Encantado com a beleza Natural do Rio grande do Norte, o fotógrafo Canindé Soares apresenta “Retratos do RN”, um livro que captura a essência do Estado através de mais de 300 fotos deslumbrantes. Com lançamento previsto para o início de dezembro, a sexta obra de um dos maiores nomes do fotojornalismo potiguar, promete ser uma verdadeira celebração das belezas e da cultura do RN. Com 139 páginas e capa dura, “Retratos do RN” é uma viagem visual pelas paisagens naturais, cidades e tradições do Estado. As imagens são acompanhadas por legendas e textos informativos, destacando desde as festas católicas até as impressionantes sangrias dos açudes.
“Eu sempre faço 3.000 livros, e na edição de agora não será diferente. É um livro mais robusto com pelo menos 139 páginas e mais de 300 fotos representando muito bem o Rio Grande do Norte. Nesse livro, a gente coloca por capítulos, começando com pontos naturais, como o Pico do Cabugi, Dunas do Rosado, entre outros. Temos o capítulo do Geoparque Seridó, abrindo com Currais Novos, mostra todas as seis cidades do Geoparque, e a partir daí mostramos a religiosidade, as igrejas e capelas, festas religiosas, e procissões”, conta o fotógrafo Canindé Soares.
Quem conhece um pouco do mercado editorial, sabe que não é fácil custear uma obra como essa, mas Canindé segue confiante. “Estou trabalhando como se eu já tivesse esse montante para no início de novembro ele já estar na gráfica”.
A ideia é levantar o montante necessária com a participação de colaboradores individuais e empresas que poderão ter suas logomarcas nas páginas do livro, adquirindo cotas a preços especiais a partir de 10 unidades. Os amigos colaboradores também terão seus nomes registrados na obra.
A pré-venda do livro já está aberta, com um preço promocional de R$ 100,00, além da inclusão do nome do comprador ou da empresa nas páginas do livro. “No livro, terá uma página de amigos parceiros para as pessoas ficarem atendidas individualmente e empresas parceiras que adquirirem a partir de dez livros também terão espaço. E ainda a página com a logomarca das empresas que adquirirem cotas em mais de cinquenta ou cem livros”, explicou Canindé Soares.
O livro estará disponível por R$ 120,00 no dia do lançamento e R$ 150,00 após essa data.
Uma história no fotojornalismo O fotógrafo potiguar Canindé Soares é natural de São Bento do Trairi, possui exatamente 64 anos de idade e 46 anos de profissão, consolidando-se como uma referência no fotojornalismo. Ele começou sua carreira no final dos anos 70, capturando eventos sociais como casamentos e aniversários, e atualmente atua como freelancer para diversas empresas e publicações locais e nacionais. Mora em Natal desde 1969 e se especializou no uso de aviões, helicópteros e drones para registrar a beleza natural e cultural do Rio Grande do Norte. Seu acervo, disponível no banco de imagens (csfotojornalismo.net), é um dos mais extensos do Estado, com fotografias publicadas em veículos renomados, incluindo Folha de São Paulo e Correio Brasiliense.
Entre algumas de suas conquistas, Canindé expressa com alegria dois destaques de sua vida. “Minha fotografia foi objeto de estudo. Uma tese de doutorado: “As narrativas de Canindé Soares entre o turismo e a religião”. A dra. Silvana Kelly, fez o doutorado dela aqui na Universidade Federal do RN, com estágio na Universidade dos Estados Unidos. E outra, quando eu trabalhei na Editora Abril, ganhei o prêmio “Abril de Jornalismo”, recorda o fotógrafo sobre o prêmio que conquistou no ano de 2013, um dos maiores do jornalismo do Brasil, recebido em Natal das mãos do escritor Carlos Fialho.
Além de sua atividade fotográfica, Canindé é um membro ativo do Sindicato dos Jornalistas do RN, tendo ocupado cargos como Diretor de Administração e Finanças e agora, atua na Comissão de Ética, contribuindo para o fortalecimento da profissão. Com um olhar atento e a paixão pela fotografia, Canindé Soares continua a explorar novas tecnologias e a contar histórias visuais que mostram a identidade potiguar.
O Rio Grande do Norte está na lista de 13 estados contemplados pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR) com ações do Projeto Aquicultura Brasil, uma parceria com o Ministério da Aquicultura e Pesca. O objetivo é promover assistência técnica e gerencial a trabalhadores inseridos nas cadeias produtivas de pescado, ostras e camarão. No RN, o projeto deverá ser iniciado em 2025, atendendo produtores de camarão e algas marinhas. Para as algas, especificamente, o estado ainda aguarda liberação do IBAMA para dar início ao cultivo.
Guilherme Saldanha, que é secretário da Agricultura, da Pecuária e da Pesca do RN, destaca a importância do projeto para o estado. “O Rio Grande do Norte está com um projeto importante de interiorização da carcinicultura, que vai envolver uma série de ações, parcerias com prefeituras e crédito rural para pequenos produtores. E nesse processo que vai incentivar muito a produção do camarão, principalmente com os pequenos, aproveitando as águas que nós temos no interior do estado, as grandes barragens, os grandes rios, tem um fator importante que é a assistência técnica. E esse projeto do Ministério da Aquicultura e Pesca vai nos ajudar muito para proporcionar assistência técnica a esses produtores”, disse.
Quanto ao cultivo de algas na costa potiguar, o secretário foi questionado sobre o processo junto ao IBAMA, órgão ambiental responsável pela liberação da atividade no litoral brasileiro. “Estamos na expectativa de que isso ocorra até o final do ano”, respondeu Saldanha.
Além do RN, os outros estados contemplados com o projeto do SENAR são: Alagoas, Amazonas, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rondônia, Sergipe e Tocantins.
Segundo maior produtor de camarão do Brasil
A produção de camarão em cativeiro no Brasil bateu recorde em 2023: 127,5 mil toneladas. O volume representa um crescimento de 13% em relação ao ano anterior. O Rio Grande do Norte é o segundo maior produtor, com 19,4%, perdendo apenas para o Ceará, que concentra 57% da produção nacional.
O valor de produção também aumentou significativamente, totalizando R$ 2,63 bilhões, um salto de 18,3%, conforme dados da Pesquisa da Pecuária Municipal (PPM), divulgada pelo IBGE.
O município de Pendências, no Oeste potiguar, destacou-se como o maior produtor do RN, com mais de 6 mil toneladas de camarão em 2023.
Negócio gigante O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis no Rio Grande do Norte está desengavetando um processo antigo, de mais de três anos, que requer licenciamento para que o estado possa explorar o cultivo de macroalgas no litoral potiguar. Se tudo correr como o planejado, o Brasil deve se tornar autossuficiente na produção de potássio, matéria-prima para a fabricação de fertilizantes utilizados na agricultura. A projeção é do superintendente do IBAMA no estado, professor Rivaldo Fernandes.
“Sobre o projeto das macroalgas, o Rio Grande do Norte pode ser beneficiado no desenvolvimento de um segmento econômico importante e que vai contribuir para criar um ambiente capaz de tornar o Brasil autossuficiente em potássio, matéria-prima para a fabricação de fertilizantes”, declarou o superintendente. “A alga tem a ver com a produção de potássio que o Brasil importa do Canadá, Bielorrússia e Rússia, que fabricam fertilizantes que o agronegócio depende para o seu desenvolvimento”, acrescentou.
O professor revelou que o IBAMA recebeu um estudo que trata sobre as macroalgas Kappaphycus alvarezii, espécie que deve ser cultivada na costa potiguar. “O processo de licenciamento começou no órgão. Dentro de alguns dias definiremos os rumos do projeto no RN”, confirmou.
A macroalga a que o superintendente do IBAMA no RN está se referindo é a Kappaphycus alvarezii, uma espécie de alga vermelha, um musgo marinho chifre-de-alce. Varia em tamanho, peso e idade, e possui um tom marrom-esverdeado escuro e às vezes pode ser roxo profundo, com formato cilíndrico.
A Kappaphycus alvarezii é uma macroalga exótica, originária das Filipinas, que é usada comercialmente por ter grande importância para diversos setores da economia. Na agricultura, pode ser usada como bioinsumo, dando mais qualidade ao solo e resistência vegetal a doenças.
Na pecuária, serve como alimentação animal, melhorando o desempenho e a saúde dos bichos.
Na indústria, a alga é fonte rica em compostos com propriedades espessantes, gelificantes e emulsificantes. E pode ser utilizada em diversos produtos, inclusive farmacêuticos e cosméticos.
Por fim, é altamente sustentável, pois contribui para a fixação de carbono, auxiliando na mitigação das mudanças climáticas e também na reconstrução de ambientes marinhos.
“Hoje, mundialmente cultivada, a alga Kappaphycus alvarezii tem vários benefícios ambientais, porque tem uma capacidade de crescimento gigante. E com essa capacidade de crescimento, ela consegue captar o CO2 (dióxido de carbono) que está na água, nas águas oceânicas, e transformar em uma alga que tem um altíssimo teor de potássio. A ideia é essa, é aproveitar esse crescimento e iniciar essa exploração aqui no estado do Rio Grande do Norte. Assim, atrairíamos empresas que atuam nesse segmento de adubos biológicos, empresas que aproveitassem essas algas para produzir adubo à base de potássio, para ser utilizado na agricultura”, acrescentou o secretário da Agricultura, da Pecuária e da Pesca, Guilherme Saldanha.
Independentemente de qual resultado, a eleição municipal em Natal trará alterações na bancada do Rio Grande do Norte na Câmara Federal. Os dois candidatos eleitos para o 2º turno são deputados federais e, portanto, abrirão uma vaga, deixando espaço para respectivos suplentes.
No caso de Natália Bonavides (PT), caso eleita, deverá ocorrer movimentação também entre os eleitos à Câmara Municipal de Natal.
Paulinho Freire (UB), que garantiu eleição para o 2º turno à Prefeitura de Natal com 44,08% dos votos, se eleito novo prefeito da capital, deverá renunciar ao cargo de deputado. Neste caso, assume a cadeira do União Brasil na Câmara Federal a suplente Carla Dickson (UB), ex-deputada, que não alcançou reeleição em 2022, quando obteve 43.191 votos. Caso assuma, esta será a segunda vez que a parlamentar assume o mandato como suplente. Em 2020, ela assumiu o cargo federal em virtude da posse do então deputado Fábio Faria como Ministro das Comunicações.
Carla Dickson é casada com o médico Albert Dickson, ex-deputado estadual. Foi vereadora de Natal, eleita em 2016 pelo PROS.
