Neste domingo, 6 de outubro, as cidades do RN vivenciarão um momento crucial para a democracia: as eleições 2024. Eleitores dos 167 municípios potiguares irão às urnas para escolher seus representantes para os cargos de vereadore e prefeito. Com um cenário político dinâmico e um grande número de candidatos, é essencial que a população esteja bem informada sobre o processo eleitoral. Confira abaixo as principais informações que você precisa saber para exercer seu direito de voto.
1. e-Título O e-Título serve como documento de identificação e permite acesso ao local de votação e também a justificativa por ausência. Para votar com o título digital, é necessário que o aplicativo esteja atualizado, contenha a biometria e a foto do eleitor. Caso contrário, será necessário apresentar um documento oficial com foto. Os eleitores não poderão levar celulares para a cabine de votação, que deverá ser deixado com os mesários. Além de apresentar seu título, o e-Título oferece informações sobre sua seção eleitoral e locais de votação, facilitando a preparação para o dia das eleições. É importante estar atento ao prazo para baixar o e-Título que é até o sábado (05), véspera da votação. O aplicativo está disponível na loja de aplicativos do seu smartphone (Google Play para Android ou App Store para iOS).
Como baixar o e-Título Passo 1: Acesse a loja de aplicativos do seu smartphone (Google Play para Android ou App Store para iOS). Passo 2: Busque por “e-Título” na barra de pesquisa. Passo 3: Baixe e instale o aplicativo. Passo 4: Ao abrir o aplicativo, siga as instruções para se cadastrar, inserindo seu CPF e outros dados pessoais.
2. Prazo para justificar o voto Eleitores fora do domicílio eleitoral, não poderão votar, uma vez que o voto em trânsito não é permitido para eleições municipais. Quem não votar no dia 6 de outubro terá o prazo de 60 dias para justificar ausência. Dessa forma, o prazo para justificativa no primeiro turno vai até 5 de dezembro de 2024 e no segundo turno até 7 de janeiro de 2025. Para justificar o voto existem duas formas: a primeira é pelo aplicativo e-Título e a segunda é com um formulário disponível nos locais de votação:
e-Título: Acesse “Mais Opções” e selecione “Justificativa de ausência”.
Formulário: Preencher com o número do título eleitoral e dados pessoais. Se a justificativa não for aceita ou for feita fora do prazo, haverá uma multa de R$ 3,51 por turno. Faltas em três turnos consecutivos sem justificativa podem levar ao cancelamento do título, impedindo o eleitor de obter certidão de quitação, tirar passaporte ou participar de concursos. Por isso, é importante não deixar para a última hora e garantir que a justificativa seja apresentada dentro do prazo.
3. Transporte nas eleições Para democratizar o acesso às urnas, o governo do RN e a prefeitura de Natal anunciaram a gratuidade do transporte intermunicipal, metropolitano e urbano de Natal no dia das eleições.
Para o transporte intermunicipal os eleitores retiram os bilhetes de viagem nos guichês das empresas de transporte. O que foi disponibilizado a partir da quarta-feira (2), mediante a apresentação de um documento que comprove sua identidade e local de votação, como o título de eleitor, o e-Título ou outros meios válidos.
Além disso, na capital, a STTU informa que o transporte urbano funcionará com frota de dias úteis, incluindo linhas que normalmente não operam aos domingos e feriados. Isso significa que todos os eleitores poderão se deslocar com facilidade para os locais de votação.
4. Consultando seu local de votação Para saber onde você deve votar, o processo é simples e pode ser feito online:
Passo 1: Acesse o site do TRE-RN.
Passo 2: Na página inicial, busque pela opção “Consulta ao Local de Votação”.
Passo 3: Insira os dados solicitados, como seu nome completo, data de nascimento e nome da mãe.
Passo 4: Após submeter suas informações, você terá acesso à sua seção eleitoral e ao endereço do local onde deve votar. Outra maneira de consultar seu local de votação é através do e-Título, que fornece essas informações de forma prática e rápida.
5. O que levar no dia da votação É fundamental que os eleitores estejam preparados para o dia da votação. Aqui estão os documentos que você deve levar:
Documento de Identidade: É obrigatório apresentar um documento com foto, como RG, CNH ou passaporte. Essa etapa só é dispensada caso o eleitor possua foto registrada no e-Título.
Título de Eleitor: Embora não seja obrigatório, levar o título de eleitor pode facilitar o processo, para quem não tem e-título. Certifique-se de verificar se os documentos estão em ordem antes do dia da eleição, para evitar contratempos.
6. Canal de Atendimento “Disque-Eleições” O TRE-RN também disponibiliza o serviço “Disque-Eleições”, um canal de atendimento telefônico que visa esclarecer dúvidas sobre o processo eleitoral. Os eleitores podem entrar em contato pelo número 0800 084 6464. O atendimento está disponível em horários específicos:
1º Turno: 30/09 a 04/10: das 08h às 14h 05/10: das 08h às 17h 06/10: 06h30 às 17h30 2º Turno: 27/10: das 06h30 às 17h30 26/10: das 08h às 14h Esse serviço disponibiliza diversas informações sobre o local de votação, regularidade do título eleitoral e como justificar a ausência nas eleições.
7. Aplicativo Pardal O Pardal é um aplicativo de fácil acesso oferecido gratuitamente pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para que qualquer cidadão possa enviar denúncias sobre irregularidades durante as campanhas eleitorais espalhadas por todo o país. Disponível para Android e iOS, o app permite que cidadãos denunciem propaganda eleitoral inadequada, compra de votos, uso da máquina pública e outros crimes eleitorais. O órgão responsável pela apuração dos relatos é o Ministério Público Eleitoral (MP Eleitoral). O Pardal está disponível para download gratuito nas plataformas Android e iOS. Basta acessar a loja de aplicativos do seu dispositivo e procurar por “Pardal”.
O aplicativo permite o envio de denúncias com fotos e informações detalhadas, além de acompanhar o status das queixas realizadas. Também oferece informações sobre as eleições, como datas importantes e orientações para os eleitores.
Logo no início da manhã desta sexta-feira (04), as urnas eletrônicas de Natal, Parnamirim, São Gonçalo do Amarante, Macaíba e Goianinha serão carregadas nos caminhões. No sábado (5), entre 6h e 7h, esses caminhões saem para a entrega nos locais de votação. As urnas dos outros 162 municípios potiguares já estão em seus cartórios eleitorais e devem sair para os locais de votação também no sábado (5) pela manhã.
“As urnas que serão utilizadas nas eleições estão todas preparadas para funcionarem a partir das 7h do domingo, 03, com a emissão da zerésima pelos mesários e, a partir das 8h, para votação dos eleitores. Em caso de defeito antes do início da eleição, as zonas eleitorais farão a substituição por uma nova urna de contingência”, explica Marcos Maia, secretário de tecnologia da informação e eleições do TRE-RN.
O secretário afirma que a Justiça Eleitoral utiliza um conjunto de medidas de segurança relacionadas às urnas eletrônicas e ao processo eleitoral. Em resumo, a segurança das urnas eletrônicas é garantida por um sistema abrangente que inclui isolamento da rede, software seguro, hardware dedicado, auditoria, fiscalização e outras medidas rigorosas como criptografia para proteger os dados, equipes separadas para desenvolvimento do software da urna e do sistema de totalização dos votos, testes rigorosos durante o desenvolvimento dos sistemas e lacres invioláveis impedem a abertura ou adulteração das urnas. Essas medidas visam assegurar a integridade, autenticidade e sigilo do voto, garantindo eleições justas e transparentes.
Marcos Maia também explica que “todo o procedimento de geração de mídias e preparação de urnas foi divulgado por edital pelas respectivas zonas eleitorais publicadas no diário da justiça eleitoral e também na internet no sítio www.tre-rn.jus.br em eleições 2024, para ampla fiscalização do ministério público, partidos e candidatos, dentre outros”.
A logística montada pela Justiça Eleitoral, também trabalha com a possibilidade de queda no sistema, garantindo a realização e continuidade do pleito. “As urnas eletrônicas têm bateria interna com autonomia de funcionamento sem energia elétrica de 6 a 12h, dependendo do tipo do modelo de urna utilizada na zona eleitoral. Além disso, temos baterias extras para adicionar em caso de falta de energia prolongada, para aumentar a autonomia”, detalha o secretário de tecnologia da informação e eleições do TRE-RN, Marcos Maia.
Auditoria da votação eletrônica A cerimônia de escolha e/ou sorteio das seções eleitorais, cujas urnas eletrônicas serão submetidas à auditoria, será realizada no sábado (05), às 7h00 da manhã, no Plenário do Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Norte (TRE-RN), em Natal.
Os Testes de Integridade das Urnas Eletrônicas ocorrerão no horário da votação oficial, das 8h00 às 17h00, no dia 6 de outubro, no Fórum Eleitoral de Natal, localizado na Avenida Rui Barbosa, 215 – Tirol.
Os Testes de Integridade das Urnas Eletrônicas com Biometria ocorrerão no horário da votação oficial, das 8h às 17h, no dia 6 de outubro, na Universidade Potiguar, situada na Av. Sen. Salgado Filho, 1610 – Lagoa Nova.
Os trabalhos de auditoria das urnas eletrônicas são públicos e podem ser acompanhados por qualquer pessoa interessada.
Passo a passo da Auditoria:
Na véspera da eleição, dia 05 de outubro de 2024, entre 7h00 e 12h00, no Plenário do TRE-RN, cada entidade fiscalizadora presente poderá escolher uma seção eleitoral cuja urna deverá ser encaminhada para o processo de auditoria. Caso não haja a participação de entidades fiscalizadoras para a escolha de todas as seções, será realizado o sorteio;
As urnas escolhidas e/ou sorteadas, de qualquer seção eleitoral do Estado, serão recolhidas pela Comissão de Auditoria e encaminhadas ao Fórum Eleitoral de Natal, com escolta da Polícia Rodoviária Federal;
As zonas eleitorais que tiverem as seções selecionadas para passar pelos testes de auditoria substituirão as urnas recolhidas;
No mesmo dia e horário das eleições oficiais, às 8h00 do dia 06 de outubro de 2024, iniciam-se os trabalhos dos Testes de Integridade, após a conferência dos sistemas, lacres e emissão da zerésima, com a digitação das cédulas de papel pelos auxiliares da auditoria;
Todo o processo será filmado e transmitido, em tempo real, pelo canal do TRE-RN no YouTube (https://www.youtube.com/user/justicaeleitoralrn);
O encerramento dos trabalhos da auditoria da votação eletrônica será às 17h00;
Encerrada a apuração, será feita a comparação entre os resultados obtidos nos Boletins de Urna (BUs) emitidos pelas urnas eletrônicas e os resultados dos relatórios emitidos pelo sistema de apoio à votação – SAVP;
Detectada a coincidência entre os resultados obtidos nos BUs e os dos relatórios emitidos pelo sistema de apoio à votação, será lavrada ata circunstanciada de encerramento dos trabalhos;
Na hipótese de divergência entre o BU e o resultado esperado, serão adotadas as seguintes providências:
Localização das divergências;
Conferência da digitação das respectivas cédulas divergentes, apurada através da filmagem, com base no horário de votação.
A ata de encerramento dos trabalhos será encaminhada à Presidência do TRE/RN, que a remeterá ao TSE, em até 100 (cem) dias corridos, contados a partir do dia do primeiro turno das eleições.
De acordo com os números da pesquisa DataVero, realizada nesta semana, a tendência é que o prefeito Allyson Bezerra (UB) atinja a marca de mais de 100 mil votos de maioria sobre os demais candidatos, uma marca histórica em Mossoró.
A segunda cidade do RN em número de eleitores tem 184.670 pessoas aptas a votar. Pela estimulada, o número de indecisos e nenhum, que corresponde a brancos, nulos e abstenções, soma 15.438. A partir daí, se tem 169.232 votos válidos.
Levando em conta estes votos válidos, quando são retirados os brancos e nulos, a pesquisa aponta 84,31% das intenções de voto a Allyson Bezerra. Isto representa cerca de 142 mil votos.
Já Lawrence Amorim (PSDB), com 9,15% dos votos válidos, receberia pouco mais de 15.475 votos; Genivan Vale (PL), a partir do percentual de 4,77%, receberia 8 mil votos; já o candidato Victor Hugo (UP), com 1,36%, receberia cerca de 2 mil votos; e Irmã Ceição teria 702 votos.
Todos os adversários do prefeito juntos somam cerca de 26 mil votos, o que confere uma maioria de mais de 100 mil votos ao candidato à reeleição.
Na última eleição, em 2020, Allyson já obteve a maior votação do município, embora a disputa tenha sido acirrada com a ex-prefeita Rosalba Ciarlini. O iniciante em disputas majoritárias derrotou a candidata à reeleição por 47,52% (65.297) a 42,96% (59.034).
Há quatro anos, foram 137.417 votos válidos, o correspondente a 94,28%. Os votos brancos foram 2.282 (1,57%) e os nulos 6.052 (4,15%). As abstenções foram 30.181 (17,15%).
Gestões Allyson e Lula são aprovadas em Mossoró
O eleitor mossoroense que respondeu à pesquisa Datavero, nos dias 01 e 02 de outubro, responderam ao questionamento sobre como avaliam as gestões municipal, estadual e federal. A avaliação mais positiva vai para o prefeito Allyson Bezerra (UB).
Sobre a avaliação, 84% aprovam a gestão municipal; 12,25% desaprovam e 3,75% não sabe ou não respondeu.
Na classificação da gestão, 29,63% diz que é excelente e 45,88% classifica como boa. Classificam como regular para mais 10,38% e regular para menos 8%; outros 2,13% dizem que a gestão é ruim; 2,88% como péssima e 1,13% não sabe ou não respondeu.
Lula De acordo com a pesquisa DataVero, A avaliação da gestão federal também é positiva: 58,50% dos mossoroenses aprovam o Governo Lula; 32,38% desaprovam e 9,13 não sabem ou não responderam.
Fátima Bezerra Já a gestão estadual é desaprovada pela maioria dos eleitores mossoroenses que responderam ao questionamento. 53,88% disseram desaprovar o Governo Fátima; 35,63% aprovam e 10,50% não sabem ou não responderam.
Allyson Bezerra lidera entre os que aprovam e os que desaprovam governos
Quando cruzados os dados entre a aprovação das gestões e as intenções de votos, o prefeito Allyson Bezerra (UB) deve levar os votos de eleitores que aprovam os governos de Lula e de Fátima Bezerra, que tem como candidato Lawrence Amorim (PSDB). Ele também tem maioria entre os que desaprovam os governantes do PT, mesmo com Genivan Vale (PL) como candidato do bolsonarismo, que é a maior representação do anti-petismo. Os dados mostram que a polarização ideológica não tem influência na cidade oesteana.
Entre os que aprovam Lula, Allyson tem 75,64% das intenções de votos. Em segundo vem Lawrence, com 11,97%. Já entre os que desaprovam Lula, 77,61% diz que vai votar em Allyson e 9,27% em Genivan Vale.
Já dos eleitores que aprovam Fátima Bezerra, 72,63% dizem que vai votar em Allyson e 14,39% em Lawrence. Dos que desaprovam a governadora, 79,12% declaram voto em Allyson e 6,26% em Genivan Vale.
Em Mossoró, candidato mais citado a vereador é novato em disputas eleitorais
As intenções de votos à Câmara Municipal de Mossoró foram pesquisadas pelo Instituto DataVero nesta semana. Até agora, o número de indecisos é 25,6%. Outros 8,5% afirmaram votar em nenhum dos candidatos a vereador.
O mais citado é Vavá, com 4% das intenções de votos. Ele é seguido pelo ex-vereador Petras Vinicius, com 2,8%; já os vereadores Ricardo de Dodoca e Wiginis do Gás foram citados por 2,1%, cada.
O ex-vereador Alex do Frango vem em seguida, com 2%. O vereador Genilson Alves tem 1,9%, mesma porcentagem de Mazinho do Saci, com 1,9%, e Vladimir Cabelo de Nego, 1,9%; os vereadores Lucas das Malhas e Tony Cabelos, 1,8%, cada.
A pesquisa DataVero ouviu 800 eleitores mossoroenses nos dias 01 e 02 de outubro de 2024. A margem de erro é de 3%. O nível de confiança é de 95%. O número de registro no TSE é RN-06077/2024.
A pesquisa DataVero/Diário do RN foi realizada nestas terça, 01, e quarta-feira, 02, ouvindo 800 eleitores sobre as intenções de votos a prefeito de Mossoró. O segundo maior colégio eleitoral do Estado mantém a larga preferência pela reeleição do prefeito Allyson Bezerra (UB), que mantém quase 70 pontos de diferença em relação ao segundo colocado.
Dos votos válidos, de acordo com a pesquisa estimulada, quando retirados os brancos e nulos, o prefeito soma 75 pontos de diferença. Allyson Bezerra (UB) aparece com 84,31%; Lawrence Amorim (PSDB) vem em segundo, com 9,14%; Genivan Vale (PL), 4,77%; Victor Hugo (UP), 1,36%; e Irmã Ceição (PRTB), 0,41%.
Já incluindo todas as declarações de votos, na estimulada, Allyson Bezerra tem 77,25%; Lawrence Amorim tem 8,38%; Genivan Vale aparece com 4,38%; Victor Hugo tem 1,25% e Irmã Ceição 0,38%. Responderam votar em nenhum 6,25. Os indecisos e entrevistados que não responderam são 2,13%.
