Tomando conhecimento dos dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de que 1 em cada 3 norte-rio-grandenses teve renda totalmente dependente dos programas federais no ano passado, a Federação do Comercio do Rio Grande do Norte – FECOMERCIO/RN decidiu comentar com preocupação esses números.
Quase 700 mil potiguares enfrentaram o ano de 2020 tendo como única fonte de renda os programas governamentais de transferência financeira. Dados divulgados pelo IBGE, nesta sexta-feira, 19, baseados na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) mostram o nível de dependência da população.
Para o presidente da Fecomércio/Rn, Marcelo Queiroz, “Esses recursos contribuíram para a diminuição da miséria e, consequentemente, ganho do poder de compra dessa parcela da população, mesmo que extremamente limitado. Sem essas iniciativas, os impactos negativos em âmbitos social e econômico seriam ainda maiores”.
Em 2019, 387 mil pessoas recebiam recursos dos programas federais, como o Bolsa Família. Já em 2020, o número saltou para 693 mil, índice inflado pelo Auxilio Emergencial, criado durante a crise sanitária, e representando um crescimento de 36,2%. Segundo o diretor de Inovação e Competitividade da Fecomércio/Rn, Luciano Kleiber, o crescimento está diretamente relacionado ao aumento do desemprego e à perda generalizada de receitas causada pela pandemia.
“O Rio Grande do Norte, quando comparado os números registrados nacionalmente, ficou abaixo do índice geral, que viu este número saltar de 16,4 milhões para 30,23 milhões, representando uma alta de 55,85%”, destacou Luciano.