A Prefeitura de Natal, por meio da Secretaria Municipal de Serviços Urbanos (Semsur), concluiu na terça-feira (24) a revitalização das estátuas dos Três Reis Magos, monumento localizado na entrada sul da cidade, na BR-101. A intervenção teve como objetivo restaurar a imponência do monumento, que homenageia os co-padroeiros da capital potiguar, após ter sido alvo de pichações e vandalismo.
No entanto, menos de 24 horas após a conclusão dos trabalhos, o monumento foi novamente vandalizado. Na madrugada desta quarta-feira (25), as estátuas foram alvo de uma nova pichação, gerando indignação e frustrando o esforço de restauração recém-concluído.
O secretário da Semsur, Felipe Alves, lamentou o episódio e fez um apelo à população: “Eu vejo como algo revoltante o que aconteceu com o Monumento dos Reis Magos. Nós entregamos ele totalmente revitalizado ontem, e hoje amanheceu daquela forma, vandalizado. Então, é algo que nos revolta, e a gente chama a atenção da população para que não aceite situações como essa.
Nós não podemos normalizar isso”.
O secretário falou ainda sobre a necessidade de criar uma corrente para denunciar condutas como essas, a partir da conscientização da população de que os equipamentos públicos são para a coletividade. “Na medida em que há uma ação como essa, há um prejuízo para todos, além de um custo extra que sai dos nossos impostos. Então, lamentamos, e vamos recuperar mais uma vez. Vamos também estudar alternativas para monitorar e tentar inibir ações como essa, contando com a colaboração de toda a sociedade para que não ocorra mais. ”
Em meio às articulações para as eleições de 2026, a deputada estadual Isolda Dantas (PT) não poupou críticas à oposição potiguar em entrevista ao Diário do RN, nesta quarta-feira (25).
Segundo a parlamentar, os adversários do governo Fátima Bezerra (PT) estão “pulverizados”, porque não têm um projeto real para o Rio Grande do Norte, e agem tentando desqualificar os avanços da atual gestão.
“Essa pulverização de nomes revela, na verdade, a ausência de um projeto consistente por parte deles. Não se trata de uma disputa pelo avanço do RN, porque ele já está avançando conosco”, disparou Isolda, ao comentar a corrida entre figuras da oposição como Allyson Bezerra (UB), Álvaro Dias (Republicanos), Rogério Marinho (PL) e Styvenson Valentim (PSDB) para encabeçar uma candidatura ao Governo do RN.
De acordo com Isolda, o grupo opositor está mais interessado em disputar vaidades do que em oferecer soluções concretas para o estado.
“O que está em jogo é a tentativa de interromper um projeto de desenvolvimento que tem compromisso com o povo, para substituir por um modelo que já conhecemos bem: excludente, atrasado e sem raízes na realidade potiguar. A direita potiguar está mais preocupada em ocupar espaço do que em apresentar soluções. E isso o povo percebe. Enquanto eles disputam protagonismo entre si, nós seguimos trabalhando, dialogando e apresentando resultados. Não subestimamos nenhum adversário, mas confiamos na força de um projeto que tem uma trajetória de lutas e conquistas”, avaliou.
Nesse sentido, ela destacou conquistas nas áreas da segurança pública, saúde, infraestrutura, agricultura familiar e valorização dos servidores. “Mesmo com todos os desafios, principalmente pela conjuntura política adversa no primeiro mandato, o RN avançou em todas as áreas. Tivemos avanços na segurança, com concursos e progressão de cargo na carreira da segurança. O que nos ajudou a ter a capital mais segura do Nordeste. Descentralizamos serviços de saúde na capital e ampliamos o acesso a leitos de UTI em todas as regiões do Estado”, destacou.
“Fizemos o maior programa de obras estruturantes de segurança hídrica da história recente do Estado, mais de 800km de estradas recuperadas. Também houve avanços no combate à fome, nas políticas para as mulheres, na valorização do funcionalismo público, viramos referência nacional e internacional na agricultura familiar. Eu posso dizer com certeza que o governo da professora Fátima avançou e foi o melhor governo que o RN já teve nos últimos tempos”, lista.
Isolda Dantas rechaça a ideia de que as ações apresentadas pelo Governo do RN nos últimos meses são uma reação à oposição. “Nunca foi do nosso modelo governar pelas reações de adversários. As necessidades do povo potiguar sempre estiveram nítidas para nós, e é essa convicção que orienta a nossa atuação e a atuação política do Governo”.
A aliada de Fátima Bezerra (PT) acrescenta, ainda, que as ações do Governo é legado que serão mostrados durante a campanha eleitoral, mas que esse não é o objetivo principal do trabalho do PT à frente do Executivo.
“É claro que um projeto político tão enraizado e tão cheio de resultados concretos também se apresenta nas eleições. Mas é um equívoco enxergar as ações como algo meramente eleitoral. A gente planta, constrói e entrega”, garante.
A confirmação da pré-candidatura do médico e ex-prefeito de Luis Gomes Dr. Pio X Fernandes a deputado estadual, sob apadrinhamento direto de Ezequiel Ferreira (PSDB) e do vice-governador Walter Alves (MDB), expõe a articulação entre duas forças políticas do Rio Grande do Norte para transformar o MDB no principal partido da Assembleia Legislativa a partir de 2026, ratificar a dimensão da sigla no Rio Grande do Norte e, mais do que isso, pavimentar influência decisiva na eleição estadual.
A entrada de Dr. Pio, líder regional do Alto Oeste Potiguar e ex-candidato a deputado federal com mais de 33 mil votos, é apenas uma peça num tabuleiro em configuração. A movimentação do presidente da Assembleia, Ezequiel Ferreira, em direção ao MDB, legenda que ele já integrou entre 2013 e 2016, visa não apenas assumir o comando partidário no Estado, mas também estruturar uma supernominata que pode transformar a correlação de forças na Casa.
Dr. Pio entra na disputa com capital eleitoral de ex-presidente da AMORN. Ele parte com apoio de dois prefeitos da região: a esposa, Maria Elce (MDB), prefeita de Major Sales no quarto mandato e reeleita com 96,63% dos votos, e Tututa (MDB), prefeito de Luís Gomes reeleito com 56,79%.
A articulação do nome de Dr. Pio no interior revela estratégia do MDB para disputar de forma competitiva o voto regionalizado. A ideia é consolidar um polo político com potencial de manter ou ampliar a liderança do MDB de Walter – e de Ezequiel – no Rio Grande do Norte.
Além disso, a aliança entre Ezequiel e Walter mira um salto de representação: de apenas um deputado estadual atualmente, o MDB pode chegar a sete, ultrapassando o PL, que hoje lidera com seis cadeiras. O plano inclui atrair nomes de peso do PSDB e do PV, entre eles Dr. Bernardo, Ubaldo Fernandes, Kleber Rodrigues, Galeno Torquato, Hermano Morais e Eudiane Macedo.
Atual presidente do MDB estadual, o vice-governador Walter Alves deverá entregar o posto a Ezequiel Ferreira, assumindo, em contrapartida, a presidência de honra do partido no Estado e uma cadeira na Executiva Nacional. Walter, que assumirá o Governo do Estado em abril de 2026 com a desincompatibilização de Fátima Bezerra (PT), seguirá influente enquanto Ezequiel fortalece a legenda na Assembleia.
Com o comando do Executivo e do Legislativo, os dois se tornam protagonistas de uma composição ampla. Ao atrair quadros de peso e lideranças locais com base eleitoral sólida, a articulação prepara o MDB para ser possivelmente o fiel da balança na sucessão estadual de 2026. A legenda, que hoje conta com 45 prefeituras, poderá também influenciar diretamente quem será o próximo ocupante da Governadoria.
O Tribunal de Contas da União (TCU), em decisão liminar, deu prazo de 15 dias para que a Secretaria Estadual de Infraestrutura do Rio Grande do Norte se manifeste sobre irregularidades apontadas pela Corte no processo de licitação do Hospital Metropolitano.
Nesta terça-feira (24), o TCU decidiu suspender a licitação de 200 milhões de reais realizada pelo Governo do RN, por suspeitas de fraudes e favorecimento de uma empreiteira na concorrência.
