CORPO DE BOMBEIROS RESGATA CORPOS DAS DUAS ÚLTIMAS VÍTIMAS DE TRAGÉDIA EM CAPITÓLIO

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FOTO: DIVULGAÇÃO/CBMMG

Os corpos das duas últimas vítimas desaparecidas no desmoronamento de um bloco de pedras no lago de Furnas, em Capitólio (MG), foram encontrados na tarde deste domingo, 9, informou o Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais. Segundo a corporação, a tragédia deixou um saldo de dez mortos e pelo menos 32 feridos.

O oitavo corpo havia sido resgatado de manhã. Os corpos foram levados para o Instituto Médico Legal de Passos (MG), onde estão sendo identificados com a ajuda de papiloscopistas enviados pela Superintendência da Polícia Federal em Belo Horizonte.

Os trabalhos de busca tinham recomeçado às 5h deste domingo e envolveram cerca de 50 pessoas, entre bombeiros e militares da Marinha. Ao todo, 11 mergulhadores do Corpo de Bombeiros atuaram na operação.

A Marinha do Brasil empregou sete embarcações – quatro lanchas e três motos aquáticas. Ao todo, 30 militares trabalharam na operação: 20 no local do desastre e 10 no centro de coordenação montado no município de São João Batista do Glória, perto de Capitólio.

As operações haviam sido interrompidas às 19h de ontem, 8, por falta de visibilidade. O desabamento ocorreu por volta das 12h30 desse sábado, quando um grande bloco de pedra se desprendeu do cânion do Lago de Furnas e caiu sobre pelo menos três lanchas. Duas embarcações afundaram.

Em relação aos feridos, a maioria sofreu ferimentos leves, mas pelo menos duas pessoas tiveram fraturas expostas e passaram por cirurgias em hospitais da região. Vídeos nas redes sociais mostraram o momento do desabamento, no principal ponto turístico do passeio de lancha, com duas cachoeiras na entrada do cânion.

Com informações da Agência Brasil


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TUDO IGUAL ENTRE POTYGUAR E AMÉRICA NO BEZERRÃO

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FOTO: AMÉRICA FC/REDES SOCIAIS

A partida entre Potyguar e América, pela estreia do Campeonato Potiguar, neste domingo, 9, começou com gol do Potyguar aos 17 minutos. Aos 23 minutos de partida o América deixou tudo igual no Bezerrão, em Currais Novos.

Jean Pierre marcou para o América após cobrança de escanteio da esquerda, o jogador recebeu no meio da defesa para bater sem chances para o goleiro e empatar a partida em 1×1.


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QUE JOGO! 5 GOLS EM MENOS DE 30 MINUTOS EM PARTIDA ENTRE ABC E GLOBO

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A partida entre ABC e Globo, pela estreia do Campeonato Potiguar, neste domingo, 9, começou para lá de movimentada. O time alvinegro vem ganhando com um gol de vantagem sobre o Globo.

A partida começou com o Globo marcando, aos 9 minutos, com gol de Adíllio. Pouco depois, o ABC deixou tudo igual com gol marcado pela camisa 10 do time, Allan Dias.

O placar não demorou empatado, isso porque aos 14 minutos, de Tabela pelo meio Jefinho tentou o drible e a bola sobrou para Allan Dias, que bateu no canto, o goleiro tocou na bola que foi na trave e voltou para Jefinho empurrar para o gol, passando por baixo das pernas do goleiro do Globo.

O quinto gol da partida veio com Thallyson. Após cobrança de escanteio pela direita, Allan Dias desviou de cabeça no primeiro pau e Thallyson apareceu no segundo para tocar para o fundo da rede.


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JOGO MOVIMENTADO: TUDO IGUAL ENTRE ABC E GLOBO NO FRASQUEIRÃO

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Na estreia do Campeonato Potiguar, neste domingo, 9, o Globo começou a partida com vantagem sobre o ABC. Aos 9 minutos, Adíllio marcou o primeiro gol da partida. Pouco depois, o ABC deixou tudo igual com gol marcado pela camisa 10 do time, Allan Dias. A partida acontece no Frasqueirão, casa do time alvinegro.

O placar não demorou empatado, isso porque aos 14 minutos, de Tabela pelo meio Jefinho tentou o drible e a bola sobrou para Allan Dias, que bateu no canto, o goleiro tocou na bola que foi na trave e voltou para Jefinho empurrar para o gol, passando por baixo das pernas do goleiro do Globo.

Aos 24 minutos de partida, o Globo empatou o jogo, com gol de Adílio mais uma vez.


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BOLSONARO ATENDE GUEDES E CONTRARIA TARCÍSIO AO VETAR BENEFÍCIO A SETOR PORTUÁRIO

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FOTO: DIVULGAÇÃO

O presidente Jair Bolsonaro vetou um benefício tributário ao setor portuário atendendo a pedidos do ministro Paulo Guedes (Economia) e contrariando a vontade do titular da pasta da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas. A medida estava prevista no projeto de lei que altera a cabotagem no país, proposta chamada de BR do Mar. O jabuti foi inserido durante a tramitação do texto no Congresso, após articulação de empresas interessadas.

Pelo texto, seria restabelecido em 2022 e 2023 o Reporto (Regime Tributário para Incentivo à Modernização e à Ampliação da Estrutura Portuária). O benefício foi criado em 2004 e vigorou até o fim de 2020. O regime permite a desoneração de bens e também isenção de imposto de importação na compra de máquinas, equipamentos, peças de reposição e outros bens para o setor quando não houver similar nacional. O projeto também ampliava os segmentos beneficiados.

