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MP PEDE A CASSAÇÃO DO MANDATO DE ALLYSON BEZERRA POR USO DA MÁQUINA

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A Procuradoria Regional Eleitoral do Rio Grande do Norte emitiu parecer favorável à cassação do mandato do prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra (União Brasil), por abuso de poder econômico nas eleições de 2020. O documento, referente ao recurso eleitoral nº 0600127-80.2024.6.20.0033, foi assinado eletronicamente pela procuradora regional eleitoral Clarisier Azevedo Cavalcante de Morais, foi protocolado às 7h24 desta segunda-feira (14) e agora será analisado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RN).

No parecer, a procuradora opina pela reforma parcial da sentença de primeiro grau, que havia rejeitado a cassação de Allyson, e sustenta que houve uso excessivo e desequilibrado da máquina pública para pagar, com dinheiro público, produção de material na mídia em favor do então candidato à reeleição. Segundo ela, o volume de postagens e o alcance de perfis e sites ligados à campanha geraram “claro desequilíbrio da disputa eleitoral”, favorecendo a construção de uma imagem positiva do prefeito junto ao eleitorado.

“O conjunto probatório comprova que os investigados foram os beneficiários do uso excessivo da internet, o que comprometeu objetivamente a igualdade de condições entre os concorrentes”, afirma o parecer.

Em entrevista exclusiva ao Diário do RN, Clarisier Azevedo detalhou os fundamentos da sua manifestação. “Foram vários fundamentos fáticos e jurídicos. Em alguns casos, eu entendi que havia elementos suficientes. Em outros, entendi que houve cerceamento de defesa, como no caso do pedido de quebra de sigilo bancário que foi indeferido”, explicou.

Questionada se, com base nas provas, acredita que o mandato do prefeito deve ser cassado, ela afirmou:
“Por um dos fundamentos, eu entendi que havia provas suficientes. Tem outros que afastei. O parecer agora vai ao TRE, que vai julgar se acolhe o recurso. Se acolher o mérito, pode haver a cassação. Se acolher apenas a preliminar, o processo volta para o primeiro grau”, complementa a procuradora de Justiça.

Segundo a representante do MP, houve clara instrumentalização da mídia em favor da promoção da candidatura e o seu conhecimento quanto à propagação de conteúdo em seu benefício.

“Embora não tenha sido possível demonstrar a extrapolação de limite de gastos com publicidade institucional ou o desvio de recursos públicos no seu implemento, dada a já abordada limitação probatória, o fato é que as postagens favoráveis divulgadas em rede social, com amplitude de perfis de largo alcance social, demonstram a construção de uma imagem politicamente favorável dos investigados junto ao eleitorado, contribuindo para o reforço de sua visibilidade em ambiente de disputa eleitoral, revelando a gravidade da conduta, com claro desequilíbrio da disputa eleitoral (aspecto quantitativo)”, observa a procuradora no parecer observando que o uso dos recursos da administração municipal de Mossoró levou ao benefício eleitoral de Allyson Bezerra.

Agora, caberá ao plenário do TRE-RN julgar o recurso com base no parecer do Ministério Público.

A decisão pode manter a sentença original, cassar o mandato de Allyson Bezerra ou devolver o processo à Zona Eleitoral de Mossoró para novo julgamento com reabertura da instrução.


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GONÇALVES É ACUSADO DE PEGAR NO PÊNIS DE JANONES E VIRA CASO DE POLÍCIA

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O deputado federal Sargento Gonçalves (PL) afirma que as acusações feitas nesta semana contra ele são “caluniosas”. Em vídeo enviado por sua assessoria ao Diário do RN, o parlamentar potiguar prefere não se ater às acusações de André Janones (Avante-MG) sobre importunação sexual, mas focar em acusações contra o colega de parlamento.

Janones registrou boletim de ocorrência contra ele e outros parlamentares por agressões físicas, injúrias e importunação sexual. O episódio ocorreu no plenário da Câmara dos Deputados na última quarta-feira (09), em meio a uma das sessões mais tumultuadas do ano.

“Essa polêmica que surgiu deste deputado desqualificado, o tal de André Janones, que tem me acusado e acusado outros parlamentares de forma caluniosa”, disparou Gonçalves, que classificou o mineiro como um parlamentar “que não produz nada para Minas Gerais, nem para o Brasil”. Para o potiguar, Janones só aparece em plenário para “tumultuar e gerar problemas”.

A resposta de Gonçalves vem após Janones registrar, junto à 1ª Delegacia de Polícia do Distrito Federal, que foi cercado, agredido e apalpado por cerca de 20 deputados bolsonaristas, com destaque para Gonçalves e Giovani Cherini (PL-RS). Segundo o boletim de ocorrência obtido pelo Metrópoles, Janones relata que recebeu chutes, socos, empurrões e foi alvo de xingamentos de baixo calão, como “vagabundo” e “chupador de rola”, durante o episódio.

“O deputado disse ainda que levou vários empurrões desses parlamentares. Os demais agressores ainda não foram identificados. Informa ainda que, durante as agressões físicas, por diversas vezes, vários deputados – sendo identificado como um deles o deputado Evandro (Sargento Gonçalves) – apalparam suas partes íntimas, nádegas e pênis, causando-lhe grande constrangimento e sofrimento emocional”, diz trecho do boletim.

Um dos vídeos do próprio Janones, divulgado pelo Metrópoles, mostra o momento em que ele é abordado por um grupo de parlamentares durante a fala do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG). Nele, é possível ver Sargento Gonçalves se aproximando por trás e, em seguida, desferindo um chute na parte posterior da perna de Janones. A cena também foi gravada por outros deputados, com imagens circulando nas redes sociais.

É possível ouvir Janones questionando: “o que é isso? O que é isso?” em meio ao tumulto. Entretanto, em outros vídeos, é possível ver a confusão entre os deputados do PL, que em alguns momentos gritam repetidamente “rachadinha”, se referindo à acusação contra Janones, mas não é possível identificar importunação sexual.

Gonçalves, em detrimento da denúncia do deputado do Avante, afirma que Janones tenta “tirar o foco” de sua própria crise: “A mesa diretora da Câmara, através do deputado Hugo Motta, enviou uma denúncia ao Conselho de Ética pedindo a suspensão do mandato dele por seis meses. Está tentando inverter a situação, como se fosse ele a vítima”, disse o potiguar.

Segundo o parlamentar do RN, reunião que acontecerá hoje (15) ou amanhã (16) no Conselho de Ética será “para fazer justiça”, mas, no caso, contra Janones.

“Na semana passada, ele desrespeitou Nikolas Ferreira, desrespeitou outros colegas, ameaçou, agrediu verbalmente vários parlamentares. E agora quer se fazer de vítima”, garantiu.

De acordo com a imprensa nacional, a Polícia Civil do DF investiga as denúncias. O Conselho de Ética da Câmara também deve se manifestar nos próximos dias, tanto sobre a conduta de Janones quanto sobre os parlamentares por ele acusados.


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MINEIRO CULPA BOLSONARO POR TARIFA DE TRUMP E ALERTA PARA PREJUÍZOS AO RN

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O deputado federal Fernando Mineiro (PT) culpou o ex-presidente Jair Bolsonaro pela imposição da tarifa de 50% sobre produtos brasileiros por parte dos Estados Unidos, em retaliação do presidente Donald Trump ao julgamento de Bolsonaro pelo Supremo tribunal Federal (STF). Em entrevista ao Diário do RN, Mineiro afirmou que a medida adotada pelo governo de Donald Trump tem consequências diretas para o Rio Grande do Norte, especialmente para setores exportadores como frutas, pescados e sal marinho.

“Nosso Estado, a despeito da pequena representatividade econômica no contexto do agro nacional, não deixará de sentir os efeitos diretos das ações de Trump e Bolsonaro”, afirmou.

A medida, anunciada pelo presidente norte-americano nesta semana, tem motivação claramente política, segundo Mineiro, e expõe os riscos da aliança ideológica entre o bolsonarismo e a extrema-direita internacional. Para ele, a retaliação americana tem ligação com a postura de confronto adotada por Bolsonaro no cenário externo, inclusive com o atual governo brasileiro.

“Essas áreas serão afetadas diretamente pela ação da dupla Trump-Bolsonaro. O setor da economia no Estado sofrerá as consequências, caso não haja recuo da decisão”, disse.

Mineiro ressaltou que uma parte significativa das exportações potiguares depende diretamente do mercado americano. Frutas tropicais, pescados e sal marinho, principais produtos da balança comercial potiguar, estão na linha de frente dos setores ameaçados pela tarifa de 50%.

O parlamentar também cobrou um posicionamento firme das entidades empresariais e lideranças políticas do estado diante da gravidade do cenário.

“A sociedade potiguar certamente está no aguardo de um posicionamento das lideranças empresariais do Estado. A posição dos bolsonaristas locais já conhecemos: mais do que apoiadores, são cúmplices desse crime de lesa-pátria”, acusou o deputado do PT.

Mineiro defende que haja pressão política para que o governo brasileiro consiga reverter a medida por meio do diálogo diplomático, mas alerta que parte da elite política local parece ignorar os impactos para a economia potiguar, em nome de alianças ideológicas.

A decisão de Trump, que deve entrar em vigor em agosto, já é alvo de protestos e tentativas de negociação por parte de entidades industriais e do governo brasileiro. No Rio Grande do Norte, as exportações para os EUA somaram US$ 67,1 milhões apenas no primeiro semestre de 2025, um crescimento de mais de 120% em relação ao ano anterior. Grande parte desse valor é concentrado justamente nos setores que agora estão sob risco.

Rogério Marinho culpa Lula por crise com Trump
O senador potiguar Rogério Marinho (PL), líder da oposição no Senado Federal, culpou diretamente o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pela crise diplomática que resultou na imposição de tarifa de 50% sobre produtos brasileiros pelos Estados Unidos. Em entrevista à rádio 96 FM, nesta quinta-feira (10), Marinho rechaçou a política externa do Governo Lula e classificou a condução das relações internacionais como “submissão ideológica”.

