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CIP DA COVID-19: SENADORES CONTINUAM IGNORANDO APELO PARA CONVOCAÇÃO DE GOVERNADORES

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Os trabalhos da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), que investigam as ações do Governo Federal contra a COVID-19, prosseguem nesta terça-feira (11) com o depoimento do diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) Antônio Barra Torres, que deve ser questionado sobre os prazos para liberação da vacina contra a Covid-19.

Repórteres que cobrem a agenda da CPI da Covid informam ainda que os senadores governistas insistem em cobrar a convocação de governadores na CPI, para explicarem a aplicação das verbas federais nos estados, mas a iniciativa não tem o apoio dos senadores independentes e da oposição. Apesar do envolvimento dos governos: federal, estaduais e municipais nas ações contra a Covid-19, o argumento dos senadores oposicionistas para não convocar os Governadores é de que “a atuação da CPI deve ser focada no Governo Federal”.

Segundo nota, divulgada no site do Senado Federal, os parlamentares sugerem a convocação dos ministros Paulo Guedes, Marcos Ponte, Walter Braga, Luiz Eduardo Ramos, e Damares Alves. A nota do site adianta que “a CPI da Pandemia pode votar ainda a convocação dos governadores João Doria (São Paulo), Wilson Lima (Amazonas), Rui Costa (Bahia) e Helder Barbalho (Pará). O governador Wellington Dias (Piauí) representará o Fórum de Governadores”.


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DEPUTADO REQUER CONVOCAÇÃO DE ROGÉRIO MARINHO PARA DEPOR SOBRE BOLSOLÃO

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Deputado pede convocação de Rogério Marinho para depor sobre Bolsolão
Foto: Alan Santos/PR

Nesta segunda-feira (10), o deputado federal Rogério Correia (PT-MG) propôs a convocação do ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, para esclarecer fatos acerca do ‘bolsolão’. No requerimento, apresentado à Comissão de Trabalho da Câmara, Correia solicita que Marinho promova “esclarecimentos acerca da denúncia da disponibilização de recursos orçamentários de forma irregular em benefício exclusivo ou majoritariamente de parlamentares da base governista, direcionado discricionariamente pelo Ministério, para aquisição de tratores acima da tabela estabelecida pelo próprio governo, burlando o que rege a Constituição Federal em relação à emendas parlamentares impositivas”.

 Escreveu o deputado:

“Este arranjo espúrio, além de ferir gravemente as normas constitucionais que define as emendas parlamentares impositivas, dificulta a fiscalização e controle por parte Tribunal de Contas da União e da sociedade, configurando grave interferência na independência e equilíbrio entre os poderes da República, além da ineficiência alocativa dos recursos públicos”.

Rogério Correia

O requerimento ainda precisa ser votado pela comissão.


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NO RN, APENAS 5,3% RECEBEU A VACINA CONTRA A COVID-19

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Enquanto o país se divide em opiniões na politização da pandemia que se alastrou pelo mundo, o Governo Federal, através do Ministério da Saúde, comemora o feito de ter atingido o percentual de 17% da população já vacinada contra a Covid-19.

Segundo dados levantados pelo Consórcio de veículos de imprensa, o Brasil vacinou, até esta segunda-feira (10), 35.909.517 pessoas com ao menos a primeira dose da vacina contra a Covid-19. Entre todos os vacinados, 18.073.591 pessoas receberam a segunda dose, o que representa 8,5% da população com imunização completa.

No Rio Grande do Norte, o número de pessoas vacinadas ultrapassou o número de casos confirmados da doença desde o início da pandemia. No Estado, 5,3% da população, estimada em 3,5 milhões, já foi vacinada, mas significa que a maioria da população ainda segue com o risco da contaminação e agravamento da doença.


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BOLSONARO. A FORÇA DO RADICALISMO SURTE EFEITO E FORTALECE O PRESIDENTE

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O presidente Jair Messias Bolsonaro foi candidato amparado num discurso radical e sincero quanto ao seu posicionamento ideológico, de extrema direita. Ignorou a mídia convencional, se credenciou como o anti-PT e ganhou a eleição. Ninguém votou enganado.

