 mil mortos e 14,6 milhões infectados pela Covid 19.
Isso precisa parar. Esta situação revoltante assombra o mundo e tem responsável: o Governo Bolsonaro, que debocha da morte e infectados pelo coronavírus e implanta ações que impactam diretamente o risco de morrer.
Para tanto, é preciso garantir a vacinação em massa para proteção individual e coletiva de toda a população brasileira. Mas não é o que está acontecendo. O Governo Bolsonaro nega o auxílio emergencial, no valor de 600 reais, enquanto durar a pandemia. Nega a proteção dos pequenos e médios comerciantes, empresários e produtores rurais que ajudaria a manter empregos. Incentiva aglomerações, sabotando medidas de distanciamento social para interromper a circulação e controlar a taxa de transmissão do vírus. Boicota as ações de prefeitos e governadores que trabalham para conter a pandemia. E nega o direito de todos os brasileiros a terem acesso à vacina.
O governo Bolsonaro faz de tudo para dificultar a aquisição de vacinas. Foi assim que se portou em relação à Coronavac. Foi assim também quando desprezou a aquisição, ainda em 2020, das vacinas da Pfizer. Da mesma forma agiu quando deixou de adquirir o total de doses de vacinas disponibilizadas pelo Fundo Covax Facility da OMS/Unicef.
Sua atuação em relação à vacina Sputnik V é um retrato do descaso com a vida dos brasileiros. A posição do presidente Bolsonaro, do Ministério da Saúde e do Ministério das Relações Exteriores é de total inação em relação à vacina Sputnik V. É como se as 66 milhões de doses que poderiam ser adquiridas e entregues imediatamente não fizessem falta nenhuma, enquanto a pilha de mortes vai se avolumando em todo o país.
Chega!
É preciso cobrar a responsabilidade do governo federal.
Entendemos que entre potenciais riscos e benefícios da ciência em favor da promoção da vida, é fundamental uma postura, responsável e ativa, em defesa da vida dos brasileiros.
Cabe a Anvisa analisar, com a máxima presteza e sem qualquer pressão política e ideológica do governo, considerando exclusivamente os interesses do povo brasileiro, os dados para a importação em caráter excepcional da vacina Sputnik V, considerando as mesmas exigências efetuadas para outras vacinas, previstas nas Leis Federais Nº 13.979/2020 e 14.124/2021. Ou seja, uma vez aprovada por uma das onze agências reguladoras listadas na referida lei, cabe ao órgão sanitário brasileiro, autorizar sem mais delongas a importação excepcional das vacinas que salvarão milhares de vidas.
O Brasil só vacinou até agora pouco mais de 7% de sua população com duas doses de vacinas.
Além disso, estamos enfrentando a falta da vacina Coronavac para a 2ª dose em várias capitais. Dessa forma, só no segundo semestre de 2022 chegaremos a uma cobertura vacinal capaz de garantir segurança e controle da pandemia de Covid-19. Até lá, continuaremos submetidos a uma crise sanitária, econômica e social sem precedentes, onde quem mais sofre (e morre) são os mais pobres e vulneráveis.
É preciso uma ação proativa da Anvisa, porque a Anvisa é do Brasil. Trata-se de uma agência de Estado, imprescindível para a saúde dos brasileiros, mas que não pertencente ao governo Bolsonaro ou a qualquer outro.
Consideramos que a Anvisa, que analisou e aprovou o uso emergencial da CoronaVac, da AstraZeneca e da Janssen, e aprovou de forma definitiva a vacina da Pfizer, deve concluir com autonomia técnica e responsabilidade, a avaliação para importação e o uso excepcional da Sputnik V, garantindo a importação de 66 milhões de doses encomendada pelos Governadores através do Consorcio Nordeste, Centro-Norte e algumas prefeituras.
Entendemos que é fundamental a convocação do Comitê Técnico Temático de Produtos Biológicos e de Biotecnologia da Anvisa. E que outros cientistas brasileiros sejam convocados para analisar o caso e de forma isenta darem seus pareceres técnicos.
Conclamamos o Instituto Gamaleya, uma instituição de pesquisa centenária e respeitável, tanto como a Fiocruz e o Instituto Butantã, para que coloque à disposição dos técnicos da ANVISA, no mais breve espaço de tempo, o conjunto de informações que ainda possam estar pendentes, para que o mais rápido possível possamos ter disponibilizadas a vacina Sputnik V para a população brasileira, aprovada em mais de 60 países de forma eficiente e segura.