Segundo a denúncia enviada ao Tribunal e obtida pela coluna Radar, da Revista Veja, a vencedora da licitação foi a Construtora Ramalho Moreira, que já possui contrato com a gestão estadual, mas que não apresentou a melhor proposta, ficando em quarto lugar na concorrência da obra do hospital. Ainda segundo a reportagem da Veja, provas colhidas pela área técnica do Tribunal mostram que foram desclassificadas as três primeiras empreiteiras, inclusive com preços melhores que a vencedora, usando subterfúgios para garantir a vitória da construtora declarada vencedora, um clássico caso de favorecimento indevido.
“Em síntese, o denunciante alega que a licitação foi conduzida de forma a direcionar o contrato o denunciante alega que a licitação foi conduzida de forma a direcionar o contrato para a quarta empresa classificada, por meio de um encadeamento de atos que violaram os princípios da isonomia, da publicidade e da razoabilidade”, diz o TCU.
Diante das provas, o TCU decidiu suspender liminarmente o contrato, impedindo a realização de qualquer acerto ou repasse por parte do governo em relação à empreiteira, até que o caso seja investigado e julgado pelo Tribunal. A Corte de Contas também solicitou uma série de documentos do governo potiguar para dar andamento ao processo.
Em nota, divulgada na tarde desta terça-feira, o Governo do RN afirma que não existe qualquer irregularidade na licitação referente à construção do novo Hospital Metropolitano, suspensa temporariamente pelo Tribunal de Contas da União (TCU).
Diz a nota: “O processo foi conduzido com rigor técnico, respeito à legislação e absoluta transparência. A primeira colocada não apresentou a documentação completa exigida. A segunda empresa, por sua vez, não atendeu aos requisitos técnicos fundamentais, uma falha apontada por todas as concorrentes ao longo da disputa. A terceira também não entregou a documentação dentro do prazo estabelecido. Somente após essas eliminações, devidamente fundamentadas e publicizadas em detalhes no processo, foi convocada a quarta colocada, consórcio formado pelas empresas Ramalho Moreira, A. Gaspar e Edcon”.
Carta deverá solicitar inclusão do tema e busca de soluções, como financiamento de projetos de restauração ecológica e manejo sustentável – Foto: Reprodução
A situação alarmante da desertificação no semiárido do Rio Grande do Norte ameaça regiões inteiras no Seridó, Oeste Potiguar e Alto Oeste, e coloca em risco a biodiversidade, os recursos hídricos e a qualidade de vida de milhões de pessoas. Os dados de instituições como o IBAMA, Ministério do Meio Ambiente, universidades e órgãos internacionais apontam que amplas áreas do estado já se encontram em estágio avançado de degradação, com perda da cobertura vegetal da Caatinga, erosão dos solos e processos que aceleram a transformação do território em áreas áridas.
Diante deste cenário, nesta quarta-feira (25), o Superintendente do IBAMA no Rio Grande do Norte, Rivaldo Fernandes, encaminhará uma “Carta de Natal” ao Embaixador André Corrêa do Lago, presidente da COP30, solicitando que o tema da desertificação e da preservação dos biomas secos, como a Caatinga, receba tratamento prioritário na conferência climática mundial que ocorrerá no Brasil.
A carta faz um apelo para que os compromissos internacionais de combate às mudanças climáticas contemplem ações específicas de enfrentamento à desertificação no semiárido nordestino, incluindo o financiamento de projetos de restauração ecológica, incentivo ao manejo sustentável da Caatinga e apoio à transição de modelos econômicos predatórios para atividades sustentáveis, resilientes e inclusivas. “Estamos lutando contra um processo silencioso e devastador, que ameaça transformar o semiárido potiguar em um deserto. Este não é apenas um problema regional, mas uma questão global de justiça climática e de direitos humanos”, afirma Rivaldo Fernandes.
O documento é fruto de um evento realizado em Natal, no último dia 17 de junho, promovido pelo IBAMA-RN, com a participação da Governadora do Estado, Fátima Bezerra, além de representantes de universidades, da Federação das Indústrias do Rio Grande do Norte (FIERN), prefeituras, escolas, fundações, movimentos sociais, câmaras municipais, Assembleia Legislativa e outros diversos órgãos públicos e privados.
Em formato de apelo internacional, a Carta de Natal também destaca que a desertificação no semiárido nordestino, especialmente no Rio Grande do Norte, já produz impactos severos, como insegurança hídrica, perda de produtividade agrícola, migração forçada e aumento da pobreza rural. A expectativa das instituições é que a COP30, sob liderança do embaixador André Corrêa do Lago, promova avanços concretos para a proteção dos biomas secos do planeta, que historicamente recebem pouca visibilidade nas negociações internacionais sobre clima.
A 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP 30), acontece no próximo mês de novembro, em Belém – PA.
Grupo cobra criação do Fundo de Financiamento em Defesa da Caatinga para recuperação de áreas e conservação do solo
Farkatt: “Precisamos ter consciência de que os espaços estão mudando” – Foto: Reprodução
Durante o Seminário preparatório, realizado em Natal, a governadora Fátima Bezerra ressaltou a importância da discussão relacionada com a preservação da Caatinga e pediu celeridade na criação do Fundo de Financiamento em Defesa da Caatinga, cujo texto foi recentemente aprovado pela Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara dos Deputados. A proposta é que o fundo seja destinado ao financiamento de medidas como a recuperação de áreas degradadas, conservação de solo e água.“A Caatinga não é um bioma qualquer: é o único bioma exclusivamente brasileiro. Ela tem um papel fundamental no equilíbrio climático. E para que a gente possa conter o desmatamento, recuperá-la e preservá-la, tornam-se necessários recursos financeiros, daí a importância do Fundo de Financiamento”, disse a governadora.
Um dos pontos centrais do seminário em Natal foi a discussão sobre zerar o desmatamento em todos os biomas brasileiros até 2030. O superintendente do Ibama no Rio Grande do Norte, Rivaldo Fernandes, detalhou o que o Estado pretende levar para a COP30, no Pará. “Queremos chamar a atenção para a questão de que o semiárido pode virar um deserto, porque nós já temos uma área aqui, no Seridó, com o nível 3. O nível 3 é o último, é quando o solo está bastante castigado, e isso, combinado com um clima árido, então pode passar o mais rápido possível para um deserto”, afirmou Fernandes referindo-se a uma região entre os municípios de Acari, Carnaúba dos Dantas, Cruzeta, Currais Novos, Equador e Parelhas – com grau elevado de desertificação.
Também presente no seminário, o diretor do IDEMA, Werner Farkatt, explicou que a Caatinga é vista como um bioma que carrega conhecimentos e patrimônio genético. Ele pontuou a necessidade de fortalecer a articulação entre diferentes setores da sociedade para o enfrentamento da degradação do bioma. “Nós precisamos ter essa consciência de que nossos espaços estão mudando e as pessoas que ocupam esses espaços precisam ter qualidade de vida, ter toda essa relação com o ambiente como um todo”, encerrou.
A inclusão do senador potiguar Rogério Marinho (PL) em um dos cenários da pesquisa presidencial da Paraná Pesquisas provocou reações entusiasmadas entre os aliados da centro-direita no Rio Grande do Norte. Para o prefeito de Natal, Paulinho Freire (União Brasil), e o ex-senador José Agripino Maia, presidente estadual do partido, e Álvaro Dias, ex-prefeito de Natal, o resultado representa não apenas um reconhecimento à trajetória política de Marinho, mas também um indicativo de seu papel estratégico no redesenho da centro-direita brasileira.
“Os números da Paraná Pesquisas refletem o que temos acompanhado: Rogério Marinho hoje é uma liderança nacional de centro-direita, com uma reconhecida atuação parlamentar em prol do Rio Grande do Norte e do nosso país”, afirmou Paulinho. “Esse resultado é excelente para o nosso Estado. Ter um representante que se destaca a nível de Brasil é a prova de que ele está indo no caminho certo”, avalia o prefeito de Natal.
José Agripino, que vem articulando os movimentos do bloco da direita visando as eleições de 2026 no Estado, classificou a inclusão do nome de Marinho como um “fato honroso”.