À Folha, o Ministério da Economia informou que a eliminação da medida em 2021 gerou aproximadamente R$ 260 milhões por ano aos cofres públicos. O governo afirmou nas justificativas para o veto que a proposta incorre em vício de inconstitucionalidade e contraria o interesse público ao gerar renúncia de receitas sem apresentar estimativa do impacto orçamentário de medidas compensatórias.

Segundo o governo, o texto viola a Lei de Responsabilidade Fiscal, a Lei de Diretrizes Orçamentárias e a Constituição -inclusive no trecho de recente emenda que prevê a redução gradual de incentivos tributários. “Ainda, a proposição legislativa contraria o interesse público, uma vez que o Reporto restaria demasiadamente amplo e aberto, e criaria uma subjetividade no que poderia ou não ser contemplado pelos benefícios com possibilidade de desvios para outros usos, o que o tornaria incompatível com diretrizes do Tribunal de Contas da União para comprovação dos montantes desonerados e o seu retorno à sociedade”, afirma texto do governo publicado no Diário Oficial da União.

Guedes é tradicionalmente contrário a regimes especiais a setores específicos, e sua pasta se posicionava de forma contrária a um novo Reporto. Ao todo, os diversos benefícios e isenções no sistema tributário demandam mais de R$ 330 bilhões anualmente (em programas voltados a diferentes áreas, como saúde, habitação, trabalho, serviços e assistência social).

O Ministério da Economia pretendia eliminar vários desses regimes com a reforma tributária, pois entende que remover brechas cria um sistema mais neutro e justo para todos. Uma das principais críticas ao modelo atual é justamente a quantidade de regras diferentes, o que aumenta a complexidade legal. Além disso, o entendimento é que regimes especiais demandam fiscalização e controle de requisitos de empresas, um processo que pode gerar conflitos entre Receita Federal e contribuintes.

Já Tarcísio defendia a medida por considerá-la benéfica para as empresas de infraestrutura e por entender que o custo seria baixo para os cofres públicos. Entre as empresas, também havia divergências. A Abimaq (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos) era contrária à medida por considerar que ela estimulava a importação em detrimento das fabricantes nacionais.

Por Folhapress


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SURTO DE COVID NOS BASTIDORES DO BBB22 AFASTA EQUIPE DO REALITY

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FOTO: REPRODUÇÃO/BBB22

Faltando uma semana da estreia do “BBB 22”, dois setores dos bastidores do programa enfrentam imprevistos, já que funcionários testaram positivo para covid-19. O afastamento da equipe pode atrasar a organização do reality show.

As equipes impactadas foram a de compras de suprimentos, que teve 50% dos trabalhadores afastados, e a área de cenografia, que foi inteiramente impactada. Todos os sete integrantes, incluindo a líder do setor cenográfico, testaram positivo.

Agora, a equipe do “BBB 22” se preocupa com a entrega dos cenários das festas do reality show, já que apenas a primeira delas está pronta. Para se ter ideia, no “BBB 21”, cerca de três festas estavam prontas no início do reality.

Em nota, a Globo afirmou que “vem atuando de maneira criteriosa, com protocolos que garantiram a segurança dos funcionários e evitaram transmissões no exercício das funções no ambiente da empresa”.

“A Globo está acompanhando a situação da pandemia no país e revisita constantemente suas medidas preventivas, que são atualizadas e adaptadas sempre que necessário, seguindo a orientação de profissionais da saúde e órgãos competentes”, afirmou a emissora.

Com informações do Metrópoles


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ALUNOS DA REDE PÚBLICA DO RN VÃO CONTAR COM MINI USINAS DE ENERGIA SOLAR PARA AULAS PRÁTICAS

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FOTO: DIVULGAÇÃO/ISI-ER

Um projeto-piloto, chamado de “Escolas Solares”, que será desenvolvido pelo Instituto SENAI de Inovação em Energias Renováveis (ISI-ER), vai beneficiar escolas públicas localizadas em 12 municípios do Rio Grande do Norte, com “laboratórios práticos de ensino” onde conceitos de física, geografia e matemática serão aprendidos com a ajuda de mini usinas de geração de energia solar. Com investimento de R$ 1 milhão, o Projeto terá início a partir do primeiro semestre deste ano.

A iniciativa também prevê capacitação de professores durante o processo e a elaboração de uma cartilha para auxiliar a realização das aulas. Os recursos para desenvolvimento das atividades são provenientes de uma emenda parlamentar do senador da República Jean-Paul Prates, idealizador da proposta. O investimento será viabilizado por meio de convênio firmado na semana passada com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI).

As usinas serão implantadas em escolas estaduais de Natal, São Gonçalo do Amarante, Parnamirim, Nova Cruz, Alto do Rodrigues, Macau, Pendências, Currais Novos, Mossoró, Apodi, João Câmara e Caicó.


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‘GRAÇAS A BOLSONARO’, DIZ FÁBIO FARIA SOBRE OBRA DA BARRAGEM DE OITICICA

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FOTO: REPRODUÇÃO

O Ministro das Comunicações, Fábio Faria, divulgou um vídeo nas redes sociais mostrando a sangria na Barragem de Oiticica na Barragem de Oiticica, no município de Jucurutu, na região Seridó do Rio Grande do Norte. No post, Fábio aproveitou para elogiar o governo do presidente e criticou indiretamente a gestão estadual. “Graças ao Governo Federal do PR @jairbolsonaro que retomou a obra que estava parada há anos e vai entregar ao povo do RN!!”, escreveu.