Já a deputada federal Natália Bonavides, que foi a mais votada do RN em 2022 com 157.565 votos, foi eleita em Natal para o 2º turno da eleição 2024 com 28,45% dos votos. Caso seja a nova prefeita da capital, abre espaço para a suplente Samanda Alves (PT). Samanda foi a terceira mais votada do PT nas últimas eleições gerais, com 31.240 votos.
Ligada historicamente ao PT, Samanda já ocupou cargo em Brasília, como coordenadora de Direitos Humanos e Combate à Discriminação, no governo Dilma Rousseff. Também teve passagem no governo do Estado e atuação como chefe de gabinete do deputado estadual e líder do governo, Francisco do PT.
Ela também foi eleita vereadora no último domingo, com 5.189 votos dos natalenses. Se assumir a cadeira de deputada federal, o assento para o qual foi eleita na Câmara Municipal fica disponível para a suplente da Federação Brasil da Esperança (PT-PV-PCdoB), a vereadora Júlia Arruda (PCdoB) que, apesar de ter alcançado 5.180 votos, não conseguiu eleição.
A possível vitória de Natália Bonavides, portanto, alteraria as configurações na casa legislativa municipal e na federal.
O eleito para o Executivo Municipal de Natal deverá renunciar ao cargo de deputado ou deputada antes da diplomação pela Justiça Eleitoral. A proibição de acumulação de mandatos públicos eletivos está prevista no artigo 54 da Constituição da República (inciso II, alínea d).
Nesse caso, serão convocados os suplentes para as vagas na Assembleia, no prazo de 48 horas.
Não há uma data fixa para a diplomação, mas o calendário eleitoral determina que 19 de dezembro é o prazo final para que ela aconteça. Portanto, a renúncia deve ocorrer até essa data.
A posse do novo prefeito ou prefeita ocorre no dia 1º de janeiro de 2025.
O vice-governador Walter Alves, presidente do MDB no Rio Grande do Norte, é direto e sucinto quando questionado sobre a possibilidade de vitória de Natália Bonavides (PT) a prefeita de Natal: “Acredito. Acredito”. Segundo o presidente de um dos principais partidos que compõem o arco de alianças da candidatura da Federação Brasil da Esperança (PT-PV-PcdoB), o resultado do primeiro turno conferiu força à candidata.
“Segundo turno é uma nova campanha. E ela saiu muito forte. Isso mostra um viés de perspectiva de vitória”, analisou Walter.
O vice-governador afirma que o diretório estadual do MDB vai continuar apoiando a deputada na disputa, assim como apoiou no 1º turno.
Sobre a diretório municipal, que fez campanha, em grande parte, para o candidato Carlos Eduardo (PSD), o vice-governador explicou ao Diário do RN que “ali foi uma decisão municipal” e que, mesmo assim, não haverá intervenção do partido para o segundo turno, mas uma conversa.
“Intervenção não, nós vamos conversar. O partido é um partido democrático. A gente vai conversar com os nossos candidatos para que possamos seguir todo mundo junto”, esclarece.
No primeiro turno da disputa, o diretório municipal do partido em Natal decidiu, por conta própria, liberar seus filiados para seguirem outros rumos. O diretório estadual decidiu não intervir na decisão e deixou os filiados seguirem o apoio a Carlos Eduardo na capital, apesar de oficialmente formar aliança com o PT. Nomes como o próprio presidente do MDB em Natal, Julio Protasio, a vereadora Ana Paula Araújo e o candidato Araken Farias fizeram campanha para o adversário.
MDB elege 45 prefeitos e se mantém como o maior partido do RN
A eleição do último domingo, 6, confirmou a permanência do MDB como o maior partido do Estado, assim como no país. A sigla elegeu 45 prefeitos no Rio Grande do Norte, número ainda 15% maior do que a eleição de 2020, quando elegeu 39 novos chefes de Executivos nos municípios potiguares. Neste ano, foram 19 prefeitos a mais do que o União Brasil, que ficou na 2ª posição. O MDB elegeu ainda 30 vice-prefeitos e 348 vereadores em todo o estado.
“É muita alegria. Foi um resultado realmente surpreendente, porque a gente está fora do poder e mesmo assim o nosso partido fez o maior número de prefeitos do estado, em todas as regiões do estado e isso é reflexo do trabalho que a gente tem feito em muitos anos, serviços prestados que o MDB tem em todos os municípios no estado do Rio Grande do Norte”, analisa.
Segundo Walter Alves, há “uma perspectiva do partido de uma majoritária” daqui a dois anos, nas eleições gerais.
“Naturalmente que o partido sai muito forte para o pleito de 2026. A partir de agora, vamos ouvir os nossos gestores, ouvir a base, para que lá em 2026 a gente possa ver quais são os projetos do nosso partido”, diz.
Entretanto, diz que “ainda está cedo” para antecipar qualquer decisão, ou até o próprio nome na disputa. “A gente tem que ouvir os aliados e partidos que estão conosco e está muito distante, mas o retrato, o reflexo das urnas, foi muito importante para o MDB”, finaliza.
Os votos à Câmara Municipal de Natal tiveram nomes que se elegeram com votação entre 9.785 votos a 3.086 votos. Doze partidos vão compor a casa legislativa municipal na capital pelos 29 novos parlamentares, entre novatos e reeleitos.
Apesar disso, alguns nomes se elegeram com menos votos que outros candidatos que conseguiram maior número votação e não conseguiram entrar na Câmara Municipal. É o caso da vereadora Julia Arruda (PCdoB), que obteve 5.180 votos. Ela foi a 16ª em número de votos, mas ficou de fora da casa que tem 29 vagas.
O mesmo aconteceu com o vereador Peixoto (Republicanos), que não conseguiu se eleger mesmo com 4.646 votos. Outros nomes que obtiveram votação superior ao candidato que ficou na última posição da lista de eleitos são o vereador Felipe Alves (UB), com 4.502 votos; Chagas Catarino (UB), com 4.346; Max Serrão (Republicanos), que alcançou 4.100; Albert Dickson Ofaltmologista (UB), 3.750 votos; Cleiton da Policlínica (PSDB), 3.749 votos; Raniere Barbosa (UB), 3.686 votos; Aroldo Alves (UB), 3.521 votos; Marcio Gomes (PP), 3.509 votos; Professor Robério Paulino (PSOL), 3.481 votos; Doutor Geraldo Pinho (PP), 3.355 votos; e Klaus Araújo (PSDB), 3.323 votos.
A explicação está no sistema proporcional de votação, utilizado no Brasil nas eleições para Câmaras Municipais, Assembleias Legislativas e Câmara dos Deputados. No caso de 2024, nos parlamentos municipais.
Diferentemente das eleições majoritárias, para prefeituras, governos estaduais, Senado e Presidência da República, em que o candidato com mais votos é eleito, no sistema proporcional, a distribuição de cadeiras considera o total de votos recebidos pelo partido ou coligação, e não apenas os votos individuais de cada candidato.
Para entender, é necessário um cálculo. Funciona da seguinte maneira: o número de cadeiras que um partido conquista depende da quantidade de votos que o partido como um todo obtém. Ao votar em um candidato, o eleitor está contribuindo para que o partido ou coligação conquiste mais cadeiras, não apenas para a eleição do candidato específico em que votou.
Primeiro, se calcula o quociente eleitoral, que significa a divisão da quantidade de votos válidos do colégio eleitoral, no caso, de Natal, pelo número de vagas. Em Natal, com 388.286 votos válidos e 29 vagas, o quociente foi 13.389. Assim, cada partido ou federação precisa de pelo menos 13.389 votos para garantir uma cadeira.
Em seguida, é necessário descobrir o quociente partidário, a partir da soma de toda a votação de cada partido ou federação. A votação total define quantas cadeiras cada partido vai ocupar.
Além disso, após a distribuição inicial das cadeiras com base nesse cálculo, algumas vagas ainda podem sobrar. Para preenchê-las, aplica-se um novo cálculo, chamado de “sobras”, que permite que partidos que chegaram perto de alcançar o quociente eleitoral também possam eleger representantes.
No caso de Júlia Arruda, 1ª suplente da Federação Brasil da Esperança (PT-PCdoB-PV), ela ficou de fora porque a quantidade de votos totais, incluindo as sobras, da Federação, garantiram quatro cadeiras na Câmara de Natal, que foram ocupadas por Daniel Valença (PT), Herberth Sena (PV), Brisa Bracchi (PT) e Samanda (PT), que obtiveram votação maior que ela.
A mesma lógica serve para cada partido que conseguiu alcançar vagas.
O sistema pode parecer distorcido, mas é uma forma de garantir representatividade proporcional de cada segmento da sociedade dentro de um determinado município, estado e país em suas respectivas casas legislativas.
Apesar das eleições de 2024 serem municipais, a força do deputado estadual Ubaldo Fernandes (PSDB) ficou evidente ao final deste primeiro turno. O parlamentar, com forte reduto eleitoral na Zona Leste de Natal, sobretudo no bairro das Rocas, onde mora, teve papel fundamental nas vitórias de Eribaldo Medeiros (Rede), seu irmão, e de Herberth Sena (PV), seu ex-assessor, ambos reeleitos vereadores e também moradores do bairro.
Herberth Sena (PV) foi o 8º vereador mais votado, tendo sido a escolha de 6.709 eleitores. Já Eribaldo Medeiros (Rede), teve 4.135 votos, sendo 21º mais votado. Ao todo, a dupla apoiada pelo deputado PSDBista teve 10.844 votos, o que significa 6.84% dos votos recebidos por todos os eleitos para a Câmara Municipal de Natal – ao todo, 29 vereadores foram eleitos, com os votos de 158.425 eleitores.
Ubaldo foi vereador da capital potiguar por dois mandatos, tendo sido eleito em 2012 e em 2016.
Em 2018, garantiu uma vaga na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte (ALRN), tendo sido reeleito em 2022.
O legislador apoiou ativamente as campanhas de Eribaldo e Herberth, contribuindo com estrutura política e a mobilização de lideranças. Pelas redes sociais, foi possível acompanhar a presença dele em movimentações de rua e em materiais de campanha, como vídeos e fotografias.
Em publicação no Instagram, realizada nesta segunda-feira (7), Ubaldo aparece em uma arte gráfica ao lado da dupla de vereadores eleitos, com legenda em agradecimento aos eleitores, ressaltando o trabalho conjunto que realizam. “Gratidão é a palavra que resume este momento!
As vitórias de Eribaldo Medeiros e Herberth Sena nas eleições de 2024 são fruto de um trabalho coletivo construído com muito esforço e dedicação”, disse.
“Agradeço a todas as amigas e todos os amigos que acreditam no nosso compromisso com as Rocas, com a Zona Leste e com toda Natal. Seguimos juntos, com ainda mais força para continuar lutando pelo desenvolvimento das nossas comunidades”, completou Fernandes.
