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dezembro 17, 2024


CÂMARA APROVA ALTERAÇÕES NO CÓDIGO TRIBUTÁRIO EM 1ª DISCUSSÃO E APRECIA VETOS

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Na sessão ordinária desta terça-feira (17), a Câmara Municipal de Natal aprovou, em primeira discussão, dois Projetos de Lei Complementar (PLC) de autoria do Poder Executivo que promovem alterações no Código Tributário Municipal. Os projetos seguem para segunda discussão, após cumprimento do prazo legal de 48 horas, conforme determina a Lei Orgânica do Município.

Os projetos analisados foram o PLC nº 24/2024 que altera dispositivos do Código Tributário do município de Natal, instituído pela Lei nº 3.882/89, e da Lei nº 7.254/2021, que dispõe sobre o uso e ocupação de espaços públicos. E o PLC nº 21/2024: Altera o art. 48 da Lei nº 3.882/89.

O vereador Kleber Fernandes (Republicanos) destacou a importância do prazo de 48 horas entre as discussões e anunciou a participação do secretário municipal de Tributação, Danilson Lopes, na próxima sessão. “Amanhã, o secretário estará presente para esclarecer dúvidas e apresentar a matéria. Os vereadores terão a oportunidade de fazer emendas, se assim desejarem”, informou o parlamentar.

Além disso, durante a sessão, os vereadores derrubaram vetos do Executivo a projetos de lei apresentados pela Casa. Um dos vetos rejeitados foi ao Projeto de Lei nº 263/2023, de autoria da vereadora Nina Souza (União Brasil), que cria a Central de Qualidade de Vida para Servidores Públicos do Município de Natal.

A proposta visa oferecer serviços de saúde integrados para os servidores, como acompanhamento nutricional, psicológico e médico em diversas especialidades. “A mulher não consegue fazer uma mamografia, ir ao ginecologista ou ao dentista. Há relatos de servidores com depressão, acumulando dificuldades. A central é uma solução prática, sem grandes custos para o município, e já passou do tempo de implementarmos essa iniciativa”, explicou a autora do projeto.

Com a derrubada do veto, a proposta segue para sanção do Executivo. A vereadora Nina Souza ressaltou que acompanhará de perto a implementação da nova lei.


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AUTORIDADES PRESTIGIAM LANÇAMENTO DE LIVRO DO JUIZ FEDERAL WALTER NUNES

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O lançamento do livro “Código do Processo Penal do Estado do RN – Uma análise crítica”, do juiz federal e professor Walter Nunes, marcou, nesta segunda-feira (16), um importante resgate histórico e jurídico. O evento ocorreu no novo Memorial do Legislativo Potiguar, na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte, e reuniu autoridades, juristas e acadêmicos para celebrar a obra que revela o pioneirismo do Rio Grande do Norte ao promulgar seu próprio Código de Processo Penal em 1918.

A obra analisa o contexto histórico do período, no qual o pensamento jurídico brasileiro era fortemente influenciado pelo positivismo penal europeu, especialmente pelos teóricos Cesare Lombroso, Enrico Ferri e Raffaele Garofalo. Em meio a essa influência, o estado do Rio Grande do Norte tomou a dianteira ao criar sua própria legislação processual penal, algo raro e significativo no Brasil federativo daquela época.

“Este código representou uma afirmação de autonomia e modernidade do direito potiguar, servindo, inclusive, como um importante indicador para o Código Brasileiro que viria a ser adotado posteriormente”, destacou Walter Nunes.

O Código do Processo Penal do RN consolidou a capacidade dos estados brasileiros em legislar sobre matérias processuais, refletindo os princípios de descentralização trazidos pela Constituição de 1891. A iniciativa potiguar demonstrou o compromisso do estado em acompanhar os avanços jurídicos e sociais da época, servindo como modelo inovador para a legislação nacional.