O registro também foi compartilhado pela governadora Fátima Bezerra ainda na sexta-feira, 7. “Olhem que coisa linda e emocionante a nossa barragem de Oiticica transbordando na cota de 92,5 m! Está acumulando 15 milhões de metros cúbicos de água, no coração do Seridó! Água é vida, viva o Seridó potiguar! “, twittou.

A sangria que aconteceu na última sexta-feira, 7, foi amplamente compartilhada nas redes sociais. O transbordo aconteceu no que é conhecido como cota 92,5 m, que representa que o reservatório consegue agora acumular cerca de 15 milhões de m³. Foi a primeira vez que a barragem transborda nessa altura, com esse novo volume.


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ÔMICRON PRODUZ PANDEMIA DOS VACINADOS E DOS NÃO VACINADOS, DIZ OMS

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FOTO: MÁRCIA FOLETTO

O mundo apresentou nesta semana milhões de novos casos de Covid-19 gerada pela Ômicron. Diante da contaminação pela nova variante, estamos enfrentando uma pandemia paralela: a dos vacinados e também a dos não vacinados. A informação é da diretora do Departamento de Imunização da Organização Mundial de Saúde (OMS), Kate O’Brien. Os não vacinados representam entre 80% a 90% dos pacientes graves e mortos pela Ômicron.

Por escapar parcialmente dos anticorpos, a nova variante do coronavírus pode causar reinfecção em vacinados, mas eles raramente adoecem com gravidade. Isso, em geral, só ocorre em pessoas com comorbidades, caso do homem de 68 anos morto em Goiás na quinta-feira, que sofria de um quadro grave de doença pulmonar obstrutiva crônica e hipertensão e que se tornou o primeiro óbito oficial de Ômicron no Brasil.

A Ômicron tem apenas dois meses e não é possível projetar seu impacto com precisão, mas dados preliminares de África do Sul, Reino Unido e Dinamarca indicam que ela é mais branda. E ela pode sobrecarregar o sistema de saúde devido à avalanche de casos leves.

Com informações do O Globo


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TURISMO AQUÁTICO É FECHADO EM CAPITÓLIO MG

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FOTO: REPRODUÇÃO

O prefeito de Capitólio, Cristiano Geraldo da Silva (Progressista), anunciou o fechamento do turismo aquático na cidade, neste domingo, 9. Segundo o chefe do Executivo, estão fechadas as entradas dos cânions e também do local conhecido como Cascatinha, até que se tenha um parecer técnico da Defesa Civil sobre as condições do local.

Além do fechamento do turismo aquático em Capitólio, o prefeito disse que desde 2020, quando houve uma tromba d’água e duas pessoas morreram, é feito um trabalho de conscientização nas cachoeiras, com as empresas e donos de lanchas.

“Nós temos dentro do município uma legislação que proíbe a ancoragem dentro do cânion e as pessoas nadarem lá. Então eles já têm essa noção, essa dimensão da tromba d’água e essa fatalidade que aconteceu a gente acredita, e precisamos de parecer técnico, não tem relação com tromba d’água. Precisamos de um parecer técnico, de uma equipe técnica, para ter uma avaliação do local e a partir daí criarmos critérios de segurança já pensando em uma fatalidade como essa”, explicou o prefeito durante entrevista para uma TV local.

A queda do paredão de cânion no Lago de Furnas, nesse sábado, 8, deixou oito mortos, segundo os bombeiros de Minas Gerais. As causas do desabamento ainda não foram esclarecidas; Marinha e Polícia Civil investigam.


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OITAVA MORTE CAUSADA POR TRAGÉDIA EM MG É CONFIRMADA

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FOTO: REPRODUÇÃO/TWITTER

Durante a retomada das buscas na manhã deste domingo, 9, O Corpo de Bombeiros confirmou que foi localizado o oitavo corpo, após um deslizamento de pedras no Lago de Furnas em Minas Gerais. De acordo com informações do major Rodrigo Castro, o corpo encontrado é do sexo masculino.

O Corpo de Bombeiros trabalhou na busca às vítimas desaparecidas até às 19h de sábado, 8. Segundo a Corporação, os agentes tiveram que parar por causa da falta de visibilidade e possível risco para os profissionais que trabalhavam no resgate.

As equipes se mantiveram no local para a apuração dos fatos. A Defesa Civil de Minas Gerais havia emitido um alerta horas ates do acidente, sobre chuvas intensas na região com possibilidade de “cabeça d’água”. A Marinha também investiga por que os passeios na região foram mantidos.

As buscas vão continuar ao longo do dia para tentar localizar outras duas pessoas que ainda estão desaparecidas após o episódio que também deixou 32 feridos.

Com informações do G1


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RESPONSÁVEL POR CONDUZIR VIAGEM DE MORO À PARAÍBA SE LIVRA DE 3º PROCESSO DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA

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FOTO: REPRODUÇÃO

O deputado Julian Lemos, responsável por conduzir o ex-juiz e candidato a Presidência Sérgio Moro, durante sua visita à Paraíba, se livrou do terceiro processo por violência doméstica. O caso foi arquivado pelo Tribunal de Justiça da Paraíba em setembro. Movidos pela ex-mulher e irmã do parlamentar, os três processos tiveram o mesmo desfecho: após a denúncia, as supostas vítimas recuaram e retiraram as queixas.