“Lula bajula ditadores, relativiza terroristas e envergonha o Brasil no cenário mundial. Não é política externa, é submissão ideológica e as consequências estão aí”, colocou em legenda de postagem nas redes sociais.

A medida anunciada pelo presidente norte-americano Donald Trump tem gerado reações de lideranças políticas e empresariais por todo o país, especialmente em estados exportadores como o Rio Grande do Norte, onde setores como sal, pesca, petróleo e fruticultura dependem do mercado americano.

Durante a entrevista, o senador foi ainda mais incisivo ao afirmar que Lula é o verdadeiro responsável pelo desgaste diplomático com os Estados Unidos, ao adotar o que chamou de uma postura ideológica “constrangedora”.

“Ele não me representa quando abraça o Irã, relativiza o terrorismo do Hamas, passa a mão na cabeça da Rússia que invadiu a Ucrânia, ou quando abraça os ditadores da Venezuela e da Nicarágua. O que temos hoje é uma política externa atabalhoada, baseada em jactância e vaidade”, afirmou.

Marinho argumenta que a postura do presidente brasileiro nos fóruns internacionais é de busca por prestígio pessoal, e isso se refletirá nas urnas. “Lula acredita piamente que vai ganhar um Prêmio Nobel, mas o prêmio que vai receber é um bilhete de despedida, porque não será reeleito.

Ele está mais preocupado com a perpetuação no poder do que com o futuro do Brasil”, declarou.

Na avaliação do parlamentar, a crise com os Estados Unidos é apenas mais um reflexo de uma política externa que ignora a realidade geopolítica e os interesses comerciais do Brasil. Para ele, o governo Lula age com base em alianças ideológicas, o que compromete a credibilidade internacional do país.

“O PT não tem projeto de país. Tem projeto de poder. A conta dessa má condução está chegando, e quem paga é o povo brasileiro, o trabalhador, o exportador, os estados que dependem dessas relações comerciais”, concluiu.

Como representante do Rio Grande do Norte no Senado, Marinho também fez referência à gravidade da situação para o estado, que viu crescer exponencialmente suas exportações para os EUA nos últimos anos, especialmente no setor de pescado e sal marinho, ambos agora ameaçados pela nova taxação.


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ROBERTO SERQUIZ: “O EMPRESARIADO ESTÁ COM RECEIO DO FUTURO INCERTO”

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O presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Norte (Fiern), Roberto Serquiz, afirmou ao Diário do RN que o empresariado potiguar está apreensivo diante do cenário criado pela decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de aplicar uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros. A medida, que deve entrar em vigor em agosto, ameaça diretamente setores estratégicos para a economia do Estado, como sal, pesca, petróleo e fruticultura.

“Todos estão receosos. O empresariado potiguar está com receio de um futuro incerto, de muito risco”, declarou Serquiz durante entrevista exclusiva, após coletiva realizada na manhã desta quinta-feira (10), na Casa da Indústria.

A preocupação é reforçada pelo desempenho recente da balança comercial do Estado. Apenas no primeiro semestre de 2025, o Rio Grande do Norte exportou US$ 67,1 milhões para os Estados Unidos, um crescimento de 123% em comparação com o mesmo período do ano anterior. Grande parte desse avanço veio da pesca – cujos produtos têm 100% de destino no mercado americano – e do petróleo, que sozinho respondeu por US$ 24 milhões do total exportado.

“Estamos falando de setores fundamentais. A pesca saltou de US$ 2 milhões para US$ 11 milhões de um ano para o outro. O petróleo de US$ 4 milhões para US$ 24 milhões. Isso mostra a ascensão do RN na balança comercial e o quanto temos a perder com essa medida”, alertou.

Serquiz exemplificou o impacto imediato da tarifa com o caso do sal produzido no Rio Grande do Norte, principal exportador do país. O produto, utilizado especialmente para o derretimento da neve em solo americano, pode deixar de ser competitivo frente a concorrentes internacionais.

“Hoje, saem de um a dois navios por mês, com cerca de 40 mil toneladas cada. A expectativa para 2025 era bater 1 milhão de toneladas exportadas, mas com os EUA aplicando 50% de taxa, enquanto os demais competidores pagam 10%, a concorrência fica completamente desigual”, explicou.

A fruticultura também deve sofrer. A nova safra, que começa em agosto, coincide com o início da taxação e pode ter a comercialização impactada já no embarque.

Origem política da crise
Apesar de evitar apontar culpados, Roberto Serquiz reconhece que a origem da medida imposta pelos Estados Unidos é política e parte da polarização ideológica no país. A carta enviada por Trump ao presidente Lula, que cita o ex-presidente Jair Bolsonaro, é vista pelo setor como mais um capítulo da instabilidade política que compromete diretamente a economia.

“A decisão foi política, não foi comercial. Mas não vou entrar nesse debate. Não quero falar de Bolsonaro ou Lula. Isso não leva a lugar nenhum. O que pedimos é que a questão seja tratada com equilíbrio e diálogo técnico, não com polarização”, ponderou.

O presidente da Fiern reforçou que é necessário que o governo federal atue diplomaticamente para reverter a taxação antes de agosto. Ele defende uma condução “racional e técnica”, com base em acordos internacionais já firmados.

Durante coletiva com a imprensa, Serquiz resumiu que a medida pode afetar não apenas a competitividade, mas a arrecadação, o emprego e a estabilidade econômica do Estado.

“Estamos falando do que sustenta o RN do ponto de vista da arrecadação. O petróleo hoje representa 45% do nosso PIB. Um aumento de 2% no dólar já pode provocar alta na inflação e ameaça de desemprego”, pontuou.

De acordo com ele, o prazo para início da taxação para agosto permite tempo para que haja diálogo e “a economia do Rio Grande do Norte não seja penalizada por decisões que fogem ao campo técnico”.


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LUCIANO: “PAULINHO FREIRE SERÁ PEÇA CENTRAL NAS ELEIÇÕES DO PRÓXIMO ANO”

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O vereador Luciano Nascimento (PSD) avaliou positivamente os 200 dias de gestão do prefeito de Natal, Paulinho Freire (UB), que serão completados no próximo dia 19 de julho. O parlamentar municipal, que compõe a bancada de apoio a Paulinho, destacou avanços em áreas como educação, drenagem urbana, eventos e equilíbrio fiscal. Para ele, Paulinho tem mostrado uma administração “eficiente”, com resultados concretos, inclusive com uso de tecnologia para reduzir alagamentos e organização das contas públicas por meio de parcerias público-privadas.

“Paulinho zerou a fila das creches, investiu na limpeza das bocas de lobo com tecnologia, que está amenizando os tradicionais alagamentos, colocou Natal no circuito dos grandes eventos juninos e com geração de renda”, resumiu.

Luciano também citou o equilíbrio financeiro de Natal nestes primeiros seis meses da gestão.
“Ele está organizando e equilibrando as contas. Pegou uma gestão com um débito muito grande e está buscando uma gestão eficiente e também através de parcerias públicas privadas, PPPs, onde tem uma secretaria que cuida disso e ele sabe como ser eficiente na gestão”, avaliou o vereador.

Nascimento também exaltou o perfil conciliador do prefeito, que, segundo ele, pode ser decisivo na articulação do grupo de centro-direita para as eleições de 2026.

Para o vereador, Paulinho Freire será peça central na costura política da oposição potiguar nas eleições do próximo ano. Segundo Luciano, o prefeito de Natal já demonstrou sua habilidade de articulação ao comandar por seis vezes a presidência da Câmara Municipal, além de ter vencido a eleição majoritária em 2024 mesmo partindo com pouca densidade eleitoral.

“Você não é presidente da Câmara seis vezes por acaso. Ele sabe unir cabeças diferentes. Ele não é midiático, é do diálogo, dos bastidores, e tem uma característica rara na política: cumpre a palavra. Isso faz com que ele tenha a confiança do grupo e do eleitorado. Paulinho tem tudo para unificar a direita e até parte da centro-direita em torno de um projeto comum”, declarou.

Zenaide entre dois Bezerra: Fátima ou Allyson?
Ao Diário do RN, o único vereador do PSD também falou sobre o cenário para o Senado Federal em 2026 e reafirmou que seu único voto certo até agora é na senadora Zenaide Maia, presidente do partido ao qual é filiado. Ele reconhece que a parlamentar está no centro de uma encruzilhada política: seguir com a governadora Fátima Bezerra (PT), à esquerda, ou caminhar com o prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra (União Brasil), no campo da direita moderada. O vereador, entretanto, prefere ponderar que ela pode se manter ao centro.

“Acho que a parceria entre Zenaide e Allyson já está definida. Em que posição, em que espectro?

Ainda não sei. Mas os dois são políticos de centro. E eu também sou um político de centro.

Acredito que um bom governante tem que dialogar com os dois lados. Que ela decida continuar nesse centro, onde está o PSD”, avaliou.

Ainda assim, defende que o centro não é falta de posicionamento: “Ser de centro é buscar diálogo com todos”, disse.

Luciano Nascimento não descartou a possibilidade, e vontade, de disputar uma vaga na Assembleia Legislativa em 2026. Disse estar ouvindo as bases, dialogando com lideranças e agentes políticos, mas ainda sem definição.

“Coragem e vontade eu tenho. Mas não se tira uma candidatura do bolso do paletó. Estou fazendo política, ouvindo, dialogando, conversando”, afirmou.

