Nascido e criado em Natal, o jovem poeta e repentista Felipe Pereira iniciou a carreira aos 14 anos, acompanhando as cantorias que aconteciam na cidade. Teve como incentivo os conselhos de cantadores como Ivanildo Vila Nova, Raimundo Caetano e Os Nonatos. Hoje, aos 27 anos, já soma 13 anos de carreira artística, sendo um dos mais jovens cantadores do Brasil.
Em 2014, Felipe gravou o primeiro CD e um DVD, onde teve oportunidade de mostrar a tradição das cantorias com a interação da plateia e o improviso.
O potiguar também já teve oportunidade de apresentar seu trabalho pelo Nordeste, fez turnês em São Paulo (SP) e participação de programas de tv, além de ser premiado em festivais e desafios de repente.
FESTIVAL DE REPENTISTAS Felipe é o idealizador do Festival de repentistas – Domingos Tomaz, que esse ano chega a segunda edição, sendo a primeira em formato presencial. “A primeira edição do festival aconteceu em 2021, durante a pandemia, no formato de Live”, conta ele, acrescentando ainda que a expectativa é grande e reúne um misto de sensações. “O reencontro com o público sempre é satisfatório. E estamos unindo isso a saudade dos antigos festivais promovidos na AABB no início dos anos 2000”.
O evento é uma homenagem ao repentista Domingos Tomaz, que faleceu em 2018, na cidade de Touros-RN. “Por muito tempo (ele) promoveu cantorias, festivais e se apresentou nos congressos de violeiros pelo Nordeste”.
Felipe Pereira vai apresentar o festival ao lado do poeta Iponax Vila Nova, em uma espécie de intermediação das apresentações dos 10 repentistas que se apresentarão durante a noite desta quinta-feira. São veteranos e jovens cantadores que representam a riqueza de uma tradição marcante da região e que, ele destaca, precisa ser preservada. O RN tem em média de 30 repentistas-violeiros atuando profissionalmente: “Hoje o cenário da cantoria é bem satisfatório em relação ao número de cantadores jovens que está surgindo. Porém, ainda há uma necessidade de trabalho mais incisivo para manutenção das tradições nordestinas, já que as culturas de massa têm tomado espaço”.
No II Festival de repentistas – Domingos Tomaz, sobem ao palco os veteranos Zé viola, Raimundo Caetano, António Lisboa, Biu Dionísio e Hipólito Moura. Somam-se a eles André Santos, Helânio Moreira, Zé Albino, Jeferson Silva e João Lídio.
O evento terá início às 19h30 e o acesso é gratuito: “Quem puder levar um quilo de alimento não perecível, a doação será destinada as campanhas sociais do Sesc”.
Nascido e criado em Natal, o jovem poeta e repentista Felipe Pereira iniciou a carreira aos 14 anos, acompanhando as cantorias que aconteciam na cidade. Teve como incentivo os conselhos de cantadores como Ivanildo Vila Nova, Raimundo Caetano e Os Nonatos. Hoje, aos 27 anos, já soma 13 anos de carreira artística, sendo um dos mais jovens cantadores do Brasil.
Em 2014, Felipe gravou o primeiro CD e um DVD, onde teve oportunidade de mostrar a tradição das cantorias com a interação da plateia e o improviso.
O potiguar também já teve oportunidade de apresentar seu trabalho pelo Nordeste, fez turnês em São Paulo (SP) e participação de programas de tv, além de ser premiado em festivais e desafios de repente.
FESTIVAL DE REPENTISTAS Felipe é o idealizador do Festival de repentistas – Domingos Tomaz, que esse ano chega a segunda edição, sendo a primeira em formato presencial. “A primeira edição do festival aconteceu em 2021, durante a pandemia, no formato de Live”, conta ele, acrescentando ainda que a expectativa é grande e reúne um misto de sensações. “O reencontro com o público sempre é satisfatório. E estamos unindo isso a saudade dos antigos festivais promovidos na AABB no início dos anos 2000”.
O evento é uma homenagem ao repentista Domingos Tomaz, que faleceu em 2018, na cidade de Touros-RN. “Por muito tempo (ele) promoveu cantorias, festivais e se apresentou nos congressos de violeiros pelo Nordeste”.
Felipe Pereira vai apresentar o festival ao lado do poeta Iponax Vila Nova, em uma espécie de intermediação das apresentações dos 10 repentistas que se apresentarão durante a noite desta quinta-feira. São veteranos e jovens cantadores que representam a riqueza de uma tradição marcante da região e que, ele destaca, precisa ser preservada. O RN tem em média de 30 repentistas-violeiros atuando profissionalmente: “Hoje o cenário da cantoria é bem satisfatório em relação ao número de cantadores jovens que está surgindo. Porém, ainda há uma necessidade de trabalho mais incisivo para manutenção das tradições nordestinas, já que as culturas de massa têm tomado espaço”.
No II Festival de repentistas – Domingos Tomaz, sobem ao palco os veteranos Zé viola, Raimundo Caetano, António Lisboa, Biu Dionísio e Hipólito Moura. Somam-se a eles André Santos, Helânio Moreira, Zé Albino, Jeferson Silva e João Lídio.
O evento terá início às 19h30 e o acesso é gratuito: “Quem puder levar um quilo de alimento não perecível, a doação será destinada as campanhas sociais do Sesc”.
Onde eles estão? Fugiram? Foram mortos? Onde estão seus corpos? Quem será responsabilizado? Estas são as principais perguntas que o Estado do Rio Grande do Norte precisa responder e que a sociedade, por meio do Ministério Público Federal, quer saber. Estamos falando de 27 presos que um dia foram inseridos no sistema prisional potiguar e que em 14 de janeiro de 2017, data em que ocorreu o maior massacre da história da Penitenciária de Alcaçuz, nunca mais foram vistos.
Nesta edição, com exclusividade, o Diário do RN revela o nome de cada um deles.
Antes de apresentar a lista, é preciso entender a história. Nesta semana, o MPF divulgou uma recomendação na qual cobra da União, através do Ministério dos Direitos Humano e Cidadania, e também do Estado do Rio Grande do Norte, mais precisamente da Secretaria da Administração Penitenciária, que localizem os detentos, uma vez que os 27 ainda são considerados oficialmente desaparecidos.
“Eu fiz toda análise de todos os processos que existem sobre esses fatos. Fui fazendo trabalho de formiguinha. Analisei no Ministério Público Estadual, na Polícia Civil, os processos da Justiça, as informações dos dados da SEAP. Precisei que colegas, servidores, fizessem uma análise, reanálise, para ter certeza que essas pessoas não desapareceram na ocasião da rebelião. Então, eu tinha que ligar o desaparecimento com o motim, com o problema que aconteceu em Alcaçuz.
Como não tinha muitos dados no sistema, na época, em 2017, tudo era muito bagunçado, muito desorganizado, a gente teve que fazer esse trabalho passo a passo. E até agora, o fato é que não tem explicação razoável do paradeiro dessas pessoas. Na data que aconteceu o fato em Alcaçuz, elas estavam lá. Dali em diante, não tem mais documento sobre elas. É isso”, explicou o procurar da República Fernando Rocha.
União e Estado têm prazo de 10 dias para responder à recomendação do MPF.
O que diz a recomendação A reportagem teve acesso à integra da recomendação. Além de cobrar o paradeiro dos detentos desaparecidos. O MPF ainda listou uma série de medidas preventivas e de otimização de buscas dos desaparecidos. São elas:
Sobre omissão, falhas, transparência e responsabilidade Após todas as diligências adotadas, caso não seja possível localizar os desaparecidos, o MPF ainda recomenda à União e ao Estado do RN que, juntos, solidariamente, se responsabilizem por indenizar as famílias, “reconhecendo a omissão ou falhas no controle e proteção dos detentos sob sua custódia”, além da “emissão de relatórios públicos detalhados sobre o andamento das investigações, os esforços de busca e as medidas adotadas, garantindo transparência e responsabilidade perante a sociedade”.
Ainda segundo o MPF, “o desaparecimento forçado de presos, sem investigação adequada, constitui uma violação grave dos direitos humanos, tipificada como crime de lesa-humanidade em contextos de conflito e opressão, o que impõe ao Brasil a responsabilidade de não apenas buscar os corpos ou o paradeiro dos presos desaparecidos, mas também de assegurar que os culpados sejam devidamente responsabilizados”.
E considera também que “o desaparecimento de presos sem a devida apuração vai de encontro às obrigações do Estado brasileiro no tocante ao direito à vida, integridade física e garantia de segurança das pessoas sob custódia do Estado, conforme previsto no Pacto de San José da Costa Rica (Convenção Americana sobre Direitos Humanos) e na Convenção Internacional para a Proteção de Todas as Pessoas contra o Desaparecimento Forçado (Decreto 8.767/2016), dos quais o Brasil é signatário”.
O que diz o Estado Em nota, a SEAP disse que, “no que tange às competências legais da pasta, analisa as providências demandadas pelo Ministério Público Federal com intuito de observar quais, entre elas, já foram atendidas e as eventuais pendências”.
A Secretaria também disse que o sistema hoje é muito diferente do sistema de 2017, que o Estado hoje tem o controle e tem a disciplina de todas as unidades prisionais. E que, no que compete à SEAP, há mais de 1.500 câmeras de vigilância, câmeras corporais, aparelhos de raio-x, detectores de metal, softwares que dizem onde cada preso está, cada cela, cada pavilhão, que todos os presos são submetidos a técnicas de classificação, e que se sabe da periculosidade, quais estão aptos ao estudo e ao trabalho, e que a investigação da Polícia Civil foi concluída em 2019, indiciando 84 pessoas pelas mortes ocorridas no massacre de Alcaçuz.
O Massacre de Alcaçuz O Massacre de Alcaçuz, como ficou conhecido o episódio mais sangrento da história do sistema penitenciário potiguar, aconteceu em janeiro de 2017. Durou quase duas semanas. Começou no dia 14, mas o Estado só conseguiu retomar o controle da penitenciária dia 27. Ao final, 27 presos foram mortos durante um confronto envolvendo duas facções criminosas: o PCC e o Sindicato do Crime do RN. Muitos dos corpos foram encontrados sem cabeça e com os membros esquartejados. Outros, totalmente carbonizados. Exames de DNA foram necessários para a identificação.
O inquérito que apurou a matança só foi concluído em 29 de novembro de 2019. Ao todo, 216 presos se envolveram no massacre. Destes, 74 foram indiciados pelos homicídios.
Lista dos desaparecidos
Onde eles estão? Fugiram? Foram mortos? Onde estão seus corpos? Quem será responsabilizado? Estas são as principais perguntas que o Estado do Rio Grande do Norte precisa responder e que a sociedade, por meio do Ministério Público Federal, quer saber. Estamos falando de 27 presos que um dia foram inseridos no sistema prisional potiguar e que em 14 de janeiro de 2017, data em que ocorreu o maior massacre da história da Penitenciária de Alcaçuz, nunca mais foram vistos.
Nesta edição, com exclusividade, o Diário do RN revela o nome de cada um deles.
Antes de apresentar a lista, é preciso entender a história. Nesta semana, o MPF divulgou uma recomendação na qual cobra da União, através do Ministério dos Direitos Humano e Cidadania, e também do Estado do Rio Grande do Norte, mais precisamente da Secretaria da Administração Penitenciária, que localizem os detentos, uma vez que os 27 ainda são considerados oficialmente desaparecidos.
“Eu fiz toda análise de todos os processos que existem sobre esses fatos. Fui fazendo trabalho de formiguinha. Analisei no Ministério Público Estadual, na Polícia Civil, os processos da Justiça, as informações dos dados da SEAP. Precisei que colegas, servidores, fizessem uma análise, reanálise, para ter certeza que essas pessoas não desapareceram na ocasião da rebelião. Então, eu tinha que ligar o desaparecimento com o motim, com o problema que aconteceu em Alcaçuz.
Como não tinha muitos dados no sistema, na época, em 2017, tudo era muito bagunçado, muito desorganizado, a gente teve que fazer esse trabalho passo a passo. E até agora, o fato é que não tem explicação razoável do paradeiro dessas pessoas. Na data que aconteceu o fato em Alcaçuz, elas estavam lá. Dali em diante, não tem mais documento sobre elas. É isso”, explicou o procurar da República Fernando Rocha.
União e Estado têm prazo de 10 dias para responder à recomendação do MPF.
O que diz a recomendação A reportagem teve acesso à integra da recomendação. Além de cobrar o paradeiro dos detentos desaparecidos. O MPF ainda listou uma série de medidas preventivas e de otimização de buscas dos desaparecidos. São elas:
A criação de um plano de contingência para resposta imediata a rebeliões e outras crises no sistema prisional, incluindo a identificação e localização de detentos.
Um sistema de registro eficaz de todas as movimentações, saídas, entradas, transferências de alas, vivências ou unidades prisionais e, especialmente, os desaparecimentos de detentos, mediante, preferencialmente, meios digitais, capazes de garantir os registros atualizados de todas as movimentações.
Mobilizar equipes especializadas para realizar varreduras e buscas em banco de dados e ou dentro das dependências do presídio em situação de rebelião, com o objetivo precípuo de localizar os desaparecidos.
A implementação do uso de câmeras de segurança, drones e outras tecnologias de monitoramento para facilitar a localização de detentos em áreas potencialmente afetadas pela rebelião.
Investigações coordenadas com a polícia e órgãos de monitoramento de direitos humanos para descobrir o paradeiro dos desaparecidos, devendo, se necessário, incluir entrevistas com funcionários e detentos que possam fornecer informações.