A energia eólica permanece em alta no cenário industrial potiguar. Na semana passada, mesmo o estado ainda vivendo um intenso clima político em razão das eleições municipais, o superintendente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis no Rio Grande do Norte (IBAMA), professor Rivaldo Fernandes, propôs abrir novas discussões acerca das potencialidades econômicas que os ventos trazem ao estado.
A proposta aconteceu durante reunião ocorrida com a presença do presidente da Federação das Indústrias do RN, Roberto Serquiz, e o presidente do Centro de Estratégias em Recursos Naturais e Energia (CERNE), Darlan Santos. A proposta inclui a realização de um seminário sobre a transição energética no RN. O objetivo, segundo o superintendente do IBAMA no RN, é refletir sobre como as energias eólicas têm impactado os municípios.
“Nós convidamos o presidente nacional do IBAMA, Rodrigo Agostinho, para ele fazer um balanço da regulamentação do setor e uma exposição sobre o processo de licitação. Também queremos debater os impactos ambientais junto aos municípios e suas comunidades”, destacou Rivaldo Fernandes.
“A lei de número 576 de 2021, que é de autoria do ex-senador Jean-Paul Prates, disciplina a ortoga para aproveitamento do potencial energético offshore, fato que será debatido no seminário”, acrescentou o superintendente.
Maior produtor do Brasil O Rio Grande do Norte é o maior produtor de energia eólica do Brasil. O estado tem uma capacidade produtiva superior a 10 gigawatts (GW) e mais de R$ 21 bilhões de investimentos desde a instalação do primeiro parque. Indicadores de Inteligência Estratégica em Energias e Recursos Naturais, disponibilizados pelo Cerne, apontam que até o ano de 2014 o Rio Grande do Norte contava com apenas 1,16GW de potência, distribuídos em 40 empreendimentos. Agora, em 2024, já são mais de 10,1GW produzidos por 304 parques eólicos em operação. A energia é suficiente para abastecer aproximadamente 5 milhões de residências, ou quase 20 milhões de pessoas.
Os impactos Os impactos encontrados com a exploração da energia que vem dos ventos vão além do incômodo perturbador do barulho, desmatamentos, danos a cisternas de armazenamento de água potável e violações a direitos. Para especialistas, os processos de licenciamentos ambientais simplificados, com poucas exigências, estão na origem do problema. Pesquisadores alertam também que nem mesmo a promessa de desenvolvimento local tem se concretizado.
“Será o momento para que os movimentos sociais, prefeituras e empresários, possam discutir questões relativas à distância das palhetas de geração de energias e a moradia de comunidades no entorno das usinas, assim como também os impactos no desmatamento da caatinga”, ressaltou o superintendente do IBAMA no RN.
Nordeste pode receber R$ 111 bilhões e RN deve liderar produção de hidrogênio
O Nordeste do Brasil está se consolidando como protagonista em uma revolução energética global, com destaque para a produção de hidrogênio verde (H2V), combustível considerado essencial para um futuro sustentável.
O Rio Grande do Norte, em particular, desponta como líder desse movimento. Em matéria publicada pelo Portal Sustentabilidade, investimentos de até R$ 111 bilhões devem ser aportados no Nordeste para o desenvolvimento de projetos voltados à produção de H2V.
Segundo a Confederação Nacional da Indústria (CNI) e a Secretaria de Desenvolvimento Econômico do RN (SEDEC), a iniciativa tem potencial para gerar mais de 30 mil novos empregos na região.
Hoje, como maior produtor de energia eólica do Brasil, o RN possui condições ideais para liderar a produção de hidrogênio verde. A abundância de energia eólica e a disponibilidade de água são recursos fundamentais para o processo de produção do combustível.
Entre os principais projetos em andamento no estado destaca-se o Complexo Industrial Alto dos Ventos, localizado em Macau. Liderado por empresas internacionais, como a alemã Nordex e a espanhola Acciona, o complexo representa um investimento de US$ 2,5 bilhões (cerca de R$ 12,9 bilhões) e ocupará uma área de 10 hectares, com capacidade de produção de 1 GW de hidrogênio verde. Este empreendimento coloca o Rio Grande do Norte entre os maiores produtores de H2V do mundo.
Você já ouviu falar em esteatose hepática? Quem tem gordura no fígado sabe muito bem o que significa. Pois bem, para explicar o que é, quais os principais sintomas, riscos, complicações e as opções de tratamento, o Diário do RN ouviu o hepatologista e gastroenterologista Arthur Nobre, médico formado pela UFRN e que possui doutorado em Ciências em Gastroenterologia pela USP.
Diário do RN – O que é a esteatose hepática? Arthur Nobre – A Esteatose Hepática é caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura nas células do fígado. Esse acúmulo pode ser classificado em duas categorias principais: a esteatose hepática alcoólica, causada pelo consumo abusivo e crônico de álcool, e a esteatose hepática metabólica (também conhecida como Doença Hepática Esteatótica Metabólica), que ocorre principalmente em pessoas com fatores da síndrome metabólica. Essas categorias podem se sobrepor, associando maior velocidade de evolução da doença e potenciais complicações.
Diário do RN – Quais são os principais fatores de risco para desenvolver esteatose hepática? Arthur Nobre – Os fatores de risco para a esteatose hepática incluem:
Obesidade: O excesso de peso é um dos principais determinantes do acúmulo de gordura no fígado. A gordura visceral, que se acumula na região abdominal, é especialmente prejudicial.
Diabetes tipo 2: A resistência à insulina, comum em pessoas com diabetes tipo 2, contribui para o acúmulo de gordura hepática.
Dislipidemia: Níveis elevados de lipídios no sangue, como colesterol elevado e triglicerídeos, estão frequentemente associados à esteatose hepática.
Sedentarismo: A falta de atividade física está ligada ao aumento do peso corporal e à resistência à insulina, agravando o risco de esteatose.
Dieta inadequada: Uma alimentação rica em açúcares simples, gorduras saturadas e calorias em excesso é um fator importante para o desenvolvimento da doença.
Fatores genéticos: Algumas pessoas podem ter uma predisposição genética a desenvolver esteatose hepática, o que pode ser exacerbado por hábitos de vida pouco saudáveis.
Uso de medicamentos: Certos medicamentos, como corticosteroides, antirretrovirais e tamoxifeno, também podem contribuir para o desenvolvimento de esteatose hepática, afetando o metabolismo lipídico e aumentando o acúmulo de gordura no fígado.
Diário do RN – Quais as complicações da esteatose hepática? Arthur Nobre – A esteatose hepática pode levar a várias complicações sérias se não for tratada adequadamente. Uma das principais complicações é a progressão para a esteato-hepatite crônica, que é caracterizada pela inflamação progressiva do fígado. Essa condição pode resultar em fibrose hepática, onde o tecido do fígado se torna cicatrizado e menos funcional. Com o tempo, a fibrose pode evoluir para cirrose, uma condição grave que pode levar à insuficiência hepática e aumentar o risco de câncer de fígado, entre outras complicações. Além disso, a esteatose hepática está frequentemente associada a outras condições metabólicas, como diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares. Portanto, o manejo adequado da esteatose hepática é crucial não apenas para a saúde do fígado, mas também para a prevenção de complicações sistêmicas que podem comprometer a qualidade de vida e a longevidade do paciente.
Diário do RN – Quais são os sintomas da esteatose hepática? Arthur Nobre – A esteatose hepática é frequentemente assintomática, o que significa que muitas pessoas não apresentam sinais ou sintomas evidentes. No entanto, alguns pacientes podem relatar fadiga e desconforto abdominal com predomínio em flanco direito. Para os casos em que a esteatose evolui para cirrose hepática, os pacientes podem apresentar icterícia (coloração amarelada da pele e olhos), dor abdominal intensa, inchaço abdominal (ascite), sangramento digestivo e outros sinais de insuficiência hepática.
Diário do RN – Como é feito o diagnóstico da esteatose hepática? Arthur Nobre – O diagnóstico da esteatose hepática pode envolver várias etapas:
História clínica: O médico primeiro realiza uma avaliação dos sintomas, histórico e fatores de risco do paciente.
Exames laboratoriais: Exames de sangue são cruciais para verificar a função hepática e para detectar a presença de enzimas hepáticas elevadas, que podem indicar inflamaçãom. Também são avaliados os níveis de lipídios e glicose no sangue para identificar condições associadas, como diabetes e dislipidemia.
Exames de imagem: A ultrassonografia abdominal é o exame mais utilizado para detectar gordura no fígado. Outros métodos, como ressonância magnética e tomografia computadorizada, também podem ser usados para uma avaliação mais detalhada. A elastografia hepática, independente do meio onde é feita, é o método diagnóstico não invasivo de maior acurácia para estimar esteatose e fibrose hepáticas.
Diário do RN – Quais são as opções de tratamento para a esteatose hepática? Arthur Nobre – O tratamento da esteatose hepática é fundamentalmente centrado em mudanças no estilo de vida, e é importante destacar que não existe um remédio “milagroso” que resolva a condição. A complexidade da doença exige uma abordagem multifacetada e uma série de intervenções integradas, que podem incluir:
Mudanças na dieta: A adoção de uma dieta equilibrada, que inclua frutas, vegetais, grãos integrais e proteínas magras, é essencial. A redução do consumo de açúcares e gorduras saturadas pode ajudar a diminuir o acúmulo de gordura no fígado.
Exercícios físicos: O aumento da atividade física, com a prática regular de exercícios aeróbicos e de resistência, contribui para a perda de peso e melhora a sensibilidade à insulina.
Perda de peso: Em casos de sobrepeso ou obesidade, a perda de peso gradual (cerca de 5 a 10% do peso corporal) pode ser muito benéfica na reversão da esteatose hepática. O foco deve ser em mudanças sustentáveis e a longo prazo.
Tratamento de condições associadas: É importante tratar condições como diabetes e dislipidemia, utilizando medicamentos quando necessário. O controle dessas condições pode ajudar a reduzir a carga sobre o fígado.
Medicamentos: deve-se avaliar caso a caso quanto à necessidade de introdução de medicamentos com potencial benefício em controlar o processo inflamatório hepático (Ex.: vitamina E, pioglitazona e análogos do GLP-1) ou que atuem diretamente na perda de peso (orlistate e análogos do GLP-1). Recentemente foi lançado nos EUA um medicamento que reduz o grau de fibrose hepática (resmetirom), o único liberado até o momento com esse benefício confirmado; no entanto, este ainda não está disponível no Brasil, além do preço elevado o tornar praticam.