Segundo a denúncia da irmã, Kamila Lemos, a agressão ocorreu no início da noite de 27 janeiro de 2016, em sua casa. No ano seguinte, contudo, Kamila voltou atrás e afirmou à Justiça que não tinha mais interesse em manter a acusação.

Ex-mulher de Julian Lemos, Ravena Coura denunciou ter sofrido violência doméstica duas vezes, em 2013 e 2016, como mostraram os repórteres Ranier Bragon e Camila Mattoso. Na primeira vez, o deputado foi preso em flagrante. “Você não passa de hoje”, teria dito Julian à ex-companheira. Depois, Ravena informou ao juiz que havia desistido do processo.

Julian Lemos já teve outros problemas com a Justiça: foi condenado por estelionato em 2011. O caso deixou de tramitar porque prescreveu.

Lemos é filiado ao PSL, que se tornará o União Brasil com a fusão ao DEM. Em 2018, foi eleito na onda bolsonarista depois de ter chefiado a campanha de Jair Bolsonaro no Nordeste. Hoje, ataca os Bolsonaro sempre que pode.

Um dos eventos promovidos por Julian durante a estadia de Moro na Paraíba, foi sua festa de aniversário. Na ocasião, o ex-juiz discursou agradecendo a oportunidade recebida e desejou que ele e o deputado “sejam grandes amigos. “Queria, meu irmão, te agradecer pela oportunidade. Espero que sejamos grandes amigos”.

No Twitter, Moro agradeceu ao deputado pela recepção durante sua estadia na Paraíba.


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2022: VEM AÍ A ELEIÇÃO MAIS CARA DA HISTÓRIA DO BRASIL!”

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FOTO: REPRODUÇÃO/TRE

Vem aí a eleição mais cara da história do Brasil! A eleição de 2022 vai pesar no bolso dos brasileiros. O custo total deve chegar aos R$ 6 bilhões. É fato que a inflação aumentou e os juros cresceram, a recuperação econômica não ‘anda lá essas coisas’. Porém, sabe-se também, que não faltará dinheiro para o “show da democracia”.

Em 2015, na esteira da Operação Lava Jato, o Supremo Tribunal Federal proibiu doações de pessoas jurídicas a partidos e candidatos. Corria muito dinheiro por debaixo dos panos.

Dois anos depois, o Congresso criou o Fundo Eleitoral, reservando 1,7 bilhões de reais para gastos com as eleições gerais de 2018, de deputado estadual a presidente da República.

Já em 2020, quando os brasileiros votaram apenas em vereadores e prefeitos, o volume de dinheiro saltou para 2 bilhões de reais.

Quanto ao financiamento público de campanhas, os parlamentares aprovaram uma verba de R$ 4,9 bilhões de reais para o Fundo Eleitoral. Já o Fundo Partidário, destinado anualmente às siglas para custear as suas despesas de rotina, foi reajustado em 17% e chegou a R$ 1,1 bilhão. Somadas as duas fontes, o montante nas mãos das legendas chegará a R$ 6 bilhões em 2022, o que já faz da próxima eleição a mais cara da história. A regra atual para a distribuição do montante favorece quem comanda as máquinas partidárias e quase sempre privilegia políticos com mandato, inibindo a renovação política. O partido que mais receberá verba este ano, por exemplo, é o União Brasil, a fusão do DEM com o PSL, comandado por Luciano Bivar e ACM Neto.


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COM COVID, PREFEITO DO RECIFE CUMPRE ATIVIDADES DOMÉSTICAS: “DOBRAR ROUPA, ORGANIZAR O QUARTO DA BAGUNÇA”

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FOTO: REPRODUÇÃO/REDES SOCIAIS

Na última quinta-feira, 6, o prefeito do Recife, João Campos (PSB), anunciou que testou positivo mais uma vez para a Covid-19. A informação foi divulgada em suas redes sociais através de um vídeo. Campos destacou que está bem e com sintomas leves.

Campos segue cumprindo atividades em casa enquanto o dia de voltar ao comando da Prefeitura não chega, só que com uma diferença: os afazeres são domésticos. Nas redes sociais do prefeito, ele relatou como está sendo seu compromisso:

“Enquanto estou em isolamento por conta da covid, vou cumprindo esse checklist das atividades de casa:

1 – Dobrar a roupa
2 – Lavar a louça
3 – Organizar o quarto da bagunça”, detalhou Campos sua lista de atividades domésticas realizadas ao longo do final de semana de quarentena.


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PREMONIÇÃO: “ESSA PEDRA VAI CAIR.”, DISSE MÉDICO QUE FOTOGRAFOU RACHADURA DO CÂNION EM CAPITÓLIO EM 2012

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FOTO: REPRODUÇÃO

Em 10 de março de 2012, o médico Flávio Freitas viajou com a família para Capitólio, em Minas Gerais, e registrou todo o passeio em fotos. Entretanto, uma das imagens chamou a atenção. Uma fissura numa das paredes do cânion ganhou a legenda “essa pedra vai cair” no álbum de fotos no Facebook.

Quase 10 anos após o post do médico, o bloco de pedra fotografado desabou em cima de três embarcações, provocando a morte de 6 pessoas e deixando outras 20 desaparecidas na cidade turística de Minas Gerais.

A publicação da imagem com a “premonição” de Flávio em 2012 correu as redes sociais logo após a tragédia de Capitólio e vários internautas comentaram a respeito, chamando a atenção para a falta de segurança no local.