Manter contato contínuo e transparente com os familiares dos detentos, informando sobre as ações que estão sendo tomadas e fornecendo atualizações constantes sobre a situação.
Utilizar depoimentos de testemunhas, imagens de câmeras de segurança e informações da comunidade local para obter pistas sobre o paradeiro dos desaparecidos.
Trabalhar em conjunto com outras instituições como a Defensoria Pública, Ministério Público e órgãos de segurança para otimizar a busca e investigação do paradeiro dos detentos ainda em situação de desaparecidos.
Caso sejam encontrados restos mortais ou evidências de crimes, realizar testes de DNA e outros exames forenses em cooperação com a polícia técnica para identificar possíveis vítimas e dar um desfecho às famílias.
Sobre omissão, falhas, transparência e responsabilidade Após todas as diligências adotadas, caso não seja possível localizar os desaparecidos, o MPF ainda recomenda à União e ao Estado do RN que, juntos, solidariamente, se responsabilizem por indenizar as famílias, “reconhecendo a omissão ou falhas no controle e proteção dos detentos sob sua custódia”, além da “emissão de relatórios públicos detalhados sobre o andamento das investigações, os esforços de busca e as medidas adotadas, garantindo transparência e responsabilidade perante a sociedade”.
Ainda segundo o MPF, “o desaparecimento forçado de presos, sem investigação adequada, constitui uma violação grave dos direitos humanos, tipificada como crime de lesa-humanidade em contextos de conflito e opressão, o que impõe ao Brasil a responsabilidade de não apenas buscar os corpos ou o paradeiro dos presos desaparecidos, mas também de assegurar que os culpados sejam devidamente responsabilizados”.
E considera também que “o desaparecimento de presos sem a devida apuração vai de encontro às obrigações do Estado brasileiro no tocante ao direito à vida, integridade física e garantia de segurança das pessoas sob custódia do Estado, conforme previsto no Pacto de San José da Costa Rica (Convenção Americana sobre Direitos Humanos) e na Convenção Internacional para a Proteção de Todas as Pessoas contra o Desaparecimento Forçado (Decreto 8.767/2016), dos quais o Brasil é signatário”.
O que diz o Estado Em nota, a SEAP disse que, “no que tange às competências legais da pasta, analisa as providências demandadas pelo Ministério Público Federal com intuito de observar quais, entre elas, já foram atendidas e as eventuais pendências”.
A Secretaria também disse que o sistema hoje é muito diferente do sistema de 2017, que o Estado hoje tem o controle e tem a disciplina de todas as unidades prisionais. E que, no que compete à SEAP, há mais de 1.500 câmeras de vigilância, câmeras corporais, aparelhos de raio-x, detectores de metal, softwares que dizem onde cada preso está, cada cela, cada pavilhão, que todos os presos são submetidos a técnicas de classificação, e que se sabe da periculosidade, quais estão aptos ao estudo e ao trabalho, e que a investigação da Polícia Civil foi concluída em 2019, indiciando 84 pessoas pelas mortes ocorridas no massacre de Alcaçuz.
O Massacre de Alcaçuz O Massacre de Alcaçuz, como ficou conhecido o episódio mais sangrento da história do sistema penitenciário potiguar, aconteceu em janeiro de 2017. Durou quase duas semanas. Começou no dia 14, mas o Estado só conseguiu retomar o controle da penitenciária dia 27. Ao final, 27 presos foram mortos durante um confronto envolvendo duas facções criminosas: o PCC e o Sindicato do Crime do RN. Muitos dos corpos foram encontrados sem cabeça e com os membros esquartejados. Outros, totalmente carbonizados. Exames de DNA foram necessários para a identificação.
O inquérito que apurou a matança só foi concluído em 29 de novembro de 2019. Ao todo, 216 presos se envolveram no massacre. Destes, 74 foram indiciados pelos homicídios.
O candidato Carlos Eduardo (PSD) teve negado pedido de liminar contra o adversário Paulinho Freire (União Brasil), pelo qual tentou impedir que o deputado mencionasse uma acusação de que, quando prefeito, Carlos Eduardo teria desperdiçado oito toneladas de medicamentos. Além disso, questionou ter sido chamado de Pinóquio e “amostradinho”. Todo o conteúdo foi exposto nas redes sociais do opositor em um único vídeo. O pedido de decisão liminar foi negado pelo juiz da 3ª Zona Eleitoral.
De acordo com o ex-prefeito, o caso de trata de notícia falsa e, portanto, tratar sobre o assunto configuraria “propaganda eleitoral irregular”. Carlos Eduardo alega, ainda, que foi ofendido publicamente com a utilização do termo “amostradinho” e por ter sido caracterizado com um “nariz de Pinóquio” em publicação de Paulinho no Instagram. Sendo assim, requereu direito de resposta e interrupção imediata da veiculação da postagem na rede social.
Num vídeo de animação, exibida no Instagram de Paulinho no dia 22 de agosto, um personagem conversa com o que seria a representação de Carlos Eduardo, que diz: “O povo tá comigo”.
O personagem responde: “Ai ai ai… Amostradinho, você acha mesmo que o povo cai nessa lorota?”. Carlos Eduardo responde: “Homem, eu sempre fiz e vou continua a fazer…”.
A partir daí, o personagem interrompe: “Amostradinho, você pensa que a gente tem memória curta é? Acorde pra vida, homem. Você já teve quatro chances e mostrou que não tem competências pra gerir Natal”.
Carlos responde: “Ora, Chico, vá tomar o remédio, vá”.
Ao que o personagem retruca: “Que remédio homem? Aquelas oito toneladas de medicamento que você deixou apodrecer e foram pro lixo?” Carlos, então, diz: “Rapaz, estou saindo de fininho”. O personagem encerra: “Vixe, amostradim pegou descendo”.
Para o juiz Gustavo Marinho Nogueira Fernandes, não há “necessidade de pronta interferência da Justiça Eleitoral, considerando a intervenção mínima do Poder Judiciário no debate democrático e a liberdade de expressão”. Portanto, o pedido foi negado pela Justiça.
Mesmo com a ação judicial, cerca de seis dias depois da publicação de Paulinho Freire, Carlos Eduardo deu a resposta em uma nova produção em animação, postada em suas redes sociais, no dia 27 de agosto. Conforme mostrou reportagem do Diário do RN no dia seguinte, em um vídeo de um minuto, e com jogo de palavras, ele fez referência ao “amostradinho” e atribui o “inho” a Paulinho. O vídeo faz exaltação a Carlos Eduardo, chamado de “amostradão” e segue chamando o opositor de mesquinho, molinho e atrasadinho.
Depois dele mesmo usar a forma pejorativa que não gostou de ser tratado pelo adversário, Carlos Eduardo, nos últimos dias, resolveu usar, nas próprias redes, um apelido que sempre foi atribuído a ele, mas nunca usado por nenhum candidato, em qualquer campanha eleitoral.
A postura inesperada de assumir o “Cabeção” surgiu em meio a um cenário difícil em sua campanha, no qual apareceu nesta terça-feira (10) com uma queda de sete pontos percentuais na pesquisa DataVero/98FM (registro 05352/2024), e após negar comparecimento a todos os debates realizados pelos veículos de comunicação de Natal.
O tom cômico, que contrasta com perfil sério do ex-gestor da capital potiguar, foi utilizado em uma postagem nas redes sociais na qual, em ritmo de funk, é entoada a letra “55 é Cabeção. Volta cabeção”. Nas imagens, o ex-prefeito surge dizendo: “meu nome é Carlos Eduardo, é Cabeção também. Natal precisa de um candidato renovado, de um prefeitão, de um cabeção que pense e faça grande para Natal voltar para o rumo certo”.
A presença do presidente da República, Lula, ao Rio Grande do Norte para reforço à campanha eleitoral de Natália Bonavides (PT) foi o principal anúncio feito durante a convenção do PT em Natal. Embora articuladores da sigla ainda não tenham a certeza da vinda do presidente da República ao Estado, a candidata a prefeita de Natal do PT garantiu, nesta quarta-feira, 11, ao Diário do RN, que o líder petista visitará a capital do Estado na reta final da campanha eleitoral.
A dúvida sobre a vinda, ou não, do presidente surgiu quando a CNN publicou, nesta segunda-feira, 09, a realização de uma reunião que teria acontecido entre a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, os ministros Alexandre Padilha e Paulo Pimenta, e o presidente Lula, em que teriam discutido as agendas prioritárias no último mês da campanha municipal.
A informação é que partido teria avaliado que Lula deve focar neste momento em capitais estaduais em que candidatos da esquerda tenham mais chances de passar para o segundo turno, como São Paulo, Porto Alegre, Teresina e Fortaleza.
Já nesta quarta-feira, 11, de acordo com O Globo, Natal foi citada como uma das possibilidades de visita onde o PT pode reverter o quadro eleitoral.
Esta reportagem foi citada por Natália para garantir que a liderança estará em solo potiguar para fazer frente às campanhas adversárias em Natal. “Padilha, Marco Aurélio que é meio que o chefe de gabinete dele, todo mundo segue dizendo que está tudo certo. Agora, a data ele só confirma bem em cima mesmo”, afirmou.
De acordo com a publicação, na mesma reunião do domingo, 08, o presidente expressou vontade de subir em palanques com cenários mais definidos e fazendo apostas que são consideradas mais certeiras, em candidatos considerados estratégicos para o PT e com chance de ir ao segundo turno.
Certeza de 2º turno O texto d’O Globo considera os números da pesquisa Quaest, em que Natália Bonavides está tecnicamente empatada com Paulinho Freire (UB). A pesquisa citada, no entanto, foi retirada do ar pela Justiça Eleitoral por falta de registro, e não pode ter os números citados. Além disso, sondagens posteriores já apontam distanciamento entre Natália, em 3ª colocação, e Paulinho Freire, em 2º. Na pesquisa DataVero/98 FM, publicada nesta segunda-feira, 10, Paulinho Freire apresentou 22,60% e Natália Bonavides, 14,60%; O ex-prefeito Carlos Eduardo lidera com 33% (Registro TSE nº 05352/2024).
Sobre as pesquisas, no entanto, Natália desconsidera: “Eu me oriento muito pelo que a gente está sentindo nas ruas, por onde está sendo a receptividade, óbvio que as pesquisas são importantes, mas o que a gente vê nas últimas eleições municipais de Natal é que elas não foram capazes de acertar resultados, inclusive os candidatos do PT, em várias eleições, as pesquisas ali na reta final mostram esses candidatos com 10% a menos do que efetivamente o resultado acontece. Então é uma coisa que eu sei, eu estou no segundo turno”, garante a candidata, apesar de se basear em matéria que cita o empate técnico da pesquisa Quaest.
Articulador do PT, Adriano Gadelha, contatado pelo Diário do RN, afirmou que a vinda do presidente não está descartada, e que se está “buscando encaixar” a presença de Lula na campanha eleitoral da capital.
Já de acordo com a imprensa nacional, a nova previsão é de que Lula reforce a campanha nas cidades na última semana de campanha. Com o detalhe de que, entre 24 e 28 de setembro, e em 30 de setembro, deverá participar da Assembleia Geral da ONU, em Nova Iorque; e em 1º de outubro já informou que deseja estar na posse da nova presidente do México, Claudia Sheinbaum.
Segundo Natália, o presidente deverá vir antes das viagens internacionais, o que seria na penúltima semana de setembro.
Continuar como instrumento para a luta das classes trabalhadoras é a motivação principal para a candidatura à reeleição de Daniel Valença, vereador do PT, que assumiu mandato na Câmara Municipal de Natal em janeiro de 2023, após a saída de Divaneide Basílio (PT) para assumir o cargo de deputada estadual. Valença afirma representar a voz dos pescadores artesanais, de trabalhadores ambulantes, de servidores e servidoras, do passageiro de transportes urbanos da cidade.
“Estivemos ao lado da pesca artesanal, esquecida pelas gestões das elites políticas que servem apenas aos interesses das elites; da população da Redinha, contra a privatização de sua orla popular e pelo seu direito ao território e ao trabalho; dos trabalhadores da Vila de Ponta Negra, ignorados ante o impacto socioeconômico e ambiental da engorda da praia, conduzida da forma coronelística que caracteriza a gestão de Álvaro Dias e seus aliados; de trabalhadores ambulantes, ameaçados por ações autoritárias da prefeitura; de servidores e servidoras municipais, cujos direitos são sistematicamente negados”, explica.
Além disso, crê que é necessário ser base para uma possível gestão de Natália Bonavides (PT) à frente da Prefeitura de Natal, caso eleita, “tanto para defendê-la dos ataques dos poderosos, quanto para cobrar, a partir das bases, que seu governo que avance para atender aos anseios populares”.
Além de vereador, Daniel Valença é vice-presidente do PT no Rio Grande do Norte, professor da Universidade Federal Rural do Semiárido (UFERSA), com graduação em direito pela UFRN, mestrado em Direito em Arquitetura e Urbanismo pela mesma universidade, e doutor em direito pela UFPB. “Sou pai de duas meninas lindas, marido de uma companheira maravilhosa, também militante política”, complementa.
Segundo ele mesmo define, escolheu como caminho de vida a luta política. Já filiado ao PT, militou por 17 anos até se candidatar pela primeira vez em 2020. “Sou socialista, acredito que trabalhadores e trabalhadoras que erguem a riqueza não podem ficar de fora da fruição dos resultados de seu trabalho”, defende.