Aniversário solidário
O vereador aproveitou para divulgar o aniversário solidário que promoverá no próximo domingo, 13 de julho, no bairro Nazaré, em Natal. Em sua sétima edição, o evento terá ação social pela manhã, com exames médicos, clínico geral, psicólogos, psiquiatra, enfermeiros, fisioterapia, dentistas, assessoria jurídica, conselho tutelar, realização de mais de 50 exames de mamografia para mulheres acima dos 40 anos serviços de estética, distribuição de alimentos e brinquedos, além de shows musicais à tarde e à noite.

Na 7ª edição, a comemoração na zona Oeste da cidade tem início marcado para às 8h e deve seguir até às 2h. As apresentações musicais serão de Kelvin Pablo, Flay, Litto Lins, Diego Barbosa, Chama Musical, Edivanilson Paixão, Paulinho, Alécio Farra e Marcos Paixão.


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FÁTIMA AGRADECE A LULA DUPLICAÇÃO DA BR-304: “FUNDAMENTAL PARA O RN”

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O Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do Rio Grande do Norte (Idema) emitiu a documentação que permite ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) a contratação das obras de duplicação da BR-304. Em audiência nesta quarta-feira (09) com a governadora Fátima Bezerra, o ministro dos Transportes, Renan Filho, confirmou que o edital será lançado ainda este mês.

Com o início das obras, a duplicação terá duas frentes – uma partindo da Reta Tabajara em direção à Mossoró e outra da cidade de Mossoró em direção à capital. “O órgão ambiental do Estado está garantindo a anuência ambiental para, ainda no mês de julho, publicar a licitação da duplicação da BR-304. O RN teve a BR-101 duplicada e, logo, logo, terá a BR-304″, afirmou Renan Filho.

A governadora Fátima Bezerra agradeceu os esforços do ministério e destacou que “a decisão confirma compromisso do presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva que desde o início da atual gestão se colocou favorável à duplicação. É uma estrada fundamental para o nosso Estado, para nossa economia e para nosso povo”.

O vice-governador Walter Alves considerou a confirmação do edital “excelente notícia. Esta obra ficará marcada no presente e no futuro do nosso Estado. Só temos a agradecer ao ministro Renan e ao presidente Lula”.

BR-304 conecta RN ao Ceará
A BR-304 é a rodovia federal que percorre todo o Rio Grande do Norte de leste a oeste. A duplicação é uma das obras prioritárias do RN e foi inserida no Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC) pela governadora Fátima Bezerra.

A rodovia é a principal rota de integração do RN ao Ceará, passando por todas as mesorregiões do Estado: Litoral, Agreste, Central e Oeste. Também é responsável pela circulação de pessoas e mercadorias entre Natal e os principais municípios potiguares, favorecendo o desenvolvimento econômico e social.

De acordo com o DNIT, a duplicação da BR-304 será realizada em lotes, com a licitação dos dois primeiros trechos confirmada agora para este mês de julho.

O primeiro lote tem 38,1 quilômetros, no trecho entre o entroncamento da BR-226 (Reta Tabajara) e o município de Riachuelo. O segundo, com 57,6 quilômetros, conecta os municípios de Mossoró a Assu.


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SENADOR STYVENSON COME CAMARÃO E CARNE DE SOL COM DINHEIRO PÚBLICO

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O discurso moralista contra o uso de dinheiro público para fins pessoais parece ter ficado no passado para o senador Styvenson Valentim (PSDB). Quem antes fazia questão de abominar práticas comuns da velha política, hoje eleva os gastos, especialmente em ano eleitoral.

Em meio às andanças do parlamentar pelo interior do RN, um episódio chama a atenção: um almoço em Currais Novos, no último dia 10 de maio, onde o senador saboreou camarão internacional – feito no Seridó – um frango a cordon bleu e uma carne de sol Seridó. A fartura foi tão grande que o senador comprou duas quentinhas para embalar o que não conseguiu comer no almoço. Tudo pago com recursos públicos; e pelo parlamentar que criticava o uso desmedido da verba. Um luxo incompatível com o personagem que se dizia guardião da austeridade. O homem que se vendia como fiscal dos abusos agora parece confortável com o cardápio da velha política.

Em 2024, entre janeiro e junho, o senador gastou R$ 10.716,00 com combustível e hospedagem em viagens pelo interior. Mas foi só a pré-campanha esquentar que os gastos dispararam: de julho a setembro, o valor saltou para R$ 24.522,00, tudo oficialmente classificado como “despesas com locomoção, hospedagem, alimentação e combustível”.

O ritmo aumentou em 2025. Já em plena articulação para o próximo pleito, o pré-candidato à reeleição bateu a marca dos R$ 43.663,00 em gastos com hospedagem, alimentação e combustível, entre janeiro e junho, sempre com a verba de ressarcimento do Senado.

Além das viagens pelo interior, o senador também misturou vida pessoal com indicação de cargo em Brasília. Em novembro de 2024, a namorada de Styvenson, a nutricionista Ana Luísa Canário Carlos de Andrade, foi nomeada assistente parlamentar pleno da 2ª Vice-Presidência do Senado, com um salário bruto de pouco mais de R$ 16 mil. A nomeação constava na portaria nº 3.208/2024, publicada oficialmente, ainda que de forma discreta.

O cargo durou pouco: em fevereiro de 2025, Ana Luísa foi exonerada, embolsando R$ 12 mil de rescisão. Mas o tempo fora do serviço público foi breve. No dia 9 de junho, voltou à máquina pública, desta vez na Prefeitura de Natal, como “Coordenadora de Gestão Integrada” da Secretaria Municipal de Governo da gestão Paulinho Freire (União Brasil), hoje aliado estratégico de Styvenson, que fez campanha eleitoral nas ruas pela primeira vez em favor de Paulinho.

Em viagens pelo interior, cardápio variado com direito a camarão – Foto: Reprodução

Obras superfaturadas
Styvenson também figura no centro de um escândalo de superfaturamento. A Controladoria-Geral da União (CGU) detectou irregularidades em obras de pavimentação executadas pela Codevasf com recursos do orçamento secreto — as famosas emendas do relator.

Quem aparece como autor e endossador da emenda que bancou o contrato de R$ 26,7 milhões para asfalto, segundo a CGU, fino e de má qualidade, é o próprio Styvenson. A ratificação foi feita por ele mesmo, através do ofício nº 225/2025, autorizando a continuidade dos recursos de RP9 e RP8, após o STF proibir o uso sem transparência dessas emendas.

Hospitais com verba de custeio
Nas redes sociais, três dias depois de saborear aquele camarão por conta da verba pública em Currais Novos, Styvenson publicou vídeo nas redes sociais gravado no Centro de Diagnóstico e Ensino do Seridó, em Currais Novos – local do almoço – inaugurado em julho de 2024. No material, o senador se apresenta como responsável direto pela construção da obra. Esta foi uma das obras polêmicas nos últimos meses, já que o senador não destinou qualquer verba para construção de obra pública, até por não ser permitido pela legislação, e sim para custeio do Hospital.

A mesma distorção ocorre nos casos do Hospital do Câncer em Natal e do Hospital Infantil da Liga, em Mossoró. Na narrativa do senador, a fábula do “pai dos hospitais” rende mais que a verdade.

Vale lembrar que Styvenson Valentim chegou ao Senado surfando na onda do Bolsonarismo em 2018, como um símbolo da renovação, do combate à corrupção e do fim da política tradicional.

Era o capitão durão que autuava poderosos nas madrugadas da Lei Seca. Foi eleito com mais de 25% dos votos, deixando para trás velhos e fortes nomes da política como Garibaldi Alves e Geraldo Melo.


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ARRECADAÇÃO DA PREFEITURA DE NATAL TEM QUEDA NO PRIMEIRO SEMESTRE DE 2025

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Dados do Portal da Transparência da Prefeitura de Natal mostram redução de aproximadamente R$ 56,9 milhões na arrecadação do Município entre janeiro e junho deste ano, em comparação com o mesmo período de 2024. De acordo com os números oficiais, a arrecadação da Prefeitura no primeiro semestre foi de R$ 1.893.414.543,17, abaixo dos R$ 1.950.353.092,73 registrados nos primeiros meses de 2024. A retração, embora não drástica, acontece num contexto de aumento dos custos como com a folha de pagamento, por reajustes salariais, e contratos de manutenção e serviços.

Os dados do Portal da Transparência do Município consideram apenas a arrecadação direta da Prefeitura, excluindo receitas de autarquias como a Urbana, a Previdência Municipal, a Fundação Cultural Capitania das Artes (Funcarte) e demais órgãos vinculados.

Mesmo diante de um cenário econômico adverso, a Prefeitura de Natal fechou o primeiro semestre de 2025 com um saldo positivo em áreas estratégicas da administração. De acordo com o vereador Preto Aquino (Podemos), que conversou com o Diário do RN, um dos feitos mais emblemáticos da gestão neste semestre foi o enfrentamento do déficit na rede municipal de educação. Ele destaca que, sem alarde, Paulinho Freire zerou a fila de espera por vagas em creches, uma demanda antiga das famílias natalenses. Além disso, o prefeito convocou, de uma só vez, 710 aprovados em concurso público para a rede de ensino. Segundo o vereador, trata-se de um feito inédito na história administrativa da capital.

“Nunca tinha acontecido tamanha chamada de concursados na educação de Natal. E olha que ele ainda teria dois anos para chamar. Fez agora, de uma vez”, destacou o parlamentar.

O parlamentar municipal ressalta, ainda, que a ação foi construída com diálogo entre o Executivo e a Câmara Municipal, num modelo que tem se tornado marca da gestão: a participação dos vereadores nas decisões estratégicas, inclusive na divulgação das ações.

“Paulinho não tem essa vaidade não, ele vai atrás de recursos, de parcerias. Ele não tem vaidade, até sobre os projetos ele faz questão de convocar os vereadores, informar, escutar a gente, ele não é individualista, ele faz uma gestão participativa”, afirma.