Em entrevista para o Congresso em Foco, o médico relembrou o dia em que fez o registro. “Quando me passaram o vídeo do acidente eu lembrei que eu já havia ido duas vezes de barco lá e que eu já tinha a foto desse mesmo local. Eu peguei o vídeo e fui no meu álbum e vi essa foto, porque tinha me chamado a atenção o tamanho dessa fenda, de cima a baixo na pedra, e uma distância bem grande de afastamento do rochedo em relação ao resto do solo. E eu escrevi ‘essa pedra vai cair’”, contou. “É bem triste ver , ainda mais pela minha profissão, a gente luta para salvar vidas e não quer ver morte acontecer, ainda mais de uma maneira tão brutal”, completou.


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PRESIDENTE DA ANVISA PEDE A BOLSONARO PROVA OU RETRATAÇÃO PELAS DENÚNCIAS

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FOTO: PEDRO FRANÇA/AGÊNCIA SENADO

O Contra-Almirante Antonio Barra Torres, que é médico da Marinha do Brasil e presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária publicou uma carta aberta ao presidente da República, Jair Messias Bolsonaro em que enfoca as insinuações presidenciais sobre a atuação de técnicos da ANVISA quando do embate sobre a aplicação de vacinas para crianças entre 5 e 11 anos, quando técnicos da agência sanitária se posicionaram contrários às pretensões do presidente Bolsonaro em não haver obrigatoriedade na aplicação das vacinas.

Na carta, Barra Torres faz um preâmbulo de suas atuações na Marinha do Brasil e na ANVISA, endurece ao pedir respeito ao presidente Bolsonaro pelo trabalho dos técnicos da agência sanitária e pede ao presidente Bolsonaro que apresente provas sobre as denúncias e fulminou na finalização: “ Se o senhor dispõe de informações que levantem o menor indício de corrupção, que não perca tempo e nem prevarique. Agora, se o senhor não possui tais informações, exerça a grandeza que o seu cargo demanda e, pelo Deus que o senhor tanto cita, se retrate”.

Aqui, a carta na íntegra:

“Em relação ao recente questionamento do Presidente da República, Jair Messias Bolsonaro, quanto à vacinação de crianças de 05 a 11 anos, no qual pergunta “Qual o interesse da Anvisa por trás disso aí?”, o Diretor Presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres, responde:

Senhor Presidente, como Oficial General da Marinha do Brasil, servi ao meu país por 32 anos. Pautei minha vida pessoal em austeridade e honra. Honra à minha família que, com dificuldades de todo o tipo, permitiram que eu tivesse acesso à melhor educação possível, para o único filho de uma auxiliar de enfermagem e um ferroviário.

Como médico, Senhor Presidente, procurei manter a razão à frente do sentimento. Mas sofri a cada perda, lamentei cada fracasso, e fiz questão de ser eu mesmo, o portador das piores notícias, quando a morte tomou de mim um paciente.

Como cristão, Senhor Presidente, busquei cumprir os mandamentos, mesmo tendo eu abraçado a carreira das armas. Nunca levantei falso testemunho.

Vou morrer sem conhecer riqueza Senhor Presidente. Mas vou morrer digno. Nunca me apropriei do que não fosse meu e nem pretendo fazer isso, à frente da Anvisa. Prezo muito os valores morais que meus pais praticaram e que pelo exemplo deles eu pude somar ao meu caráter.

Se o senhor dispõe de informações que levantem o menor indício de corrupção sobre este brasileiro, não perca tempo nem prevarique, Senhor Presidente. Determine imediata investigação policial sobre a minha pessoa aliás, sobre qualquer um que trabalhe hoje na Anvisa, que com orgulho eu tenho o privilégio de integrar.

Agora, se o Senhor não possui tais informações ou indícios, exerça a grandeza que o seu cargo demanda e, pelo Deus que o senhor tanto cita, se retrate.

Estamos combatendo o mesmo inimigo e ainda há muita guerra pela frente.
Rever uma fala ou um ato errado não diminuirá o senhor em nada. Muito pelo contrário.

Antonio Barra Torres
Diretor Presidente – Anvisa
Contra-Almirante RM1 Médico
Marinha do Brasil”


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“NEM NA MAIS DISTANTE REPÚBLICA ALGUÉM COM ESSE PERFIL MERECERIA RECEBER COMENDA”, DIZ GIRÃO SOBRE MORAES

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FOTO: DIVULGAÇÃO

A Revista ISTOÉ, em sua Edição Nº 2710 do dia 22 de dezembro de 2021 trouxe o Ministro da Corte do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes. O ministro foi eleito pelos editores da ISTOÉ o Brasileiro do Ano em 2021. Na capa da edição, aparece Moraes como destaque intitulado “FIADOR DA DEMOCRACIA“.

De acordo com a publicação, “Moraes se destacou por sua incansável defesa da democracia”.

A “estampa” da ISTOÉ, no entanto, não é unanimidade. O deputado federal pelo Rio Grande do Norte manifestou sua insatisfação com a Revista, em especial a homenagem concedida ao Ministro.

Nas redes sociais, Girão soltou sua opinião dizendo não acreditar que o mérito fosse verídico. “Não posso acreditar que isso seja verdade. Nem na mais distante república alguém com esse perfil mereceria receber alguma comenda ou homenagem”, disse. “E muito menos, ser intitulado como fiador de algo tão significativo de nossa história. Um retrato da triste e lamentável situação da mídia brasileira.”, completou.