Acompanhamento médico: Consultas regulares com um hepatologista são importantes para monitorar a progressão da doença e prevenir complicações. A avaliação contínua permite ajustes nas intervenções e garante que o paciente receba o suporte necessário. Essas abordagens podem ajudar a controlar a doença e melhorar a saúde do fígado a longo prazo, reduzindo o risco de complicações.
O Tribunal Regional Eleitoral (TRE/RN) não declarou prefeito vitorioso nos municípios de Areia Branca e Lagoa Salgada. A situação dos candidatos mais votados, que estão com restrição na justiça, com registros indeferidos, consta, mesmo após a apuração de 100% das urnas, como “anulados sub judice”.
Em Areia Branca, o ex-prefeito Souza (UB) obteve 52,28% (9.710) dos votos, contra 46,35% (8.608) do Dr Bruno, seu principal opositor.
Inelegível após condenação na justiça comum, por improbidade administrativa, enquanto prefeito do município, entre 2010 e 2012, Souza foi indeferido na Justiça Eleitoral, concorrendo sob prazo recursal.
Já em Lagoa Salgada, Canindé Justino (PSDB) obteve 50,98% (4.192) dos votos, sobre Netinho Queiroz (MDB), que alcançou 49,02% (4.031).
Também inelegível por improbidade administrativa, por “má gestão dos recursos públicos”, o indeferimento do registro de candidatura se deu, além disso, pela rejeição da prestação de contas pelo TCE, referente à gestão de Canindé quando prefeito.
A situação eleitoral dos dois é a mesma: a votação do prefeito eleito está condicionada a ter validade ou não, de acordo com a decisão posterior da Justiça. Caso o candidato tenha recurso acatado, deverá ser declarado prefeito oficialmente pelo TRE.
Já em caso de ter condenação mantida e, consequentemente, o indeferimento pela Justiça Eleitoral, o segundo colocado não é declarado prefeito e novas eleições poderão ser convocadas nos municípios.
A Câmara Municipal de Natal terá uma nova legislatura composta por 13 novos nomes e 16 reeleitos ocupando os 29 assentos. Dos eleitos, conforme publicado pelo Diário do RN nesta segunda-feira, 7, o União Brasil elegeu seis nomes; o PP, a Federação Brasil da Esperança (PT-PcdoB-PV), e o Republicanos elegeram quatro, cada um; o PL, o Solidariedade e a Federação PSDB-Cidadania garantiram duas cadeiras, cada. O Democracia Cristã, a Rede, o PSD, o Podemos e o PSOL elegeram um nome, cada um.
Destas bancadas, a tendência é que a maior parte componha base de apoio a Paulinho Freire (UB) na disputa do 2º turno. São 21 os eleitos que estão filiados a partidos que fazem parte da coligação “Bora Natal” (Republicanos, PSDB-Cidadania, PP, Podemos, Solidariedade, PL e União Brasil).
Devem compor a base de Paulinho Freire, Robson Carvalho (UB), Camila Araújo (UB), Nina Souza (UB), Técio Tinôco (UB), Matheus Faustino (UB), Tárcio de Eudiane (UB), Ériko Jácome (PP), Claudio Custódio (PP), Pedro Henrique (PP), Daniel Santiago (PP), Irapoã (Republicanos), Daniell Rendall (Republicanos), Kleber Fernandes (Republicanos), Léo Souza (Republicanos), Preto Aquino (Podemos), Aldo Clemente (PSDB), Hermes Câmara (Cidadania), Subtenente Eliabe (PL), Tony Henrique (PL), Anne Lagartixa (Solidariedade) e Fulvio (Solidariedade).
Caso o candidato do União Brasil seja eleito, já tem a maioria na Casa Legislativa Municipal.
Já a candidata Natália Bonavides (PT) parte para o 2º turno da campanha com cinco vereadores entre os novos eleitos e reeleitos. Herberth Sena (PV), Daniel Valença (PT), Brisa (PT), Samanda (PT) e Thabatta Pimenta (PSOL) são filiados a partidos que integram a coligação “Natal Merece Mais” (PT-PCdoB-PV, PDT, MDB e PSB) ou apoiam Natália.
Caso eleita, terá que batalhar apoio na Câmara Municipal para garantir governabilidade. Dos eleitos, há ainda três nomes que não oficializaram posição para o 2º turno até agora. Eribaldo Medeiros é filiado à Rede. Apesar do partido não integrar coligação oficialmente, definiu apoio à candidata do PT. No entanto, Eribaldo apoiou Carlos Eduardo no 1º turno. Se seguir o partido, tende a apoiar Natália.
Já Luciano Nascimento (PSD) é o único vereador do partido de Carlos Eduardo. Ele ainda não decidiu apoio para o 2º turno.
João Batista Torres (DC) compõe partido que apoiava a candidatura de Carlos Eduardo, mas não participou dos atos de campanha do ex-prefeito. Segundo informou à reportagem do Diário do RN, ainda não decidiu sobre apoio para o 2º turno.
Vereadores eleitos no palanque de Paulinho tiveram quase 80 mil votos a mais que palanque de Natália
Numericamente maiores, os 21 vereadores eleitos e reeleitos no palanque de Paulinho Freire somaram 112.400 votos. Boa parte dessa votação vem de vereadores como Robson Carvalho (9.785), campeão de votos, Ériko Jácome, Irapoã, Daniell Rendall, Herberth Sena (6.709) e Camila Araújo.
O trabalho de todos os nomes em torno da base significa contribuição à votação de 171.146 votos que o candidato Paulinho Freire somou no primeiro turno. Da legislatura atual, ele tem o apoio de cerca de 21 vereadores, responsáveis, em parte, pelos 44,08% de maioria.
Já o palanque de Natália, com os cinco vereadores, soma 34.109 votos. A maioria dos 110.483 que a candidata da majoritária obteve vem, além de toda a base, incluindo os demais nomes que não alcançaram eleição na proporcional, de uma militância orgânica do PT. Natália teve 28,45%.
Reeleito com o maior número de votos a vereador neste domingo, 6, Robson Carvalho, que obteve 9.785 votos, após um dia de comemorações e entrevistas, conversou com o Diário do RN sobre as perspectivas para o 2º turno. Do mesmo partido de Paulinho Freire (UB), ele destaca que “trabalhou muito” para o desempenho do candidato no 1º turno. E espera, para o 2º turno, que os colegas vereadores façam o mesmo.
“Se depender de mim ele vai ampliar a votação. Porque o vereador mais votado em Natal, deixando a vaidade de lado, trabalhou muito para que isso aconteça, eu agora vou trabalhar em dobro. Espero que os outros vereadores também façam da mesma forma”, afirma.
E complementa: “Paulinho tem um olhar, uma experiência única de Natal, conhece Natal com a palma da mão e estou muito confiante na nossa vitória no segundo turno para a Prefeitura Municipal de Natal”.
Além disso, Robson Carvalho afirma que tem expectativa sobre “a classe política” que venha a aderir o apoio ao projeto de Paulinho para o 2º turno, apesar de não ter adiantado um novo nome: “Que a classe política que venha a somar agora nesse turno com a gente coloque na cabeça, absorva a mensagem que Paulinho vem passando para que a gente possa respeitar os bairros, os segmentos, as categorias”.
Paulinho Freire teve o apoio de 21 vereadores. Da nova bancada eleita, o número de nomes que compõem a sua base é o mesmo. Para o campeão de votos, os parlamentares fizeram e devem fazer mais diferença nesta segunda etapa do pleito municipal.
“A população de Natal vai fazer diferença, mas os vereadores são porta-voz da sociedade, o político mais próximo da sociedade. É o que está ali diariamente, junto à população e tem uma forte missão, um forte trabalho, um árduo trabalho nesse segundo turno, que é levar o voto para a urna”, destaca.
O vereador reeleito não acredita que será fácil vencer a candidata Natália Bonavides (PT), porque será “muito concorrida e polarizada”. Apesar disso, espera que o debate direita x esquerda não entre no debate entre os candidatos na nova eleição.
“Espero que não influencie, porque quem conhece o meu perfil sabe que eu não entro no debate radical de ideologia, mas de discutir a cidade, os problemas da cidade e principalmente como nós iremos resolver os gargalos de Natal, como transporte público por exemplo, como desenvolvimento econômico, como voltar a fazer com que Natal volte a ser uma cidade atrativa para os turistas. Então, Natal tem que voltar a se desenvolver para que a gente possa atrair os turistas para nossa cidade. Espero que seja uma eleição propositiva e acima de tudo mostrar quais são as propostas que cada um tem para Natal pros próximos anos”, diz.
“Eu fui fiel aos meus princípios a quem acredito continuarei sendo agora nesse segundo turno. Levando a mensagem e levando meu apoio a Paulinho Freire nos quatro cantos de Natal porque eu acredito muito em Paulinho Freire como o futuro prefeito de Natal, que já vem destinando muito recurso aqui para Natal, seja para a Casa do Menor Trabalhador, seja para a causa animal, que foi da parte dele que nós conseguimos o primeiro hospital público veterinário, com recurso também de mais de R$ 5,5 milhões para hospital para os filhos humanos, que vai ser inaugurado agora, o Hospital Municipal”, acrescenta.
O Diário do RN entrou em contato com nomes do PT, como o vereador mais votado da oposição, Daniel Valença (PT), a presidente do diretório municipal, Divaneide Basílio, e a vereadora reeleita Brisa Bracchi, para conversar sobre as perspectivas para a campanha de Natália Bonavides, mas não obteve retorno.
Iniciada a campanha para o segundo turno das eleições municipais em Natal, o DataVero divulgará, nos próximos dias, a primeira pesquisa para análise do desempenho dos candidatos à Prefeitura Paulinho Freire (UNIÃO) e Natália Bonavides (PT). Na primeira rodada deste pleito, o instituto de pesquisa foi o primeiro a prever a possibilidade de segundo turno na capital potiguar, além de ter identificado a tendência de Natália inverter posição com Carlos Eduardo (PSD) e disputar a prefeitura de Natal com Paulinho no dia 27 de outubro.
Foi no dia 9 de agosto que o Diário do RN divulgou o primeiro estudo mostrando que, por 0,2%, já havia possibilidade de segundo turno em Natal. Na ocasião, os números da pesquisa Datavero mostravam que Carlos Eduardo tinha 40,30% das intenções de voto na pesquisa estimulada e que a soma dos adversários dele chegava a 40,50% das intenções de voto, o que acabava com a possibilidade de o ex-prefeito ser eleito no dia 6.
Já no dia 4 outubro, a sexta-feira imediatamente anterior ao pleito, o levantamento do DataVero, divulgado na rádio 98 FM, apontava que Carlos Eduardo e Natália Bonavides poderiam estar quase tecnicamente empatados no limite da margem de erro. Naquele momento, o candidato do PSD estava com 28,76% das intenções de voto, enquanto a petista surgiu com 21,41%.
