STYVENSON CRITICA POSTURA DE GONÇALVES NA ELEIÇÃO DE NATAL: “INCOERÊNCIA DELE”

O senador do Podemos Rio Grande do Norte, Styvenson Valentim, que estabeleceu relação de amizade com o presidente estadual do PL, Rogério Marinho, disse que “é estranho” ver o deputado federal do Partido Liberal, Sargento Gonçalves, em foto com Carlos Eduardo (PSD), pré-candidato a prefeito opositor de Paulinho Freire (UB), que é apoiado pelo PL e pelo Podemos de Styvenson Valentim.
“Não se trata de ser de extrema direita e dizer que o outro lado não presta, não serve para nada, que é tudo ladrão e agora estar agarrado com um cara que nega até mesmo o presidente deles. É estranho. Eu recebi com estranheza a notícia dele”, disse em conversa com a reportagem o Diário do RN.
Sargento Gonçalves esteve ao lado de Carlos Eduardo em evento de lançamento da pré-candidatura a vereador de Cícero Martins (PP). O deputado vem contrariando a decisão do seu presidente partidário, Marinho, discordando da aliança estabelecida na capital pelo PL, em apoio a pré-candidatura do União Brasil, Paulinho Freire. Segundo Gonçalves, o colega deputado federal não representa os valores da extrema direita, defendida pelo Bolsonarismo.
Styvenson lembra reunião que acontecera em 2023, na casa de Marinho, em Brasília, com a participação de representantes de partidos como PL, União Brasil, Podemos, PSDB e o Sargento, na ocasião, já declarou que não concordava com nenhum dos partidos presentes, exceto o PL, porque não seguiam o “raciocínio defendido pelo partido deles”.
“Não acho incoerência nem com o partido não, incoerência é com ele mesmo. Ele sabe o que eles defendem. Se ele declarar apoio a Carlos Eduardo, se ele está lá perto de Carlos Eduardo, ou se algum candidato dele apoiado por ele faz parte da junção com o Carlos Eduardo é incoerência. Eu não posso falar por ele, para mim ele toma a decisão que se quiser, ele faz o que quiser da vida dele, ele vai se acertar com os eleitores dele”, afirma.
O senador do Podemos compara a situação com o processo de mudança de postura que ele mesmo passou ao longo dos últimos anos na política, explicando que seu posicionamento ideológico não mudou, somente a postura de aceitar alianças com políticos e prefeitos a partir do cumprimento de promessas e execução de recursos liberados com transparência.
“Não foi mudança de deixar de fazer arminha para fazer o L”, insinuou. E complementa: “Pelo contrário. Eu nem ligo para a minha ideologia, a minha ideologia é seguir meu a minha metodologia, minha metodologia defesa do patrimônio seguro e execução de obras em tempo adequado, em tempo rápido (…) Eu não sou apadrinhado político por ninguém, eu não sigo uma bandeira daquela linha e tiro foto com gente que não tem a mesma linha, entendeu?”.
“Ele falou alguns pontos que concordei, outros discordo”, diz Gonçalves sobre Carlos Eduardo
“Fui para o lançamento da pré-candidatura do Cícero Martins, que é um amigo, e inclusive está ainda servidor do nosso gabinete até este mês. E não poderia deixar de ir em consideração a ele.
Quando cheguei lá, o pré-candidato Carlos Eduardo estava presente e participamos já democraticamente fala, falei sobre a direita, sobre os valores da direita, os princípios que nós defendemos, conservadores, o pré-candidato Carlos Eduardo também usou a palavra, falou alguns pontos que eu concordei, outros discordo mas de forma respeitosa. Eu acho que foi um momento democrático né?”, afirmou o deputado federal Sargento Gonçalves à reportagem do Diário do RN, sobre o momento que o uniu em mesmo evento ao candidato do partido Social Democrático (PSD), Carlos Eduardo.
No entanto, garante que isso “não representa nenhum tipo de declaração de apoio à pré-candidatura dele”. Gonçalves disse que continua sem pré-candidato a prefeito em Natal, Parnamirim, São Gonçalo do Amarante.
Na mesma linha, afirma que sua presença em Parnamirim, ao lado de Salatiel de Souza, na inauguração da sede do PL local, no último sábado (22), também não representa definição: “Eu fui para inauguração da sede do PL em Parnamirim e deixei muito claro lá, fui em consideração ao vereador Gabriel que é presidente municipal do partido e o PL é o meu partido. É o partido ao qual eu faço parte. Apesar do partido a nível de estado, em alguns municípios estar tomando algumas decisões que eu que eu discordo, e é natural divergência dentro de qualquer partido, mas é o meu partido”, afirma
Para ele, enquanto o PL estiver sendo coerente com as pautas conservadoras, com o bolsonarismo, ele permanecerá na legenda, mas continua “sem candidato”.
“Eu continuo defendendo a ideia da pré-candidatura própria nessas três cidades”, define.