É neste objetivo que Daniel conduz o seu mandato, que define como “coletivo”, no parlamento municipal. Em sua lista de bandeiras levantadas em projetos e ações, estão defesa por direitos de servidores e servidoras; a conquista de espaços institucionais para a pesca artesanal; canais de comunicação e participação popular acoplados à institucionalidade; novos equipamentos públicos de saúde, educação e assistência; defesa da saúde mental antimanicomial; espaços públicos de lazer e convivência.
“Lutamos para melhorar o bem-estar da classe trabalhadora natalense por meio do conceito petista de “inversão de prioridades”. Chega de olhar exclusivamente para os ricos, os grandes capitalistas e a elite política que sustenta esse projeto exclusivista”, explica.
Para o candidato à reeleição, a composição atual do parlamento municipal de Natal, com uma maioria de representantes da direita, “dificulta a vida do povo trabalhador”. Por isso, a atuação da Federação Brasil da Esperança (PT-PV-PCdoB) e do PT é para ampliar a bancada e colocar as demandas dos setores sociais no centro das decisões. A perspectiva é “ocupar o maior número de cadeiras possível”.“Nossa nominata está muito forte, competitiva e enraizada. Temos militantes valorosos que, em tempos de violência fascista, colocam seus nomes à disposição para travar as lutas de que Natal precisa. Parte expressiva do povo saberá reconhecer isso, ainda mais quando caminhamos para o segundo ano de governo de Lula, com um novo crescimento de 3% ou mais para este ano”, afirma.
Campanha à prefeito de Natal Segundo Daniel Valença, o debate Lula-Bolsonaro deve pesar para a campanha majoritária em Natal. Para ele, os adversários de Natália Bonavides, candidata do PT, representam o bolsonarismo.
“Aqui, tanto Carlos Eduardo quanto Paulinho Freire se aliaram ao bolsonarismo. Ambos representam uma gestão atrasada e voltada aos ricos da cidade, gestão que há vinte anos repete a mesma realidade. E temos plena convicção de que a força de Lula e do PT será decisiva para nossa vitória em Natal, reinaugurando uma nova gestão de esquerda, progressista na nossa cidade, depois do golpe empresarial-militar em Djalma Maranhão, o prefeito mais vanguardista da nossa história”, rememora.
Apesar da candidata do PT transitar em terceira colocação nas pesquisas até agora, Daniel acredita que a campanha majoritária do partido em Natal tem encontrado espaço para crescer.
Ele assegura que “ela gosta de surpreender”.
“Em 2016, as lutas que liderou a levaram a ser a mulher mais votada, recordista do PT até hoje.
Em 2018, tamanho o destaque enquanto vereadora, foi a segunda mais votada para deputada federal. Em 2020, coordenou a campanha do companheiro Jean Paul. Saindo nas pesquisas com 2-3%, nossa candidatura chegou nas urnas com quase 15%. Agora, partimos de números superiores a esses patamares”, avalia Daniel.
PT no Rio Grande do Norte Vice-presidente do PT, Valença reconhece a fragilidade do partido no interior do Rio Grande do Norte, estado em que apresenta 22 candidatos a prefeito, em detrimento de partidos como o MDB, aliado, que apresenta 80 candidaturas a majoritária.
“O PT se enraiza onde a classe trabalhadora está organizada. E no interior há mais dificuldades para isto. Por outro lado, o PT é um partido de correntes, tendências, com pluralismo interno. A maioria do partido optou por uma frente ampla para vencer o fascismo encarnado em Bolsonaro e nas forças políticas que o apoiam. Essa aliança tem reflexos no âmbito municipal. Por isso a desproporção aparente que você cita. Claro, também é importantíssimo que recobremos força no interior, o que sempre foi uma fragilidade do PT, muito forte nas capitais”, explica.
Sobre a questão, ele ressalta, ainda, que o foco na eleição da capital deve fortalecer o partido no interior: “O fato não decorre apenas de erros nossos, mas também de que fomos atacados pelo golpe contra Dilma, a farsa da lava jato, a prisão de Lula. Porém, sairemos dessa eleição muito fortes na região metropolitana e isso se irradiará pro interior”.
A perspectiva é “ir muito bem” nos 22 municípios onde o PT lidera a cabeça de chapa, como São Gonçalo do Amarante, São Fernando, Sítio Novo, Ipangaçu, Santa Maria, São Miguel, onde os candidatos buscam a reeleição, e em Currais Novos e Jandaíra.
“Nossos candidatos serão respaldados por duas excelentes gestões petistas; e, claro, em Natal, onde estamos dedicando nossas melhores energias para a vitória de Natália!”, finaliza.
A exposição coletiva “Amou, sonhou, viveu de fantasias – dialógos com Lêda Maciel” estreia no dia 14 de setembro, na Pinacoteca Potiguar, reunindo trabalhos de artistas residentes em Natal: Kais Mabelli, Sarah Fernandes e Zabé. Os três desenvolvem trabalhos artísticos envolvendo pintura, bordado, escultura, dentre outras técnicas.
O projeto traz um caráter de protagonismo feminino no campo das artes e presta uma homenagem à poeta norte-rio-grandense Lêda Maciel (1930–2007), cujas poesias foram publicadas postumamente no livro “O verso e o (re)-verso” e proporciona uma grande inspiração para as artistas, que decidiram homenagear esta potiguar que não teve o merecido reconhecimento ainda em vida.
De encontros em galerias de arte e pontos culturais e de resistência pelo centro da cidade, as artistas foram se conectando cada vez mais com a arte potiguar e com expressões artísticas singelas e lúdicas, mais especificamente com as produções populares no estilo Naïf – conhecido pela grande variedade de representações figurativas, pelos temas regionalistas e poéticos, pelos arranjos de composição simples e pela forma espontânea de expressão individual de cada artista.
As obras expressam sentimentos e reflexões sobre a vida que é compartilhada, num processo coletivo de resgate de memórias afetivas individuais. A exposição reunirá trabalhos do acervo pessoal das integrantes, como também peças inéditas produzidas para a exposição, dentre elas uma obra confeccionada pelas três artistas contemplando a temática do projeto.
ZABEL ROCHA (ZABÉ) @zabe_atelie Izabel Rocha é designer, graduada pela UFCG, possui licenciatura em Artes Visuais e pós-graduação em Design Digital. Desenvolve atividades ligadas ao ensino da arte, esculturas em cerâmica, produção de pinturas em aquarela e tinta acrílica. Faz trabalhos experimentais em muros abandonados pela cidade de Natal, onde o termo “Gentileza Urbana” foi incorporado pela artista para descrever seu trabalho. Participou de algumas exposições de arte, em nível local e regional, e atualmente dedica-se ao seu ateliê, com produções artísticas que transitam entre a pintura e a escultura, aprimorando técnicas e habilidades da arte popular e contemporânea.
KAIS MABELLI – @kmabelli Kais Mabelli é formada em Ciências Econômicas e Direito. Inspirada por artistas como Djanira, Beatriz Milhazes e o Grupo Matizes Dumont, entre outros, mistura técnicas como pintura, colagem e bordado para se expressar em cores, formas e texturas. Teve obras expostas em duas edições do Salão Dorian Gray em Natal e em Mossoró e mais recentemente na I Mostra de Arte do Ministério Público do Estado do Rio Grande do Norte. Ser criativo para ela tem a ver com exercitar um olhar sensível e curioso sobre tudo que nos cerca e não ter medo de tentar.
SARAH FERNANDES – @sarahhfernandes Sarah Fernandes é artista autodidata com cursos livres de pintura à óleo, aquarela, acrílica e fotografia. Participou de exposições coletivas, como VI Salão Dorian Gray de Artes Potiguar e Cores do RN (2021), Dolores (2014), Homônimos (2016), Folclore do RN (2021), Festival Sonora (2016), assim como exposições individuais em estabelecimentos privados. Em 2014 foi contemplada pelo edital Ruy Pereira para realizar uma intervenção urbana na Cidade Alta e desde 2018 atua como professora de aquarela, já tendo aplicado oficinas em estabelecimentos privados e ONGS.
Nos dias de hoje, cada vez mais, é preciso ter cuidado. Vivemos dias de intensa competitividade, de uma correria cada vez mais desenfreada. Os avanços da tecnologia são ligeiros, tudo é muito rápido, acelerado, difícil de acompanhar. É preciso tomar muito cuidados para não pirar. Estamos falando de cuidar da cabeça, da saúde mental.
Os debates sobre o tema se intensificam no Setembro Amarelo e, por isso, o Diário do RN preparou alguns questionamentos e perguntou a uma profissional da área o que fazer para não adoecer. Afinal, estamos mesmo adoecendo mais? Por que? As respostas são da psiquiatra Adriane Maciel Caldas. Ela possui residência médica em psiquiatria pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP/SP) desde 2010, é preceptora da residência médica psiquiátrica do Hospital Universitário Onofre Lopes (HUOL), em Natal, e especialista em terapia de família.
Diário do RN – As pessoas estão adoecendo mais? Por que? Adriane Caldas – A incidência das doenças mentais vem aumentando não só no Brasil como mundialmente. Esse aumento se deve a uma série de fatores, que vão desde uma maior conscientização da população sobre saúde mental. Portanto, maior procura por profissionais da área e, consequentemente, um maior número de diagnósticos. O estresse crônico relacionado a dificuldades financeiras, conflitos familiares, conjugais ou no trabalho, o ritmo de vida acelerado da vida moderna, comparações nas redes sociais de um ideal de vida perfeita, em que as pessoas estão ultrapassando seus próprios limites, desconectando-se da sua essência até chegarem a exaustão e continuando a eterna insatisfação com a vida. Sem esquecermos também da importância da genética e outras doenças clínicas como os transtornos mentais.
Diário do RN – Hoje se fala muito mais na importância de cuidar da saúde mental. Não é contraditório que com mais esclarecimentos haja mais adoecimento? Por que isso acontece? Adriane Caldas – Essa é uma questão bem complexa. A facilidade de acesso às informações sobre saúde mental, hoje em dia, tem contribuído para identificação mais precoce dos sintomas e uma maior procura por profissionais da área, como foi bem evidenciado recentemente na pandemia do Covid-19. Do meu ponto de vista, boa parte do aumento da prevalência se deve a um maior do número de diagnósticos. Outras razões que contribuem para esse aumento são: as pressões impostas pela vida moderna, como a busca pelo corpo perfeito, por alta performance no trabalho e a idealização de família perfeita. É preciso que a gente entenda que a vida real é feita não só de momentos felizes, mas também de dificuldades, desafios, que se vistos por uma perspectiva positiva, são excelentes oportunidades de aprendizados para nossa evolução como ser humano.
Outros fatores implicados ainda são: dificuldades financeiras, perda de ente querido, violência física ou emocional, baixa autoestima, baixa rede de apoio social de familiares ou amigos. Sem se esquecer, como já foi dito anteriormente, da forte relação da genética com os transtornos mentais. Portanto, enquanto a conscientização e a informação são cruciais para melhorar a detecção e o tratamento, elas não necessariamente reduzem a incidência de transtornos mentais.
Em vez disso, ajudam a compreender melhor a prevalência e a natureza desses transtornos, além de promover uma abordagem mais eficaz para o tratamento e a prevenção.
Diário do RN – Qual impacto das redes sociais? Adriane Caldas – O impacto das redes sociais na saúde mental é multifacetado. Pode contribuir negativamente, elevando níveis de ansiedade e depressão por comparações sociais de uma versão idealizada da vida das pessoas, levando as pessoas a apresentarem sentimentos de inadequação, preocupações com imagem e baixa autoestima. A exposição de comentários negativos, o bullying online (ciberbullying), tem causado danos severos e devastadores na saúde mental, especialmente dos nossos jovens. Hoje também temos visto um aumento considerável da dependência de redes sociais, redução de prática de atividades saudáveis, isolamento social, além do uso excessivo de telas, um dos maiores vilões da dificuldade de um sono reparador. Por outro lado, as redes sociais também têm seu lado positivo como um meio para facilitar o contato com amigos e familiares que moram distantes, possibilita networking, dicas de cursos e formações profissionais, funciona como rede de apoio com pessoas que passam por dificuldades semelhantes, além de possibilitar o acesso democrático do conhecimento em saúde mental, contribuindo para redução do seu estigma. Enfim, é muito importante utilizar redes sociais de forma saudável, se atentando aos sinais de quando o uso pode estar afetando negativamente a saúde mental. Estratégias como definir limites de tempo, buscar interações positivas e procurar apoio quando necessário podem ajudar a equilibrar esses pontos positivos e negativos relacionados às redes sociais.
Diário do RN – O mercado de trabalho também é um fator que pesa? Adriane Caldas – O trabalho também é um fator que pode contribuir no adoecimento mental.
Trabalhos extenuantes, que dificultam conciliar vida pessoal e profissional; aqueles que exigem cumprimento de metas, com prazos apertados; assédio moral, discriminações (gênero, sexo, raça ou idade) que levam à baixa autoestima e sentimentos de desvalorização; comunicação inadequada ou falta de apoio entre colegas de trabalho, até preocupações com futuro por falta de estabilidade no trabalho são fatores que contribuem para quadros de ansiedade e depressivos relacionados a trabalho. Por outro lado, trabalhadores que recebem apoio de colegas e lideres, empresas que valorizam o equilíbrio entre a vida profissional e pessoal de seus colaboradores, que oferecem suporte emocional e psicológico podem contribuir muito para a saúde mental dos funcionários; investimento em capacitações, oportunidade de aprendizado e crescimento profissional aumentam a satisfação e rendimento; autonomia e flexibilidade de forma criteriosa do funcionário, além de ser reconhecido e recompensado pelo esforço, são poderosas estratégias de motivação melhora da produtividade. É muito importante esse olhar das Empresa para a saúde mental de seus colaboradores, contribuindo não só para saúde mental deles, mas também para o próprio crescimento e saúde financeira da empresa.