O Brasil está ficando, a cada dia que passa, ainda mais no final da fila de compras e aquisição de vacinas. É essencial garantir à Anvisa as condições para que busquem todas as informações sobre a Sputnik V. O estabelecimento de uma força tarefa, entre os Ministérios da Saúde e de Relações Exteriores do Brasil e da Rússia e suas Agências Reguladoras, e a participação ativa da Câmara dos Deputados e do Senado Federal na mediação dessa querela, torna-se fundamental para permitir que o Brasil tenha acesso e direito a mais vacinas.
Cada vacina a menos é uma morte a mais.
Núcleo de Acompanhamento de Políticas Públicas – NAPP SAÚDE do PT
Nesta terça-feira (4), às 10h, o depoimento do ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta marca o início das oitivas da CPI da Covid. Outro ex-chefe da pasta que também será ouvido hoje é Nelson Teich. Já na quarta-feira (5) é a vez de Eduardo Pazuello. Seu depoimento é um dos mais esperados pelos membros da CPI e o que mais preocupa o Palácio do Planalto.
Na quinta-feira (6), a CPI promove as oitivas do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e do diretor-presidente da Anvisa, Antônio Barra Torres. De acordo com um integrante da CPI, os senadores visam, durante a esta semana, “fazer a reconstituição passo a passo das crises no Ministério da Saúde e determinar responsabilidades”.
Ao longo do depoimento de Mandetta, a oposição irá questioná-lo acerca das interferências de Jair Bolsonaro no Ministério da Saúde.
Os senadores de oposição desejam sinalizar como o presidente da República sabotou o combate à pandemia enquanto a ala governista tentará “desconstruir” a imagem técnica do ex-ministro, mostrando que ele agiu politicamente à frente da pasta, já pensando em uma candidatura à Presidência da República. Serão pelo menos 45 perguntas.
A oitiva de Nelson Teich preocupa o governo pelo fato de o ex-ministro ter iniciado as tratativas para a compra de vacinas. Os senadores do chamado G7 almejam focar exatamente neste aspecto para apontar, também, que a ação de Bolsonaro foi determinante para atrasar as tratativas junto às indústrias farmacêuticas. O objetivo é fazer, no mínimo, 36 questionamentos.
Ainda amanhã (5), acontece a inquirição do ex-ministro Eduardo Pazuello. O general foi treinado pelo Planalto para responder às perguntas dos senadores e para não se descontrolar após eventuais provocações de integrantes da oposição.
No decorrer do depoimento de Pazuello, os senadores vão questionar o ex-ministro sobre o processo de aquisição de vacinas e vão lembrar, por exemplo, do cancelamento do protocolo de intenções com o Butantan para a compra de 46 milhões de doses da Coronavac.O recuo do governo ocorreu por determinação de Bolsonaro. “Já mandei cancelar, o presidente sou eu, não abro mão da minha autoridade”, declarou Bolsonaro em outubro do ano passado.
Na oitiva de Pazuello, os senadores planejam também inquirir sobre o aplicativo TrateCOV,“tratamento precoce”,prescrição e aquisição de cloroquina, falta de campanhas publicitárias de enfretamento do novo coronavírus e sobre a falta de oxigênio e colapso na saúde de Manaus.
Os depoimentos mais mornos, de acordo com os próprios integrantes da CPI, devem ser de Queiroga e Barra Torres. Nos dois casos, segundo o colegiado, as perguntas serão mais técnicas, focadas no plano de imunização e nas autorizações para o uso de emergencial de vacinas.
Confira as principais perguntas que serão feitas pelos membros da CPI às testemunhas:
Luiz Henrique Mandetta: – Houve pressão do presidente da República relacionada à aplicação da cloroquina? – Houve algum tipo de tratativa para a compra de vacinas? – Houve interferência do Planalto contra a adoção das medidas de isolamento social? – Quantas vezes (ou em quais oportunidades) o presidente foi alertado sobre o isolamento social? – Houve algum movimento de caráter político quando Mandetta esteve no ministério? – O Ministério da Saúde fiscalizou recursos encaminhados aos estados e municípios para o enfretamento da pandemia?