No Governo, tratou de manter e acentuar sua postura radical contra os adversários ou quem pensa diferente dele. Acusa, ofende, agride. Mas no seu estilo próprio que um percentual expressivo gosta, aplaude e compartilha.

Você pode não nutrir nenhum sentimento nobre pelo presidente, ser contra seu Governo e sua forma de fazer política, mas não pode negar que Bolsonaro se mantém ainda forte justamente pela postura que adotou, de agressividade contra quem é contra ele e afetividade com quem lhe aplaude. Ele age assim com relação ao eleitorado, aos seguimentos e também em relação à mídia.

Bolsonaro age de caso pensado. Não subestimemos alguém que ganhou uma eleição para presidente da República num formato absolutamente diferente de seus antecessores. Ele tem seu valor; que concordemos ou não. O que nos faz diferente é justamente reconhecer esse valor de forma crítica e equilibrada.

O presidente irriga, alimenta e turbina seu eleitorado com o radicalismo que implantou. Com isso, conquista adeptos tão radicais quanto ele, capazes de segui-lo sem saber sequer o rumo ou o motivo. É isso que ele quer. E tem conseguido. Tem se fortalecido junto aos seus.

Bolsonaro tem método. No fundo, ele se espelha no Lulismo/Petismo. Pode parecer paradoxal, mas os extremos que hoje polarizam a política nacional, bebem da mesma fonte e usam do mesmo método: Alimentam o radicalismo cego, que não permite avaliação crítica. O fanatismo é o mesmo; seja de esquerda ou de direita. O conteúdo de um lado ou de outro é outra história.

Bolsonaro não se parece nem um pouco com seus antecessores. Fala sobre tudo; se mete até em jogo de castanha; ignora a imprensa e não admite sequer ouvir quem pensa diferente. Tem mais contato com o povo, de forma física, do que todos os presidentes anteriores. Vai pra rua, entra no boteco, na padaria…

Ele é forte. O radicalismo tem mantido seu exército ativo. Afinal, em plena Pandemia, o número de mortes batendo recordes, quem ousaria ir pra rua, incentivar protestos em favor de seu Governo, sendo chamado de Genocida? Ele aposta no risco. E dá certo.

As palavras proferidas pelo presidente sobre qualquer assunto, no formato ‘pancada’, alimentam o Bolsonarismo, mas produzem rejeição pessoal crescente de quem pensa diferente. E isso pode ser muito perigoso numa eleição em dois turnos. A soma dos adversários poderá ser fatal para sepultar a reeleição do marido de Michele.

Enquanto isso, Jair Messias Bolsonaro vai fortalecendo seu exército, não o militar, mas o exército de apoiadores que o segue em qualquer circunstância e o defende cegamente sobre qualquer tema. E isso não é pouco para um político na atualidade, sendo Governo e sofrendo desgaste de ser Governo.

O problema do radicalismo cego é que não consegue predominância; floresce o número de inimigos também cegos que farão qualquer coisa, se submeterão a qualquer aliança para que ele não renove o mandato. É a causa e efeito sobre a política.

Somente o tempo trará a resposta se o método Bolsonaro dará certo ou não.


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O POVO MORRENDO DE COVID E AS AUTORIDADES SEM NOÇÃO PARECEM COMEMORAR

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A Pandemia do Coronavírus já caminha para matar 500 mil pessoas no Brasil. Aqui não vamos nem entrar no mérito da culpa para essa mortandade coletiva. Sabemos que há culpados por ação mal sucedida, tardia; e há culpados por omissão. Mas esse não é foco no momento. O foco é a noção das autoridades diante das mortes; ou a falta de noção.

Neste final de semana, tivemos dois exemplos de total desprezo pelas vidas humanas perdidas. Em um deles, o presidente da República comanda um alegre passeio de motocicleta sem máscara, provoca aglomeração e não diz uma só palavra sobre as mortes, nem sequer apresenta sinal de sentimento e de solidariedade às famílias que perderam seus entes queridos pela Covid.

