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NATAL RECEBE O MAIOR TREINAMENTO DE GUERRA AÉREA DA AMÉRICA LATINA

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Mais de 2.000 mil militares, 100 aeronaves de guerra e a participação efetiva de 16 países. Este é o Exercício Cruzeiro do Sul, o CRUZEX 2024, que pela sexta vez acontece na capital potiguar.

Ainda em fase de preparação, o treinamento vai de 3 a 15 de novembro, na Base Aérea de Natal.

Além de aviões brasileiros, participam também caças da Argentina, Canadá, Chile, Colômbia, Equador, França, Alemanha, Itália, Paraguai, Peru, Portugal, África do Sul, Suécia, Uruguai e Estados Unidos.

O CRUZEX é um exercício multinacional e operacional organizado pela Força Aérea Brasileira desde 2002. O objetivo, além do intercâmbio e a troca de experiência entre os países participantes, é o conhecimento de novas tecnologias e a preparação das nações para o combate aéreo. Para isso, exercícios simulados são realizados de forma mais realista possível.

Esta é a oitava edição do treinamento, que já aconteceu em 2002, 2004, 2006, 2008, 2010, 2013 e 2018. Em 2004, Natal e Mossoró sediaram parte dos exercícios pela primeira vez, que também ocorreram simultaneamente em outros estados do país. Isso se repetiu em 2008 e em 2010. Na edição de 2013, apenas as bases aéreas de Natal e do Recife sediaram os treinamentos. Já em 2018, última vez que o exercício foi realizado, apenas Natal foi a anfitriã. Este ano, o céu dos potiguares é mais uma vez utilizado para a capacitação.

A Base Aérea de Natal fica em um local estratégico, sendo permanentemente usada para treinamentos e operações da Aeronáutica. Fica localizada a poucos quilômetros do Centro de Lançamentos da Barreira do Inferno (CLBI), base da FAB para lançamentos de foguetes.

Treinamento multinacional com domínios cibernético e espacial

O CRUZEX é considerado o maior treinamento multinacional de guerra da América Latina. Liderado pela Força Aérea Brasileira, com a participação do Exército e da Marinha do Brasil. Para a edição deste ano, estão previstas mais de 1.500 horas de voos, com vários tipos de missões, incluindo ataques ao solo, superioridade aérea, escolta e também reabastecimento em voo.

Para o sucesso da missão, a FAB introduziu dois novos elementos em suas operações: os domínios cibernético e espacial. O primeiro contará com exercícios simulados que expandem o treinamento ao integrar operações cibernéticas e aéreas, testando a segurança de sistemas críticos que dão suporte às atividades aeroespaciais. O segundo incluirá simulações realistas de eventos relacionados ao espaço que influenciam diretamente a tomada de decisões e, consequentemente, o curso de um conflito.

Países participantes
Brasil, Argentina, Canadá, Chile, Colômbia, Equador, França, Alemanha, Itália, Paraguai, Peru, Portugal, África do Sul, Suécia, Uruguai e Estados Unidos.

Radar de controle de tráfego e defesa aérea é instalado em Caicó

O primeiro Grupo de Comunicação e Controle (1º GCC) realizou uma grande operação para realocar o radar de defesa aérea TPS-B34M, por meio de esquadrões. Anteriormente instalado na Base Aérea de Santa Maria, no Rio Grande do Sul — em apoio ao Sistema Brasileiro de Defesa Aeroespacial (SISDABRA) — o equipamento foi transportado para Caicó, na região Seridó potiguar, onde dará suporte ao CRUZEX 2024.

O objetivo da presença do radar em solo potiguar é aumentar a cobertura em áreas onde a detecção de tráfego em baixa altitude apresenta desafios significativos, garantindo um controle de tráfego aéreo seguro e ordenado durante o exercício.

A realocação do radar aconteceu no início de setembro, saindo de Santa Maria até Caicó. Cerca de 50 militares foram envolvidos na operação, que incluiu apoio terrestre e aéreo para o transporte de todos os equipamentos.

A manobra foi considerada complexa, envolvendo a expertise de vários especialistas, incluindo técnicos em radar e telecomunicações, especialistas em eletricidade e eletromecânica, especialistas em fornecimento e enlace de dados e profissionais de tecnologia da informação.

O TPS-B34M
O TPS-B34M é um radar de controle de tráfego aéreo amplamente utilizado pela Força Aérea Brasileira para missões de defesa aérea. Notável por sua capacidade de aprimoramento a detecção de aeronaves em rota a partir de seu local de instalação, uma de suas principais vantagens é sua portabilidade, permitindo a implantação em qualquer região do país.

Parnamirim e Assú também estão nas operações

Ainda durante o CRUZEX 2024, equipes do 1º Grupo de Comunicação e Controle (1º GCC) estarão distribuídas em seis cidades: Caicó, Parnamirim e Assú (RN), Recife e Santa Terezinha (PE) e Sousa (PB).

Em Caicó, Assú, Santa Terezinha e Sousa foram montadas infraestruturas de comunicação necessárias para dar suporte às operações, com frequências dedicadas de VHF e UHF. Em Recife, ficaram baseados controladores de voo e técnicos responsáveis pelo gerenciamento das operações.

Já Parnamirim, servirá como hub central para operações aéreas, onde aeronaves e pilotos ficarão estacionados. O 1º GCC fornece infraestrutura tecnológica para videoconferência em tempo real entre controladores em Recife e pilotos baseados em terra, em Parnamirim.

Caças em ação
Umas das missões do CRUZEX 2024 é simular cenários de conflito realistas, onde aeronaves de diferentes modelos, velocidades e tecnologias irão atuar de forma coordenada. Durante o exercício, tripulações de caças, aeronaves de transporte, asas rotativas e unidades de inteligência, vigilância e reconhecimento participarão de missões coordenadas, simulando operações aéreas de grande escala. Também haverá formações de Mission Commanders (MC), Líderes Táticos (LT) e Air Defense Package Leaders (ADPL).

Com a estreia do F-39E Gripen, esta será a primeira vez que a FAB terá as aeronaves de combate mais avançadas entre todos os participantes. Os F-39E brasileiros também estrearão em um exercício internacional, sendo acompanhados pelos F-5EM, A-1AM AMX, A-29 Super Tucano e A-4 Skyhawk, estes últimos da Marinha do Brasil.

Outro destaque aguardado é a presença de caças F-15 Eagle da United States Air Force. Não são aeronaves novas, porém já representam um salto em relação aos F-16 norte-americanos enviados nas edições anteriores. Os EUA também contarão com um dos seus novos reabastecedores KC-46 Pegasus, substitutos dos KC-135. O Chile trará um desses reabastecedores clássicos, junto com caças F-16.

Também estreantes serão os IA-63 Pampa da Argentina, os AT-27 Tucano do Paraguai e os KT-1 do Peru. O CRUZEX 2024 também será a oportunidade de jatos KC-390 Millenium de dois países, Brasil e Portugal, voarem juntos. Já a Colômbia retorna com seu KC-767 Jupiter, enquanto o Paraguai voará um CASA C-212 e a Argentina dará aos brasileiros a chance de rever um KC-130 Hercules em voo.

A FAB terá, ainda, aviões-radar E-99M, helicópteros H-36 Caracal e cargueiros C-105 Amazonas e C-99.

Investigações sobre queda de caça em Parnamirim continuam
Ainda não foram divulgadas informações finais sobre as investigações que apuram a queda de um caça modelo F-5M da Força Aérea Brasileira, acidente ocorrido no dia 22, em Parnamirim, na Grande Natal.

A aeronave participava de treinamentos antes de atuar efetivamente no CRUZEX 2024. O piloto conseguiu escapar ao se ejetar da cabine antes de a aeronave se chovar com o solo.

Segundo a FAB, o acidente é investigado pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa). O objetivo é identificar os possíveis fatores que contribuíram para a queda e evitar que novas ocorrências semelhantes aconteçam.


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DIA DE FINADOS: REFLEXÕES SOBRE MEMÓRIAS, LUTO, TRISTEZA E SAUDADE

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O Dia de Finados, celebrado em 2 de novembro, é uma data que provoca uma ampla gama de sentimentos e emoções nas pessoas. Para muitos, é um momento de lembrança, enquanto para outros, pode ser um dia carregado de tristeza e saudade. A psicóloga Mariana Simonetti nos ajuda a entender como essa data é vivenciada de maneiras tão diversas.

Mariana destaca que o comportamento e forma de lidar com a data é um processo comportamental singular para cada indivíduo. “As emoções que as pessoas apresentam nesse dia variam muito. Existem aqueles que veem o Dia de Finados como uma oportunidade para revisitar memórias queridas, um ‘dia da lembrança’. Para essas pessoas, lembrar dos entes falecidos pode trazer uma sensação reconfortante”, explica. No entanto, há quem sinta que essa lembrança está intrinsecamente ligada à dor da perda. “Para alguns, esse dia é triste e traz à tona sentimentos dolorosos, fazendo com que prefiram não se lembrar”, complementa.

A forma como o individuo lida com a perda também depende de fatores como o tempo decorrido desde a morte e a natureza do relacionamento com o falecido. “Como era e como é a relação da pessoa com esse ente querido falecido, como foi essa morte, são fatores importantes. Se foi uma morte repentina ou uma morte já mais preparada”, relata a psicóloga.

Coletivamente, o Dia de Finados já está enraizado na sociedade. “Essa data traz um reconhecimento social que faz com que muitos considerem que algumas pessoas podem estar mais reservadas ou reflexivas nesse dia”, afirma Simonetti. Assim, mesmo aqueles que não sentem uma conexão pessoal com a data acabam respeitando o espaço dos que estão em luto.

Mariana também aponta que essa data pode ser benéfica ao permitir que as pessoas entrem em contato com suas lembranças. “Quando se perde um ente querido, inicia-se um processo de luto que representa a quebra de um vínculo. Porém, esse vínculo nunca desaparece completamente, ele se transforma”, diz ela. O Dia de Finados pode ser uma oportunidade para ressignificar essa relação e relembrar os momentos vividos.

No contexto das perdas e da saudade, a psicóloga Mariana traz uma perspectiva valiosa sobre como datas significativas podem impactar o processo de luto. “ Pode ser uma data que realmente faça com que essa pessoa às vezes está meio que vivendo automático, e não está conseguindo pensar sobre isso”, explica Mariana. Segundo ela, muitas vezes as pessoas entram em contato com seus sentimentos mais profundos nessas ocasiões, buscando compreender comportamentos que se tornaram habituais na rotina diária, como uma tristeza persistente que não conseguem relacionar diretamente com a perda.

Mariana destaca que o tempo desempenha um papel crucial no processo de luto, variando de pessoa para pessoa. “Um luto mais recente para as pessoas que têm mais dificuldade de lidar com esse tema da morte pode ser muito mais doloroso do que um luto que já faz mais tempo”, observa. Contudo, ela ressalta que isso não significa que o sofrimento diminui com o passar do tempo; a intensidade da dor é única para cada indivíduo. “O tempo é muito relativo no processo de luto”, acrescenta.

A psicóloga enfatiza que não devemos pensar no luto como algo a ser superado, mas sim como um processo de ressignificação e adaptação. O reconhecimento dos sentimentos envolvidos é um passo fundamental nesse caminho: “Reconhecer que estou de luto, reconhecer a tristeza que isso pode trazer.”

Em resumo, o Dia de Finados possui múltiplas facetas: é um dia de celebração das memórias para alguns e um momento de reflexão sobre a dor da perda para outros. Respeitar essas diferenças é essencial para compreendermos como cada pessoa vivencia essa data tão significativa.

Centro de Referência em Luto
O Centro de Referência em Luto (CRLuto), localizado na UBS Candelária em Natal, é um serviço da Secretaria Municipal de Saúde que oferece suporte a pessoas que enfrentam a dor da perda por morte. Desde 2022, o centro atende indivíduos com fatores de risco para adoecimentos psíquicos e Transtorno de Luto Prolongado, funcionando das 8h às 12h, de segunda a sexta-feira.

O CRLuto reconhece o luto como um processo complexo, que envolve reações emocionais e físicas variadas. Com foco especial em perdas violentas, como homicídios e suicídios, o centro atua em parceria com o Núcleo de Apoio às Vítimas de Violência (NUAVV) do Ministério Público, priorizando a saúde mental dos enlutados. O serviço se destaca como uma referência no município, promovendo acolhimento e acompanhamento psicológico para ajudar os indivíduos a reconstruírem suas vidas após a perda.

Programação Religiosa nos Cemitérios
No Dia de Finados, 2 de novembro, os cemitérios públicos de Natal oferecerão uma programação religiosa diversificada para atender os visitantes que desejam prestar homenagens. No Cemitério do Alecrim, ocorrerão missas às 8h e 16h, uma atividade espírita às 10h e um culto adventista às 14h. Já no Cemitério do Bom Pastor I e II, as missas estão agendadas para as 10h e 16h, com cultos evangélicos nos intervalos.

No dia 2, o atendimento será exclusivo para sepultamentos, das 7h às 17h, com informações sobre túmulos disponíveis apenas a partir do dia 3. A administração pede que os visitantes sigam orientações de segurança e higiene para garantir um ambiente tranquilo durante as homenagens.

As celebrações religiosas visam atender diferentes credos, proporcionando um espaço para homenagens e reflexões. Confira a programação completa no nosso portal, acesse: diariodorn.com.br.


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A HISTÓRIA DE CARLOS FIALHO E SUA PAIXÃO PELA LEITURA QUE TRANSFORMA VIDAS

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Os livros têm o poder de conectar os leitores com universos, mundos e personagens, além de ser uma ferramenta para o aprendizado. Para alguns a paixão por livros ultrapassa barreiras de apenas lê-lo, como é o caso de Carlos Fialho, que sempre foi um leitor assíduo e hoje é escritor com várias obras publicadas, redator, editor e roteirista, dono de editora e também responsável por um projeto de incentivo à leitura. A jornada de Carlos começou como a de muitos apaixonados por livros: sendo um leitor voraz. Para Fialho, a leitura sempre foi mais do que um passatempo; foi a porta de entrada para um mundo repleto de possibilidades, onde a escrita se tornaria sua maior expressão.