“O Rogério Marinho é um nome altamente qualificado, não tenho nenhuma dúvida sobre isso. Eu sempre disse isso. A simulação dele poder ser pré-candidato dentro dos nomes do PL é algo que nos honra a todos nós que fazemos parte de um grupo político de centro-direita”, pontuou.
Para Agripino, o processo nacional ainda passará por diversas etapas e dependerá da construção de consensos. A união, segundo Agripino, definirá a vitória da direita na eleição nacional e estadual.
“O PL teria que se decidir pela candidatura de Tarcísio de Freitas, Rogério Marinho, Zema, Ronaldo Caiado… Quem seria? Agora, uma coisa é importante: se a direita no plano nacional estiver junto com o centro, ganha a eleição, como acontece aqui no Rio Grande do Norte. São todos nomes muito bons. O importante é que haja união entre eles e viabilidade em pesquisa”, afirmou.
Embora Rogério Marinho mantenha o discurso de que sua prioridade é o Rio Grande do Norte – reafirmando a pré-candidatura ao governo estadual, seus aliados enxergam a possibilidade como real. O ex-prefeito de Natal, Álvaro Dias (Republicanos), frisa o trabalho de Marinho enquanto Ministro do governo Bolsonaro.
“Acredito, sim, que o nome dele possa se concretizar numa chapa presidencial, justamente pelo desempenho que teve no Ministério. Acho que o fato de Rogério Marinho ter sido ministro do Desenvolvimento Regional durante o governo do presidente Bolsonaro, com um bom desempenho e tendo feito um excelente trabalho, o credencia para disputar qualquer posto no nosso país — inclusive o de presidente da República”, analisa Dias.
“Rogério hoje é um nome que teve um bom desempenho no Ministério do Desenvolvimento Regional e, atualmente, é uma das figuras de maior relevo da oposição no Brasil. Ele tem feito uma atuação destacada no Senado, apresentando questionamentos importantes, participando de debates relevantes, e demonstrando preparo, capacidade e condições de exercer qualquer cargo no nosso país. Assim como ele, outras pessoas que também desempenharam bem suas funções hoje estão credenciadas para disputar o cargo, como, por exemplo, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, que também foi ministro do ex-presidente Bolsonaro”, finaliza Álvaro.
Incluído no radar nacional de Bolsonaro ao entrar como cenário possível em sondagem eleitoral da Paraná Pesquisa, divulgada nesta terça-feira (24), o secretário nacional do PL, Rogério Marinho (PL) prefe manter cautela e ratificar pretensão eleitoral ao Executivo estadual. Marinho conversou com o Diário do RN e mantém posicionamento que vem reforçando nos últimos dias. “Sou pré-candidato a governador do Estado”, afirmou Rogério.
“Isso mostra mais uma fragilidade de Lula do que qualquer outra coisa. Eu sou hoje uma pessoa que não tenho essa dimensão nacional não. Por mais que eu esteja fazendo esse trabalho como líder da oposição [no Senado], tem que rodar muito para ter projeção nacional. É outra dimensão”, pondera o líder da oposição no Senado, secretário nacional do PL e presidente do partido bolsonarista no RN.
Ele se refere especificamente ao cenário apontado num segundo turno, em que perderia de Lula por dez pontos de diferença – 41,9% a 31,2%.
Num cenário de 1º turno Marinho aparece com 6,8%. Na sondagem, Lula (PT) apresenta 34,2%; Ciro Gomes (PDT) 15%; Ratinho Junior (PSD) 13,9%; Ronaldo Caiado (União Brasil) 7,1%; Rogério Marinho (PL) 6,8%; Helder Barbalho (MDB) 1,2%.
A inclusão do senador potiguar entre presidenciáveis na pesquisa reforça seu papel como nome de confiança do ex-presidente Jair Bolsonaro e figura estratégica para a disputa estadual de 2026.
O dado é ainda mais simbólico pelo fato de Marinho ser um nome, como ele mesmo afirma, sem tamanha projeção nacional, como Ronaldo Caiado, que ele empatou, de acordo com a sondagem.
Neste momento, Jair Bolsonaro, que continua inelegível, ainda não bateu o martelo sobre quem apoiará na disputa presidencial de 2026. No levantamento, o nome do potiguar aparece ao lado de figuras como Michelle Bolsonaro, Tarcísio de Freitas, Ratinho Junior, Ronaldo Caiado e os filhos de Bolsonaro, Eduardo e Flávio.
Apesar da projeção de Tarcísio de Freitas, Bolsonaro já deu sinais claros e públicos de desconfiança ou distanciamento político, especialmente após Tarcísio adotar posturas consideradas mais moderadas e pragmáticas como governador de São Paulo. Esses sinais vêm sendo interpretados nos bastidores como um recado de que ele pode não ser o preferido para a sucessão presidencial de 2026. Sem citar nomes, Bolsonaro já criticou aliados que “se esquecem da base conservadora”. Na ausência de Tarcísio em algumas manifestações bolsonaristas, a liderança do PL não escondeu a frustração e chegou a dizer que “alguns amigos não puderam ou não quiseram vir”.
Nome mais carismático e com maior intenção de votos entre os possíveis substitutos do bolsonarismo nos cenários de 1º e 2º turno na pesquisa, Michelle Bolsonaro pode configurar como cabeça de chapa ou candidata a vice.
Apesar da modéstia, a presença de Marinho entre os possíveis candidatos de direita reflete mais que um teste eventual: é um sinal claro de prestígio dentro do grupo bolsonarista alcançado como resultado da dedicação de Marinho ao grupo.
No comando da Secretaria Especial da Previdência e Trabalho, Marinho foi o principal responsável pela articulação da Reforma da Previdência, aprovada em 2019. Já como ministro do Desenvolvimento Regional, liderou a conclusão de obras da transposição do Rio São Francisco, promoveu entregas no semiárido. Como senador e secretário nacional do PL, vem articulando a reestruturação da direita bolsonarista no Nordeste e ampliando a base política em diversos estados.
RN 2026 No bastidor, seu grupo político prepara movimentações importantes para os próximos meses: “O próprio Rota 22 vai ter uma atividade dia 2 de agosto, mas em julho vamos fazer algumas filiações, tem alguns prefeitos que virão, nesse período que antecede o recesso”, adiantou o senador.
A Prefeitura de Parnamirim firmou um contrato milionário, sem licitação, com a empresa Liderança Locações, Transportes e Serviços Ltda, no valor de R$ 5.393.449,92, para a realização de serviços de poda de árvores no município. O acordo está no Diário Oficial do Município do dia 23 de junho de 2025, publicado nesta terça-feira (24), e tem validade de um ano.
A empresa é de Sergio Bezerra, irmão do vereador Afrânio Bezerra, que compõe a base da prefeita Nilda Cruz.
O Contrato nº 16/2025, assinado pela filha da vice-prefeita, Carol Pires, titular da Secretaria de Serviços Urbanos, chama atenção por ter sido firmado sem concorrência pública direta, por meio de adesão a uma ata de registro de preços.
Entre os serviços descritos em contrato, além da poda de árvores, está a disponibilização de equipe técnica, veículos e equipamentos necessários ao atendimento das atividades.
A adesão à ata de registro de preços, também chamada informalmente de “carona”, é um mecanismo previsto na legislação brasileira de compras públicas que permite que órgãos ou entidades que não participaram originalmente de uma licitação possam utilizar a mesma ata para adquirir bens ou serviços nas mesmas condições ali estabelecidas.
A prática, embora legal, tem sido alvo de críticas por permitir contratações sem a realização de nova licitação, o que pode comprometer a transparência e a competitividade do processo.
A partir desta segunda-feira (23) medicamentos análogos ao GLP-1, como Ozempic, Wegovy e Mounjaro, usados no tratamento de diabetes tipo 2 e obesidade, passam a ser vendidos nas farmácias apenas com retenção de receita médica.
A medida foi determinada pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) em abril e busca evitar a compra indiscriminada dos produtos sem prescrição e o uso fora das indicações aprovadas na bula.
De acordo com a agência, a medida não altera o direito do médico de prescrever medicamentos para finalidades diferentes das descritas na bula, prática conhecida como uso offlabel.