Aqui não se trata de posicionamento político, de ser contra ou a favor do presidente Jair Bolsonaro. É apenas uma constatação do desprezo pelo sofrimento alheio. A maior autoridade do País ignora o choro das famílias enlutadas.

Essa é uma constatação que deve ser avaliada independente da cegueira do radicalismo político. Afinal, quem acharia bacana alguém chegar sorridente no funeral de quem você ama? A partidarização da Pandemia não pode cegar a todos diante do óbvio.

No Rio, que já alcançou a marca de quase 25 mil mortes por Covid, o prefeito da capital carioca, Eduardo Paes, vai para um bar e ainda participa de uma roda de samba como ‘cantor’, sem o menor pudor diante do luto coletivo. Sem noção total.

Além da falta de atitude e de respeito às famílias das vítimas, falta noção às autoridades. Não se faz festa em funeral; não se comemora enterro; não se festeja luto. É morte. É triste. É doloroso. Mas a dor não é transferível. Só sente quando dói em si. 


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DESFILIAÇÕES PARTIDÁRIAS SEM PERDA DE MANDATO PREOCUPAM PARTIDOS

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Julgamento de abril sinalizou fortalecimento de movimentos que atua fora das estruturas partidárias. Uma decisão recente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre a desfiliação de dois deputados federais acendeu o alerta em partidos políticos, que temem a criação de um precedente que venha abrir possibilidade de fragilizar as legendas e, assim, fortalecer movimentos desvinculados dos partidos.

No início de abril, o STE autorizou os deputados: Rodrigo Coelho, de Santa Catarina e Felipe Rigone, do Espírito Santo, ambos do Partido Socialista Brasileiro (PSB), a trocarem de partido sem a perda de mandato. Ambos haviam votado, em 2019, a favor da Reforma da Previdência contrariando a decisão do PSB que havia fechado questão contra a matéria.

Mesmo contrariando o que preceitua o regimento interno do partido, o STE entendeu que o argumento dos deputados, de que estavam sendo perseguidos politicamente, estava caracterizada a justa causa que permite a desfiliação sem a perda de mandato.

A interpretação de políticos e integrantes de tribunais superiores é que foi dada uma forte sinalização em direção desses movimentos desvinculados das legendas tradicionais.

• Com informações da FOLHA DE SÃO PAULO


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DEPUTADO OFTALMOLOGISTA OFERECE ‘TRATAMENTO PRECOCE’ EM TROCA DE ‘LIKE’ NO YOUTUBE

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“Alguém conhece médico que passa tratamento precoce?”, pergunta um rapaz no Telegram. Em poucos segundos, recebe uma lista de médicos espalhados pelo Brasil e seus contatos. Entre eles, Albert Dickson. Abaixo, uma observação: “Para consultar com esse médico precisa se inscrever no seu canal do YouTube, printar a página, enviar o print da inscrição pelo WhatsApp, o nome completo do paciente, cidade/estado e sintomas”. 

Diversos médicos no Brasil defendem e prescrevem medicamentos comprovadamente ineficazes ou sem eficácia comprovada para “prevenir” ou “tratar” a covid-19, prática que dizem ser um suposto “tratamento precoce” (leia mais sobre esses medicamentos no fim da reportagem). Há opções de consultas pagas, atendimento gratuito e, neste caso, concedidas após pedido de um “like” no YouTube. 

Basta enviar uma mensagem para Dickson, médico oftalmologista e deputado estadual no Rio Grande do Norte pelo Pros, para confirmar o aviso. Questionado sobre uma consulta para a covid-19 por meio do número de celular que ele mesmo divulga em seus vídeos, Dickson responde (*): 

“Olá querido amigo e paciente. Antes de tudo gostaria que seguisse passo a passo: 

1. cadastre esse meu número nos seus contatos (Dr Albert Dickson) 

2. depois entre no nosso canal do YouTube e se inscrevesse lá. Observe o link abaixo e click.

3. Em seguida, PRINT a foto da inscrição e nos envie a pelo whats App. 

4. Depois disso aguarde para contato. Grato.” 

(*) o texto acima corresponde à reprodução exata da mensagem recebida ao fazermos contato, ou seja, foi mantida a grafia e gramática ali utilizadas. 