Na solenidade, importantes juristas potiguares marcaram presença como o juiz federal Marco Bruno e o desembargador aposentado Francisco Barros Dias. Para Walter Nunes, que assinou a obra ao lado do jurista Olavo Hamilton, o Rio Grande do Norte teve uma forte influência no atual Código do Processo Penal brasileiro.

“A análise revela a profundidade do conhecimento de Teotônio Freire. Foi uma personalidade ímpar, um homem extremamente culto e foi o autor intelectual do Código. Foi desembargador do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte e presidente por 13 anos, o que evidencia uma clara liderança”, explicou Walter Nunes.

O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Ezequiel Ferreira (PSDB), reforçou a importância da obra e do evento. “Esta análise crítica traz à tona o protagonismo e a importância do Rio Grande do Norte no cenário jurídico brasileiro. É uma obra que faz um resgate histórico e coloca nosso estado como um ator fundamental na evolução do direito processual brasileiro”, afirmou.

O evento é o primeiro a acontecer no Memorial do Legislativo Potiguar, espaço dedicado à preservação da memória e cultura do estado. Localizado em um imóvel centenário, o memorial homenageia figuras históricas e reúne acervos legislativos, consolidando-se como um ambiente de reflexão sobre a trajetória política e jurídica do Rio Grande do Norte.


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ÁLVARO DOBROU O VALOR PAGO EM 2023 E QUEIMA DE FOGOS ESTE ANO VAI CUSTAR MAIS DE R$ 6 MILHÕES

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A Prefeitura de Natal vai pagar R$ 6.276.000,00 pelo show pirotécnico do réveillon 2025. Pelo tempo da atração, que será de 15 minutos – segundo informação prestada pela secretária Municipal de Cultura, Danielle Mafra -, serão gastos R$ 418.400,00 por minuto, ou mais de R$ 400 por segundo.

Para comparação, em 2023, o gasto da Prefeitura de Natal com fogos de artifício para a virada de ano e os serviços e aparatos necessários foi de R$ 2.908.639,34, o que significa um aumento 115,77% ou R$ 3.367.360,66.

Além disso, o valor a ser pago pela gestão da capital potiguar é muito mais elevado do que o de cidades como Salvador, que gastará 4.820.000,00; Florianópolis, onde o custo será de R$ 2.843.695,00. Muitas capitais ainda não tiveram a contratação de serviços para o réveillon publicados no Diário Oficial.

A empresa responsável pelo show realizado em Natal este ano é a Guaray Pirotecnia Ltda., que tem sede em Recife. O contrato firmado entre a Secretaria Municipal de Cultura (Secult) e a companhia pernambucana prevê fornecimento de fogos de artifício; balsas; mão de obra especializada e serviços de execução de reboque de balsas, montagem e desmontagem.

Procurada pela equipe do Diário do RN para que explicasse a diferença de valor entre 2023 e 2024, a secretária Danielle Mafra informou que os custos de R$ 2.908.639,34 referentes ao ano passado não incluem os valores das balsas. No entanto, isso não é o que aponta o Extrato de Contrato nº 53/202, enviado à gestora pela reportagem.

Após o recebimento do documento, Mafra informou que ainda assim precisaria verificar a informação. “Vou checar. Há uma diferença sobre isso. Mas vou verificar”, disse. Até o fechamento desta matéria, não houve retorno.

As queimas de fogos estão previstas para ocorrer nas praias da Redinha, Zona Norte da Capital, e de Ponta Negra, na Zona Sul, exatamente na área da engorda, cuja obra deve ser finalizada no mês de janeiro.

Além dos shows pirotécnicos, a prefeitura anunciou atrações musicais na virada de ano. Na Redinha, tocarão Banda Pretta e Cheiro de Amor, e em Ponta Negra, se apresentam Beto Barbosa, Iguinho e Lulinha e Efraim Lima.