No caso dessas drogas, a indicação de uso na bula é para tratar diabetes, mas podem ser indicadas em casos de obesidade quando o médico entender que os benefícios do tratamento superam os riscos.
Esses remédios são classificados atualmente como tarja vermelha, o que exige prescrição médica, mas são facilmente comprados sem ela.
Agora, as chamadas caneta emagrecedoras vão seguir as regras aplicadas a fármacos antimicrobianos, como antibióticos. Ou seja, ainda serão classificadas como tarja vermelha, mas a receita ficará retida.
Nos casos de tratamento prolongado, essa receita pode ser utilizada por até 90 dias. O médico deve indicar a posologia a cada 30 dias.
A segunda via da receita que será receita. O farmacêutico não poderá aceitar documentos posteriores ao prazo de validade estabelecido pela regra da Anvisa.
Em 2024, a área técnica da agência afirmou que “o uso fora das indicações aprovadas em situações em que não há comprovação científica de segurança e eficácia pode colocar em risco a saúde dos seus usuários”.
A Anvisa ainda apontou que os medicamentos são novos, com “perfil de segurança a longo prazo” ainda desconhecido. A agência também detectou que 32% das notificações de eventos adversos dos produtos com semaglutida estão relacionadas ao uso não previsto em bula ou não aprovado. A taxa global seria de 10%, segundo dados da OMS (Organização Mundial da Saúde).
“Chama a atenção que a pancreatite correspondeu a 5,9% das notificações para a semaglutida no Brasil, mais que o dobro da porcentagem na base global, que foi de 2,4% das notificações para o mesmo princípio ativo até o final de setembro de 2024”, ainda afirma o processo da agência.
Em dezembro, a Abeso (Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica) e as sociedades médicas de diabetes e de endocrinologia divulgaram uma carta aberta apoiando a proposta de retenção da receita como medida para o uso racional e seguro da medicação.
As entidades manifestam preocupação devido ao aumento da procura pelos chamados agonistas do GLP-1 para fins estéticos e dizem que, embora seguros, esses medicamentos precisam de acompanhamento médico.
“A compra irregular para automedicação coloca em risco a saúde das pessoas e dificulta o acesso de quem realmente precisa de tratamento”, dizem as entidades.
Parte da indústria de medicamentos defende que a venda sem retenção de receita deveria ser mantida e a manipulação do medicamento em farmácias deveria ser proibida.
A Anvisa decidiu não excluir as farmácias de manipulação desse mercado, mas disse que os dados desses estabelecimentos serão monitorados.
Em nota divulgada à época da determinação da agência brasileira, em abril, a farmacêutica Novo Nordisk, fabricante dos medicamentos Ozempic e Wegovy, afirmou que “compartilha das mesmas preocupações da Anvisa quanto ao uso irregular de medicamentos e fora de indicação em bula, e reforça que a segurança do paciente é seu principal compromisso”.
Já a Eli Lilly, responsável pelo Mounjaro, reconhece que o controle atual não tem sido suficiente para conter o uso inadequado dos medicamentos, e que a obrigatoriedade de retenção de receita será uma medida de maior controle.
Afirma, porém, que não responde a outros riscos aos pacientes, como o crescimento do mercado paralelo destes tipos de fármacos. “Sendo assim, a Lilly acredita que as medidas contra a manipulação irregular, em escala industrial, precisam ser adotadas simultaneamente às ações de retenção de receita.”
O Ministério Público do Rio Grande do Norte instaurou um Inquérito Civil para apurar possíveis irregularidades na prorrogação de um contrato emergencial firmado entre a Prefeitura de Parnamirim e a empresa terceirizada Construtora Solares Ltda, que fornece mão de obra ao Município. O procedimento nº 04.23.2144.0000087/2025-88 foi autuado e instaurado no último dia 5 de junho de 2025 e tramita na 1° Promotoria da Comarca de Parnamirim.
O objetivo da investigação é esclarecer se houve prorrogação indevida da vigência do contrato, que é emergencial. Segundo apuração preliminar, o prazo teria sido estendido até fevereiro de 2026, o que pode contrariar os princípios da legalidade e temporariedade que regem as contratações emergenciais na administração pública.
Contratos emergenciais são permitidos por lei em situações excepcionais, como risco à prestação de serviços essenciais, e devem ter duração limitada, sendo vedada sua renovação ou prorrogação além do tempo estritamente necessário. O suposto prolongamento do contrato sem licitação levanta suspeitas de eventual burla ao processo licitatório.
A empresa Solares é responsável por serviços terceirizados junto ao município, e o caso pode envolver a análise de documentos, pareceres jurídicos e justificativas técnicas apresentadas pela gestão municipal para sustentar a prorrogação. O contrato em vigência teve empenhados R$ 37.849.864,89 para a prestação do serviço entre 01 de janeiro e 23 de junho de 2025.
A Solares já vem envolvida numa série de polêmicas e atritos na Prefeitura de Parnamirim. No último dia 06 de maio, foi tema de audiência pública na Câmara Municipal sobre as condições de trabalho, remuneração, direitos trabalhistas e obrigações contratuais referentes aos trabalhadores vinculados a empresa Solares e que atuam junto ao Município.
Já em janeiro, diante da paralisação de trabalhadores da empresa na Prefeitura, a Solares emitiu uma nota em que justificou o atraso salarial, alegou dificuldades com a Prefeitura e afirmou que se reuniria com a nova gestão para alinhar entendimento.
O inquérito sobre os contratos emergenciais segue em andamento.
A Procuradoria Regional Eleitoral do Rio Grande do Norte (PRE-RN) emitiu parecer favorável a um recurso que pede a cassação dos mandatos do prefeito Samuel Souto (PL) e do vice-prefeito Dr. Araújo (PP), eleitos nas eleições municipais de 2020 e reeleitos no pleito de 2024. A manifestação ocorre no bojo de uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) que apura supostos abusos de poder político e econômico e promoção pessoal com uso indevido da estrutura pública durante o período eleitoral.
O recurso foi interposto pela coligação adversária, que acusa o gestor de utilizar a administração municipal para favorecer sua campanha à reeleição. Entre os fatos apontados, estão a realização de eventos com forte conotação eleitoral antes do prazo legal e a distribuição gratuita de bens à população em contexto de evidente finalidade eleitoral.
A Procuradoria destacou em seu parecer: “Desse modo, resta demonstrado que Samuel Oliveira de Souto, prefeito de Ouro Branco/RN, praticou conduta vedada ao infringir o § 10 do art. 73 da Lei nº 9.504/97, por ter realizado a distribuição gratuita de bens em pleno ano eleitoral, sem a comprovação de amparo nas ressalvas legais (calamidade pública, estado de emergência ou programas sociais autorizados em lei e já em execução orçamentária no exercício anterior), propiciando benefícios eleitorais à chapa integrada por ele e por Francisco Lucena de Araújo Filho.”
O processo agora segue para julgamento no Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Norte (TRE-RN), que poderá confirmar ou rejeitar o pedido de cassação. Caso a Corte acate o recurso, uma nova eleição municipal deverá ser convocada para escolher os novos representantes do Executivo de Ouro Branco.
A decisão do TRE-RN será tomada nas próximas sessões, ainda sem data definida.
Enquanto a deputada federal Natália Bonavides (PT) atacou publicamente a gestão Paulinho Freire (UB) pela suposta omissão em apresentar projetos de drenagem ao Novo PAC, a governadora Fátima Bezerra (PT) fez o movimento oposto e telefonou diretamente para o prefeito, oferecendo ajuda e colocando a estrutura do Estado à disposição do município. As duas diferentes posturas aconteceram nos últimos dias, durante as fortes chuvas que atingiram Natal e geraram os alagamentos que atingiram as quatro regiões da capital.
Diante da atitude das duas petistas, a secretária municipal de Assistência Social, Nina Souza (UB), classificou o gesto da governadora como “republicano” e elogiou a disposição de diálogo da chefe do Executivo estadual. Já sobre Natália Bonavides, o tom foi outro. Em entrevista ao Diário do RN, Nina acusou a deputada de “imaturidade política” e de se alimentar do “caos” para obter capital político.
