O deputado federal Rafael Motta (PSB) rebateu nesta segunda-feira (13.12), as críticas do ministro das Comunicações, Fábio Faria, que o chamou de hipócrita por ele ter participado do Carnatal 2021 sem o uso de máscaras e se aglomerando em meio a centenas de pessoas, ficando assim, exposto a uma contaminação pela covid-19.
Em postagem no seu Twitter, Rafael Motta disse o seguinte: “Meus posicionamentos seguem uma única coerência: a ciência, diante de um vírus para o qual não tínhamos remédio comprovadamente eficaz nem vacina”.
E disse mais: “Os que me acusam de incoerência são exatamente aqueles que, por interesses não republicanos, ignoraram os apelos dos cientistas e médicos, há quase dois anos, porque diziam que tudo deveria seguir, apesar do vírus que ceifou a vida de milhares de brasileiros; que apoiam o Governo”
Na sua crítica, o ministro Fábio Faria lembrou da postagem no Twitter do deputado federal Rafael Motta, de 19 de junho deste ano: “Nega-se a ciência. Nega-se o uso da máscara. Nega-se o distanciamento. Nega-se a prudência de receitar apenas o que tem eficácia. Nega-se a oferta de vacinas. Nega-se a dor. Nega-se o sofrer. Mas não há como negar um número: 500 mil mortos (à época e hoje já são mais de 600 mil). Vidas negadas pela ausência de sins”.
Para participar do Carnatal 2021, que ocorreu de 9 a 12 de dezembro, todos os participantes, tanto os foliões dos blocos, artistas e profissionais que atuaram no evento, tinham que apresentar o comprovante de vacinação e recebiam uma pulseira atestando que estavam vacinados e só podiam entrar na área do entorno do Arena das Dunas, onde a festa ocorreu, com esta pulseira no braço.
O deputado Rafael Motta estava com a citada pulseira no braço esquerdo, como mostra o vídeo divulgado pelo ministro das Comunicações Fábio Faria em seu Instagram. O Carnatal 2021, assim como outros eventos de grande porte, foram liberados pelo governo estadual, devido ao avançado da vacinação, que possibilitou a diminuição dos casos de morte e infeção pelo coronavírus.
No entanto, infectologistas continuam afirmando a necessidade do uso de máscaras, limpeza constante das mãos e um mínimo de distanciamento possível, já que a vacinação não garante proteção 100%, principalmente agora com a disseminação da variante ômicron.