Considerando a margem de erro de 3%, acrescentando esse percentual às intenções de voto de Natália e reduzindo o mesmo valor das intenções de Carlos Eduardo, haveria uma diferença de apenas 1,35%.
Considerando essa pequena diferença e a sequência de crescimento do eleitorado de Natália e a de decréscimo de Carlos Eduardo identificadas na análise dos estudos realizados de agosto a outubro, a ida da deputada federal ao segundo turno já estava consideravelmente evidenciada pelo instituto.
Em agosto, Carlos tinha 39,90%; passou para 33,00% em setembro, caiu para 31,90% ainda em setembro e terminou com 28,76% em outubro. Natália, por sua vez, tinha 13,30% em agosto; chegou a 14,60% em setembro; foi para 16,70% ainda em setembro e em outubro alcançou 21,41%.
Neste domingo, 6 de outubro, as cidades do RN vivenciarão um momento crucial para a democracia: as eleições 2024. Eleitores dos 167 municípios potiguares irão às urnas para escolher seus representantes para os cargos de vereadore e prefeito. Com um cenário político dinâmico e um grande número de candidatos, é essencial que a população esteja bem informada sobre o processo eleitoral. Confira abaixo as principais informações que você precisa saber para exercer seu direito de voto.
1. e-Título O e-Título serve como documento de identificação e permite acesso ao local de votação e também a justificativa por ausência. Para votar com o título digital, é necessário que o aplicativo esteja atualizado, contenha a biometria e a foto do eleitor. Caso contrário, será necessário apresentar um documento oficial com foto. Os eleitores não poderão levar celulares para a cabine de votação, que deverá ser deixado com os mesários. Além de apresentar seu título, o e-Título oferece informações sobre sua seção eleitoral e locais de votação, facilitando a preparação para o dia das eleições. É importante estar atento ao prazo para baixar o e-Título que é até o sábado (05), véspera da votação. O aplicativo está disponível na loja de aplicativos do seu smartphone (Google Play para Android ou App Store para iOS).
Como baixar o e-Título Passo 1: Acesse a loja de aplicativos do seu smartphone (Google Play para Android ou App Store para iOS). Passo 2: Busque por “e-Título” na barra de pesquisa. Passo 3: Baixe e instale o aplicativo. Passo 4: Ao abrir o aplicativo, siga as instruções para se cadastrar, inserindo seu CPF e outros dados pessoais.
2. Prazo para justificar o voto Eleitores fora do domicílio eleitoral, não poderão votar, uma vez que o voto em trânsito não é permitido para eleições municipais. Quem não votar no dia 6 de outubro terá o prazo de 60 dias para justificar ausência. Dessa forma, o prazo para justificativa no primeiro turno vai até 5 de dezembro de 2024 e no segundo turno até 7 de janeiro de 2025. Para justificar o voto existem duas formas: a primeira é pelo aplicativo e-Título e a segunda é com um formulário disponível nos locais de votação:
e-Título: Acesse “Mais Opções” e selecione “Justificativa de ausência”.
Formulário: Preencher com o número do título eleitoral e dados pessoais. Se a justificativa não for aceita ou for feita fora do prazo, haverá uma multa de R$ 3,51 por turno. Faltas em três turnos consecutivos sem justificativa podem levar ao cancelamento do título, impedindo o eleitor de obter certidão de quitação, tirar passaporte ou participar de concursos. Por isso, é importante não deixar para a última hora e garantir que a justificativa seja apresentada dentro do prazo.
3. Transporte nas eleições Para democratizar o acesso às urnas, o governo do RN e a prefeitura de Natal anunciaram a gratuidade do transporte intermunicipal, metropolitano e urbano de Natal no dia das eleições.
Para o transporte intermunicipal os eleitores retiram os bilhetes de viagem nos guichês das empresas de transporte. O que foi disponibilizado a partir da quarta-feira (2), mediante a apresentação de um documento que comprove sua identidade e local de votação, como o título de eleitor, o e-Título ou outros meios válidos.
Além disso, na capital, a STTU informa que o transporte urbano funcionará com frota de dias úteis, incluindo linhas que normalmente não operam aos domingos e feriados. Isso significa que todos os eleitores poderão se deslocar com facilidade para os locais de votação.
4. Consultando seu local de votação Para saber onde você deve votar, o processo é simples e pode ser feito online:
Passo 1: Acesse o site do TRE-RN.
Passo 2: Na página inicial, busque pela opção “Consulta ao Local de Votação”.
Passo 3: Insira os dados solicitados, como seu nome completo, data de nascimento e nome da mãe.
Passo 4: Após submeter suas informações, você terá acesso à sua seção eleitoral e ao endereço do local onde deve votar. Outra maneira de consultar seu local de votação é através do e-Título, que fornece essas informações de forma prática e rápida.
5. O que levar no dia da votação É fundamental que os eleitores estejam preparados para o dia da votação. Aqui estão os documentos que você deve levar:
Documento de Identidade: É obrigatório apresentar um documento com foto, como RG, CNH ou passaporte. Essa etapa só é dispensada caso o eleitor possua foto registrada no e-Título.
Título de Eleitor: Embora não seja obrigatório, levar o título de eleitor pode facilitar o processo, para quem não tem e-título. Certifique-se de verificar se os documentos estão em ordem antes do dia da eleição, para evitar contratempos.
6. Canal de Atendimento “Disque-Eleições” O TRE-RN também disponibiliza o serviço “Disque-Eleições”, um canal de atendimento telefônico que visa esclarecer dúvidas sobre o processo eleitoral. Os eleitores podem entrar em contato pelo número 0800 084 6464. O atendimento está disponível em horários específicos:
1º Turno: 30/09 a 04/10: das 08h às 14h 05/10: das 08h às 17h 06/10: 06h30 às 17h30 2º Turno: 27/10: das 06h30 às 17h30 26/10: das 08h às 14h Esse serviço disponibiliza diversas informações sobre o local de votação, regularidade do título eleitoral e como justificar a ausência nas eleições.
7. Aplicativo Pardal O Pardal é um aplicativo de fácil acesso oferecido gratuitamente pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para que qualquer cidadão possa enviar denúncias sobre irregularidades durante as campanhas eleitorais espalhadas por todo o país. Disponível para Android e iOS, o app permite que cidadãos denunciem propaganda eleitoral inadequada, compra de votos, uso da máquina pública e outros crimes eleitorais. O órgão responsável pela apuração dos relatos é o Ministério Público Eleitoral (MP Eleitoral). O Pardal está disponível para download gratuito nas plataformas Android e iOS. Basta acessar a loja de aplicativos do seu dispositivo e procurar por “Pardal”.
O aplicativo permite o envio de denúncias com fotos e informações detalhadas, além de acompanhar o status das queixas realizadas. Também oferece informações sobre as eleições, como datas importantes e orientações para os eleitores.
Logo no início da manhã desta sexta-feira (04), as urnas eletrônicas de Natal, Parnamirim, São Gonçalo do Amarante, Macaíba e Goianinha serão carregadas nos caminhões. No sábado (5), entre 6h e 7h, esses caminhões saem para a entrega nos locais de votação. As urnas dos outros 162 municípios potiguares já estão em seus cartórios eleitorais e devem sair para os locais de votação também no sábado (5) pela manhã.
“As urnas que serão utilizadas nas eleições estão todas preparadas para funcionarem a partir das 7h do domingo, 03, com a emissão da zerésima pelos mesários e, a partir das 8h, para votação dos eleitores. Em caso de defeito antes do início da eleição, as zonas eleitorais farão a substituição por uma nova urna de contingência”, explica Marcos Maia, secretário de tecnologia da informação e eleições do TRE-RN.
O secretário afirma que a Justiça Eleitoral utiliza um conjunto de medidas de segurança relacionadas às urnas eletrônicas e ao processo eleitoral. Em resumo, a segurança das urnas eletrônicas é garantida por um sistema abrangente que inclui isolamento da rede, software seguro, hardware dedicado, auditoria, fiscalização e outras medidas rigorosas como criptografia para proteger os dados, equipes separadas para desenvolvimento do software da urna e do sistema de totalização dos votos, testes rigorosos durante o desenvolvimento dos sistemas e lacres invioláveis impedem a abertura ou adulteração das urnas. Essas medidas visam assegurar a integridade, autenticidade e sigilo do voto, garantindo eleições justas e transparentes.
Marcos Maia também explica que “todo o procedimento de geração de mídias e preparação de urnas foi divulgado por edital pelas respectivas zonas eleitorais publicadas no diário da justiça eleitoral e também na internet no sítio www.tre-rn.jus.br em eleições 2024, para ampla fiscalização do ministério público, partidos e candidatos, dentre outros”.
A logística montada pela Justiça Eleitoral, também trabalha com a possibilidade de queda no sistema, garantindo a realização e continuidade do pleito. “As urnas eletrônicas têm bateria interna com autonomia de funcionamento sem energia elétrica de 6 a 12h, dependendo do tipo do modelo de urna utilizada na zona eleitoral. Além disso, temos baterias extras para adicionar em caso de falta de energia prolongada, para aumentar a autonomia”, detalha o secretário de tecnologia da informação e eleições do TRE-RN, Marcos Maia.
Auditoria da votação eletrônica A cerimônia de escolha e/ou sorteio das seções eleitorais, cujas urnas eletrônicas serão submetidas à auditoria, será realizada no sábado (05), às 7h00 da manhã, no Plenário do Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Norte (TRE-RN), em Natal.
Os Testes de Integridade das Urnas Eletrônicas ocorrerão no horário da votação oficial, das 8h00 às 17h00, no dia 6 de outubro, no Fórum Eleitoral de Natal, localizado na Avenida Rui Barbosa, 215 – Tirol.
Os Testes de Integridade das Urnas Eletrônicas com Biometria ocorrerão no horário da votação oficial, das 8h às 17h, no dia 6 de outubro, na Universidade Potiguar, situada na Av. Sen. Salgado Filho, 1610 – Lagoa Nova.
Os trabalhos de auditoria das urnas eletrônicas são públicos e podem ser acompanhados por qualquer pessoa interessada.