“Eu comecei como leitor. A trajetória de todo mundo que decide trabalhar com livros começa pela paixão pela leitura”, reflete Fialho sobre seus primeiros passos no universo literário. Essa conexão profunda com os livros moldou sua vida adulta, levando-o a decidir que dedicaria sua carreira à leitura e à escrita.

Formado em Comunicação, Carlos rapidamente percebeu que a escrita não era apenas uma forma de se expressar, mas também uma ferramenta poderosa para impactar outras pessoas. Sua experiência na área publicitária foi fundamental para o desenvolvimento como escritor e editor. “Foi muito importante para mim ter me profissionalizado como publicitário, pois aprendi a gerir projetos que envolvem a participação de diversos profissionais e um livro a ser publicado é um projeto coletivo, assim como a atividade editorial como um todo”, explica ele.

Quando decidiu publicar seu primeiro livro, Fialho também resolveu juntar outros escritores para formar um coletivo de autores. “Nascia ali a Jovens Escribas”, conta ele. Com o tempo, esse coletivo evoluiu para a Escribas Editora. A partir daí, passaram a realizar eventos como a feira Livros no Parque, que incentiva a economia criativa do livro, e o projeto Ação Leitura, voltada ao estímulo da leitura em escolas.

A Escribas Editora participou de diversas feiras, congressos e palestras, promovendo lançamentos e mais tarde culminou na abertura da Palavraria Livros, uma livraria física em Natal. Ao longo de 20 anos, a editora publicou mais de 230 títulos.

Quando questionado sobre qual de suas obras era a mais marcante ou especial, o escritor respondeu: “Gosto muito da mais recente, ‘Não peça nudes, papai!’, já esgotou várias impressões. Ano que vem sai mais uma que estou escrevendo e gostando muito”.

Como todo bom leitor, Carlos também teve escritores que admirou e que acabaram o inspirando ao longo de sua trajetória. “Sempre gostei dos cronistas quando era mais novo. Hoje, leio muito mais romances. Luís Fernando Veríssimo e Antonio Prata foram grandes inspirações. Uma autora contemporânea que eu poderia citar seria Carla Madeira”, afirmou Fialho.

Livros na era da tecnologia
A tecnologia tem um papel ambivalente no mundo da leitura. Por um lado, oferece benefícios significativos, mas, por outro, apresenta desafios que podem prejudicar o hábito da leitura.

A internet revolucionou o acesso à literatura no Brasil. Até 2026, o mercado global de e-books deve crescer 28% em receitas e saltar dos US$ 18,1 bilhões de 2020 para os US$ 23,1 previstos, segundo estudo da BusinessWire.

Aplicativos de leitura como Kindle e Google Play Books tornaram a leitura digital prática e acessível. Redes sociais também desempenham um papel importante na promoção da leitura, com comunidades online que geram discussões e recomendações literárias.

Por outro lado, a mesma tecnologia que facilita o acesso à informação também traz desafios. De acordo com a pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, o país perdeu mais de 4,6 milhões de leitores nos últimos 4 anos. Esse número representa uma queda de 56% para 52% de leitores. A maior queda foi notada no grupo que possui ensino superior, passando de 82% em 2015 para 68% em 2019.

A prática de “skimming”, onde se lê rapidamente sem aprofundar na compreensão dos textos, muito comum nas redes sociais, pode prejudicar a capacidade crítica e analítica dos leitores.

Para o escritor Carlos Fialho, cada tecnologia impactará de uma maneira a leitura, o que pode ser positivo ou não: “Se for um suporte de leitura como o Kindle, ajuda sim a se ter um acesso mais facilitado a temas de interesse, mas o problema é que os estímulos de vídeos curtos como Tik-Tok, Shorts e Reels são irresistíveis e promovem uma degradação muito forte em crianças, jovens e adultos. O que tem de homens e mulheres crescidos que perderam a capacidade de refletir, raciocinar e opinar por conta própria por causa do vício em celulares é impressionante”.

Dia Nacional do Livro
Na última terça-feira, 29 de outubro, foi comemorado o Dia Nacional do Livro, uma data significativa para a literatura brasileira, celebrada em homenagem à fundação da Biblioteca Nacional em 1810. Esta instituição recebeu um extenso acervo da Real Biblioteca Portuguesa, marcando o início de uma rica tradição literária no Brasil.

Atualmente, a Biblioteca Nacional do Brasil, localizada no Rio de Janeiro, se destaca como a maior da América Latina e está entre as dez maiores do mundo, segundo a UNESCO. Com um acervo que ultrapassa 9 milhões de itens, ela não apenas abriga livros raros e manuscritos históricos, mas também desempenha um papel vital na pesquisa e na promoção cultural.

A celebração deste dia visa não apenas honrar a literatura nacional, mas também incentivar o hábito da leitura entre os brasileiros. Em um mundo cada vez mais digital, o Dia Nacional do Livro serve como um lembrete da importância dos livros físicos e digitais na formação de cidadãos críticos e conscientes.


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PADRE DALMÁRIO: “EXORCISMO É AÇÃO DO PRÓPRIO CRISTO; EXORCIZAR É LIBERTAR”

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Neste mês de outubro, Natal teve um quarto padre autorizado a realizar exorcismos e o tema surgiu nos noticiários da capital. O ato, que agora poderá ser celebrado pelo padre Dalmário Barbalho de Melo pelo próximo período de um ano, após decreto publicado no último dia 18 pelo Arcebispo Metropolitano, Dom João Santos Cardoso, é, muitas vezes, tratado com preconceito, pois, no imaginário de muitas pessoas, está permeado por mitos e crenças que não correspondem à realidade. Em entrevista à equipe do Diário do RN, o padre Dalmário explicou o ritual, as indicações e o trabalho de estudo e acolhimento necessários.

De acordo com o sacerdote, o exorcismo é um ato de Jesus para libertação. “O exorcismo é ação do próprio Cristo, que veio ao mundo como filho de Deus justamente para nos redimir do pecado, nos salvar – como filhos amados do Pai – e nos libertar daquele que nos aprisionou no seu reino das trevas, e, consequentemente, naquilo que ele gera, que é a maldade. Então, o ato de exorcizar é libertar um filho que Deus tanto ama de todas as insídias, de tudo aquilo que é o domínio do demônio e suas obras”, explicou.

“Cristo continua a libertar o homem de maneira integral para integrá-lo, seja na comunhão com Deus, seja na comunhão com o próximo. Essa é a finalidade do exorcismo. O que sustenta o exorcismo é o mistério da encarnação, que é a fé maior do cristianismo católico. Um Deus que se fez homem para libertar integralmente o homem”, completou o padre Dalmário.

Ele destacou que, na arquidiocese de Natal, há apenas um exorcista, que é o Arcebispo Dom João Santos Cardoso, e este delega sacerdotes que possam, em nome dele, identificar casos de exorcismo e celebrar o ritual. “Para esse discernimento, a igreja, ao longo de dois mil anos, com sua sabedoria, nos indica elementos. Tem os sinais, de fato, concretos, que nos levam ao discernimento de que ali há uma possessão ou obsessão demoníaca”, ressaltou.

Ainda segundo o padre, podem ser sinais de possessão ou obsessão demoníaca aspectos como: mudança da voz; falar idioma que nunca estudou; blasfemar ao nome de Deus, de Jesus e às imagens sacras, além de manifestar uma força que não é comum à pessoa.

No entanto, ele frisa que essas são “ações extraordinárias do demônio”, as quais diz serem extremamente raras. “Isso é raríssimo de acontecer. A maioria dos casos, na verdade, são distúrbios psíquicos.

Para estar apto a realizar as celebrações de exorcismo, o sacerdote precisa se submeter a um curso de preparação intensivo e rigoroso. De acordo com o padre Dalmário, são estudos com conteúdo voltados para temas como antropologia e psiquiatria. “Primeiro, a gente estuda toda a realidade antropológica, psíquica, toda a realidade dos fenômenos decorrentes de patologias psíquicas, muitos deles que se parecem com possessão ou obsessão, e ali, de fato, não está o demônio. O padre exorcista é um perito nesse grau de escuta responsável para chegar ao discernimento de se ali realmente há um fenômeno sobrenatural ou há, de fato, um fenômeno que é consequência de uma patologia psíquica; depois, todo o sustento daquilo que é revelação divina”, afirmou.

“Como foi que Deus revelou a ação do demônio? Através de sua palavra. Então, é um estudo rigoroso, tanto do antigo quanto do novo testamento, e daquilo que é o magistério, sustentado pela tradição da igreja. Então, é toda uma parte doutrinal que vem depois dessa realidade antropológica, psíquica. Como o demônio se manifestou no antigo testamento, no novo testamento, como Jesus destruiu as obras dele e como a igreja, ao longo de dois mil anos, viu, analisou, até os nossos dias, através da tradição e do magistério”, finalizou o padre.

Para o sacerdote, é importante destacar que o papel do padre exorcista vai além do exorcismo e que há um trabalho de acolhimento a pessoas que procurem a igreja para o ritual e que não precisem dele, mas sim de serem confortadas e aconselhadas, e que, por isso, é necessário haver uma equipe na igreja para dar suporte a esse trabalho.

“Onde existe um padre que exorciza, ali está o cuidado da igreja diante da condição humana ferida, seja pelo pecado, seja pelas ações do demônio. Então, mais do que o ritual do exorcismo, o padre exorcista está para acolher, escutar, consolar, confortar, devolver esperança. A igreja acolhe e encaminha, seja para um psicólogo, seja para um psiquiatra para ajudar aquela pessoa que é um filho ou uma filha de Deus que precisa de ajuda, principalmente em nossos tempos, com tantos problemas de depressão, de ansiedade, de síndrome do pânico. São pessoas que precisam da ajuda da igreja em suas vidas”, disse.

“Onde há o sofrimento humano, a igreja está ali como resposta de Deus para aquele sofrimento. Isso é o mais importante, porque a ação extraordinária do demônio é algo muito raro de acontecer e, podemos dizer, muito mais fácil de identificar do que os outros males, que são mais sorrateiros, bem mais comuns, e, às vezes, só precisam de uma boa confissão e participação efetiva na fé da igreja”, ressaltou o padre.


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DIREÇÃO DO HOSPITAL INFANTIL VARELA SANTIAGO COBRA DO GOVERNO DO RN PAGAMENTOS EM ATRASO

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O Hospital Infantil Varela Santiago, instituição que realiza cerca de 15 mil procedimentos mensais para crianças e adolescentes de 0 a 14 anos, atendendo exclusivamente pelo SUS, enfrenta sérias dificuldades devido a um grave atraso nos repasses do convênio com a Secretaria de Saúde do Estado (SESAP).

“A continuidade dos atendimentos no Varela Santiago depende desses repasses. O atraso das parcelas compromete não apenas a nossa estabilidade financeira, mas também o acesso das crianças e adolescentes do nosso estado a cuidados essenciais e de qualidade. Estamos falando de vidas, de um trabalho que é feito diariamente com muita dedicação. Precisamos que o compromisso assumido seja cumprido para que possamos manter esse serviço tão fundamental para a nossa população”, destaca o Dr. Paulo Xavier Trindade, diretor superintendente do Hospital Infantil Varela Santiago.

O convênio, estabelecido no valor de R$ 2,5 milhões, foi dividido em oito parcelas de R$ 312.500,00, referentes ao ano de 2023. No entanto, até o momento, apenas três parcelas foram efetivamente pagas, restando cinco em aberto, o que corresponde a um valor pendente de R$ 1.562.500,00.

Desde junho deste ano, o Varela Santiago solicita o repasse das parcelas devidas e tem buscado incessantemente uma resposta do governo estadual, mas sem sucesso. Mesmo diante dessas dificuldades, o hospital continua prestando serviços essenciais à população. Como exemplo de seu compromisso, desde a última sexta-feira (25), o Varela Santiago realiza exames de tomografia para pacientes do Hospital Walfredo Gurgel, que teve seu tomógrafo quebrado.

A situação evidencia uma grave falta de compromisso por parte do governo do Estado, que compromete não só a estabilidade financeira do Hospital Infantil Varela Santiago, mas também o atendimento a milhares de crianças e adolescentes potiguares.


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RN DÁ ADEUS A FLORIANO BEZERRA, LÍDER SINDICAL E ATIVO DEFENSOR DA DEMOCRACIA O “DEPUTADO CABELEIRA”

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Floriano Bezerra de Araújo, ex-líder sindical, três vezes deputado estadual do Rio Grande do Norte, cassado, preso político nove vezes, torturado nos porões da ditadura militar, morreu aos 96 anos. Na madrugada do último sábado (26), com insuficiência respiratória, não resistiu e partiu.

Foram 15 dias internado no hospital Rio Grande, em Natal.

“Floriano foi um líder sindical e político que dedicou sua vida à defesa dos direitos dos trabalhadores e à justiça social. O Poder Legislativo, em nome dos 24 deputados estaduais, do presidente Ezequiel Ferreira se solidariza com os familiares e amigos pelo momento de dor e luto.