Diário do RN – Livros de autoajuda, internet… são muitas as informações disponíveis. Qual a importância de acompanhamento especializado? Os tabus afastam as pessoas do consultório psiquiátrico? Adriane Caldas – Livros de autoajuda, informações na internet são ferramentas importantes de informações sobre saúde mental. É importantíssimo a disseminação de informações e conhecimento na área. Isso ajuda muito na quebra de tabus e preconceitos quanto as doenças mentais. Porém, quando perceber que os sintomas estão frequentes, mais intensos e que estão causando prejuízos na vida pessoal, profissional, familiar ou social, não hesite em procurar atendimento especializados em saúde mental, como psicólogos e psiquiatras.
Diário do RN – Também é possível observar o aumento de crianças com problemas que antes eram considerados “coisa de adulto”, como depressão e ansiedade. Quais fatores podem influenciar essas situações na infância e quais os sinais de alerta para os pais? Adriane Caldas – O adoecimento mental em crianças e adolescentes pode ser influenciado por fatores individuais, familiares, sociais e ambientais.
Fatores e sinais de adoecimento mental em crianças e adolescentes
Fatores Individuais
Fatores familiares:
Fatores sociais e ambientais:
Sinais de alerta para depressão:
Sinais de alerta para ansiedade:
Como pais podem ajudar?
Nos dias de hoje, cada vez mais, é preciso ter cuidado. Vivemos dias de intensa competitividade, de uma correria cada vez mais desenfreada. Os avanços da tecnologia são ligeiros, tudo é muito rápido, acelerado, difícil de acompanhar. É preciso tomar muito cuidados para não pirar. Estamos falando de cuidar da cabeça, da saúde mental.
Os debates sobre o tema se intensificam no Setembro Amarelo e, por isso, o Diário do RN preparou alguns questionamentos e perguntou a uma profissional da área o que fazer para não adoecer. Afinal, estamos mesmo adoecendo mais? Por que? As respostas são da psiquiatra Adriane Maciel Caldas. Ela possui residência médica em psiquiatria pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP/SP) desde 2010, é preceptora da residência médica psiquiátrica do Hospital Universitário Onofre Lopes (HUOL), em Natal, e especialista em terapia de família.
Diário do RN – As pessoas estão adoecendo mais? Por que? Adriane Caldas – A incidência das doenças mentais vem aumentando não só no Brasil como mundialmente. Esse aumento se deve a uma série de fatores, que vão desde uma maior conscientização da população sobre saúde mental. Portanto, maior procura por profissionais da área e, consequentemente, um maior número de diagnósticos. O estresse crônico relacionado a dificuldades financeiras, conflitos familiares, conjugais ou no trabalho, o ritmo de vida acelerado da vida moderna, comparações nas redes sociais de um ideal de vida perfeita, em que as pessoas estão ultrapassando seus próprios limites, desconectando-se da sua essência até chegarem a exaustão e continuando a eterna insatisfação com a vida. Sem esquecermos também da importância da genética e outras doenças clínicas como os transtornos mentais.
Diário do RN – Hoje se fala muito mais na importância de cuidar da saúde mental. Não é contraditório que com mais esclarecimentos haja mais adoecimento? Por que isso acontece? Adriane Caldas – Essa é uma questão bem complexa. A facilidade de acesso às informações sobre saúde mental, hoje em dia, tem contribuído para identificação mais precoce dos sintomas e uma maior procura por profissionais da área, como foi bem evidenciado recentemente na pandemia do Covid-19. Do meu ponto de vista, boa parte do aumento da prevalência se deve a um maior do número de diagnósticos. Outras razões que contribuem para esse aumento são: as pressões impostas pela vida moderna, como a busca pelo corpo perfeito, por alta performance no trabalho e a idealização de família perfeita. É preciso que a gente entenda que a vida real é feita não só de momentos felizes, mas também de dificuldades, desafios, que se vistos por uma perspectiva positiva, são excelentes oportunidades de aprendizados para nossa evolução como ser humano.
Outros fatores implicados ainda são: dificuldades financeiras, perda de ente querido, violência física ou emocional, baixa autoestima, baixa rede de apoio social de familiares ou amigos. Sem se esquecer, como já foi dito anteriormente, da forte relação da genética com os transtornos mentais. Portanto, enquanto a conscientização e a informação são cruciais para melhorar a detecção e o tratamento, elas não necessariamente reduzem a incidência de transtornos mentais.
Em vez disso, ajudam a compreender melhor a prevalência e a natureza desses transtornos, além de promover uma abordagem mais eficaz para o tratamento e a prevenção.
Diário do RN – Qual impacto das redes sociais? Adriane Caldas – O impacto das redes sociais na saúde mental é multifacetado. Pode contribuir negativamente, elevando níveis de ansiedade e depressão por comparações sociais de uma versão idealizada da vida das pessoas, levando as pessoas a apresentarem sentimentos de inadequação, preocupações com imagem e baixa autoestima. A exposição de comentários negativos, o bullying online (ciberbullying), tem causado danos severos e devastadores na saúde mental, especialmente dos nossos jovens. Hoje também temos visto um aumento considerável da dependência de redes sociais, redução de prática de atividades saudáveis, isolamento social, além do uso excessivo de telas, um dos maiores vilões da dificuldade de um sono reparador. Por outro lado, as redes sociais também têm seu lado positivo como um meio para facilitar o contato com amigos e familiares que moram distantes, possibilita networking, dicas de cursos e formações profissionais, funciona como rede de apoio com pessoas que passam por dificuldades semelhantes, além de possibilitar o acesso democrático do conhecimento em saúde mental, contribuindo para redução do seu estigma. Enfim, é muito importante utilizar redes sociais de forma saudável, se atentando aos sinais de quando o uso pode estar afetando negativamente a saúde mental. Estratégias como definir limites de tempo, buscar interações positivas e procurar apoio quando necessário podem ajudar a equilibrar esses pontos positivos e negativos relacionados às redes sociais.
Diário do RN – O mercado de trabalho também é um fator que pesa? Adriane Caldas – O trabalho também é um fator que pode contribuir no adoecimento mental.
Trabalhos extenuantes, que dificultam conciliar vida pessoal e profissional; aqueles que exigem cumprimento de metas, com prazos apertados; assédio moral, discriminações (gênero, sexo, raça ou idade) que levam à baixa autoestima e sentimentos de desvalorização; comunicação inadequada ou falta de apoio entre colegas de trabalho, até preocupações com futuro por falta de estabilidade no trabalho são fatores que contribuem para quadros de ansiedade e depressivos relacionados a trabalho. Por outro lado, trabalhadores que recebem apoio de colegas e lideres, empresas que valorizam o equilíbrio entre a vida profissional e pessoal de seus colaboradores, que oferecem suporte emocional e psicológico podem contribuir muito para a saúde mental dos funcionários; investimento em capacitações, oportunidade de aprendizado e crescimento profissional aumentam a satisfação e rendimento; autonomia e flexibilidade de forma criteriosa do funcionário, além de ser reconhecido e recompensado pelo esforço, são poderosas estratégias de motivação melhora da produtividade. É muito importante esse olhar das Empresa para a saúde mental de seus colaboradores, contribuindo não só para saúde mental deles, mas também para o próprio crescimento e saúde financeira da empresa.
Diário do RN – Livros de autoajuda, internet… são muitas as informações disponíveis. Qual a importância de acompanhamento especializado? Os tabus afastam as pessoas do consultório psiquiátrico? Adriane Caldas – Livros de autoajuda, informações na internet são ferramentas importantes de informações sobre saúde mental. É importantíssimo a disseminação de informações e conhecimento na área. Isso ajuda muito na quebra de tabus e preconceitos quanto as doenças mentais. Porém, quando perceber que os sintomas estão frequentes, mais intensos e que estão causando prejuízos na vida pessoal, profissional, familiar ou social, não hesite em procurar atendimento especializados em saúde mental, como psicólogos e psiquiatras.
Diário do RN – Também é possível observar o aumento de crianças com problemas que antes eram considerados “coisa de adulto”, como depressão e ansiedade. Quais fatores podem influenciar essas situações na infância e quais os sinais de alerta para os pais? Adriane Caldas – O adoecimento mental em crianças e adolescentes pode ser influenciado por fatores individuais, familiares, sociais e ambientais.
Fatores e sinais de adoecimento mental em crianças e adolescentes
Fatores Individuais
Histórico de familiares com transtornos mentais pode aumentar o risco de desenvolvimento de transtornos mentais similiares;
Trauma e abuso físico, sexual ou emocional, assim como traumas severos, podem ter impactos devastadores na saúde mental das crianças e jovens;
Transtornos do Desenvolvimento, como transtornos do espectro autista, dificuldades de aprendizado, TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade) aumentam o risco;
Baixa Autoestima.
Fatores familiares:
Ambiente Familiar Desestruturado: altos níveis de conflito, separações, divórcios ou ambientes disfuncionais levando a estresse e insegurança;
Negligência e Abuso: Negligência emocional, física ou abuso por parte dos pais ou cuidadores;
Estilos Parentais Inconsistentes: autoritários, inconsistentes ou muito permissivos;
Problemas de Saúde Mental dos Pais: pais com transtornos mentais, muitas vezes não diagnosticados ou com traumas emocionais podem impactar a dinâmica familiar e aumentar o risco de problemas semelhantes nos filhos.
Fatores sociais e ambientais:
Bullying e Cyberbullying: podem causar ansiedade, depressão e transtornos de estresse pós-traumático;
Pressões Acadêmicas e Sociais: expectativas acadêmicas e sociais elevadas, além das pressões para se encaixar em grupos ou atender a padrões sociais;
Desigualdade Socioeconômica: podem levar ao estresse por falta de alimentação, além falta de acesso a serviços de saúde e ambiente de vida precário;
Violência e Criminalidade: áreas com alta violência ou criminalidade pode aumentar a exposição a traumas e estressores;
Experiências de Discriminação: de raça, gênero, orientação sexual.
Sinais de alerta para depressão:
Mudanças no Humor: tristeza persistente, irritabilidade ou apatia, que duram semanas;
Perda de Interesse por atividades antes eram apreciadas, como hobbies, esportes ou interações sociais;
Alterações no Apetite e Peso: comer demais ou não comer o suficiente, resultando em ganho ou perda de peso;
Alterações no Sono: insônia, sono excessivo ou pesadelos frequentes;
Fadiga e Falta de Energia: Sentir-se cansado ou sem energia;
Dificuldade de Concentração e atenção: indecisões e prejuízo de memória;
Sentimentos de Inutilidade ou Culpa;
Pensamentos de Morte ou Suicídio: Pensamentos frequentes sobre morte, suicídio ou comportamento autodestrutivo;
Isolamento Social: Evitar amigos e familiares, passando tempo sozinhos;
Sinais de alerta para ansiedade:
Preocupação Excessiva: Preocupações excessivas e desproporcionais sobre eventos cotidianos ou futuros;
Sintomas Físicos de Ansiedade: dor de cabeça, dor abdominal, palpitações, tremores ou sudorese;
Dificuldade em Relaxar: sentir-se constantemente em alerta, nervoso ou inquieto;
Evitação de Situações: Evitar situações sociais ou atividades que antes eram normais, devido a medo ou desconforto;
Dificuldade em Focar: Dificuldades em manter a concentração devido a preocupações constantes;
Irritabilidade: Irritabilidade inexplicável ou respostas emocionais desproporcionais;
Problemas de Sono: Insônia, pesadelos ou sono inquieto devido a preocupações constantes;
Como pais podem ajudar?
Comunicação aberta e não julgadora com seu filho. Incentive-o a expressar seus sentimentos e preocupações;
Observe e registre qualquer mudança no comportamento, humor ou hábitos de seu filho. Essas informações serão úteis para os profissionais de saúde mental;
Se apresentar sinais persistentes de depressão ou ansiedade procurar a ajuda de um profissional especializado, como um psicólogo ou psiquiatra;
Ofereça apoio emocional e encoraje seu filho a buscar atividades que promovam o bem-estar e ajudem a reduzir o estresse.
Depois de mais um capítulo na história da obra da Engorda de Ponta Negra, o prefeito Álvaro Dias (Republicanos) segue criticando a posição do Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (IDEMA) em relação às polêmicas da licença ambiental.
“Eu acho que o IDEMA é quem devia pedir desculpas população de Natal por retardar tanto uma obra tão importante para a cidade de Natal. Mas nós vamos realizar a engorda”, afirmou o gestor de Natal.
O prefeito se refere à sugestão citada pelo diretor do Instituto, Werner Farkatt, em entrevista ao Diário do RN, nesta segunda-feira, 09. Farkatt cobrou da Prefeitura que faça justiça e peça desculpas ao corpo técnico do órgão ambiental.
“O mínimo que a Prefeitura poderia fazer nesse momento era pedir desculpa para todo o nosso quadro técnico do IDEMA e à população do Rio Grande do Norte, porque apresentaram uma característica, apresentaram uma condição que agora está se mostrando equivocada”, comentou o diretor.
