Às 22:50h deste sábado, 28 de maio de 2022, nosso cãozinho Cubano virou estrelinha. Ele foi inseparável companhia de nossa família por mais de 17 anos. Sua partida deixa um vazio, uma lacuna que nunca será preenchida. Baninho era e sempre será especial para nós. Em 2005, montei uma banda denominada Forró Cubano. Coincidiu de Andréa trazer um pequenino animalzinho yorkshire para conviver conosco. Decidi então colocar o nome de Cubano, para que ele fosse o mascote da banda, assim como o IG, que tinha um cachorrinho branco escocês da raça West Highlander White Terrier como símbolo. A banda acabou, mas Cubano seguiu firme e forte, trazendo alegria e orgulho para nossa casa.
Ele tem uma história de superação impressionante. De atropelamento a ataque de Pittibull, passando por queda de escada, Cubano sempre foi ativo, altivo, valente, destemido, inquieto, corajoso, brabo, arengueiro, enfrentava qualquer situação como se fosse um animal de grande porte. Sua pequena estatura de pouco mais de 30 cm de comprimento por menos de 10 cm de altura era incompatível com sua personalidade forte e sua valentia. Ele era tão inquieto e impaciente, que só Andréa conseguia colocá-lo nos braços. Porém, por uns 10 segundos no máximo. Nesses 17 anos, somente em 2022, consegui sua permissão para levá-lo nos braços do quarto até o terraço. E, nessa semana, ele já sem força, o deitei sobre meu peito e dormimos juntos na rede uma tarde inteira. Inédito. Marcante.
Essa semana, Cubano ficou meio “mole”, vítima de uma virose que o fez perder o apetite, enfraquecendo seu organismo e o debilitando. Mas ele não se entregou facilmente. Lutou pela vida com a grandiosidade de sempre. Defesas baixas, ficou praticamente 48 horas sem comer nada, sendo abastecido por vitaminas injetáveis ministradas pelo veterinário dedicado, sensível e atencioso, Maycon Colombo, excelente profissional que já havia sido mordido por Cubano em outros momentos e que tentou de tudo para aliviar o sofrimento de nosso Cubaninho.
Cubano passou a madrugada inteira da sexta para o sábado gemendo de dor, apesar dos analgésicos e antibióticos. Seu organismo idoso já não reagia como no passado, em que teve quatro perfurações das presas de um Pittibul cravadas em sua cabeça e mandíbula. Mesmo assim, após perder muito sangue e até ficar em coma, Cubano sempre vencia a batalha e voltava ainda mais forte.
Dessa vez não deu. Infecção, dores, dificuldade de respiração, sem se alimentar, sem tomar o remédio que regulava seu coração, Cubano agonizava sem querer se entregar. Lutou como o gigante que sempre foi. Mas, infelizmente, não deu. Dormi no chão ao seu lado, massageando seu corpo para tentar amenizar as dores que não paravam. Andréa rezava impaciente e impotente pedindo que nosso amiguinho se livrasse daquele sofrimento. Até imaginei que ele não amanheceria vivo no sábado. Mas ele resistiu. Sofrendo muito e toda a família absorvendo também aquele sofrimento sem poder fazer nada concreto que amenizasse a dor.
Tarde de sábado e novas injeções com antibióticos, analgésicos, vitaminas, bronco dilatador para melhorar sua respiração. Tudo o que pode ser feito, nós fizemos. Andréa fez vigília permanente ao lado dele. Samuel e Vittória também sofreram com toda a situação. Edinho, Regina, Andressa e Fabiano, todos queriam fazer alguma coisa por ele. Minha irmã Cristiane acompanhava de Mossoró, tudo por telefone. Mas foi Andréa quem sofreu o baque mais forte. Afinal, foram 17 anos de convivência colada, de amor mútuo. Por ela, ele não nutria só amor. Era uma verdadeira devoção. Um sentimento recíproco tão grandioso que impressionava.
A noite do sábado chegou. E com ela, a respiração de Cubano foi diminuindo, diminuindo, até parar definitivamente, como uma vela que a chama se apaga. Às 22:50h, ele virou estrelinha. Lutou até o fim sem se entregar e sequer fechou os olhos ao fim do último combate. Nosso tesourinho se foi. Nos deu muitas alegrias, nos ensinou muitas coisas com suas atitudes. Afinal, diferente dos humanos, os animais são leais de verdade e sua sinceridade é inigualável, sem chance para falsidades interesseiras.
Nossos dias não serão os mesmos sem essa criaturinha que fez parte de nossa vida, da vida de nossos filhos, da vida de nossa família de maneira especial. A dor da despedida eterna é sem medida. Ele se foi para sempre. Fica a saudade e a lembrança dos melhores momentos que compartilhamos em sua companhia.
Cubano desencantou, mas viverá eternamente em nosso coração. Vamos sofrer com sua viagem sem volta. Mas sabemos que tudo tem sua hora. Que Deus conforte nosso coração, ferido pela partida de nosso fiel amigo. Somente quem tem ou teve algum animal de estimação, terá sensibilidade para entender a dor de toda uma família com a partida de um ser que faz diferença na vida de todos.
Baninho, te amamos muito. Obrigado por tudo. Sua existência nos marcou profundamente e sua ausência será preenchida pelas lembranças inesquecíveis de tudo o que você fazia. Sem você, Baninho, os dias não serão os mesmos. Andréa já amanheceu o domingo em lágrimas por sua ausência. Mas vai superar, transformando lágrimas de dor da saudade em lembranças de nossos melhores momentos.
Cubano, quando o Céu tiver estrelado, vamos olhar para cima e, mesmo que haja milhares de estrelas, vamos identificar você como a estrelinha de brilho intenso e diferente. Diferente de todas, como você sempre foi.
De seu pai,
Tulio
29/05/22
Meus sentimentos, que Deus conforte o coração de todos vocês! É muito triste, também passamos por isso quando nosso Pingo, um pequinês que tínhamos e viveu 14 anos com a gente. É mesmo que um filho, só que de 4 patas.
Beijos para vcs e força! Fiquem com Deus!!! 🙏🏼🙏🏼🙏🏼