Descanse em paz, Floriano Bezerra”, manifestou-se a Assembleia Legislativa do RN, em nota.
Na Coleção Memória das Lutas Populares no RN, o advogado Renan Ribeiro de Araújo, um dos filhos de Floriano, conta um pouco da trajetória do pai. Ele relata:
Floriano Bezerra de Araújo nasceu no mundo rural do Vale do Açu, cresceu em sítios e fazendas das terras de Carapebas/Afonso Bezerra e do município de Macau. Foi camponês, caçador, vaqueiro, pescador, peixeiro, bagrinho de caiação de navios, camelô de guloseimas, pequeno comerciante e vendedor de jogo do bicho. Também foi trabalhador do balaio nas salinas, burocrata na indústria salineira e servidor da Previdência Social no Rio de Janeiro. De volta ao solo potiguar, tornou-se presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Extração do Sal de Macau. Respeitado e admirado pelos trabalhadores urbanos, não se acomodou e fundou os primeiros sindicatos de trabalhadores rurais e as Ligas Camponesas no Estado do RN, participando com bravura ativista do organizado movimento camponês do Nordeste brasileiro.

Deputado estadual em três legislaturas, com o epíteto de ‘deputado cabeleira’, Floriano foi pulmão do povo, das massas trabalhistas.

Dirigente sindical respeitado no Brasil sob a égide da Constituição Federal de 1946, participou dos grandes congressos dos trabalhadores brasileiros em Recife e no Rio de Janeiro, centro das decisões políticas da República. Ficou conhecido e admirado por Samuel Wainer e Odylo Costa – editores dos jornais cariocas “Última Hora” e “O Semanário”, respectivamente. Em 1954, nas Rocas, Natal, como orador do movimento sindical do RN, presente grande multidão, em discurso veemente, Floriano recebeu o Ministro do Trabalho, Dr. João Goulart, vindo de Belém do Pará.

Com pujança moral e política, em três oportunidades, Floriano pediu audiência e foi recebido em despacho pelo Dr. João Goulart, o Jango, já Presidente da República do Brasil. Em 1964 foi cassado político por 18 anos. Esteve preso no IV Exército em Recife (PE), na DI-7 em Natal; na Ilha de Fernando de Noronha, no Regimento de Obuses em Santos Reis, Natal e na 2ª Companhia de Polícia de Macau. A ditadura civil-militar o prendeu 9 vezes. Numa delas, 84 homens em 11 viaturas do Exército Brasileiro foram prendê-lo em Macau e o encarceraram no Regimento de Obuses em Santos Reis, Natal.

Protagonista de todas essas lutas, exilado em Macau, Floriano Bezerra foi autodidata até 1971, quando fez “ginásio madureza” e técnico em contabilidade.

Fato é que hoje, mais do que nunca, os brasileiros e brasileiras clamam por mais democracia e direitos sociais, políticos, econômicos e culturais, o que prova que a luta de Floriano segue vivíssima e altamente necessária na atualidade.

“O farol da liberdade”
“Falar de Floriano para mim é falar de um pai exemplar, um bom esposo, um amigo fiel, um lutador incansável em defesa dos fracos e oprimidos, dos menos favorecidos. Floriano sempre em sua vida defendeu os mais fracos, com a sua bravura. Com a sua espada simbólica a enfrentar os poderosos em conquista de direitos sociais de uma cidade justa para um povo justo, para assistir a um povo justo e igualitário. Floriano, essa semente que ficou plantada para que as novas gerações possam lutar bravamente como ele, por essa sociedade justa e igualitária, onde todos têm o direito à educação, à saúde, à habitação, ao lazer, a uma vida digna. Este é o comandante Floriano Bezerra de Araújo, o timoneiro que levou esse trem da liberdade para em luta dos mais jovens trabalhadores das salinas de Macau, da juventude e todos que o cercavam. Floriano era um homem simples, mas muito firme nas suas convicções. Floriano não morreu. Floriano vive.

Floriano é o farol da liberdade”, escreveu Rosenberg Ribeiro de Araújo, também filho de Floriano.

“Conselheiro, generoso, combativo, idealista, atencioso e abnegado”

Sobrinho de Floriano, o professor Wasghinton Araújo, que mora em Brasília, também prestou sua homenagem. Aos parentes e amigos, ele enviou um vídeo, repleto de imagens de momentos em família. Parte da mensagem, segue reproduzida abaixo:
“Tio Floriano parte desse mundo e leva consigo seu mais precioso bem: a sua integridade. Quem o conheceu haverá de sempre reconhecer nos semelhantes muitos de seus traços marcantes e sua personalidade altiva e luminosa. Resoluto, ele era decidido em tudo o que fazia. Era guiado por uma bússola moral e ética inigualável e que nunca o deixava na mão. É muito comum que as pessoas aproveitem o triste momento da partida desse mundo para exaltar qualidades do novo viajante. Mas, no caso de Floriano Bezerra de Araújo, essa tarefa é muito simples e tão natural quanto o ato de respirar, de andar, de pensar, de sonhar. Ele foi um monumento entre nós.

Inspirou em sua tão produtiva vida todos da sua família. E mais, inspirou também várias gerações de macauenses libertários.

Na esfera familiar, personificou o Floriano conselheiro. Na esfera da cidadania, foi o Floriano dos desertados da terra”. Na esfera humana, foi o Floriano generoso, abnegado, aquele a quem todos recorreriam em momentos de dificuldades. Para meu saudoso avô, o prefeito de Macau, Venâncio Zacarias de Araújo, ele foi o filho combativo, o filho idealista. Para meu pai, Adonias, foi o irmão atencioso, profundamente amigo. Para minha avó, Dona Querubina, foi o filho de sua mãe. Para Quinquinha, foi o grande amor de sua vida. Para seus filhos, foi e para sempre será o ideal humano a ser seguido, o ídolo maior. Memória de dias felizes junto a um pai sempre amoroso e sempre prestativo. Para os netos e netas foi o avô referência, o avô exemplar, o avô que personificava a autoridade e a bondade. Para os bisnetos e bisnetas, ficará o Floriano da memória, igual personagem saído dos livros de ação”.

“Um líder protagonista”
Professor e historiador, João Maria Fraga conhecia bem a trajetória e o que Floriano representou para as causas do trabalhador potiguar. “Falar de Floriano é fazer referência a um tema muito interessante e necessário de ser compreendido, que é a insalubridade e a precariedade do trabalho realizado nas salinas tradicionais não mecanizadas. Estabelecer uma relação entre essas condições sub-humanas e o protagonismo de centenas de trabalhadores que organizadamente passaram a estabelecer uma pauta de reivindicação e, através da sua organização, por meio de um sindicato, lutar pelos seus direitos que eram negados. É exatamente nesse contexto que nasce a liderança e o protagonismo de Floriano Bezerra de Araújo”, destacou.

Ainda de acordo com o professor, “esses trabalhadores eram, sobretudo, oriundos da região periférica da cidade de Macau e das cidades vizinhas, como a Assú, Pendências, Pedro Avelino, etc. Eram, em geral, agricultores decorrentes da seca que encontravam nas Salinas uma forma de garantir o seu sustento e o da sua família. Tudo isso colaborou, decisivamente, para a existência de inúmeros trabalhadores que se submetiam a essas condições precárias de trabalho. Esses trabalhadores começavam desde cedo e, geralmente, acompanhavam o ofício que já era realizado pelos seus pais. Desde a adolescência, eles, se inseriam nesse trabalho insalubre e desumano e começava a trabalhar com 14, 15, 16 anos, carregando balaios carregados de sal. Essas condições precárias culminaram com a criação de um sindicato, e uma das denúncias realizadas pelo sindicato era exatamente essa exploração desumana do trabalho de crianças e adolescentes nas salinas”, explicou.

“São inúmeros relatos de trabalhadores que se inseriram no mundo do trabalho, ainda na infância e adolescência. Esses depoimentos, inclusive, narrados em vários livros, como, por exemplo, o livro “Tecedores de Sonhos ao Luar”, que é exatamente o título do livro que foi escrito por mim, pela professora Maria da Conceição Fraga e Fábio Pereira. Na realidade, o livro tem relatos de salineiros como Francisco Barbalho, conhecido por Tichico, e ou então um ex-fiscal do sindicato, o ex-vereador de Macau, Antônio Chagas, que relata exatamente essa exploração de adolescentes no trabalho das salinas, e também, o árduo trabalho que era realizado por essas pessoas na extração do sal”, relembrou João Maria Fraga.

“E por que eu estou descrevendo esse cenário de extrema precariedade no trabalho? Porque esse cenário é o cenário que vai produzir exatamente a liderança de homens como Venâncio Zacarias, pai de Floriano, que é quem vai dar início à organização dos trabalhadores, em associação, e posteriormente transformar a associação em um sindicato. Sindicato esse que foi dirigido por Venâncio e que posteriormente foi dirigido por Floriano”, acrescentou.

“Floriano ainda teve uma importante participação na luta pela anistia, na luta por uma Assembleia Nacional Constituinte, por eleições diretas e por uma Constituição no Brasil. Floriano participou durante o processo de redemocratização da abertura política ativamente na construção do PDT. Ele, inclusive, foi um dos fundadores do PDT, junto com Leonel Brizola, aqui no Rio Grande do Norte. Depois também teve militância no Partido dos Trabalhadores”, concluiu o historiador.


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TV PONTA NEGRA É A NOVA CASA DE SALATIEL DE SOUZA

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A TV Ponta Negra confirmou, na tarde desta quinta-feira, a contratação do comunicador Salatiel de Souza. A estreia já tem dia e hora marcada: será no dia 11 de novembro no comando do Patrulha da Cidade.

Essa é a 2ª vez que o apresentador vai estar à frente de um programa da emissora e a expectativa é de que o seu talento e popularidade possam consolidar ainda mais a audiência, já que a TV Ponta Negra é afiliada do SBT com os melhores números de audiência de todo o Brasil.

O Patrulha da Cidade vai ao ar de segunda a sexta-feira, das 11h 45 às 13h 15, e é um dos programas de maior audiência da TV Potiguar. Com a chegada de Salatiel, fala-se também em uma transformação do perfil, hoje prioritariamente policial, para um formato mais próximo da comunidade e das demandas do cotidiano da população.

TRAJETÓRIA
Foi no rádio que Salatiel de Souza teve as primeiras oportunidades como locutor e repórter. Ao longo de mais de três décadas passou pelas rádios Cabugi, Poti, Novos Tempos (em Ceará-Mirim), 98 FM, CBN Natal e Mix FM.

A trajetória na TV começou em 1997, com o convite do diretor de jornalismo da extinta TV Potengi, Max Fonseca. No quadro Linha Dura, Salatiel fazia comentários, denúncias e reclamações dentro do programa Acontecimentos. De lá seguiu para outras emissoras, com passagens pela TV Tropical e a própria TV Ponta Negra onde de 2010 a 2011 esteve à frente de programas como o Patrulha Policial e o extinto 60 Minutos.


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NOVO MEMORIAL DO LEGISLATIVO DA ALRN ESTÁ EM FASE FINAL DAS OBRAS

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As obras do novo Memorial do Legislativo, que será localizado na Rua Câmara Cascudo, no Centro de Natal, estão em fase final, tendo a previsão de inauguração para o próximo dia 10 de dezembro. O imóvel que abrigará o equipamento data de 1930 e terá um acervo sobre a história da democracia e da política no Rio Grande do Norte.

A casa histórica serviu como residência do ex-senador e ex-governador Tavares de Lyra e foi doado à Arquidiocese de Natal. Agora, sob a posse da Assembleia Legislativa, o local receberá o extenso acervo do Memorial do Legislativo Potiguar. A estrutura contará com projeções da Natal do início do século XX, imagens históricas e equipamentos que retratam a história da política e da democracia no Estado.

O Memorial terá murais com personalidades da política potiguar, como o ex-presidente Café Filho e Alzira Soriano, primeira mulher eleita prefeita na América Latina. Além disso, o espaço terá uma área dedicada à evolução do voto no Brasil, destacando o pioneirismo do RN no voto feminino e a presença de mulheres em cargos de liderança no estado. A história de Tavares de Lyra, que além de senador e governador também foi ministro da República e ministro do Tribunal de Contas da União, será contada logo na recepção.

Em visita ao local, nesta quinta-feira (24), o diretor-geral da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte (ALRN), Augusto Viveiros, celebrou a importância do novo espaço. “O Memorial recompõe a história de Tavares de Lyra, colocando-o no devido lugar de merecimento. Este será um equipamento único para o nosso estado, fortalecendo a cultura jurídica, política e literária do RN”, afirmou.

Também durante visitação, o presidente da Casa Legislativa, Ezequiel Ferreira de Souza, destacou a relevância de preservar a história do estado.

“É uma satisfação muito grande poder visitar hoje essa obra, que resgata a nossa história. Todos nós temos que valorizar o nosso passado, mostrando o presente e projetando o futuro”, declarou.

O parlamentar também frisou a importância do projeto para o fortalecimento cultural e político do Estado. “Se Deus quiser, no dia 10 de dezembro estaremos inaugurando este espaço e, mais do que isso, resgatando a belíssima memória do nosso Estado e da nossa Casa Legislativa”, disse.


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MORTES NO TRÂNSITO E POR HOMICÍDIO TÊM QUEDAS SEMELHANTES EM NATAL

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As mortes ocorridas no trânsito e as mortes em decorrência de homicídios dolosos registraram reduções semelhantes na capital potiguar nos últimos cinco anos. Em Natal, um total de 244 pessoas perderam a vida no trânsito, com uma queda de 28,57% no período. Já as mortes por homicídio, um total de 905 ocorrências registradas na cidade, tiveram diminuição de 28,09% entre 2019 e 2023. Os dados são do Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública (SINESP), do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP).

Estado
Em todo o Rio Grande do Norte, ainda de acordo com o SINESP, a redução no total de mortes no trânsito foi bem inferior: 9,73% no período, contra uma queda de 23,93% para os casos de homicídios dolosos ocorridos em território potiguar. Em números absolutos, as mortes por trânsito vitimaram 2.495 pessoas entre 2019 e 2023 em todo o estado. Já os homicídios dolosos (que acontece quando se tem a intenção de matar), somaram 5.155 casos nos últimos cinco anos no RN.