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PREFEITOS DO RN CRITICAM POSIÇÃO CONTRA ICMS: “QUANTO PIOR, MELHOR”

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Deve acontecer nesta terça-feira (17) a votação do Projeto de Lei do Executivo estadual que trata do aumento da alíquota do ICMS no Rio Grande do Norte, de 18% para 20%. Desde que o Projeto de Lei chegou à Assembleia Legislativa, o assunto tem sido foco de debates e discussões entre o Governo do Estado, parlamentares, prefeitos, classe produtiva e a população do RN. A intenção.

Com a volta do percentual de 20% do Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS), o Governo projeta aumentar em R$ 948 milhões a arrecadação anual.

É esta a expectativa da Federação dos Municípios do Rio Grande do Norte (Femurn), ao defender o retorno da alíquota que fora praticada no Estado no ano de 2023. “A Federação dos Municípios do Rio Grande do Norte é favorável que o ICMS do Rio Grande do Norte fique em 20%, porque seria a manutenção da forma que era antes, entendendo que essa medida é fundamental para mitigar as perdas financeiras que os municípios vêm enfrentando nos últimos anos. Vale lembrar que os municípios recebem 25% de toda arrecadação do ICMS pelo Estado, o que torna essa receita uma das principais fontes para sustentar políticas públicas essenciais, como saúde, educação, infraestrutura”, defende Luciano Santos, presidente da Femurn e prefeito do município de Lagoa Nova.

De acordo com Luciano, a manutenção da alíquota em 18% “aprofunda mais ainda a crise fiscal nos municípios, comprometendo os serviços básicos e prejudicando a população”.

O Governo do RN alega, para além da manutenção dos serviços básicos, o aumento da arrecadação no Estado para basear a nova distribuição aos Estado, que virá com a Reforma Tributária. O repasse tomará como base a média da arrecadação de cada Estado entre 2019 e 2026. Todos os Estados do Nordeste já realizaram a ampliação das alíquotas.

Este é o principal ponto que o prefeito de Currais Novos, Odon Júnior (PT), defende para o ICMS em 20%. “Quando for dividir esse bolo, os estados que têm uma baixa, vão ter um bolo menor quando esse IVA [Imposto sobre Valor Agregado] for implantado em 2032. Então, isso reflete também nos municípios. Se a gente tem uma baixa arrecadação do ICMS, comparado com todos os estados nordestinos, isso vai se refletir numa baixa arrecadação futura do IVA para as próximas gerações”, esclarece.

Além disso, o prefeito do município do Seridó defende que ampliar a alíquota, neste momento, é viabilizar políticas públicas para a população. “A gente vê a crise fiscal que passa o estado do Rio Grande do Norte. Então, em meio a essa dificuldade fiscal os 20% vai dar uma contribuição para amenizar essa situação, poder honrar o custeio da saúde, da educação, segurança, de certa forma, e, ao mesmo tempo, para no futuro ter um IVA com um valor agregado melhor para o estado do Rio Grande do Norte”, ressalta Odon.

O chefe do Executivo currais-novense relembra, ainda, a aprovação das leis complementares 192/2022 e 194/2022, que promovem reduções nos orçamentos estaduais e municipais, ao retirar parte da arrecadação de ICMS destes entes, incluindo a aplicação direta do imposto sobre os combustíveis.

“Essa crise fiscal do estado tem a ver com a lei complementar 192/22 e 194/22, que no passado retirou a arrecadação do ICMS. Depois tivemos essa queda dos 20% para os 18%, que agravou ainda mais a situação fiscal do Estado”, analisa.

O incremento financeiro é o mesmo motivo pelo qual o prefeito de Patu e presidente da Associação dos Municípios do Oeste Potiguar (Amop), Rivelino Câmara (MDB), defende o ICMS de 20%. “Sou a favor. Vai impactar positivamente na receita dos municípios. De acordo com a tabela de ganhos de cada município, é um aporte financeiro importante para o dia a dia de cada um”, explica Rivelino. O prefeito destaca que, com o aumento do ICMS, a previsão é um incremento de mais de R$ 600 mil para Patu.

