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abril 17, 2025


DOM JOÃO REFORÇA MENSAGEM DE ESPERANÇA E RENOVAÇÃO NA PÁSCOA

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Dom João Cardoso, Arcebispo Metropolitano de Natal enviou uma mensagem especial ao Diário do RN sobre a Semana Santa e o signficado da Páscoa para os fiéis católicos: “Com afeto pastoral e espírito fraterno, dirijo-me a você que, nos mais diversos espaços da vida pública e social, se dedica à promoção do bem comum e à construção de uma sociedade mais justa, solidária e pacífica. Que a luz da Ressurreição do Senhor o(a) envolva com esperança, alegria e paz!

A Ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo é o fundamento da fé cristã e o sinal definitivo do amor incondicional de Deus por nós. Trata-se do evento mais extraordinário da história humana: o que era humanamente impensável aconteceu — “Jesus de Nazaré… Deus o ressuscitou, libertando-o dos grilhões da morte” (At 2, 22-24).

Na manhã da Ressurreição, ressoa o anúncio que transforma o mundo: Cristo ressuscitou! A vida venceu a morte, o amor triunfou sobre o pecado, e a luz dissipou as trevas! Este anúncio reacende a esperança! O Ressuscitado caminha à nossa frente, precede-nos em nossos caminhos e, assim como pediu aos discípulos (Mt 28,7), também nos convida a voltar à Galileia — ao primeiro amor, às origens da fé — para recomeçar com esperança viva e coração renovado.

A Páscoa não é uma simples lembrança de um fato passado. É a celebração de uma presença viva e transformadora: o Senhor ressuscitado, que nos impulsiona a caminhar com coragem, alegria e confiança. Cristo vive! Com Ele, sempre é possível recomeçar. Com Ele, tudo pode ser recriado!

Neste Ano Jubilar, como Peregrinos de Esperança, somos chamados a contemplar os desafios do presente com os olhos da fé. O Ressuscitado nos inspira a promover uma cultura de paz, justiça, ternura e reconciliação.

A Arquidiocese de Natal reafirma sua disposição de caminhar com você, fortalecendo os laços de comunhão, diálogo e cooperação, certos de que, juntos, podemos ser sinais do Reino de Deus na história.

Sigamos unidos como parceiros e peregrinos da esperança! Que o Cristo Ressuscitado abençoe e renove sua vida, sua missão e sua família!”.

João Santos Cardoso, Arcebispo Metropolitano de Natal

Por que há uma data fixa para o Natal, mas não para a Páscoa?

O vigário paroquial da Catedral Metropolitana de Natal, padre Yago Carvalho, explica que a liturgia da Igreja Católica é baseada em um calendário lunar. “Nós, no Ocidente, não temos uma data fixa porque a liturgia da Igreja, ou seja, as missas, são baseadas num calendário lunar, de acordo com a fase da lua”.

A definição para a data em que é celebrada a ressurreição de Cristo aconteceu durante o Concílio de Niceia, no ano de 325 depois de Cristo. No encontro, tido como o primeiro concílio ecumênico realizado pela Igreja Católica, ficou decidido que a Páscoa seria comemorada no primeiro domingo após a primeira lua cheia que acorre após o equinócio de outono, no Hemisfério Sul, e da primavera, no Hemisfério Norte.

Tendo uma data móvel, a celebração pode se dar entre 22 de março e 25 de abril. A definição da data impacta outros eventos, como o Carnaval, já que a quarta-feira após a terça de Carnaval marca o começo da Quaresma, os 40 dias que antecedem a Semana Santa.

No último mês de janeiro, o Papa Francisco anunciou que a Igreja Católica pretende escolher uma data fixa para celebrar Páscoa, de maneira uniforme para todas as denominações cristãs. De acordo com o padre Yago, porém, esse processo ainda deve ser muito debatido.

“O Papa fixando essa data, teríamos uma data permanente para a celebração da Páscoa, consequentemente de tantas outras da vida da Igreja. Ainda é um processo, ainda precisa ser visto, estudado, analisado e bastante discutido, porque isso vai interferir inclusive no calendário como um todo”, explica.