Números

Mortes no trânsito no RN

  • 2019 a 2023: 2.495
  • Variação: – 9,73%

Mortes no trânsito em Natal

  • 2019 a 2023: 244
  • Variação: – 28,57%

Homicídio doloso no RN

  • 2019 a 2023: 5.155
  • Variação: – 23,93%

Homicídio doloso em Natal

  • 2019 a 2023: 905
  • Variação: – 28,09%

Em 14 estados, o trânsito mata mais que as armas de fogo

Em 14 estados do Brasil os sinistros de trânsito mataram mais do que homicídios por armas de fogo. É o que aponta estudo nacional mais recente, que traz à tona dados de 2012 a 2022. Os dados foram analisados pela Associação Brasileira de Medicina do Tráfego do RS (ABRAMET/RS), com base nas informações do Atlas da Violência 2024, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA).

São Paulo continua liderando as estatísticas. Em 2022, foram 5.049 mortes no trânsito contra 1.760 homicídios. Minas Gerais aparece em segundo lugar, com 3.150 mortes no trânsito e 1.767 homicídios, respectivamente. Em seguida aparece o Paraná, onde houve o registro no mesmo período de 2.736 óbitos por sinistros no trânsito contra 1.858 homicídios. O Rio Grande do Sul aparece em quarto lugar neste ranking. No estado, 1.806 pessoas morreram no trânsito e 1.477 perderam a vida por armas de fogo. E, em quinto lugar, Goiás, com 1.716 mortes no asfalto frente a 1.082 homicídios.

Os 14 estados onde o trânsito matou mais que as armas de fogo em 2022 são: São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, Goiás, Santa Catarina, Maranhão, Mato Grosso, Piauí, Mato Grosso do Sul, Tocantins, Rondônia, Distrito Federal e Roraima.

Municípios
A comparação entre mortes no trânsito e por armas de fogo em municípios brasileiros em 2022, revela um dado intrigante: em 38,30% deles, as mortes no trânsito superam as causadas por armas de fogo. É o caso de algumas capitais como Goiânia, São Paulo e Boa Vista. Em diversos casos, como o de Cuiabá e Florianópolis, a quantidade de mortes no trânsito é, respectivamente, 110,89% e 44,06% maior do que por armas de fogo.

Mortes no trânsito no Brasil
A violência no trânsito é um problema crônico no Brasil, com mais de 380 mil vidas perdidas entre 2011 e 2020. A frequência com que esses óbitos ocorrem é preocupante: a cada 12 minutos uma pessoa morre em um sinistro de trânsito no país, o que se traduz em uma média de 5 mortes por hora.

Os dados foram divulgados no relatório anual do Observatório Nacional de Segurança Viária, instituição social sem fins lucrativos, dedicada a desenvolver ações que contribuam efetivamente para a redução dos elevados índices de vítimas no trânsito brasileiro.

Ainda de acordo com o Observatório, os dados consolidam o Brasil como um dos países com as maiores taxas de mortalidade no trânsito do continente. Essa alta taxa de mortalidade, no entanto, não se distribui de forma homogênea pelo território nacional. Os resultados revelam disparidades nas taxas de mortalidade por sinistros de trânsito entre as diferentes porções do território nacional. O Centro-Oeste alcançou o maior índice (23,44 por 100 mil habitantes), quase o dobro do registrado no Sudeste (12,78). As demais regiões se situam entre esses extremos: Norte (20,10), Sul (19,86) e Nordeste (18,91).

Os números mostram ainda uma clara desigualdade nas taxas de mortalidade por sinistros de trânsito entre as diferentes regiões no período de 2009 a 2022. O Norte (17,20%) e o Nordeste (4,88%) apresentaram os maiores aumentos, enquanto o Sudeste (-27,55%) e o Sul (-21,81%) registraram as maiores reduções. O Centro-Oeste, por sua vez, apresentou um decréscimo de 17,98% no período, com destaque para o menor número de mortes em 2019, quando a taxa atingiu 20,70.

Vítimas do trânsito custam R$ 132 bilhões por ano
Em média, o Brasil gasta R$ 156 bilhões por ano com vítimas do trânsito. Em 2022, o país registrou 34.892 mil óbitos por sinistros no trânsito e 33.580 mil mortes de homicídios por arma de fogo. Houve queda tanto das mortes no trânsito quanto por arma de fogo no comparativo com 2012, quando 46.681 pessoas foram vitimadas no trânsito e outras 40.648 mil por arma de fogo.

Mortes por armas de fogo
A violência armada no Brasil segue sendo um grave problema de saúde e segurança pública. Em 2022, o país registrou 33.227 homicídios por armas de fogo, o que corresponde a uma taxa média de 13,56 mortes por cada grupo de 100 mil habitantes. Essa realidade é especialmente preocupante nas regiões Norte e Nordeste.

Analisando os municípios com mais de 500 mil habitantes e as capitais, observa-se que Bahia e Espírito Santo concentram o maior número de cidades com taxas de homicídios por arma de fogo superiores à média nacional. A análise regional revela diferenças importantes nos índices de homicídio por arma de fogo no Brasil. O Norte, com um aumento de 26,11%, apresentou a maior variação no período analisado, seguido do Nordeste (aumento de 17,35%). Em contrapartida, as regiões Sudeste, Centro Oeste e Sul registraram reduções de 44,34%, 33,56% e 29,59%, respectivamente, nos últimos 14 anos.

RN é o segundo estado do Brasil e o primeiro do Nordeste com maior redução da violência

O Rio Grande do Norte foi o segundo estado do país e o primeiro do Nordeste que mais reduziu a violência entre os anos de 2022 e 2023. Este é o dado mais recente do estudo feito pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, publicado em julho deste ano no 18º Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2024.

Segundo o anuário, o RN conseguiu reduzir em 13,9% a taxa de mortalidade, ficando atrás apenas de Rondônia, que atingiu uma redução de -14,2. O Paraná foi o terceiro, com queda de -12,8%.

Em números absolutos, 1.212 pessoas foram vítimas de mortes violentas intencionais (MVI) em território potiguar no ano de 2022, contra 1.043 mortes registradas ao longo do ano passado, ou seja, 169 vítimas a menos (-13,9%).

O MVI inclui todo os casos de homicídio doloso, feminicídio, morte em decorrência de confronto com agentes de segurança pública, latrocínio e lesão corporal seguida de morte.


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TECNOLOGIA A SERVIÇO DA PRESERVAÇÃO DA CAATINGA

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Chamou a atenção da mídia nacional, no início desta semana, um foguete paraibano que vem ajudando a recuperar áreas desmatadas da Caatinga, o único bioma exclusivamente brasileiro.

Marcada pela ocorrência do clima Semiárido, quente e seco, e também por espécies endêmicas altamente adaptadas à seca, esse tipo de vegetação vem desaparecendo. Uma das causas é a extração desenfreada de madeira, comumente utilizada para alimentar fornalhas à lenha. É aí que entra em cena a invenção, desenvolvido na Universidade Federal da Paraíba (UFPB).

Lançado pelos ares, o artefato leva junto milhares de sementes, de forma a ajudar no replantio da área devastada pela ação humana. O foguete é fabricado com garrafas PET, fibra de vidro e impressão 3D. O lançamento é feito pela pressão do ar e água dentro das garrafas. O projeto foi desenvolvido pelo físico Renan Aversar, durante o doutorado. Para avaliar o potencial de reflorestamento, os testes estão sendo feitos no município onde menos chove no Brasil, em Cabaceiras, na região do Cariri da Paraíba.

Apesar da criatividade e de sua importância, a utilização de foguetes como apoio ao reflorestamento não chega a ser novidade. Em 2016, por exemplo, algo semelhante foi criado por estudantes no interior baiano. À época, a ideia foi homenagear o Dia Mundial do Meio Ambiente.

Assim, alunos da Escola Estadual Maria José de Lima Silveira, no município de Sobradinho, encontraram uma forma sustentável e lúdica para recompor a Caatinga, e criaram um foguete conhecido como Veículo Lançador de Sementes (VLSS). Feito com materiais recicláveis, como garrafas pet e papelão, o foguete baiano também dispersava sementes pelo ar.

Dessalinizador potiguar
Enquanto os paraibanos e baianos investem na fabricação de foguetes que cortam os céus espalhando sementes, no Rio Grande do Norte a tecnologia que ajuda na recuperação e preservação da Caatinga vem do Sol. Em janeiro, um grupo de três pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) desenvolveu um dessalinizador solar modular projetado especificamente para atender às condições operacionais do semiárido brasileiro, beneficiando, sobretudo, a população que vive no Nordeste e no norte de Minas Gerais.

O equipamento teve seu depósito de pedido de patente realizado na primeira semana de 2024, sob a denominação Dessalinizador solar modular. O método de dessalinização assemelha-se aos processos naturais, como a vaporização da água do oceano e a formação de nuvens, mas em uma escala reduzida. Quando a luz solar atinge a bacia contendo água salina, esta aquece e evapora livre dos sais. O vapor de água condensa na tampa transparente do dessalinizador, retornando ao estado líquido.

Um dos pesquisadores explica que o equipamento opera aproveitando exclusivamente o calor solar para retirar os sais da água por meio de destilação. Wildson Leite ressalta que todo o desenvolvimento do dessalinizador solar modular foi pautado pelo baixo custo de construção, manutenção e operação, além da máxima eficiência, segurança química da água produzida e respeito ao meio ambiente.

Da Caatinga para o mercado

Pesquisadores da UFRN desenvolveram formulação farmacêutica e cosmética inovadora, na forma de hidrogel – Foto: Reprodução

Outro exemplo do uso da tecnologia como forma de auxiliar na preservação do bioma, também vem de pesquisadores da UFRN. Trata-se de uma formulação farmacêutica e cosmética inovadora, na forma de hidrogel, cuja patente foi solicitada em 2022. A invenção contém como ativo um insumo vegetal obtido das cascas do caule de Commiphora leptophloeos, conhecida popularmente como imburana, uma espécie nativa da Caatinga e do Cerrado. Para ter a substância, é preciso preservar a planta.

Renato Dantas de Medeiros, autor da tese de doutorado que resultou na nova tecnologia, tendo participado da obtenção e desenvolvimento do insumo, desenvolvimento e caracterização da formulação e avaliação da atividade antifúngica, fala que o uso de plantas para o tratamento tópico de doenças vaginais, como a candidíase, e de distúrbios da pele se mostra altamente promissor, visto que apresentam potente efeito terapêutico, menos efeitos adversos e independência na produção da matéria-prima em território brasileiro, desde o cultivo até o produto que será comercializado.

Outra descoberta científica, que de certa maneira ajuda indiretamente na preservação de plantas típicas da Caatinga, também foi realizada por um grupo de pesquisa de farmacêuticos da UFRN. O resultado, alcançado há dois anos, está na elaboração de um produto com aplicações farmacêuticas, odontológicas, veterinárias e cosméticas devido às suas propriedades hidratante, antibacteriana, antiparasitária, antioxidante e antifúngica. Estamos falando de óleo extraído de uma palmeira nativa e abundante na Caatinga, que pode ser encontrada nos estados da Bahia, Pernambuco, Alagoas e Sergipe.

Bioma ameaçado
A caatinga cobre mais de 90% do território potiguar. É um bioma extremamente frágil e ameaçado pela desertificação. Segundo a Plataforma Intergovernamental de Políticas Científicas sobre Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos (IPBES), mais de 2,7 bilhões de pessoas em todo o mundo são afetadas pela desertificação, e o Nordeste brasileiro é uma das regiões mais vulneráveis. Um relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), divulgado em agosto de 2023, estima que metade da Caatinga está em processo de degradação, com o problema se agravando em áreas como o Seridó, que abrange boa parte do sertão do RN e da Paraíba.

Ao mesmo tempo em que derrubada da vegetação alimenta uma das atividades mais importantes para a economia de vários municípios no interior do estado, a devastação de extensas áreas de vegetação também causa danos irreparáveis para Caatinga. Hoje, a exploração de madeira é feita praticamente sem controle algum, transformando a Caatinga em lenha para a indústria e fábricas de telhas e tijolos no sertão.


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OUTUBRO ROSA: LIGA INTENSIFICA AÇÕES PARA PREVENÇÃO DO CÂNCER DE MAMA

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A detecção precoce do câncer é um fator determinante para o sucesso do tratamento e a melhoria da qualidade de vida dos pacientes, porém a luta contra o câncer é um desafio não apenas físico, mas também emocional e financeiro. Para muitos pacientes, a dificuldade em encontrar apoio gratuito e acessível pode agravar ainda mais a situação.

Segundo dados do estudo realizado em 2022 pela Fiocruz (CEE) e pelo Movimento Todos Juntos Contra o Câncer, nos últimos quatro anos, aumentou em 400% o custo médio dos procedimentos de tratamento de câncer no Brasil, como a quimioterapia, radioterapia e imunoterapia.

No RN, pacientes oncológicos podem buscar atendimento gratuito através da Liga Norte Riograndense Contra o Câncer. Criada em 1949, na cidade de Natal, a Liga é uma instituição privada e 100% filantrópica, que atende pacientes encaminhados pelo SUS, via plano de saúde e particular.

“Atualmente, oferecemos serviços não apenas para aqueles com diagnósticos confirmados, mas também para quem apresenta lesões suspeitas. Temos um sistema de triagem que permite o acesso de pacientes de toda a região, incluindo os do interior”, explica a Dra. Diana Taissa, mastologista que trabalha na Liga.

A Liga atualmente conta com cinco unidades de saúde no estado: o Centro Avançado de Oncologia (CECAN), em Natal; a Policlínica/Liga Contra o Câncer, em Natal; o Hospital Dr. Luiz Antônio, em Natal; o Centro de Diagnóstico e Ensino do Seridó (CDES), em Currais Novos; e o Hospital de Oncologia do Seridó, em Caicó. A instituição também possui uma unidade assistencial, a Casa de Apoio Irmã Gabriela, que recebe pacientes do interior que precisam fazer tratamento em Natal.

