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CPI DA COVID VAI FOCAR NAS INVESTIGAÇÕES SOBRE RESPIRADORES NO RN

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As reuniões ordinárias de números 24 e 25 da CPI da Covid-19, em andamento na Assembleia Legislativa, no meio da semana, serão concentradas nas oitivas de cinco depoentes, quatro dos quais na condição de investigados,  envolvidos na aquisição de 30 respiradores pelo governo estadual com intermediação do Consórcio Nordeste. Os respiradores foram adquiridos pelo consórcio para o RN e demais estados da região, mas não chegaram a ser entregues. 

O depoimento mais esperado era o do ex-chefe do Gabinete Civil do governo da Bahia, Bruno Dauster, que na sexta-feira (29/10), obteve liminar no Tribunal de Justiça do Estado, que negou seu pedido para não comparecer à Comissão Parlamentar de Inquérito nesta quinta-feira (4), mas lhe garantiu o direito de se manter em silêncio durante a inquirição por deputados que integram a CPI.

Bruno Dauster foi destituído da chefia da Casa Civil do governado Rui Costa (PT),  depois da deflagração da Operação Ragnarok em 1º de junho do ano passado pela Polícia Civil da Bahia, para  investigar a ação de uma suposta organização criminosa que  deixou de entregar 300 respiradores  a um custo de R$ 48,7 milhões aos nove estados nordestinos durante a pandemia de coronavírus.

Pela dinâmica dos trabalhos da CPI da Covid-19, o primeiro deputado a fazer perguntas é o relator, Francisco do PT, mas se Bruno Dauster recusar a responder, pode ocorrer o mesmo que aconteceu com o secretário executivo do Consórcio Nordeste, Carlos Gabas, que ficou em silêncio na reunião do dia 6 de outubro e terminou sendo liberado pelo presidente da Comissão, o deputado Kelps Lima (Solidariedade) para não atrasar as oitivas de outros depoentes.

Caso Bruno Dauster silencie, outros depoimentos considerados importantes para a CPI da Covid-19 são os dos sócios da empresa paulista Hempcare. Luiz Antonio Ramos e Cristiana Prestes Tadeoo, que inclusive já teriam feito delação no inquérito nº 1.426, que tramita em segredo de justiça, no STJ em Brasília. Os dois prestam depoimentos amanhã.

No dia 4, também estão previstos os depoimentos do irmão do ex-chefe da Casa Civil da Bahia, Jório Dauster e ainda do prefeito de Araraquara (SP), Edinho Antonio Silva, o “Edinho do PT”, que teria sido beneficiado com uma doação de R$ 4 milhões para ajudar na compra de respiradores para o seu município. O prefeito depõe na condição de testemunha.
Amanhã, a CPI deve ouvir a ex-servidora da Sesap, Gilsandra de Lira Fernandes, que foi afastada do cargo

de coordenadora de Atenção à Saúde da pasta, depois de deflagrada a Operação Lectus pela Polícia Federal, que investiga a contratação de leitos de UTI nos Hospitais João Machado, em Natal e Alfredo Mesquita, em Macaíba.

Informações: Tribuna do Norte


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