Ovos de chocolate e coelhos estão desconexos do verdadeiro significado da Páscoa? A Igreja explica

Os ovos de chocolate e a figura do coelho são vistos muitas vezes como itens puramente comerciais, que não têm relação com a celebração religiosa da Páscoa. Será que é isso mesmo? De acordo com o padre Francisco de Assis Barbosa, esses símbolos lembram, sim, significados da data cristã, não sendo tradições a se “deixar de lado”.

“A gente vê que o coelho é um animal de reprodução muito ligeira. O ovo é uma vida, é uma nova vida. É e aí as pessoas durante muito tempo cultivaram essa parte mais comercial do tempo da Páscoa, o que não dá não é uma coisa assim de se deixar de lado porque, de certa forma, a Páscoa é um momento celebrativo, e chocolate adoça a nossa vida e tem essa conotação também”, explica.

“A gente vai ver várias situações, várias coisas que envolve essa questão da Páscoa, que não é só focado no comercial, mas envolve toda uma situação de vida. É a geração de uma nova vida. Há muitas tradições de esconder os ovos, da caça ao ovo, e isso faz com que a gente se dê conta de que realmente Páscoa não é só um significado lá no dicionário. Lembra a passagem do povo de Deus que atravessa o deserto dos pecados, que chega à terra prometida, que tem todo um compromisso de fé, tem toda uma afirmação do compromisso de levar adiante uma aliança, mas agora é diferente. Essa Páscoa é muito mais do que uma passagem, uma renovação total”, afirma.

Mas ele destaca que a Páscoa deve ser buscada por cada um, que deve aceitar e viver o chamado para uma vida nova. “Ou eu faço minha Páscoa acontecer ou eu vou ficar pelo meio do caminho, caçando uma Páscoa que só existe na cabeça da gente e não naquilo que é o mistério da palavra de Deus, que é o convite de Jesus para sermos criaturas novas”, conclui.


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OS SIGNIFICADOS E RITUAIS DE CADA DIA DA SEMANA SANTA, SEGUNDO A IGREJA

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A Semana Santa é um dos períodos mais importantes para os cristãos católicos, que celebram os sete dias que antecedem a Páscoa. Nesse período, são recordados os momentos da entrada triunfal de Jesus em Jerusalém, no Domingo de Ramos; a Última Ceia, na Quinta-feira Santa; a crucificação, na Sexta-feira Santa, e a ressurreição, no Domingo de Páscoa.

O chanceler da cúria metropolitana de Natal e pároco da Paróquia de Nossa Senhora da Candelária, padre Francisco de Assis Barbosa, explica que o Tríduo Pascal, ou seja, o período de tempo que vai da tarde de quinta-feira Santa até a manhã do Domingo de Páscoa, é o “ponto de culminância da fé cristã”, e que para chegar a esse momento, é preciso uma preparação: a Quaresma.

Quaresma
“A Semana Santa é precedida da Quaresma. Há quarenta dias para uma reflexão, para um acompanhamento das nossas atitudes como cristãos, uma repaginação da nossa vida, e o que é mais importante de saber: que a gente vai poder plantar sementes e colher frutos. A gente vai aprender a fazer isso na Páscoa”, afirma.

“Por isso que a Quaresma dá essas quarenta oportunidades de a gente ficar mais sintonizado ao mistério de Deus, devido àquilo que nos pede o evangelho, trabalhando aquilo que não faz muito bem em nossa vida, retirando do coração e fazendo uma varredura. E nesses quarenta dias, há de dar tempo para a gente chegar na Páscoa com a perspectiva boa de que seja realmente essa passagem, que seja também ressuscitar com Cristo”, completa Francisco de Assis.

Ele afirma que o período quaresmal é iniciado na Quarta-feira de Cinzas e deve ser encerrado na Quinta-feira Santa. Nesse período, os fiéis costumam fazer penitências, como forma de demonstrar arrependimento por pecados cometidos. No entanto, o padre destaca que é preciso ser firme no propósito e lembrar que os cristãos deveriam viver em constante penitência.

“Há toda uma situação que envolve essa história da Quaresma. As pessoas passam a Quaresma todinha com propósito, elas fazem as penitências, mas elas querem saber quando o começa e quando termina. Na realidade, a gente deveria viver em eterna penitência. Afinal de contas, o pecado não dorme. A graça está aí para nos socorrer, mas o pecado também está aí na frente, em uma corrida bem acelerada”, diz.