Os pacientes podem iniciar seu atendimento através de postos de saúde, e quando há uma suspeita de câncer, o médico do posto realiza um encaminhamento para a policlínica mais próxima, onde um profissional pode avaliar a situação e, se for necessário encaminhar para a Liga, o paciente sai com consulta agendada. Porém, também existe a porta de entrada via Liga: “Se necessário, o paciente é imediatamente encaminhado para nós, por meio do nosso serviço de triagem, facilitando assim o acesso a um atendimento especializado”, declara Diana.

O processo de triagem é um elemento fundamental do atendimento, onde os pacientes podem marcar consultas enviando seus exames por e-mail ou comparecendo pessoalmente à Liga.

“Analisamos os exames para verificar se o paciente se enquadra no perfil de atendimento da Liga, e então agendamos a consulta”, explica a mastologista. Essa triagem ocorre todos os dias da semana.

Os casos atendidos pela Liga abrangem uma ampla gama de situações. “Atendemos pacientes com alterações em exames que indicam suspeitas de câncer, assim como aqueles que já têm um diagnóstico confirmado. É importante ressaltar que temos uma abordagem rápida para aqueles que chegam com biópsias positivas”, afirma Dra. Diana.

Francineide Ferreira relatou sua experiência com a Liga, onde seu pai recebeu tratamento para câncer de pulmão. Ela elogiou o atendimento humanizado e a atenção dedicada à família e ao paciente. “Recebemos o mesmo cuidado que um paciente particular, mesmo sendo pelo SUS, minha experiência com a Liga foi muito boa”, afirmou, destacando a importância do suporte emocional e profissional durante todo o tratamento.

Câncer de mama
O Instituto Nacional de Câncer (INCA) estima que, em 2024, o Rio Grande do Norte registrará 1.140 novos casos de câncer de mama. Este tipo de câncer é considerado um grave problema de saúde pública, representando 30% de todos os casos de câncer diagnosticados entre mulheres no Brasil e no mundo.

A causa do câncer de mama é multifatorial, envolvendo fatores genéticos, histórico familiar, idade da menarca (antes dos 12 anos), menopausa tardia (após os 55 anos) e uso de contraceptivos hormonais. Além disso, um estilo de vida sedentário é um fator de risco que deve ser considerado.

Para reduzir as chances de desenvolver a doença, é fundamental adotar hábitos saudáveis, como a prática regular de exercícios físicos, a diminuição do consumo de bebidas alcoólicas e a escolha de uma alimentação equilibrada. A conscientização e a mudança de hábitos podem fazer a diferença na luta contra o câncer de mama.

De janeiro a agosto de 2024, a Liga Contra o Câncer diagnosticou 673 casos de câncer de mama, a instituição também realizou mais de 12 mil tratamentos de quimioterapia e 16 mil mamografias neste período. Esses números destacam a importância do diagnóstico precoce e do acesso a tratamentos adequados, refletindo a crescente necessidade de atenção à saúde da mulher.

“A campanha do Outubro Rosa visa diminuir o impacto desta doença nas mulheres implementando a cultura do diagnóstico precoce que é a melhor abordagem para tratamento e cura que pode chegar até 95%, quando numa fase inicial”, explica o médico Jader Gonçalves, mastologista da Liga Contra o Câncer.

Outubro Rosa: conscientização e inclusão
O mês de outubro é especialmente significativo para a Liga, que aproveita a oportunidade do Outubro Rosa para intensificar suas atividades de conscientização sobre o câncer de mama.

“Nosso objetivo é educar a população sobre a importância da detecção precoce e do autocuidado”, diz Dra. Diana. Para isso, além das palestras promovidas durante todo o mês para diversas instituições, a Liga durante o mês de outubro pretende realizar três eventos.

Um desses eventos foi realizado nos dias 4 e 5 de outubro, onde a Liga Contra o Câncer promoveu uma ação no Midway Mall para conscientizar sobre a importância do diagnóstico precoce do câncer de mama. Durante o evento, 88 mulheres passaram por triagens e 130 receberam encaminhamentos para mamografias e ultrassonografias. Além dos exames, o estande ofereceu atividades de saúde, como verificação de pressão arterial e maquiagem gratuita. Iracema de Castro foi uma das mulheres que passaram pela triagem durante a ação e elogiou a iniciativa da Liga. “É muito importante fazer o exame e saber que a gente está bem. E o tratamento da equipe é fora do normal, fomos muito bem tratadas”, disse.

Uma das inovações mais relevantes deste ano foi a inclusão da comunidade trans nas atividades do Outubro Rosa. “Reconhecemos que homens e mulheres trans também estão em risco para o câncer de mama, e precisamos garantir que eles tenham acesso a informações e serviços de saúde adequados”, explica Dra. Diana. O evento aconteceu na última quinta (17) e sexta (18), voltado para essa população e contará com consultas, orientações e triagens, promovendo um espaço seguro e inclusivo para todos.

Além das iniciativas de conscientização, a Liga está organizando um mutirão de cirurgias para atender pacientes que estão há muito tempo na fila de espera. “São cirurgias que a gente não considera ainda como diagnóstico de câncer, mas estão em investigação, então vai ser um mutirão bem benéfico para esses pacientes, para tentar adiantar o diagnóstico delas”, afirma a Dra. Diana. O mutirão ocorrerá neste sábado (19), no Hospital Dr. Luiz Antônio, reunindo equipes de profissionais para atender à demanda reprimida e auxiliar pacientes que aguardam por procedimentos cirúrgicos.


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JORNALISTA MATHEUS PERES FALA SOBRE DECISÃO DE DECLARAR SUA SEXUALIDADE

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Em um gesto de coragem e autenticidade, Matheus Peres, jornalista e diretor de comunicação da Prefeitura do Natal, decidiu usar as redes sociais para uma revelação. Em uma postagem no Instagram, no último dia 10 de outubro, Matheus se assumiu gay, compartilhando sua jornada pessoal e a importância desse momento em sua vida.

“Não foi fácil eu ir a público fazer esse anúncio, há muito tempo que eu tinha desejo guardado dentro de mim, as pessoas mais próximas a mim, já sabiam da minha orientação sexual, mas por medo de julgamentos, eu vivia com isso preso dentro de mim”, afirmou Matheus em entrevista ao Diário do RN. O apoio de pessoas próximas foi fundamental para que ele encontrasse a coragem necessária para compartilhar sua história.

Na manhã do anúncio, Matheus despertou com um impulso de autenticidade. “Acordei com uma coragem dentro de mim, e resolvi escrever um texto para publicar nas minhas redes sociais, foi algo libertador, como se eu tivesse tirado um fardo das minhas costas, que eu carregava há anos, por medo do que as pessoas iriam achar ou pensar”, disse ele relembrando o dia.

Na postagem, Matheus expressou: “Hoje, com o coração sincero, compartilho algo muito íntimo, algo que, por muitos anos, eu guardei apenas para mim. Eu sou homossexual. Durante grande parte da minha vida, escondi isso por medo, medo do que os outros pensariam, especialmente minha família. Esse segredo se tornou um fardo insuportável, levando-me ao fundo da depressão. Por muitas vezes, o medo dos julgamentos foi tão intenso que cheguei a pensar em tirar minha própria vida, achando que essa seria a única forma de impedir quem eu realmente sou”.

Matheus continuou sua mensagem ressaltando a importância da aceitação e do amor-próprio: “Viver com esse segredo me levou à escuridão, à solidão, e à uma batalha interna que parecia não ter fim. No entanto, eu estou pronto para viver a minha verdade, não foi fácil chegar até aqui, e sei que ainda há desafios pela frente, mas agora posso dizer que me sinto livre”. A postagem rapidamente ganhou atenção nas redes sociais, com amigos, colegas e seguidores enviando mensagens de apoio e carinho.

TRANSFORMAÇÃO INTERIOR
A motivação para se assumir publicamente veio do desejo de ajudar outras pessoas que, como ele, podem estar lutando contra o medo e a discriminação. “Hoje em pleno século XXI, vivemos uma nova realidade, a homofobia ainda existe, mas não como antes, mesmo sem militar na causa, eu resolvi me assumir publicamente, para poder ajudar pessoas, que assim como eu, vivem aprisionadas, por medo do julgamento alheio. As pessoas precisam entender que o amor é para ser vivido, independente de orientação sexual”, explicou Matheus.

Após seu anúncio, Matheus percebeu uma transformação interna significativa. “Eu sofria muito guardando isso dentro de mim, ao ponto de querer tirar minha própria vida. Por muitos momentos, eu cheguei a pedir a Deus, que me “curasse”, achando que isso era uma doença. Hoje me sinto completamente liberto dessa prisão, vivendo minha vida da melhor forma”, refletiu.

Durante a entrevista, Matheus não hesitou em abordar suas vivências com a homofobia. Ele recordou os tempos de escola, onde o bullying era uma constante. “Sempre sofri homofobia, e com muita frequência no tempo de escola, onde as pessoas me tinham como chacota, pelo fato de ser gay”, relembra.

“No exercício da minha profissão como comunicador, também já fui vítima de ataques em redes sociais, onde as pessoas usavam da minha orientação sexual, para tentar me agredir” relatou Matheus.

Reflexões e a luta contra a homofobia: 257 vítimas de morte violenta em 2023

A luta pelos direitos da comunidade LGBTQIA é marcada por desafios históricos e conquistas significativas. Desde as revoltas de Stonewall até as marchas do orgulho contemporâneas, o movimento se fortalece a cada dia, buscando igualdade, respeito e aceitação em todas as esferas da sociedade. Em meio a avanços legislativos e à crescente visibilidade cultural, os desafios persistem, com a necessidade de combater a discriminação e promover a inclusão.

Segundo dados do Grupo Gay da Bahia (GGB), em 2023, 257 pessoas LGBTQIA+ foram vítimas de mortes violentas no país. Isso significa que, a cada 34 horas, uma pessoa desse grupo perde a vida de forma brutal, consolidando o Brasil como a nação mais homotransfóbica do mundo.

Nesse contexto, em relação à sociedade, Matheus acredita que houve avanços, mas ainda há um longo caminho pela frente. “Temos leis que nos protegem, mas a luta contra a homofobia não acabou. Muitas pessoas ainda veem os LGBTQIA+ como ‘leprosos’”, lamentou. Ele se compromete a ser uma voz ativa no combate ao preconceito. “Enquanto eu viver, serei um instrumento contra a homofobia. ‘Deus é amor’ e se Jesus amou os improváveis, quem somos nós para julgar e espalhar ódio? ”, finalizou Matheus.


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IBAMA PREPARA OPERAÇÕES PARA COMBATER PESCA PREDATÓRIA NO RN

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O defeso da pesca no Rio Grande do Norte começa no dia 1º de novembro. E, para coibir a pesca predatória neste período de procriação, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) está preparando uma intensa ação de fiscalização e operações.

“A medida é considerada essencial para a preservação dos recursos pesqueiros e da sustentabilidade da pesca artesanal no estado”, destaca o professor Rivaldo Fernandes, superintendente do IBAMA no estado.

Ao Diário do RN, Rivaldo revelou que a primeira ação acontecerá no dia 6 de novembro, juntamente com a Federação de Pescadores do RN. Será na sede da Colônia de Pescadores, com o objetivo de debater a importância do período do defeso da lagosta. O superintende da Pesca no RN, David Soares, estará presente.

“A colaboração entre órgãos ambientais, pescadores e a sociedade é crucial para garantir que o defeso alcance seus objetivos e mantenha o equilíbrio ecológico no litoral potiguar”, acrescentou o superintendente.

Operação Decapoda
Durante o período protetivo, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) realiza a Operação Decapoda, em parceria com a Marinha do Brasil. A ação inspeciona barcos pesqueiros e pontos de armazenamento e comércio de camarão. Também são realizadas as operações Panulirus e Argos, especificamente para a lagosta. A missão é de fiscalizar se as normas estão sendo cumpridas, de forma a garantir a conservação das espécies.

Preocupações
De acordo com o superintendente do IBAMA RN, a capacidade de suporte do oceano em relação à pesca da lagosta já está no limite. “Existem no Brasil mais de 3.000 barcos autorizados para a pesca do crustáceo no litoral brasileiro. Somente no Rio Grande do Norte, são aproximadamente 400. Nesta conta, não estão os barcos clandestino e sem licença, que operam na pesca ilegal contribuindo para o aumento do risco de extinção de diversas espécies”, destacou o professor.

Outro problema enfrentado na pesca do Rio Grande do Norte, ainda de acordo com Rivaldo, é uma ação do Banco do Nordeste que está em processo de leilão de dezenas de barcos no estado, que estão inadimplentes com o pagamento de financiamentos. “O leilão destas embarcações vai ter uma consequência na economia do Rio Grande do Norte”, afirmou.

Defeso
No Brasil, o período de defeso é estabelecido pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Ele ocorre de novembro a fevereiro, conforme o Conselho Nacional de Aquicultura e Pesca (Conepe). Foi criado em 1967 através do Código de Pesca.

Os pescadores artesanais recebem, do governo, proventos em dinheiro durante a época em que não podem obter renda da pesca por impedimento legal. O chamado “seguro defeso” foi instituído pela lei n.º 10.779, de 25 de novembro de 2003, e consiste em uma remuneração temporária no valor de um salário mínimo.

Quem descumprir o período de defeso, está sujeito ao pagamento de multa que varia de R$ 700 a R$ 100 mil, dependendo da quantidade de pescado.