O vereador lembra que entre março e junho Natal ganhou protagonismo nacional no setor cultural. O São João e o Carnaval de 2025 consolidaram a capital potiguar como referência em programação de grandes eventos, impulsionando a economia criativa, o turismo e a geração de empregos temporários.

De acordo com Preto Aquino, a razão para as realizações mesmo sob redução da arrecadação é a articulação política do prefeito. Mesmo sem integrar a base do Governo Federal ou estadual, Paulinho tem mantido uma relação institucional respeitosa com Brasília e com o Governo do Estado. Segundo os aliados, ele tem conseguido garantir recursos e destravar projetos graças à sua postura conciliadora.

“O que vai somar na gestão de Paulinho é ele ser agregador, independente do presidente ser do PT, a governadora do PT, mas se puder e se eles quiserem ajudar, Paulinho não tem essa vaidade não, ele vai atrás de recursos, de parcerias”, pontua Aquino.


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SAMANDA E ISOLDA QUEREM FORTALECER CADU E ZENAIDE NA CHAPA COM FÁTIMA

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O novo comando do PT no Rio Grande do Norte, agora liderado por duas mulheres, Samanda Alves e Isolda Dantas, assume a legenda com a missão de reorganizar o partido nas regiões, fortalecer os diretórios municipais e ampliar a presença da sigla nas lutas sociais e institucionais.

O objetivo é claro: chegar a 2026 com musculatura para eleger novamente Lula presidente, manter a hegemonia no Estado com Cadu Xavier como candidato ao Governo e ainda aumentar o número de cadeiras nas bancadas estadual e federal.

Sobre a definição pendente, as novas dirigentes do PT deixam claro que o diálogo com a senadora Zenaide Maia (PSD) continua aberto. Elas deixam claro que desejam sua presença na chapa de 2026 ao Senado, mas reforçam que a construção será coletiva e passa pela defesa do legado da governadora Fátima Bezerra (PT) e do projeto nacional liderado pelo presidente Lula. O Diário do RN conversou com as duas sobre a eleição que aconteceu no último domingo (06), em todo RN.

Diário do RN – Qual a avaliação da disputa interna e da vitória nas eleições do PT?
Samanda Alves – A nossa vitória vem em consonância com tudo o que já vínhamos construindo: diálogo, fortalecimento dos municípios, especialmente no interior do estado. Foi uma campanha muito pé no chão, de visitar cidades, procurar a militância de base. Um processo enriquecedor, que mostrou que o partido está vivo. Nem todo partido consegue tirar quase 7 mil filiados de casa para uma eleição interna em pleno domingo. A vitória é muito significativa, inclusive acima das nossas expectativas.
Isolda Dantas – A vitória foi gigante. Duas companheiras eleitas com mais de 55% da votação. Mossoró, minha base, nos deu mais de 219 votos de maioria, o que é muito importante. Para mim, é um orgulho imenso ser presidenta do PT, partido ao qual dediquei minha vida inteira. Sei do desafio, mas vamos enfrentá-lo junto com os diretórios, tanto do interior quanto da capital.

Diário do RN – Quais são as principais mudanças e propostas da nova gestão do PT estadual?
Samanda Alves – A principal mudança é no modelo de gestão. Eu estarei na presidência pelos dois primeiros anos, depois Isolda assume. Mas isso não significa distanciamento. Ao contrário, estaremos juntas o tempo todo. Teremos duas presidentas: uma no exercício formal do cargo e outra compartilhando tarefas pelo Estado, o que amplia a presença do PT nos territórios.
Isolda Dantas – A proposta central que apresentamos aos municípios foi estabelecer uma relação mais próxima entre o PT estadual e os diretórios municipais. Vamos reativar os polos do PT e criar vice-presidências que garantam essa conexão com os territórios. Isso já muda muito, torna o partido mais vivo nas cidades e mais articulado no Estado como um todo.

Diário do RN – Essa eleição marca a volta do grupo de Fátima ao comando do PT, que antes estava com o grupo de Mineiro.
Samanda Alves – Na verdade, o PT foi dirigido por muitos anos pela CNB, grupo ao qual a professora Fátima tem proximidade histórica. Nos últimos oito anos, a presidência esteve com Júnior Souto, da nossa corrente interna, mas construída em diálogo com a CNB. Agora, pela primeira vez, o grupo de Fátima chega à presidência estadual do partido por meio de uma eleição direta. É resultado de um processo democrático, com diálogo interno e muito trabalho de base.

Diário do RN – Como o PT pretende se fortalecer para as eleições de 2026?
Isolda Dantas – Nossa prioridade é eleger Lula novamente presidente da República. Aqui no RN, a candidatura de Cadu é firme e é nossa prioridade fazer Cadu ser conhecido em todo o Rio Grande do Norte e seguir defendendo o legado do nosso Governo, que foi sem dúvida nenhuma ao melhor governo que o RN já teve nos últimos tempos.
Vamos buscar a reeleição da nossa bancada e queremos ampliar a representação estadual e federal e fazer um processo de formação de nominatas dialogando com os polos, com os diretórios, e também com os partidos aliados — como o PV, o PCdoB, o PSB, o MDB. É tudo fruto de deliberação coletiva. Nada será imposto.

Diário do RN – Como está o diálogo com a senadora Zenaide Maia para formação de chapa com Fátima Bezerra?
Samanda Alves – Nós temos uma candidatura colocada de governador, de senadora, mas temos também espaços da segunda vaga para o Senado, assim como para vice-governador e suplentes. Para a segunda vaga, a gente tem um aceno natural com a senadora Zenaide, que já esteve conosco em outras eleições, que hoje faz parte da bancada do presidente Lula no Senado. Então, coerência nós temos em dialogar. É óbvio que ela pode vir ou não vir, mas nós estamos preparados para qualquer situação.
Isolda Dantas – Nosso diálogo com Zenaide sempre foi aberto e continua. Ela foi nossa porta-voz no período do golpe contra a presidenta Dilma, o que foi muito importante. Nós a elegemos senadora para representar o campo democrático. Desejamos, sim, que ela faça parte da nossa chapa majoritária em 2026. O diálogo está aberto e constante.

Samanda Alves: “Styvenson é arrogante, prepotente, machista e misógino”

Em outra entrevista, a nova dirigente do PT estadual, vereadora Samanda Alves, criticou duramente o senador Styvenson Valentim (PSDB) durante entrevista à 98 FM, nesta terça-feira (8). Ao comentar os ataques recorrentes do parlamentar à governadora Fátima Bezerra (PT), Samanda classificou o senador como “misógino, machista e arrogante”, apontando que sua atuação política é marcada por autoritarismo e desprezo pelas pautas das mulheres.

“Eu tenho muito cuidado em fazer uma oposição respeitosa. Ele é misógino, ele é machista, ele é arrogante, ele é prepotente, e a única questão que ele tem é que diz que traz recurso para o Rio Grande do Norte; e traz por causa do presidente Lula! Se tirar o presidente Lula da vida do senador Styvenson, ele vira apenas um senador arrogante, prepotente, machista e misógino”, reiterou a parlamentar. A fala de Samanda faz referência direta aos ataques recentes de Styvenson à gestão da governadora Fátima. A dirigente petista também resgatou episódios anteriores que, segundo ela, demonstram o perfil do parlamentar, como a declaração dada por ele em 2021, quando, ao comentar o caso de uma mulher agredida por um policial militar, disse não saber “o que a mulher tinha feito para merecer os tapas”.

Samanda também criticou o comportamento do senador em relação à própria família, citando a exposição pública da irmã em suas redes sociais. Para ela, esse tipo de postura será observado com mais atenção pela população nas eleições de 2026, especialmente pelas mulheres.


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ÁLVARO QUER CHAPA “MODERADA” COM PRESENÇA DE BOLSONARO NO PALANQUE

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O ex-prefeito de Natal Álvaro Dias (Republicanos) reafirmou sua disposição de disputar o Governo do Estado em 2026 e declarou que quer o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em seu palanque. Embora se autodefina como um político de perfil moderado, e que não se considera bolsonarista, Álvaro fez questão de destacar sua gratidão ao ex-presidente e os recursos enviados pelo Governo Federal durante a pandemia como justificativa para esse alinhamento.

“Quero o apoio do presidente Bolsonaro se eu for candidato a governador. Ele é uma pessoa que fez muitos atos, teve muitos gestos, principalmente com a cidade de Natal e com o Estado do Rio Grande do Norte, possibilitando muitas obras importantes serem realizadas em favor de Natal.

Quero tê-lo sim no meu Palácio”, disse Álvaro, lembrando da abertura dos centros de enfrentamento à Covid-19 com recursos federais.

Negando ser bolsonarista, o ex-prefeito destacou que sua prioridade é construir uma coligação “bem ampla e moderada”, capaz de reunir partidos de centro e até de visões diferentes, desde que fora dos extremos ideológicos. “Condeno os extremos. Nem a extrema-direita, nem a extrema-esquerda”, reforçou.

Sobre possíveis alianças, Álvaro não descartou estar junto de nomes como Rogério Marinho (PL) e Styvenson Valentim (PSDB). Ao ser questionado sobre uma chapa com os dois, Rogério ao Governo e ele e Styvenson disputando o Senado, disse que tudo é possível. “Eu já disse que não descarto a possibilidade de vir a ser candidato a senador, mas a governador é a minha preferência, é a minha prioridade, até pelos apelos populares que eu tenho recebido para que a gente tente fazer pelo Estado o que fizemos por Natal, mudando o plano diretor, fazendo a cidade avançar, a cidade crescer, se desenvolver, projetos novos, importantes, projetos de convivência social, de reforma, de estruturas comunitárias, de locais agradáveis, aprazíveis, como a Praça Cívica, Parque Ecológico de Capim Macio, com a Praça das Flores, Praça Gentil Ferreira, Praça de Candelária e muitas outras”, relembra.

