Deputada está duplamente errada: não existe computador com esse nome, e serviço de contagem de votos funciona ‘em casa’ no TSE
Nesta segunda (5), a deputada federal Bia Kicis (PSL-DF), autora da PEC do Voto Impresso, voltou a falar de um suposto “computador chamado Nuvem” da Oracle.
“Ela [a apuração de votos] não pode ser feita dentro de um sistema que ninguém consegue ver, ou dentro de uma sala, de um computador chamado Nuvem, que muitos acharam, né, que na época o TSE tinha contratado a nuvem da Oracle – não, é um computador, um supercomputador chamado Nuvem, que faz a contagem dos votos”, disse nesta segunda (5), à Comissão do Voto Impresso.
Bia Kicis já havia usado o termo “computador chamado Nuvem” na semana passada, em entrevista à Jovem Pan.
Em novembro de 2020, o TSE publicou nota informando que contratou da Oracle, para totalizar os votos na eleição, o serviço “Cloud at Customer” (Nuvem no Cliente) – que, como o próprio nome diz, consiste em fornecer computadores que ficam dentro do prédio do cliente.
Esses supercomputadores da Oracle ficam na sala-cofre do TSE.
Portanto, não apenas a Oracle não tem supercomputador “chamado Nuvem”, como o serviço que o TSE contratou para apuração de votos não é computação em nuvem tradicional, aquela que consiste em usar computadores fora das instalações da empresa.
*Informações do Antagonista.