Pesca predatória

Praia com mar ao fundo

Descrição gerada automaticamentePesca predatória explora estoques de peixes além da capacidade de reprodução – Foto: Reprodução

A pesca predatória é uma prática que explora os estoques de peixes além da capacidade de reprodução natural, causando danos ao ecossistema marinho e à segurança alimentar.
A pesca predatória pode ser caracterizada por:

  • Ser realizada em épocas ou locais proibidos, estabelecidos por órgãos ambientais
  • Utilizar técnicas que visam capturar o maior número de peixes em um curto período de tempo
  • Capturar indiscriminadamente peixes juvenis, espécies em extinção, ou animais que não são o alvo da pesca
    A pesca predatória pode causar:
  • Desequilíbrio no ecossistema marinho
  • Extinção de espécies
  • Danos aos recifes de coral e outras áreas de reprodução
  • Riscos para a segurança alimentar de pessoas que dependem dos recursos pesqueiros
  • Contaminação humana por plástico que entrou na cadeia alimentar marinha
  • Danos a embarcações
    A pesca predatória pode ser praticada tanto por pescadores industriais como artesanais.

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COLUNISTA DO DIÁRIO DO RN PARTICIPA DE EVENTO PARA CAPACITAR PROFISSIONAIS

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A Brazil Travel Market – BTM, é um evento cujo propósito é fomentar a integração do setor do turismo, bem como capacitar e apresentar novos produtos ao mercado. Reconhecido como o principal evento B2B do norte e nordeste, e um dos maiores do Brasil. Em sua décima terceira edição, a BTM inicia um passo novo em colocar em sua programação uma capacitação sobre o Turismo Religioso, fazendo com que seja o primeiro evento convencional no país a contar com capacitações para todos os segmentos do turismo. Em sua 13ª edição o evento acontece no período de 24 e 25 de outubro, no Centro de Eventos do Ceará, com a presença de 5 mil profissionais de turismo, Rodada de negócios e 192 expositores.

Com esta visão de capacitação e para apresentar novos produtos, acompanhando o crescimento do Turismo Religioso no Brasil, o evento sai na frente no que se refere aos eventos convencionais do turismo e coloca a primeira Capacitação para o Turismo Religioso, onde contará com a presença do colunista do Diário do RN, Sidnesio Moura – referência do Turismo Religioso no Brasil, idealizador do Fórum Nacional de Turismo Religioso e vice-presidente da Associação Brasileira de Turismo Religioso.

Sidnésio também recebeu este ano o Prêmio Mérito e Talento da Associação Brasileira de Bacharéis em Turismo, como destaque Nacional no Turismo Religioso. Um prêmio merecido depois de muitos anos de luta e incentivo ao turismo religioso no Brasil em vários destinos. Ele é idealizador de leis voltadas ao turismo Religioso no Estado do Rio Grande do Norte, como também foi o maior incentivador e um dos principais fundadores do GT de Turismo Religioso no RN, auxiliando na construção e elaboração do Decreto de formalização do Grupo de trabalho. “O turismo religioso avança no Brasil. E se não se desenvolve mais rapidamente, não é por falta de números expressivos tampouco por falta de fé, mas sobretudo o entendimento do que é um Espaço Sagrado e a infraestrutura que exige”, destaca Sidnésio Moura.

Entre 2014 e 2015, o Ministério do Turismo divulgou uma estatística referente às viagens religiosas, que alcançariam um público no Brasil de 17,7 milhões de pessoas, com um impacto econômico de 15 bilhões de reais, abrangendo 344 destinos e 96 atrações. Esses números já partiam de um equívoco: em 2006, quando o Mtur informava que o Brasil alcançava 8 milhões de pessoas no turismo religioso, apenas o Santuário de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, em Aparecida (SP), já recebia 8.005.000 peregrinos.

Na pesquisa de 2014, o Santuário de Nossa Senhora da Conceição Aparecida (SP) registrava 12.112.583 peregrinos; o Divino Pai Eterno, em Trindade (GO), atingia 4.000.000; o Círio de Nazaré em Belém (PA) atingia 2.400.000 e o Santuário de Santa Paulina, em Nova Trento (SC), 840.000 peregrinos. É só fazer o cálculo e perceber que apenas quatro destinos do Turismo Religioso no Brasil ultrapassam as informações divulgadas pelo Mtur. Essa pesquisa fora realizada na época por Sidnésio e o jornalista Amadeu Castanho, da revista eletrônica Viagens de Fé.

“O que vem acontecendo para que o TR se desenvolva mais ainda é a falta de compreensão sobre o segmento, e também a falta de entendimento que o Turismo Religioso é um segmento do turismo, como qualquer outro segmento e precisa do mesmo cuidado profissional e técnico”, afirma Sidnésio.

Para Sidnésio Moura é bastante importante este espaço que a direção da BBC Eventos, através do seu CEO Breno Mesquita, disponibiliza para o Turismo Religioso. Vejo que se falamos de Turismo não podemos esquecer nenhum segmento turístico. O turismo religioso conforme informações do Ministério do Turismo no início do ano de 2024 está no ranking do quinto segmento mais procurado no Brasil. “Com isto, precisamos de uma atenção especial do mundo de negócios das agências e Operadoras de Turismo. Acredito que precisamos formar a todos sobre o TR, principalmente as lideranças religiosas independente de religiões, mas devemos estar inseridos também em eventos como a BTM para dizer que existimos, ao mesmo tempo também preparar e formar expositores, agências, operadoras de turismo e demais equipamentos turísticos sobre o TR”, analisa Sidnésio.


Com a realização do evento, ainda este mês, no Ceará, a Brazil Travel Market –cumpre sua missão de fomentar a integração do setor do turismo e a capacitação, se tornando cada vez mais um evento atraente e rico não apenas na capacidade e quantidade dos expositores, mas principalmente no conhecimento.


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NOVA DIREÇÃO DA RÁDIO RURAL EM NATAL APRESENTA PROPOSTAS AO CLERO

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A Arquidiocese de Natal promoveu, na última quinta-feira (17), sua reunião mensal do clero no auditório do Hotel D’Beach Resort, em Ponta Negra. O encontro, voltado exclusivamente para padres e diáconos, teve uma programação voltada para reflexões litúrgicas e apresentações estratégicas.

A primeira parte do evento foi conduzida por Dom Matias Medeiros, monge beneditino, que orientou o clero em uma profunda reflexão sobre a liturgia, destacando a importância da renovação espiritual e pastoral nos ritos e celebrações.

Na segunda etapa, os missionários Ivanildo Silva e Caíque Albuquerque, representantes da Comunidade Obra de Maria, apresentaram oficialmente a nova gestão da Rádio Rural de Natal, assumida por eles em 3 de outubro. A dupla destacou uma proposta de parceria entre a rádio e as paróquias, visando reforçar a comunicação e a evangelização por meio da emissora. A nova proposta foi recebida com entusiasmo pelos participantes.

Além disso, todos os presentes receberam uma edição especial do Diário do RN, que trouxe um caderno comemorativo sobre o primeiro ano de pastoreio de Dom João Santos Cardoso à frente da Arquidiocese de Natal.

A direção da Rádio Rural ressaltou que está aberta a novas colaborações e projetos para expandir sua atuação na Arquidiocese e fortalecer a presença católica nas mídias locais. “Nossa missão é utilizar a rádio como um instrumento de fé, cultura informação e unidade, em sintonia com as paróquias e comunidades”, destacaram os missionários.

Com a receptividade positiva do clero, a expectativa é que outras parcerias sejam firmadas em breve, ampliando o alcance e o impacto da comunicação católica na região metropolitana de Natal.


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MECANISMO ANTITORTURA E DEFENSORIAS PÚBLICAS SÃO INTIMADOS SOBRE PRESOS DESAPARECIDOS

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O Ministério Público Federal deu um novo prazo para o Governo do Rio Grande do Norte, por meio da Secretaria da Administração Penitenciária (SEAP), se manifestar a respeito do destino de alguns presos considerados desaparecidos desde o ‘Massacre de Alcaçuz’, como ficou conhecida a sangrenta rebelião ocorrida em 14 de janeiro de 2017. Na ocasião, 27 detentos foram mortos em confrontos entre duas facções criminosas. Alguns foram esquartejados, decapitados ou tiveram os corpos carbonizados. Ao final da recontagem, apurou-se a falta de outros 27 internos. São estes que o MPF quer saber onde estão.

Inicialmente, o Estado teve dez dias para se pronunciar, o que não foi feito até o momento. Na semana passada, o procurador da República Fernando Rocha expediu um novo despacho, desta vez dando mais cinco dias de tolerância. Em caso de o silêncio permanecer, medidas judicias deverão ser adotadas. O procurador preferiu não revelar quais punições podem recair sobre o Estado. “Prefiro aguardar o novo prazo”, disse Fernando Rocha de Andrade.

Medidas adotadas
Além de dar novo prazo para que o Estado se pronuncie, o despacho expedido pelo procurar Fernando Rocha também requer informações à Defensoria Pública da União (DPU), à Defensoria Pública do Estado (DPE/RN) e ao Mecanismo Nacional de Prevenção e Combate à Tortura (MNPCT). Abaixo, segue trecho do documento:
“Considerando os graves eventos ocorridos no Presídio de Alcaçuz, no RN, conhecidos como a “Chacina de Alcaçuz”, e a necessidade de garantir a proteção dos direitos das vítimas e de seus familiares, determino:

  1. Expeça-se ofício à Defensoria Pública da União (DPU) e à Defensoria Pública do Estado (DPE/RN), solicitando que informem, no prazo de 10 (dez) dias, se foram adotadas medidas judiciais ou extrajudiciais com o objetivo de reparar os danos causados às vítimas e a seus familiares. As informações prestadas devem incluir:
    a) a natureza das medidas adotadas;
    b) a fase processual em que se encontram, caso já estejam em curso ações judiciais;
    c) quaisquer outras providências cabíveis tomadas no âmbito da Defensoria para assegurar os direitos das vítimas.
  2. Expeça-se ofício ao Movimento Nacional de Prevenção e Combate à Tortura (MNPCT), vinculado ao Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania, solicitando que, no mesmo prazo de 10 (dez) dias, forneça um resumo das medidas já adotadas no âmbito das suas atribuições em relação ao caso de Alcaçuz, indicando as ações de monitoramento, investigação ou outras providências adotadas para garantir a proteção dos direitos humanos e a prevenção da tortura no contexto dos eventos ocorridos.

Recomendações
No início do mês, o MPF divulgou uma recomendação cobrando da União, através do Ministério dos Direitos Humano e Cidadania, e também do Estado do Rio Grande do Norte, mais precisamente da Secretaria da Administração Penitenciária, que localizem os 27 detentos considerados oficialmente desaparecidos.

“Eu fiz toda análise de todos os processos que existem sobre esses fatos. Fui fazendo trabalho de formiguinha. Analisei no Ministério Público Estadual, na Polícia Civil, os processos da Justiça, as informações dos dados da SEAP. Precisei que colegas, servidores, fizessem uma análise, reanálise, para ter certeza que essas pessoas não desapareceram na ocasião da rebelião. Então, eu tinha que ligar o desaparecimento com o motim, com o problema que aconteceu em Alcaçuz.

Como não tinha muitos dados no sistema, na época, em 2017, tudo era muito bagunçado, muito desorganizado, a gente teve que fazer esse trabalho passo a passo. E até agora, o fato é que não tem explicação razoável do paradeiro dessas pessoas. Na data que aconteceu o fato em Alcaçuz, elas estavam lá. Dali em diante, não tem mais documento sobre elas. É isso”, explicou o procurar da República Fernando Rocha.

Além de cobrar o paradeiro dos detentos desaparecidos. O MPF ainda listou uma série de medidas preventivas e de otimização de buscas dos desaparecidos. São elas:

  • Criação de um plano de contingência para resposta imediata a rebeliões e outras crises no sistema prisional, incluindo a identificação e localização de detentos;
  • Implementação de um sistema de registro eficaz de todas as movimentações, saídas, entradas, transferências de alas, vivências ou unidades prisionais e, especialmente, os desaparecimentos de detentos, mediante, preferencialmente, meios digitais, capazes de garantir os registros atualizados de todas as movimentações;
  • Mobilizar equipes especializadas para realizar varreduras e buscas em banco de dados e ou dentro das dependências do presídio em situação de rebelião, com o objetivo precípuo de localizar os desaparecidos;
  • Implementação do uso de câmeras de segurança, drones e outras tecnologias de monitoramento para facilitar a localização de detentos em áreas potencialmente afetadas pela rebelião;
  • Investigações coordenadas com a polícia e órgãos de monitoramento de direitos humanos para descobrir o paradeiro dos desaparecidos, devendo, se necessário, incluir entrevistas com funcionários e detentos que possam fornecer informações;
  • Manter contato contínuo e transparente com os familiares dos detentos, informando sobre as ações que estão sendo tomadas e fornecendo atualizações constantes sobre a situação;
  • Utilizar depoimentos de testemunhas, imagens de câmeras de segurança e informações da comunidade local para obter pistas sobre o paradeiro dos desaparecidos;
  • Trabalhar em conjunto com outras instituições como a Defensoria Pública, Ministério Público e órgãos de segurança para otimizar a busca e investigação do paradeiro dos detentos ainda em situação de desaparecidos;
    Caso sejam encontrados restos mortais ou evidências de crimes, realizar testes de DNA e outros exames forenses em cooperação com a polícia técnica para identificar possíveis vítimas e dar um desfecho às famílias.

Sobre omissão, falhas, transparência e responsabilidade
Após todas as diligências adotadas, caso não seja possível localizar os desaparecidos, o MPF ainda recomenda à União e ao Estado do RN que, juntos, solidariamente, se responsabilizem por indenizar as famílias, “reconhecendo a omissão ou falhas no controle e proteção dos detentos sob sua custódia”, além da “emissão de relatórios públicos detalhados sobre o andamento das investigações, os esforços de busca e as medidas adotadas, garantindo transparência e responsabilidade perante a sociedade”.