Os internautas que seguem Girão na rede social concordaram com a insatisfação do deputado. “PAGA, sabemos bem como isso funciona.”, disse um. “Inaceitável”, comentou outro. “Escolheu a própria foto e pagou bem. Simples assim!”, afirmou um outro internauta. “Por favor, me digam que isso se trata de uma piada de mal gosto…”, disparou uma seguidora.

Além de Moraes, a ISTOÉ elegeu outros dez brasileiros que se sobressaíram, segundo seus editores, em suas respectivas áreas, da política à cultura, do meio ambiente à diversidade, do esporte à ciência.


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VOCAÇÃO

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POR Marcelo Alves Dias de Souza
Procurador Regional da República • Doutor em Direito (PhD in Law) pelo King’s College London – KCL • Mestre em Direito pela PUC/SP

O querido e bom dicionário “Aurélio”, numa edição de 1986 (tijolão que ainda consulto com todo o respeito), nos dá alguns significados para a palavra “vocação”: pendor, tendência, talento e aptidão, entre outros. E é margeando esses sentidos que, desde cedo, entendemos vocação como aquela inclinação natural que leva alguém (ou, ao menos, deveria levar) a exercer uma profissão (ser professor, por exemplo), a desempenhar um mister na vida (ser um artista) ou mesmo, de maneira mais transcendental, a dedicar-se ao sacerdócio ou à vida religiosa.

​É tomando por mote essa ideia de vocação que analiso aqui um aspecto da vida de um dos personagens mais importantes da história do Ministério Público brasileiro – e, quiçá, da trágica história do nosso direito –, o Procurador da República Pedro Jorge de Melo e Silva, assassinado, em razão do exercício de suas funções, em meio ao infame “Escândalo da Mandioca”, aos 35 anos de idade, em 3 de março de 1982, em Olinda/PE. Completaremos, em poucas semanas, 40 anos desse ato brutal e covarde.

Pedro Jorge nasceu em Maceió, no estado de Alagoas, em 21 de setembro de 1946. Era filho de seu José e dona Heloísa. Uma criança como tantas outras nesses nossos nordestes afora.

Cumprindo uma vocação que lhe foi até então “designada”, a de servir a Deus, Pedro Jorge foi estudar, com apenas 8 anos, num dos muitos seminários do Brasil de então. De lá, aos 11, partiu rumo ao mosteiro beneditino em Garanhuns/PE. Em seguida, adolescente, saltou para o famoso Mosteiro de São Bento em Olinda/PE, casa de Deus que, até hoje, testemunha as efemeridades da cidade Patrimônio Histórico e Cultural da Humanidade. Em Olinda, ele fez vida: concluiu vários votos e formou-se em filosofia. E fez amizades: com o então abade Dom Basílio Penido, com o irmão Irineu Marinho e com Dom Antônio Fernando Saburido, este hoje arcebispo de Olinda e Recife. Conheci os dois últimos. São eles apóstolos da trágica história.

Mas, passados cerca de 10 anos com os seus irmãos de fé, Pedro Jorge, com 22 aniversários vividos, deixou o Mosteiro de São Bento, mantendo as amizades e o convívio nessa comunidade cristã, em prol da vocação laica e matrimonial. Fez o vestibular e cursou direito na Universidade Federal de Pernambuco. Em 1975, casou com Graça, com quem viria a ter as filhas Roberta e Marisa. E, no mesmíssimo ano, foi ser Procurador da República.

​E é aqui aonde eu quero chegar: em Pedro Jorge, a transição da vida religiosa para a vida pública – para o direito e, especificamente, no Ministério Público Federal – deve ser vista como uma continuação de uma “vocação de servir”. Se não por intermédio do sacerdócio entre os beneditinos, pelo menos, com intensidade e desideratos diferentes, por meio do órgão federal encarregado da “fiscalização da lei” e da “justiça pública”.​

​Na verdade, as vocações – entendidas como a natural mistura ou somatório de pendor, tendência, talento e aptidão para o exercício de algo na vida – têm caraterísticas e matizes diversos. De logo, há diferentes tipos e campos de vocação. Na religião, na arte, na educação, na saúde e no nosso direito. E as vocações aparecem com características únicas em cada um de nós. Não vêm de forma isolada. Elas vêm misturadas a outras vocações. E também fazem parte de um processo de desenvolvimento. De um olhar específico para o mundo e para si mesmo. São produto de uma história de vida.

A vocação de Pedro Jorge para o direito, para defender o bem público e a sociedade, estava amalgamada à sua original vocação de servir a Deus, acredito. Mas não era uma vocação do tipo messiânico, tão perniciosa nos nossos dias. Pedro Jorge era o contrário do pregador messiânico. Ele era discreto e humilde. Sua vocação para o direito confundia-se com a vocação religiosa no sentido de buscar, sem tergiversar (se é que vocês me entendem), o bem e a justiça.

​E foi talvez essa sua vocação, que alguns hoje podem qualificar como ingênua, que o levou ao “martírio”. Refiro-me novamente ao “Escândalo da Mandioca”, em razão do qual, Pedro Jorge, o Procurador da República responsável pelo caso, acabou assassinado. Mas isso é outra história.

Martírio

O que é um “mártir”? Para os mais espiritualizados, a palavra remete aos sofrimentos dos santos católicos. Socorro-me do “Aurélio” (sempre a surrada edição de 1986), para saber o significado do vocábulo “mártir”: “pessoa que sofreu tormentos, torturas ou a morte por sustentar a fé cristã”; “pessoa que sofre tormentos ou a morte por causa de suas crenças ou opiniões”; “quem se sacrifica, sofre ou perde a vida por um trabalho, experiência etc”.