Série de pesquisas Em relação às pesquisas anteriores, realizadas nos dias 20 e 21 de julho e em 28 e 29 de agosto, o candidato à reeleição permanece na liderança isolada com percentuais dentro da margem erro.
Na primeira sondagem da série, Allyson teve 76,13%; em agosto apareceu com 79,70% e agora tem 77,25%. Já o presidente da Câmara Municipal, Lawrence Amorim, cresceu de agosto para cá, apresentando 3,88% na primeira pesquisa da série; 4,70% na segunda; e 8,38% atualmente. O ex-vereador, candidato do PL, Genivan Vale, apresentou crescimento incialmente, estacionando em seguida: tinha 2,88% em julho; subiu para 4,33% em agosto; e está com 4,38% em outubro. O número de indecisos caiu, de 5% em julho, para 4,95% em agosto e reduzindo mais para 2,13% agora.
Espontânea Quando questionados qual a intenção de voto espontânea, 76,13% dos mossoroenses citaram Allyson Bezerra. Lawrence Amorim foi lembrado por 7,13% e Genivan Vale por 4%. O candidato Victor Hugo foi lembrado por 0,88% e Irmã Ceição por 0,13%. Não sabem ou não responderam, 7%; e disseram nenhum 4,75%. A pesquisa estimulada é a primeira pergunta da sondagem, já que nela o entrevistado diz o primeiro nome que vem à mente, sem ser apresentado aos nomes dos candidatos.
Rejeição Dos cinco candidatos à prefeitura de Mossoró, Genivan Vale é o mais rejeitado, aparecendo com 33,38%. Lawrence Amorim tem 17% de rejeição. O prefeito Allyson Bezerra é rejeitado por 6,63% e Irmã Ceição por 6,13%. Já Victor Hugo tem 4,13%.
Dos entrevistados na pesquisa, 3,50% disseram que votariam em todos; 6,50% votariam em nenhum, rejeitando todos; e 22,75% não sabem ou não responderam.
A pesquisa DataVero ouviu 800 eleitores mossoroenses nos dias 01 e 02 de outubro de 2024. A margem de erro é de 3%. O nível de confiança é de 95%. O número de registro no TSE é RN-06077/2024.
O Instituto DataVero realizou pesquisa de intenções de votos a Prefeitura de Montanhas, município a 96 quilômetros de Natal. Doze pontos separam os dois candidatos na disputa pela cadeira do Executivo Municipal.
Na estimulada, Algacir (PSD), candidato da coligação que reúne Republicanos, MDB, PSB, UB, PSD, aparece com 53,16%. Antonio Neto (PP), candidato do PP, PT-PCdoB-PV, tem 40,79%.
Responderam votar em nenhum 2,89% e não sabem ou não responderam 3,16%.
Dos votos válidos, quando retirados os nulos e brancos, Algacir tem maioria de 56,58% e Antonio Neto 43,42%.
Espontânea Na sondagem espontânea, quando não são apresentados os nomes dos candidatos, Algacir é lembrado por 51,05% dos eleitores; Antonio Neto é citado por 38,42%.
Gustavo foi citado por 0,26%. Não sabem ou não responderam 8,42% e disseram ‘nenhum’ 1,84%.
Rejeição A pesquisa DataVero/Diário do RN questionou os eleitores de Montanhas sobre a rejeição aos nomes que se apresentam à disputa. O candidato Antonio Neto tem 50,26% de rejeição, enquanto Algacir tem 38,42%.
Responderam rejeitar nenhum, votando em todos, 5,53%; disseram que votariam em nenhum, 0,79% e não sabem ou não responderam, 5%.
A pesquisa DataVero foi realizada nos dias 28 e 29 de setembro de 2024. Foram entrevistadas 380 pessoas no município de Montanhas. A margem de erro é de 3% e o nível de confiança 95%. Está registrada no TSE sob o número RN-01950/2024.
População de Montanhas aprova prefeito e presidente Lula; Fátima Bezerra é desaprovada
Na avaliação das gestões, de acordo com a pesquisa DataVero, o prefeito Manuel Gustavo (PL) é aprovado por 57,89% dos montanhenses. Outros 36,58% desaprovam o gestor municipal; e 5,53% não sabem ou não responderam.
Sobre a avaliação da gestão federal, Lula é aprovado em Montanhas por 77,89% dos entrevistados; 15,53% desaprovam o Governo Lula e 6,58% não sabem ou não responderam.
Por outro lado, a gestão estadual é desaprovada por 71,32% da população que respondeu à pesquisa; 22,89% aprovam a gestão Fátima e 5,79% não sabem ou não responderam.
Em Montanhas, candidato a vereador mais citado tem 8,16%
Na cidade de 11.444 habitantes, 25,26% da população que foi entrevistada na pesquisa DataVero/Diário do RN ainda não decidiu em quem votar para vereador. Disseram não saber ou não responderam, 25,26%.
Na disputa à Câmara Municipal de Montanhas, o candidato Ronaldo Pedro foi citado por 8,16%; Dinho de Geraldo por 7,63%; em seguida vem Dado Teixeira, com 5,79%; Itamar foi lembrado por 5,53% dos entrevistados.
Outros 4,74% disseram que votam em nenhum dos candidatos. Abaixo, vem Fabiano Medeiros, com 4,47%. Joel Coutinho foi citado por 3,16%; Debora Pilão por 2,89%.
A pesquisa DataVero/Diário do RN foi realizada nos dias 28 e 29 de setembro de 2024. Foram entrevistadas 380 pessoas no município de Montanhas. A margem de erro é de 3% e o nível de confiança 95%. Está registrada no TSE sob o número RN-01950/2024.
O juiz de direito da 1º vara, diretor do Fórum de Ceará-Mirim, Herval Sampaio, conversa com o Diário do RN, sobre o processo eleitoral e a atuação da Justiça Eleitoral neste momento importante para a democracia e o exercício da cidadania. Com histórico de atuação enquanto juiz eleitoral, entre 2000 e 2024, Herval só não participou das eleições na condição de juiz eleitoral nos anos de 2016 e 2018.
Segundo o magistrado, o questionamento à lisura e à segurança eleitoral foi deixado de lado, pela “fragilidade” dos argumentos.
Analisando o largo uso das propagandas no rádio e na TV e, principalmente, na internet, Herval Sampaio admite que nem a Justiça, nem o Ministério Público têm estrutura para acompanhar a rapidez com que novas tecnologias são criadas diariamente para propagandas negativas e fake news.
Por fim, o jurista lista desrespeitos às normas mais danosas cometidas no dia da eleição e explica como o eleitor e candidatos devem agir no dia em que a cidadania atinge o ponto alto.
Diário do RN – Depois de um período muito extremo de questionamento sobre a confiabilidade do sistema eleitoral, como é que o senhor avalia 2024 em relação a esse quesito? Herval Sampaio – Esse questionamento que foi feito ao longo desses últimos anos, com todo respeito a quem pense o contrário, fez parte do que se chama, até mesmo como novidade, dessa polarização ideológica, que sem sombra de dúvida, se iniciou a partir da eleição do presidente Bolsonaro e, com todo respeito que eu tenho à Vossa Excelência, foi um dos maiores erros cometidos por esse grupo político, porque, por mais que a gente queira aperfeiçoar o nosso sistema eletrônico e isso é válido, até salutar, inclusive para o fortalecimento da nossa democracia, em momento nenhum ficou demonstrado nada do que foi dito. Inclusive hoje, em pleno 2024, você tem uma resolução sobre fake news no processo eleitoral, que os exemplos mais factíveis, inclusive constando na resolução, são justamente contra o próprio sistema de votação.
Então, eu diria, pelo declínio da perda evidentemente do posto maior, esse movimento foi caindo de forma muito acintosa, ao ponto, inclusive, de mesmo havendo ainda uma divisão ideológica muito grande, ou seja, a polarização continua e talvez se intensifique, mas esse tema foi deixado de lado. Aí você pode dizer que ele foi deixado de lado porque houve endurecimento da Justiça Eleitoral, pode ter tido, mas a realidade, penso eu, que vai além disso, vai justamente porque não se teve força nos argumentos com relação essa questão da vulnerabilidade do sistema eletrônico.
E veja, nas eleições municipais, que a gente tem uma militância mais ativa, mais presente, com fiscalização mais evidente, você não vê ninguém até hoje, a quatro dias das eleições, você não vê ninguém questionando, pelo contrário, o sistema vem se fortalecendo. Isso no meu entender, dignifica a Justiça Eleitoral brasileira.
Diário do RN – Em relação ao advento das tecnologias, redes sociais, uso desenfreado de fake news. Como é que o senhor explica o processo jurídico sobre eleições, a partir disso? Herval Sampaio – Aí sim você toca realmente uma grande novidade, porque essa novidade, ela só é em cima do uso tecnológico, do incremento tecnológico das redes sociais, da internet, dos chats boots, enfim, de tudo que a gente vê hoje de forma muito intensa sendo aplicado ao processo eleitoral. As hoje fake news nada mais são do que as antigas fofocas. E essas fofocas, tanto de forma positiva, quanto a chamada hoje propaganda negativa, sempre fizeram parte do processo eleitoral, das eleições agora. Qual a novidade, além do incremento? É a potencialização de tudo isso. É muito danoso para determinados municípios em especial, quando você traz uma fake news de caráter negativo. Por mais que se critique o uso talvez um pouco mais exacerbado ou um ativismo um pouco mais intenso da Justiça Eleitoral, inclusive com a resolução que eu citei, idealizada pelo então presidente, ministro Alexandre de Moraes, nós estamos percebendo claramente que se faz necessário um instrumento normativo, que faz necessário uma velocidade da Justiça Eleitoral para conter essas fake News e esse uso tecnológico quando se prejudica uma determinado candidatura, porque a gente sabe que o efeito eleitoreiro, o potencial eleitoreiro coloca abaixo a tentativa de se igualar ao processo eleitoral. Eu digo tentativa porque o processo eleitoral é desigual por natureza, é muito desigual. É desigual inclusive, como eu sempre dizia na forma tradicional, quando se tem a reeleição de chefe do Executivo, mas os demais políticos profissionais, que são candidatos sem deixar o seu mandato. Mas são muito mais desiguais hoje quando um candidato em São Paulo, e não pode ser discriminado por isso, tem milhões de seguidores nas redes sociais. Por mais que ele não tenha tempo de rádio e televisão e nem direito a fundo partidário, ele parte na frente. Não que seja ilícito. Não é. Você não pode discriminar alguém que tem muitos seguidores de participar do processo eleitoral, mas isso desiguala sim, porque claramente ele está lá com muito mais oportunidade, com muito mais espaço, com muito mais interação, inclusive para cometer fake news. O abuso de poder mais potencial, aquele que verdadeiramente pode mudar o resultado das urnas, que pode direcionar de forma danosa, invertendo a ótica normal da escolha, dentro pelo menos de um processo mínimo de igualdade, é o abuso de poder midiático que nós estamos vendo hoje.
Diário do RN – Existe como a justiça acompanhar esse ritmo de como essas coisas acontecem principalmente nas redes sociais? Herval Sampaio – Tem não. Eu vou logo ser franco, direto, objetivo: nem a justiça e muito menos o Ministério Público. O Ministério Público passa longe de ter a estrutura necessária. Muitas das medidas que têm que ser tomadas na propaganda, fora o poder de polícia, têm que ser tomadas pelo Ministério Público ou então por algum dos candidatos. Mas aí eu abro um parêntese, você deve ter vários registros de candidatos que estão em municípios pequenos, até municípios medianos, combinado de que cada um faz suas ilicitudes de um lado e de outros, respeitando aí alguns limites que eles mesmos estabelecem e se o Ministério Público não atuar no poder de polícia de forma oficiosa nada vai acontecer, as ilicitudes vão reinar. Então, é impossível tanto para a justiça eleitoral quanto para o Ministério Público acompanhar passo a passo, minuto a minuto, de segunda a segunda, ou seja, todos esses movimentos que mudam, inclusive, de táticas, estratégias, de uso de tecnologias de uma hora para outra, de uma hora para outra mesmo. Então é impossível, claro, que só tem uma coisa, só se a gente se estruturasse.
Diário do RN – O senhor acredita que a Justiça Eleitoral chegou no ideal sobre a inclusão das minorias, mulheres, pessoas trans, os negros, em relação inclusive ao fundo eleitoral? Herval Sampaio – Está longe demais também, infelizmente, é algo que a evolução é muito pouca no meu sentir, a Justiça Eleitoral ainda não avançou suficiente inclusive para, a partir do próprio Ministério Público e de um ou outro candidato, e na realidade a Justiça Eleitoral passa longe de poder normatizar as questões que dizem respeito às minorias. E ela ainda o faz, mesmo que de forma política ela o faz. Você veja aí aquela decisão do Supremo Tribunal Federal na véspera da eleição passada com relação a necessidade de que parte do fundo eleitoral fosse usado também para as candidaturas negras, mesmo sem previsão expressa. Mas me preocupa, porque a mulher claramente, numericamente, segundo os estudos estatísticos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o IBGE, não faz sentido que a gente tenha tão poucas mulheres presentes na vida política brasileira. É triste, é patético esse número, eu evidentemente tenho minhas ressalvas, não por cooperativismo, mas porque na minha carreira por exemplo tem a questão da antiguidade, mas dentro da política não tem nada, não tem critério nenhum, não tem o que respeitar a não ser a vontade do povo. E parece que o povo tem que verdadeiramente entender que a mulher é, da mesma forma que o homem, esse ser político, e em sendo esse ser político, ela precisa participar mais ativamente. E para isso nós temos que deixar de lado muitas amarras, não só as amarras normativas, mas as amarras culturais, essas amarras de uma sociedade, que é, por mais que a gente não queira dizer, patriarcal, uma sociedade que ainda vê, em que pese a legislação ter avançado, homem como chefe de família e a mulher como dona de casa. Para que essa macharada passe a entender, eu penso que a legislação tem que ser mais agressiva.
Diário do RN – Quais são os pontos principais para o eleitor se ater no próximo domingo, no exercício da cidadania, e também os candidatos? Herval Sampaio – Vamos começar com os eleitores. Com o enxugamento que a gente teve nesses últimos anos, muito grande, das propagandas, a campanha chega ao final realmente enxuta. Ela chega nas redes sociais, que ganharam, e vão ganhar, ainda muito mais espaço nas eleições seguintes. Então, como é que o eleitor irá se portar no dia da eleição? Quer fazer sua propaganda? Quer inclusive deixar claro, deixar patente, até para fins eleitorais, deixar clara sua posição? Faça de maneira silenciosa. Eu gosto de brincar com isso, eu digo que o eleitor pode ir só com o zoinho de fora, vestido de Homem-Aranha, vai de qualquer personagem. Pode ir com tudo da cor do candidato. Agora, ele tem que ir caladinho, na dele, levando o santinho dele, se ele não conseguir lembrar o número. Só são dois números e ele tem que votar e ir para casa. Não pode se aglomerar, ele não tem nenhum tipo de propaganda no dia da eleição, que ele não invente de ficar junto de eventuais militâncias, que estarão erradas; e aí eu já passo para a parte dos candidatos, que devem respeitar. A legislação é clara: não há propaganda nenhuma na internet. E acabar com aquele movimento do candidato. Movimento altamente, eu diria, nefasto ao processo eleitoral.
Não porque a legislação seja assim. Mas também porque a partir de haver uma estruturação para que os candidatos não possam piruar de seção por seção, criam para a Justiça Eleitoral evidentemente muitos problemas. Então o candidato tem que colaborar. Eu não quero que ele deixe de cumprimentar os eleitores não. Eu não quero que ele deixe fazer um abraço uma foto ou outra. Agora ele não pode ficar fazendo literalmente propaganda, literalmente uma boca de urna.
Ele não pode ficar visitando todas as seções, porque isso é literalmente propaganda e a sua militância não pode estar reunida. E o pessoal ainda tem aquela imaginação muito pequena de jogar aqueles santinhos nas calçadas, causando, não só aquela poluição visual, mas também uma poluição real, e aquilo pode indicar, no mínimo, indício de abuso do poder econômico que com certeza, dificilmente estará na contabilidade da prestação de conta.
Como é que você tem a cara de pau, passar muito óleo de peroba na sua cara, para você estar querendo fazer carreata, passeata no dia da eleição. Isso é um absurdo, é uma coisa do terrível, é um desrespeito muito grande à própria institucionalidade do processo democrático. Então, que o eleitor possa exercer o seu direito, talvez um dos mais sublimes.
O ex-prefeito Carlos Eduardo passou a campanha inteira de 2024 fugindo de debates com seus principais adversários. Ele faltou ao debate da Band TV, faltou ao da 98 FM e faltou ao debate da Tribuna/OAB. No primeiro, de última hora ‘inventou’ uma viagem para Fortaleza e só comunicou à emissora que faltaria, poucas horas antes do início do evento. Nos demais debates, ele não se preocupou mais em arranjar desculpas para faltar; simplesmente faltou e pronto. Agora, no último debate da campanha, ele resolveu participar.
A InterTV Cabugi realiza tradicionalmente um debate entre os candidatos no último dia de prazo legal para realização desse tipo de confronto entre os postulantes ao Executivo. Hoje será realizado o debate com os candidatos a prefeito de Natal. Para surpresa geral, Carlos Eduardo confirmou presença no último debate da campanha e vai ser confrontado com seus principais adversários, de quem ele fugiu e evitou o confronto até agora.