O próprio deputado não esconde a orientação em seus vídeos: “Como que vocês vão ter direito à consulta? Vocês vão se inscrever no nosso canal, ganhando uma etapa no atendimento. Vocês vão printar e mandar para o meu WhatsApp. Quando você mandar, você já vai começar a ter o acesso à consulta comigo”, disse em um vídeo publicado no Facebook no dia 7 de março. “O segredo é mandar o print.” 

“Nós temos uma sequência no atendimento. Você precisa ir lá no canal do nosso YouTube, se inscrever lá, printar e mandar mensagem para mim. Essa é a chave, vamos dizer assim, para entrar no nosso atendimento”, disse em um vídeo publicado no Instagram no dia 15 de março. 

Casal de médicos e políticos comemorou 100 mil inscritos em seu canal do YouTube; hoje, há 201 mil — Foto: YouTube / Reprodução
Casal de médicos e políticos comemorou 100 mil inscritos em seu canal do YouTube; hoje, há 201 mil — Foto: YouTube / Reprodução

Procurado por e-mail pela BBC News Brasil, o deputado respondeu que “sugere” a inscrição em seu perfil de Instagram e canal do YouTube porque neles publica “pesquisas atualizadas” e “explica a doença de forma detalhada e nossa experiência com a mesma, além de tirar dúvidas ao vivo”. 

Além disso, diz ele, não é obrigatório se inscrever no canal para ser atendido. “Apenas sugerimos, o que muitos não fazem, e continuamos a atender e responder. A consulta virtual não se paga absolutamente nada, nunca cobrei (e que mesmo se fosse não é proibido no Brasil)”, afirmou. 

Dickson disse ser também “acima de tudo médico, e o tratado internacional e o Conselho Federal de Medicina na resolução 04/20 nos dá o direito médico de medicar contra o covid e nele prevalece a autonomia médica”. 

Por e-mail, Dickson também reafirmou ser “defensor do tratamento precoce desde o início da pandemia” e disse que continuará nesta defesa, afirmando haver “várias pesquisas já preconizadas e publicadas”. “Outro ponto chama-se observação clínica que tem sido resolutivo nessa pandemia para muitos médicos.” 

Expondo as recomendações do chamado “tratamento precoce” com vídeos semanais desde março do ano passado e sugerindo inscrições em troca de atendimentos, Dickson multiplicou o número de inscritos em seu canal do YouTube. Quando o canal atingiu 100 mil inscritos, recebeu uma placa comemorativa da empresa. Agora, Dickson tem 201 mil seguidores na rede.

Questionado sobre o conteúdo relacionado a tratamento precoce presente no canal, o YouTube informou que, de acordo com uma nova regra da plataforma, removeu 12 vídeos do canal por conteúdo que disseminava informações médicas incorretas, como afirmar que há uma cura garantida para a covid-19 ou recomendar o uso de ivermectina ou hidroxicloroquina. O canal segue no ar, entretanto, porque os vídeos removidos haviam sido publicados em um período anterior a essa nova regra, de 12 de abril. 

Passado um mês da regra, ou seja, a partir do dia 12 de maio, termina um período de “carência”, quando o YouTube passará a penalizar usuários que a infrinjam, e não apenas retirar seus vídeos do ar. Três violações da regra farão com que o canal seja encerrado. 

Foi uma ação semelhante à das semanas passadas, quando a plataforma removeu, pela primeira vez, cinco vídeos do presidente Jair Bolsonaro com desinformação médica. 

Deputado Albert Dickson (Pros) em vídeo no seu canal no Youtube. — Foto: Youtube/Reprodução
Deputado Albert Dickson (Pros) em vídeo no seu canal no Youtube. — Foto: Youtube/Reprodução

As recomendações de Dickson também são vistas por seus 139 mil seguidores em dois perfis no Instagram. No Facebook, quase 50 mil pessoas o seguem, e há vídeos com mais de 200 mil visualizações. 