Em entrevista ao Diário do RN, no último dia 17 de junho, o ex-prefeito também não descartou a possibilidade de uma chapa com Allyson Bezerra (UB) e Zenaide Maia (PSD). Entretanto, agora, também considera disputar contra Allyson, caso ambos entrem na corrida pelo Governo.

“Se eu for candidato, não posso escolher adversário. Posso disputar com o candidato do PT, com alguém do centro ou da direita. O importante é apresentar um programa de Governo amplo que ajude o Estado a superar os atrasos impostos pela atual gestão”, afirmou.

Álvaro aposta em tom conciliador de Paulinho Freire para unir oposição

Em meio às movimentações da oposição no Rio Grande do Norte, o ex-prefeito de Natal, Álvaro Dias (Republicanos), é mais um que integra o grupo da direita que avalia positivamente o nome do atual prefeito da capital, Paulinho Freire (União Brasil), como articulador de uma possível frente única da oposição para 2026. Na semana passada, o prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra, já havia exposto concordância da direita nesse sentido.

Na entrevista ao Diário do RN, Álvaro destacou o perfil conciliador de Paulinho como um trunfo na busca por unidade no campo oposicionista.

“O prefeito Paulinho Freire é um conciliador moderado, por natureza. Por causa desse seu modo de agir, de proceder, ele conseguiu unir os vereadores em torno da sua candidatura a prefeito.

Acho que ele pode, sim, ser esse articulador que procure unir todo o sistema que pensa de forma semelhante”, declarou Álvaro.

Questionado sobre as dificuldades para unificar lideranças com projetos distintos, como o prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra, que mantém proximidade com Zenaide Maia, e o senador Rogério Marinho, que pode ele mesmo disputar o Governo, Álvaro adotou um tom cauteloso. Para ele, ainda não é o momento de se antecipar nas definições.

“Isso é uma questão para ser analisada, discutida, debatida democraticamente. O momento agora é de amadurecer, de pensar, de apresentar ideias. O que a gente precisa fazer é ouvir a população, entender o que o povo do Rio Grande do Norte quer, o que deseja de um futuro governo”, afirmou.


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JAIME CALADO AFIRMA QUE ZENAIDE MAIA SÓ VAI DECIDIR NO “ANO QUE VEM”

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Em meio às articulações que devem desenhar o xadrez político do Rio Grande do Norte para as eleições de 2026, o prefeito de São Gonçalo do Amarante, Jaime Calado (PSD), fala sobre senadora Zenaide Maia (PSD), sua esposa, diante da crescente pressão para que ela defina com quem caminhará na próxima disputa. Jaime reitera que o momento é de “namoro” político, não de alianças definitivas, e a pré-candidatura de Zenaide à reeleição ao Senado já está posta.

“Zenaide é como todos os outros, até hoje o prefeito de Mossoró não se lançou candidato oficialmente. Nem a governadora Fátima. Ela disse que vai botar o nome, mas não oficializou. O certo é que Zenaide já oficializou que é candidata à reeleição”, afirmou Jaime, destacando que a senadora está na frente, ao menos no aspecto formal, e por isso é cortejada.

As declarações ocorrem em meio a um cenário de pressão por definição. A senadora mantém aliança com o Governo Lula no plano nacional, é da base da governadora Fátima Bezerra (PT) no Estado, mas também construiu pontes com o prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra (União Brasil), nome cada vez mais cotado para disputar o Governo do Estado em 2026 como representante da direita potiguar.

A aproximação com Allyson, no entanto, rendeu sinais de tensão nos últimos dias. O prefeito declarou que a parceria com Zenaide é, neste momento, “institucional”, e indicou que pode seguir outro caminho caso a senadora se alinhe ao grupo da governadora. “A não ser que amanhã a senadora diga: ‘não, Allyson, vou estar em outro local, eu vou estar disputando com outro grupo’”, disse ele à 96 FM, na última quarta-feira (02), sinalizando que a aliança pode não resistir à permanência de Zenaide na esquerda.

O impasse se acentua diante da fala do pré-candidato ao Governo pelo PT, Cadu Xavier, que declarou que o candidato ao Senado ao lado da governadora precisará estar integralmente vinculado ao seu projeto. “Esse candidato ou candidata ao Senado estará no nosso palanque, defendendo o Governo da professora Fátima e a minha eleição como governador do Estado no ano que vem”, afirmou à 98 FM.

A sinalização de Cadu indica que não haverá espaço para a manutenção de pontes entre campos opostos. Para seguir com o grupo governista, Zenaide teria que romper com Allyson. E vice-versa.

Para Jaime Calado, a pressão vinda de diferentes lados é natural e, na verdade, positiva. “Isso é um bom sinal, que ela é querida. É um bom sinal, faz parte”, minimizou.

Questionado sobre a possibilidade de Zenaide caminhar com Allyson ou com Fátima, Jaime desconversou: “Hoje, ela diria o seguinte: o ano que vem, veremos. O ano que vem, veremos”, destacou.

Já sobre uma eventual candidatura solo, sem se vincular diretamente à direita ou à esquerda, ele ponderou: “Todas as alternativas serão analisadas com toda a humildade, com toda a prudência possível”.


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NATÁLIA BONVIDES ACUSA STYVENSON DE DEFENDER OBRA SUPERFATURADA NO RN

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“É impressionante como sempre são os políticos que mais bravatam sobre moral e honestidade que aparecem metidos em escândalos como esse”, dispara a deputada federal Natália Bonavides (PT), em conversa com o Diário do RN, sobre o senador Styvenson Valentim (PSDB). A parlamentar tratou sobre o assunto inicialmente em postagem no Instagram, onde trouxe defesa à governadora Fátima Bezerra (PT) sobre tratamento grosseiro desferido por Styvenson na semana passada. Além de lembrar do voto do senador em favor do aumento do número de deputados, Bonavides cita constatação de superfaturamento do preço do asfalto com obras realizadas no Rio Grande do Norte a partir de emendas do colega de Congresso Nacional.

“Por que não se ocupa em explicar aos seus eleitores o motivo de ter votado no aumento do número de deputados? Logo você, que sempre tentou bancar o correto, fala em redução dos gastos públicos. Por que não explica, senador, o asfalto superfaturado e de baixa qualidade vindo do orçamento secreto e que tem suas digitais?”, questionou Natália na rede social.

Através do ofício de nº 225/2025, o senador Styvenson Valentim (PSDB) endossou emenda parlamentar do orçamento secreto, em 09 de abril de 2025. O endosso permitiu que o senador indicasse as emendas de Relator-Geral (RP-9) dos Orçamentos de 2020 a 2022 e emendas de Comissão (RP8) dos Orçamentos de 2023 e 2022 para a continuidade da execução. A emenda, cujo cumprimento é identificado pelo senador e chancelado para sua continuidade, se trata de recurso de obra superfaturada no Rio Grande do Norte, entre outros nove estados do país.

O superfaturamento do preço do asfalto, não observância da espessura e aderência do pavimento instalado, foi constatado por uma auditoria da Controladoria-Geral da União (CGU), em obra da estatal Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf). As informações trazidas pelo site O Potiguar foram lembradas pela deputada Natália Bonavides (PT).

“A denúncia feita pelo blog O Potiguar é grave. O senador reforçou através de um ofício que uma obra comprovadamente superfaturada precisava ter continuidade. Como parlamentares, precisamos ter responsabilidade com a utilização do dinheiro público. É assim que guiamos as ações no nosso mandato”, afirmou ao Diário do RN.

A identificação de Styvenson como autor da emenda do orçamento secreto foi possível a partir de uma mudança na regulação destes recursos, com a proibição pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A proibição abriu exceção para o que estava em execução pudesse continuar, a partir da identificação dos autores.

Foi no sistema de registro de Apoio às Emendas Parlamentares, criado pelo legislativo para atender à solicitação do ministro Flávio Dino, que Styvenson aparece como autor ao ratificar o apoio à continuidade das emendas que permitiram a contratação de asfalto de baixa qualidade, com dano ao erário público.

A emenda permitiu o Contrato nº 0.141.00/2020 que foi assinado no limite da disponibilidade orçamentária de R$ 26.740.000,00, consoante Nota de Empenho nº 2020NE800349. A Ordem de Serviço para início das obras foi assinada em 23 de junho de 2021 (conforme fls 656 e 664 do processo) e o prazo para a conclusão das obras era de 12 meses.

Segundo Natália Bonavides, a explicação desta obra deveria estar na pauta do senador, em vez dos ataques à governadora Fátima Bezerra.

“Por que danado nossa governadora Fátima foi tão atacada essa semana, ein…? Ah, já sei! Deve ser porque tem entregado tantos bons resultados, né? A mulher reduziu os índices de violência em todo o estado, tá recuperando todas as estradas, inaugurou recentemente a adutora Apodi-Mossoró, sem falar na geração de emprego que nos colocou como único estado do Nordeste em que há mais pessoas com carteira assinada do que beneficiários do programa Bolsa Família. Deve ser esse o motivo do incômodo que fez um senador descontrolado atacar a governadora. “Esfregar na cara”, senador?”, escreveu ela.


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ROGÉRIO MARINHO APONTA ERROS DO PT E ACUSA GOVERNO LULA DE QUEBRAR O PAÍS

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O senador Rogério Marinho (PL) voltou a subir o tom contra o governo Lula durante discurso no plenário do Senado Federal e em publicações nas redes sociais. Marinho responsabilizou diretamente o Partido dos Trabalhadores pela situação econômica do país, afirmando que “nós, com nossa irresponsabilidade do PT, quebramos o país”. A declaração foi dada durante sessão no Senado, na semana passada, na qual o parlamentar fez uma série de críticas à condução econômica do Governo Federal, especialmente à nova campanha do Palácio do Planalto sobre justiça tributária.

A proposta do governo, que visa aumentar a taxação dos super-ricos e ampliar a presença dos mais pobres no orçamento da União, foi ironizada por Marinho: “Robin Hood às avessas”, afirmou.