Segundo informações de bastidores, a decisão para a ida de Carlos Eduardo ao debate foi tomada em função da queda nas pesquisas e a possibilidade de perder uma vaga no segundo turno da disputa, justamente pelo desgaste que suas ausências provocaram no eleitorado. Seria o ‘tudo ou nada’ para quem passou a maior parte da campanha como favorito e agora vê esse favoritismo ameaçado.
A questão é que a ausência de Carlos Eduardo nos debates fez com que os adversários usassem parte da munição contra ele nas inserções e no horário eleitoral. Mas agora é diferente.
À distância, Carlos Eduardo bateu em Paulinho Freire, Natália Bonavides e Rafael Motta. Agora, será a vez da revanche, frente à frente.
Paulinho, Natália e Rafael vão entrar na sede da InterTV Cabugi com pastas e mais pastas, cheias de documentos que aterrorizam Carlos Eduardo. São auditorias técnicas, ofícios, condenações, reversões de punição, questionamentos sobre aumento do patrimônio pessoal e outros torpedos que mexem com o emocional do ex-prefeito da capital.
Além de questionamentos ácidos sobre assuntos indigestos, há também os problemas como a falta da licitação dos ônibus, o sorteio de vagas nas escolas, os medicamentos vencidos, o saque da previdência, entre outras pérolas que deixarão Carlos Eduardo nas cordas.
Caso ele tivesse ido a outros debates, esses assuntos já seriam de conhecimento público e suas respostas já teriam sido dadas. Com suas ausências, tudo ficou guardado para um único dia: Hoje.
Natália deverá ser a mais agressiva contra o ex-prefeito. Afinal, ela já viu que não consegue tirar votos de Paulinho. A vaga da petista no segundo turno virá da desidratação da candidatura de Carlos Eduardo, que já foi aliado e adversário do PT e sinaliza para o centro-esquerda. Rafael também é outro que vai para tudo ou nada. Se tirar Carlos Eduardo do sério, poderá conquistar alguns preciosos pontos na reta final. Paulinho foi quem mais apanhou da campanha do ex-prefeito. Vai para o debate afiado para desmascarar o adversário.
Portanto, a ida de Carlos Eduardo ao debate poderá ser o maior erro estratégico desta eleição. É aguardar e assistir o único confronto direto entre os principais candidatos a prefeito de Natal.
Debate da Inter TV O debate iniciará às 22h e será mediado pela jornalista Emmily Virgílio. Dividido em quatro blocos, o primeiro e terceiro serão de temas livres; já os segundo e quarto blocos terão temas pré-estabelecidos e sorteados antes da participação de cada candidato. Todos terão tempo para réplicas e tréplicas e para as considerações finais na última parte.
Foram convidados os candidatos de partidos que têm representação mínima de cinco parlamentares no Congresso Nacional.
A situação do México foi o “ponto final” na possibilidade do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), marcar presença em Natal para ajudar a alavancar a candidatura de Natália Bonavides (PT) rumo ao 2º turno na disputa pela Prefeitura da capital. A informação foi dada à reportagem do Diário do RN pela própria Natália. Ela afirmou que, apesar da dificuldade de agenda, foi o problema no voo do México que definiu a ausência de Lula nesta campanha eleitoral.
“Não tinham desistido ainda, mas agora com esse problema no voo do México, só no segundo turno. Ele deve retornar para o México pelo problema no voo”, informou a candidata nesta terça-feira, 01, à noite, se referindo à fala do ministro Alexandre Padilha, que vinha articulando agenda eleitoral do presidente junto ao PT nacional.
Segundo Natália, Padilha informou que continuava tentando, mas que a viagem à Natal teria que ser nesta quarta-feira, 2, já que hoje já estava marcado o último debate eleitoral dos candidatos a prefeito. “Ele está confiante que você estará no segundo turno”, teria dito Alexandre Padilha após a confirmação de cancelamento da agenda.
A questão do voo a que a candidata se refere foram os problemas técnicos apresentados no avião presidencial no retorno do presidente e sua comitiva do México, para onde tinha ido participar da posse da presidente do país, Claudia Sheinbaun. Lula teve que retornar e embarcar em outra aeronave, adiando sua chegada ao Brasil.
Segundo reportagem do Uol, a ausência de Lula no primeiro turno das eleições municipais tem desagradado nos bastidores. O texto cita Natália como uma das candidatas que “esperavam mais” de Lula, diante das chances concretas, segundo as pesquisas, de chegar ao segundo turno.
De acordo com o Uol, fontes apontam três motivos para a ausência de Lula em capitais com candidatos com chances de segundo turno: agenda corrida, ciúmes entre candidatos e evitar excesso de exposição.
Nesta segunda-feira, 30, o presidente surgiu em curto vídeo publicado na rede social Instagram, pedindo voto para a candidata. “Dia seis de outubro vocês têm a oportunidade extraordinária de votar numa jovem mulher, deputada de muita qualidade, para ser prefeita de Natal”, afirmou Lula.
Na gravação, o petista ainda diz: “para melhorar a qualidade de vida das pessoas, para melhorar a qualidade da educação, a qualidade da saúde, a qualidade do transporte. Dia seis de outubro, vote Natália para prefeita”. O vídeo foi publicado na conta oficial de Bonavides, junto com a mensagem: “aquele recado de quem transformou o Brasil e vem com a gente fazer história rumo à mudança que nossa cidade precisa”.
Além do vídeo na última semana de campanha eleitoral, com a ausência do presidente, a campanha de Natália Bonavides se vale também de vídeos dos ministros Fernando Haddad, Camilo Santana e Simone Tebet, a quem a campanha nominou de “O time de Lula”, como uma maneira de relacionar o nome da candidata ao presidente, e na esperança de contribuir para que ela realmente consiga passar para o segundo turno para, mais uma vez, esperar o presidente.
A quatro dias da eleição municipal, se encerra hoje, 02, o ciclo de sabatinas realizado pelo Diário do RN com os candidatos à Prefeitura de Natal. Cinco dos seis candidatos se prontificaram e cumpriram seu papel de apresentar ao público leitor o perfil, propostas e principais características neste momento em que se propõem a governar a capital do Rio Grande do Norte pelos próximos quatro anos.
Todos os candidatos foram convidados para o momento, com dias e horários agendados previamente com as assessorias de comunicação das campanhas, de acordo com a agenda e preferência de cada postulante. As sabatinas foram realizadas pelos jornalistas Túlio Lemos, Bosco Afonso e Carol Ribeiro e tiveram as mesmas duas páginas para todos os candidatos participantes.
O único candidato que recusou o convite do Diário do RN foi o ex-prefeito Carlos Eduardo (PSD). A ele foi oferecido o mesmo espaço de entrevista e a mesma flexibilidade de horários que aos demais candidatos. Entretanto, o ex-prefeito optou por se negar a apresentar seus pensamentos sobre o pleito e novas propostas para Natal, assim como fez com sua participação em debates eleitorais realizados por emissoras e instituições, como Band, 98FM e Joven Pan e OAB.
Primeiro entre os entrevistados, o candidato do PSTU, Nando Poeta, que forma chapa puro-sangue com o estudante Tiago Silva, apresentou os ideais e pensamentos para uma gestão socialista da capital do Estado. Poeta, cientista social, trabalhador da construção civil, fundador do PT em Natal e do PSTU, o candidato apresentou duras críticas ao PT, a quem classificou de “gestor do capitalismo”, junto com demais partidos que compõem o Congresso Nacional. Nando Poeta defendeu a redução de salários do prefeito, de secretários e de vereadores e prometeu montar uma empresa pública de transportes para corrigir a deficiência do transporte coletivo de Natal.
Rafael Motta (Avante), segundo participante da sabatina, se apresentou como o candidato mais capaz de trazer jovialidade, modernidade e tecnologia para dentro da administração municipal.
Em chapa puro-sangue composta com José Abdon (Avante), defende o conceito de cidades inteligentes. Motta promete a criação do cartão-único do transporte coletivo e a criação de uma zona franca na Ribeira. O candidato avaliou os adversários e afirmou que novas lideranças no PT são “ceifadas” e que Carlos Eduardo é “antiquado e atrasado”.
Já a candidata do PT, Natália Bonavides, que forma chapa com Milklei Leite (PV), numa aliança entre a Federação Brasil da Esperança (PT-PV-PCdoB), MDB, PDT e PSB, foi a terceira a participar da série. Colocando-se como “a mais preparada”, Natália prometeu realizar a licitação para o transporte coletivo e falou sobre a “obsessão” de gerar empregos com a ampliação de áreas pouco estimuladas economicamente em Natal, como a indústria têxtil e tecnologia. Segundo Natália Bonavides, Paulinho Freire se propõe a manter os problemas de Natal e Carlos Eduardo não tem interesse na cidade, porque só aparece em época de eleição.
Paulinho Freire (UB), candidato da aliança UB, PP, PSDB-Cidadania, Republicanos, PL e Podemos, que forma chapa com Joanna Guerra, foi o quarto entrevistado da rodada de sabatinas. O deputado estadual prometeu resolver o “atraso” de Natal que, segundo ele, foi causado pelo ex-prefeito Carlos Eduardo. Sobre os adversários, o candidato ainda relaciona Natália Bonavides à desaprovação da gestão Fátima Bezerra (PT). Entre os projetos apresentados, o candidato propõe a construção da Via Mangue, entre a zona Norte e demais áreas da cidade, e garante que “nenhuma criança estará fora da sala de aula”.
Por fim, o pastor evangélico Heró Bezerra, que tem como vice Bento, ambos do PRTB, foi a última conversa da série de sabatinas. O candidato critica a transmissão de poderes entre os candidatos que participam do pleito e se coloca como a “renovação” que Natal precisa. Ele promete realização de concursos e a construção de hospitais municipais.
“Eu acho que existe rabo preso”. Essa é a justificativa que o candidato a prefeito de Natal, Heró Bezerra (PRTB), encontra para nunca ter acontecido licitação para o transporte coletivo na cidade. O candidato é o quinto entrevistado a participar da sabatina do Diário do RN com os postulantes da capital.
Lembrando que é do mesmo partido de Pablo Marçal, polêmico candidato a prefeito de São Paulo, Heró Bezerra diz acreditar no seu crescimento, por ter o menor índice de rejeição.
Pastor evangélico, presidente fundador da igreja Palácio de Deus no RN, o candidato defende o Estado laico e o respeito dos governantes ao “povo que declara outras crenças”.
Criticando o que chama de “prefeitura de colo”, Heró Bezerra garante que, se prefeito de Natal, deve construir quatro hospitais municipais, uma universidade pública municipal, realizar concurso para a saúde e guardas municipais e “dar as mãos com empresários e com comerciantes”.
Leia a entrevista na íntegra:
Diário do RN – Candidato, por que que o senhor resolveu colocar seu nome à Prefeitura de Natal no meio de tantas candidaturas com grandes estruturas? Heró Bezerra – Eu coloquei meu nome a disposição do povo de Natal porque eu amo Natal. Natal foi uma cidade que me acolheu desde o momento que cheguei e eu devo contribuir para que Natal seja melhor para os natalenses. Então eu me sinto nesse dever, nessa responsabilidade, de fazer essa contribuição. Eu sou natural de Mossoró e sou natalense de coração.
Diário do RN – O senhor já foi candidato outras vezes? Heró Bezerra – Fui candidato outras vezes, fui candidato a prefeito de Mossoró, fui candidato a ao Governo do Estado e agora enfrento essa candidatura à Prefeitura de Natal.
Diário do RN – A religião ajuda ou atrapalha na candidatura? Heró Bezerra – Nós temos um povo natalense, que é um povo que declara fé. É um povo religioso. Embora o governo seja laico, mas o governante não pode deixar de reconhecer a fé do povo. Então, nós temos um povo evangélico, temos um povo católico, temos um povo que declara outras crenças e o governante ele vai governar para todos, sem distinção e sem discriminação ou preconceito.
Diário do RN – Um dos problemas que está chamando bastante atenção é a questão do sorteio para as vagas nas creches para as crianças. Qual seria a solução? Heró Bezerra – Nós queremos resolver o problema da educação. Eu militei no movimento estudantil, tanto em entidades como grêmios estudantis, entidades municipais, estaduais.
Defendemos a categoria de profissionais da educação, também os estudantes. Eu passei por escola pública, sei das dificuldades que que existem no seio da escola pública. E essa situação que é latente aqui em Natal, das crianças não terem acesso à escola, nós temos muitas crianças fora da escola, porque para depender de um sorteio, a depender de uma condição de faltar escola, nós iremos resolver isso. O problema da educação é que faltam profissionais, faltam materiais, e nós precisamos aparelhar bem. Nós precisamos pensar em avançar na educação, para que a educação seja exemplo não só dentro de Natal, do Estado do Rio Grande do Norte, mas para o Brasil. E pretendemos a construção de uma universidade pública municipal que possa atender os anseios da população. Isso tem sido uma coisa que tem sido requerida tanto por profissionais de educação, como estudantes, a população em si e nós inserimos nosso plano de governo e iremos lutar para concretizar essa proposta.
Diário do RN – Em relação a essa questão dos ônibus, o que o senhor propõe no plano de governo? Heró Bezerra – Nós temos a pior frota do Nordeste e nós temos a tarifa mais cara e nós precisamos resolver esses pontos. Para isso nós precisamos abrir licitação para que possam ter empresas que possa dar comodidade e segurança ao usuário. Precisamos acabar com a situação que está aí, a buraqueira que desfavorece o transporte coletivo. Nós temos uma parada de ônibus, que eu não sei quem foi que construiu, mas parece do tempo do filme dos Flintstones. Eu não sei se o prefeito se identifica com a figura do Barney ou se identifica com a figura de Fred, mas o fato é que as paradas de ônibus, se você olhar o filme lá atrás, aquele filme de desenho animado, vai ver, e nós vamos desmanchar essas paradas, vamos colocar uma parada segura, inclusive preservando e incentivando o meio ambiente, colocando Wi-Fi nas paradas de ônibus. Os ônibus que só tem um cobrador para fazer os dois papéis, de cobrador de motorista, nós queremos resolver essa situação, porque os passageiros se sentem inseguros, porque num deslize pode acontecer um acidente. Então, nós iremos trazer o cobrador de volta e iremos trazer melhorias nessa parte.
Diário do RN – Por que o senhor acha que nenhum prefeito conseguiu fazer a licitação do transporte? Heró Bezerra – Eu acho que existe rabo preso. Existe negociação, existem coisas que precisam ser mudadas. Heró não tem rabo preso, não tem compromisso com a situação que está aí e iremos abrir a cidade, não só para a licitação de ônibus, mas também para trazer indústria, trazer empresas e a cidade crescer no seu desenvolvimento.
Diário do RN – Quem é que tem o rabo preso? Heró Bezerra – Os gestores que passaram pela Prefeitura demonstram que não querem avanço nem mudança nisso aí, eles estão dizendo agora que é um período de campanha, mas quando passa a campanha fica a mesma situação e nós não podemos acreditar nesses candidatos que propõem essas mudanças. Então, nós somos a renovação, somos a mudança que o povo quer e merece.
Heró Bezerra afirma que Carlos Eduardo criou sistema de panelinha
Heró também questiona promessa de “renovação” de Paulinho Freire e atribui ao PT “um tremendo de um fracasso”
Foto: Reprodução
Diário do RN – E sobre o trânsito, Natal tem problemas também de trânsito, que as vias são as mesmas, os carros, o volume aumentou, qual seria a solução para melhorar o trânsito em Natal? Heró Bezerra – Nós precisamos, atendendo os anseios da população, ter o rodízio de placa, que acredito vai funcionar muito bem aqui em Natal, então será um método a ser adotado. A cidade inchou de transporte e não teve planejamento, não teve uma política pública voltada para isso. E aí o reclame dos próprios usuários de transportes, que querem uma solução, e nós iremos promover essa solução. Inclusive, nós queremos construir uma ponte, que vai ligar ali, entre Felipe Camarão e Guarapes, ao novo Santo Antônio, em São Gonçalo. Então, nós iremos trabalhar na construção dessa nova ponte, que, acredito, irá descongestionar, desafogar o trânsito de Natal.
Diário do RN – Com relação à questão da saúde pública, como é que o senhor vê o funcionamento das UBS, das UPAs e agora com o prefeito já encaminhando para a construção de um hospital municipal. O senhor acha que o Município tem capacidade financeira e dá conta de tudo isso? Heró Bezerra – Nós temos uma situação triste porque nós temos uma superlotação, nós temos uma população que muitas vezes necessita da assistência da saúde e não encontra nas UBS, não encontra nas UPA, muitas vezes a pessoa vai doente e volta doente ou muitas vezes volta pior do que estava e nós queremos resolver isso. Tem o problema das fichas, que são distribuídas e têm que madrugar nas UBS e isso aí é triste. Nós precisamos resolver esse problema e iremos resolver com a construção de quatro hospitais. Nós precisamos de quatro hospitais nas quatro zonas. Aí a gente vai avaliar tecnicamente o tamanho, mas que cada zona possa ter a sua. Vamos contemplar cada zona sem discriminação as zonas de Natal.