“Do ponto de vista particular, eu falando, padre Assis, penitência é penitência, independentemente dos dias, das horas. (…) O propósito há de ser com firmeza para que realmente você obtenha as graças de Deus. (…) Mas aí as pessoas começam, às vezes, a banalizar os propósitos que fazem na Quaresma. Por exemplo, a gente tira refrigerante, mas não coloca marca, então eu só vou deixar de tomar uma qualidade, mas eu posso tomar as outras. Quando faço uma penitência, faço realmente uma penitência completa, e ela vai ser boa para quem está fazendo, porque ela realmente é um repensar sobre a qualidade do testemunho, sobre o cristão que queremos ser, e testemunhar a mão de Deus”, concluiu.

Domingo de Ramos
O pároco explica que o Domingo de Ramos é o “portal da Semana Santa”, por onde é iniciada a celebração da Paixão, Morte e Ressurreição do Senhor. “É no Domingo de Ramos que a gente fecha os encontros da Campanha da Fraternidade [ação anual da Igreja Católica no Brasil que mobiliza os fiéis para a caridade e a solidariedade] e a coleta da Campanha da Fraternidade, e o que é mais importante é a gente saber que no Domingo de Ramos a gente inicia esse tempo rico mais perto da graça de Deus, que são os Dias Maiores – como antigamente se dizia -, os Dias Santos”.

A Procissão de Ramos é dividida em dois momentos, explica o padre. O primeiro é a entrada de Jesus em Jerusalém. “As palmas são substituídas pelos ramos, pelas vestes que são colocadas no chão para que Jesus pudesse entrar como o Rei. Ele é o rei da glória, como rezam nos salmos que cantamos nesse dia”.

O segundo momento é a leitura narrativa da Paixão. “Paixão, morte e ressurreição de Jesus, todo aquele trajeto de Jesus desde a entrega Pilatos, a Herodes, e aí Jesus vai fazendo um fechamento do projeto do Pai – ele que é o fiel cumpridor dessas promessas do Pai, que é levar até às últimas consequências aquilo que se constitui o ápice de toda nossa vida cristã, que é a salvação, que é a vida eterna”, diz.

Quinta-feira Santa
No início do Tríduo Pascal, também há dois momentos importantes, como detalha o padre: a bênção dos Santos Óleos e a celebração da Ceia do Senhor. Na missa dos Santos Óleos, são abençoados os óleos do Batismo, da Crisma e da Unção dos Enfermos, que são usados nas celebrações, nos sacramentos e nas ordenações. Já a celebração da Ceia do Senhor lembra a primeira missa de Cristo. “Um momento com os seus discípulos, onde institui a Santa Eucaristia”, pontua Francisco de Assis.

“E aí a gente todo em contexto nessa liturgia. Ela é a liturgia mais longa do tríduo começa na quinta-feira, onde a gente traça o sinal da cruz e a gente só vai fazer essa conclusão com a Vigília Pascal, com Domingo da Ressurreição – que de acordo com o contexto em que vivemos, com a insegurança, com uma série de fatores, as celebrações não mais acontecem à meia noite, mas tem toda uma situação também teológica que envolve esses dias ricos da liturgia da Igreja”, completa.

De acordo com o pároco, a Ceia do Senhor é um momento importante de exaltação e instituição da Santa Eucaristia e, dentro dessa celebração, há rito do lava-pés, que, como o nome sugere, é um ritual de lavagem dos pés que lembra o ato realizado por Jesus aos discípulos na noite anterior à sua morte.

“Um gesto de serviço, de entrega, de doação, e, como diz o próprio texto: façam a mesma coisa que eu fiz. Ou seja, somos convidados a reproduzir em nós, e para as outras pessoas, os gestos e as atitudes de Jesus, que se resume no primeiro evangelho que a gente conhece. Que não é Mateus, Lucas, Marcos e João, mas é o evangelho do acolhimento. Jesus era o homem do acolhimento, ele é do acolhimento, e nos convida que façamos a mesma coisa”, ressalta.