Passo a passo da Auditoria:
Na véspera da eleição, dia 05 de outubro de 2024, entre 7h00 e 12h00, no Plenário do TRE-RN, cada entidade fiscalizadora presente poderá escolher uma seção eleitoral cuja urna deverá ser encaminhada para o processo de auditoria. Caso não haja a participação de entidades fiscalizadoras para a escolha de todas as seções, será realizado o sorteio;
As urnas escolhidas e/ou sorteadas, de qualquer seção eleitoral do Estado, serão recolhidas pela Comissão de Auditoria e encaminhadas ao Fórum Eleitoral de Natal, com escolta da Polícia Rodoviária Federal;
As zonas eleitorais que tiverem as seções selecionadas para passar pelos testes de auditoria substituirão as urnas recolhidas;
No mesmo dia e horário das eleições oficiais, às 8h00 do dia 06 de outubro de 2024, iniciam-se os trabalhos dos Testes de Integridade, após a conferência dos sistemas, lacres e emissão da zerésima, com a digitação das cédulas de papel pelos auxiliares da auditoria;
Todo o processo será filmado e transmitido, em tempo real, pelo canal do TRE-RN no YouTube (https://www.youtube.com/user/justicaeleitoralrn);
O encerramento dos trabalhos da auditoria da votação eletrônica será às 17h00;
Encerrada a apuração, será feita a comparação entre os resultados obtidos nos Boletins de Urna (BUs) emitidos pelas urnas eletrônicas e os resultados dos relatórios emitidos pelo sistema de apoio à votação – SAVP;
Detectada a coincidência entre os resultados obtidos nos BUs e os dos relatórios emitidos pelo sistema de apoio à votação, será lavrada ata circunstanciada de encerramento dos trabalhos;
Na hipótese de divergência entre o BU e o resultado esperado, serão adotadas as seguintes providências:
Localização das divergências;
Conferência da digitação das respectivas cédulas divergentes, apurada através da filmagem, com base no horário de votação.
A ata de encerramento dos trabalhos será encaminhada à Presidência do TRE/RN, que a remeterá ao TSE, em até 100 (cem) dias corridos, contados a partir do dia do primeiro turno das eleições.
De acordo com os números da pesquisa DataVero, realizada nesta semana, a tendência é que o prefeito Allyson Bezerra (UB) atinja a marca de mais de 100 mil votos de maioria sobre os demais candidatos, uma marca histórica em Mossoró.
A segunda cidade do RN em número de eleitores tem 184.670 pessoas aptas a votar. Pela estimulada, o número de indecisos e nenhum, que corresponde a brancos, nulos e abstenções, soma 15.438. A partir daí, se tem 169.232 votos válidos.
Levando em conta estes votos válidos, quando são retirados os brancos e nulos, a pesquisa aponta 84,31% das intenções de voto a Allyson Bezerra. Isto representa cerca de 142 mil votos.
Já Lawrence Amorim (PSDB), com 9,15% dos votos válidos, receberia pouco mais de 15.475 votos; Genivan Vale (PL), a partir do percentual de 4,77%, receberia 8 mil votos; já o candidato Victor Hugo (UP), com 1,36%, receberia cerca de 2 mil votos; e Irmã Ceição teria 702 votos.
Todos os adversários do prefeito juntos somam cerca de 26 mil votos, o que confere uma maioria de mais de 100 mil votos ao candidato à reeleição.
Na última eleição, em 2020, Allyson já obteve a maior votação do município, embora a disputa tenha sido acirrada com a ex-prefeita Rosalba Ciarlini. O iniciante em disputas majoritárias derrotou a candidata à reeleição por 47,52% (65.297) a 42,96% (59.034).
Há quatro anos, foram 137.417 votos válidos, o correspondente a 94,28%. Os votos brancos foram 2.282 (1,57%) e os nulos 6.052 (4,15%). As abstenções foram 30.181 (17,15%).
Gestões Allyson e Lula são aprovadas em Mossoró
O eleitor mossoroense que respondeu à pesquisa Datavero, nos dias 01 e 02 de outubro, responderam ao questionamento sobre como avaliam as gestões municipal, estadual e federal. A avaliação mais positiva vai para o prefeito Allyson Bezerra (UB).
Sobre a avaliação, 84% aprovam a gestão municipal; 12,25% desaprovam e 3,75% não sabe ou não respondeu.
Na classificação da gestão, 29,63% diz que é excelente e 45,88% classifica como boa. Classificam como regular para mais 10,38% e regular para menos 8%; outros 2,13% dizem que a gestão é ruim; 2,88% como péssima e 1,13% não sabe ou não respondeu.
Lula De acordo com a pesquisa DataVero, A avaliação da gestão federal também é positiva: 58,50% dos mossoroenses aprovam o Governo Lula; 32,38% desaprovam e 9,13 não sabem ou não responderam.
Fátima Bezerra Já a gestão estadual é desaprovada pela maioria dos eleitores mossoroenses que responderam ao questionamento. 53,88% disseram desaprovar o Governo Fátima; 35,63% aprovam e 10,50% não sabem ou não responderam.
Allyson Bezerra lidera entre os que aprovam e os que desaprovam governos
Quando cruzados os dados entre a aprovação das gestões e as intenções de votos, o prefeito Allyson Bezerra (UB) deve levar os votos de eleitores que aprovam os governos de Lula e de Fátima Bezerra, que tem como candidato Lawrence Amorim (PSDB). Ele também tem maioria entre os que desaprovam os governantes do PT, mesmo com Genivan Vale (PL) como candidato do bolsonarismo, que é a maior representação do anti-petismo. Os dados mostram que a polarização ideológica não tem influência na cidade oesteana.
Entre os que aprovam Lula, Allyson tem 75,64% das intenções de votos. Em segundo vem Lawrence, com 11,97%. Já entre os que desaprovam Lula, 77,61% diz que vai votar em Allyson e 9,27% em Genivan Vale.
Já dos eleitores que aprovam Fátima Bezerra, 72,63% dizem que vai votar em Allyson e 14,39% em Lawrence. Dos que desaprovam a governadora, 79,12% declaram voto em Allyson e 6,26% em Genivan Vale.
Em Mossoró, candidato mais citado a vereador é novato em disputas eleitorais
As intenções de votos à Câmara Municipal de Mossoró foram pesquisadas pelo Instituto DataVero nesta semana. Até agora, o número de indecisos é 25,6%. Outros 8,5% afirmaram votar em nenhum dos candidatos a vereador.
O mais citado é Vavá, com 4% das intenções de votos. Ele é seguido pelo ex-vereador Petras Vinicius, com 2,8%; já os vereadores Ricardo de Dodoca e Wiginis do Gás foram citados por 2,1%, cada.
O ex-vereador Alex do Frango vem em seguida, com 2%. O vereador Genilson Alves tem 1,9%, mesma porcentagem de Mazinho do Saci, com 1,9%, e Vladimir Cabelo de Nego, 1,9%; os vereadores Lucas das Malhas e Tony Cabelos, 1,8%, cada.
A pesquisa DataVero ouviu 800 eleitores mossoroenses nos dias 01 e 02 de outubro de 2024. A margem de erro é de 3%. O nível de confiança é de 95%. O número de registro no TSE é RN-06077/2024.
A pesquisa DataVero/Diário do RN foi realizada nestas terça, 01, e quarta-feira, 02, ouvindo 800 eleitores sobre as intenções de votos a prefeito de Mossoró. O segundo maior colégio eleitoral do Estado mantém a larga preferência pela reeleição do prefeito Allyson Bezerra (UB), que mantém quase 70 pontos de diferença em relação ao segundo colocado.
Dos votos válidos, de acordo com a pesquisa estimulada, quando retirados os brancos e nulos, o prefeito soma 75 pontos de diferença. Allyson Bezerra (UB) aparece com 84,31%; Lawrence Amorim (PSDB) vem em segundo, com 9,14%; Genivan Vale (PL), 4,77%; Victor Hugo (UP), 1,36%; e Irmã Ceição (PRTB), 0,41%.
Já incluindo todas as declarações de votos, na estimulada, Allyson Bezerra tem 77,25%; Lawrence Amorim tem 8,38%; Genivan Vale aparece com 4,38%; Victor Hugo tem 1,25% e Irmã Ceição 0,38%. Responderam votar em nenhum 6,25. Os indecisos e entrevistados que não responderam são 2,13%.
Série de pesquisas Em relação às pesquisas anteriores, realizadas nos dias 20 e 21 de julho e em 28 e 29 de agosto, o candidato à reeleição permanece na liderança isolada com percentuais dentro da margem erro.
Na primeira sondagem da série, Allyson teve 76,13%; em agosto apareceu com 79,70% e agora tem 77,25%. Já o presidente da Câmara Municipal, Lawrence Amorim, cresceu de agosto para cá, apresentando 3,88% na primeira pesquisa da série; 4,70% na segunda; e 8,38% atualmente. O ex-vereador, candidato do PL, Genivan Vale, apresentou crescimento incialmente, estacionando em seguida: tinha 2,88% em julho; subiu para 4,33% em agosto; e está com 4,38% em outubro. O número de indecisos caiu, de 5% em julho, para 4,95% em agosto e reduzindo mais para 2,13% agora.
Espontânea Quando questionados qual a intenção de voto espontânea, 76,13% dos mossoroenses citaram Allyson Bezerra. Lawrence Amorim foi lembrado por 7,13% e Genivan Vale por 4%. O candidato Victor Hugo foi lembrado por 0,88% e Irmã Ceição por 0,13%. Não sabem ou não responderam, 7%; e disseram nenhum 4,75%. A pesquisa estimulada é a primeira pergunta da sondagem, já que nela o entrevistado diz o primeiro nome que vem à mente, sem ser apresentado aos nomes dos candidatos.
Rejeição Dos cinco candidatos à prefeitura de Mossoró, Genivan Vale é o mais rejeitado, aparecendo com 33,38%. Lawrence Amorim tem 17% de rejeição. O prefeito Allyson Bezerra é rejeitado por 6,63% e Irmã Ceição por 6,13%. Já Victor Hugo tem 4,13%.
Dos entrevistados na pesquisa, 3,50% disseram que votariam em todos; 6,50% votariam em nenhum, rejeitando todos; e 22,75% não sabem ou não responderam.
A pesquisa DataVero ouviu 800 eleitores mossoroenses nos dias 01 e 02 de outubro de 2024. A margem de erro é de 3%. O nível de confiança é de 95%. O número de registro no TSE é RN-06077/2024.
O Instituto DataVero realizou pesquisa de intenções de votos a Prefeitura de Montanhas, município a 96 quilômetros de Natal. Doze pontos separam os dois candidatos na disputa pela cadeira do Executivo Municipal.
Na estimulada, Algacir (PSD), candidato da coligação que reúne Republicanos, MDB, PSB, UB, PSD, aparece com 53,16%. Antonio Neto (PP), candidato do PP, PT-PCdoB-PV, tem 40,79%.
Responderam votar em nenhum 2,89% e não sabem ou não responderam 3,16%.
Dos votos válidos, quando retirados os nulos e brancos, Algacir tem maioria de 56,58% e Antonio Neto 43,42%.