Ainda segundo o MPF, “o desaparecimento forçado de presos, sem investigação adequada, constitui uma violação grave dos direitos humanos, tipificada como crime de lesa-humanidade em contextos de conflito e opressão, o que impõe ao Brasil a responsabilidade de não apenas buscar os corpos ou o paradeiro dos presos desaparecidos, mas também de assegurar que os culpados sejam devidamente responsabilizados”.

E considera também que “o desaparecimento de presos sem a devida apuração vai de encontro às obrigações do Estado brasileiro no tocante ao direito à vida, integridade física e garantia de segurança das pessoas sob custódia do Estado, conforme previsto no Pacto de San José da Costa Rica (Convenção Americana sobre Direitos Humanos) e na Convenção Internacional para a Proteção de Todas as Pessoas contra o Desaparecimento Forçado (Decreto 8.767/2016), dos quais o Brasil é signatário”.

O que disse o Estado
Em nota enviada à imprensa logo após o primeiro prazo e recomendações iniciais feitas pelo MPF, a SEAP deu a seguinte resposta: “No que tange às competências legais da pasta, analisa as providências demandadas pelo Ministério Público Federal com intuito de observar quais, entre elas, já foram atendidas e as eventuais pendências”.

A Secretaria também disse que o sistema hoje é muito diferente do sistema de 2017, que o Estado hoje tem o controle e tem a disciplina de todas as unidades prisionais. E que, no que compete à SEAP, há mais de 1.500 câmeras de vigilância, câmeras corporais, aparelhos de raio-x, detectores de metal, softwares que dizem onde cada preso está, cada cela, cada pavilhão, que todos os presos são submetidos a técnicas de classificação, e que se sabe da periculosidade, quais estão aptos ao estudo e ao trabalho, e que a investigação da Polícia Civil foi concluída em 2019, indiciando 84 pessoas pelas mortes ocorridas no massacre de Alcaçuz.

O Massacre de Alcaçuz
O Massacre de Alcaçuz, como ficou conhecido o episódio mais sangrento da história do sistema penitenciário potiguar, aconteceu em janeiro de 2017. Durou quase duas semanas. Começou no dia 14, mas o Estado só conseguiu retomar o controle da penitenciária dia 27. Ao final, 27 presos foram mortos durante um confronto envolvendo duas facções criminosas: o PCC e o Sindicato do Crime do RN. Muitos dos corpos foram encontrados sem cabeça e com os membros esquartejados. Outros, totalmente carbonizados. Exames de DNA foram necessários para a identificação.

O inquérito que apurou a matança só foi concluído em 29 de novembro de 2019. Ao todo, 216 presos se envolveram no massacre. Destes, 74 foram indiciados pelos homicídios.


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MADA CELEBRA 26 ANOS PROMOVENDO A DIVERSIDADE MUSICAL E CULTURAL EM NATAL

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O festival Música Alimento da Alma (MADA), comemora 26 anos de sua criação na edição que acontece nesta sexta-feira e sábado, em Natal. O festival se destaca como uma plataforma vital para artistas locais e regionais e oferece a eles oportunidade de dividir o palco com grandes nomes da música nacional e internacional, enriquecendo a cena regional, como afirma Jomardo Jomas, fundador idealizador do evento: “O MADA serve como uma plataforma importante para artistas locais e regionais, que têm a oportunidade de dividir o palco com grandes nomes da música. Isso ajuda a promover a diversidade cultural e a riqueza artística da região, ao mesmo tempo em que incentiva a produção cultural local”, diz Jomardo.

Com mais de 48% do público vindo de fora do estado, o festival atrai turistas de todas as regiões do país. Esse fluxo intenso de visitantes impacta a economia local e beneficia setores como hotelaria, gastronomia, transporte e comércio. Além disso, a realização do evento gera empregos diretos e indiretos, especialmente na área de eventos, impactando positivamente técnicos, produtores e comerciantes locais.

O festival também desempenha um papel social, promovendo o acesso à cultura e oferecendo uma programação inclusiva e democrática. Eventos paralelos e ações culturais de formação e incentivo à música ajudam a engajar diferentes públicos, ampliando o alcance e os benefícios culturais para a população potiguar.

COMO SURGIU?
O MADA começou ao mesmo tempo em que festivais emblemáticos como Abril Pro Rock e Goiânia Noise estavam ganhando destaque. A proposta inicial foi criar um espaço que desse visibilidade às bandas locais e regionais, conectando-as diretamente ao público. Desde o início, o festival se destacou pela pluralidade musical, mesclando estilos variados como rock, pop, música eletrônica e MPB.

Em sua história, o festival já teve sede em diferentes lugares, desde o bairro histórico da Ribeira, por onde ficou de 1998 a 2003, até a Arena do Imirá, na beira mar da Via Costeira, que foi palco de 2004 a 2011. Após isso, o evento passou pelo bairro das Rocas em 2012 e 2013, no Estádio Senador João Câmara, até chegar ao estádio de futebol Arena das Dunas, onde é realizado até os dias atuais.

Ao longo dos anos, o MADA expandiu sua programação e atraiu artistas renomados como Franz Ferdinand, Planet Hemp, Pitty e Emicida. Essa evolução colocou Natal no circuito dos principais festivais de música do Brasil, e consolidou sua reputação como um espaço para manifestação da diversidade.

O festival passou por alguns desafios, mas para Jomardo, a resiliência é um dos principais marcos dos 26 anos do festival: “Um dos principais marcos desses 26 anos de festival é a resiliência em manter a continuidade e relevância mesmo diante de desafios econômicos, culturais e, mais recentemente, da pandemia. O MADA atravessou crises e se reinventou, mantendo sua identidade como espaço de inovação e inclusão na música”, disse o idealizador.

Outro marco significativo na trajetória do MADA foi o pioneirismo na adaptação à era digital, com transmissões nas suas redes sociais e uma presença forte em todas as redes, ampliando seu alcance para novos públicos.

O festival acontecerá nesta sexta-feira (18) e sábado (19), na Casa de Apostas Arena das Dunas, em Natal. Os shows terão início às 19h e os ingressos custam a partir de R$ 130,00. A programação completa está disponível no perfil do instagram @festivalmada, onde também é possível encontrar outras recomendações sobre, por exemplo, documentos necessários e objetos que podem ou não entrar no estádio.

NOVOS ESPAÇOS
Pelo segundo ano consecutivo, a Claro é a patrocinadora oficial do MADA, e esse ano terá um espaço dedicado ao Just Dance, onde o público do evento poderá dançar e se divertir ao som de músicas populares, hits de animes e K-pops. Os participantes terão a oportunidade de mostrar toda a sua energia e habilidades em coreografias, seja sozinho ou com amigos. E, para quem quiser já entrar no clima do Festival, a Claro preparou uma playlist exclusiva no aplicativo Claro música.

“Nós temos muito orgulho de estarmos presentes no Festival MADA, pois acreditamos que juntos podemos proporcionar experiências únicas, tornando o dia a dia de nossos clientes mais produtivo e divertido. A Claro tem o propósito de apoiar eventos de entretenimento, cultura e esportes, para conectar as pessoas ainda mais com a marca e serviços da operadora”, afirma André Peixoto, Diretor Regional da Claro.

PROGRAMAÇÃO

18 de outubro (sexta-feira)
19h15 – Gracinha
20h05 – Ana Frango Elétrico
21h15 – Mago de Tarso
22h15 – Xande Canta Caetano
23h25 – Pitty
00h50 – Duda Beat
02h – BK’
03h – Badsista
04h – Ramemes
05h – Miss Tacacá

19 de outubro (sábado)
19h40 – Cami Santiz
20h30 – Ebony
21h30 – Duquesa
22h30 – Fresno
23h40 – BaianaSystem
01h – Djonga
02h – FBC
03h – Taj Ma House
04h – Omoloko
05h – DJ Geni


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RN TEM O MÊS DE SETEMBRO MAIS INCENDIÁRIO DOS ÚLTIMOS 4 ANOS

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Setembro bateu um recorde no Rio Grande do Norte. Com 590 ocorrências registradas pelo Corpo de Bombeiros Militar, este foi o mês mais intenso no combate a incêndios no estado desde 2021.

Do total de chamadas atendidas, 428 foram referentes somente a queimadas.

Em comparação com setembro de 2023, quando foram registradas 403 ocorrências de combate a incêndios no estado, o aumento foi de 46%. Em 2022 foram contabilizadas 389 ocorrências (+ 51%). Já em 2021, foram 419 chamadas atendidas (+40,8%).

Os dados são do Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública (SINESP), pertencente ao Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP).

No RN
Ao longo do ano, de acordo com a Secretaria de Estado da Segurança Pública e da Defesa Social (SESED), o RN já acumula 1.871 ocorrências de combate a incêndio e/ou queimadas. No caso apenas de queimadas em vegetação, são 980 registros entre janeiro e setembro. O número é 15% maior que em 2023, quando foram contabilizadas 849 chamadas de combate a fogo em áreas de vegetação.

No Brasil
Dados do Programa Queimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), já colocam 2024 como um dos anos com maior quantidade de focos de queimada na última década.

Setembro já contabilizou mais de 80 mil focos, cerca de 30% acima da média histórica, registrada desde 1998 pelo Inpe. Mesmo que a quantidade de focos não extrapole as médias históricas nos últimos três meses do ano, 2024 terá o maior número de focos desde 2010, quando o Brasil teve 319.383 registros.

Os dados indicam que essa média pode ser superada, pois o mês de setembro teve aumento de 311%, passando de 18 mil focos em 2023 para 75 mil em 2024.

Aérea queimada no Brasil entre janeiro e setembro foi 150% maior que no ano passado
Uma área comparável ao estado de Roraima foi queimada no Brasil entre janeiro e setembro de 2024. Foram 22,38 milhões de hectares – 13,4 milhões de hectares a mais que em 2023. O salto de um ano para o outro foi de 150%. Mais da metade (51%, ou 11,3 milhões de hectares) da área queimada nos nove primeiros meses deste ano fica na Amazônia. Os dados são do mais recente levantamento do Monitor do Fogo do MapBiomas, lançado dia 11 de outubro.

O MapBiomas é uma iniciativa do SEEG/OC (Sistema de Estimativas de Emissões de Gases de Efeito Estufa do Observatório do Clima) e é produzido por uma rede colaborativa de co-criadores formado por ONGs, universidades e empresas de tecnologia organizados por biomas e temas transversais.

Aproximadamente três em cada quatro hectares queimados (73%) eram de vegetação nativa, principalmente formações florestais, que ocupavam 21% da área queimada. Entre as áreas de uso agropecuário, as pastagens plantadas se destacaram, com 4,6 milhões de hectares queimados entre janeiro e setembro deste ano.

Mais da metade da área queimada no Brasil (56%) fica em apenas três estados: Mato Grosso, Pará e Tocantins. Sozinho, o Mato Grosso responde por 25% do total: foram 5,5 milhões de hectares queimados entre janeiro e setembro. Pará e Tocantins ficaram em segundo e terceiro lugares, com 4,6 milhões e 2,6 milhões de hectares, respectivamente. Os municípios com maiores áreas queimadas foram São Félix do Xingu (PA) e Corumbá (MS), com 1 milhão de hectares e 741 mil hectares.

“O período de seca na Amazônia, que normalmente ocorre de junho a outubro, tem sido particularmente severo este ano, agravando ainda mais a crise dos incêndios na região – um reflexo da intensificação das mudanças climáticas, que acabam tendo papel crucial para a propagação de incêndios. Isso se reflete nos números de setembro, onde metade da área queimada na região foi em formações florestais”, ressalta Ane Alencar, diretora de Ciências do IPAM e coordenadora do MapBiomas Fogo.

Até o momento, setembro mantém-se como o pico das queimadas deste ano. Enquanto em agosto foram queimados 5,65 milhões de hectares, em setembro foram 10,65 milhões de hectares – um salto de 90% de um mês para o outro. Na comparação com setembro de 2023, o aumento é ainda maior: 181%, ou 6,8 milhões de hectares a mais queimados. A extensão queimada apenas em setembro corresponde a 47,6% de toda a área queimada no Brasil até esse mês em 2024.

Repetindo o padrão verificado nos primeiros nove meses deste ano, também em setembro três em cada quatro hectares queimados (75%) no Brasil foram de vegetação nativa – a maioria em formações florestais, que representam 30% da área queimada no mês. Entre as áreas de uso agropecuário, as pastagens novamente se destacaram, correspondendo a 20% da área queimada em setembro de 2024.

A exemplo do total acumulado de janeiro até o mês passado, também em setembro os estados que mais queimaram foram Mato Grosso com 3,1 milhões de hectares, Pará com 2,9 milhões e Tocantins com 1,3 milhões de hectares.Os municípios de São Félix do Xingu (PA), Altamira (PA) e Ourilândia do Norte (PA) foram os que apresentaram as maiores áreas queimadas: 786 mil, 365 mil e 318 mil hectares.

Mais da metade da área queimada em setembro fica na Amazônia

Um salto de 196% em relação a setembro do ano passado: é o que os 5,5 milhões de hectares queimados na Amazônia no mês passado representam. Trata-se de mais da metade (52%) do total queimado no período em todo o país. Metade do que foi queimado eram de formações florestais (2,8 milhões de hectares queimados). Outros 33% (1,8 milhão de hectares) eram de pastagem, que foi a classe de uso da antrópico mais queimada.

O Cerrado foi o segundo bioma mais afetado pelo fogo em setembro, com 4,3 milhões de hectares queimados – quase metade dos 8,4 milhões de hectares consumidos pelo fogo nos primeiros nove meses do ano e um aumento de 117% em relação ao mesmo período de 2023. É a maior área queimada em um mês de setembro nos últimos cinco anos, com 64% a mais que a média histórica para o período. A maior parte das áreas queimadas (88,3%) em setembro foi em vegetação nativa: foram 3,8 milhões de hectares, com destaque para formações savânicas (2,2 milhões de hectares) e campos alagados (1,1 milhão de hectares).

