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O EXTREMISMO DO BOLSANARISMO E DO LULISMO ESTÃO CEGANDO O BRASIL

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O futuro do bolsonarismo - Carta Maior

Por Bosco Afonso

O petismo nasceu de um movimento sindicalista, de esquerda, tomou forma partidária e se consolidou sob a auréola da honestidade, no afastamento do presidente Collor por conta da reforma da Casa da Dinda e da compra do carro Elba, se transformando recentemente no lulismo 13. Hoje, quase não se fala no PT.

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O bolsonarismo, movimento de direita já nasceu extremado, aproveitando o vácuo deixado pelo próprio petismo que agonizava por conta da perda de sua auréola e se envolvera em escândalos de desvios de dinheiros públicos desde a formação do mensalão que tirou de cena uma de suas figuras mais reluzentes chamada de José Genuíno e chamuscou o talentoso e todo-poderoso José Dirceu e, posteriormente, entrou em queda livre por conta do afastamento da presidente Dilma e os escândalos da Petrobras que terminou por envolver quase todo o Partido do Trabalhadores e crucificar o seu líder maior Luiz Inácio Lula da Silva.

Enquanto o ainda petismo decaia por conta do envolvimento nos escândalos de corrupção, o bolsonarismo crescia numa velocidade incontida, deixando para trás as demais siglas partidárias (algumas delas também envolvidas com os escândalos do PT) e dando visibilidade ao até então insignificante PSL (Partido Social Liberal) liderado pelo ofuscado deputado federal Jair Messias Bolsonaro.

O desgaste moral do Partido dos Trabalhadores contribuiu para as dificuldades em encontrar em seus quadros um nome para a disputa da eleição presidencial de 2018, enquanto o Partido Social Liberal saia do ostracismo por conta da presença de Bolsonaro que, mesmo sem projeto de governo crescia para mostrar a proposta da direita, com os seus exageros.

Durante a campanha eleitoral, com as várias alternativas de esquerda, de direita, de centro, de centro-direita, de centro-esquerda, com algumas propostas de governo lúcidas e viáveis é que a população brasileira, decepcionada com todos os que antecederam aquele momento, terminou por migrar gradativamente para a direita, que mesmo sem proposta amplamente discutida, entusiasmava pelo radicalismo. Em plena campanha eleitoral de 2018, pouco se ouviu de Bolsonaro uma proposta de governo e no momento em que se permitiu a realização de debates nos meios de comunicação, eis que o candidato direitista é vítima de uma facada.

Afastado de todas as movimentações e sem poder participar das discussões públicas para embates com os seus adversários, mas embalado pelo seu exército das redes sociais, Bolsonaro ganha a eleição. Hoje, há quem acredite, que se não houvesse a facada Bolsonaro estaria sem mandato por conta de sua verborragia.

Bolsonaro e o bolsonarismo chegam ao poder e o Chefe de Estado se achando o “dono do mundo”, promete moralizar o país, garante isolar políticos corruptos de seu governo, corta regalias da imprensa toda poderosa, mas se indispõe com correligionários, fica sem partido, amplia sua desavença no parlamento, familiares seus se envolvem com o ilícito, não dá importância ao número de mortes pela Covid e tropeçando nas promessas massificadas de campanha começa a enfrentar a pandemia, enquanto que o seu adversário maior em popularidade, Luiz Inácio Lula da Silva ressurgia das cinzas por conta de um erro jurídico que apagara suas condenações mesmo sem conseguir esconder as falcatruas em que se envolvera e que estão registradas nos anais da história.

A partir daí, com a sua verborragia no enfrentamento da pandemia do Covid-19 Bolsonaro chama o bolsonarismo da “gripezinha” para enfrentar o lulismo santificado que se posiciona contra o uso da Ivermectina e assim o “samba do criolo doido” passa desfilar em todo o território brasileiro criando amores e ódios, se constituindo um perigo para todos nós.

Tudo por conta de uma eleição que se avizinha e para se ganhar uma eleição, na concepção de muitos, tudo é válido. Até destruir uma Nação. O extremismo irracional tomou conta do país. Verdadeiramente, e o Brasil sabe disso, não há nesses movimentos a preocupação com o número de mortes que singra o território nacional.

O momento requer que se desarmem os espíritos, se erga a bandeira da paz, sentem numa só mesa, apresentem propostas de solução para tudo o que estamos enfrentando. Fora disso, vai prevalecer, sim, interesses eleitoreiros, pois o extremismo dos bolsonarismo e do lulismo estão cegando o Brasil.


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1 comentário em “O EXTREMISMO DO BOLSANARISMO E DO LULISMO ESTÃO CEGANDO O BRASIL”

  1. Extremismos não leva a nada. O pior é o pais cair na mão novamente de corruptos profissionais que assola o parlamento brasileiro a partir dos municípios e grande parte do povo brasileiro tem índole de tirar vantagem com o ilícito…,tenho vergonha de ser brasileiro

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