Diário do RN – Sobre o turismo, que é o principal ponto, inclusive, da economia da capital. O que o senhor pensa sobre o turismo de Natal? Heró Bezerra – O turismo, eu já falei, existe a falta de visão dos gestores, que não olham para o turismo, como deveria olhar. Natal é um cartão postal, reconhecido no mundo inteiro. Precisa ter um trabalho de marketing, mas antes desse trabalho em marketing, nós precisamos também dar segurança para as pessoas que querem usufruir do turismo de Natal. Então, nós precisamos ter uma Guarda Municipal que tem o poder de polícia, nós precisamos ter uma guarda melhor aparelhada, precisamos ampliar essa Guarda Municipal e aí nós vamos abrir também concurso para ampliar isso. Natal segura, embora não seja uma ação primária município, mas por falta do Estado, o Município precisa agir. Então, nós precisamos dar segurança, tanto à nossa população, como também para quem vem, e essa guarda municipal funcionar. Nós termos uma cidade bem iluminada. E também acabar com os buracos do prefeito Álvaro Dias. Então resolver a situação dos buracos, precisamos resolver a iluminação, colocaram umas luzes que é só por dizer, então nós precisamos melhorar essa situação. E acredito que também até há reclamações nas praias, de não ter sequer um banheiro público para as pessoas utilizarem e isso aí é muito ruim. Natal precisa se preparar tecnicamente para poder ter um turismo viável e pronto para receber pessoas que vêm de outros estados, de outros países, e nós iremos estar prontos para isso.
Diário do RN – O prefeito Álvaro Dias não conseguiu concluir a obra da engorda de Ponta Negra. Heró vai fazer a engorda? Heró Bezerra – É necessário. Iremos concluir a obra. Essa história do governante entrar e ter a obra do antecessor e dizer que não é obra dele, não fazer para não dar mérito. Eu acho que nós devemos preservar o dinheiro público. Muitas vezes, é desperdício desnecessário e nós queremos dar continuidade, resolver esse problema da engorda, como também concluir obras que são importantes para o nosso município, independente de quem iniciou, deixou de iniciar, nós iremos fazer Natal acontecer. Natal precisa evoluir, precisa crescer, precisa desenvolver, precisa ser boa para os seus cidadãos e para quem vem para cá.
Diário do RN – Qual a opinião do senhor sobre os demais candidatos a prefeito de Natal, principalmente os que estão liderando? Heró Bezerra – Nós temos uma situação de uma prefeitura de colo. Carlos Eduardo chegou à Prefeitura através da saudosa Vilma de Faria e ele criou um sistema panelinha, um sistema de colo. Ele deu colo para Micarla, e vocês sabem o resultado que foi a administração de Micarla, não preciso dizer aqui. Paulinho, que hoje se apresenta como uma renovação, como uma mudança, esquece que fez parte de uma administração e não contribuiu para mudar em nada. Então, hoje, como é que ele vai querer dizer que pode fazer isso e aquilo? Se quando ele teve a oportunidade, como vice, fez parte de uma administração, e deixou a cidade afundar? Aí nós temos uma candidata que é apoiada pelo Governo do Estado e nós estamos vendo o que o Governo do Estado está sendo para o povo do Rio Grande do Norte. Um tremendo de um fracasso. Então, como é que ela diz que vai erguer uma cidade, se ela tem um governo que é um desgoverno, tanto o estadual como o federal. E uma outra coisa, o povo elegeu ela e elegeu Paulinho, para um mandato de deputado federal. Eles estão traindo esses eleitores que os elegeram para um mandato de quatro anos. E eles estão fugindo daquilo que é legal, daquilo que é normal, que é cumprir o mandato.
Então, o lugar deles, dele e dela, é lá na Câmara Federal. Podem fazer muito pela cidade lá na Câmara Federal. E esse espaço aqui é um espaço pra Heró, que se apresenta como renovação, não é de família tradicional, mas que nasce do seio do povo e que quer realmente fazer as transformações e atender os anseios do nosso povo natalense.
Diário do RN – Já teve aqui quem dissesse que vice é vice, mas qual vai ser o papel de Bento na sua gestão? Heró Bezerra – O nosso vice terá o cumprimento do seu papel institucional. Então, ele vai cumprir o papel institucional, tanto estabelecido na Constituição, como na Lei Orgânica do município. E a outra coisa. E ele vai estar sempre à disposição da nossa gestão para cumprir as missões a qual for designado.
Diário do RN – Por exemplo, Lula presidente, Geraldo Alckmin é vice, mas é ministro. Bento pode ser vice e pode ser secretário? Heró Bezerra – Ele pode, mas nós acreditamos que o papel como vice já é importante e ele será designado sempre que nossa gestão entender e desejar para missões importantes no âmbito do município.
Diário do RN – Qual é a sua política para as mulheres? Heró Bezerra – A gente tem visto um índice de violência muito grande contra a mulher e também a falta de espaço no mercado, na política. Então, a nossa gestão tem uma preocupação que está no nosso plano de governo, voltado para as mulheres, em que nós daremos incentivos, apoio e teremos uma estruturação voltada para as mulheres. Inclusive, nós combatemos veementemente a violência contra as mulheres. Então, a mulher terá espaço na nossa gestão, fará parte das nossas políticas públicas.
Diário do RN – O senhor tem nomes em mente para nomear no secretariado em relação a mulheres e à equipe como um todo? Heró Bezerra – Nesse momento, nós não temos o nome definido, mas nós estamos estudando o nome que possa ser a expressão da mulher e que possa exatamente atender os anseios da classe feminina, que é justo e é merecido.
Diário do RN – O ex-prefeito Carlos Eduardo vetou a Patrulha Maria da Penha e mesmo aprovado, ele entrou com ADI contra. Qual seria o seu papel e como é que o senhor vê essa atitude dele e o seu papel para essa situação? Heró Bezerra – Eu acho que é por isso que o povo de Natal chama ele de Cabeção. Por ele tomar uma atitude tão desastrada dessa. Mas nós teremos um posicionamento de valorização da mulher. Então, acho muito importante reaver essa decisão e ativá-la, assim como fazer muito mais ações em prol das mulheres e em termos de ter uma delegacia específica para a mulher. Isso é necessário e vai ajudar no combate à violência contra a mulher. Nós precisamos ter coisas muito definidas e específicas para a mulher. Eu gostaria de fazer um gancho aqui também em relação à proteção e defesa dos animais, que está dentro do nosso plano de governo e será uma preocupação da nossa gestão. Nós teremos uma delegacia específica para também atender essa demanda e tratar dos criminosos ou quem comete violência contra os animais e precisamos manter a defesa e a proteção dos animais, inclusive cuidar, porque nós temos uma cidade que está proliferada de animais que estão abandonados, sofrendo, e a gente que tem um coração humano que nós temos empatia, precisamos cuidar também dessas vidas.
Diário do RN – Qual a sua mensagem para o eleitorado de Natal nesse momento? Heró Bezerra – A nossa geração é a nossa responsabilidade. Então, nós precisamos ter responsabilidade na hora do voto. E esse voto deve ser 28, porque Heró representa mudança, Heró representa renovação. Nós estamos vivendo um momento muito importante na nossa nação, em que as pessoas até mesmo daqui da capital estão voltadas a eleição da capital de São Paulo, onde é o coração do Brasil, em que nós temos um candidato que está se destacando pelas suas propostas, pelo seu trabalho, pelo que ele é, que é Pablo Marçal. Então, acredito que Natal começa a pensar agora o 28 e essa onda começa a pegar e Heró está crescendo por ter o menor índice de rejeição nas pesquisas contratadas por eles. Então, é Pablo Marçal eleito prefeito em São Paulo e Heró eleito prefeito em Natal.
O Ministério Público Eleitoral (MPE-RN) emitiu parecer sobre o recurso impetrado pelo candidato a prefeito de Areia Branca, Manoel da Cunha Neto, o Souza Neto (UB), acerca do indeferimento de sua candidatura. O parecer, de número 0600206-62.2024.6.20.0032, assinado pela procuradora regional eleitoral, Clarisier Azevedo Cavalcante de Morais, no dia 29 de setembro, opina pelo desprovimento do recurso, “impondo-se a manutenção da sentença recorrida”, que indeferiu o registro de candidatura de Souza.
A sentença pelo indeferimento, definida pela 32ª Zona Eleitoral, de Areia Branca, julgou procedentes as Ações de Impugnação de Registro de Candidatura (AIRC) propostas pelo próprio Ministério Público e pela coligação opositora, que tem como candidato Dr. Bruno Filho (PSDB). A decisão é baseada na inelegibilidade de Souza em razão de atos de improbidade administrativa.
Em maio passado, a 3ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte (TJRN), pelo placar de 4 a 1, condenou o ex-deputado estadual e ex-prefeito por fraudes em processo licitatório quando Souza foi prefeito de Areia Branca, entre 2010 e 2012.
No parecer, a procuradora afirma: “O mesmo foi condenado por órgão judicial colegiado, face a prática de ato doloso de improbidade administrativa, que importou, concomitante, lesão ao patrimônio público e enriquecimento ilícito, tendo-lhe sido aplicada a sanção de suspensão dos direitos políticos, não tendo transcorrido, ainda, o prazo de 8 (oito) anos desde aquela condenação até o cumprimento da “pena”.
Buscando viabilizar sua candidatura, ele firmou um Acordo de Não Persecução Cível com o MPE, com o objetivo de negociação das penas e retirada da suspensão dos direitos políticos. O acordo judicial, no entanto, precisa ainda ser homologado pelo Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte. Caso homologado, Souza ainda deve recorrer à Justiça Eleitoral para reverter a situação.
Por enquanto, seus votos serão computados como “anulados sub judice” no próximo domingo, 6, dia da eleição.
Pesquisa DataVero/Diário do RN ouviu 350 eleitores sobre as intenções de votos a prefeito do município de Sítio Novo. Distante 106 quilômetros de Natal, o município tem 4.654 habitantes.
De acordo com a sondagem estimulada, a prefeita Andrezza Brasil (PT) tem 63,14% das intenções de votos; o candidato da oposição, Edilson Júnior (PL) tem 30,29%; responderam votar em nenhum, 2,57%; e não sabem ou não responderam, 4%.
Na pesquisa espontânea, quando não são apresentados os nomes dos candidatos, a prefeita Andrezza foi lembrada por 62,86% dos eleitores; Edilson Junior foi citado por 29,43%. Não sabem ou não responderam, 5,14%; e disseram ‘nenhum’, 2,57%.
Rejeição Quando questionados sobre os candidatos em quem não votariam, Edilson foi o que apresentou maior rejeição, com 51,71%. Andrezza Brasil é rejeitada por 26,29%. Disseram votar em todos, ou seja, não rejeita nenhum, 6%. Responderam que não votaria em nenhum, rejeitando todos, 2,29%. Não sabem ou não responderam, 13,71%.
No município governado pelo PT, Andrezza, Fátima e Lula são aprovados
Carlos Eduardo e Julio Protásio protagonizaram o “Encontro dos amigos”, acompanhados de outros – Foto: Reprodução
A pesquisa DataVero/ Diário do RN, realizada no município de Sítio Novo, também mediu o grau de satisfação da população sobre as gestões municipal, estadual e federal.
A gestão da prefeita Andrezza Brasil (PT) é aprovada por 74,29% da população; enquanto 18,86% desaprovam a gestora; 6,86% não sabem responder.
Sobre a avaliação da prefeita, 39,71% afirmam ser excelente e 33,71% classificam como boa. Já 4,29% avaliam como regular para mais e 9,71% como regular para menos. Outros 3,43% dizem ser ruim e 6,57% avaliam como péssima. Nesta parte da pesquisa, 2,57% não sabem ou não responderam.
Sobre a gestão da governadora Fátima Bezerra (PT), os sítio-novenses aprovam o Governo do RN.
São 46,86% os que afirmam aprovar Fátima; 33,14% desaprovam a gestão estadual e 20% não sabem ou não responderam.
A gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é aprovada em Sítio Novo com ampla maioria. Aprovam o Governo Lula 72,29%; desaprovam 14%; e 13,71% não sabem ou não responderam.
A pesquisa DataVero/Diário do RN ouviu 350 entrevistados no município de Sítio Novo no dia 21 de setembro de 2024. A margem de erro é de 4%. O nível de confiança é de 95%. Está registrada no TSE sob o número RN-03745/2024.
“Quem não vem da iniciativa privada não sabe o que é uma gestão”, é o que defende o candidato a prefeito de Natal, Paulinho Freire (UB), sobre a capacidade de gerir dificuldades, por não ser de família de políticos e “ter que ter ido atrás de tudo” na sua vida. O assunto foi abordado na quarta sabatina do Diário do RN, com o candidato que representa a direita em Natal.
Para Paulinho Freire (UB), dentre os candidatos à Prefeitura da capital, ele é o que tem “mais condições de recuperar o tempo atrasado”. O atraso, segundo ele, foi causado por Carlos Eduardo (PSD) à frente das gestões que ocupou em Natal. “Nós perdemos mais de 100 mil habitantes; Natal perdeu por conta do atraso que ele fez Natal passar”, afirma, se referindo ao ex-prefeito.
Paulinho Freire também opina sobre a candidatura de Natália Bonavides (PT), a quem atribui rejeição e diferença entre discurso e prática como “grandes problemas”. De acordo com o candidato do União Brasil, o “grande problema” de Rafael Motta é a falta de posição política.
Na disputa pelo Executivo natalense com a coligação que reúne UB, PP, PL, PSDB, Republicanos, Podemos e Solidariedade, Paulinho Freire promete “modernidade e tecnologia” em todos os setores. Veja a entrevista na íntegra:
Diário do RN – Candidato, por que ser prefeito de Natal? Paulinho Freire – Olha, eu acho que por tudo que eu já fui na política, vereador seis vezes, presidente da Câmara, por ter me preparado, por ter esse sonho de querer devolver a Natal tudo que Natal me deu nos meus mandatos e como empresário também. Natal foi muito generosa com a nossa empresa, nós fizemos o Carnatal, que foi abraçado por toda cidade, e por querer uma cidade mais moderna, uma cidade pensando no futuro, gerando empregos, uma cidade que não volte mais para o atraso. Natal é uma cidade que ficou parada no tempo e no espaço. E nós precisamos recuperar esse tempo. Eu acredito que de todos os candidatos o que tenha mais condições de recuperar esse tempo atrasado sou eu.
Diário do RN – Esse tempo atrasado se deveu, candidato, a que? Nós tínhamos Natal como uma cidade menor um pouco do que Fortaleza, bem melhor do que João Pessoa, mas hoje Natal se coloca já no último lugar das capitais do Nordeste. Se deveu a que? Paulinho Freire – Eu acho que o natalense acomodou-se com maquiagem e não teve nenhum gestor, fora Álvaro Dias, que teve a coragem de mandar a revisão do plano diretor para Câmara, que pensasse no futuro. Hoje a gente vê alguns gestores quando pagam o salário parece que é ‘paguei em dia’. É obrigação. E hoje é como se fosse um grande projeto, uma grande coisa. Então, eu acho que faltou principalmente ao gestor que passou quatro anos um olhar para o futuro, um olhar para uma Natal desenvolvida, nós estamos nessa cidade como João Pessoa, passou o Natal, Natal é uma cidade que caiu a geração de emprego e de renda. Aí você vê com o plano diretor, nós já conseguimos aí 70 obras que foram licenciadas, isso gerando, com todas as obras que tiverem funcionando, em torno de 14 mil empregos. Fora as obras que estão para ser licenciadas. Qual a grande obra de Natal? A última grande obra é a de Vilma e esse do entorno do Arena das Dunas, que é do PAC. O PAC da Copa. Não teve nenhum gestor que trabalhou com obras de infraestrutura.
Agora nós estamos vendo a Felizardo Moura é uma realidade, a engorda de Ponta Negra, se Deus quiser vai sair, mesmo com os que são contra, vai sair e vai ser um grande avanço para Natal. O hospital, que está sendo construído com 260 leitos e eu sei que nós vamos sim fazer obras estruturantes em Natal, porque é uma cidade com a área pequena, que não tem mais para onde crescer e não tem como alargar as avenidas. Nós temos que pensar em obras que modifiquem a cidade, que tragam prosperidade, que tragam emprego e renda e principalmente que a nossa economia volte a ser pujante.
Diário do RN – Em relação a questão das vagas das creches, situação que todos os candidatos estão falando e cada um apresentando a solução. Paulinho Freire – Até o candidato que criou o sorteio está falando que foi ele que criou mais vagas nas creches. Como é que você diz que criou mais vagas, que deixou esse legado, esse cruel legado, para os próximos gestores. Então nós vamos resolver, do jeito que a gente vai fazer na saúde, nós vamos comprar vouchers em toda Natal tem escolas, escolinhas infantis do próprio bairro, nós vamos fazer parceria e não vai ficar nenhuma criança fora da creche, nem fora da sala de aula, até que nós possamos construir os CMEIs suficientes para que o município possa atender toda a demanda. Isso foi o primeiro ponto do nosso do nosso plano de governo. Que eu achei um absurdo isso. Porque você podia ter resolvido isso fazendo parcerias com a iniciativa privada.
Diário do RN – O senhor já falou no ex-prefeito, Carlos Eduardo está prometendo transporte de qualidade, mais linhas e com ar condicionado e fala também da tarifa. A candidata Natália disse que ele foi o prefeito que mais aumentou tarifa do transporte coletivo aqui em Natal. Como é que o senhor vê essa relação? Paulinho Freire – E ela disse uma verdade. Realmente foi. Ele agora quer um transporte “geladinho”, os caras não sabem se é aquele picolé que o pessoal vende na rua, tem que deixar de mentira né? O sistema vem se degradando desde a época de Carlos Eduardo, que não cuidou, que não chamou, que não fez a licitação, porque ele não fez a licitação? É por isso que ele não participa dos debates, porque ele não tem coragem de enfrentar as perguntas. Ele não vai resolver, porque não vai resolver quem já não resolveu. Teve quatro oportunidades e não resolveu. Foi quem mais aumentou tarifa nesse período todo. Então assim, quem vai resolver o problema do transporte sou eu, com diálogo. Vou chamar as partes interessadas, nós vamos fazer, se Deus quiser, ainda esse ano a licitação, mas se não sair, é prioridade nossa fazer essa licitação.