O que é uma queimada e o que fazer
No site da Neoenergia, empresa operadora do sistema elétrico no Rio Grande do Norte, há uma série de informações, recomendações e orientações sobre o que é o que fazer em caso de queimadas ou incêndios florestais. Confira:

O que é uma queimada?
Existem dois tipos de queimadas: as naturais e as antrópicas (ou artificiais).

Queimadas Naturais
As queimadas são fenômenos naturais que geralmente ocorrem em áreas secas de clima árido ou semiárido. Por conta do vento e da baixa umidade, é comum que fagulhas surjam naturalmente, causando incêndios que podem chegar a grandes proporções.

Queimadas Antrópicas
Há também as queimadas antrópicas, ou seja, iniciadas propositalmente por seres humanos, e possuem diversas finalidades, como limpeza da vegetação ou preparo do solo para agricultura ou pecuária. As queimadas antrópicas podem ser consideradas crimes e as leis ambientais proíbem que elas sejam feitas:

  • A menos de 15 metros dos limites da faixa de segurança das linhas de transmissão e distribuição de energia elétrica.
  • * Numa faixa de 100 metros, ao redor da área de domínio de subestação de energia elétrica.
  • * Numa faixa de 50 metros, ao redor das áreas de unidades de conservação ambiental.
  • Numa faixa de 15 metros de cada lado de rodovias estaduais e federais e de ferrovias.
  • Toda queimada precisa ser autorizada pelo órgão ambiental dos municípios e/ou do estado.

O que é possível fazer para combater as queimadas?
A melhor solução para evitar queimadas é a prevenção. Conscientizar a população pela cobrança intensa das instituições de controle e combate a queimadas ilegais é um dever de todos. Conversar com as crianças sobre os perigos que as brincadeiras com o fogo podem provocar também pode ser eficaz para evitar acidentes no futuro.

  • No dia-a-dia, evitar descartar bitucas de cigarros em áreas de vegetação seca.
  • Não queimar, nem jogar lixo próximo a plantações, matas ou canaviais, nem mesmo em áreas privadas, pois faíscas transportadas pelo vento podem gerar novos focos de incêndio.
  • Separar o lixo e esperar que seja recolhido, com o apoio do sistema de coleta municipal. Se não tiver coleta na região, procurar a prefeitura do município ou as associações comunitárias.
  • Evitar plantar próximo da rede elétrica. Dar prioridade à colheita mecanizada, quando possível. Fazer sempre a limpeza nas áreas de plantações/ pastagem, eliminando materiais de fácil combustão.
  • Fazer aceiro (faixas ao longo das cercas livres de vegetação da superfície do solo) com grade e/ou enxada para que o fogo não passe para outros locais. A técnica tem baixo custo e é muito eficaz.
  • Não fazer queimadas embaixo e nem próximo da rede elétrica. É crime fazer queimadas nessas áreas.
    Caso encontre focos de incêndio e queimadas, chamar as autoridades competentes, como o Corpo de Bombeiros pelo telefone 193 e a Polícia Militar pelo telefone 190. Em caso de denúncia de incêndios criminosos, ligar para o Ibama (Linha Verde): 0800 061 8080.

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6ª RODA POTIGUAR DE FORRÓ CELEBRA POTÊNCIA DA MÚSICA NORDESTINA

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Um convite para apreciar, sentir e dançar um dos ritmos mais amados pelos norte-rio-grandenses. Essa é a proposta da 6ª edição da Roda Potiguar de Forró, que pela primeira vez terá uma área no formato pista. A iniciativa, que celebra a música nordestina, chega ao Teatro Riachuelo dia 23 de outubro, às 19h30. Quem puxa a Roda é a cantora e compositora Tanda Macêdo, idealizadora do projeto, ao lado de seis convidados. O show terá acesso gratuito, com distribuição de ingressos nos dias 21 e 22 no Natal Shopping.

Entre os convidados desta edição está a cantora Eliane, a Rainha do Forró. Ícone do ritmo nos anos 80 e 90, a artista cearense, dona de sucessos como “Brilho da Lua” e “Amor ou Paixão”, que seguem encantando diferentes gerações, promete levar seu swing inconfundível ao palco do Riachuelo. E ela não será a única a fortalecer a presença feminina no forró ao lado de Tanda. As potiguares Deusa do Forró, com mais de 35 anos de carreira dedicados à música autêntica nordestina e a cantora e compositora Dani Cruz também participam desta edição da Roda.

Completam o time de convidados o cantor e sanfoneiro cearense Nonato Lima, que vem ganhando destaque no país pela sua musicalidade e performance; e o compositor e parceiro musical de Tanda Macêdo, Vinícius Lins. Também de Fortaleza, vem para esta Roda o jovem Matheus Gabriel, de 20 anos, que faz aqui sua estreia como acordeonista ao lado de músicos profissionais.

Como de costume, o repertório da noite aposta em forrós potiguares e clássicos do gênero musical, de Elino Julião ao forró das antigas. “Queremos apresentar ao público músicas que são nossas, de compositores da nossa terra, e muitos desconhecem que são de potiguares. Posso dizer que 90% do repertório é de canções norte-rio-grandenses, mas que sem dúvida o grande público conhece e vai cantar junto com a gente”, conta Tanda.

A direção musical do show é assinada por Jubileu Filho, que também integra a banda base nas cordas junto a Darlan Marley (bateria), Mônica Michelly (baixo), Chico Bethoven (zabumba), Lipe Guedes (acordeon), Gilson do Acordeon (acordeon), Lara Maria (voz), Vyda Maria (voz) e Ramon Gabriel (percussão).

Os ingressos gratuitos para o show, limitados a dois por pessoa, serão distribuídos presencialmente nos dias 21 e 22 de outubro, a partir das 18h, no Natal Shopping (piso L1 ao lado da Bodytech), enquanto houver disponibilidade. Para a retirada das senhas é sugerida a doação de 2 pacotes de leite em pó ou 1 lata de suplemento alimentar (Sustagem, Sustain, Nutren, Active e Sust’up Mais) que serão doados para a Casa de Apoio ao Paciente com Câncer Irmã Gabriela, instituição vinculada à Liga Norteriograndense Contra o Câncer.


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SAÚDE MENTAL DEPOIS DO SETEMBRO AMARELO: ONDE BUSCAR TRATAMENTO?

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“Às vezes, eu me sinto tão perdida, como se não houvesse saída. Não tenho condições de pagar um tratamento, e a depressão parece não me deixar em paz”, desabafa Maria Sebastiana, moradora da Zona Norte de Natal. Como muitas pessoas, ela enfrenta a luta contra a depressão sem ter recursos financeiros para consultar um profissional particular. Felizmente, há opções acessíveis e gratuitas onde é possível encontrar o suporte necessário.

Todas as pessoas têm direito integral ao cuidado e à saúde, ficar atento aos sinais que sua saúde mental apresenta, e saber quando pedir ajuda são passos importantes nesse processo. “A gente precisa diferenciar o que é uma tristeza e o que é uma depressão. Uma tristeza todas as pessoas sentem em algum dia, em algum momento, mas sentem um dia, no outro dia retoma sua vida, consegue realizar as suas atividades de vida diária, suas atividades cotidianas, como tomar banho, se alimentar, minimamente essa autonomia. A depressão é um transtorno onde os sintomas prejudicam a qualidade de vida, dentro dessa perspectiva o indivíduo tem dificuldades para realizar atividades básicas, então é algo que prejudica a sua saúde física, quando a saúde mental atrapalha a saúde física é um grande alerta”, explica a diretora do CAPS Oeste Rafaela Pessoa.

“Hoje, nós atendemos aqui no CAPS Oeste 1.200 pessoas de prontuário aberto, alguns ainda aguardando consulta, isso incluindo usuários da região Oeste e Norte, porque a zona Norte não tem ainda o CAPS de transtorno mental grave, só tem um serviço de CAPS para usuários de substância psicoativa, então nós acolhemos esses dois distritos”, explica Rafaela.

Em Natal, uma das principais alternativas de atendimento gratuito para quem enfrenta problemas de saúde mental são os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), se configurando como um serviço que pode ser acessado de maneira direta pelo indivíduo, sem precisar de encaminhamento: “Esse indivíduo tem a possibilidade de primeiro procurar a unidade básica de saúde, mas o CAPS é um serviço de porta aberta, pode vir aqui sem encaminhamento, sem ter passado pela unidade básica, porque a equipe vai estar para acolher. O acolhimento em CAPS acontece de segunda a sexta-feira, das 7h30 às 16h30 o nosso serviço vai estar aberto, aqui a gente não fecha para almoço, não tem parada”, orienta Rafaela.

A proposta dos CAPS é de ressocialização, um trabalho contínuo voltado ao atendimento de pessoas com transtornos mentais graves, como depressões severas, sintomas persistentes de psicose, esquizofrenia, transtorno afetivo bipolar e borderline. A diretora do CAPS reforça também a importância das atividades serem realizadas em grupo para o processo de socialização e recuperação do indivíduo: “O CAPS nasceu com a proposta de substituir internações psiquiátricas, sendo um modelo de atendimento livre, onde as pessoas vêm para esse serviço e são acolhidas. Nós ofertamos atividades terapêuticas, onde o paciente tem acesso a consulta psiquiátrica e atividades terapêuticas, sendo essas atividades coletivas”.

No caso do CAPS Oeste, são diversas atividades terapêuticas, incluindo oficinas focando nas habilidades e interesses dos usuários e grupos de apoio conduzidos por psicólogos para promover a fala e a escuta, que ocorrem durante a semana. Também são desenvolvidas atividades de saúde e beleza focadas no autocuidado, rodas de conversas para promover o encontro de ideias e multiajuda entre os usuários, além de passeios coletivos realizados uma vez por mês para resgatar a convivência social e a autonomia destas pessoas em tratamento.

A diretora Rafaela também recomenda que o paciente ao procurar uma unidade do CAPS apresente a cópia de um documento oficial de identificação com foto; Cartão Nacional do SUS (Cartão SUS) e comprovante de residência: “A gente também orienta que o usuário traga a cópia dos documentos e venha acompanhado por alguém da família, porque esse familiar em alguma situação, ele precisa de cuidado também, por isso que a gente pede já para ter essa visão desse contexto familiar deste usuário”.

Onde buscar ajuda
Passado o Setembro Amarelo, mês que reforça um lembrete de que a saúde mental deve ser uma prioridade para todos, os esforços para cuidar e esclarecer a população seguem e precisam ser permanentes. Para aqueles que se sentem desamparados, como Maria Sebastiana, é importante conhecer os recursos disponíveis que oferecem apoio gratuito e especializado. Buscar ajuda é um passo corajoso e essencial para a recuperação. A vida vale a pena ser vivida, e a ajuda está mais próxima do que se imagina.

Natal conta com várias unidades do CAPS, que funcionam como pontos de referência para atendimento:

  1. CAPS Esperança – CAPS II Infanto juvenil – Distrito Oeste: Atende crianças e adolescentes com transtornos mentais graves e persistentes, também por uso abusivo de álcool e outras drogas. Endereço: Avenida Capitão Mor Gouveia, 896 – Cidade da Esperança. Para mais informações: Telefone: (84) 3232-8933 / E-mail: capsi.natalrn@yahoo.com.br.
  2. CAPS Nise da Silveira – CAPS II Distrito Oeste: Atende adultos com transtorno mental grave e persistente. Endereço: Avenida Capitão Mor Gouveia, s/n – Cidade da Esperança. Para mais informações: Telefone: 3232-8460 / E-mail: capsoestenatal@gmail.com.
  3. CAPS José Jeová dos Santos – CAPS III Álcool e outras drogas Distrito Norte: Atende adultos com transtorno mental grave e persistente pelo uso abusivo de álcool e outras drogas. Endereço: Avenida Rio Doce, 03 – Conjunto Santarém. Para mais informações: Telefones: 3232-8232/3232-8233.
  4. CAPS Luiz Gonzaga Moreira – CAPS III Álcool e outras drogas Distrito Leste: Atende adultos com transtorno mental grave e persistente pelo uso abusivo de álcool e outras drogas. Endereço: Rua Pacífico de Medeiros, 1251 – Barro Vermelho. Para mais informações: Whatsapp: (84) 3232-8010 / E-mail:capsad24h@gmail.com.
  5. CAPS André Luiz – CAPS III Distrito Leste (provisoriamente no prédio do APTAD): Atende adultos com transtorno mental grave e persistente. Endereço: R. Gov. Valadares, Conj. Pirangi. (vizinho à UBS Pirangi). Para mais informações: Telefone: (84) 3232-8575 / E-mail: caps2lestenatal@yahoo.com.br.
    Esses centros são uma opção acessível e oferecem serviços de qualidade para aqueles que não têm condições de arcar com tratamentos particulares.

Outros recursos disponíveis
Além dos CAPS, Natal possui outras iniciativas de apoio à saúde mental:

  • Policlínicas: Para atendimentos individualizados existem ambulatórios com atendimento psicológico, que são as policlínicas, espalhadas em todos os distritos de Natal:
  1. Policlínica Sul – Neópolis: Localizada na Av. Ayrton Senna, s/n – Neópolis.
  2. Policlínica Oeste: Localizada na Av. Pernambuco, 251 – Cidade da Esperança.
  3. Policlínica Zona Norte: Localizada na Avenida Florianópolis, 4 – Potengi.
  4. Policlínica Leste (Policlínica Dr. José Carlos Passos): Localizada na Praça Augusto Severo – Ribeira.
  • Unidades de Saúde da Família (USFs): Muitas USFs oferecem atendimentos psicológicos gratuitos. Os moradores podem se informar sobre a disponibilidade de profissionais de saúde mental em sua unidade.
  • CVV (Centro de Valorização da Vida): O CVV oferece apoio emocional por meio do número 188, com atendimento 24 horas. Este serviço é gratuito e pode ser uma alternativa para quem precisa desabafar.

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