Espontânea Na sondagem espontânea, quando não são apresentados os nomes dos candidatos, Algacir é lembrado por 51,05% dos eleitores; Antonio Neto é citado por 38,42%.
Gustavo foi citado por 0,26%. Não sabem ou não responderam 8,42% e disseram ‘nenhum’ 1,84%.
Rejeição A pesquisa DataVero/Diário do RN questionou os eleitores de Montanhas sobre a rejeição aos nomes que se apresentam à disputa. O candidato Antonio Neto tem 50,26% de rejeição, enquanto Algacir tem 38,42%.
Responderam rejeitar nenhum, votando em todos, 5,53%; disseram que votariam em nenhum, 0,79% e não sabem ou não responderam, 5%.
A pesquisa DataVero foi realizada nos dias 28 e 29 de setembro de 2024. Foram entrevistadas 380 pessoas no município de Montanhas. A margem de erro é de 3% e o nível de confiança 95%. Está registrada no TSE sob o número RN-01950/2024.
População de Montanhas aprova prefeito e presidente Lula; Fátima Bezerra é desaprovada
Na avaliação das gestões, de acordo com a pesquisa DataVero, o prefeito Manuel Gustavo (PL) é aprovado por 57,89% dos montanhenses. Outros 36,58% desaprovam o gestor municipal; e 5,53% não sabem ou não responderam.
Sobre a avaliação da gestão federal, Lula é aprovado em Montanhas por 77,89% dos entrevistados; 15,53% desaprovam o Governo Lula e 6,58% não sabem ou não responderam.
Por outro lado, a gestão estadual é desaprovada por 71,32% da população que respondeu à pesquisa; 22,89% aprovam a gestão Fátima e 5,79% não sabem ou não responderam.
Em Montanhas, candidato a vereador mais citado tem 8,16%
Na cidade de 11.444 habitantes, 25,26% da população que foi entrevistada na pesquisa DataVero/Diário do RN ainda não decidiu em quem votar para vereador. Disseram não saber ou não responderam, 25,26%.
Na disputa à Câmara Municipal de Montanhas, o candidato Ronaldo Pedro foi citado por 8,16%; Dinho de Geraldo por 7,63%; em seguida vem Dado Teixeira, com 5,79%; Itamar foi lembrado por 5,53% dos entrevistados.
Outros 4,74% disseram que votam em nenhum dos candidatos. Abaixo, vem Fabiano Medeiros, com 4,47%. Joel Coutinho foi citado por 3,16%; Debora Pilão por 2,89%.
A pesquisa DataVero/Diário do RN foi realizada nos dias 28 e 29 de setembro de 2024. Foram entrevistadas 380 pessoas no município de Montanhas. A margem de erro é de 3% e o nível de confiança 95%. Está registrada no TSE sob o número RN-01950/2024.
Em 1645, os massacres de Cunhaú e Uruaçu marcaram a brutalidade da ocupação holandesa no Rio Grande do Norte. Nos dias 16 de julho e 3 de outubro, trinta católicos, incluindo o padre André de Soveral, foram assassinados durante celebrações religiosas. Reconhecidos como mártires pela Igreja Católica, esses homens e mulheres receberam o título de Santos Mártires de Cunhaú e Uruaçu, após um longo e detalhado processo. A canonização, realizada pelo Papa Francisco em 15 de outubro de 2017, trouxe reconhecimento internacional ao sacrifício desses fiéis, simbolizando a luta pela fé e pela liberdade religiosa.
Antes disso, em 2006, a Governadora Wilma de Faria sancionou a Lei nº8913/2006 que criava o feriado estadual para culto público e oficial dos Protomártires de Uruaçu e Cunhaú. Em 3 de outubro, o estado do Rio Grande do Norte celebra um feriado em homenagem às suas memórias.
Esses eventos não apenas lembram a dor do passado, mas também reforçam a identidade cultural e religiosa da população potiguar, inspirando celebrações que perpetuam a memória dos mártires e a importância da tolerância e da paz.
Programação
Desde a instituição do feriado estadual, a Igreja Católica celebra com uma programação especial a memória dos Santos Mártires André de Soveral, Ambrósio Francisco Ferro, Mateus Moreira e demais fiéis vítimas do massacre.
No Santuário dos Santos Mártires, no bairro Nazaré, zona oeste de Natal, a festa é realizada de 2 a 12 de outubro. Nesta quinta-feira, será realizada uma missa solene às 9h, presidida pelo arcebispo metropolitano Dom João Santos Cardoso.
O novenário acontecerá de 3 a 11 de outubro, sempre às 19h, com a presença de padres convidados, além das pastorais, movimentos e serviços da paróquia. No dia 12, às 16h, a missa de encerramento será presidida pelo Mons. Valquimar Nogueira, vigário geral da Arquidiocese. Após a celebração, uma procissão percorrerá as ruas do bairro Nazaré.
Este ano, a festa também marca a comemoração dos 15 anos da construção do Santuário dos Santos Mártires de Cunhaú e Uruaçu, localizado na Avenida Miguel Castro.
Já na comunidade de Uruaçu, no município de São Gonçalo do Amarante, a festa teve início dia 22 de setembro e termina nesta quinta-feira (03), com diversas atividades, incluindo caminhadas no início da manhã, missas ao longo de todo o dia e um grande encerramento com show do Padre Fábio de Melo.
Confira a programação de encerramento, em Uruaçu:
4h: Caminhada, saindo de Macaíba, com destino ao Monumento dos Mártires, em Uruaçu;
5h: Missa, presidida pelo Pe. Alexsandro de Lima Freitas, da Comunidade Canção Nova;
5h30: Caminhada, partindo da Igreja Matriz de São Gonçalo para Uruaçu;
7h: Missa, presidida pelo Pe. André Martins;
9h: Missa, presidida pelo Pe. Matheus Marques;
10h: Missa, presidida pelo Pe. João Gabriel Ribeiro;
12h: Missa, presidida pelo arcebispo emérito de Natal, Dom Jaime Vieira Rocha;
15: Terço da Misericórdia, conduzido pelo Pe. Murilo Paiva e pelo Pe. Alexsandro Freitas;
16h: Missa solene, presidida pelo arcebispo metropolitano de Natal, Dom João Santos Cardoso;
À medida que as eleições municipais se aproximam, a população de Natal expressa suas expectativas e anseios para a próxima gestão. Em conversas com moradores, destaca-se a preocupação com temas como segurança, infraestrutura e saúde.
Para alguns cidadãos a eleição é sinônimo de esperança e as expectativas são de que o gestor escolhido consiga melhorar e cuidar da capital potiguar. “Espero que a nova gestão consiga priorizar áreas essenciais, como a saúde, educação e segurança. O funcionamento adequado desses serviços básicos é fundamental para garantir uma qualidade de vida digna para os cidadãos, Natal precisa de mais investimentos em infraestrutura de saúde, com unidades que atendam à demanda da população, educação de qualidade que prepare as futuras gerações”, afirma o designer Jonathan Costa.
“Eu espero uma próxima gestão que veja o potencial que Natal tem, porque a cidade tem muito potencial para diversas áreas. Em relação a saúde e educação, eu quero uma gestão que não necessariamente transforme tudo do dia para a noite, mas uma gestão que cuide dos pontos essenciais como saúde, educação, dando manutenção, mantendo a qualidade daqueles que já existem, tanto de escola como hospitais, e a longo e médio prazo, construir mais”, declara o estudante de direito, Marcus Vinícius.
Por outro lado, existem cidadãos totalmente desacreditados de uma possível mudança e critica o distanciamento dos políticos da população em seu cotidiano: “Eu estou falando aqui em nome da população do meu bairro na Zona Norte, os bairros estão todos desprezados, e precisando de um olhar público com mais atenção em todas as áreas, as ruas são muito sujas, falta água todo dia, nós não temos iluminação suficiente e muitas outras coisas. Sobre os políticos, os prefeitos e vereadores fazem descaso com a população, e agora ficam passando nos bairros quase todo dia pedindo voto”, declara Francisca Gonçalves, aposentada e moradora da Zona Norte de Natal.
Infraestrutura e mobilidade urbana A infraestrutura da cidade também é um tema recorrente nas conversas com a população. Ruas esburacadas, falta de iluminação pública e problemas com drenagem são alguns dos pontos que geram insatisfação. “É preciso um plano de revitalização que contemple todos os bairros, principalmente os mais esquecidos”, sugere Carlos Medeiros, morador da Zona Leste de Natal.
Além disso, a mobilidade urbana é uma preocupação crescente, com muitos pedindo melhorias no transporte público. “Acredito que independente de quem seja eleito, a licitação do transporte público ocorra. Um dos principais problemas que enfrentamos em nossa cidade é a falta de empatia com a população que se utiliza desse meio para sua locomoção”, afirma Robson Trigueiro, estudante da UFRN.
Saúde e acesso aos serviços Na área da saúde, a demanda por um atendimento mais eficiente e humanizado é evidente. Os natalenses desejam que a nova gestão priorize a reforma de unidades de saúde e a ampliação de serviços, especialmente em comunidades mais carentes. “Às vezes, é difícil conseguir uma consulta. A saúde precisa ser uma prioridade”, ressalta Renata, mãe de três filhos.
Educação e inclusão social A educação também aparece como um tema central nas expectativas. Os moradores clamam por investimentos em escolas públicas e programas de inclusão, visando melhorar a qualidade do ensino. “A educação precisa melhorar na qualidade das escolas, ter ambientes com mais infraestrutura, escolas climatizadas principalmente, porque o sol é grande na cidade, e o calor também. Estão debatendo também muito pelas vagas de creche, que hoje são sorteadas, porque não tem vaga suficiente, então tem que acabar com esse negócio de sortear, tem que aumentar as vagas para atender todo mundo”, declara o estudante Gustavo Lennon.
Futuro À medida que a cidade se prepara para escolher seus novos representantes, as expectativas da população de Natal são claras. A nova gestão municipal enfrentará o desafio de atender a demandas urgentes e construir uma cidade mais inclusiva e sustentável. Os próximos meses prometem ser cruciais para definir o futuro da capital potiguar e os moradores aguardam por ações concretas que reflitam suas esperanças e necessidades. E tudo começa a partir do próximo domingo, dia 06, quando a população vai às urnas para escolha de um novo gestor, que estará à frente do poder executivo da capital pelos próximos quatro anos, além dos 29 representantes na Câmara Municipal.
O juiz de direito da 1º vara, diretor do Fórum de Ceará-Mirim, Herval Sampaio, conversa com o Diário do RN, sobre o processo eleitoral e a atuação da Justiça Eleitoral neste momento importante para a democracia e o exercício da cidadania. Com histórico de atuação enquanto juiz eleitoral, entre 2000 e 2024, Herval só não participou das eleições na condição de juiz eleitoral nos anos de 2016 e 2018.
