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PESQUISAS ELEITORAIS DEIXAM ELEITOR NORTE-RIO-GRANDENSE CONFUSO COM RESULTADOS DIFERENCIADOS

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Por: Bosco Afonso

Pesquisa de opinião pública, seja ela qual for e com que objetivo for, reflete o momento. A pesquisa de opinião pública eleitoral, principalmente, mostra o momento que está sendo vivenciado e esse quadro, quase sempre, tem mutações insignificantes ou fortes na efervescência de uma campanha eleitoral. Basta a repercussão de uma frase mal colocada de um candidato à majoritária, que pode acontecer transformações quase imediatas nas amostragens. No caso contrário, dentro de uma realidade que atualmente se enfrenta, a uma distância de mais de um ano das eleições em que serão escolhidos os deputados estaduais e federais, senador, governador e presidente da República, a situação, ou melhor, os resultados de todas as pesquisas efetuadas no RN, dentro de um prazo de 15 dias, principalmente nas escolhas majoritárias de senador e governador, deveriam, pelo menos, se assemelhar, até porque ninguém está em campanha e nenhum fato novo na política, positivo ou negativo, e na gestão do estado aconteceram nos últimos dias.

É essa proximidade ou semelhança de resultados que não tem ocorrido aqui no RN, nas três últimas pesquisas eleitorais divulgadas a partir do dia 3 de agosto até esta quarta-feira, 18. Três institutos distintos foram às ruas, colher a opinião do eleitorado potiguar, envolvendo todas as regiões. Consult, cujos resultados foram comemorados e amplamente divulgados pelo ex-prefeito Carlos Eduardo Alves; Perfil, o único que incluiu o nome de Garibaldi Filho para eventual disputa para o Senado e também para o Governo, mas de quem não se viu grandes badalações; e Seta, com resultados celebrados e difundidos pelos mais próximos da governadora Fátima Bezerra. Os resultados das três pesquisas são completamente díspares. E vejam que os três institutos, com raríssima exceção, utilizaram o mesmo elenco de figurantes no quesito “estimulada”.

Não tem estatístico que consiga justificar esses resultados quilometricamente diferentes. Talvez algum defensor para essa discrepância alegue metodologias diferenciadas ou, até queira, apontar um número maior ou menor de entrevistados o que não justifica para quem tem um mínimo de noção de como fazer a condução de uma pesquisa de opinião pública.

Talvez seja por essa e outras razões conhecidas de perto pelos políticos que integram o Congresso Nacional – que até já tenham experimentado inesperadas derrotas ou surpreendentes vitórias graças a resultados de amostragens – que esteja em curso medidas para limitar a presença de pesquisas eleitorais no pleito, enquanto que o eleitor tem buscado sempre um bom motivo para poder confiar nos resultados supostamente encontrados em períodos eleitorais pelos Institutos de Pesquisa de Opinião Pública.


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