A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), que investiga contratos firmados pelo governo do estado do Rio Grande do Norte referentes ao enfrentamento da Covid, teve uma declaração polêmica na abertura das oitivas desta quarta-feira (1º). O presidente da CPI, deputado Kelps Lima (Solidariedade), iniciou a reunião apresentando os requerimentos de alguns dos parlamentares.
Em determinado momento o presidente citou alguns requerimentos do deputado Tomba Farias (PSDB), que questiona os governos dos estados da Paraíba, Piauí e Bahia, se fizeram contratos com as empresas: Complexo Laboratorial Hope, Hope laboratórios, e Maga variedades limitadas.
O relator da CPI, deputado Francisco do PT, questionou o porquê de citar e enviar requerimento para outros estados se a comissão investiga possíveis irregularidades no estado.
Foi então que o deputado Kelps Lima, falando pelo deputado Tomba Farias, que não estava presente, fez a seguinte declaração:
“A senhora Magaly, presidente do Lacen, veio aqui e foi perguntada três vezes, objetivamente, sob juramento de não pode mentir, se ela tinha alguma empresa. Ela repetiu três vezes que não tinha. A CPI oficiou a junta comercial. Ela tem três empresas. Então ela mentiu na CPI e vai responder pelo crime de falso testemunho”, declarou o presidente da CPI, referindo-se às três empresas que constam no requerimento.
Ele ainda disse que estava ciente das empresas da diretora do Lacen durante o seu depoimento, mas não deu ordem de prisão pois, ainda não possuía os documentos oficiais. Ela será convocada novamente para prestar depoimento sobre o caso.
Sobre o envio do requerimento para outros estados, o presidente da CPI esclarece que “chegou notícia à CPI que há um esquema dos estados do nordeste de rotatividade de empresas entre alguns estados para um esquema de corrupção. E a empresa dela é a primeira a ser investigada”. No fim ele ainda reforça, “não estou dizendo que isso ocorreu, mas a CPI investiga”.