“Quando a governadora liga para oferecer ajuda, isso é um comportamento republicano. Nós precisamos entender que é isso o Estado Democrático de Direito: a gente ter os políticos convergindo para resolver o problema do povo. Em contrapartida, os parlamentares do partido dela, que não foi só a Natália, em vez de destinar emendas para ajudar, não fizeram”, destacou Nina.
Segundo Nina, há o componente a mais, no caso da deputada Bonavides, que enquanto candidata a prefeita de Natal, em oposição a Paulinho, não aceitou o desafio de destinar 20 milhões de reais em emendas para a cidade caso fosse derrotada.
“Naquele momento ela já mostrou claramente que o objetivo não é resolver o problema. Lamentavelmente. Parece, a impressão que dá, é que é o quanto pior, melhor. É a questão de se nutrir do caos. Se o problema for resolvido, eu não tenho o que bater. Eu não tenho retórica. Eu não tenho argumento. Então, eu vou lá ajudar?”, levanta a secretária e primeira-dama de Natal.
Em nota, o Executivo estadual reforça que a responsabilidade pela execução de obras de drenagem é municipal. Ainda assim, o Estado garante estar monitorando as chuvas desde o início da semana e mantendo diálogo com a Defesa Civil da capital.
O gesto da governadora, nesse contexto, assumiu um papel político estratégico. Ao se afastar da retórica de confronto adotada por sua correligionária e optar pela construção de uma ponte com a Prefeitura, a movimentação foi lida como um gesto de maturidade política, principalmente em um momento de desgaste nas relações entre os dois lados políticos.
“Essa é a diferença entre quem está preocupada com o povo e quem ainda está no palanque eleitoral. Enquanto Fátima age, Natália ataca. Ela foi muito bem votada em Natal, poderia estar destinando emendas para ajudar na drenagem, mas prefere se omitir e criticar”, afirmou Nina.
A fala da deputada, feita dois dias antes da ligação da governadora, acusava a gestão municipal de não “ter um pingo de amor por Natal”. “A cada período de chuva, os mesmos lugares alagam, pessoas ficam desabrigadas, ruas intransitáveis. Mesmo com o governo Lula disponibilizando recursos, a Prefeitura sequer apresentou projetos”, escreveu Natália nas redes sociais, o que foi visto por aliados de Paulinho como mais um lance eleitoral em uma disputa ainda mal digerida.
A crítica também remete à percepção, dentro da base aliada do prefeito, de que Paulinho tem enfrentado mais ataques em seis meses de gestão do que Álvaro Dias sofreu em seis anos como prefeito. “É estranho. O São João está aí, aquecendo a economia formal e informal, com gente trabalhando e ganhando dinheiro, mas tem quem prefira criticar. É como se não suportassem ver a cidade avançar”, comentou Nina.
“Paralelo a isso, ele [Paulinho] zerou fila de creche, as UPAs já começaram a ser remodeladas, nós baixamos 33 mil pessoas que esperavam para ser cadastrados no Cadastro Único nessa gestão. Nós temos várias políticas sendo reestruturadas, inclusive a política de habitação sendo reformulada. Muita coisa boa aconteceu em apenas seis meses. Então, eu acho que na hora que se vê isso, vamos atacar, porque o cara não pode crescer, entendeu? É meio complicado. Parece que o povo não para de fazer política”, finaliza Nina.
O secretário de Estado da Segurança Pública do Rio Grande do Norte, coronel Araújo, reagiu nesta segunda-feira (23) à manifestação organizada por militares estaduais em frente à Governadoria, no Centro Administrativo, em Natal. O ato, convocado por lideranças da oposição bolsonarista – o vereador de Natal Subtenente Eliabe (PL), o deputado estadual Coronel Azevedo (PL) e o deputado federal Sargento Gonçalves (PL), ocorreu poucas horas após representantes da categoria participarem de uma reunião oficial com o Governo do Estado para tratar do mesmo tema: a regulamentação do mecanismo de promoção funcional conhecido como “ex officio”. “Estamos trabalhando numa legislação com o comando da PM, dos Bombeiros e com o secretário de Administração, Pedro Lopes. Estamos reunidos agora. A próxima reunião já está marcada para quarta-feira. Inclusive, eles não dizem [na manifestação] que tiveram reunião hoje com a gente. Todos eles estiveram aqui”, afirmou o coronel Araújo ao Diário do RN, criticando o tom político do protesto, enquanto participava de reunião de elaboração da legislação sobre a carreira dos policiais e bombeiros militares. A mobilização foi convocada nas redes sociais pelo vereador Eliabe, que acusou a governadora Fátima Bezerra (PT) de ter “acabado com a carreira dos militares do Rio Grande do Norte”. A declaração foi amplamente compartilhada por parlamentares alinhados ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que vêm utilizando a pauta da segurança como eixo central de suas articulações políticas no Rio Grande do Norte. Segundo nota divulgada pela Associação de Subtenentes e Sargentos Policiais Militares e Bombeiros Militares do RN (ASSPMBM-RN), uma assembleia teve como objetivo reforçar a cobrança pela retomada das promoções previstas na legislação. A entidade confirmou que, ainda pela manhã, representantes das associações entregaram uma proposta ao secretário Pedro Lopes e que aguardam resposta oficial do Executivo até quarta-feira (25), data marcada para a próxima rodada de negociações. “A categoria reivindica a regulamentação e efetivação do direito à promoção, e cobra do Governo do Estado uma solução imediata”, afirma a nota da associação, que reconhece o andamento das conversas com o Governo. Para o coronel Araújo, a antecipação de um protesto público em paralelo ao andamento das negociações tem objetivo claro: gerar desgaste político para a governadora, especialmente por parte de figuras que devem disputar novas eleições. “Se fosse o ano que vem, era pior. Ele [Eliabe] vai ser candidato e vai fazer o salzeiro. Os demais estão dando corda. Mas nós estamos trabalhando aqui”, comentou o secretário sobre as figuras políticas envolvidas nas movimentações. A regulamentação do “ex officio” – que garante a progressão automática de carreira em determinadas condições – é uma das principais demandas dos militares da ativa. Segundo os manifestantes, a interrupção dessa política nos últimos anos gerou insatisfação entre as praças, que agora cobram uma definição formal para garantir estabilidade funcional e valorização da carreira. A nova reunião agendada para quarta-feira deverá ser decisiva para que o Governo apresente uma resposta à proposta encaminhada pelas entidades.
A cidade de Ipanguaçu, na região do Vale do Açu, será sede da IV Assembleia Potiguar do Clima (ASCOP), nesta quarta-feira, 25 de junho, das 8h às 12h30, no auditório do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte (IFRN), Campus Ipanguaçu. A ASCOP integra a Conferência Potiguar do Clima (COP-RN), ambos projetos de extensão da UFRN, que chegam, este ano, à terceira edição, consolidando um movimento de ciência, educação, cultura e articulação social em torno das questões climáticas.
Com o tema Desertificação da Caatinga: Plantio de 5 milhões de mudas, o encontro busca fortalecer o debate sobre os desafios e as estratégias de mitigação e adaptação às mudanças climáticas no semiárido potiguar. Realizadas em parceria com todas as universidades públicas do RN – como a Ufersa, a Uern, o IFRN – e com o apoio de importantes instituições estaduais e federais, como a Assembleia Legislativa, o Ministério Público, o Tribunal de Justiça, a FEMURN, o IDEMA, o IGARN e a SEMARH, as edições da COP e da ASCOP promovem a construção de uma política climática participativa e territorializada no estado.
A Conferência já realizou duas edições em Natal e promoveu três assembleias regionais: Caicó, Mossoró e São Gonçalo do Amarante. Agora, em sua quarta edição, a ASCOP chega ao município de Ipanguaçu com o propósito de ampliar a escuta dos territórios e envolver a comunidade acadêmica, gestores públicos, setor produtivo e sociedade civil.
“A IV ASCOP-RN é mais do que um evento; é um movimento de articulação entre ciência, educação, cultura e território. É urgente reunirmos todos os atores sociais para enfrentar juntos os impactos das mudanças climáticas”, afirmou o professor Robério Paulino, idealizador da Conferência Potiguar do Clima.
