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abril 29, 2025


PREFEITA DE PARNAMIRIM DENUNCIA AMEAÇAS DE MORTE E OFENSAS RACISTAS

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O número de casos prováveis de dengue no Rio Grande do Norte teve redução maior que a média nacional em relação ao ano passado, atingindo 79.28% (de 10.704 para 3.524). Considerando todos os estados do Brasil e o Distrito Federal, a diminuição foi de 76.11% (de 4.732.359 para 1.130.286). Os dados comparam números da 1ª a 17ª semana epidemiológica de 2024 e 2025.

Em relação aos números confirmados de dengue, o RN teve um percentual de melhora ainda maior, chegando a 84.55% – valor também acima da média nacional. Foram 3775 em 2024, contra 583 neste ano. Em todo o Brasil, foram 773.087 em 2025, e 4.246.510 no ano anterior, uma queda de 81.79%

Os casos graves e com sinais de alarme da doença – anteriormente chamados de dengue hemorrágica –, saíram de 108 para 19 no estado, o que significa uma redução de 82.40%. Os dados nacionais, porém, mostram uma tendência maior de agravamento da doença do que a observada no território potiguar. A média de todas as unidades da Federação foi 72.662 em 2024 contra 19.204 casos graves em 2025; uma redução consideravelmente inferior, de 73.57%.

Essa realidade de casos graves, porém, não reflete no número de mortes. Os casos de óbitos pela arbovirose caíram 82.89% no país, indo de 4.513 para 772. No RN, foram dois em 2024 e zero neste ano.

É importante ressaltar o ano passado foi o pior ano em contágio por dengue no país na última década, segundo a coordenadora de vigilância em saúde do Estado, Diana Rego.

“Nós temos em 2025 um número inferior de casos para as arboviroses dengue e chikungunya comparados em 2024. Primeiro que 2024 foi o pior ano epidêmico para o Brasil, não só para o estado do RN. Então, comparado com os últimos dez anos, 2024 foi o pior em número de casos para o Brasil”, disse.

Por outro lado, a gestora ressaltou os resultados do Estado do RN no diante desse problema. “O RN teve o melhor desempenho no enfrentamento dessa epidemia, com o menor número de óbitos dentro do estado”, explicou Diana Rego.

Para este ano, a gestora explica que o planejamento para enfrentamento da sazonalidade foi antecipado para priorizar municípios que, historicamente tem número mais elevados de casos.

“Fizemos um trabalho de prevenção e de educação da população com maior gravidade, conseguindo, então diminuir e enfrentar de forma mais efetiva o mosquito, que é o Aedes aegypti”, relatou.

Casos prováveis em Natal têm redução abaixo da média nacional, mas a queda de casos confirmados foi maior, superando os 80%

Em Natal, porém, o cenário é diferente, ficando com melhora abaixo da média nacional. Os casos prováveis saíram de 3.898 para 1.251, o que significa uma redução de 67,90%. Já os casos confirmados, saíram de 1.812 para 349; uma queda de 80,73%

Quanto aos casos graves, foram 42 em 2024 e 7 neste ano; uma melhora de 83,33%, que fica acima da média, considerando todas as unidades federativas. Não houve mortes em nenhum dos dois anos.

De acordo com chefe da Unidade de Vigilância de Zoonoses de Natal (UVZ), Luciano Pereira da Silva, são realizados tratamentos focais de arboviroses na cidade durante todo o ano, com visitas ocorrendo nas residências nos cinco distritos sanitários do município.

“Natal também utiliza a tecnologia das ovitrampas, armadilhas que ajudam no monitoramento e controle dos mosquitos que podem causar arboviroses, tecnologia utilizada desde 2015 na capital. A UVZ ainda realiza o trabalho ampliado de educação e divulgação em saúde, intensificando ações educativas nas escolas. A vacinação contra a dengue está disponível nas salas de vacinação do município para crianças com idade entre 10 e 14 anos”, afirmou.

Também de acordo com o gestor, Natal está também na fase de implantação do método Wolbachia, em parceria com a World Mosquito Program (WMP Brasil) e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

Essa metodologia consiste liberar na natureza insetos com a insetos com a bactéria Wolbachia – presente em cerca de 60% dos insetos, mas que não estava presente no Aedes aegypti – para que eles se reproduzam com os Aedes aegypti locais, de forma a estabelecer uma população de mosquitos com Wolbachia e incapazes de desenvolver e transmitir o vírus da dengue, Zika, chikungunya e febre amarela. Pelo fato da Wolbachia ser uma bactéria específica de insetos, não há risco de transmissão para humanos ou outros mamíferos.

“Atualmente, o município iniciou a etapa de Engajamento Comunitário, em que os Agentes de Combate às Endemias (ACE) estão fazendo, além do seu trabalho comum, o trabalho de educação sobre o método em todos os cinco Distritos Sanitários da cidade. A próxima etapa para a implementação do método é a Liberação de Mosquitos no território”, explicou.


