O Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) denunciou o vigilante que, recentemente, sacou uma arma de fogo contra manifestantes durante um protesto em Natal.
A denúncia já foi recebida pela Justiça potiguar e o homem virou réu em uma ação penal. Ele irá responder cinco vezes pelo crime de ameaça, com a agravante de um dos crimes ter sido praticado contra uma mulher grávida. Ele portava uma pistola
O crime foi cometido no dia 25 de agosto deste ano contra pessoas que fechavam a rua Manoel Miranda, na praça Gentil Ferreira, no bairro do Alecrim, durante um protesto contra violência doméstica.
Para o MPRN, a materialidade e a autoria dos crimes restaram demonstradas por intermédio das declarações das vítimas, do depoimento de testemunha, das filmagens da cena dos crimes, dos documentos que comprovam a gestação de uma das vítimas e do registro da arma do vigilante.
A denúncia apresentada à Justiça foi acompanhada do inquérito policial que lhe serviu de base.
Lembre o Caso
No dia 25 de agosto, uma quarta-feira, aconteceu um movimento promovido pela Marcha das Mulheres, como parte do Agosto Lilás, em conscientização pelo fim da violência contra mulher, também em alusão a um caso de feminicídio que ocorreu no Alecrim, bairro onde acontecia o ato. Mas, os manifestantes se depararam com um grave ato de violência.
Segundo a vereadora Brisa Bracchi (PT), integrante da Marcha Mundial das Mulheres e líder da oposição da Câmara Municipal de Natal, “é inadmissível que, em uma marcha de mulheres contra o feminicídio, um homem se sinta à vontade, ao ponto de sair da sua moto, retirar uma pistola, uma arma, e apontar para as mulheres que estão ali, reivindicando justamente um mundo livre de violência. Reivindicando, justamente, que esses homens não se sintam confortáveis para levantar uma arma para as mulheres”.
BRISA BRACCHI: “NÃO SE DEVE ACEITAR ESSE TIPO DE RETALIAÇÃO, AMEAÇA E CONSTRANGIMENTO”