Durante a Assembleia, será apresentado o projeto do viveiro de mudas do IFRN de Ipanguaçu, uma iniciativa que contribui para a recuperação da vegetação da Caatinga e para ações de reflorestamento no estado. “Vamos realizar atividade prática no nosso viveiro de mudas aqui no Instituto, que já contribui para ações de reflorestamento na região. É fundamental que esse tipo de conscientização sobre o clima e o meio ambiente seja ampliado e chegue a cada vez mais pessoas”, destacou o professor José Geraldo, coordenador da IV ASCOP-RN.
Na programação da IV ASCOP acontecerão palestras e mesas-redondas com especialistas e representantes de instituições que atuam nas áreas de meio ambiente, desenvolvimento sustentável e educação ambiental. As inscrições para o evento são gratuitas e garantem certificação com carga horária de cinco horas, emitida pelo sistema SUAP.
O Senado terá, na terça-feira (24), às 10h, sessão de debates temáticos para discutir as causas do aumento dos crimes de feminicídio no Brasil e apontar soluções para o enfrentamento da violência doméstica e familiar contra a mulher.
A proposta da senadora Leila Barros (PDT-DF) foi subscrita por outros 28 senadores. No requerimento, a parlamentar destaca que, apesar dos avanços legislativos, o número de mulheres vítimas de violência letal permanece alarmante.
Com base nos dados do Atlas da Violência 2024, publicado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) com a colaboração do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), a senadora registra que 36,6% dos homicídios de mulheres registrados em 2022 foram classificados como feminicídio — crime definido pelo Código Penal como homicídio cometido contra a mulher por razões da condição de sexo feminino, geralmente dentro de contextos de violência doméstica ou discriminação de gênero.
A pesquisa também aponta que, enquanto a maioria dos homicídios de homens ocorre em vias públicas, as mulheres continuam mais vulneráveis dentro de casa. Na última década, houve uma redução de 34,2% nos homicídios femininos fora das residências, mas os casos motivados por razões de gênero permaneceram estáveis.
Outra informação citada no requerimento é da Pesquisa DataSenado de 2023, que revela que 30% das brasileiras já sofreram algum tipo de violência doméstica ou familiar provocada por um homem. A violência psicológica aparece como a mais frequente (89%), seguida pela violência física (76%).
“Esses dados mostram a relevância de um debate permanente dentro do Parlamento sobre o tema e a apresentação de propostas no sentido de aprimorar a legislação visando à redução dos casos de violência doméstica e de feminicídio, bem como à punição adequada dos agressores”, argumenta Leila.
A expectativa é que a sessão aborde aspectos diversos do problema, considerando dimensões socioeconômicas, jurídicas, psicológicas e educacionais. Também devem ser discutidas questões específicas como a situação do acolhimento e da proteção oferecidos pelo Estado às mulheres em situação de violência — incluindo casas-abrigo, centros de atendimento e delegacias especializadas —, além do tratamento do tema no sistema educacional, uma vez que a cultura da violência contra a mulher muitas vezes se manifesta desde a infância.
Três semanas após lançar sua pré-candidatura ao Governo do Rio Grande do Norte, a vereadora de Natal Thabatta Pimenta (PSOL) avalia que sua presença no debate eleitoral já provocou movimentações reais no cenário político estadual. Em entrevista ao Diário do RN, Thabatta afirmou que sua pré-campanha tem despertado apoio espontâneo por onde passa e que o nome dela “já está na boca do povo”.
“Desde Mossoró [no Pingo da Mei Dia], logo após o anúncio, as pessoas só falavam nisso, mesmo sendo a cidade de um dos pré-candidatos ao Governo. Foi um clamor muito grande. Percebi que falta alguém que represente essa massa. A nossa pré-candidatura mexeu com o imaginário das pessoas, de que corpos que nunca estiveram projetados em algo tão grande agora podem ocupar esse lugar”, disse a vereadora trans sobre sua posição enquanto pré-candidata.
Apesar de afirmar ainda não contar com apoios formais de prefeitos e lideranças partidárias, o que tem movido sua caminhada é a resposta popular. “Não vou por apoio fixo de prefeita, de prefeito. Eu vou pela vontade das pessoas. Em João Câmara, por exemplo, fui convidada pela prefeita para conhecer o São João e só se falava nisso. As pessoas me chamam de governadora e eu fico passada, porque já está nesse nível de identificação”, contou, ressaltando que o convite da prefeita Aize Bezerra não significa apoio oficializado.
Com forte inserção nos movimentos sociais e na militância LGBTQIAPN+, Thabatta avalia que sua candidatura representa um novo tempo e pode preencher uma lacuna deixada pela falta de diversidade entre os nomes que hoje se colocam para a disputa. “Quando estavam só os quatro homens [pré-candidatos], o que mais ouvia era: ‘não voto em nenhum desses daí’. Então, eu tô surgindo como uma possibilidade real de uma pré-candidatura feminina que se coloca por todas as pautas possíveis. Não é apenas a pauta LGBTQIA+, é a luta por políticas públicas reais para quem mais precisa”, defendeu.
A vereadora reforçou que sua atuação política já é reconhecida nacionalmente e que, na próxima semana, viaja à Europa para representar o Brasil em atividades do Mês do Orgulho LGBT. “Fui indicada não só pelo Governo, mas pelos movimentos sociais e organizações LGBTQIA+ do país.
Isso mostra que a nossa política é construída com as vozes das populações mais vulneráveis. E é isso que queremos levar também para o Governo do Estado”, afirma.
Embora reconheça que o PSOL ainda está em fase inicial de construção da estratégia estadual para 2026, Thabatta afirma que sua pré-candidatura é legítima e já conta com respaldo interno.
“Já indiquei o meu querer ao partido. Estamos começando o processo de construção, mas já falamos nacionalmente, e tive apoio nesse sentido. Minha pré-candidatura é legítima. O partido sabe disso e as pessoas estão mostrando que querem essa representação”, disse.
A pré-candidata também afirmou que sua eventual candidatura ao Governo do Estado não concorre com nomes já postos na esquerda, mas amplia as possibilidades de escolha popular. “A governadora já tem seu pré-candidato, mas a nossa candidatura também é legítima. O povo está dizendo que quer outra figura, quer alguém que veio do interior e conhece de perto os anseios tanto do interior quanto da capital. E isso eu posso representar”, diz, fazendo um paralelo com a pré-candidatura de Cadu Xavier, lançado pela governadora Fátima Bezerra (PT).
Em sua análise, Thabatta Pimenta considera que se eleita, poderá se tornar a primeira governadora trans do Brasil, fato que ela considera simbólico e potente politicamente. “Nós estamos mostrando que é possível. Ser uma mulher trans, nordestina, do interior, eleita na capital, ocupar esse espaço e mudar a forma de fazer política. Não é só simbólico. É real, é popular, é necessário”, avalia.
Thabatta comenta fala de Léo Souza e afirma que já foi comparada outras vezes à ex-governadora Wilma
A vereadora Thabatta Pimenta (PSOL) comentou a fala feita pelo vereador Léo Souza (UB), que, durante uma das festas do São João de Natal, asseverou “Thabatta governadora” e afirmou que a parlamentar poderia ser a nova Wilma de Faria. O vídeo do momento em meios aos festejos foi compartilhado pela própria Thabatta nas redes sociais e reforça a repercussão da sua pré-candidatura ao Governo do Estado.
“Eu fiquei muito feliz, porque a gente não espera de uma pessoa até da base do prefeito Paulinho Freire (UB); mas dentro da Câmara Municipal do Natal é algo que já é corriqueiro dos vereadores perceberem que há uma força que nem eu imaginava que eu tinha”, declarou Thabatta.
Ela atribui esse reconhecimento à sua atuação combativa no Legislativo natalense, que, segundo ela, tem repercutido para além da capital. “As pessoas estão vendo que a nossa luta é muito além do que as pessoas achavam que era a pauta LGBT, das pessoas com deficiência. É muito além disso. A gente está pautando tudo que é possível: a classe trabalhadora, os trabalhadores e tantas outras pautas que realmente precisam de um olhar muito mais participativo, humano”, disse.