Quem não pode perder é o usuário e o usuário já teve quatro oportunidades com o Carlos Alves, o candidato do passado, para resolver essa situação e não resolveu. Então, nós queremos uma oportunidade que a população dê uma oportunidade para gente poder resolver essa situação.
“Quem vai resolver o problema do transporte sou eu”, diz Paulinho
Candidato critica a falta da licitação para o transporte coletivo em Natal e aponta ex-prefeito como responsável pela situação
Diário do RN – O candidato Carlos Eduardo diz que, não só o senhor, mas incluiu também o senhor, e todos os demais adversários, mentem sobre ele porque têm medo que ele volte, já que ele afirma que vai voltar. Paulinho Freire – Ele quem tem medo de não ir para o debate, botar a verdade. Tinha um amigo meu que dizia, ‘onde arma a rede tem uma goteira’, onde ele diz uma coisa tem uma goteira para molhar ele. Ele quem mente muito dizendo o que fez e o que não fez. Aliás, ele fez muito pouco para quem foi quatro vezes prefeito de Natal. Eu tinha até vergonha, ele chega aí diz, Paulinho, 30 anos, que que ele fez por Natal? Eu nunca fui (poder) Executivo. Agora, eu fiz leis. Eu mandei emendas, só como deputado, eu mandei mais de R$ 30 milhões de emendas para Natal e digo para onde foi, saúde, educação, esporte, para o turismo. Então, ele não tem o que se defender. Ele mesmo sabe que o tempo que ele passou na Prefeitura, ele fez muito pouco. Poderia ter feito muito mais. Nós perdemos mais de 100 mil habitantes, Natal perdeu por conta do atraso que ele fez Natal passar, porque não revisou o plano diretor. Natal é uma cidade economicamente fraca hoje, o pessoal sai daqui para ir jantar em João Pessoa, para ir passear em João Pessoa, porque Natal ficou para trás. E quem causou isso com Natal chama-se Carlos Alves.
Diário do RN – Candidato, o senhor falou de vários setores e a questão da saúde? Todo mundo fala que vai fazer isso, aquilo, mas ninguém fala da receita do município. O senhor acha que o município, além das UBSs, das UPAs, tem condição real de manter um hospital como esse que está sendo construído? Paulinho Freire – Olhe, eu penso como empresário. Primeiro, nós gastamos 35% hoje quase do orçamento na saúde. Nós temos que diminuir isso. Pode diminuir e ter uma saúde com mais eficiência. Para isso, nós precisamos ter controle. O maior problema do serviço público hoje é controle. E hoje nós temos a tecnologia a nosso favor. Nós vamos contratar sim com a iniciativa privada uma empresa de logística para saber onde é que tem melhores preços de remédio para armazenar, para distribuir os remédios, para distribuir e para, principalmente, monitorar como é que está saindo esse remédio. Só vai sair remédio hoje das UBS com prontuário. Vai ter que ter prestação de contas. A gente não pode desperdiçar. O grande problema do poder público é o desperdício. Então assim, nós temos esse hospital, que é um hospital que vai atender com 260 leitos. Claro, na hora que esse hospital estiver funcionando, vai diminuir esse atendimento das UPAs, de UBS. E a gente vai economizar em uma parte para gastar na outra. As UPAs hoje estão superlotadas. Natal hoje tem quase um 1,5 milhão de cartão SUS com 758 mil moradores, tem quase o dobro. Quer dizer, nós temos que ajustar isso, nós temos que ajustar com os municípios, a gente vai só entrar no Ministério Público para fazer uma varredura nisso, que não pode; a gente pode até atender, que é porta aberta. Você vem no interior, mas fazer a câmara de compensação, para que os municípios possam arcar com isso, porque não pode uma cidade que tem quase o dobro de cartão SUS e tem a metade dos moradores. Isso sacrifica muito a saúde. E nas UBS, nós estamos pretendendo aumentar o horário de atendimento. Estamos pretendendo fazer UBS onde não tem. Vamos fazer uma coisa importante que deu certo em São Paulo em algumas cidades, é o Corujão da Saúde. Vamos abrir uma licitação para as clínicas que ficam fechadas de 20h às 8h da manhã, para que a gente possa comprar consultas, possa comprar exames e até mesmo diminuir a fila de cirurgias. Tem muita gente precisando de cirurgias eletivas. Agora, para isso, você precisa ter gestão. Você precisa economizar em algumas coisas para sobrar para a saúde, que é essencial para o cidadão. Lá, eles diminuíram a demanda e vão criar a plataforma Inova Saúde, para que as pessoas possam marcar suas consultas e exames pelo próprio celular, para que não tenha a humilhação de ir para uma fila da UBS, chegar de meia-noite e sair às vezes sem a ficha.
Então, é planejamento, modernidade, tecnologia, nós vamos usar isso em todos os setores. A gente fazendo isso, a gente pegando uma empresa de logística, a gente tem mais ou menos, na cabeça, só na compra de remédios, na distribuição, no controle, a gente pode economizar mais de R$ 1 milhão por mês. Você paga uma empresa, mas você economiza. Então vai sobrar dinheiro para fazer a licitação para as clínicas, comprar exames, comprar consultas. Eu não acredito que que a população ache ruim que seja na iniciativa privada. Ela acha ruim o não atendimento. Nós temos que fazer o serviço chegar na ponta, chegar nas pessoas. Porque nós temos que atender as pessoas, principalmente os mais carentes da nossa cidade.
Diário do RN – Candidato, no plano de governo existem políticas para as mulheres? Diário do RN – Claro que sim, nós vamos criar o centro de referência das mulheres, vamos ampliar a Patrulha Maria da Penha, que foi vetada pelo ex-prefeito Carlos Eduardo; ele vetou a lei Maria da Penha, a Câmara derrubou o veto e ele entrou com ADIN contra a lei Maria da Penha.
Então, nós vamos ampliar a Patrulha, vamos criar o Centro de Referência da Mulher, vamos aumentar o número de CRAS, que é o primeiro atendimento da assistência social, que as mulheres muitas vezes precisam, vamos criar o Centro de Referência do Autista, pensando nas mulheres, para que ela possa ter condição também de trabalhar. Em muitas famílias hoje os casais se separam por conta de estresse da questão que são famílias atípicas, 60% das mães atípicas hoje têm depressão. Então, nós temos que cuidar da mulher e esse centro de referência vai ser um centro onde a mulher vai ter psiquiatra, psicólogo, vai ter assistente social, vai ter atendimento médico, para que ela possa, não só o filho ser atendido, mas que a mulher também possa ser atendida e possa ter uma saúde mental tranquilizada, porque muitas vezes, por conta de estresse, leva à separação, muitas vezes até o suicídio, e nós temos que cuidar da saúde mental das mulheres para que a gente possa avançar. Agora, sabemos que é fundamental a ampliação da patrulha Maria da Penha.
Diário do RN – E para juventude, o que o senhor tem projeto? Paulinho Freire – Nós temos uma parceria hoje, como deputado, eu coloco emendas, já coloquei mais de R$ 300 mil de emendas para a Casa do Menor Trabalhador. Eu acho que ali é uma referência e vamos querer abrir na zona Norte, na zona Leste, para que a gente possa qualificar esses jovens. A Casa bota mais de 1.500 jovens no mercado de trabalho, porque ela tem convênio com muitas empresas. Então, elas preparam jovens, qualificam, e botam no mercado de trabalho.
E nós vamos fazer isso dentro da Prefeitura, ou em parceria com eles, ou a própria Prefeitura gerando esses cursos com a Fecomércio, com a Fiern, com o Sesi, com todo mundo. O que a gente precisa é qualificar esses jovens, além de deixar ele dentro da sala de aula, que é importantíssimo, a gente criar um clima para que a juventude possa cada vez mais estudar e principalmente se qualificar. Fora isso, áreas de lazer, áreas de esporte, para que o jovem possa praticar, vamos estimular escolinhas nos bairros de Natal, para que a gente possa linkar ele à frequência na escola, ele só participa da escolinha se ele tiver com frequência na escola e tiver com notas boas. Porque nós temos que estimular também a melhora do IDEB de Natal. Nós temos que premiar professores, alunos. Lá em Sobral, é um case de sucesso. O IDEB lá é um dos maiores do Brasil. Uma cidade do interior de Fortaleza. E a gente pegou a informação lá. Eles premiam o professor, premiam alunos, trabalham muito a questão do esporte, relacionado à educação.
Então, nós vamos tentar e fazer isso aqui também em Natal, para que a gente possa mudar a vida de muitos jovens, que às vezes por falta de oportunidade entram na criminalidade.
Diário do RN – O senhor avaliou Carlos Eduardo. Qual a avaliação que o senhor faz Natália Bonavides e, na sequência, de Rafael Motta? Paulinho Freire – Natália é do PT. O PT é quem está governando o Rio Grande do Norte. A governadora Fátima tem mais de 70% de desaprovação em Natal. Então o natalense não quer uma gestão igual como é do Governo do Estado. Ele está dizendo isso toda hora nas pesquisas. Em todas as pesquisas. Já teve pesquisa em que rejeição está mais de 80%. Então, eu acho que ninguém quer um modelo de gestão de Fátima para Natal. Eu acho que o grande problema da candidata Natália é essa rejeição e a questão do discurso. O PT tem muita narrativa, mas, na prática, foi totalmente diferente o que nós vimos aqui. Até os próprios sindicatos estão decepcionados com a gestão, que é de uma sindicalista e de uma professora. Então, ninguém quer esse modelo de gestão.
Diário do RN – E Rafael Motta? Paulinho Freire – Olha, Rafael precisa definir. Ele esteve do lado mais à esquerda, agora ele se coloca com um candidato de centro, mais moderado, que, na realidade, as últimas eleições, ele se elegeu deputado federal pela esquerda e tentou ser senador também pela esquerda, votando em Fátima, falando de Lula, que o partido dele era aliado de Lula. Como o próprio Carlos Eduardo, que na hora que convém a ele, ele foi Bolsonaro, depois foi para Lula, agora ele quer ser os dois, quer voto dos dois lados. Então, acho que o grande proble
Presença esperada como virada de chave para a campanha de Natália Bonavides (PT) a prefeita de Natal, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), deverá não atender as expectativas do PT da capital. Apesar de não admitir, ainda, que Lula não vem, a campanha de Natália Bonavides vê cada vez mais distante a possibilidade de não conseguir viabilizar um espaço na agenda do Chefe do Executivo Federal para alavancar sua candidatura com a presença da maior liderança do partido na reta final da campanha.
O Diário do RN entrou em contato com a assessoria da candidata, nesta segunda-feira, 30, que respondeu não existir nenhuma informação sobre a vinda do presidente. Questionados sobre a possibilidade da visita estar descartada, a reportagem não obteve mais retorno. A presidente do diretório municipal do PT, deputada estadual Divaneide Basílio, informou que “a data ainda não foi confirmada” e que estão “aguardando retorno”.
Ainda nesta segunda-feira, 30, o presidente surgiu em vídeo publicado na rede social Instagram, pedindo voto para a candidata. “Dia seis de outubro vocês têm a oportunidade extraordinária de votar numa jovem mulher, deputada de muita qualidade, para ser prefeita de Natal”, afirmou Lula.
Na curta gravação, o petista ainda diz: “para melhorar a qualidade de vida das pessoas, para melhorar a qualidade da educação, a qualidade da saúde, a qualidade do transporte. Dia seis de outubro, vote Natália para prefeita”. O vídeo foi publicado na conta oficial de Bonavides, junto com a mensagem: “aquele recado de quem transformou o Brasil e vem com a gente fazer história rumo à mudança que nossa cidade precisa”.
Além do vídeo na última semana de campanha eleitoral, com a ausência do presidente, a campanha de Natália Bonavides se valeu também de vídeos dos ministros Fernando Haddad, Camilo Santana e Simone Tebet, a quem a campanha nominou de “O time de Lula”, como uma maneira de relacionar o nome da candidata ao presidente.
A vinda de Lula foi o principal anúncio da convenção eleitoral do PT, realizada no dia 02 de agosto. Mesmo sem a certeza da vinda do presidente da República ao Estado, a candidata a prefeita de Natal do PT garantiu, no dia 11 de setembro, ao Diário do RN, que o líder petista estaria na capital do Estado na reta final da campanha eleitoral.
Após viagem internacional, Lula cancelou agenda em São Paulo, para campanha do candidato Guilherme Boulos (PSOL) e não apresenta previsão de novas viagens para onde o PT apresenta candidaturas.
A candidata à Prefeitura de Parnamirim Professora Nilda (Solidariedade) fala com orgulho da sua trajetória de serviços prestados como educadora na rede pública. “Tenho 36 anos de serviços prestados, sou educadora, concursada há mais de 36 anos”, disse à equipe do Diário do RN.
Porém, quando questionada sobre os números da educação no município, ela mostra desconhecimento sobre a realidade da cidade que quer administrar.
Em recente entrevista ao Diário do RN, durante um evento de campanha, a professora Nilda afirmou desconhecer a taxa de analfabetismo de Parnamirim. “Não tenho o total exato neste momento”, respondeu a candidata. “Mas eu quero dizer que nós vamos investir para que todas as nossas crianças tenham uma educação de qualidade e que nós possamos combater o analfabetismo”, completou Nilda.
O que Nilda desconhece é que, embora exista sim trabalho a ser feito para zerar esse número, Parnamirim tem taxa de analfabetismo abaixo da média nacional. Segundo o último Censo, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2022, o índice de analfabetos na terceira maior cidade do RN é de 5,09%. Ainda de acordo com o mesmo levantamento, no Brasil 7% da população com 15 anos ou mais não sabe ler e escrever.
Ainda sobre a educação parnamirinense, a professora apresentou números equivocados quando questionada sobre os resultados do município da Grande Natal no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). Segundo a educadora, as notas obtidas pela Rede Municipal de Parnamirim foram 4.2 nos Anos Iniciais e 3.5 nos Anos Finais. Porém, os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) mostram o município mais à frente, com notas 4.8 do 1º ao 5º ano e 3.7 do 6º ao 9º, números diferentes dos que foram citados pela candidata. Ou seja: Apesar de ser da área da educação, professora Nilda Cruz desconhece dados básicos do setor.
Nilda continua sem explicar origem dos R$ 70 mil guardados em casa
Jornalista Ayrton Freire questionou a Professora Nilda sobre a origem dos R$ 70.000,00 e o motivo de não preferir guardar o montante em uma instituição bancária – Foto: Reprodução
A Professora Nilda foi a entrevistada desta quinta-feira (26), do telejornal Bom Dia RN, da InterTV Cabugi. Questionada, mais uma vez sobre a origem dos R$ 70.000,00 que guarda em casa e porque o valor não está depositado em uma instituição bancária, a candidata falou, falou e, mais uma vez, continuou sem explicar.
“Você sabe o quanto a gente, mãe, economiza. Quero dizer que Professora Nilda é ficha limpa, é uma mulher honesta. Esse dinheiro é fruto de muito trabalho, com muita dedicação, com muita responsabilidade e de forma honesta”, disse a candidata.
A questão é que, por mais que a candidata se esforce em dizer que o valor é fruto da economia de muitos anos de trabalho, não existia em suas declarações de 2012, 2016 e 2020. Em 2022, quando tentou a cadeira de deputada federal, Nilda declarou R$ 3.000,00 em espécie. O dinheiro, guardado em casa, rendeu mais de 2.000% em dois anos, uma vez que o montante em espécie declarado à Justiça Eleitoral, em 2024, foi de R$ 70.000.
“Não tem nada mais importante hoje na nossa cidade para um candidato a prefeito do que ter empatia com o extremo grau de sofrimento ao qual o nosso povo trabalhador está submetido naquelas áreas mais básicas”. A candidata a prefeita de Natal, Natália Bonavides (PT), descreve um dos motivadores que a levou a colocar seu nome à prefeita da capital do RN nesta eleição. A terceira entrevistada da série de sabatinas do Diário do RN explica o foco do Plano de Governo nos transportes coletivos e em novas possibilidades de geração de emprego e renda, além do turismo, educação e direitos da mulher.
Segundo Bonavides, Carlos Eduardo (PSD), Paulinho Freire (UB), apoiado por Álvaro Dias (Republicanos), e Rafael Motta (Avante) têm muito em comum. O ex-prefeito e o ex-presidente da Câmara, para ela, tiveram oportunidades e não corrigiram problemas crônicos da cidade. E Rafael Motta gostaria de estar no lugar de um deles. Veja a íntegra da entrevista, realizada no dia 17 de setembro.