“Ele não se prendeu a estar ligado simplesmente a isso ou aquilo outro, a grupo A, a grupo B; mas ele esteve todo o seu ministério na rua, na escuta, às margens dos rios, com os pescadores, com as pessoas que mais precisavam do perdão, e, é claro, de serem reintegradas à sociedade, aos direitos e também aos deveres. Então, essa Missa da Ceia, essa entrega total, essa celebração exalta e institui a Santa Eucaristia, tem essa conotação, essa riqueza na liturgia, que vai nos preparando para a liturgia da Paixão, da sexta-feira”, conclui Francisco de Assis, que explica, ainda que, ao fim da missa, é, então, iniciada uma vigília.

Sexta-feira da Paixão
Na sexta não há missa, ressalta o padre, pois ela foi iniciada na quinta, e ocorre a narrativa da Paixão. “O sacerdote entra silenciosamente com aqueles que vão servir na liturgia. Há uma prostração como sinal também de entrega, de que somos pó, e para o pó um dia voltaremos. E depois, quando a Liturgia da Palavra começa. Em seguida, a gente tem a Oração Universal e também Adoração da Cruz”.

No momento da adoração, ocorre um recolhimento de donativos, que, de acordo com o pároco, é voltado para manter abertos os lugares santos na Terra Santa [formada por partes da Israel, da Cisjordânia e da Jordânia]. “Então, nós somos essa chave também pela manutenção dos lugares, para que, na visitação, as pessoas conheçam o trajeto, a vida, toda a história de Jesus Cristo, nosso Senhor”.

O pároco afirma que, na Sexta-feira Santa o altar fica “desnudado” e a Igreja fecha as portas para a preparação para a Vigília Pascal, que “é uma celebração que tem toda a história do povo de Deus”, desde a criação até a ressurreição de Jesus Cristo.

Sábado de Aleluia
Para os cristãos, o Sábado é um dia de alegria, sendo o último que antecede a maior celebração daqueles que seguem os ensinamentos e doutrinas deixados por Jesus Cristo. Nesse dia, é realizada a Bênção do Fogo Novo e a Bênção da Água Batismal.

A Bênção do Fogo Novo é um ritual que simboliza a luz de Jesus, que ilumina as trevas do mundo. A partir desse fogo é aceso Círio Pascal, que representa Jesus Cristo ressuscitado da morte. Já a Bênção da Água batismal é voltada para a renovação das promessas batismais, tendo a água como sinal de vida nova. Essa água será usada para aspergir os fiéis e para administrar o Batismo.

“Temos o nosso compromisso batismal, a nossa missão – que no batismo recebemos -, e a aspersão do povo, com a Nova Água, o Fogo Novo que ilumina. E a celebração tem seu seguimento nessa alegria de que, com Cristo, nós também ressuscitamos. Então, o sábado fecha esse Tríduo Pascal, essa centralidade da nossa fé”, diz o padre.

Ele lembra, ainda, as tradições do Sábado de Aleluia, as quais afirma que hoje são vistas com mais frequência apenas em cidades do interior. “Tem muita coisa no interior, do Sábado de Aleluia, a história de roubar galinha, essas coisas todas. São brincadeiras, como por exemplo, de malhar o Judas, um boneco que se amarrava em algum canto para simbolizar uma espécie não de vingança, mas de fazer o que Judas merecia, por exemplo: uma ‘boa surra’, para aprender a respeitar, a ser um discípulo interessante no grupo de Jesus”, diz.

Entretanto, o Francisco de Assis ressalta que esses costumes não são apoiados pela Igreja. “Não são coisas assim abraçadas, encaminhadas, louvadas pela Igreja. A gente não quer nunca que isso aconteça para prejudicar os outros”, explica.

Domingo de Páscoa
“O domingo já é dia do Senhor, e o domingo de Páscoa é mais celebrativo ainda, mais especial”, diz o padre. E é por esse marco que é vivido todo o período quaresmal. “Por isso que a Quaresma é esse tempo, como a gente viu, lá no primeiro dia que é a quarta-feira de Cinzas, quando o profeta Joel pede que a gente rasgue o coração e não as vestes, ou seja, o que os olhos não veem, o coração vai sentir, porque a boca fala daquilo que o que coração está cheio. Então, ele quer que a gente trabalhe tudo isso para algo bem maior, que é a Páscoa”.