Com a paralisação da obra após quatro dias, atestou-se que o material que deveria ser dragado do fundo do mar para fazer o alargamento da faixa de areia em até 100 metros, de modo a conter o avanço do mar sobre o calçadão e construções à beira-mar, não é de boa qualidade nem suficiente, ou seja, boa parte é cascalho – agregação de fragmentos rochosos e outros sedimentos.
Mesmo tendo negado a paralisação da obra, a Prefeitura, através do secretário Municipal de Meio Ambiente e Serviços Urbanos, Thiago Mesquita, confirmou o problema com a qualidade da areia, em coletiva, nesta segunda-feira, 09.
O diretor do IDEMA complementou: “O IDEMA trabalha com as informações que são entregues.
Nós conferimos alguns pontos, identificamos grandes divergências, mas nós acreditamos na legitimidade das informações que são entregues ao IDEMA. (…) A nossa equipe se dedicou ao máximo, sempre para fazer um trabalho extremamente técnico e em vários momentos essa análise técnica foi desrespeitada”.
“Duvide quem duvidar, nós faremos a engorda” Álvaro Dias, por sua vez, assegura que a obra vai ser concluída ainda em sua gestão. “Duvide quem quiser duvidar, mas nós vamos fazer a engorda de Ponta Negra”, afirma. Segundo ele, novas jazidas vão ser encontradas e a engorda vai ser reiniciada “em breve”.
“Estamos aí pesquisando outras jazidas; vai ser encontrada, vai ser localizada e nós vamos iniciar dentro em breve essa engorda; uma obra esperada, uma obra fundamental, uma obra necessária, necessária para geração de emprego e renda, necessária para o turismo, necessária para preservação ambiental do Morro do Careca e da praia de Ponta Negra Uma obra então das mais fundamentais e necessárias para a cidade de Natal que nós vamos realizar ainda na nossa gestão”, acrescenta o prefeito de Natal.
Vale lembrar que a queda de braço entre Prefeitura e Idema se acentuou quando a Prefeitura resolveu exigir a licença de operação da obra da Engorda, mesmo sem ter cumprido todas as condicionantes exigidas pelo órgão técnico. O prefeito Álvaro, inclusive, chefiou ocupação à sede do Instituto, acompanhado de secretários, vereadores e cargos comissionados, em protesto que acabou, inclusive em agressão.
Prefeito inaugura Hospital Veterinário em Natal A fala do prefeito Álvaro Dias aconteceu durante a entrega, nesta terça-feira (10), do primeiro hospital público veterinário da capital potiguar. Localizada no bairro da Ribeira, a unidade é gerida pela Sociedade Paulista de Medicina Veterinária, Organização da Sociedade Civil (OSC) selecionada por edital lançado pela Prefeitura, e tem foco no atendimento gratuito de cães e gatos da cidade.
No hospital serão realizados serviços diversos, desde consultas a cirurgias, passando ainda por exames de imagem e tratamento ambulatorial. A meta é que o Hospital Veterinário efetue mais de três mil procedimentos por mês, incluindo ainda diagnósticos por imagem, 50 cirurgias e mais de 500 consultas.
Esta é uma unidade provisória. De acordo com o prefeito o processo licitatório para a construção de uma nova unidade, na zona Norte, já está aberto.
O hospital está localizado na Rua Dr. Barata, 233, Ribeira. Os serviços estarão disponíveis das 08h às 17h, de segunda a sexta-feira.
“Não é verdade. O ex-prefeito tem faltado com a verdade constantemente. Ele não fez nada com relação a engorda”, afirma o prefeito Álvaro Dias (Republicanos). O gestor de Natal rebate duras críticas que o ex-prefeito de Natal, Carlos Eduardo (PSD), tem aproveitado para fazer ao atual prefeito e à gestão atual sobre o projeto que, segundo ele, deixou pronto quando renunciou à Prefeitura, em 2018, para se dedicar à campanha ao Governo do RN.
Segundo Carlos Eduardo, a gestão atual fez uma tentativa “atrasada, oportunista e improvisada” de começar a engorda da praia de Ponta Negra.
“Esses incompetentes tiveram seis anos para começar a engorda de Ponta Negra e nada fizeram.
Eles chegaram ao cúmulo de desprezar um projeto que deixamos pronto. E quando começaram, começaram atrasados, de maneira errada e tosca. Não é só incompetência, é desprezo pelos natalenses”, afirmou Carlos sobre toda a polêmica da obra e sobre o novo episódio de paralisação da engorda de Ponta Negra.
Ainda complementou, durante agenda eleitoral: “Quando a gente revê as imagens da invasão recente do IDEMA, fica claro que o deputado Paulinho Freire perdeu a noção do ridículo ao tentar terceirizar a responsabilidade dele e do padrinho dele até agora nesta novela da engorda de Ponta Negra. Arrogantes como são, eles apostam que o povo de Natal é bobo”, destacou Carlos Eduardo citando, também o candidato apoiado pelo prefeito.
Segundo Álvaro, no entanto, quando assumiu a prefeitura de Natal, o projeto que Carlos alega ter deixado pronto estava arquivado. E que agora, segundo o gestor, está pronto para ser iniciado.
“Ele não fez nada com relação à engorda e inclusive o projeto estava arquivado. Nós reiniciamos, convocamos as audiências públicas, tomamos todas as providências, refizemos o projeto, inclusive está aí pronto para ser iniciado”, garante o gestor municipal.
Conforme publicado pelo Diário do RN nesta segunda-feira, 09, durante a gestão de Carlos Eduardo, a empresa Tetra Tech foi contratada para fazer os estudos de viabilidade técnica, econômica e ambiental (EVTEA) da obra de engorda da Praia de Ponta Negra entre 2015 e 2016.
Na ocasião, a empresa garantiu condições para retirada do material da jazida para dragagem da praia. Posteriormente, em 2021, foi realizado novo levantamento que confirmou as informações sobre a jazida levantadas no primeiro estudo. Porém, a obra só foi licenciada em agosto deste ano.
Álvaro Dias garantiu, em conversa com o Diário do RN, que vai iniciar a obra ainda nesta gestão, após um novo estudo encontrar uma nova jazida e reiniciar o trabalho.
Com mais uma paralisação, a engorda de Ponta Negra se tornou tema propaganda eleitoral e dos discursos de rua não só de Carlos Eduardo, mas também de Natália Bonavides (PT). “Álvaro Dias mentiu pro povo de Natal! É um absurdo o que está acontecendo com a obra milionária da engorda de Ponta Negra”, afirmou nas redes sociais.
Das quatro zonas de Natal, o prefeito Carlos Eduardo (PSD) apresentou queda em três, de acordo com a pesquisa DataVero/98 FM, divulgada nesta segunda-feira, 09, pelo Repórter 98, e nesta terça-feira, 10, pelo Diário do RN. Apesar de perder 7 pontos em relação à pesquisa anterior, o candidato permanece liderando as intenções de votos à prefeitura de Natal, Na estimulada em toda a cidade, Carlos Eduardo aparece com 33%, enquanto Paulinho Freire (UB) apresentou 22,60%; Natália Bonavides (PT) 14,60%; Rafael Motta (Avante) 3,80%; Heró (PRTB) 0,20% e Nando Poeta (PSTU) 0,10%. Disseram votar em nenhum 14,60% e não quiseram ou não souberam responder, 11,10%.
Zona Leste Já por zona, a queda mais significativa de Carlos Eduardo é verificada na Zona Leste. Em 26 e 27 de agosto, ele tinha 53,44% e agora caiu para 34,55%. Paulinho Freire subiu, de 12,21% para 27,88%; Natália Bonavides foi de 9,92% para 12,37%; os indecisos foram de 2,29% para 7,27%. A área da cidade abrange bairros como Alecrim, Areia Preta, Barro Vermelho, Cidade Alta, Mãe Luiza, Ribeira, Rocas e Petrópolis. Alguns dos bairros que são redutos do ex-prefeito.
Em Petrópolis, por exemplo, em que Carlos Eduardo liderava, na pesquisa anterior, com 72,73%, agora caiu para 61,54%. Paulinho Freire no final de agosto tinha 9,09%, agora aparece com 23,08%. Já Natália Bonavides, que tinha 9,09%, não foi citada pelos entrevistados do bairro nesta pesquisa.
No Barro Vermelho Carlos Eduardo caiu de 50% para 7,69%; Paulinho Freire subiu de 20% para 61,54%; Natália, que não havia sido citada na pesquisa anterior, aparece com 23,08%.
Nas Rocas, o ex-prefeito tinha 81,02% e caiu para 76,47%; Natália Bonavides tinha 9,09% e não foi citada; já Paulinho Freire não havia sido citado na pesquisa anterior e agora aparece com 5,88%.
Na Ribeira, Carlos Eduardo continua a ser o único citado, assim como na pesquisa anterior. No entanto, reduziu intenções de votos de 75% para 33,33%.
No Alecrim, Carlos Eduardo perdeu a primeira posição para Paulinho Freire. O ex-prefeito tinha 35,29% e caiu para 15,91%; Paulinho tinha 17,65% e subiu para 43,18%; Natália Bonavides apresentou 11,76% e agora caiu para 6,82%.
Zona Sul
Na Zona Sul, onde o ex-prefeito já não liderava, a queda foi de 28% para 20,73%; Paulinho Freire fica à frente nesta área, sem grande alteração, com 28,48%; Natália Bonavides permanece na mesma margem, mas sobe para a segunda posição, passando de 21% para 23,58%.
Algumas das maiores alterações aconteceram em Lagoa Nova. No bairro, Natália Bonavides saiu de 3ª posição, com 15,79% na pesquisa anterior, para 1ª, com 21,05% atualmente. Carlos Eduardo sai da 1ª, 39,47% para 18,42%. Lá, Paulinho Freire também perdeu, de 34,21% para 21,05%.
Em Nova Descoberta, Paulinho Freire cresceu de 12,50% para 45%; Carlos Eduardo, de 43,75% foi para 30%; Natália Bonavides foi de 25% para 10%.
Em Neópolis, Carlos Eduardo caiu de 38,71% para 23,68%; Natália cresceu de 19,35% para 34,21%; Paulinho Freire de 19,35 foi para 21,05%; Rafael Motta de 3,23% cresceu para 15,79%.
Zona Norte
Outra área que teve mudança significativa foi a Norte, zona mais populosa de Natal: Carlos Eduardo caiu de 41,26% para 36,73% e o número de indecisos subiu de 4,85% para 15,45%.
Paulinho Freire (de 18,69% para 18,08%) e Natália Bonavides (de 11,41% para 10,20%) não tiveram grandes alterações.
Na Redinha, o ex-prefeito caiu de 51,85% para 33,33%; os indecisos cresceram de 3,70% para 19,05%; Paulinho Freire (18,52% e 19,05%) e Natália Bonavides (de 3,70% para 4,46%) se mantiveram na margem de erro.
No Nossa Senhora da Apresentação, Carlos Eduardo caiu de 47,12% para 38,75%; Paulinho Freire subiu de 14,42% para 16,25%; Natália caiu de 15,38% para 6,25%.
No Salinas, tanto Carlos Eduardo quanto Paulinho Freire cresceram, de 20% para 50%.
O Igapó foi um dos bairros da zona Norte em que Carlos Eduardo apresentou crescimento. Subiu de 37,05% para 55,56%; Natália cresceu de 7,50% para 11,11%; Paulinho Freire saiu de 15% para 7,41%.
Zona Oeste Na zona Oeste, que tem bairros como Cidade da Esperança, Cidade Nova, Planalto, Quintas e Nordeste, não aconteceram, de forma geral, mudanças expressivas.
Entretanto, em bairros como Bom Pastor, o candidato Carlos Eduardo caiu de 40% para 34,78%; Natália também caiu de 24% para 17,39%; já Paulinho Freire cresceu de 16% para 26%.
Na Cidade da Esperança, Rafael Motta foi o único que apresentou crescimento, de 2,86% para 11,11%; Carlos Eduardo caiu de 42,86% para 33,33%; Paulinho caiu de 17,14% para 14,81%; Natália permanece na faixa dos 11%.
No Dix-Sept Rosado, Paulinho Freire cresceu de 16,67% para 30%; Carlos Eduardo foi de 33% para 30%; Natália passa de 16,67% para 15%.
Em Felipe Camarão, Natália Bonavides (de 8,77% para 14,04%) e Rafael Motta (de 1,75% para 10,53%) apresentaram crescimento, mas permanecem nas 3ª e 4ª posições. Carlos Eduardo caiu de 42,11% para 36,84%; Paulinho de 22,81% para 15,79%.
No bairro Quintas, Carlos Eduardo cresceu de 45,71% para 55,88%; Paulinho caiu de 25,71% para 14,71%; Natália Bonavides subiu de 2,86% para 11,76%.
A pesquisa Datavero/98 FM ouviu 1.000 eleitores nos dias 07 e 08 de setembro. A margem de erro é de 3% e o nível de confirança 95%. O número de registro é 05352
As doenças cardiovasculares são a principal causa de morte em todo o mundo, nos últimos 20 anos, segundo estudo divulgado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2020. Essas condições, que afetam o coração e os vasos sanguíneos, são responsáveis por uma parcela significativa de mortes prematuras relacionadas a falta de conscientização e do diagnóstico precoce. Assim, uma maior compreensão sobre esses problemas pode ser a chave para a prevenção e tratamento eficazes.
