
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, criticou, na última quarta-feira (1º), a aplicação de dose de reforço contra a Covid-19 em pessoas acima de 60 anos em São Paulo a partir do dia 6, próxima segunda-feira. A medida tinha sido anunciada pelo governador do estado, João Dória (PSDB), na tarde daquele mesmo dia, em coletiva de imprensa. A decisão vai contra as recomendações emitidas pelo Ministério da Saúde sobre a dose de reforço, que deve ser aplicada em pessoas de 70 anos ou mais, a partir do dia 15 de setembro.
O ministro, então, em entrevista à Rede Band, disse que: “A gente assiste o MS tomar uma decisão através do Plano Nacional de Imunizações (PNI) para vacinar a partir do dia 15 [de setembro], a gente já verifica que determinados governadores antecipam o calendário, incluem pessoas acima de 60 anos quando a decisão do PNI foi 70 anos”. Segundo Queiroga, a preocupação é de não conseguir atender a demanda do estado.
Após a fala do ministro, Dória foi às redes sociais se posicionar sobre o caso. Compartilhando a manchete do portal Metrópoles, ele disse que: “O Governo Federal insiste em atrapalhar quem trabalha. Enquanto fazem bravatas, compram cloroquina e pregam contra uso de máscaras, nós trabalhamos e vacinamos a população”. Ele ainda complementa dizendo que “não deixaremos lunáticos colocarem em risco a vidas de mais pessoas”.
Dória ainda respondeu a fala de Queiroga sobre sua preocupação com a demanda de vacinas, que pode não ser suficiente. “O Estado de São Paulo tem cerca de 22% da população. Esse é o número de vacinas que temos direito de receber”, afirmou o governador.
*Com informações do Metrópoles.