O pároco afirma que toda a teologia que circunda as celebrações de Páscoa confere uma mística muito envolvente. “A gente se sente realmente abraçado por Jesus, por ser uma vida nova, uma nova oportunidade que ele está nos concedendo repaginar, reorganizar, faz uma varredura em nossa vida e viver realmente a Páscoa”.

Ele frisa que esse momento de passagem inicia uma nova fase, que são os cinquenta dias até Pentecostes, cuja celebração é pela renovação da força do Espírito Santo recebida no dia do batismo. “A gente vai ter de cinquenta dias até o Pentecostes para também trabalhar o que a gente não conseguiu resolver na Quaresma. Dá tempo, ainda na Páscoa, de você reorganizar a sua vida e ser uma criatura nova, ser um homem novo, ser uma mulher nova”, finaliza.


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ZENAIDE PODERÁ LEVAR ALLYSON AO GRUPO DE FÁTIMA OU SAIR COM ELE EM 3ª VIA

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A senadora Zenaide Maia (PSD) já sinalizou entendimento com Fátima Bezerra (PT) para formação da chapa ao Senado. Candidata à reeleição, ela afirmou em entrevista, concedida à Rádio Mix, que já abriu diálogo com o sistema governista com vistas à 2026. Zenaide é vice-líder do Governo Lula no Senado e alinhada com a pauta da esquerda. No Rio Grande do Norte, entretanto, tem como um dos maiores aliados o prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra (UB), que faz oposição ao Governo do PT no Estado. A senadora também tem o apoio da prefeita de Parnamirim, Nilda Cruz (Solidariedade), que confirmou aliança com a pré-candidata à 98 FM nesta terça-feira (16). Zenaide vem formando rede de apoios e dialogando com as 22 prefeituras do PSD, partido que preside no RN.

O posicionamento de Zenaide pode abrir uma série de possibilidades que definirão as posições dos personagens e grupos políticos para a disputa eleitoral.

Na semana passada, em passagem por Natal, Allyson Bezerra deixou claro que não há possibilidade de união com Fátima Bezerra (PT). “Não tenho condição de fazer defesa do Governo do Estado”, disse o prefeito que obteve mais de 100 mil votos no pleito de 2024 na 2ª maior cidade do Estado. O prefeito reforçou uma série de críticas à gestão Fátima. No entanto, deixou claro seu apoio à Zenaide na corrida para permanecer no Senado.

Filiado ao União Brasil, partido liderado por Agripino e que tem o prefeito da capital, Paulinho Freire, como um dos principais nomes, Allyson reitera que é do grupo da oposição. Oposição que tem aliança formada com partidos liderados por nomes como Rogério Marinho (PL) – com quem Allyson teve rompimento político em 2024; Styvenson Valentim (PSDB) – com quem esteve em disputa judicial em 2021 por questões de emendas parlamentares; e Álvaro Dias (Republicanos), com quem Allyson nunca teve relação.

Superar estes obstáculos e se tornar o candidato ao Governo da oposição não seria impossível, já que o prefeito tem capital eleitoral. Marinho, apesar da divergência da eleição passada, chegou a citar Allyson como nome a ser considerado. Mas trazer Zenaide para o grupo tornaria a senadora vice-líder do Governo Lula subordinada ao líder da oposição na Casa Legislativa e seu adversário, o próprio senador Rogério Marinho. Apesar de Zenaide, e do seu marido Jaime Calado, já terem colocado ao Diário do RN que estão abertos a conversar com o centro e a direita, Marinho já colocou nos bastidores que não quer a parlamentar no grupo, pelo seu alinhamento com a esquerda.

Assim, se Allyson fechar aliança com a direita, terá que apoiar chapa ao Senado provavelmente formada por Álvaro Dias e Styvenson Valentim.

Do outro lado, se Zenaide firmar a composição da disputa majoritária legislativa com Fátima Bezerra, poderia buscar entendimento no sentido de levar o prefeito mossoroense para o sistema governista, como o candidato ao Governo. Apesar de Allyson ter negado, as consequências seriam positivas para Allyson, pela facilidade do acordo, e principalmente para o PT, já que o nome do prefeito fortaleceria a chapa ao Senado Fátima-Zenaide. Entretanto, nesse quadro, o União Brasil provavelmente não se incluiria. O partido de José Agripino não se alia com Fátima Bezerra.