“Prefeitos querem quanto pior, melhor”
Já o prefeito de Brejinho, cidade do Agreste Potiguar, João Gomes (MDB), afirma que o município deixou de arrecadar cerca de R$ 1 milhão com a alíquota em 18% durante 2024. “Os produtos continuam mais baratos na Paraíba do que no Rio Grande do Norte. O vilão era a taxa do RN [para a oposição]. Hoje, o ICMS no RN é 18% e na Paraíba 20% e o combustível na Paraíba continua mais barato”, observa João Gomes.

Para ele, a posição dos prefeitos que se opõem ao aumento do imposto é “simplesmente política”. “Não estão pensando nos seus municípios e sim em ver a situação do Estado quanto pior melhor.

Fico triste com essas posições, sem ver que, sem recursos, como podemos prestar os serviços básicos que a população precisa?”, questiona o chefe do Executivo de Brejinho.

“Como pode um Estado como o Paraná, onde os municípios são ricos, e a taxa do ICMS é 20%, já o RN completo de município pobres, sem outro tipo de receita, e aceitar isso, onde os deputados estaduais tomam essa posição contrária sem consultar os municípios. Temos 167 municípios, apenas 26 tem condições financeiras melhor, o restante na linha da pobreza renunciando imposto. Só aqui no RN que vejo um radicalismo político desse, fico triste com esses políticos”, desabafa João Gomes.


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CADU: “É HORA DE ABANDONAR DISPUTAS ELEITORAIS E PENSAR NO MELHOR PARA O RN”

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Em momento decisivo para o Governo do RN, o Projeto de Lei que aumenta a alíquota do ICMS de 18% para 20% tem previsão de ser apreciada hoje (17), no plenário da Assembleia Legislativa. O PL tem gerado discussão, disputa e polêmica. A gestão Fátima Bezerra (PT) e a base governista na Casa têm dedicado esforço a fim de garantir a aprovação da matéria. O projeto tramita na ALRN desde o dia 07 de novembro. Já passou pelas comissões de Constituição, Justiça e Redação (CCJ) e de Finanças e Fiscalização (CFF), onde teve emenda de suspensão da medida aprovada e posteriormente derrubada na CCJ.

O secretário da Fazenda, Carlos Eduardo Xavier, conversou com o Diário do RN sobre o trabalho da gestão estadual em travar diálogo sobre o assunto. Ele esclarece que o aumento do ICMS deve impactar diretamente, de forma positiva, na vida das pessoas. Para o Governo, é a forma viável de honrar os compromissos com os fornecedores, que estão, inclusive, em atraso. “Além de tudo recuperar a sua capacidade de investimento, que hoje é praticamente zero”, frisa o secretário.

Carlos Eduardo esclarece, ainda, que é possível, caso a alíquota permaneça em 18%, que haja atraso nos salários dos servidores do Estado. “Um possível colapso das finanças do poder Executivo pode trazer efeitos severos para a economia do Estado, como, por exemplo, o atraso de salários dos servidores”, ressalta.

Durante esse período de diálogos e apresentação de dados a segmentos diversos da sociedade, o setor produtivo, através da Fecomércio, apresentou propostas alternativas ao aumento do ICMS. A Parceria Público-Privada (PPP) da Companhia de Águas e Esgotos do RN (Caern) e a necessidade de envio de proposta legislativa para instituir operações de Transação Tributária e Securitização da Dívida Ativa foram propostas apresentadas pela entidade. No entanto, de acordo com o secretário estadual da Fazenda, estas são medidas que trariam recurso extraordinário, mas não resolve o desequilíbrio das finanças correntes.