Segundo dados da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), as doenças cardiovasculares são responsáveis por cerca de 1.100 mortes por dia no Brasil, o que corresponde a uma morte a cada 90 segundos, totalizando 400 mil mortes no país a cada ano. Isso torna este tipo de enfermidade a maior causadora de óbitos no Brasil, causando o dobro de mortes que todos os tipos de câncer juntos, e ainda 6.5 vezes mais mortes que todas as infecções, incluindo a AIDS.
Doenças cardiovasculares englobam uma variedade de condições, como infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral (AVC), insuficiência cardíaca e hipertensão arterial. Em entrevista ao Diário do RN, a presidente da SBC/RN, Dra. Carla Karini, destacou que os principais fatores de risco incluem hipertensão arterial, colesterol elevado, diabetes, obesidade, tabagismo, sedentarismo e consumo excessivo de álcool, mas que além desses fatores classificados como modificáveis existem outros não modificáveis que são a idade, histórico familiar e o sexo. “Quanto mais velho, maior o risco cardiovascular. As mulheres ficam mais vulneráveis às doenças cardiovasculares na menopausa, após os 55 anos de idade; nos homens, elas surgem mais cedo, abaixo dos 55 anos de idade”, explica a presidente da SBC-RN.
Muitas vezes, as doenças cardiovasculares se desenvolvem silenciosamente e podem não apresentar sintomas até que um evento grave ocorra, como um infarto ou um AVC, e até levar a óbito. A boa notícia é que, em muitos casos, elas podem ser prevenidas ou controladas com mudanças no estilo de vida e acompanhamento médico adequado, como explica a Dra Carla: “Muitos óbitos acontecem diariamente, mas 80% dessas mortes podem ser evitadas através de medidas preventivas, como uma orientação médica e principalmente do estímulo à mudança do estilo de vida”.
A prevenção desses fatores é possível através da realização de exames periódicos regularmente, prática de exercícios físicos, além de ser essencial a adoção de uma dieta saudável para a melhoria da qualidade de vida e prevenção de possíveis problemas cardiovasculares. “A mudança de estilo de vida também é contemplada com alimentação saudável, livre de gordura animal e mais rica em peixes, grãos, vegetais e frutas, isso também ajuda a prevenir que essas doenças acometam mais pessoas e essa estatística aumente cada vez mais”, complementa a médica.
Superação e Saúde Doenças cardiovasculares podem acometer pessoas de diferentes idades, inclusive os mais jovens, como é o caso de Sara Jane, de 23 anos que foi diagnosticada aos 15 anos com extrassístoles, uma condição que causa batimentos cardíacos irregulares: “Eu, uma pessoa de 23 anos, considerada jovem, já fiz dois procedimentos cardíacos, mas isso vem muito para mostrar que as doenças cardíacas não estão no meio da vida adulta ou perto da velhice, como muita gente pensa, ela é possível de estar com qualquer pessoa, em qualquer idade”.
Sara também explica que mesmo uma rotina saudável e consciente de alimentação e exercícios auxiliando que os efeitos da doença não perdurem a longo prazo, eles sozinhos não garantem a diminuição ou a cura da condição, e ressalta a importância do acompanhamento médico nesses casos: “O que se pode fazer é acompanhar ela [a doença], ter um acompanhamento seguro com o médico, sempre estar vendo se o coração está bem, se teve alguma alteração, se ele cresceu, se morfologicamente está perfeito, ou ir para intervenção na cirurgia, que é, realmente, quando você toma a decisão, mas, fora isso, se não for para o lado de remédios, que realmente é o que controla, você vai ficar observando e vendo se está tudo bem”.
Hoje, aos 23 anos, Sara está bem longe dos dias de incerteza e preocupação. Depois de realizar procedimentos, combinados com uma rotina saudável e acompanhamento médico regular, ela relata que conseguiu retomar uma vida normal e ativa: “Faz um ano e alguns meses que eu fiz o segundo procedimento e assim eu tenho a vida completamente normal, não o tem nenhum vestígio de que isso aconteceu nos meus exames, todos os exames estão 100%, e não sinto nenhum desconforto ao fazer atividades físicas ou coisas do tipo”.
Setembro Vermelho: Um Mês de Conscientização
Em resposta ao impacto das doenças cardiovasculares, surgiu o Setembro Vermelho, uma campanha nacional de conscientização dedicada à saúde do coração. Criado em 2014 pela Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) e apoiado por diversas instituições de saúde, o mês de setembro é dedicado a promover a prevenção e o diagnóstico precoce das doenças cardíacas.
No dia 29 de setembro é comemorado o Dia Mundial do Coração, devido a esse fato, foi escolhido o mês de setembro para ser realizada a campanha, que leva a cor vermelha devido a representação da cor geralmente atrelada ao coração, a campanha desse ano tem como slogan cada coração importa.
Durante este mês, várias ações são realizadas para educar a população e incentivá-la a adotar práticas saudáveis. Nas nossas redes sociais, os médicos cardiologistas, especialistas da sociedade de cardiologia vão estar levando informações úteis a toda a população e, no mês de outubro, ocorrerá o check-up cardiológico, em data a ser anunciada: “Nesse check-up, a gente vai estar dando palestra, orientando a população, vamos fazer alguns atendimentos, sempre com o intuito de informar e conscientizar a população sobre a prevenção e o tratamento das doenças cardiovasculares”, complementou a médica Carla Karini.
“A decisão do voto é definitiva ou poderá mudar?”. O questionamento foi feito pela pesquisa Datavero/98 FM aos eleitores natalenses, na entrevista realizada nos dias 07 e 08 de agosto, sobre a disputa à Prefeitura de Natal. O resultado pode indicar possíveis alterações nas próximas três semanas restantes de campanha eleitoral na capital.
De uma forma geral, 63,1% dos entrevistados disseram que a decisão de voto é definitiva; outros 33,4% afirmaram que podem mudar e 3,5% não souberam responder.
Dentre os eleitores de Carlos Eduardo (PSD), que vem liderando a série de pesquisas até agora, mas apresentando queda, 75,8% dizem que o voto é definitivo. Já 23,3% podem mudar o voto. Não soube responder, 0,9%.
Dos que afirmaram votar em Paulinho Freire (UB), 73% afirmam que a decisão é definitiva; 26,5% dizem que podem mudar o voto. Somente 0,4% não soube responder.
Já dos que dizem votar em Natália Bonavides (PT), 72,6% não mudam o voto e 26,7% poderá mudar. Não souberam responder 0,7%.
Entre os principais candidatos, os eleitores de Rafael Motta (Avante) são os menos decididos em relação ao voto. A maioria, 57,9%, pode mudar o voto; 42,1% diz que decisão é definitiva.
A pesquisa Datavero/98 FM ouviu 1.000 eleitores nos dias 07 e 08 de setembro. A margem de erro é de 3% e o nível de confirança 95%. O número de registro é 05352/2024.
A celeuma acerca da engorda da praia de Ponta Negra, em Natal, parece não ter fim. Ontem, em coletiva de imprensa, a Prefeitura negou que as obras estejam paralisadas, mas admitiu existir um problema com a qualidade da areia que se imaginava ideal para fazer o aterro hidráulico. Em outras palavras, atestou-se que o material que deveria ser dragado do fundo do mar para fazer o alargamento da faixa de areia em até 100 metros, de modo a conter o avanço do mar sobre o calçadão e construções à beira-mar, não é de boa qualidade nem suficiente, ou seja, boa parte é cascalho – agregação de fragmentos rochosos e outros sedimentos.
O que isso significa? Que o Município terá que correr contra o tempo para encontrar outro banco de areia que possua o mesmo potencial de exploração. Porém, se isso acontecer fora da área já autorizada pelo IDEMA, serão necessários novos estudos de impacto socioambiental e, consequentemente, uma nova licença para que o trabalho seja executado.
Durante a coletiva, o secretário municipal de Meio Ambiente e Urbanismo, Thiago Mesquita, negou que a obra esteja paralisada. O fato é que, no último dia 3, apenas quatro dias após o início da execução, a draga holandesa contratada para fazer a sucção da areia na jazida, deixou de operar após a FUNPEC identificar problemas nos sedimentos retirados do local. O secretário de Obras e Infraestrutura de Natal, Carlson Gomes, também participou das entrevistas e também negou haver interrupção dos serviços.
“Durante as explicações, foi informado que só no último sábado (07), a Prefeitura recebeu o laudo parcial apresentado pela Fundação Norte-Rio-Grandense de Pesquisa e Cultura (Funpec), apontando a má qualidade do material existente na jazida licenciada. Atestado o problema, a gestão municipal, a própria Funpec e a empresa que foi contratada para fazer os serviços já iniciaram novos estudos em busca de uma nova jazida para dar continuidade à fase da dragagem”, afirmou a Prefeitura, em nota enviada à imprensa logo após a coletiva.
“Em 2022, um estudo feito pela empresa TetraTech indicou a qualidade da jazida. Porém, na análise feita pouco antes de iniciarmos essa etapa da dragagem, os testes detectaram a presença de cascalhos em parte da área de retirada”, disse Thiago Mesquita.
O titular da Semurb disse ainda que a Prefeitura já está em busca de alternativas para dar sequência ao projeto: “Já existem novas jazidas mapeadas, as análises e investigações estão sendo feitas e, no que depender da Prefeitura, a engorda de Ponta Negra será finalizada em 2024”, afirmou Mesquita.
“A população está ansiosa, quer essa obra e não celebra esse problema técnico, pelo contrário.
Queremos reafirmar aqui o compromisso de toda a Prefeitura em entregar esse projeto fundamental para o progresso e desenvolvimento de Natal”, concluiu o secretário.
O laudo foi realizado pela Fundação Norte-Rio-Grandense de Pesquisa e Cultura (FUNPEC), que recebeu R$ 3.372,905,19 da Prefeitura de Natal.
Empresa contratada pela Prefeitura concluiu que areia era adequada
Estudo de Impacto Ambiental apresentado pela Prefeitura de Natal ao IDEMA, em que consta análise feita pela empresa Tetra Tech, conclui que “a jazida de empréstimo selecionada contém pacote de sedimentos arenosos com diâmetro médio (D50) de 0,75mm, com volume e distância de transporte compatíveis com o pretendido para o engordamento da praia de Ponta Negra. Estas características permitem conceitualmente um perfil de alimentação em todo o segmento de 4.000 m da face praial. Tal pacote de sedimentos, é bem superior ao D50 médio nativo de Ponta Negra de 0,41 mm”.
A Tetra Tech foi contratada para fazer os estudos de viabilidade técnica, econômica e ambiental (EVTEA) da obra de engorda da Praia de Ponta Negra entre 2015 e 2016. Posteriormente, em 2021, foi realizado novo levantamento que confirmou as informações sobre a jazida levantadas no primeiro estudo. Porém, vale lembrar que a obra só foi licenciada em agosto deste ano.
“Apresentaram uma condição que agora está se mostrando equivocada”, afirma diretor do Idema
Diretor-geral do IDEMA no Rio Grande do Norte, Werner Farkatt falou ao Diário do RN sobre a situação envolvendo a qualidade da areia da área da jazida. Ele cobrou da Prefeitura que faça justiça e peça desculpas ao corpo técnico do órgão ambiental. “Apresentaram uma condição que agora está se mostrando equivocada”, comentou.
“Só temos a lamentar por tudo isso que está acontecendo. É importante destacar que o IDEMA sempre presou pela boa qualidade técnica dos estudos, das informações. O IDEMA trabalha com as informações que são entregues. Nós conferimos alguns pontos, identificamos grandes divergências, mas nós acreditamos na legitimidade das informações que são entregues ao IDEMA. Então é muito triste o que está acontecendo nesse momento. O IDEMA não gostaria que isso fosse uma realidade, até mesmo porque o IDEMA sempre buscou o melhor caminho técnico para que essa obra acontecesse, para que nossa cidade tivesse uma qualidade, uma ordem melhor, mas infelizmente os fatos atuais são outros. A nossa equipe se dedicou ao máximo, sempre para fazer um trabalho extremamente técnico e em vários momentos essa análise técnica foi desrespeitada. E agora nós entendemos e acreditamos que todo o nosso trabalho e toda a nossa convicção técnica foi posta à prova e agora está se mostrando a realidade que nós sempre estivemos corretos na nossa condução. Inclusive, os nossos técnicos em todos os momentos evidenciavam a necessidade de que a Prefeitura apresentasse certas respostas, respostas essas que faltaram, respostas essas que foram evidenciadas nas condicionantes e que, por vários e vários momentos, o IDEMA questionou novamente a necessidade de apresentação de respostas com mais clareza”, disse.
“Bom, e assim, esperamos que a Prefeitura realmente consiga equacionar essa situação e encontre a nova área. Obviamente que essa nova área terá que seguir os ritos do licenciamento ambiental previsto na legislação brasileira, e que dessa vez eles entendam, compreendam o posicionamento do corpo técnico e, ao mesmo tempo, o mínimo que a Prefeitura poderia fazer nesse momento era pedir desculpa para todo o nosso quadro técnico do IDEMA e à população do Rio Grande do Norte, porque apresentaram uma característica, apresentaram uma condição que agora está se mostrando equivocada”, acrescentou Farkatt.
A disputa à Câmara Municipal de Natal também foi medida pela pesquisa Datavero/98 FM.
Divulgados nesta segunda-feira, 09, no programa Repórter 98, os nomes mais citados são vereadores candidatos à reeleição.
O índice de indecisos, maior até agora, reduziu em relação à pesquisa anterior, de 47,2% para 42,4%. Este número tende a reduzir com a proximidade do pleito. Os que disseram votar em ‘nenhum’ subiu de 5,3% para 12,6%.