Paulinho Freire, uma das lideranças da sigla, tem acordo com Marinho e proximidade com os outros nomes do grupo.

Diante dos impasses, Zenaide e Allyson poderiam considerar se apresentarem como terceira via.

Precisariam, aí, encontrar apoios e nomes para as composições das chapas ao Governo e ao Senado de forma a tornar viável esse novo caminho. Allyson poderia migrar para o PSD, ou permanecer no União Brasil, já que o detentor de cargo majoritário não tem implicações de infidelidade partidária. Entretanto, neste caso, os dois precisariam começar o quanto antes a formar um palanque e trilhar a nova via.


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“PAULINHO FREIRE NÃO É A CONTINUIDADE DA GESTÃO ÁLVARO DIAS”, DIZ VEREADOR

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Os servidores gerais da Prefeitura de Natal alcançaram reajuste salarial de 12,88%. O Projeto de Lei Complementar nº 3/2025 foi aprovado por unanimidade em projeto de urgência na Câmara Municipal de Natal, nesta quarta-feira (16).

Após a aprovação, o vereador Luciano Nascimento (PSD) destacou a condução da gestão Paulinho Freire (UB), afirmando que a atual administração rompe com práticas da gestão anterior, de Álvaro Dias (Republicanos). Para o parlamentar, o governo tem se mostrado mais aberto ao diálogo e comprometido com melhorias concretas para a cidade.

“Por isso que eu entendo que não é uma continuidade da gestão de Álvaro, porque Paulinho vem tendo atitudes diferentes”, comparou o vereador em conversa com o Diário do RN.

O parlamentar explica que decidiu o voto pelo retorno que obteve dos representantes dos servidores presentes à sessão. “Os servidores estavam todos satisfeito pelo diálogo, pelo apoio e pelo compromisso da Prefeitura, por isso que a gente votou sim. Então fiquei feliz”, afirmou.

Ao votar a matéria e avaliar a gestão Paulinho Freire, Nascimento ressalta que nos primeiros 120 dias de gestão o prefeito promoveu uma série de melhorias no município. “Diferente e dialogando mais, zerou a fila das creches, tem o compromisso de até o final do ano mandar a licitação do transporte para Câmara Municipal de Natal, que a partir de hoje vai testar por 30 dias um ônibus elétrico, a merenda está melhorando, instalou 30 mil luminárias de led”, disse.

Ele destaca que o diálogo com a Câmara Municipal de Natal também mudou: “O diálogo e o respeito com a Câmara Municipal de Natal também está diferente. Este ano já tivemos duas reuniões de bancada e com os secretários. Na gestão de Álvaro era zero”.

O vereador Luciano avisa que, destas reuniões, “vem muita parceria da prefeitura com a Câmara para resultados positivos para os natalenses”. “Paulinho também tem um foco em acabar esses alagamentos, já tirou seis mil toneladas de entulhos dos bueiros amenizando o sofrimento das famílias, fez um carnaval maravilhoso, está preparando um São João maravilhoso”, alerta.

Reajuste
O reajuste de 12,88% nos salários dos servidores municipais foi calculado com base nos índices inflacionários acumulados entre maio de 2022 e fevereiro de 2025 e contempla os servidores públicos do regime geral, vinculados ao Plano Geral de Cargos, Carreiras e Vencimentos. Segundo o texto aprovado, os efeitos financeiros da atualização não incidirão sobre verbas de qualquer espécie já incorporadas aos vencimentos. A proposta também determina que a Vantagem Individual de Caráter Transitório (VICT) será absorvida proporcionalmente pelo novo valor.

Durante a sessão, o vereador Aldo Clemente (PSDB) também elogiou a gestão. “Esse aumento de 12,88% beneficia quem faz o serviço público acontecer. É um compromisso do prefeito Paulinho Freire com a cidade e com os trabalhadores. Em pouco mais de 100 dias, ele tem mostrado a que veio”, afirmou.

Representando o Sindicato dos Servidores Públicos do Município de Natal (Sinsenat), Jota Neto celebrou o avanço, mas lembrou que ainda há perdas a serem reparadas. “Este reajuste linear ajuda a equilibrar as perdas inflacionárias recentes, mas seguimos lutando por mais avanços”, disse.


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