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SAMANDA DEFENDE TRANSIÇÃO ATÉ MARÇO E NEGA DESPRESTÍGIO A WALTER

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A vereadora de Natal e dirigente do PT no Rio Grande do Norte, Samanda Alves, afirmou que não há qualquer movimento, por parte do Governo ou do Partido dos Trabalhadores, para antecipar a renúncia da governadora Fátima Bezerra (PT). A possibilidade foi levantada na última semana pelo deputado estadual Bernardo Amorim (PSDB), que sugeriu que o vice-governador Walter Alves (MDB) poderia assumir o governo já em janeiro de 2026, antes do prazo legal de desincompatibilização, que se encerra em 2 de abril.

Segundo Samanda, a avaliação dentro do PT é de que Fátima deve seguir no cargo até o limite estabelecido pela legislação. “A governadora tem feito o gesto já, tem aberto espaços importantes no governo. Acho que a transição já começou, mas pode e deve durar até o limite que é o final de março”, declarou em entrevista ao Diário do RN.

Questionada se uma eventual renúncia antecipada não seria um gesto de valorização aos aliados, Samanda negou que a permanência de Fátima represente desprestígio ao vice. “Eu só ouvi essa opinião de doutor Bernardo. Não ouvi nem de Walter. Inclusive, tive com pessoas muito próximas a ele e foi uma opinião pontual, segundo ele, do doutor Bernardo, que tem esse jeito dele, muitas vezes espontâneo. Mas isso não é considerado no Governo”, disse.

A vereadora reforçou que o Governo tem se empenhado para ampliar o espaço do MDB na estrutura administrativa. Ela citou como exemplos recentes a presidência da Caern e a Secretaria de Desenvolvimento Econômico. “Não tem parado. Tem muitos gestos sendo feitos, continuam sendo feitos em razão da afinidade que tem sido construída e fortalecida entre o governo e o MDB”, afirmou ela, ao se referir aos dois cargos recentes concedidos ao partido aliado, após mais de seis anos com somente um espaço de comando no primeiro escalão.

Samanda também comentou a fala do pré-candidato do PT ao Governo, Cadu Xavier, que se posicionou contra uma antecipação da saída de Fátima. Para ela, ao afirmar que “não seria bom nem para o Governo, nem para Fátima, nem para Walter” Cadu se referia à necessidade de manter uma transição sólida e gradual. “Cadu quis dizer que, do ponto de vista da descontinuidade, é bom a gente continuar construindo essa transição. Tem aí nove meses ainda para continuar esse processo. Não é que seja ruim do ponto de vista de capacidade, Walter foi escolhido como vice porque tem capacidade para assumir, mas sim porque é importante fazer isso com tranquilidade, não a toque de caixa”.

Sobre a insistência de setores aliados em discutir uma saída antecipada, Samanda foi categórica: “Me cite um lugar onde isso aconteceu! Foge ao que é de praxe. Não é por desconsiderar a importância do vice ou a capacidade dele de governar, mas é porque isso não é comum. A governadora é muito responsável e está fazendo inclusive o que pouca gente faz, que é iniciar um ano antes a transição, para não ter descontinuidade”, garantiu.


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