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RN TEM REDUÇÃO DE CASOS DE DENGUE MAIOR QUE A MÉDIA NACIONAL EM 2025

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A prefeita de Parnamirim, Nilda Cruz (Solidariedade), denunciou que tem sido alvo de ameaças de morte e insultos racistas nos últimos dias. Segundo a gestora, as mensagens começaram a chegar há cerca de duas semanas em seu WhatsApp pessoal, enviadas de um número com DDD 11, de São Paulo.

Entre as ameaças, um dos textos afirmava que a prefeita seria assassinada “dentro de 10 dias” e utilizava termos racistas para atacá-la, conforme informações publicadas pela 98 FM. O autor das mensagens ainda dizia sofrer de problemas mentais, o que, segundo ele, impediria uma eventual responsabilização criminal. Em outro trecho, o criminoso ameaçou promover um ataque armado a uma escola, declarando que pretendia “matar o máximo de negros, viados, bixas e macumbeiros” que encontrasse. A justificativa seria um suposto bullying que teria sofrido na escola.

Entre as mensagens à prefeita, um dos trechos diz: “Já estou contando as balas. (…) Eu vou te matar e vou sair pela porta da frente como se nada tivesse acontecido, não vou falar o dia nem a hora, mas dentro de 10 dias você irá morrer sua macaca gorda esquisita!!!”, diz o texto.

Diante das ameaças, a prefeita Nilda Cruz registrou um boletim de ocorrência na Polícia Civil. A investigação do caso está sendo conduzida sob sigilo pela 17ª Delegacia de Polícia de Parnamirim.

Além disso, o secretário municipal de Segurança, Givanildo Gomes, comunicou o caso à Secretaria de Segurança Pública do Rio Grande do Norte (Sesed).

Por medida de precaução, a prefeita passou a contar com escolta armada providenciada pela Guarda Municipal de Parnamirim.

Governadora se solidariza e garante segurança
A governadora Fátima Bezerra (PT) se manifestou nas redes sociais em solidariedade à prefeita. Em uma publicação no Twitter, Fátima declarou: “Quero expressar toda a minha solidariedade e apoio à prefeita professora Nilda, de Parnamirim, que tem sido alvo de ameaças de morte e ofensas racistas, atos absolutamente inaceitáveis e que não serão tolerados em nosso estado!”.

A governadora informou que acionou imediatamente o secretário estadual de Segurança Pública, coronel Araújo, e a delegada geral da Polícia Civil, Ana Cláudia, para que a investigação fosse iniciada com urgência. “Esse é um caso de extrema seriedade e repulsa, e será tratado como prioridade pela nossa instituição”, afirmou.

Fátima ainda reforçou o papel da população no combate a crimes de ódio e incentivou a utilização do Disque Denúncia 181, que permite denúncias anônimas.

O Diário do RN entrou em contato com a prefeita de Parnamirim, através da assessoria de imprensa, para obter mais detalhes sobre as providências de segurança, inclusive na citada escola onde a ameaça também foi feita, mas não obteve retorno até o fechamento da edição.


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TERCEIRA VIA DEVE TER ALLYSON PARA O GOVERNO E CARLOS EDUARDO COMO VICE

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O prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra (UB), vem trabalhando ativamente nos bastidores para viabilizar sua candidatura ao Governo do Rio Grande do Norte, mas longe do radicalismo da direita e da esquerda. O prefeito quer formar uma chapa à terceira via e, em parceria com a senadora Zenaide Maia (PSD), repetir o que conseguiu na eleição municipal de 2024 na segunda cidade do Estado: passar incólume da polarização política. De acordo com informações de bastidores obtidas pelo Diário do RN, as chapas majoritárias conversadas neste projeto já têm nomes previstos. Ao Governo, Allyson Bezerra e Carlos Eduardo Alves (PSD). Ao Senado, Zenaide Maia vai pleitear a vaga principal. Jean-Paul Prates (PT) pode compor ao lado dela na disputa pela 2ª vaga.

Pessoas próximas a um destes nomes informam que, nos diálogos, se considerou a união de forças dos dois nomes representativos nos maiores colégios eleitorais do Estado. Enquanto Allyson tem Mossoró e região, Carlos Eduardo Alves garante a força na Grande Natal. O ex-prefeito da capital é indicação do PSD de Zenaide Maia.

Ao senado, Jean-Paul é cogitado e vem sendo chamado para conversar por preencher requisitos considerados necessários para o grupo. Além de dialogar com segmentos econômicos e empresariais, tem um bom histórico em sua trajetória enquanto senador e ex-presidente da Petrobras. O ex-senador já declarou ao Diário do RN, em entrevista divulgada na última sexta-feira (25), que vem se sentindo excluído das articulações do PT, e considera outras siglas partidárias para seguir a partir de julho, para “se for o caso de trabalhar um projeto eleitoral”.