É por aqui que continuo a história do Procurador da República Pedro Jorge de Melo e Silva, assassinado, no e pelo exercício de suas funções, aos 35 anos de idade, em 3 de março de 1982, em Olinda/PE. Uma morte por causa de sua crença na justiça dos homens. Um sacrifício, com a perda da própria vida, por um trabalho, in casu no MPF e em prol do Estado brasileiro.

Esse martírio é assim resumido pelo memorial da Procuradoria-Geral da República: “Assassinato do Procurador da República Pedro Jorge de Melo e Silva – Escândalo da Mandioca 1982. Entre os anos de 1979 e 1981, na cidade de Floresta, em Pernambuco, militares, servidores públicos, empresários, entre outros, se passam por produtores rurais e conseguem empréstimos no Banco do Brasil para plantação de mandioca. Em seguida, alegam que a seca tem destruído a plantação e recebem ainda o seguro agrícola. Esse esquema desvia o equivalente, nos dias atuais, a R$ 30 milhões de reais”. Nesse contexto, o Procurador Pedro Jorge denuncia o esquema. Logo após a denúncia, ele recebe ameaças e, sendo afastado do caso, é assassinado no fatídico 3 de março de 1982.

Foi um martírio ingênuo, dirão alguns. Ainda vivíamos, em 1982, a ditadura militar. Havia o envolvimento de militares no “Escândalo”. Em Pernambuco, Pedro Jorge não foi a única vítima, direta ou indireta, desse momento sombrio que passávamos (lembremos do Padre Henrique). Era o tempo de resistência de Dom Helder Câmara, de Dom Basílio Penido, a quem Pedro Jorge, ex-seminarista, era muito ligado. Um tempo de perseguições, de torturas, de coturnos impunes. De mortes – leia-se assassinatos – dentro e fora da comunidade de Deus.

Prefiro dizer que foi um martírio consciente. Por uma vocação de procurar, sem titubear, o bem e a justiça. Pedro Jorge estava ciente dos riscos que corria. Os depoimentos dos contemporâneos – de Dom Antônio Fernando Saburido, do irmão Irineu Marinho, do Procurador Lineu Escorel Borges e da mãe de Pedro Jorge, entre outros – não deixam qualquer dúvida. Dom Saburido, no documentário “Pedro Jorge: uma vida pela justiça” (2017), é direto: “ele estava consciente disso plenamente. Ele sabia dos riscos que ele estava correndo. Mas foi uma decisão pessoal. Pedro Jorge decidiu mesmo continuar. Ele não quis recuar em momento algum. Mas ele entendeu que aquela era a sua profissão, era a sua missão, e ele não poderia absolutamente facilitar a vida de pessoas que queriam fazer o mal, que estavam utilizando indevidamente recurso do povo”. E o depoimento do irmão Irineu Marinho, reproduzindo diálogo com Pedro Jorge, mostra que o aparelho estatal, que tinha obrigação de dar proteção ao Procurador, estava corrompido à época: “Irineu, essas pessoas que estão me ameaçando, eles vão colocar como guardas pra mim, porque eles têm poder, eles penetram em todos os ambientes, eles vão colocar como guardas pra mim as pessoas que vão me matar. Então, eu prefiro morrer sem guarda, como um cidadão que está exposto à violência e à insegurança do país”.

O julgamento do homicídio de Pedro Jorge foi também um martírio. Como no “Escândalo da Mandioca”, forças se juntaram visando à impunidade. Marchas e contramarchas processuais. Mais intimidações. Uma sentença de impronúncia que se fez escândalo e fomentou justa e popular revolta. Mas ainda havia juízes em Brasília. Júri popular. Apoio cidadão e da Igreja. Condenações. “Fugas” e mais fugas. Captura do mandante apenas em meados dos anos 1990. Cumprimento parcial da pena. Justiça tardia é meia justiça. Além de não ressuscitar o homem covardemente assassinado.

Lembremos, por fim, que, institucionalmente – e falo agora do Ministério Público Federal –, vivíamos, quando do assassinato de Pedro Jorge, uma época completamente diferente da de hoje. São dois MPFs, praticamente. O de então, de 1982 (e nos anos seguintes), rudimentar e sem proporcionar a segurança necessária aos seus membros; e o de hoje, que, muito em razão do martírio de Pedro Jorge, aprendeu duramente a lição.

E essa lição veio também em forma de homenagens. Mas isso já é outra história.

RECONHECIMENTO

Quando ingressei no Ministério Público Federal, no já distante ano de 1997, o Procurador da República Pedro Jorge de Melo e Silva, brutalmente assassinado fazia 15 anos – a vilania se deu em 3 de março de 1982, em Olinda/PE –, era constantemente lembrado e homenageado.

Pedro Jorge já era considerado – e assim ainda o é – o nosso protomártir (o “primeiro mártir”, em linguagem mais simples). Ele também já havia dado nome à Fundação Pedro Jorge, “organização sem fins lucrativos, instituída pela Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR) em 1985, dirigida por membros da carreira e com destacada atuação em projetos e ações de responsabilidade social”.