Na avaliação do senador potiguar, o governo Lula erra ao focar no aumento da arrecadação via impostos em vez de conter gastos e equilibrar o orçamento público. “A direita defende a redução da carga tributária. Ao contrário do que preconiza esse governo, que vive a síndrome do cachorro correndo atrás do próprio rabo”, criticou. Marinho afirmou ainda que o Governo pratica uma “teoria fiscal que eu chamo de Frankstein”, ao elaborar orçamentos irreais, com receitas superestimadas e despesas subestimadas.

Outro ponto destacado pelo parlamentar foi o impacto da política do salário mínimo sobre a Previdência e os benefícios sociais. “Nós estouramos a Previdência, o BPC, com essa regra e não pudemos evitar que em 2024 tivéssemos o maior aumento de inflação em produtos consumidos pelos pobres”, apontou.

Outro argumento levantado pelo senador é o de que o Governo desvirtua o programa Minha Casa, Minha Vida quando amplia o financiamento para famílias com rendas mais altas. “Vamos financiar agora até 12 mil reais. Quanto isso significa da população economicamente ativa?

Estamos subtraindo recursos fora do arcabouço fiscal para financiar a classe média, porque o populismo do Governo quer aumentar seus índices de popularidade”, afirmou, colocando que a medida visa puramente reverter a baixa popularidade do presidente Lula.

Segundo Marinho, o governo Lula estaria repetindo práticas que levaram o país à recessão em 2015, durante o segundo mandato da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) ao aumentar em R$ 70 bilhões os subsídios anuais. “É o mesmo caminho de 2015, mascarando a crise com política fiscal temerária”, afirmou.

Em outro trecho da fala, Rogério Marinho contestou a promessa do governo de “tributar os super-ricos” com o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Para ele, a medida atinge diretamente a população mais pobre. “Quem vai fazer crediário na Casa Bahia está pagando IOF, quem usa cartão de crédito está pagando IOF. Isso é enganar o povo”, defendeu o senador.

Redes sociais: “gastança petista” e “populismo”

Além do discurso no plenário, Marinho publicou um vídeo em seu perfil no Instagram, já nesta segunda-feira (07), com críticas à política tributária do Governo. A publicação, com narração em tom de denúncia, afirma que “com Lula, a taxa tributária explodiu” e que “entre os 30 países com maior carga tributária, o Brasil é o que menos devolve em benefícios à população”.

Na legenda da postagem, o senador escreveu: “O Brasil virou refém da gastança petista: impostos nas alturas, retorno vergonhoso e um Estado inchado que massacra quem produz e trabalha! O povo paga a conta do populismo, da ineficiência e do aparelhamento!”, denunciou Rogério.


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AOS 82 ANOS, INQUIETUDE E AMOR A MACAU MARCAM A TRAJETÓRIA DE AFONSO LEMOS

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Nascido no dia 04 de julho de 1943, em Macau, na Costa Branca do Rio Grande do Norte, Afonso de Ligório Lemos completa 82 anos nesta sexta-feira. O caminhar já é mais lento, mas a cabeça segue acelerada e cheia de projetos. Ativo nas redes sociais, um entusiasta das novas tecnologias que permitem estar sempre em contato com muita gente com quem ele gosta de conversar.

E por falar em conversa, assunto para ele não falta. “Seu Afonso” comenta da novela aos últimos acontecimentos do noticiário, passando pelos bastidores da política e as muitas histórias que viveu. Sua história está diretamente ligada à história política do município de Macau.

Apaixonado pela cidade e por seu povo, mesmo aposentado da política partidária, se preocupa em contribuir para a solução dos principais problemas da cidade. Desde que deixou a prefeitura, há mais de 30 anos, continuou participando de encontros e reuniões com prefeitos, vereadores, deputados e governadores, apresentando suas ideias para melhorar a qualidade de vida dos seus conterrâneos.

UMA VIDA DEDICADA A TRANSFORMAR MACAU
A lista de amigos é extensa, inclusive na política. Independente de bandeira partidária ou ideologia, Afonso Lemos segue transitando bem em todos os ambientes, afinal, esse é um mundo que ele aprendeu a decifrar ainda muito novo, acompanhando os passos da avó Francisquinha Lemos, carinhosamente apelidada “Mãe Quinha”. Mesmo sem nunca ter exercido um cargo público, era altamente influente na política potiguar, algo quase impensável para uma mulher nos anos 1940 e 1950. Com ela, Afonso aprendeu e desenvolveu o amor e a profunda dedicação à política como forma de melhorar a vida das pessoas, o que sempre foi sua missão de vida.

Muito jovem, se interessou pela vida pública, tendo no sangue a veia política de seus antepassados Capitão Pedro Tetéu e o Coronel Feliciano Tetéu, intendente do município (equivalente ao prefeito) e de Mãe Quinha. Ainda adolescente, perdeu o pai e precisou assumir o sustento de sua família, junto com sua mãe. “Foi nesse período que comecei a mexer com política, minha família sempre foi política e inventei de me candidatar. Na época, os candidatos tinham muito dinheiro, mas eu tinha uma coisa que eles não tinham: O amor à Macau. Daí, comecei”, relembra Afonso.

Em 1964, foi nomeado para auxiliar de fiscal do município pelo então prefeito Albino Gonçalves de Melo. Quatro anos depois, se candidatou a vereador e venceu sua primeira eleição como o mais votado do pleito, em 15 de novembro de 1968.

Depois, foi eleito novamente vereador nos pleitos de 1970 (mandato tampão) e 1972. A cada eleição, seu número de votos aumentava exponencialmente e durante seus quatro mandatos de vereador, presidiu a Câmara Municipal em duas ocasiões.

Em 15 de novembro de 1976, foi eleito vice-prefeito junto com o prefeito Cledionor Mendonça (Kidinho), mas este renunciou em abril de 1982, para se candidatar a deputado estadual. Com isso, Afonso assumiu, pela primeira vez, a gestão de sua amada Macau, por oito meses. Naquele tempo, não existia reeleição e Afonso Lemos elegeu seu candidato no pleito que ficou na história política da cidade como a mais acirrada e disputada eleição: foram apenas 63 votos de maioria, resultado só conhecido na abertura da última urna apurada.

Só em 1988 Afonso foi candidato a prefeito e venceu contra as estruturas do governo do Estado e com o apoio e o voto do povo de Macau. Recordações que até hoje despertam emoção. “Fiz a promessa que, na hora que saísse a última urna, de onde eu estivesse, eu saía vestido de São Francisco pelas ruas da cidade e assim aconteceu. Eu sempre eu dizia: ‘Ganho todas as eleições em Macau porque (adversários) só não tem uma coisa que eu tenho: o amor à Macau’. Ninguém acreditava na minha eleição. Eu enfrentei todo mundo que tinha muito dinheiro, e ganhava por amor. Ainda tentaram tirar minha candidatura, mas não aceitei e venci”.

Afonso Lemos fez obras e ações importantes, como o primeiro Pronto Socorro Municipal; organização e urbanização da orla; construção do parque de vaquejada na orla, o primeiro do país; construção de casas populares, galerias pluviais, escolas, o primeiro ginásio de esportes da cidade; calçamento e pavimentação de ruas do Centro e a construção do monumento em homenagem à Nossa Senhora da Conceição, na entrada de Macau. Outra obra marcante, a urbanização da praia de Camapum: “Coloquei os vereadores e secretários dentro de um ônibus e levei eles até a praia, onde antes era o mangue. Falei para meu secretário de obras, Haroldo Martins, que não era bom estarmos cercados pelo mar e não termos praia para aproveitar. Então, fizemos a urbanização e toda a estrutura de Camapum. Hoje, está lá, uma das praias mais bonitas do Brasil”.

Afonso Lemos também foi o responsável pela criação do Carnaval de rua de Macau, com trio elétrico e o tradicional Mela-Mela, principal atração da cidade e famosa em todo o Estado. Como prefeito, andava no meio do povo e, na Quarta-Feira de Cinzas, assumia o comando do trio elétrico para desejar boa viagem aos visitantes que passavam o Carnaval em Macau.


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“OPOSIÇÃO APROVEITA PORQUE O GOVERNO FÁTIMA TEM CREDIBILIDADE”

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O deputado estadual Dr. Bernardo Amorim (PSDB) avaliou, em entrevista ao Diário do RN, a exploração política feita pela oposição sobre as decisões recentes do Tribunal de Contas da União (TCU) envolvendo a gestão da governadora Fátima Bezerra (PT), e destacou que não vê sinais de corrupção na condução do Governo Estadual. Segundo o parlamentar a atuação da oposição tenta atingir uma clara credibilidade que a gestão Fátima tem até agora.

“A oposição se aproveita, claro, porque o grande trunfo do governo Fátima é que você não pode, em política, perder a credibilidade. Se perder popularidade, você reverte. Agora, o governo não perdeu credibilidade por isso: não tem escândalo de corrupção. Se houver uma crise de credibilidade com eventos dessa natureza, é um complicador”, disse.

Dr. Bernardo afirmou que não acredita em irregularidades por parte da equipe da governadora, com base no que conhece das pessoas envolvidas na gestão: “Eu não quero crer, pelo que conheço do pessoal do governo, que tenha esse tipo de coisa. Pedro Lopes, Cadu, Álvaro Bezerra, Silvio Torquato, Aldemir Freire, são pessoas muito centradas. Não vejo esse ‘toma lá, dá cá’, essa negociação”, garante.

Ele ressaltou ainda que recebeu uma defesa da Secretaria de Educação sobre a licitação de R$ 50 milhões para aluguel de Chromebooks, suspensa pelo TCU. “Eles mostraram que, em outros estados, esse mesmo aluguel foi até cem reais mais caro do que aqui no RN. Eles defendem que a coisa é legal e que os preços estariam dentro dos valores praticados no país”, afirmou.