Diário do RN – Candidata, a senhora está preparada para gerir o município de Natal? Natália Bonavides – Primeiro eu queria agradecer ao convite para essa conversa, para essa entrevista. Eu não só estou preparada, como todos os debates têm mostrado que eu sou a mais preparada. Nós temos visto um nível de discussão aqui na nossa cidade em que muitas candidaturas se limitam a colocar ali algumas frases de efeito, não aprofundam os temas, suas propostas, e nós temos ido para todos os lugares possíveis dar entrevistas, participamos de todos os debates, aqui estamos convidadas para demonstrar que não é a idade que determina a competência e o preparo de uma pessoa. Na verdade, é a nossa experiência como advogada, mestre em direito constitucional, especialista em gestão pública municipal, vereadora de Natal por dois anos, deputada federal desde 2019, sendo sido inclusive a mais votada da cidade, fez parte desse processo de preparação em que a coisa mais importante na verdade, apesar de todos esses títulos foi o contato com o nosso povo. Não tem nada mais importante hoje na nossa cidade para um candidato a prefeito do que ter empatia com o extremo grau de sofrimento ao qual o nosso povo trabalhador está submetido naquelas áreas mais básicas. Quando a gente olha para a educação pública, a gente vê sorteio de crianças para acessar a creche, um tema que nós conseguimos fazer com que todos os candidatos também falassem, porque temos pautado não agora na campanha, mas desde muito antes nosso povo submetido a sair de casa de madrugada para enfrentar filas para pegar um papel para entrar numa lista de espera isso em 2022, o nosso povo totalmente descrente com um sistema de transporte público que há mais de 20 anos só piora, só fica mais disfuncional para o povo trabalhador da nossa cidade e tantos outros temas que não são de hoje, não são dessa gestão nem na gestão passada, mas vem se perpetuando há pelo menos duas décadas sem que os últimos gestores tivessem tido a capacidade ou a vontade de resolvê-los. E é por isso que a gente apresenta nessas eleições a única candidatura que representa uma mudança de verdade nos rumos que a cidade tem tomado e que tem deixado a nossa economia estagnada.
Diário do RN – Nessa questão do transporte público, Natália fará licitação ou vai implementar uma empresa estatal no modelo Tarifa Zero? Natália Bonavides – Quando eu era estudante eu já participava de todos os debates e manifestações públicas sobre essa pauta. O meu candidato a vice-prefeito vereador Milklei Leite foi 20 anos motorista de ônibus no sistema opcional, ele foi fundador do sindicato, na Câmara Municipal tem a maior produção legislativa sobre o tema do transporte. Isso porque tanto eu quanto ele, a gente não vem tratando só porque é época de eleição, ou só porque estamos em cargos parlamentares. Mas na verdade, de muito antes, porque a gente sabe como esse tema afeta a vida do povo trabalhador da cidade. A gente não está falando aqui do direito de passear de ônibus. Nós estamos falando de como chegar ao local de trabalho. De como chegar ao local de estudo. De como chegar – por que não? – no local de lazer também, porque hoje o trabalhador passa a semana inteira ralando e no domingo o ônibus é retirado e ele não pode ir visitar a praia da sua cidade, mesmo que tenha gente vinda de outros continentes para viver essa mesma paraia. Então, o que nós temos nas últimas gestões é uma total omissão desse tema. Quando acabou a pandemia, que tudo voltou, menos as linhas de ônibus, que foram retiradas. Eu entrei com ação judicial contra a Prefeitura e o Seturn. Consegui várias decisões favoráveis ao retorno dos ônibus e o que a Prefeitura fez? Se posicionou do lado do Seturn nessa ação judicial. Disse que o nosso pedido de retorno das linhas não deveria ser aceito, que o setor estava certo de amanhecer o dia e aquele ônibus que o trabalhador ia pegar na parada simplesmente não passar.
Sem nem ter tido um aviso sequer. Então essas últimas gestões têm sido extremamente complacentes com essas empresas. Inclusive, tendo um tipo de relação que é bastante inadequada para você ter realmente um trabalho sério para resolver esse tema da licitação. Vou dar aqui um exemplo: Carlos Eduardo, quando foi prefeito, ele foi o prefeito que mais deu aumento de tarifa. Ele aumentou a passagem em 130%, quando você soma sucessivos aumentos que ele deu, perdoou R$ 70 milhões em dívidas que essas empresas tinham com o município de Natal e ele também foi o candidato que recebia doação na campanha eleitoral de pessoas do ramo. Então, quando você tem esse tipo de relação, você tem uma postura da Prefeitura, que é simplesmente de fazer de conta um edital que já sabe que vai dar deserto, que já sabe que as empresas não vão comparecer, porque para elas interessa que o sistema fique desregulamentado, que ela não tenha um contrato e Natal é a única capital que não teve até hoje licitação do transporte, é uma relação informal, não existem as obrigações para dar o direito usuários, os direitos, as obrigações da Prefeitura e da das concessionárias e isso tem feito com que o tema não ande. Eu não vou dizer que ele está igual há 20 anos, porque teve piora. Ele mudou, mas está pior.
O número de linhas de ônibus e de veículos, da frota que temos hoje é 40% em média menor do que nós tínhamos 20 anos atrás. Então, tanto o Carlos Eduardo, quanto o Álvaro Dias fizeram esse processo de aprofundamento da piora do sistema de trânsito. E por que nós, eu, Natália, e o nosso vice-prefeito Milkley, somos a única candidatura que coragem de resolver esse problema?
Primeiro, porque não é um tema que a gente trata com palavra de efeito que o marketing falou para dizer e que na hora H vai ser só mais um.
Natália Bonavides: “Carlos Eduardo só aparece na cidade quando tem eleição”
Candidata afirma que ex-prefeito não tem interesse na cidade e Paulinho se propõe a manter problemas de Natal
Diário do RN – Outro assunto bastante também comentado durante a campanha tem questão das vagas nas creches. Qual é a solução que a senhora aponta? Natália Bonavides – Eu tenho um orgulho já nessa campanha, que é ter feito com que nenhum candidato deixe de falar desse tema. Se você observar na campanha passada já estava acontecendo o sorteio de creches há anos e isso foi falta, por exemplo, de Álvaro Dias. Ele nunca falou que ia acabar com a fila na creche e esse é um tema que até por eu ser a única mulher candidata a prefeita nessa eleição de Natal, não poderia não estar na nossa agenda. Se você me perguntar de três temas prioritários, esse é emergencial. Carlos Eduardo está dizendo por aí que dobrou o número de vagas na creche na época dele. Vamos lembrar que a gente tinha creches em tempo integral. Ele acabou com tempo integral e colocou no turno em que as crianças estavam as outras crianças. Então, ele diz que dobrou, mas na verdade à custa do emprego de milhares de mulheres. Que quando o tempo integral acabou, ficaram simplesmente inviabilizadas de trabalhar, foi isso que ele fez e aí começou o sorteio porque nem isso resolveu. Então, essa foi a solução encontrada, sortear criança. Isso é muito cruel. E quando não tem a vaga, quem faz o trabalho são as mulheres, quem fica sem autonomia financeira são elas. E a gente tem consequências tão graves nisso, por exemplo, todos os estudos mostram que uma mulher em situação de violência doméstica ela vai ter muito mais dificuldade de sair daquela situação se ela não tiver uma fonte de renda dela. Porque se ela denuncia e o companheiro, o ex-companheiro, vai preso e fica sem como pagar uma pensão, por exemplo, é ela que vai ficar ali com os filhos para criar uma alternativa. Eu estou dizendo isso para gente entender o tamanho da crueldade que é essa prática do sorteio. É por isso que nós temos proposta de imediato, médio e longo prazo para o tema. De forma imediata, nós vamos fazer convênios que tão acontecendo inclusive em outras cidades, já existe formato jurídico para isso, tem em Juiz de Fora, Recife, fazendo também convênios com organizações sem fins lucrativos para gente ampliar de forma imediata mais vagas.
Diário do RN – A senhora falou do assunto das creches, do problema do trabalho da mulher para população de uma maneira geral. Dentro do seu plano de governo, o que existe em termos de expandir oportunidades de emprego de Natal, já que Natal hoje é vinculada apenas com o turismo como mola propulsora? Natália Bonavides – Sempre que eu posso falar sobre o tema do desenvolvimento econômico na nossa cidade eu falo como hoje a nossa matriz econômica é reduzida. A gente é muito dependente de duas áreas na economia, o turismo e o setor público, e as possibilidades que a gente tem na cidade são simplesmente ignoradas pelas últimas gestões municipais. Eu tenho uma obsessão, obstinação, quando for prefeita, que é gerar emprego, porque eu sei que não tem política social que seja melhor que essa. Aqui na nossa cidade nós temos muitas áreas que já estão em funcionamento, mas que não são enxergadas e áreas que podem vir para nossa cidade, mas não tem nenhuma ação de articulação sendo feita nem pelo atual prefeito, nem foi feita pelos últimos prefeitos. Vou dar aqui três rápidos exemplos. A pesca industrial. Nós temos o setor pesqueiro, que é responsável por 80% de atum do Brasil e que os Estados Unidos, de tudo que importam desse pescado, 40% vêm de Natal e simplesmente não tem nenhuma área na Prefeitura que lide com pesca, nem com pesca artesanal, nem com pesca industrial. Nós temos um setor de design de vestimenta, e roupas e acessórios de moda, que tem muitos talentos aqui, que não tem nenhum apoio e a gente vê muitas marcas abrindo e fechando porque não consegue se desenvolver. Aí a gente vem em Fortaleza, em Recife, marcas que utilizam técnicas artesanais locais vendendo até em exposições de alta costura com valor agregado altíssimo e a nossa cidade que tem uma vocação para indústria têxtil também ignora esse mercado. E eu vou falar de um terceiro setor, porque eu não me conformo que a gente acha que a cidade tem uma vocação natural e é só isso que a gente pode fazer. É claro que a nossa vocação natural com o turismo precisa ser potencializada, até porque hoje a infraestrutura turística não é boa. Você vai em Ponta Negra, que supostamente era para ser um local mais valorizado em termos de infraestrutura turística e não tem escada para você descer do calçadão para areia. Ou são os sacos de areia ou umas tábuas, fica com medo – o turismo de aventura é para ser em outro canto, não para ser do calçadão para areia. Você tem umas tábuas lá quase quebrando no ponto turístico principal da cidade. O setor de tecnologia de informação do processamento de dados e correlatos é hoje o setor que mais emprega e que não tem mão de obra qualificada, falando de Brasil. E sobra vaga nesse setor. Aí o que que acontece? A gente tem na UFRN o Instituto Metrópole Digital.
Instituições que estão encubando startups para criação de software, de aplicativo, de tecnologias e não tem uma vinculação disso com o que tá acontecendo no Governo Federal, o programa Nova Indústria Brasileira, que o vice-presidente Geraldo Alckmin está impulsionando e cidade não tá se inserindo, você tem como trazer para cá uma indústria que ocupa um terreno pequeno, porque nossa cidade é pequenininha, já tá muito ocupada, a gente tem que buscar esses nichos justamente que não requeiram parques industriais muito extensos que pode até ficar na região metropolitana e isso é bom e muito importante para Natal.
Diário do RN – Em algumas gestões de Carlos Eduardo o PT foi parceiro, inclusive fez parte gestão. Não foi partícipe do atraso de algumas situações, como a licitação, como outras coisas? Natália Bonavides – Não, inclusive, porque em algumas gestões houve pessoas, figuras, pessoas físicas que participaram e que inclusive em alguns casos pediram licença na sua filiação partidária para poder participar da gestão. Nós temos nos debates sobre tática eleitoral sempre um desafio grande. Eu não estou dizendo que não se possa conversar com quem você não esteve antes do lado ou que não se possa deixar de conversar com quem eh uma vez estava ao seu lado, mas a gente tem que entender qual é o sentido dessas escolhas de táticas eleitorais. Por exemplo, o candidato Carlos Eduardo, as escolhas que ele faz de aliança política, demonstram que o que ele tem em mente é um mero projeto pessoal de poder. Você em 2018 se presta a apoiar Bolsonaro, eu tenho um panfleto lá em casa que eu guardei nessa época que parece uma peça assim do submundo bolsonarista com fake news e o CNPJ da campanha dele lá. Aí em 2022, porque quer o apoio do outro espectro político, se arrepende. Aí dois anos depois diz que quer derrotar aquelas pessoas que estavam com você dois anos antes. É como eu disse, não é que não possa mudar de posição e se aproximar ou se afastar dos setores que estavam ou não com você antes, mas quando você tem esse tipo de mudança tão drástica, como uma hora é do Bolsonaro, e depois dizer que vai derrotar, você entende que o que tá em jogo ali não é um projeto para sociedade, não é uma visão de cidade, não é um projeto de desenvolvimento, é sim um projeto pessoal. Carlos Eduardo só aparece na cidade quando tem eleição. Eu pelo menos não sei com quem ele trabalha, o que ele contribui para uma cidade, se participa de algum projeto social, se na pandemia, quando eu estava lá distribuindo quentinha e outras coisas, naquela época horrível que nosso povo passou, não soube de nenhum trabalho. Então você só tem interesse no povo da cidade quando é para alavancar sua própria carreira pessoal? Eu não acho que a política é para gente assim, eu acho que é para quem está disposto a servir, eu acho que é para quem está disposto a trabalhar muito para resolver os problemas que são muito difíceis que a nossa cidade tem hoje e acho que quem quer carreira pessoal, devia ir para outra área.
Diário do RN – O presidente Lula vem? Quando? Natália Bonavides – Nos foi dito que na reta final pela última semana de setembro seria a data que ele vinha.
Diário do RN – Que avaliação a senhora também faz dos demais adversários, Paulinho Freire e Rafael Motta? Natália Bonavides – Eu acredito que os três têm muito em comum. Inclusive, eu achei curioso como o Carlos Eduardo e o Paulinho Freire até o marketing deles concluiu isso, porque a logomarca deles é praticamente igual. O conceito artístico que eles apresentaram para cidade foi basicamente a mesma coisa e eu concordo muito com o marketing deles nesse sentido. Então, Carlos Eduardo ele foi prefeito quatro vezes teve toda a oportunidade do mundo para resolver esses problemas estruturais, não resolveu, se não se não teve competência ou não teve vontade fica para história avaliar. Paulinho Freire está se propondo a ser o candidato de continuidade da gestão Álvaro Dias, que é a gestão que está mantendo todos esses absurdos acontecendo. É tanto que a gente já falou aqui de creche, de educação, de saúde, de alagamento, ele, por exemplo, chegou a abrir um hospital veterinário sem autorização de licença só para o candidato dele poder passar na inserção eleitoral que tinha um hospital veterinário. Ele fez de tudo para conseguir a licença para engorda de Ponta Negra para poder dizer que está sendo feita e a obra está parada, numa atitude de irresponsabilidade com o dinheiro público que eu tenho visto poucos precedentes. Rafael Motta se prestou, sabendo de tudo isso, aceitar ser secretário de Álvaro Dias.
Hoje ele critica muito a candidatura de Paulinho, mas bem que ele queria estar no lugar, de receber esse apoio. Então, você vê que todo mundo ali já foi secretário, o outro foi vice-prefeito, o outro foi prefeito, foi prefeito, foi prefeito, foi prefeito, e agora o que eles dizem que é um problema que vão resolver quando eles estiverem lá com a caneta na mão, com a oportunidade e a possibilidade de articulação. Eles não fizeram isso. Então, a nossa candidatura é a única que representa realmente uma mudança de rumos da cidade para gente sair dessa estagnação que o povo natalense tem, que a gente sente, todo mundo achava hwá 15, 20 anos, que aqui era o maior potencial, era a cidade melhor de se viver no Nordeste, quando foi que a gente deixou essas oportunidades escorrerem pelos dedos e agora a gente fica olhando para João Pessoa, para Fortaleza, para Recife, só se lamentando porque os investimentos vão para lá, a inovação vai para lá, o turista natalense quer ir para lá. Não estou dizendo que nenhum deles fez nada de bom na vida, gente. Mas a nossa cidade merece uma oportunidade de algo melhor, algo que não seja o mais ou menos, medíocre. A gente pode resgatar aquela autoestima que a gente já teve antes e fazer essa cidade se projetar no nordeste, no Brasil e no mundo em outro patamar.
A pesquisa DataVero/ Diário do RN entrevistou 400 eleitores do município de Ipanguaçu, a 214 quilômetros de Natal, sobre as intenções de votos a prefeito neste pleito eleitoral. Com 11 pontos de diferença, o prefeito Remo (PT), candidato à reeleição, lidera a disputa.
Remo tem 52,25% das intenções de votos e o candidato Jefferson Santos (PL), vereador no município, aparece com 41,25%. O número de indecisos está em 3,5%, que são os que não sabem ou não responderam. Disseram votar em ‘nenhum’ 3% dos entrevistados.
Dos votos válidos, quando se exclui os nulos e brancos, Remo ficaria com 55,88% e Jefferson com 44,12%.
Espontânea Na sondagem espontânea, o nome mais lembrado é o de Remo. Ele foi citado por 52,75% dos eleitores. Já Jefferson foi citado por 40,50%.
Ainda foi citado Josimar, por 0,25%. Não sabem ou não responderam, 5%; disseram ‘nenhum’ 1,50%.
A pesquisa espontânea não apresenta os nomes dos candidatos aos eleitores, e os entrevistados dizem o primeiro que vem à cabeça.
Rejeição Quando questionados sobre a rejeição aos candidatos, a população de Ipanguaçu rejeita em primeiro lugar o candidato da oposição, Jefferson, com 38,75%. Já o prefeito Remo tem 31,75% de rejeição.
Responderam que votariam em todos, sem rejeitar nenhum, 9,25%. Disseram votar em nenhum, rejeitando todos, 3%. Não sabem ou não quiseram responder, 17,25%.
População de Ipanguaçu aprova gestões de Remo e Lula e desaprova Fátima
A pesquisa DataVero/Diário do RN mediu a satisfação dos moradores de Ipanguaçu com as gestões municipal, estadual e federal. O governo do prefeito Remo (PT) é aprovado pela maioria da população.
Na opinião dos ipanguaçuenses, a gestão municipal é aprovada por 53%; outros 36,25% desaprovam a gestão que tenta a reeleição; não sabe ou não responderam, 10,75%.