Segundo o magistrado, o questionamento à lisura e à segurança eleitoral foi deixado de lado, pela “fragilidade” dos argumentos.
Analisando o largo uso das propagandas no rádio e na TV e, principalmente, na internet, Herval Sampaio admite que nem a Justiça, nem o Ministério Público têm estrutura para acompanhar a rapidez com que novas tecnologias são criadas diariamente para propagandas negativas e fake news.
Por fim, o jurista lista desrespeitos às normas mais danosas cometidas no dia da eleição e explica como o eleitor e candidatos devem agir no dia em que a cidadania atinge o ponto alto.
Diário do RN – Depois de um período muito extremo de questionamento sobre a confiabilidade do sistema eleitoral, como é que o senhor avalia 2024 em relação a esse quesito? Herval Sampaio – Esse questionamento que foi feito ao longo desses últimos anos, com todo respeito a quem pense o contrário, fez parte do que se chama, até mesmo como novidade, dessa polarização ideológica, que sem sombra de dúvida, se iniciou a partir da eleição do presidente Bolsonaro e, com todo respeito que eu tenho à Vossa Excelência, foi um dos maiores erros cometidos por esse grupo político, porque, por mais que a gente queira aperfeiçoar o nosso sistema eletrônico e isso é válido, até salutar, inclusive para o fortalecimento da nossa democracia, em momento nenhum ficou demonstrado nada do que foi dito. Inclusive hoje, em pleno 2024, você tem uma resolução sobre fake news no processo eleitoral, que os exemplos mais factíveis, inclusive constando na resolução, são justamente contra o próprio sistema de votação.
Então, eu diria, pelo declínio da perda evidentemente do posto maior, esse movimento foi caindo de forma muito acintosa, ao ponto, inclusive, de mesmo havendo ainda uma divisão ideológica muito grande, ou seja, a polarização continua e talvez se intensifique, mas esse tema foi deixado de lado. Aí você pode dizer que ele foi deixado de lado porque houve endurecimento da Justiça Eleitoral, pode ter tido, mas a realidade, penso eu, que vai além disso, vai justamente porque não se teve força nos argumentos com relação essa questão da vulnerabilidade do sistema eletrônico.
E veja, nas eleições municipais, que a gente tem uma militância mais ativa, mais presente, com fiscalização mais evidente, você não vê ninguém até hoje, a quatro dias das eleições, você não vê ninguém questionando, pelo contrário, o sistema vem se fortalecendo. Isso no meu entender, dignifica a Justiça Eleitoral brasileira.
Diário do RN – Em relação ao advento das tecnologias, redes sociais, uso desenfreado de fake news. Como é que o senhor explica o processo jurídico sobre eleições, a partir disso? Herval Sampaio – Aí sim você toca realmente uma grande novidade, porque essa novidade, ela só é em cima do uso tecnológico, do incremento tecnológico das redes sociais, da internet, dos chats boots, enfim, de tudo que a gente vê hoje de forma muito intensa sendo aplicado ao processo eleitoral. As hoje fake news nada mais são do que as antigas fofocas. E essas fofocas, tanto de forma positiva, quanto a chamada hoje propaganda negativa, sempre fizeram parte do processo eleitoral, das eleições agora. Qual a novidade, além do incremento? É a potencialização de tudo isso. É muito danoso para determinados municípios em especial, quando você traz uma fake news de caráter negativo. Por mais que se critique o uso talvez um pouco mais exacerbado ou um ativismo um pouco mais intenso da Justiça Eleitoral, inclusive com a resolução que eu citei, idealizada pelo então presidente, ministro Alexandre de Moraes, nós estamos percebendo claramente que se faz necessário um instrumento normativo, que faz necessário uma velocidade da Justiça Eleitoral para conter essas fake News e esse uso tecnológico quando se prejudica uma determinado candidatura, porque a gente sabe que o efeito eleitoreiro, o potencial eleitoreiro coloca abaixo a tentativa de se igualar ao processo eleitoral. Eu digo tentativa porque o processo eleitoral é desigual por natureza, é muito desigual. É desigual inclusive, como eu sempre dizia na forma tradicional, quando se tem a reeleição de chefe do Executivo, mas os demais políticos profissionais, que são candidatos sem deixar o seu mandato. Mas são muito mais desiguais hoje quando um candidato em São Paulo, e não pode ser discriminado por isso, tem milhões de seguidores nas redes sociais. Por mais que ele não tenha tempo de rádio e televisão e nem direito a fundo partidário, ele parte na frente. Não que seja ilícito. Não é. Você não pode discriminar alguém que tem muitos seguidores de participar do processo eleitoral, mas isso desiguala sim, porque claramente ele está lá com muito mais oportunidade, com muito mais espaço, com muito mais interação, inclusive para cometer fake news. O abuso de poder mais potencial, aquele que verdadeiramente pode mudar o resultado das urnas, que pode direcionar de forma danosa, invertendo a ótica normal da escolha, dentro pelo menos de um processo mínimo de igualdade, é o abuso de poder midiático que nós estamos vendo hoje.
Diário do RN – Existe como a justiça acompanhar esse ritmo de como essas coisas acontecem principalmente nas redes sociais? Herval Sampaio – Tem não. Eu vou logo ser franco, direto, objetivo: nem a justiça e muito menos o Ministério Público. O Ministério Público passa longe de ter a estrutura necessária. Muitas das medidas que têm que ser tomadas na propaganda, fora o poder de polícia, têm que ser tomadas pelo Ministério Público ou então por algum dos candidatos. Mas aí eu abro um parêntese, você deve ter vários registros de candidatos que estão em municípios pequenos, até municípios medianos, combinado de que cada um faz suas ilicitudes de um lado e de outros, respeitando aí alguns limites que eles mesmos estabelecem e se o Ministério Público não atuar no poder de polícia de forma oficiosa nada vai acontecer, as ilicitudes vão reinar. Então, é impossível tanto para a justiça eleitoral quanto para o Ministério Público acompanhar passo a passo, minuto a minuto, de segunda a segunda, ou seja, todos esses movimentos que mudam, inclusive, de táticas, estratégias, de uso de tecnologias de uma hora para outra, de uma hora para outra mesmo. Então é impossível, claro, que só tem uma coisa, só se a gente se estruturasse.
Diário do RN – O senhor acredita que a Justiça Eleitoral chegou no ideal sobre a inclusão das minorias, mulheres, pessoas trans, os negros, em relação inclusive ao fundo eleitoral? Herval Sampaio – Está longe demais também, infelizmente, é algo que a evolução é muito pouca no meu sentir, a Justiça Eleitoral ainda não avançou suficiente inclusive para, a partir do próprio Ministério Público e de um ou outro candidato, e na realidade a Justiça Eleitoral passa longe de poder normatizar as questões que dizem respeito às minorias. E ela ainda o faz, mesmo que de forma política ela o faz. Você veja aí aquela decisão do Supremo Tribunal Federal na véspera da eleição passada com relação a necessidade de que parte do fundo eleitoral fosse usado também para as candidaturas negras, mesmo sem previsão expressa. Mas me preocupa, porque a mulher claramente, numericamente, segundo os estudos estatísticos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o IBGE, não faz sentido que a gente tenha tão poucas mulheres presentes na vida política brasileira. É triste, é patético esse número, eu evidentemente tenho minhas ressalvas, não por cooperativismo, mas porque na minha carreira por exemplo tem a questão da antiguidade, mas dentro da política não tem nada, não tem critério nenhum, não tem o que respeitar a não ser a vontade do povo. E parece que o povo tem que verdadeiramente entender que a mulher é, da mesma forma que o homem, esse ser político, e em sendo esse ser político, ela precisa participar mais ativamente. E para isso nós temos que deixar de lado muitas amarras, não só as amarras normativas, mas as amarras culturais, essas amarras de uma sociedade, que é, por mais que a gente não queira dizer, patriarcal, uma sociedade que ainda vê, em que pese a legislação ter avançado, homem como chefe de família e a mulher como dona de casa. Para que essa macharada passe a entender, eu penso que a legislação tem que ser mais agressiva.
Diário do RN – Quais são os pontos principais para o eleitor se ater no próximo domingo, no exercício da cidadania, e também os candidatos? Herval Sampaio – Vamos começar com os eleitores. Com o enxugamento que a gente teve nesses últimos anos, muito grande, das propagandas, a campanha chega ao final realmente enxuta. Ela chega nas redes sociais, que ganharam, e vão ganhar, ainda muito mais espaço nas eleições seguintes. Então, como é que o eleitor irá se portar no dia da eleição? Quer fazer sua propaganda? Quer inclusive deixar claro, deixar patente, até para fins eleitorais, deixar clara sua posição? Faça de maneira silenciosa. Eu gosto de brincar com isso, eu digo que o eleitor pode ir só com o zoinho de fora, vestido de Homem-Aranha, vai de qualquer personagem. Pode ir com tudo da cor do candidato. Agora, ele tem que ir caladinho, na dele, levando o santinho dele, se ele não conseguir lembrar o número. Só são dois números e ele tem que votar e ir para casa. Não pode se aglomerar, ele não tem nenhum tipo de propaganda no dia da eleição, que ele não invente de ficar junto de eventuais militâncias, que estarão erradas; e aí eu já passo para a parte dos candidatos, que devem respeitar. A legislação é clara: não há propaganda nenhuma na internet. E acabar com aquele movimento do candidato. Movimento altamente, eu diria, nefasto ao processo eleitoral.
Não porque a legislação seja assim. Mas também porque a partir de haver uma estruturação para que os candidatos não possam piruar de seção por seção, criam para a Justiça Eleitoral evidentemente muitos problemas. Então o candidato tem que colaborar. Eu não quero que ele deixe de cumprimentar os eleitores não. Eu não quero que ele deixe fazer um abraço uma foto ou outra. Agora ele não pode ficar fazendo literalmente propaganda, literalmente uma boca de urna.
Ele não pode ficar visitando todas as seções, porque isso é literalmente propaganda e a sua militância não pode estar reunida. E o pessoal ainda tem aquela imaginação muito pequena de jogar aqueles santinhos nas calçadas, causando, não só aquela poluição visual, mas também uma poluição real, e aquilo pode indicar, no mínimo, indício de abuso do poder econômico que com certeza, dificilmente estará na contabilidade da prestação de conta.
Como é que você tem a cara de pau, passar muito óleo de peroba na sua cara, para você estar querendo fazer carreata, passeata no dia da eleição. Isso é um absurdo, é uma coisa do terrível, é um desrespeito muito grande à própria institucionalidade do processo democrático. Então, que o eleitor possa exercer o seu direito, talvez um dos mais sublimes.