Zenaide e carreira solo
Durante a entrevista, o deputado também comentou a situação da senadora Zenaide Maia (PSD), diante da pressão que a pré-candidata à reeleição vem sofrendo, de um lado, do grupo governista – ao qual o deputado faz parte, e de outro, de Allyson Bezerra (UB), parceiro político que pertence à ala à direita.

Ele reconheceu que a conjuntura tem se tornado difícil para a parlamentar, inclusive para ele, que é seu aliado e declarou voto nela para o Senado.

“É uma situação complicada para algumas lideranças, inclusive para mim, que sou ligado a Zenaide. A situação no Estado está muito nebuloso. Realmente fica difícil para ela ter parceria tanto com Styvenson, quanto com Fátima. Ela vai ter que, realmente, fazer carreira solo. É uma situação muito complexa”, observa.

Dr. Bernardo apontou que o movimento de Styvenson Valentim (PSDB) em se lançar ao Senado ao lado de Álvaro Dias (Republicanos) tem como objetivo justamente impedir que Zenaide cresça na disputa. “Styvenson tenta ser candidato a senador junto com Rogério [ao Governo] e Álvaro exatamente para isso. Porque se sair ele e Zenaide, o segundo voto dele iria para ela. E ela ainda teria o segundo voto de quem vota em Fátima. Agora, se sair ele e Álvaro, o segundo voto da direita vai pra Álvaro. É estratégico. Ele precisa enfraquecer Zenaide”, disse, acrescentando que Styvenson não quer aceitar Allyson para ter “que aceitar a reboque Zenaide”.

Cadu Xavier precisa “sair da bolha do PT”
Ao avaliar o contexto eleitoral do grupo ao qual faz parte, Dr. Bernardo também comentou a pré-candidatura de Cadu Xavier (PT) ao Governo. Ele reconheceu que o nome cresceu nas últimas pesquisas, mas ponderou que é preciso alcançar outros segmentos do eleitorado.

“O crescimento foi substancial. Ele conseguiu ultrapassar a barreira dos 20%, e isso é importante, porque as pessoas querem fazer o voto útil, votar em quem tem chance. Mas ele precisa sair um pouco da bolha do PT, porque ele é um político que consegue penetrar em outros grupos, até no empresariado”.

O deputado citou como exemplo recente a participação de Cadu em convenções do PT em Apodi e Janduís. “Eu acho que não é por aí. Precisa aparecer com outros grupos também. Eu não vejo problema ser ‘o candidato de Lula’, mas se ficar só com o PT, é complicado”, finalizou.


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GRUPO INTERFORT RECEBE HOMENAGEM DA ASSEMBLEIA PELOS 25 ANOS DE ATIVIDADE

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O grupo empresarial Interfort foi homenageado pelos seus 25 anos de atividade empresarial, durante Sessão Solene realizada nesta quinta-feira (03), no Plenário da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte. A solenidade contou com a presença de lideranças políticas e empresariais, além de colaboradores da empresa.

Líder de segurança bancária no Nordeste e uma das 10 maiores empregadoras no setor de facilites do Brasil, a organização é dirigida pelo empresário potiguar Edmilson Pereira, seu CEO e fundador. “O grupo Interfort simboliza o sucesso e a obstinação empreendedora de um homem dotado de uma determinação inabalável para alcançar seus objetivos”, disse o propositor da homenagem, deputado Tomba Farias.

O parlamentar enfatizou ainda que celebrar os 25 anos do grupo interfort tem, para ele, um significado especial. “Essa empresa tem raízes na minha querida cidade de Santa Cruz, onde nasceu o empresário Edmilson Pereira, que gera emprego e renda para cerca de 16 mil colaboradores, garantindo para suas famílias bem estar e justiça social”, lembrou.

Tomba Farias destacou também os desafios de empreender no Brasil, incluindo alta carga tributária, burocracia excessiva, dificuldade de acesso ao crédito e instabilidade econômica. “Eu tiro o chapéu para os homens e mulheres, empresas e empresários que cotidianamente encaram os desafios que lhes são impostos para levar adiante a nobre missão de gerar renda e bem-estar social”, enfatizou.

Por sua vez, Edmilson Pereira, ao agradecer a homenagem, destacou que uma empresa completar 25 anos no Brasil é um desafio que exige coragem para resistir, capacidade de se reinventar e uma fé inabalável no trabalho. “É isso que move esta empresa desde sua fundação: a crença de que, mesmo em meio às adversidades econômicas, políticas e sociais, é possível construir uma trajetória sólida, responsável e comprometida com o desenvolvimento do país e, sobretudo, com o progresso da nossa terra, o Rio Grande do Norte”, assinalou.

O empresário ressaltou que 25 anos de atividade empresarial é mais do que contar o tempo; é afirmar a convicção no poder transformador do desenvolvimento, do empreendedorismo e da geração de oportunidades.

“Foi daqui, do nosso Rio Grande do Norte, que a Interfort se lançou para conquistar seu espaço no mercado e fez o caminho inverso, indo do Nordeste para o Sudeste para se consolidar com um crescimento exponencial atuando em 530 cidades de 23 estados brasileiros”, revelou.

Por indicação do próprio grupo Interfort, o deputado Tomba Farias também homenageou personalidades que, em suas áreas de atuação, contribuem para o fortalecimento da livre iniciativa, como o empresário Marcelo Queiroz, presidente da Fecomércio RN, coronel Francisco Canindé de Araújo Silva, secretário estadual de Segurança Pública e Defesa Social, Saulo Pessoa Batista dos Santos, especialista em gestão de segurança pública e privada, além de Edson Nunes Pereira e Elizama Freire Fernandes, que são colaboradores da empresa há 25 e 17 anos, respectivamente.


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APÓS FLAGRA DE VÍDEO, LUIZ EDUARDO DIZ QUE VAI “TOMAR O PODER NO VOTO”

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Foi no embalo da zabumba e no meio da empolgação festiva que o deputado estadual Luiz Eduardo (SDD) se soltou e declarou com entusiasmo: “Eu vou tomar o poder de volta… e tirar os traíras, covardes e ingratos!”. Sem microfone, sem discurso oficial, mas com toda a espontaneidade de quem misturou política e ressentimento com forró e uns “bebericos”, o deputado reviveu sua rixa pública com a prefeita Nira, que já foi sua aliada e vice-prefeita, e hoje é, nas palavras dele, parte da ala da “traição”.

O vídeo correu rapidamente em grupos de whatsapp e, embora o tom tenha soado para muitos como ameaça, Luiz Eduardo garantiu ao Diário do RN que tudo não passou de uma resposta “bebericada” a um pedido de saudade.

“Lá na festa, a gente bebericando, aí a pessoa perguntou: ‘nós estamos com saudade, vai voltar quando?’, e nós dissemos: ‘vamos voltar, tomar o poder desses traíras, desses covardes, desses ingratos’”, explicou, sem demonstrar arrependimento. “Mantenho a palavra, não fiz nada demais”, complementou em conversa com a reportagem.

Entretanto, o deputado quis deixar claro: o plano é tomar o poder sim, mas só “no voto”. “Vamos tirar politicamente, eleitoralmente, no voto. Vamos tomar o poder, agora, democraticamente. Não se toma o poder no voto? Não tem outro jeito”, ressaltou ele.

Segundo ele, a promessa de “voltar” pode acontecer antes do previsto. “Em 2028 ou se houver [eleição] suplementar”, observa. Segundo o deputado, há uma ação na Justiça Eleitoral movida pela antiga oposição local sobre supostas irregularidades na campanha da atual prefeita. “Tem provas robustas, e a tendência é cassação. A sentença pode sair até 20 de julho”, afirmou.

A mágoa, porém, não é recente. Luiz Eduardo recorda que renunciou três anos de mandato para disputar a eleição à Assembleia Legislativa e entrou na campanha de Maxaranguape ao lado de Nira. “Ela perdia a eleição sem mim. Tava na pesquisa em março perdendo de três para um.

Entrei, viramos o jogo, ganhamos por 1.500 votos. E, 23 dias depois, romperam comigo”, explicou.

O rompimento com a prefeita Nira já rendeu até desentendimentos acalorados na Assembleia Legislativa com a deputada Eudiane Macedo (PV), em torno de disputas por protagonismo político local, em questões sobre obras de uma escola em Maxaranguape.


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ZENAIDE ENCURRALADA ENTRE O GOVERNO FÁTIMA E A DIREITA DE ALLYSON BEZERRA

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A senadora Zenaide Maia (PSD) se vê em meio a uma encruzilhada política que deverá definir seu futuro em 2026. Vice-líder do Governo Lula no Senado, Zenaide mantém aliança com o campo progressista no plano nacional, é da base do PT no Estado, mas cultiva relação política com o prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra (UB). O projeto, inicialmente, é manter a parceria com o gestor e provável candidato ao Governo até 2026. No entanto, o prazo toma ares de indefinição com as articulações eleitorais. Pelo menos até Zenaide se definir sobre para qual caminho deverá seguir na disputa do ano que vem: a direita ou a esquerda.

Opositores políticos, o pré-candidato ao Governo e aliado direto da governadora Fátima Bezerra (PT), Cadu Xavier (PT), e o prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra, têm uma opinião em comum: ambos condicionam a decisão de Zenaide à permanência dela em seus respectivos grupos.

Cadu deixou claro que não haverá espaço para uma “candidatura solo” ao Senado. Em resposta direta à possibilidade de Zenaide tentar manter pontes com os dois lados, Xavier foi categórico:
“O candidato ao Senado que estará ao lado da governadora, seja quem for, necessariamente terá que estar no mesmo palanque que nós, defendendo a minha candidatura no momento da eleição, defendendo o legado do Governo da professora Fátima. E, respondendo bem objetivamente: esse candidato ou candidata ao Senado estará no nosso palanque, defendendo o Governo da professora Fátima e a minha eleição como governador do Estado no ano que vem”, frisou o pré-candidato em entrevista à 98 FM, nesta quarta-feira (02).