Entre os eleitores que decidiram seu candidato, Irapoã, ex-secretário municipal aparece com 2%.
O vereador Herberth Sena aparece com 1,5%.
Os vereadores Ériko Jácome e Kleber Fernandes têm 1,3%, cada um. Adriana de Quebra Osso tem 1,2%. Os vereadores Aldo Clemente e Luciano Nascimento têm 1,1%, cada um. Vereadora, Julia Arruda tem 1%. Também parlamentares com mandato, Aroldo Alves, Hermes Câmara, Robson Carvalho e Tércio Tinoco têm 0,9%, cada um.
Na zona Norte, os vereadores que lideram a disputa são Aldo Clemente, com 2,3%; Irapoã e Marcio Gomes, com 1,7%, cada; Ériko Jácome e Herberth Sena, com 1,5%, cada; além de Julia Arruda, Kleber Fernandes, Leo Sousa, Peixoto e Tarcio de Eudiane, com 1,2%, cada um.
Na zona Leste da cidade, os candidatos mais votados na proporcional devem ser Herberth Sena (4,2%), Kleber Fernandes (3,6%), Hermes Câmara (3%), Eribaldo Medeiros (2,4%), Irapoã (2,4%), Fernando Lucena (1,8%), Nina Souza (1,8%), Vitor Gleison (1,8%), Zé Humberto (1,8%) e Daniel Rendall (1,2%).
Já na zona Sul, Adriana de Quebra Osso, Cleiton da Policlínica e Tercio Tinôco têm 3,3%, cada; Irapoã, 2,8%; Dr Milano Máximo, 2,4%; Brisa, Preto Aquino e Thabatta Pimenta aparecem com 2%, cada; Daniel Valença e Ériko Jácome 1,2%, cada.
Na zona Oeste, aparecem entre os mais citados, Aroldo Alves (3,7%), Luciano Nascimento (2,8%), Camila Araújo (2%), Fernando Lucena (2%), Robson Carvalho (2%), Wellington Bernardo (2%), Ériko Jácome (1,6%), Erminio Félix (1,6%) e Raniere Barbosa (1,6%).
A pesquisa Datavero/98 FM ouviu 1.000 eleitores nos dias 07 e 08 de setembro. A margem de erro é de 3% e o nível de confiança 95%. O número de registro é 05352/2024.
A pesquisa Datavero/98 FM à Prefeitura de Natal fez o cruzamento entre as avaliações de gestões e a intenção de votos dos eleitores. Realizada neste fim de semana, o comparativo entre a pesquisa anterior, realizada nos dias 26 e 27 de agosto, mostra alteração na relação entre o voto e os apoios dos gestores aos candidatos.
Entre os eleitores que aprovam o presidente Lula, Carlos Eduardo (PSD) caiu mais de 6 pontos, de 46,15% para 39,96%; Natália Bonavides (PT) cresceu, de 20,38% para 27,06%; Paulinho Freire (UB) caiu, de 15,19% para 13,95%, resultado que revela o eleitor que aprova o Governo Lula apontando seu voto para a candidata do PT em Natal.
Dos que desaprovam Lula, que tendem a ser eleitores da direita, Paulinho Freire cresceu, de 27,89% para 35,04%; Carlos Eduardo caiu de 33,76% para 26,76%; em terceiro vem Rafael Motta, que subiu de 3,77% para 6,08%. Natália Bonavides aparece em 4º entre estes eleitores, com uma queda de 6,03% para 2,43%.
Quem desaprova a governadora Fátima Bezerra (PT) tem intenções de votos empatadas entre Carlos Eduardo e Paulinho Freire. Carlos Eduardo caiu entre esse eleitorado, que tende a ser anti-PT, de 38,26% para 30,12%; Paulinho Freire cresceu de 24,89% para 29,44%. Já Natália Bonavides caiu de 8,11% para 7,61%.
Já dentro do eleitorado que aprova Fátima Bezerra, Carlos Eduardo caiu de 46,64% para 41%; Natália Bonavides subiu dentro da margem de erro de 29,41% para 31%; e Paulinho Freire subiu de 7,98% para 13%.
Os eleitores que aprovam o prefeito de Natal, Álvaro Dias (Republicanos) vem migrando a intenção de voto para o candidato apoiado pelo gestor, Paulinho Freire. Nesta faixa de eleitorado, Carlos Eduardo caiu de 42,38% para 37,14%; Paulinho Freire cresceu de 30,95 para 34,75% e Natália Bonavides caiu de 10,71% para 6,37%.
Entre os eleitores que desaprovam Álvaro Dias, Carlos Eduardo caiu 8 pontos, de 39,13% para 31,24%; e Natália Bonavides subiu cerca de 6 pontos, de 16,36% para 22,64%; Paulinho Freire cresceu dentro da margem de erro, indo de 12,42% para 14,26%.
A pesquisa Datavero/98 FM ouviu 1.000 eleitores nos dias 07 e 08 de setembro. A margem de erro é de 3% e o nível de confiança 95%. O número de registro é 05352/2024.
A Pesquisa Datavero/98 FM, realizada nestes sábado, 07, e domingo, 08, e divulgada nesta segunda-feira, 09, no programa Repórter 98, traz novos números de intenções de votos para a disputa à Prefeitura de Natal. A um mês da eleição, a sondagem mostra queda do candidato Carlos Eduardo (PSD), ao mesmo tempo em que apresenta crescimento de Paulinho Freire (UB) e de Natália Bonavides (PT), mas muito mais do número de indecisos.
A alteração no cenário eleitoral após oito dias do início da propaganda eleitoral gratuita no rádio e na TV pode refletir os ataques dos opositores, que tem Carlos Eduardo como principal alvo. Nesse período, aconteceu também um debate eleitoral, sem a presença do ex-prefeito, que optou por não participar.
Na estimulada, Carlos Eduardo aparece com 33%, enquanto Paulinho Freire apresentou 22,60; Natália Bonavides 14,60%; Rafael Motta (Avante) 3,80%; Heró (PRTB) 0,20% e Nando Poeta (PSTU) 0,10%. Disseram votar em nenhum 14,60% e não quiseram ou não souberam responder, 11,10%.
Em relação às pesquisas anteriores realizadas pelo Instituto, Carlos Eduardo vem em queda, de 40,30%, em 05 e 06 de agosto; para 39,90%, em 26 e 27 de agosto; para 33% na sondagem atual.
Já Paulinho Freire apresentou crescimento, embora dentro da margem de erro. No começo de agosto, o candidato do União Brasil apareceu com 21,10% das intenções de votos; caindo para 19,80% no começo de agosto; e crescendo para 22,60% nesta pesquisa.
Natália Bonavides também ampliou as intenções de votos, mas permanecendo dentro da margem de erro. Na primeira sondagem da série, apresentou 13%; indo para 13,30%; e em seguida para 14,60% na sondagem atual.
O índice de eleitores que não sabem ou que dizem votar em ‘nenhum’ também alterou. Em 05 e 06 de agosto, 15,80% votavam em nenhum. Em 26 e 27 de agosto, 16,30% diziam votar em nenhum. Já na pesquisa atual, o número caiu para 14,60%. O número de indecisos subiu, de 3,40%, para 6,30% e aumentando agora para 11,10%.
O resultado aponta que a queda de Carlos Eduardo não indica, necessariamente, a mudança dos eleitores para os adversários Paulinho ou Natália, que subiram cerca de dois pontos, cada um.
Pode refletir, também, que os eleitores podem ter desistido do voto no candidato que lidera, até agora, a pesquisa, mas ainda estão indecisos sobre seu voto.
A queda mais significativa de Carlos Eduardo é verificada na Zona Leste. Em 26 e 27 de agosto, ele tinha 53,44% e agora caiu para 34,55%. Paulinho Freire subiu, de 12,21% para 27,88%; Natália Bonavides foi de 9,92% para 12,37%; os indecisos foram de 2,29% para 7,27%. Na Zona Sul, a queda de Carlos Eduardo foi de 28% para 20,73%, enquanto os demais candidatos não tiveram grande alteração. Outra área que teve mudança significativa foi a Norte, zona mais populosa de Natal: Carlos Eduardo caiu de 41,26% para 36,73% e o número de indecisos subiu de 4,85% para 15,45%.
Espontânea Na pesquisa espontânea, quando não são apresentados os nomes dos candidatos e o eleitor diz o primeiro nome que vem à cabeça, Carlos Eduardo aparece com 21,20% das intenções de votos; Paulinho Freire é citado por 17,40% e Natália Bonavides, por 9,90% dos eleitores. Rafael Motta é lembrado por 1,10%. Já 42,10% não sabem e 8,30% dizem votar em ‘nenhum’.
Rejeição Na medição sobre o nível de rejeição dos candidatos, Natália Bonavides apresenta 26,40% de eleitores que dizem não votar nela de jeito nenhum. Paulinho Freire vem em segundo, com 13,20% de rejeição; Carlos Eduardo tem 11% de rejeição, seguido de Rafael Motta, com 4,80%. O candidato Heró é rejeitado por 3,10% dos eleitores e Nando Poeta, por 2,80%.
Disseram que votariam em todos os candidatos, 4,30% dos entrevistados; não souberam responder, 16,40%; e votariam em nenhum, rejeitando todos, 18%.
A pesquisa Datavero/98 FM ouviu 1.000 eleitores nos dias 07 e 08 de setembro. A margem de erro é de 3% e o nível de confirança 95%. O número de registro é 05352/2024.
Nova pesquisa Datavero/98 FM revela a avaliação do natalense sobre os governos Federal, Estadual e Municipal. Realizada neste final de semana, dias 07 e 08, a avaliação é positiva para o presidente Lula (PT), mas negativa para a governadora Fátima Bezerra (PT) e para o prefeito Álvaro Dias (Republicanos).
Aprovado pelo natalense com 47,30%, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no entanto, vê sua avaliação positiva despencar 7 pontos desde a pesquisa realizada nos dias 05 e 06 de agosto, quando apresentou 54,80%; alterando para 52% na realizada em 26 e 27 de agosto; e caindo para 47,30% atualmente.
Já a desaprovação do presidente saiu de 38,40% na primeira sondagem, para 39,80% no final de agosto; indo para 41,10% na pesquisa atual. Não souberam responder, 11,60% dos entrevistados.
Já a governadora Fátima Bezerra teve queda na desaprovação, mesmo esta avaliação sendo maior que a aprovação. Na primeira pesquisa de agosto, teve 66,40% de desaprovação; subindo para 70,30% no final de agosto; e finalmente caindo para 59,10% na nova sondagem.
Mesmo assim, a aprovação ainda é menor, mesmo apresentando alta, de acordo com a série. No começo de agosto, apresentou 27,70% de aprovação, caindo para 23,80% na segunda pesquisa de agosto; e aumentando para 30% atualmente. Os entrevistados que não souberam responder são 10,90%.
Já o prefeito de Natal, Álvaro Dias, apresentou queda na desaprovação e na aprovação, embora a avaliação positiva ainda seja menor. Na primeira pesquisa de agosto, ele teve 55,50% de aprovação; 48,30% de desaprovação na segunda pesquisa de agosto; e 47,70% de desaprovação atualmente.
A aprovação de Álvaro Dias subiu da primeira pesquisa, quando apresentou 35,50%, para 42% no final de agosto. Agora, caiu para 37,70%.
O número dos que disseram não saber subiu de 9%; para 9,70% na segunda sondagem; para 14,60% agora.
A pesquisa Datavero/98 FM ouviu 1.000 eleitores nos dias 07 e 08 de setembro. A margem de erro é de 3% e o nível de confirança 95%. O número de registro é 05352/2024.
Os queijeiros potiguares tiveram uma participação vitoriosa no XVIII Encontro Nordestino do Setor do Leite e Derivados (ENEL). O Rio Grande do Norte conquistou o maior número de medalhas no Concurso de Produtos Lácteos do Nordeste. Com 81 produtos enviados e 12 produtores participantes, o estado garantiu 46 medalhas, incluindo 1 Super Ouro, 19 Ouros, 14 Pratas e 12 Bronzes, sendo destaque no evento, que ocorreu de 2 a 4 de setembro de 2024, em São Luís (MA).
O Encontro Nordestino do Setor de Leite e Derivados (ENEL) aconteceu no Parque Independência, durante os primeiros dias da Exposição Agropecuária do Maranhão (Expoema). O evento reuniu produtores, especialistas e expositores de toda a região Nordeste, com uma programação intensa de palestras, treinamentos especializados e exposições de produtos lácteos de diversos estados. O objetivo foi proporcionar momentos de aprendizado, networking e valorização do setor lácteo, fundamental para a economia e cultura nordestinas.
Um dos pontos altos da programação foi o Concurso de Produtos Lácteos do Nordeste, que visa reconhecer e premiar a excelência dos alimentos produzidos na região. No concurso, 129 produtores de queijo e outros lácteos dos estados nordestinos inscreveram mais de 500 amostras.
Os produtos foram julgados com base em critérios rigorosos, como textura, aroma, sabor e apresentação. O resultado foi anunciado em cerimônia especial no final desta quarta-feira (4).
O Sebrae-RN atende 60 queijeiras, tanto artesanais quanto industriais. O trabalho de resgate e fortalecimento da cadeia produtiva do queijo foi iniciado ainda em 1997. Desde então, diversas ações, articulações e parcerias foram realizadas, culminando na maior conquista do setor: a sanção da Lei Nivardo Mello, que regulamenta a produção e comercialização de queijos e manteigas artesanais no Rio Grande do Norte. Atualmente, 15 queijeiras artesanais possuem registro estadual.