Thabatta se disse “lisonjeada” com a fala de Léo Souza, mas ressaltou que não foi a primeira vez que ouviu comparações com a ex-governadora Wilma de Faria. “Acho que outras pessoas, até nos outros vídeos que eu já coloquei, falaram muito sobre isso: de me compararem com Wilma por estar em todos os lugares, subir morro, descer morro, interior, ser querida”, afirmou.
“Seria aí uma alternativa bastante viável. Uma chapa trabalhada e apoiada por mim e por Allyson não é terceira via. Vira uma chapa forte, muito competitiva, com apoio consistente em Natal e em Mossoró, no Seridó e no Oeste”. O cálculo é do ex-prefeito de Natal, Álvaro Dias (Republicanos), sobre o que caracterizou como o início dos diálogos com Allyson Bezerra (UB), com vistas às eleições de 2026. O ex-prefeito conversou sobre o assunto com o Diário do RN.
A reunião que aconteceu nesta segunda-feira (16) com o prefeito de Mossoró, segundo Álvaro, serviu para quebrar o gelo entre os dois e iniciar um diálogo que pode resultar numa composição de chapa majoritária para a disputa estadual. “Acordamos de caminhar juntos, de continuar conversando”, afirmou.
Pré-candidato ao Governo do Estado, Álvaro admite que está aberto a outras possibilidades, inclusive uma candidatura ao Senado, a depender da costura política com Allyson. “Eu já disse em entrevistas que não descarto a possibilidade de disputar o Senado. A minha preferência é o Governo, mas não descarto o Senado, não”, disse Álvaro, que chegou a afirmar em entrevistas anteriores que Allyson não deveria se candidatar ao governo “por ser muito jovem” e ainda não ter experiência suficiente para o cargo, mas agora aponta para uma mudança de posicionamento.
“A gente viu pontos convergentes, divergentes, e combinou de manter o diálogo para ver se chega a um denominador comum”, explicou.
Allyson, por sua vez, ainda não oficializou intenção de disputar o Governo. Apesar disso, é colocado como nome competitivo para o cargo, com bom desempenho nas pesquisas eleitorais mais recentes em municípios do interior. A sinalização concreta do prefeito oesteano, por enquanto, é o compromisso público com a senadora Zenaide Maia (PSD).
Dentro desse raciocínio, o ex-prefeito da capital admite ser possível a chapa com Allyson para o Governo, e a senadora Zenaide Maia (PSD) e Álvaro ao Senado. “É possível, tudo é possível. Um desses dois postos realmente cabe dentro do meu projeto”, declarou.
Rogério Marinho e Styvenson Valentim Questionado se essa articulação indicaria um rompimento com o grupo liderado pelo senador Rogério Marinho (PL), Álvaro foi cauteloso. “Não quer dizer isso, não. Quer dizer que eu vou estar sempre conversando com Allyson, procurando alinhar a minha decisão com os interesses comuns meus e dele, para a gente ter aí uma boa convivência e não ser engolido”, ressaltou sobre o grupo.
A movimentação cria novo cenário na disputa estadual e pode dificultar a tentativa de unificação das forças de direita em torno de uma única candidatura ao Governo. Atualmente, Marinho, que teve a pré-candidatura lançada por Bolsonaro na semana passada, tenta liderar esse campo político e declarou, em entrevista publicada nesta terça-feira (17) pelo Diário do RN, que seu objetivo é reunir todos em um mesmo palanque, inclusive Styvenson Valentim (PSDB), que deve disputar a reeleição ao Senado, junto com Allyson e Álvaro.
Álvaro, porém, admitiu que sua articulação com Allyson pode caminhar em trilha separada. “Foi um encontro que nós achamos bom iniciar esse entendimento, esse diálogo, visando atuar de uma forma conciliatória”, finalizou.
O lançamento da pré-candidatura do senador Rogério Marinho (PL) ao Governo do Rio Grande do Norte, feito pelo ex-presidente Jair Bolsonaro durante visita ao estado no último final de semana, foi recebido com críticas pelo deputado federal Fernando Mineiro (PT). Para o parlamentar, Marinho representa um projeto político ultrapassado, enfraquecido e alicerçado em práticas antidemocráticas.
“Rogério é o principal representante do bolsonarismo aqui no Estado. Segue a mesma cartilha: contra as políticas públicas e o estado de desenvolvimento social sustentável; ataques às conquistas e direitos sociais; exerce a política com ódio, useiro e vezeiro de fake news”, afirmou Mineiro, em conversa com o Diário do RN nesta terça-feira (17).
O deputado enfatizou que as práticas adotadas pelo senador, incluindo em período em que era Ministro de Bolsonaro, foram responsáveis pelo apoio em massa que obteve dos prefeitos na eleição geral de 2022. Ele lembrou o papel do senador potiguar na articulação do chamado orçamento secreto durante o governo Bolsonaro, mecanismo considerado inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal e que foi amplamente utilizado para alavancar candidaturas de aliados.
Naquela eleição, Rogério teve o apoio de mais de 100 prefeitos ao Senado. Muitos deles que também apoiaram a candidatura de Fátima ao Senado, mesmo em lados opostos.
“A sociedade potiguar – e principalmente trabalhadores e trabalhadoras urbanos e rurais – o conhecem muito bem. Não estaria onde está se não tivesse usado e abusado dos recursos públicos via orçamento secreto para angariar apoio político. Não à toa, teve o apoio de grande parte de prefeitos e prefeitas em 2022. Hoje, a situação é diferente justamente por não dispor mais do poder de distribuição de recursos via orçamento público”, pontuou.
Mineiro avalia que o contexto político de 2026 será distinto daquele que favoreceu o bolsonarismo em 2022, quando Marinho foi eleito senador derrotando o então ex-governador Carlos Eduardo Alves (PDT). O deputado do PT vê um esvaziamento do capital político de Bolsonaro no cenário nacional, o que, segundo ele, pode impactar diretamente os planos do PL nos estados.
“O bolsonarismo vem perdendo a sua força. Basta ver que setores da elite conservadora brasileira – notadamente a paulista – vêm se afastando do Bolsonaro. Ele não é mais ‘funcional’ para essa elite, principalmente depois das revelações das tentativas de golpe que ele liderou”, destacou.
Apesar disso, Mineiro reconhece que o ex-presidente ainda mantém influência em determinados segmentos, mas não unânime. “Não foi totalmente descartado porque ainda tem algum capital político. Hoje a direita brasileira busca um candidato conservador mais ‘palatável’”, concluiu.
O lançamento da pré-candidatura de Rogério Marinho ao Governo do Estado foi feito por Bolsonaro na última sexta-feira (13), durante ato político na região Seridó. “Nosso cabra da peste Rogério Marinho vai ser governador do Rio Grande do Norte”, declarou o ex-presidente. A agenda no estado também incluiu visitas a Tangará, Santa Rita, Jucurutu e Mossoró, reforçando a aposta do PL em mobilizar sua base com antecedência para as eleições de 2026.
“A população do Natal adotou o São João, adotou uma festa junina que há muito tempo não acontecia, com a intensidade e o tamanho que está acontecendo. Adotou, também, a necessidade de, junto com as forças de segurança, repensarmos os espaços”, afirmou a secretária Municipal de Cultura de Natal, Iracy Azevedo, na coletiva realizada na tarde desta segunda-feira (16), em que a Prefeitura de Natal anunciou novas mudanças para o evento que tem movimentado a capital durante o mês de junho.
Depois de ampliar a estrutura do pólo Arena das Dunas para comportar o crescente número de visitantes, agora o Executivo municipal anunciou que o último final de semana do São João 2025, inicialmente previsto para acontecer no Ginásio Nélio Dias, será realizado na Avenida da Alegria, no bairro da Redinha. A festa ocorrerá nos dias 2, 28 e 29 de junho.
O prefeito Paulinho Freire celebrou os números conquistados no São João de Natal. “Todo esforço, trabalho e dedicação da nossa equipe foram premiados com o sucesso do polo Arena das Dunas. Atingir esse número de pessoas, nos enche de orgulho. O nosso São João é verdadeiramente sensacional. O natalense abraçou a iniciativa e foi o grande responsável por alcançarmos esse patamar. Quero agradecer de coração a cada um que passou por aqui e curtiu o evento”, disse Paulinho.