A pressão indica que a formação da chapa ao Senado com a governadora Fátima Bezerra deverá implicar, necessariamente, no rompimento de Zenaide com Allyson Bezerra, que já se colocou publicamente como parte da direita potiguar, formada por lideranças como Rogério Marinho (PL), Styvenson Valentim (PSDB), Álvaro Dias (Republicanos) e Paulinho Freire (UB).

Deste outro lado, conforme publicado pelo Diário do RN nesta quarta-feira, o prefeito de Mossoró já deixou claro que a manutenção do vínculo com a senadora depende da escolha que Zenaide fará em 2026: ou permanece ao lado do sistema governista liderado por Fátima Bezerra (PT), ou migra para o projeto oposicionista.

“Zenaide está enviando muitos recursos para Mossoró e tem sido muito bem aceita pela cidade.

Então, há esse trabalho conjunto, essa ligação política. A não ser que amanhã a senadora diga: ‘não, Allyson, vou estar em outro local, eu vou estar disputando com outro grupo, eu vou estar me colocando como candidata ligada ao Governo do Estado’”, afirmou o prefeito em entrevista à 96 FM nesta segunda-feira (30). Ele classificou a relação com Zenaide como “institucional” e deixou subentendido que sua continuidade depende de um alinhamento eleitoral. A vice-líder do governo Lula já enfrenta dificuldades no alinhamento ideológico com a ala da direita.

O recado é direto: se Zenaide optar por seguir com o projeto da governadora Fátima Bezerra, perde espaço na construção de uma aliança com a direita potiguar. O principal obstáculo vem de Rogério Marinho (PL), líder do bolsonarismo no RN, que já afirmou publicamente que não aceita a presença de Zenaide em seu palanque. A vinculação da senadora ao governo Lula, segundo Marinho, é um impeditivo incontornável para a aliança.

O Diário do RN tentou contato com a senadora Zenaide, mas não obteve retorno até o fechamento desta edição.


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PAULINHO ASSUME MISSÃO DE MANTER FRENTE UNIFICADA DA DIREITA NO RN

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“Paulinho é uma das pessoas mais indicadas. O prefeito Paulinho vai estar conversando com cada um deles”. A fala do prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra (UB), em entrevista à 96 FM na segunda-feira (30), reforça o papel que já vinha sendo atribuído a Paulinho Freire nos bastidores da política potiguar: o de conciliador da direita. À frente da Prefeitura de Natal pelo União Brasil e com trânsito livre entre as principais lideranças do campo oposicionista, Paulinho surge como peça-chave para a manutenção de uma frente unificada contra o grupo governista liderado pela governadora Fátima Bezerra (PT).

A tarefa, no entanto, não é das mais simples. A direita potiguar tem hoje não apenas múltiplas lideranças com densidade política, mas também pelo menos três nomes colocados – oficialmente ou não – como pré-candidatos ao Governo do Estado: Rogério Marinho (PL), Álvaro Dias (Republicanos) e o próprio Allyson Bezerra. Neste cenário, caberá a Paulinho costurar consensos e aparar arestas num grupo onde as ambições pessoais e os interesses partidários correm em paralelo à intenção de formar um palanque competitivo em 2026.

Paulinho carrega consigo o trunfo da sua atuação enquanto presidente da Câmara de Natal e da articulação bem-sucedida nas eleições municipais de 2024, quando conseguiu reunir, em torno do seu nome à Prefeitura de Natal, nomes como José Agripino Maia, presidente do União Brasil no RN, Rogério Marinho, Álvaro Dias e o senador Styvenson Valentim (PSDB), além dos 24 vereadores da Câmara da capital. Antes disso, em 2021, conseguiu o feito da aprovação do novo Plano Diretor de Natal, um projeto que se arrastava há anos e muitas gestões sem que se alcançasse um consenso na Casa Legislativa Municipal.

Paulinho consolidou sua imagem como agregador e interlocutor confiável, atributo reconhecido até por veteranos da política potiguar. Em 2022, ao ser homenageado pela Câmara Municipal, Agripino o definiu como “interlocutor com quem é agradável negociar”, destacando sua habilidade rara no meio político. Durante sua pré-candidatura à Prefeitura em 2024, foi apontado por aliados como aquele que “mais agrega partidos políticos e corrente de aliados”.

Agora, a situação é igualmente desafiadora: manter unido um grupo que, apesar da convergência ideológica, se divide na estratégia de escolha do candidato ao Governo. De um lado, Rogério Marinho e Álvaro Dias defendem um critério mais político, baseado em articulação regional e alianças. Do outro, a ala liderada por José Agripino aposta na objetividade das pesquisas de opinião, que atualmente favorecem Allyson Bezerra.

Essa disputa interna tende a refletir diretamente na formação da chapa majoritária na escolha para o Senado. Nesse ponto, Styvenson Valentim entra como um fator decisivo. Com desempenho consolidado nas pesquisas e acordos prévios com Rogério Marinho, o senador é considerado carta quase obrigatória na composição, o que pode definir os encaixes entre partidos da coalizão.

A missão de Paulinho Freire será, portanto, encontrar o ponto de equilíbrio entre performance eleitoral, peso político, acordos já firmados e a expectativa de renovação no campo da direita. Ele precisará colocar na prática o que todos defendem na teoria: construir um ambiente onde os interesses individuais não sobreponham o objetivo coletivo de derrotar o grupo da situação.


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GOVERNO REAGE À “DESINFORMAÇÃO” SOBRE INAUGURAÇÃO DA ADUTORA APODI-MOSSORÓ

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A inauguração da adutora Apodi-Mossoró, realizada na última sexta-feira (27) pela governadora Fátima Bezerra (PT), em Governador Dix-Sept Rosado, no Oeste potiguar, se transformou em um dos temas virais pela direita potiguar e nacional nos últimos dias. O motivo: a imagem da governadora abrindo simbolicamente uma torneira em praça pública, como parte da entrega da obra, viralizou nas redes sociais e foi usada por figuras da oposição para ironizar a ação, rotulando o evento como a “inauguração de um cano”.

A resposta do Governo do Estado e da Companhia de Águas e Esgotos do RN (Caern) veio em tom duro. O diretor-presidente da Caern, Roberto Linhares, classificou as críticas como desinformação e tentativa de distorcer uma entrega de grande impacto hídrico. “Querem explorar de forma totalmente inadequada, com desinformação. Não dá para dizer que um investimento de R$ 200 milhões, sendo R$ 82 milhões só do Governo do Estado, é inauguração de um cano de 25.

Isso é piada”, disse Linhares.

Segundo ele, o vídeo do jorro d’água na torneira foi apenas a forma simbólica de mostrar o resultado final de um complexo sistema de abastecimento. “Todos sabem que o fim de uma captação de água, seja de poço ou adutora, termina num tubo de 25 ou 32 com uma torneira na ponta. A população quer ver água chegando na torneira, na descarga da sua casa, e foi isso que mostramos: água com pressão, de qualidade, pronta para o uso”, explicou.

A obra, segundo a Caern e o Governo estadual, é uma derivação do sistema Apodi-Mossoró, com capacidade de fornecer 120 mil litros de água por hora para Dix-Sept Rosado – cidade que vinha enfrentando colapso no abastecimento, com o único poço da cidade operando com apenas 30% da capacidade. Segundo Linhares, a obra estava paralisada.

“Sobre a população beneficiada, não são somente os 11 mil habitantes de Governador Dix-Sept Rosado, mas os quase 350 mil habitantes de Mossoró”, ressaltou o presidente da Companhia de Águas.

No perfil “RN Fato ou Fake”, o Governo do Estado classificou como falsa a informação de que a governadora tenha inaugurado apenas um cano de meia polegada. “Na verdade, Fátima participou da inauguração da adutora Apodi-Mossoró, estrutura construída para garantir segurança hídrica para Governador Dix-Sept Rosado. O investimento nessa obra foi de R$ 82 milhões”, diz a nota oficial.

O governo também informou que 70% da água que abastece hoje o município já vem da nova adutora, que capta no sítio Carrasco, em Apodi. E anunciou o início dos estudos para levar o fornecimento também à comunidade rural de Chico Rêgo.

Reações da oposição
A simbologia da torneira ganhou outras leituras nas redes sociais. O vereador paulistano Rubinho Nunes (União Brasil) ironizou no X (antigo Twitter): “Esse é o ‘progresso’ da esquerda: Boulos ‘descobre’ a cisterna, Fátima inaugura uma bica. Agora sim, a sede do Nordeste acabou”.

A deputada Rosângela Moro, esposa do senador Sergio Moro, usou o Instagram para ironizar: “A governadora do PT, Fátima Bezerra, foi lá e inaugurou um cano. Sim, UM CANO. Soltou um ‘Teje entregue!’ e saiu do palco achando que reconstruiu o Nordeste inteiro”.

O senador potiguar Styvenson Valentim (PSDB), opositor ferrenho do Governo estadual, também entrou na onda: “Como levar um governo desse a sério?”.

Para Roberto Linhares, a reação da oposição é “desmoralizada e absurda”. Ele lembrou que a obra estava parada há mais de dez anos, e só foi concluída graças ao aporte do Governo do RN, via Caern. “Só o tubo de ferro fundido custa R$ 2,5 milhões por quilômetro. O poço perfurado tem custo estimado em R$ 5 a R$ 6 milhões. É uma estrutura robusta, que trouxe segurança hídrica definitiva para uma população que estava prestes a ficar sem água”.

O dirigente destacou ainda que os críticos evitam falar nos números: mais de R$ 200 milhões investidos no total, quase 350 mil habitantes beneficiados direta ou indiretamente, e uma obra que devolveu dignidade a uma cidade inteira.


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