O Governo Lula (PT) também é aprovado. São 72,25% dos entrevistados que afirmam aprovar a gestão Federal; 16% desaprovam; e 11,75% não sabem ou não responderam.
Já a gestão da governadora Fátima Bezerra (PT) tem 55% de desaprovação. Outros 31,25% aprovam a gestora estadual; 13,75% não sabem ou não responderam.
Em Ipanguaçu, vereador mais citado tem 9,25% de intenções de votos
Em Ipanguaçu, o número de indecisos sobre o voto a vereador é 15,50%, que afirmam à pesquisa DataVero/Diário do RN não saber sobre o voto à Câmara Municipal.
Dos candidatos que foram citados na pesquisa DataVero/Diário do RN, o vereador Toinho das Caçambas tem 9,25%; também vereador, Braúlio tem 5,50%; o parlamentar Paulinho de Chico Joca tem 5,50%. Já Berguinho e Doel Soares aparecem com 5%, cada um.
Tuanny de Francinaldo tem 4,50% das intenções de votos; Frank do Baldum e Luzineide Fonseca 3,50%, cada; Josimar Lopes foi citado por 3,25% e Batista Bertoldo tem 3%.
A pesquisa DataVero Diário do RN ouviu 400 pessoas nos dias 19 e 20 de setembro. A margem de erro é de 3%, para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%. O número de registro é RN-00671/2024.
“Eu não gosto de vender minha consciência”. Esse é o modo como o candidato a prefeito de Natal, Rafael Motta (Avante), resume o caminho que o levou a disputar o pleito majoritário na capital pelo Avante. O ex-deputado federal faz duras críticas ao PT, citando “intervenção” sobre o PSB, e à Carlos Eduardo, a quem chama de “antiquado” e com “uma arrogância do tamanho do mundo”.
O candidato fala sobre o conceito de Smart City, colocado em seu plano de governo, e seus pensamentos sobre saúde, educação, transporte coletivo e mobilidade urbana de Natal, além de infraestrutura. A entrevista foi a segunda da série de sabatinas do Diário do RN com os candidatos, realizada no dia 12 de setembro. Leia na íntegra:
Diário do RN – Por que resolveu se candidatar à Prefeitura de Natal? Rafael Motta – Primeiro agradecer o convite, dizer que é um prazer estar aqui nesse jornalismo que sempre saiu imbuído da verdade, um jornalismo comprometido com a notícia. Bom, a candidatura se deu principalmente por uma questão que Natal vem travada há um bom tempo.
Natal, no meu ponto de vista, parou e a gente na verdade está ficando para trás de alguns municípios como João Pessoa, Recife, até Mossoró está caminhando a passos largos. E também por algumas injustiças que eu estava presenciando. Isso na parte social, basicamente falando, essa questão do sorteio de crianças. Natal não tem uma obra mais grandiosa e uma série de injustiças sociais que estão sendo cometidas e a nossa ideia foi justamente essa de trazer um modelo diferente, como está sendo adotado lá em Recife, como está sendo adotado em Maceió, de uma nova de uma nova geração de gestores. Então, a nossa ideia era trazer essa energia, essa jovialidade, esse novo modelo de fazer política que faz com que a cidade seja mais acelerada, trazer conceitos como Smart City para Natal, trazer um modelo que seja otimizado, gerencialmente falando. E principalmente, porque realmente as opções que estavam aí do meu ponto de vista não eram opções que renderiam no desenvolvimento da cidade. Respeitando todas as candidaturas que são super legítimas, mas a gente tem candidaturas como a de um ex-prefeito que já foi quatro vezes prefeito, que Natal no meu ponto de vista não avançou nesse período. A gente foi ficando para trás nesse período que atrasou salários deixou a cidade estagnada, cidade travada. Uma outra candidata aqui também respeito muito, mas que parece que vive numa ilha.
Em que o Rio Grande do Norte está numa situação e Natal está completamente diferente, então eu não sei se seria uma boa dinâmica para a nossa cidade. E o outro candidato que também foi presidente de Câmara durante várias oportunidades e na Câmara ele tem condições de fazer com que algumas ações no município caminhem, visto que você tem como negociar algumas situações, negociar no bom sentido obviamente, e se fazer alguns atrativos para a cidade. E a gente, que tem uma dinâmica mais jovem, mais nova, mais progressista e sustentabilidade. Então foi justamente por isso, porque também eu amo Natal, eu acho que a cidade que é belíssima, tem coisa que dinheiro não compra, que são os cartões postais da nossa cidade, a beleza natural, cultural e o povo da gente que precisa de um cuidado maior.
Diário do RN – O senhor vem citando, desde que a campanha iniciou, falhas dos adversários. Por que que o senhor acha que mesmo assim nas pesquisas, o senhor continua em quarto lugar, sem conseguir o avanço? Rafael Motta – É, quando eu critico eu faço críticas gerenciais, não são críticas pessoais. Eu acho que a gente tem que saber como cada um se comportou gerencialmente, como cada um pensa, críticas pessoais de forma nenhuma. Sobre a questão de pesquisas, eu já estou meio que escaldado sobre pesquisa porque em 2022 eu fui candidato ao Senado e as pesquisas apontavam que eu teria ali 3, 4, 7% de intenções de votos. E eu sabia, tinha um sentimento de rua que não era esse, apesar de ser uma campanha estadual, a gente sabia que não era a realidade. E quando abriram as urnas, a gente segurou ali com 24% de votos. Então, as pesquisas são retratos momentâneos. Pode acontecer um fato que de repente tudo mude, pode acontecer absolutamente nada e de repente as pessoas começarem a prestar atenção no seu nome. Então, qual é a nossa expectativa? A gente permanece num patamar que as pesquisas indicam, só que tecnicamente, eu trabalho com pesquisas qualitativas e quantitativas, e o que existe no meu nome é que eu ainda estou, de certa forma, menos conhecido do que as pessoas, mas as pessoas que me conhecem têm uma boa imagem minha, o que é positivo. Então, fazer ser conhecido e mostrar o meu plano de governo. Isso é uma dificuldade pelo tempo, com certeza. Eu estou batalhando aí contra o Governo do Estado e o Governo Federal e com estrutura milionária de um partido gigantesco com uma série de partidos que inclusive o PSB, que foi tirado de mim e o PSOL que impediram a candidatura, a gente está indo contra uma estrutura da prefeitura municipal e uma série de partidos com uma megaestrutura de televisão, etc. Mas o que acontece é que as campanhas estão mais digitalizadas. Então, é onde eu tenho uma penetração. Então, é onde a gente tem uma expectativa, até porque hoje quem decide o voto é a juventude. E a tendência é que as pessoas comecem a procurar quem são os candidatos. É aí que existe uma possibilidade da gente ter um crescimento, eu sou um eterno esperançoso. A campanha do Senado mostrou muito isso.
“Eu tenho um plano jovem, moderno; Carlos Eduardo é um cabeção atrasado”
Motta defende novo modelo de fazer política ao criticar essência de “arrogância” de ex-prefeito e adversária do PT
Diário do RN – O senhor se arrepende de ter saído do PSB? Rafael Motta – De forma nenhuma, pelo contrário. Já aconteceu isso tudo lá atrás quando eu fazia parte do Pros e houve uma compra de um helicóptero e de uma casa no Lago Sul com o dinheiro do fundo partidário. E aí eu fiz uma reclamação e acabei sendo expulso. E saí de cabeça erguida. Da mesma forma quando eu fazia parte da base de Temer e pediram para a gente votar a Reforma Trabalhista. Eu disse que não votaria e falaram que eu ia perder algumas indicações que eu teria, eu disse ‘pode levar as indicações que eu saio’. Eu não me prendo a essas coisas, não é que eu seja arredio, é porque eu não gosto de vender minha consciência.
Diário do RN – Mas o senhor não acha que isso politicamente pode acabar prejudicando, até atrasando, alguns projetos mais à frente? Por exemplo, se estivesse hoje na aliança com o PT e unindo forças junto com Natália teria maiores perspectivas para 2026. Rafael Motta – Não. Qual é a dívida que eu tenho com o PT? Nenhuma. Em 2018 a gente tentou fazer coligação com o PT, o PT não quis. Eu continuei votando no PT. Em 2022 o PT escolheu um candidato que foi adversário deles em 2018 e ao invés de escolher alguém que estava com eles direto, votando junto, escolheram um adversário. Então, qual é a sobrevida que eu teria no ambiente onde eu já fui deixado em banho-maria? Para crescer na política tem que arriscar, tem que ter coragem.
Diário do RN – Aliança com o PT é predatória? Rafael Motta – O PT tem uma filosofia que eu aprendi na convivência, que é primeiro, o PT, segundo, o PT e terceiro, o PT. E outra, eles têm essa dinâmica com quem é de fora do PT e com quem é jovem dentro do PT. Então assim, se você for um uma liderança nova, você também vai ser ceifado. Você imagine o receio que o PT tinha se, me apoiando em 2022 para o Senado e eu tivesse ganhado a eleição para senador com 36 anos. Eu criaria assim uma nova liderança de esquerda, então eles acham que eu seria uma ameaça para eles.
Diário do RN – Um assunto que está vindo muito à tona é a questão do sorteio das vagas para crianças nas creches. Como o senhor vê isso e que solução daria para esse problema? Rafael Motta – Veja só, se você tiver duas crianças na mesma rua. Uma criança que teve sorte de ter o sorteio e de poder ter uma vaga de creche. E do outro lado da rua, no mesmo ambiente social, mesma renda per capita familiar, ele não teve a sorte de ter sido sorteado. Uma dessas crianças tem o futuro garantido. A outra provavelmente não. Então, por causa de uma situação que foi criada por Carlos Eduardo você vai ter aí uma leva de talvez 1.208 crianças que não tenham certeza de um futuro garantido. Isso é uma questão desumana. Isso está na Constituição, o direito à educação. Essa foi uma das razões que a gente buscou justamente ser candidato por causa disso. Uma das coisas que me atinge profundamente no meu interior tem diversas soluções. Primeiro, colocar para funcionar dez CMEIs que estão fechadas ou precisam ser finalizadas. Lá no Guarapes tem uma que está praticamente pronta.
Diário do RN – Como seria para se resolver esse problema? Rafael Motta – Imediatamente fazer parceria público-privadas com instituições que tenham vagas remanescentes ou que se contratem vagas pro município. ‘Você tem quantas vagas aqui? 50? Eu preciso de 20. Você tem quanto? 100 vagas aqui para crianças? Eu preciso de 30’. E a partir daí você vai ocupando essas vagas com as crianças do município. Não tem problema com isso. Parceria público-privada é feita para resolver problemas como esse, por exemplo.
Diário do RN – Outro tema também que é muito discutido é a questão da mobilidade urbana no trânsito de Natal e também o transporte coletivo. Como o senhor vê? Rafael Motta – São duas coisas que caminham juntas. Transporte coletivo, todo mundo sabe qual é a solução. É abrir a concorrência. Você vai ter pessoas interessadas que vão prestar um serviço de maior qualidade com preço menor, então vão ser mais usuários usufruindo daquele serviço.
Diário do RN – O senhor é a favor da tarifa zero? Rafael Motta – A gente está estudando isso para algumas categorias, talvez, mas algo que melhor do que a tarifa zero é o que a gente planeja para Natal, que se chama o Cartão Único Mensal. Você vai ter o cartãozinho, pagar uma mensalidade e vai poder usufruir do transporte na hora, local, dia que você quiser. Você vai poder comprar a o cartão com viagens limitadas. Então, você vai poder ir realmente no médico às 11h da noite, poder ir para a praia no final de semana, poder ir para o futebol no final de semana, você vai poder ir para sua aula e depois ir para o seu curso depois. ‘Ah, mas isso é devaneio’. Não, não é, porque se existe em São Paulo, existe em outras cidades.
Diário do RN – No plano de governo tem alguma proposta em relação aos direitos da mulher? Rafael Motta – A ampliação da Patrulha Maria das Penha, que é importantíssimo a gente trazer essa ideia de consciência em relação à violência doméstica. A nossa ideia também é informar ao cidadão que ele não tem o direito sobre a mulher, através de propaganda de televisão. A propaganda de televisão de prefeitura não é para você divulgar a sua obra, que você fez tal coisa.
É importante o cidadão ver. A gente tem que divulgar questões sobre saúde pública, sobre consciência de utilização da faixa de pedestre, da questão do rotatória, e é possível também sobre violência doméstica; o cidadão tem que saber que ele não é dono das mulheres. E outra, na nossa gestão 50% dos gestores serão mulheres. Eu não vi isso nem um plano de governo, a própria candidata (Natália) não tem nada que fale lá sobre questão das mulheres. Ela, apesar dela ser mulher, tomei o cuidado de olhar todo plano de governo dela não tem. Pode ser que ela tenha retificado. Eu até falei para ela, que ainda dava tempo fazer a correção.
Diário do RN – Qual é a sua proposta para o turismo, que é a mola mestra da economia de Natal? Rafael Motta – Turismo você faz com atrativos naturais, que a gente já tem de sobra. Você faz com infraestrutura, que a gente tem os leitos, uma rede hoteleira muito ampla, um Centro de Convenções bom. E a gente precisa fazer agora a parte estrutural da cidade em si. Divulgação de destino turístico. Você imagina, um cara russo lá no leste europeu ou lá na Rússia mesmo, naquele frio, vendo aquela beleza de Natal numa revista. Turismo você faz por divulgação, a gente tem que divulgar Natal, tem que levar Natal para as feiras, tem que levar Natal para os cantos, para fazer propaganda da nossa cidade e também com infraestrutura. Tem um turismo em Natal que é pouquíssimo explorado, que é o turismo cultural histórico da Ribeira, da Cidade Alta. A gente tem o turista, que fica ali no hotel, na Via Costeira, três dias, vai para Maracajaú, talvez para Pipa, São Miguel do Gostoso, mas fica três, quatro dias no hotel, depois vai embora. Tem que tirar ele um pouco ali da Zona Sul, mostrar para ele que existe a Ribeira, que a gente pode fazer uma Ribeira completamente diferente. A gente pode fazer da Ribeira uma zona franca, livre de impostos, para você poder atrair investimentos, cafés, livrarias. A gente poder atrair uma instituição tipo um IFRN ou um campus da UFRN, para poder ter gente morando lá próximo, para poder divulgar aquela região, então tem uma série de coisas que podem ser feitas através do turismo cultural histórico. E Natal, como eu volto a dizer, é uma cidade que foi abençoada por Deus, só precisa ter um cuidado maior com a nossa cidade.
Diário do RN – Carlos Eduardo disse em recente entrevista para o jornal que o marketing de Rafael, Paulinho e Natália está mentindo sobre ele. Rafael Motta – Sorteio de vagas foi ele que criou, não é mentira. Atraso de salário, quem atrasou? Carlos Eduardo, não é mentira. Ainda bem que a gente tem Google e internet. Sobre a questão das obras da Copa, foi ele que atrasou, não entregou. Sobre a questão da Jerônimo Câmara, também.
Me consta até que esse estudo da jazida da engorda foi feito por ele. Então, Carlos Eduardo, ele tem alguns surtos de esquecimento ou de embaralhamento mental, porque uma hora ele é Bolsonaro, outra hora ele é Lula, até o ‘cabeção’ ele está aceitando, para você ver como é que está.
O marketing dele é um marketing bom, mas a essência de Carlos Eduardo permanece a mesma. É um cara de pouco diálogo, uma pessoa que acha que está certa em tudo, que acha que pode tudo e que tem uma arrogância do tamanho do mundo. Eu tive diálogo com ele. Eu falei, Carlos, eu tenho um plano de governo muito jovem, moderno, mas a cabeça dele é em PDF, não muda, é imutável.
Então, vai continuar sendo um pensamento atrasado, um cabeção atrasado.
Diário do RN – Ele é atrasado? Rafael Motta – Totalmente. Antiquado, atrasado. É um cara que não consegue se antenar com o futuro, com o Smart City. Como a gente vai tratar sobre uma cidade inteligente com Carlos Eduardo? Como é que você vai conseguir falar que a gente pode fazer na Ribeira, por exemplo, um polo digital, fazer software dentro da Ribeira, entendeu? É complicado. Respeito as opiniões dele, mas do meu ponto de vista, é um pensamento antiquado. Como eu disse, são 12 anos e a cidade continua a mesma. Foi passada por João Pessoa, né?
O empate entre Carlos Eduardo (PSD) e Paulinho Freire (UB), apontado pela pesquisa Datavero/98 FM, é refletido também nas zonas da cidade. Antes liderando em três das quatro áreas de Natal, Carlos Eduardo agora perde a zona Oeste, que passa a ter Paulinho Freire na liderança.
Em toda a Natal, a pesquisa DataVero/98 FM, divulgada pelo Diário do RN nesta terça-feira, 24, traz Carlos Eduardo com 31,90% de intenções de votos; Paulinho Freire com 30,60%; Natália Bonavides (PT) foi citada por 16,70%; Rafael Motta, 3,80%; Heró Bezerra (PRTB), 0,20%; e Nando Poeta (PSTU), 0,20%. Não sabem ou não responderam 3,40% e responderam ‘nenhum’, 13,20%.
Separando por zonas, na parte Leste, reduto eleitoral de Carlos Eduardo, ele tem 45,51% das intenções de votos, enquanto o adversário Paulinho Freire tem 25,75%, diferença de quase 20 pontos. Lá, Natália Bonavides (PT) tem 13,77%.