Iracy Azevedo esclareceu que a estrutura na Redinha será semelhante à da Arena, com palco, camarote, pontos de apoio, posto médico, ambulâncias e ativações culturais.: “Aquelas atrações do Nélio Dias como o Léo Santana, Henry Freitas e Grafith são artistas que atraem multidões, com mais de 30 mil pessoas”, destacou Iracy. “Diante disso, tivemos uma reunião pela manhã e ficou decidido, por questão de segurança, conforto e acessibilidade, que o encerramento será na Avenida da Alegria. Toda a programação está mantida: palco, camarote, praça de alimentação, ativações culturais e serviços”.
Ainda de acordo com a secretária, o espaço anteriormente previsto para a festa na Zona Norte não comportava o público que tem comparecido. A decisão prezou pela segurança: “Durante os primeiros dez dias de festa, não tínhamos possibilidade de ampliação na área do Nélio Dias.
Fizemos uma consulta com nossa equipe, com a Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros, e entendemos que era mais seguro transferir o local para um espaço com capacidade de até 100 mil pessoas”, afirmou.
Representando a Polícia Militar na coletiva, o major Trindade afirmou que a mudança para a Avenida da Alegria facilita a atuação da corporação. “Já tivemos a abertura do São João lá na Zona Norte. É um espaço que permite colocar diferentes modalidades de policiamento: a pé, a cavalo, com viaturas no entorno. A área oferece melhores condições operacionais para a segurança pública”, pontuou. O efetivo será definido de acordo com a expectativa de público, nos dias que antecedem o evento.
Trânsito será parcialmente interditado e transporte público terá reforço
A secretária municipal de Mobilidade Urbana, Jódia Melo, explicou que o trânsito na Avenida da Alegria será interditado parcialmente a partir do início da montagem da estrutura, ainda nesta semana. “Inicialmente, será uma interdição lateral, permitindo o tráfego de ônibus. À medida que o evento se aproxima, faremos os ajustes necessários, sempre com aviso prévio”, garantiu. Para atender à demanda e facilitar o deslocamento do público, a Prefeitura vai reforçar o transporte público. “Estamos planejando acrescentar linhas de ônibus até bairros da Zona Norte que normalmente não são atendidos nos horários do evento. Além disso, vamos organizar pontos de embarque e desembarque para motoristas por aplicativo em locais estratégicos, como postos de combustível e mercados”, detalhou Jódia. A recomendação da secretaria é para que os frequentadores evitem o uso de veículos próprios. “É muito mais seguro optar por transporte coletivo, aplicativo, carona ou outro meio compartilhado. Assim, garantimos fluidez no trânsito e mais segurança viária para os pedestres.” Ela lembrou que, em outros eventos, como o realizado no entorno do Aeroporto das Dunas, o público aderiu bem às orientações. “Se for necessário interditar mais vias, faremos de forma organizada e comunicada com antecedência”, completou.
Programação de Encerramento A festa na Zona Norte será nos dias 27, 28 e 29 de junho. A quinta-feira (27) terá shows de Henry Freitas, Banda Grafith e Kadu Martins. Na sexta-feira (28), será a vez de Léo Santana e Raynel Guedes. No sábado (29), encerrando a programação, sobem ao palco Seu Desejo, Circuito Musical, Pagode do Coxa e Kelvy Pablo.
A Arena das Dunas, um dos polos principais da festa, já recebeu mais de 665 mil pessoas, de acordo com dados da Prefeitura. No último domingo (15), 140 mil pessoas estiveram no local para ver shows de Simone Mendes, Xand Avião, Belo, Pedro Lucas e Tirulipa.
A festa agora segue para o polo da Zona Oeste. A partir da próxima quinta-feira (19), os shows serão realizados na Avenida Rio Grande do Sul, no bairro Cidade da Esperança.
Após receber o apoio público do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) durante visita ao Rio Grande do Norte no fim de semana, o senador Rogério Marinho (PL) reforça que trabalha não apenas na construção de um projeto próprio, mas também na articulação para unir todo o campo oposicionista em torno de uma candidatura única em 2026. O líder da oposição no Senado Federal e presidente estadual do PL concedeu uma entrevista exclusiva ao Diário do RN, nesta segunda-feira (16).
“Até o final do ano a gente deve apresentar esse projeto. Nesse meio tempo, buscamos interlocução com outras forças políticas de centro que possam convergir com a nossa candidatura. Esse é o grande trabalho, desafio, que temos pela frente”, afirmou o senador.
Marinho avalia que, mesmo antes do início oficial da campanha, o cenário político já está se desenhando. Ele cita como candidaturas em curso a do atual secretário estadual da Fazenda, Carlos Eduardo Xavier – nome lançado pela governadora Fátima Bezerra (PT), por um lado; e por outro, na oposição, além dele, a do ex-prefeito de Natal, Álvaro Dias (Republicanos) e a do prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra (UB), que ainda não oficializou sua intenção.
“Temos que trabalhar para que essas forças possam convergir para um projeto em que estejamos no mesmo lado. Já que somos todos antagônicos ao projeto da atual governadora, esse é o desafio: buscar a união do nosso campo político até meados de maio ou junho do próximo ano”, explicou.
Rogério Marinho deixou as portas abertas para o ex-prefeito de Natal, Álvaro Dias, se filiar ao PL, partido que, segundo ele, se consolida como o que mais cresce no país. Na semana passada, o próprio Álvaro admitiu a possibilidade de deixar o Republicanos e seguir rumo a um partido como o PL, onde tem aliados, e poderá viabilizar a pretensa candidatura ao Governo do RN, ao Senado Federal, ou até mesmo compor nominata à deputado federal, junto com os deputados General Girão (PL) e Sargento Gonçalves (PL).
“Todos aqueles políticos que têm valores que convergem com o que acreditamos serão bem-vindos. Álvaro, convergindo com o que pensamos, será muito bem recebido”, concorda Marinho.
Já sobre o prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra, com quem teve um afastamento político nas eleições de 2024, o senador adota um discurso conciliador, apesar de não terem se encontrado durante passagem do projeto Rota 22, com Bolsonaro, em Mossoró, na última sexta-feira (13) e sábado (14). Segundo ele, o objetivo agora é reunir forças e não aprofundar divisões na direita, mas houve um desencontro.
“Tive o cuidado de ligar para Allyson uma semana antes da vinda de Bolsonaro, convidei para o evento. No dia, houve um desencontro. Não foi nada deliberado. Ele nos convidou para seu camarote, mas nossa programação já estava feita. Bolsonaro estava saindo para o hotel por questões de saúde. Não houve intenção de evitar contato”, explicou.
Questionado sobre o acordo político para 2026 com o prefeito de Natal, Paulo Freire (PL), e a possibilidade de apoio a sua candidatura ao Governo, Marinho preferiu deixar a decisão para o próprio gestor, embora tenha reforçado a aliança política entre ambos.
“Temos um compromisso com o Estado e com a capital. Na hora em que apoiamos Paulinho Freire, tínhamos a convicção de que ele faria uma boa gestão. E ele está fazendo. O apoio a uma candidatura será uma decisão que ele tomará no momento adequado. Vamos ter a paciência e o cuidado de aguardar, até porque, por enquanto, nós somos pré-candidatos”, garantiu Marinho.
Visita de Bolsonaro: fortalecimento do PL Por fim, Marinho avaliou positivamente a passagem de Bolsonaro pelo RN, destacando o simbolismo da visita após o período de recuperação do ex-presidente e o impacto na militância.
“A visita foi de gratidão, mas também de reafirmação de laços. Sentimos nas ruas o carinho da população. Isso nos dá mais vigor para estruturar o partido e apresentar um projeto forte para o Estado. O Rota 22, que Bolsonaro percorre, deve ser concluído em agosto. Foi extremamente proveitosa a vinda dele ao estado, com a passagem por diversos municípios, com o relacionamento dele diretamente com outros atores da política”, resumiu.