Os trabalhadores do Poder Judiciário do RN são representados pelo SindJustiça, o sindicato que tem como prerrogativa principal lutar pela defesa dos interesses de seus associados.
Quando se fala em Justiça, remete à seriedade acima de tudo, sem margem para qualquer suspeita de irregularidade em sua prestação de contas.
Porém, não é isso que acontece com a atual gestão do SindJustiça do RN, que teve as contas reprovadas e sua diretoria virou ‘Ficha Suja’, sem poder sequer concorrer ao novo pleito, que vai acontecer nesta segunda-feira.
Impedida de concorrer por reprovação de contas, a atual diretoria quer se manter no poder através da candidatura de Juliano Bezerra, que até fez vídeo recebendo o apoio do atual diretor coordenador.

Foram várias irregularidades encontradas na prestação de contas da atual diretoria, o que provocou a reprovação em assembleia da categoria.
Uma das irregularidades graves encontradas pelo Conselho Fiscal foi a identificação de notas fiscais de abastecimento de combustível em pleno Carnaval.

Como funcionou? O diretor recebeu dinheiro do Sindicato em forma de adiantamento e ao “prestar contas” desse dinheiro apresentou notas de abastecimento de combustível que somam mais de 115 litros. O detalhe é que o abastecimento ocorreu justamente no feriado de Carnaval, conforme as notas fiscais descobertas pelo conselho fiscal.


A pergunta que não quer calar: Que tipo de atividade sindical é realizada em pleno Carnaval?
Com 115 litros de combustível daria pra ir a Salvador.
DIRETOR COORDENADOR DO SINDJUSTIÇA NÃO PRESTA CONTAS DE R$ 30 MIL RECEBIDO DO SINDICATO
Outra irregularidade grave encontrada pelo Conselho Fiscal e apresentada na Assembleia em que a categoria reprovou as contas da atual Diretoria foi a constatação de que o Diretor coordenador, Gersonilon Martins, recebia dinheiro para realizar atividades sindicais, não prestava contas e devolvia o valor do ‘empréstimo’ anos depois e em suaves prestações em forma de cheques.

Os documentos contábeis mostraram que o Diretor finaliza o ano de 2018 sem prestar contas dos R$ 31.359,97 recebidos que tinha como justificativa gastar em atividades sindicais.
Em 2019, ainda sem prestar contas para quais atividades foram destinados o dinheiro, o diretor passou a “devolver” o dinheiro em cheques apresentados mensalmente à Tesouraria e ainda assim finaliza o ano sem prestar contas ou devolver R$ 6.000,00 que restaram dos adiantamentos recebidos.
O que seria para realizar atividade sindical, como não houve prestação de contas ou justificativa para devolução do dinheiro recebido, fica caracterizado um ‘empréstimo’ pessoal para ser pago como e quando quiser.
O SindJustiça virou o Banco Sind ou a financeira SindCred, mas apenas para os dirigentes.
Já pensou se todo sindicalizado fosse ao Sindicato e pedisse um empréstimo de R$ 30 mil pra passar a devolver 2 anos depois, em parcelas de R$ 2 mil e sem juros?
Todos esses documentos são parte do parecer emitido pelo conselho fiscal e tornado público para toda categoria na assembleia que reprovou as contas da atual diretoria, realizada em 07/10/2021.