A conquista dos prêmios no XVIII ENEL evidencia este intenso trabalho desenvolvido pelo Sebrae-RN, em parceria com outros atores, que tem levado os produtores ao sucesso, além de contribuir para a geração de empregos no campo.
Nilson Dantas, analista da Unidade de Desenvolvimento Rural, ressalta que eventos como o ENEL permitem observar a força e a tradição do segmento de leite e derivados, além de valorizar o trabalho dos queijeiros, que, por meio de seus produtos, expressam não apenas sabores, mas também saberes e uma identidade cultural. “Nós, do Sebrae, estamos muito felizes de estar aqui, porque somos parceiros desse setor, apoiando com capacitações, consultorias tecnológicas e de gestão, além de eventos que proporcionam acesso ao mercado, fomentando a economia e gerando emprego e renda”, expõe.
O produtor rural Marcelo Paiva, proprietário da Capril Buxada, foi premiado com o “Super Ouro” pela Manteiga Ghee Delícia da Cabrita. Veterano em competições, ele conta que, em 2019, ganhou um prêmio com um produto que nem tinha nome ainda, o queijo boursin com melado de cana, o “Lambuzado”. Em 2022, competiu na Bahia com dois produtos, ambos iogurtes. Na última edição do ENEL, realizada em Campina Grande, ganhou com cinco produtos e, neste evento no Maranhão, levou 15 produtos, conquistando medalhas com oito deles. A manteiga também foi a sexta melhor do mundo em 2022 e a décima primeira em 2024.
“Foi extremamente gratificante alcançar esse resultado, graças ao Sebrae. Se não fosse pelo apoio deles, tanto os produtos quanto a queijeira ainda estariam invisíveis. O trabalho do Sebrae no incentivo às queijeiras do Rio Grande do Norte tem contribuído significativamente para o nosso crescimento. Chegar ao primeiro lugar em medalhas no ENEL, superando a Bahia, que ficou em segundo lugar, demonstra o impacto desse acompanhamento e aprimoramento nas queijeiras”, comemora Marcelo.
Um pescador morreu ao sofrer um ataque de abelhas na tarde da quarta-feira (04) no Sítio Santo Antônio, zona rural entre os municípios de Caraúbas e Janduís, no Oeste potiguar. Outras três pessoas e uma cadela foram ferroadas, mas conseguiram escapar. Galinhas também foram mortas pelo enxame. Josivan Vieira de Arruda tinha 51 anos.
Ao contrário do que muita gente pensa, ataques de abelha são mais comuns que se imagina. Com as altas temperaturas desta época do ano, principalmente no interior do estado, as abelhas ficam mais ativas, agitadas, mais agressivas. Também costumam se proliferar com mais velocidade. A morte por abelha é o quadro de envenenamento causado pela injeção de toxinas por meio do ferrão do inseto. A intoxicação varia pela quantidade de veneno absorvido e pela sensibilidade a uma reação alérgica ao veneno.
Nos últimos 10 anos, segundo levantamento feito pela Coordenadoria de Informações Estatísticas e Análises Criminais (COINE) da Secretaria da Segurança Pública e da Defesa Social (SESED), pelo menos 22 pessoas morreram vítimas de picadas de abelhas no estado. Somente este ano, foram quatro. Até mesmo um cão farejador da Polícia Civil não resistiu e morreu após ser atacado por um enxame de abelhas. Foi dentro do canil da corporação, em Natal, no mês de maio. Dragon, da raça pastor-belga-malinois, tinha 2 anos e 3 meses de idade.
A morte do pescador; galinhas também não resistiram Em grupos de redes sociais da região, a notícia da morte do pescador Josivan, o Joza, logo se espalhou. “As abelhas atacaram lá… cachorro… galinha… Até chegou a matar as galinhas. Joza veio deixar um peixe lá, aí quando ele ia chegando, titio gritou, avisando que as abelhas estavam atacando. Ele saiu correndo. Era muita abelha nele. A gente não tinha noção disso. Luiz, Raimundo e Titico, todo mundo foi atacado. Aí, Joza foi encontrado agora, morto, lá perto de um cacimbão”, disse uma das moradoras da região.
“Foi verdade, as abelhas mataram Joza. É lá da Permissão, ele. Houve o ataque lá em Solange, na esposa dele, até galinha matou lá. Aí acharam Joza morto. As abelhas mataram”, relatou outra vizinha.
O Corpo de Bombeiros Militar foi acionado e esteve na comunidade, mas quando a equipe de socorro chegou Josivan já estava morto. Não havia mais o que fazer por ele. O enxame já havia se dissipado, mas a colmeia foi localizada e retirada do local.
Ainda na quarta-feira, minutos antes da morte do pescador, bombeiros militares já haviam atendido uma ocorrência no município de Areia Branca, onde quatro pessoas sofreram ataques de um enxame. Uma delas precisou de atendimento de urgência devido à gravidade do quadro, e foi socorrida em estado estável. O enxame estava alojado em um prédio, em um terreno baldio, no centro da cidade. A remoção da colmeia foi realizada com sucesso pelos bombeiros.
Mais de 2.300 capturas de abelhas em 2024
Ao verificar presença de enxames, Bombeiros devem ser acionados – Foto: Reprodução
2.327 abelhas foram capturadas em todo o RN até o mês de agosto – Foto: Reprodução
Este ano, de janeiro a agosto, o Corpo de Bombeiros Militar já realizou 2.327 capturas de abelhas em todo o Rio Grande do Norte. Somente em agosto, foram 394 ocorrências registradas no estado, o equivalente a quase 30% de todas as ocorrências atendidas pela corporação.
Calor aumenta enxames e ataques Durante todo o ano são comuns atendimentos de ocorrências envolvendo enxames de abelhas, porém é na primavera e no verão que os incidentes com estes insetos aumentam consideravelmente.
O Corpo de Bombeiros Militar do Rio Grande do Norte explica que esse aumento é decorrente das altas temperaturas registradas no estado. O forte calor e o desmatamento na zona rural faz com que os enxames de abelhas migrem para área urbana em busca de locais mais frescos para construírem suas colmeias, por isso é comum o aumento de incidentes com abelhas nesta época do ano. O calor também deixa as abelhas mais agitadas e agressivas.
Por que as abelhas atacam? As abelhas são conhecidas pela produção de mel e outros diversos produtos de consumo humano, além do papel fundamental de polinização vegetal. Entretanto, elas também exercem função essencial na defesa das colônias e geralmente formam sociedades com apenas uma rainha, vários zangões e operárias, as responsáveis pelas picadas.
Elas perdem o ferrão ao picar e morrem em seguida. Como possuem músculos próprios, o ferrão continua a injetar o veneno mesmo após a separação do resto do corpo. Ao atacar nas proximidades de um enxame, as primeiras abelhas liberam um feromônio que faz com que outras invistam contra o mesmo alvo, podendo ocasionar acidente com centenas de picadas.
Situação epidemiológica Abelhas estão presentes em todos os territórios brasileiros. As regiões de maiores taxas de incidência são Sul e Nordeste, mas as maiores taxas de letalidade ocorrem nas regiões Centro-Oeste e Norte. De modo geral, os acidentes costumam acontecer com maior predominância entre outubro e março, geralmente na zona urbana. No Brasil, nos últimos cinco anos, cerca de 100 mil casos de acidentes por abelhas foram registrados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan). Desses, 303 foram fatais.
O perfil dos acidentados costuma ser de homens na faixa etária entre 20 e 64 anos. Óbitos são mais frequentes em pessoas acima dos 40 anos. Fatores de risco para gravidade envolvem a quantidade de ferroadas e a predisposição ao choque anafilático.
Cuidados necessários
Caso visualize um enxame de abelhas em seu quintal, jamais tente fazer a remoção por conta própria, se afaste e ligue imediatamente para o telefone de emergência 193;
Atenção redobrada com as crianças e os idosos, oriente seus filhos para que não brinque próximo ao enxame e não jogue nenhum objeto nas abelhas;
Afaste os animais domésticos do enxame, qualquer barulho que eles façam, poderá irritá-las e desencadear um ataque;
Abelhas não gostam de barulho, se for realizar algum trabalho que necessite utilizar máquinas barulhentas ou usar equipamentos motorizados faça uma inspeção cuidadosa do local e tenha certeza de que não exista nenhum enxame próximo;
Ao se deparar com um enxame de abelhas em deslocamento, abaixe-se e se perceber que será atacado, corra, preferencialmente em zigue-zague;
Caso seja atacado, proteja das picadas o pescoço e o rosto, com a ajuda de uma camiseta ou outra vestimenta;
Pessoas comprovadamente alérgicas devem evitar caminhadas em locais próximos a matas;
Mantenha a calma, não faça movimentos bruscos perto do enxame, evite bater nas abelhas, lembre-se: As abelhas têm o instinto natural de defender as colmeias, e certamente irão atacar caso identifiquem alguma ameaça; Em casos de emergência, o Corpo de Bombeiros Militar deve ser acionado. O número 193 atende 24 horas. A ligação é gratuita.
O prefeito de São Gonçalo do Amarante, Eraldo Paiva (PT), candidato à reeleição, foi denunciado à Justiça por propaganda extemporânea e abuso de poder econômico e de autoridade em duas diferentes ações. Uma delas, representada pelo Ministério Público, dispõe sobre suposta propaganda cometida pela vereadora aliada Aninha Siqueira (MDB), no período de pré-campanha. A outra, uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE), foi impetrada pelo candidato adversário, Jaime Calado (PSD), e acusa o prefeito de abuso de poder econômico e de autoridade por uso indiscriminado da verba institucional da prefeitura com publicidade.
A AIJE nº 0600296-13.2024.6.20.0051, foi impetrada no dia 26 de agosto, contra o prefeito Eraldo e o candidato a vice-prefeito Francisco Potiguar Cavalcanti Neto. E trata do aumento indiscriminado da verba destinada à publicidade institucional do ano do pleito eleitoral.
Entre outros pedidos, a acusação requer a condenação dos investigados e as sanções de multa; cassação do registro, diploma ou mandato e pena de inelegibilidade.
A ação traz dados de contratos da Prefeitura de São Gonçalo com a empresa Marca Propaganda e Marketing Ltda, para prestação de serviços de publicidade institucional para a Prefeitura Municipal de São Gonçalo do Amarante.
De acordo com as informações, durante o ano de 2021, ao todo foram realizados 35 pagamentos à empresa, totalizando a quantia de R$ 2.924.044,11. No ano seguinte de 2022, foram totalizados 108 pagamentos, com montante final de R$ 2.703.699,38.
Já em 2023, ano pré-eleitoral, a prefeitura municipal, chefiada por Eraldo Paiva, repassou a quantia de R$ 3.782.882,11. A peça judicial pontua que o aumento foi de mais de 35%, “provavelmente enxergando a necessidade de se aumentar o gasto com publicidade, para viabilizar uma maior média de gastos a ser utilizada no ano do pleito”, diz a acusação.
A equipe jurídica de Jaime Calado afirma, ainda: “A gravidade da conduta também é evidenciada ao sabermos que o limite de gastos para candidatura majoritária em São Gonçalo do Amarante é de R$ 391.146,90, ou seja, o valor gasto com publicidade acima do limite legal corresponde à praticamente o dobro do teto de gastos no presente pleito para a campanha majoritária”.
Segundo a ação, os investigados iniciaram a campanha eleitoral com a despesa no dobro do limite permitido para os candidatos no pleito e que o fato seria teria trazido beneficiamento ilegal dos citados.
Propaganda fora de período eleitoral em escola pública municipal
Já a Representação nº 0600303-05.2024.6.20.0051, protocolada pelo Ministério Público, no dia 02 de setembro, denuncia o candidato à reeleição Erado Paiva, a vereadora Aninha Siqueira (MDB) e Lugivania da Silva Gomes de Araújo, diretora de escola da rede pública municipal.
De acordo com os autos, a parlamentar usou escola pública municipal, em espaço cedido pela diretora, no horário do expediente, para produzir vídeo, postado em seu Instagram, no qual fala sobre a implantação de ares-condicionados na Escola Municipal José Horácio de Góis, ressaltando que o benefício se concretizou em razão de sua solicitação ao então Prefeito.
A visita foi feita no dia 15 de junho de 2024 e, embora não tenha constado pedido explícito de voto, traz, segundo a Representação, palavras mágicas, que significam para a Justiça, palavras que induzem o eleitor ao voto em benefício de um determinado pré-candidato.
A vereadora disse: “vou estar sempre à disposição”, “ar-condicionado é uma coisa simples, é obrigação do município fazer, porém, é necessário que tenhamos uma gestão que tenha preocupação em fazer”, “estamos buscando o melhor, juntos, para todos os nossos munícipes”, de forma a exaltar suas qualidades e do atual prefeito. Ao final do vídeo, as crianças são levadas a dizer, em coro: “obrigada Vereadora Aninha Siqueira e obrigada Prefeito Eraldo Paiva”.
Além disso, os servidores públicos teriam cometido a conduta vedada de utilização e cessão de bem público para veiculação de promoção pessoal para fins eleitorais em favor da candidatura à reeleição, tanto da parlamentar, quanto do prefeito.
A ação do MPE foi assinada pelo promotor Flavio Henrique de Oliveira Nóbrega e pede notificação dos representados para apresentarem defesa no prazo de cinco dias.