Veja entrevista na íntegra:

Diário do RN – Qual a importância da recomposição da alíquota para as contas do Governo e para a economia do Estado?
Carlos Eduardo Xavier – A recomposição da alíquota do ICMS é fundamental para o Estado do Rio Grande do Norte trilhar o caminho do reequilíbrio das suas contas. Isso tem um impacto muito importante na vida das pessoas que vivem no Estado. Um Estado equilibrado consegue prestar serviços melhores de saúde, de educação, segurança, porque vai conseguir honrar seus compromissos com os fornecedores, com os servidores e, além de tudo, recuperar a sua capacidade de investimento, que hoje é praticamente zero devido essa redução de alíquota de 20% para 18%.

Diário do RN – Com relação à discussão para votação na Assembleia, o senhor acredita que o interesse político contamina o debate? O foco principal do debate em torno da saúde fiscal do Estado fica prejudicada?
Carlos Eduardo Xavier – Eu acho que é hora de se abandonar disputas eleitorais e pensar no que é melhor para a vida das pessoas. Manter essa alíquota de ICMS em 18% vai trazer prejuízos enormes para as finanças do Estado em 2025 e nos anos seguintes, e poderá prejudicar a prestação de serviço público para a sociedade. E quem vive no Rio Grande do Norte não tem interesse nesse quadro. Para além disso, um possível colapso das finanças do poder Executivo pode trazer efeitos severos para a economia do Estado. Como, por exemplo, o atraso de salários dos servidores. O Rio Grande do Norte viveu esse quadro há poucos anos e o impacto foi muito negativo em toda a economia, que ainda tem uma dependência muito grande do pagamento em dia, o pagamento regular da folha do Estado.

Diário do RN – A oposição alega superávit de arrecadação no RN e inflação baixa em relação aos demais estados brasileiros, como justificativa para o voto contra. Qual é a atual situação do Estado em relação a estes pontos?
Carlos Eduardo Xavier – A arrecadação de ICMS praticamente não cresceu em 2024. Pelo contrário, em diversos meses, após a comparação da alíquota de 18% desse ano com a alíquota de 20% no ano passado, são seguidas quedas. E por outro lado, não houve a propalada redução dos preços das mercadorias para as pessoas que vivem aqui no estado. Então, não houve benefício prático dessa medida de redução da alíquota de 20% para 18%.

Diário do RN – Entregar a Caern em uma PPP e a securitização da dívida ativa foram as soluções apontadas pela Fecomércio como alternativa ao aumento da alíquota. É possível essa substituição? Ela recuperaria a economia do RN?
Carlos Eduardo Xavier – A securitização da dívida ativa, assim como a venda da Caern, são medidas que trariam um recurso extraordinário para o Estado. Mas, por outro lado, não resolve o desequilíbrio das finanças correntes, que é aquilo que o Estado arrecada por mês com aquilo que ele gasta. É como se o cidadão que tem um carro, vendesse seu veículo para pagar suas dívidas, não ajustasse o que ganha ao que gasta, e continuasse tendo despesas mês a mês. O que ia acontecer? Ele ia perder patrimônio e não ia resolver o seu problema de caixa.

13º: “Se o Estado anunciou assim, é porque só temos condições de pagar assim”

Na véspera da votação do projeto sobre ICMS, que vem sendo visto como uma saída para o reequilíbrio financeiro do Estado, a Justiça deferiu pedido de tutela de urgência solicitado pelo Sindicato dos Trabalhadores em Saúde do RN (Sindsaúde) e determinou o pagamento integral do 13º salário dos servidores neste ano. Na semana passada, o Governo do RN publicou calendário anunciando um escalonamento para os dias 20 de dezembro e 10 de janeiro.

O juiz Bruno Lacerda Bezerra Fernandes, da 5ª Vara da Fazenda Pública da Comarca de Natal, no processo número 0884480-38.2024.8.20.5001, cita que o calendário viola legislação que determina o pagamento do 13º para o mês de dezembro e fere o princípio da isonomia entre os servidores ao estabelecer tratamento diferenciado entre servidores.

Na conversa com a reportagem o secretário da Fazenda, Carlos Eduardo Xavier, não se alongou no assunto, mas garantiu que o Estado vai recorrer. “Vamos recorrer. Se o Estado anunciou o pagamento assim, é porque só temos condições de pagar assim”, afirma Xavier.