Mas acredito que muito do reconhecimento à memória de Pedro Jorge, naqueles anos 1990, se deva à atuação do então Procurador-Geral da República Geraldo Brindeiro, recentemente falecido e muitas vezes injustiçado pela história (quem sabe falaremos disso um dia). Após idas e vindas, os acusados pelo assassinato de Pedro Jorge haviam sido julgados e condenados. Mas o mandante do crime, um dos grandes envolvidos no “Escândalo da Mandioca”, estava foragido fazia 12 anos. Brindeiro assume a Procuradoria-Geral da República, em junho de 1995, reabre o caso e, com a ajuda da Polícia Federal, o mandante é capturado. Todos os envolvidos no assassinato cumprem, ao menos parcialmente, as penas impostas pela lei e pelo Poder Judiciário. É um parcial conforto para a família, os amigos e o Estado brasileiro.

É fato também que esses anos 1990, até começo dos anos 2000, sobretudo em razão da captura do último envolvido, trouxeram à ribalta novamente o nome de Pedro Jorge. Sua memória, a presença dos seus familiares, homenagens aqui e acolá, tudo isso era uma constante nos nossos encontros e no nosso trabalho. Falo tanto na Associação Nacional dos Procuradores da República como na labuta em si no Ministério Público Federal.

Todavia, embora a memória possa estar me pregando uma peça, ainda nos anos 2000 vi um declínio, um certo esquecimento de algo que era devido, nas nossas homenagens a Pedro Jorge. Posso estar enganado, mas isso só se reverteu, em grande estilo, em 2017, com o filme/documentário “Pedro Jorge: uma vida pela justiça”, uma iniciativa da Procuradoria Regional da República da 5ª Região e da Universidade Católica de Pernambuco.

“Pedro Jorge: uma vida pela justiça” é um média-metragem. Coisa de pouco mais de 40 minutos. Foi realizado sem fins lucrativos e com recursos (mínimos, diga-se de passagem) e pessoal próprios da PRR5 e da Universidade Católica. Conta com imagens da época dos acontecimentos. E apresenta depoimentos dos personagens de então, alguns ainda vivos. O objetivo do documentário foi resgatar a história da vida de Pedro Jorge de Melo e Silva, sua vocação e seu martírio, e recontá-la para as gerações atuais. E acredito que o fez com um bom balanço entre distanciamento histórico e emoção verdadeira. O resto não conto mais. Não devo fazer spoiler. Vão ao YouTube e assistam. É facílimo.

De toda sorte, neste ano de 2022, em algumas semanas, completaremos 40 anos do brutal assassinato de Pedro Jorge. Novas homenagens hão de vir. A Associação Nacional dos Procuradores da República e a Fundação Pedro Jorge trabalham nesse sentido. Unidades do MPF também. E já sei até da feitura de uma nova estátua, de corpo inteiro, do nosso mártir. Obra do artista Demétrio Albuquerque, que será posta e inaugurada, em local de destaque, no mês de março, na amada e trágica Olinda ou mesmo na capital Recife. Muito mais do que justo. Pedro Jorge merece que juntemos todos os pedaços do seu sofrimento, do sofrimento da sua família e dos seus amigos, em mil estátuas, todas feitas de pedra bruta e dignidade polida.

Acho que verdade está mesmo no verso do poema “É claro, Mariana”, na adaptação do advogado Gilberto Marques, recém-falecido, que representou a família de Pedro Jorge no processo do seu homicídio. Com a sua vocação, com o seu martírio, com o reconhecimento das gerações posteriores, “Pedro Jorge não morreu, ele se dividiu em milhares de pedaços. E de cada pedaço há de nascer um Pedro inteiro, para continuar a sua luta pela justiça neste país”.












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ASSUSTADOR, É UM TROÇO DESESPERADOR”, DIZ SOBREVIVENTE DE CAPITÓLIO

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FOTO: REPRODUÇÃO

“Nunca pensei que eu fosse passar uma situação dessas, coisa de filme. Assustador, é um troço desesperador, a luta pela vida”. O relato é da servidora pública Daniele Teixeira Cardoso, sobrevivente da tragédia que matou ao menos sete pessoas nesse sábado, 8, e feriu dezenas no Lago de Furnas, em Capitólio (MG). Daniele estava à bordo de uma lancha atingida por destroços.

A servidora conta que uma das pedras atingiu o piloto da lancha que acabou desmaiando. “Quando a gente percebeu que as pedras estavam caindo, a gente pediu para o piloto dar a volta e ele conseguiu, mas uma pedra o atingiu e ele desmaiou, foi o que ficou mais machucado”, disse.

“Muita gente bateu na nossa embarcação para fugir, teve embarcação passando por cima das pessoas na água, muito triste”, acrescentou.

Veja o relato completo e o socorro ao piloto, que teve uma fratura na mandíbula, mas foi resgatado consciente:


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RN AINDA NÃO TEM PESQUISA REGISTRADA PARA AS ELEIÇÕES DE 2022, DE ACORDO COM TSE

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FOTO: TSE

O Rio Grande do Norte ainda não tem nenhuma pesquisa oficial contratada para as Eleições Gerais de 2022. As informações são do site do Tribunal Superior Eleitoral.

De acordo com o TSE, apenas quatro pesquisas para as eleições de 2022 estão registradas no momento. Dentre elas, apenas uma delas é para Governador, Senador, Deputado Federal, Deputado Estadual, a da empresa Lvo Consultoria para o estado de Roraima.

As outras três pesquisas cadastradas serão realizadas em todo o país, com objetivo de apontar estatísticas para as Eleições Presidenciais de outubro.


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