Nelson Teich: – Houve pressão do presidente da República relacionada à aplicação da cloroquina? – Quando foram iniciadas as tratativas para a aquisição de vacinas? Houve algum protocolo de intenção para aquisição de imunizantes iniciado na gestão Teich? – O Planalto boicotou ações de isolamento social? – Houve ação do Ministério para disponibilizar leitos de UTI?
Eduardo Pazuello: – Houve pressão do presidente da República relacionada à aplicação da cloroquina? – Por qual motivo o governo federal ignorou o protocolo de aquisição de vacinas da Pfizer em agosto do ano passado? – Houve interferência do Planalto contra a adoção das medidas de isolamento social? – O presidente Jair Bolsonaro vetou a compra de vacinas em algum momento? – De quem foi a responsabilidade pelo colapso do sistema de saúde no Amazonas? – O Ministério da Saúde foi alertado previamente sobre a crise da saúde no Amazonas? – De quem foi a responsabilidade pela compra e envio de cloroquina para estados e municípios? – De quem foi a ideia de se implementar o aplicativo TrateCOV e quem é o responsável pela recomendação do chamado “tratamento precoce”?
Marcelo Queiroga: – Ao sair do Ministério da Saúde, Pazuello deixou algum planejamento relacionado à compra de vacinas? Em caso positivo, houve erros nesse planejamento? – Qual é a expectativa de entrega de vacinas até o final do ano? – Houve alguma recomendação do presidente Jair Bolsonaro para acelerar o processo de compra de vacinas? – Houve algum entrave por parte do Palácio do Planalto que impediu a compra de vacinas?
Antônio Barra Torres: – O governo interferiu, em algum momento, para atrasar a concessão de autorização emergencial de vacinas? – Qual o período médio para a concessão de autorização emergencial para imunizantes? – As empresas farmacêuticas buscaram a Anvisa para acelerar a concessão da autorização emergencial de imunizantes?
Um balanço feito pela Universidade Johns Hopings, publicados no portal da Veja, aponta números registrados até a noite do domingo (2), de que no mundo inteiro a pandemia da Covid-19 já deixou 152.903.901 pessoas contaminadas e 3.203.494 mortas. No Brasil são 14.754.910 contaminadas e 407.539 mortas.
VACINAÇÃO
O número de doses de vacinas aplicadas no planeta chegou a 1 bilhão, 160 milhões. No Brasil são 47.711.865 de vacinas aplicadas. Pouco mais de 100 após o início da campanha de vacinação contra COVID-19 no Brasil, os primeiros sinais concretos de alento começam a aparecer. Em pessoas com idade entre 80 e 89 anos, as mortes pela doença caíram 16% entre a penúltima semana de janeiro e a primeira de abril. Houve um recuo de 13% em casos graves registrados nessa faixa etária.
O governo de Israel proibiu a população de viajar para países com alta incidência da Covid-19. Estão na lista Brasil, Ucrânia, Etiópia, África do Sul, México, Turquia e Índia. Os israelenses só poderão embarcar para esses destinos em situações extremas, autorizadas pela Alfândega e pelo Ministério da Saúde.
A medida começa amanhã e deve durar até 16 de maio. Quem retornar dos países listados deverá passar por quarentena.
Em 12 de março de 2020, o Brasil registrava seu primeiro óbito em decorrência da covid-19. Hoje, 29 de abril de 2021, a conta total já ultrapassa as 400 mil mortes —mais precisamente 400.021.
No pior momento de toda a pandemia no país, morreram, apenas em abril, até agora, 78.135 brasileiras e brasileiros —em números absolutos, a quantidade é superior ao de qualquer outra nação, ainda que o número de casos tenha aumentado globalmente e a situação na Índia cause preocupação. Aqui, neste mês, foram cerca de 2.700 mortes por dia, em média.
Entre janeiro e abril de 2021, a covid-19 matou mais de 205 mil pessoas em território nacional —mais do que em todo o ano passado (194.975). E ainda não se sabe quando os indicadores vão, de fato, cair.
Hoje, em números absolutos, só perdemos para os Estados Unidos no ranking de países com o maior número de mortos. Com 117 milhões de habitantes a menos, porém, o Brasil ultrapassa o vizinho do norte proporcionalmente em vidas perdidas depois do investimento agressivo em vacinação por lá.
Neste cenário, uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) foi aberta na terça-feira (27) no Senado para investigar a conduta do governo federal na pandemia, além de repasses federais a estados e municípios.