Na zona Norte, área mais populosa de Natal, a diferença entre os dois candidatos é menor: Carlos Eduardo tem 34,65% e Paulinho Freire 26,14%. Já Natália Bonavides chega a 17,02% e Rafael Motta aparece com 5,17%.
Por outro lado, na Zona Sul, Paulinho segue na liderança e a candidata do PT em segundo na preferência dos eleitores. Na área, Paulinho tem 34,66%, Natália 20,32% e Carlos Eduardo 19,92%.
Na zona Oeste, Paulinho ultrapassou Carlos Eduardo em relação às sondagens anteriores e apresenta agora 35,57%; Carlos Eduardo 31,23% e Natália Bonavides 14,62%.
Bairros de Natal Entre os bairros com citações mais representativas, na Praia do Meio, Carlos Eduardo foi o único citado, com 100% da preferência do eleitorado entrevistado.
Na Ribeira, o ex-prefeito foi também único lembrado, por 66,67%, ante 33,33% de indecisos. Em Areia Preta, o ex-prefeito apresenta uma das maiores vantagens. Carlos Eduardo tem 75%, enquanto Natália Bonavides aparece com 25%. Os demais não foram citados no bairro.
Já no Barro Vermelho, quem lidera é Paulinho, com 66,67%; e Carlos Eduardo tem 25%.
Em Mãe Luiza, a liderança é de Carlos Eduardo, com 63,16%, enquanto Paulinho apresenta 10,53% e Natália Bonavides 5,26%. O bairro mostra um dos maiores índices de indecisos, com 15,79%.
Já no Tirol, Paulinho Freire tem 32,14%, Natália Bonavides 28,57% e Carlos Eduardo fica em 3º, com 25%.
Dos sete bairros da zona Norte, Carlos Eduardo lidera em quatro, Igapó, Lagoa Azul, Nossa Senhora da Apresentação e Pajuçara. Paulinho Freire lidera em três, Potengi, Redinha e Salinas. No Salinas, Paulinho Freire é o único citado, por 50% dos entrevistados. Na Redinha, o candidato do União Brasil tem 30%, Natália Bonavides e Carlos Eduardo, 15%, cada um.
A maior distância entre os candidatos na zona Norte está no Nossa Senhora da Apresentação. Lá, Carlos Eduardo tem 47,44%, Natália Bonavides 21,79% e Paulinho Freire 17,95%.
Na zona Oeste, o Bom Pastor escolhe Paulinho freire por 68%; Natália Bonavides tem 16% e Carlos Eduardo 12%.
Em Cidade Nova, Paulinho tem 50% e Carlos Eduardo 18,75%. Já Natália aparece com 6,25%.
Em Cidade da Esperança, a liderança é de Carlos Eduardo, com 40%, enquanto Paulinho tem, 23,33% e Natália 13%. No bairro, Rafael Motta aparece com 10%.
No bairro Nordeste, Paulinho Freire tem 54,55%. Carlos Eduardo e Rafael Motta 18,18%.
Já Neópolis, na zona Sul, é o único bairro em que Natália Bonavides está na liderança, com 26,19%. Lá, Paulinho Freire tem 23,81%; Carlos Eduardo 16,67% e Rafael Motta 7,14%.
Em Ponta Negra, Carlos Eduardo e Paulinho Freire estão empatados, com 27,03%, cada. Natália Bonavides tem 24,32%.
Em Nova Descoberta, Paulinho fica à frente com 43,33%. Carlos Eduardo tem 13,33% e Natália Bonavides 10%.
Em Candelária, Paulinho tem 53,85%; Carlos Eduardo 23,08% e Natália 3,85%.
A pesquisa DataVero/98 FM ouviu 1.000 pessoas nos dias 21 e 22 de setembro de 2024. A margem de erro é de 3% e o nível de confiança, 95%. Está registrada no TSE sob o número RN-09969/2024.
Poeta, cientista social, trabalhador da construção civil, fundador do PT em Natal e do PSTU, o candidato a prefeito da capital coloca seu nome à disputa pelo “vínculo com a luta da classe trabalhadora”. Militante da esquerda, Nando Poeta é um dos críticos dos governos do PT e das escolhas do partido em sua trajetória, que, segundo ele, sustenta a política do capital.
Além disso, condena a direita e o espaço à iniciativa privada e grandes empresários, reprovando as propostas das demais candidaturas apresentadas ao Executivo natalenses. O candidato que apresenta chapa puro-sangue com o estudante Tiago Silva (PSTU) como candidato a vice-prefeito, esclarece a visão do partido e apresenta as propostas para os principais gargalos na administração pública natalenses. Leia a sabatina realizada pelo Diário do RN.
Diário do RN – Quem é Nando Poeta? Nando Poeta – Eu sou filho de paraibano, meus pais vieram para cá em busca de trabalho na década de 50, nasci em 1962, tenho 61, pertinho do 62. Desde cedo, fiz edificação, metalurgia, depois mudei. Fui trabalhar na construção civil, trabalhei na construção dos conjuntos habitacionais que era justamente uma intenção de garantir que a população tivesse abrigo em Natal. Entrei na militância na construção do PT entre 1981 e 1982. Fui um dos fundadores aqui, desde o início do PT, junto com minha irmã que foi embora pra São Paulo, e depois disso eu entrei na universidade, comecei a fazer ciências sociais, participei da ocupação da Reitoria de 1984. Em seguida, entrei no Estado, nesse mesmo ano fui trabalhar numa escola lá em Nova Natal, inclusive no mesmo local onde eu ajudei a construir o conjunto. Fui ensinar na época as disciplinas que a ditadura impôs no currículo, que foi OSPB, Educação Moral e Cívica. E aí fui para o movimento sindical, entrei no Sindicato dos Trabalhadores da educação fui diretor durante três gestões, fui da CUT, depois em 1992 fomos expulsos do PT, porque a gente queria o Fora Collor e o PT na época não queria. Desautorizou os militantes a fazer a campanha do fora Collor, inclusive no Congresso em 1991, eles desautorizaram os militantes a fazerem a campanha e em seguida fomos expulsos, em maio de noventa e dois. O PT só foi decidir pelo fora Collor em julho de 1992.
É tanto que a campanha ficou conhecida como Os Caras Pintadas, porque a juventude que era na época dirigida pelo PCdoB na UNE, fez a campanha, mas o PT da CUT não fez, mas mesmo assim a gente rompeu com esse silêncio e continuamos a campanha. Logo em seguida e com todos aqueles que foram expulsos discutimos a necessidade de construir um novo partido. Em 1994, fundamos o PSTU. E estamos até hoje.
Diário do RN – Quais as principais propostas e a motivação da sua candidatura? Nando Poeta – A motivação da nossa candidatura do Partido Socialista era justamente buscar num processo eleitoral apresentar uma proposta distinta do que está aí, porque o que a gente percebe que nas eleições tem se repetido determinadas alianças, propostas que são levantadas durante a campanha e que não são realizadas, são abandonadas, são esquecidas e a gente achou que o PSTU, por ter essa esse vínculo com a luta da classe trabalhadora e socialista e não ter abandonado essa caminhada, achávamos que era importante que nessas eleições, inclusive aqui, tivesse a nossa candidatura, do PSTU.
Diário do RN – Como é que você avalia a imagem que se tem da esquerda? Muita coisa projetada é que a esquerda é defensora do aborto, da legalização de drogas, da invasão de terras, invasão de propriedade. Isso é verdade ou há uma distorção na imagem que as pessoas têm da esquerda? Nando Poeta – Primeiro, a imagem que distorce a esquerda foi o fato de muitos setores da esquerda terem chegado ao poder e ao chegar ao poder se distanciaram do programa que defendia, das ideias que defendíamos. O PT, ao chegar ao poder, virou uma situação. Nós estamos acompanhando agora o debate do arcabouço fiscal, que foi aprovado a mando do governo Lula no Congresso Nacional. Uma proposta que limitou inclusive os recursos pra serem investidos nas políticas sociais. Então, essa política aí levou a esquerda a ficar mal visto e se distanciando da sua base original que deu sustentação. Termina manchando o papel que a esquerda histórica tem de defender intransigentemente o interesse da classe trabalhadora.
Diário do RN – Natália é esquerda? Nando Poeta – Hoje a gente diz que o PT é um partido que se distanciou da esquerda. É um gestor do capitalismo, aplica a política do capital. Vocês viram aí na câmara as mesmas propostas defendidas por partidos de direita, são defendidas pelo PT. O debate das creches. Todos eles defendem a compra de vaga. E já é uma proposta que veio de Lula comprar vaga nas universidades privadas. Então, se confunde muito hoje.
Diário do RN – Nós estamos aí com candidaturas claramente definidas. Paulinho e o União Brasil você coloca como centro, mais centro direita; Carlos Eduardo pra centro, centro esquerda; Natália, esquerda; Rafael também se coloca às vezes como centro-esquerda, mas já esteve no governo da direita. Qual é a diferença de Nando Poeta? Nando Poeta – A gente vê que todas essas candidaturas estão dentro do mesmo ciclo. O União Brasil está dentro do Governo Federal, tem três ministérios. Você vê o partido de Carlos Eduardo, também dentro desse mesmo arco e viu que foi o candidato a senado do PT na eleição passada e na anterior tinha sido de Bolsonaro. O PT tem o vice do PV, o PV governou Natal. Então, a gente vê que é um círculo entre eles. E a maioria deles são parlamentares. No caso, Carlos Eduardo é ex-prefeito. Então nós somos a única candidatura que está fora desse arco. Porque a gente quer estar. Porque fomos procurados. A própria Natália no ato da candidatura procurou para ver a possibilidade de conversar. Nós não temos o que conversar.
Nando Poeta defende redução do salário do prefeito, secretários e vereadores
Candidato do PSTU afirma que limite prudencial em Natal é “uma farsa”, que impede direitos e reajuste de servidores
Diário do RN – A propaganda eleitoral de Paulinho Freire está dizendo que Carlos Eduardo é o plano B do PT e aí cita a contextualização disso. Você concorda? Nando Poeta – Eu estou vendo muitos ataques no guia eleitoral, inclusive afirmações desse tipo. O questionamento a Carlos Eduardo eu fico lembrando, mas Paulinho Freire foi seis vezes presidente da Câmara. Provavelmente passou por governo de Carlos Eduardo e deu suporte a Carlos Eduardo, porque geralmente os presidentes das câmaras estão bem abraçados, são aliados ao prefeito. Aqui não foi diferente. Então eu acho que é um plano do PT também, porque se fizer Carlos Eduardo e Paulinho Freire provavelmente o PT vai abraçar o seu ex-senador da campanha passada.
Diário do RN – Qual a solução do seu partido com relação a esse setor de transporte? Diário do RN – O transporte, nós discutimos a necessidade de construir uma empresa pública de transporte, estatizar. E interligar toda a mobilidade com trem, exigir do governo federal aumento da malha ferroviária, exigir do governo federal descruze os braços. Então, construir esse polo, incentivar e investir na construção de novos transportes, aí estavam escutando a rádio logo cedo e uma das reclamações grandes é justamente que a qualidade do transporte é péssima em Natal. No Brasil inteiro, mas em Natal a situação é pior.
Diário do RN – Por que você acha que nesses 30 anos nenhum prefeito conseguiu fazer a licitação? Nando Poeta – Porque deixou tudo na mão dos empresários, apesar de ser a concessão pública, você deixou na mão dos empresários. É igual colocar uma raposa dentro de um galinheiro, a gente sabe o que vai acontecer.
Diário do RN – Mas a licitação iria legalizar a presença dos empresários do setor de transporte, por que ela nunca acontece? Nando Poeta – Os empresários tiveram uma licitação, deu deserta, não aceitou. Eu acho que às vezes a gente tem que estar atento pelo fato desse setor não ter o controle do município, deixou muito na mão do Seturn, que a gente disse que é uma máfia, uma máfia do transporte aqui dentro de Natal, como na maioria do Brasil. Nós temos hoje várias empresas que são devedoras do município. São devedoras inclusive do Estado. São mais de 160 milhões, só no município, são 49 milhões. Como é que essas empresas vão participar de uma licitação? Pode? É possível que essas empresas que são devedoras participem? Com certeza vão ter o direito de participar. Então, tinha que mudar tudo isso.
Diário do RN – Um assunto que foi tema de muita discussão e alguns já deram até a solução. Qual é a solução de Nando Poeta para a falta de vagas nas creches? Nando Poeta – Como eu falei, dinheiro público na rede pública. A primeira coisa seria justamente ampliar os que já existem, dando mais condições, construir novos, vendo e percebendo quais regiões tem a carência maior. Não pode ficar nessa situação que está e não vai resolver a compra de vagas, como não resolveu no Brasil inteiro. Está aí a maior parte da população fora das universidades e com compra de vagas.
Diário do RN – O senhor concorda com a parceria público privada para resolver a falta de vagas nas creches? Nando Poeta – Não resolve, que é uma forma de privatização que foi criada por Lula em 2004, faz 20 anos agora e não resolve o problema da prestação, está aí o mercado da Redinha, está aqui o Sandoval, que são prédios que se investiu dinheiro público, preparou todo o terreno depois você entrega de mão beijada, como as rodovias, como os aeroportos, todos têm essa política pública e privada e não resolve o problema.
Diário do RN – O PSTU tem de certa forma certos conflitos com a iniciativa privada. O turismo ele é a mola mestra da economia de Natal, considerado a indústria sem chaminé. Como estimular, incentivar o turismo, sendo que os parceiros todos desse universo turístico são parceiros privados? Nando Poeta – Sobre a iniciativa privada, para a gente ter, por exemplo, a gente vê que 83% de CNPJs são de empresas de que tem de zero a 09 trabalhadores pequenos proprietários. Um governo como o nosso não acaba esses pequenos proprietários, esses pequenos comércios e iniciativas, elas existem. O que precisa, inclusive, é ter políticas para incentivo que não têm hoje.
Você praticamente não tem isenção. Não tem subsídio. Tem, por exemplo, uma empresa têxtil que domina, que tem três que estão nas listas mais ricos do Brasil, mas tem subsídio para empresas como essa, ou empresa de construção civil, umas dez mais ricas em Natal, tem subsídios. Ou empresa de combustível onde tem um potiguar que é um dos donos que é um dos mais ricos do Brasil, existe facilidade para esses tipos de empresa. O pequeno não tem. Então, nós vamos olhar para a questão do turismo como a mesma coisa, você vê quem potencializa o turismo hoje. São pequenos negócios. A grande maioria são pequenos negócios.
Nando Poeta – Como é que está hoje a relação de folha salarial com receita em relação a prefeitura de Natal? Diário do RN – Olha em 2023 eles dizem muito que chegou o limite prudencial, mas não chegou. É uma farsa. Um estudo que a gente fez mostra que eles atingiram 43% e limite de alerta é 48%. O limite prudencial é 51%. Limite o limite máximo é 54%. Então, está muito longe do que eles disseram que estava ferindo a Lei de Responsabilidade Fiscal. Então, tinha uma margem muito grande para dar um aumento do funcionário, para garantir o piso da enfermagem, para garantir o piso dos profissionais da educação, que não foi respeitado, então, não teria uma mágica.
Diário do RN – Com Nando Poeta prefeito, os servidores teriam um aumento salarial logo de cara? Nando Poeta – Em relação ao salário, ia mudar muito. Nós estamos defendendo inclusive a redução de salário dos políticos. Aqueles que ganham muito. Do prefeito, os secretários, os vereadores, que têm salário muito acima da média de que um trabalhador deveria ganhar. Então, é uma primeira iniciativa que a gente faria e evidentemente é movimentando os planos de carreira dessa categoria. Se você movimenta os planos de carreira da categoria, por exemplo, um professor que tem uma média de 4 mil reais no município, se tivesse o plano de carreira sendo aplicado e reajuste vamos dizer que chega aos dez, pela progressão. Só que não são aplicados, isso é aqui é no Estado e em nível federal, os funcionários sofrem com seus planos de carreira não sendo respeitados. Mas quando você chega numa situação como essa a grande justificativa dos gestores é isso. Quando você eleva a folha se a receita não for na mesma intensidade você vai chocar e conflitar com a Lei de Responsabilidade Fiscal.
Diário do RN – Como resolver essa situação? Nando Poeta – Essa Lei de Responsabilidade Fiscal só existe quando a situação é favorável ao trabalhador. Aí ele diz, não tem dinheiro.
Diário do RN – O senhor falou de montar uma empresa pública de transporte. E está se falando em tarifa zero. Seria uma empresa pública a tarifa zero? Nando Poeta – Claro. Teria mais condições de garantir a tarifa zero. Sendo inclusive o serviço fornecido. Como o SUS é. Você não paga para tomar uma vacina. Você não paga para entrar dentro de uma escola pública, transporte também poderia ter essa tarifa zero. A partir dos recursos públicos sendo investidos numa empresa pública. Teria muito mais condições. Em algumas cidades já existe tarifa zero. Não é uma inovação nossa e não é uma bandeira socialista. Você vê até o Paulinho está falando, só que é de boca para fora. Ele foi de seis vezes presidente na Câmara e quando a gente tinha um mandato apresentou o passe livre e foram contra.
Diário do RN – E por que votar em Nando? Nando Poeta – Porque levanta uma bandeira socialista, levanta uma bandeira de transformação e levanta uma bandeira histórica de não se vender. Nós não estamos à venda. Nós estamos intransigentemente na luta por defender os interesses da classe trabalhadora. Então a turma pode confiar, porque se a gente quisesse se vender já tinha vendido.