A possibilidade de fechar a chapa independente no RN surgiu de restrições comuns a Allyson e a Zenaide quanto a compor com o grupo da oposição, liderado por Rogério Marinho (PL). A senadora já comunicou a Allyson que não vai para o grupo de Marinho e Styvenson Valentim (PSDB). Ela, que é vice-líder do Governo Lula, se tornaria liderada de Rogério, líder da oposição na Casa Legislativa. Allyson, que também não é simpático à ideia de ser liderado do senador, e nem de ser representante do bolsonarismo, acatou a condição de Zenaide.

A parceria do prefeito com a senadora do PSD foi firmada em 2022. Em 2024 continuou. O PSD, inclusive, indicou o vice de Allyson em Mossoró. O acordo entre os dois segue firme para 2026.

A definição à terceira via acontece apesar de Zenaide ter interesse na aproximação com Fátima Bezerra. Entretanto, nesse ponto, Allyson Bezerra é quem prefere buscar uma maneira alternativa de se apresentar ao cargo majoritário estadual. Há cerca de duas semanas, concedeu entrevista conjunta ao Diário do RN e à 98 FM e deixou clara a falta de interesse de subir ao palanque da governadora, afirmando que “não tem condições de fazer a defesa do Governo do Estado”.

União Brasil
Nessas articulações, os bastidores informam que, por enquanto, Allyson permanece no União Brasil. No entanto, o prefeito de Natal, Paulinho Freire (UB), do mesmo partido de Allyson, deve manter acordo de seguir com Rogério Marinho. Os dois deputados da sigla, Benes Leocádio e Carla Dickson, devem seguir o prefeito da capital e o líder do bolsonarismo no RN. José Agripino, presidente do União Brasil no Estado, nesse caso, mesmo que defenda Allyson, pode não ter força de dar a legenda ao prefeito de Mossoró. Aí, para garantir o projeto, Allyson pode pensar em trocar de legenda.

Se a viabilização da terceira chapa se tornar concreta, unindo nomes de centro-direita e centro-esquerda, a direita segue o projeto bolsonarista, com Marinho, Styvenson e Álvaro. Por outro lado, na esquerda, o projeto tende a ficar prejudicado, pela falta de nomes com viabilidade eleitoral.

Caberá à Fátima pensar na possibilidade de compor com Zenaide ao Senado – o que é de interesse do petismo. Contudo, para isso, o PT teria que abrir mão da chapa ao Governo e ceder em nome do projeto de garantir a eleição de Fátima ao Senado, prioridade do partido.


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FEDERAÇÃO ENTRE UNIÃO BRASIL E PP AINDA NÃO TEM DEFINIÇÕES PARA O RN

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Conforme informações que vêm de Brasília, a federação PP e União Brasil deve ser anunciada hoje (29). O entendimento, após meses de conversas, foi firmado depois de um acordo entre os presidentes nacionais das duas siglas, Antônio Rueda (UB) e o senador Ciro Nogueira (PP). Com isso, já se iniciam os movimentos para definir quem comandará a estrutura nos estados. De acordo com a imprensa nacional, há impasses regionais entre as legendas. No Rio Grande do Norte, nenhum dos dois líderes das duas legendas, José Agripino (UB) e João Maia (PP), se pronunciou ainda sobre a divisão do diretório no Estado. Há apostas sobre disputa também no estado potiguar.

A federação deverá garantir aos partidos a maior bancada na Câmara Federal. Serão 108 deputados, a maior bancada da Câmara, e 13 dos 81 senadores, liderando o número de parlamentares junto com PL e PSD.

No RN, são 48 prefeitos dos dois partidos, 20 do Progressistas e 28 do UB, entre os quais os prefeitos Paulinho Freire (Natal) e Allyson Bezerra (Mossoró). Entre os perfis dos gestores das maiores cidades, os dois integram oposição aos governos estadual e federal.

Na Câmara Federal, a bancada potiguar é formada por dois deputados do União Brasil, Benes Leocádio e Carla Dickson; e um do PP, João Maia, que também é presidente estadual da legenda.

Os três apresentam diferentes perfis: moderado, direita conservadora e de alinhamento com o governo Lula, respectivamente.

Na Assembleia Legislativa, são três os deputados. O União Brasil tem Taveira Júnior e Ivanilson Oliveira, que fazem oposição ao PT. Já Neilton Diógenes, do PP, é alinhado com as pautas do Governo Fátima.

Além disso, o presidente do União Brasil, José Agripino, faz oposição aos governos estadual e federal.

O posicionamento da federação no estado potiguar deve ser definido assim que for oficializado o comando da federação. O Diário do RN entrou em contato com os presidentes das duas legendas, José Agripino e João Maia, mas não obteve retorno até o fechamento desta edição.


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