No final da tarde desta segunda-feira (16), após a decisão, o Governo do RN divulgou uma nota sobre o assunto. Segundo o texto, a decisão de primeira instância “desorganiza a programação de todas as despesas de custeio”.

“A definição do pagamento do décimo terceiro salário é competência do poder executivo estadual, respeitando a disponibilidade de recursos e o fluxo financeiro diário”, diz outro trecho da nota.
A Procuradoria Geral do Estado do Rio Grande do Norte (PGE), que assina a nota, atesta, ainda: “O referido calendário de pagamento foi previamente divulgado, sendo o mesmo de domínio público, e será inteiramente cumprido, como ocorreu em anos anteriores, desde que a governadora restabeleceu a regularidade e calendário de pagamento do nosso funcionalismo”.


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ALLYSON BEZERRA, SEU VICE-PREFEITO E MAIS 21 VEREADORES SÃO DIPLOMADOS

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A Justiça Eleitoral diplomou, na manhã desta segunda-feira (16), o prefeito reeleito Allyson Bezerra (União) e o vice-prefeito eleito Marcos Medeiros (PSD), além dos 21 vereadores e vereadoras eleitos e reeleitos na eleição de 2024 em Mossoró. O ato oficializou os resultados das urnas e habilitou os políticos a assumirem seus mandatos a partir de 1º de janeiro de 2025. A solenidade, realizada no auditório do Fórum Desembargador Silveira Martins, foi presidida pela juíza da 34ª Zona Eleitoral, Cínthia Cibele Diniz de Medeiros.

Em declaração ao jornalista Carlos Santos, Allyson Bezerra enfatizou que foi feita a vontade do povo: “O povo confirmou nas ruas, por onde a gente passava, que esse trabalho que começamos merecia continuar, e assim, foi feita a vontade do povo. Hoje é um dia para agradecer ao nosso Deus, ao nosso povo, dia de celebrar a democracia”

Nas redes sociais, o prefeito reeleito registrou em vídeo o momento da diplomação acompanhado da primeira-dama Cinthia Pinheiro e da filha Angelina. Na legenda, agradece aos mais de 113 mil votos que lhe deram a maior vitória política da história de Mossoró. Foram exatos 113.121 votos que representam 78,02% dos votos válidos contabilizados pela Justiça Eleitoral no dia 06 de outubro.

Também nas redes sociais, o vice-prefeito eleito Marcos Medeiros descreveu que “Hoje é um dia histórico e emocionante em minha vida”. Ele ainda falou da importância do apoio da família e da responsabilidade que assume: “Fui oficialmente diplomado como vice-prefeito de Mossoró, e esse momento representa não apenas a concretização de um sonho, mas também o início de uma grande responsabilidade com a nossa cidade. Estar ao lado da minha esposa Aline, do meu filho Gustavo, da minha mãe, e do prefeito Allyson me trouxe a certeza de que essa caminhada é sustentada pelo apoio da minha família e pela confiança do povo mossoroense”.

Na mesma solenidade que diplomou Allyson Bezerra e Marcos Medeiros, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RN) concedeu diploma aos vereadores reeleitos Lucas das Malhas (União), Wiginis do Gás (União), Genilson Alves (União), Raério Cabeção (União), Tony Cabelos (União), Ozaniel Mesquita (União), Ricardo de Dodoca (União) e à vereadora reeleita Marleide Cunha (PT). E ainda aos vereadores eleitos Petras (PSD), Thiago Marques (Solidariedade), João Marcelo (PSD), Vavá (Rede), Alex do Frango (PSD), Jailson Nogueira (PL), Vladimir de Cabelo de Negro (PSD), Mazinho do Saci (PL), Kayo Freire (PSD), Cabo Deyvison (MDB), John Kenneth (Solidariedade), Dr. Cubano (PSDB) e à vereadora eleita Plúvia (PT).


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