Questionado pela BBC News Brasil, um porta-voz do Facebook, empresa dona do Instagram, disse que “remove alegações comprovadamente falsas sobre a doença”, sem responder por que não removeu publicações semelhantes feitas pelo deputado, como a de que a ivermectina teria ação profilática contra a covid-19. Na realidade, não há comprovação científica da eficácia do medicamento para a covid,segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) – veja adiante. A empresa disse também ter anunciado um novo rótulo para publicações que informa que “alguns tratamentos não aprovados podem causar danos graves”. 

‘500 pessoas por dia’

“Eu printei a inscrição no YouTube e ele me mandou a receita”, confirma a potiguar Lucia Bezerra, de 53 anos. 

Para ela, trocar “like” no YouTube por prescrição de medicamentos é “válido” porque “as pessoas têm que ver para entender o que ele está dizendo, pra ver se querem ou não”. 

“Pode ser que ele queira que o canal cresça. É estratégia dele, mas por mim, tranquilo”, afirma. 

Bezerra e sua mãe, de 96 anos, tomam ivermectina de 7 em 7 dias e vitaminas desde o ano passado seguindo orientação do médico, segundo ela. Não há comprovação científica de que esses medicamentos protegem contra a covid-19. Ela diz não ter contraído a doença, mas diz também que passa o dia todo dentro de casa.

Em um dos vídeos em seu canal, Dickson diz que “atende 500 pessoas por dia, de domingo a domingo, de 7h da manhã até 3h da manhã, todos os dias”. 

Já em uma reunião da Comissão Externa de Enfrentamento à Covid-19 na Câmara Federal em julho do ano passado em que participou como convidado, Dickson afirmou já ter atendido “31 mil pacientes do mundo inteiro” e ter acompanhado, por e-mail, 6.047 pacientes. Destes, segundo ele, dois morreram. 

Questionado pela BBC News Brasil sobre o número de atendimentos, o deputado afirmou: “Me reservo ao direito de não informar por uma questão de foro interno.” 

Em seu perfil no Instagram, alguns usuários reclamam da falta de resposta do deputado depois que mandam o “print” comprovando a inscrição em seu canal do YouTube. “Acho que o senhor só tá querendo audiência porque a gente morre de mandar mensagem no seu zap e nunca responde”, escreveu um deles. 

Quando de fato recebem uma resposta, os pacientes devem, segundo mensagem do deputado, informar “sintomas, quantos dias está doente, peso, nome e cidade onde está”. “Aproveite e conheça nosso Instagram e se inscreva também”, finaliza a mensagem enviada por WhatsApp. 

Mas pacientes com quem a reportagem conversou disseram que depois de informar dados pessoais e sintomas, recebem diretamente um receituário médico. Ou seja, não tiveram uma consulta médica propriamente dita.

A BBC News Brasil teve acesso a três receituários que teriam sido enviados por Dickson, e que, aparentemente, diferem um do outro apenas pelo nome do paciente e pela data. 

Para uma suposta “profilaxia” da covid-19, a receita inclui sete medicamentos, incluindo a ivermectina (leia mais no final desta reportagem). 

YouTube removeu 12 vídeos do canal de Dickson por conteúdo que disseminava informações médicas incorretas — Foto: YouTube / Reprodução
YouTube removeu 12 vídeos do canal de Dickson por conteúdo que disseminava informações médicas incorretas — Foto: YouTube / Reprodução

A BBC News Brasil perguntou a Dickson se o deputado considera como atendimento médico o envio de um receituário sem antes fazer uma consulta. Ele respondeu que “antes de enviar a receita com o nome e data direcionado ao paciente, o paciente nos passa os sintomas solicitados e após isso enviamos a receita”.

Os números da pandemia em todo o mundo mostram que a maior parte das pessoas que contrai covid-19 se recupera. Por isso, segundo especialistas, remédios apresentados como “cura” acabam “roubando o crédito” do que foi apenas uma melhora natural. 

No Brasil, mais de 422 mil pessoas já morreram vítimas da covid-19. 

Médicos e políticos

Eleito para a Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte em 2014 com 37 mil votos e reeleito em 2018 com 31 mil votos, Dickson tem a seu lado nos vídeos sua esposa, Carla Dickson. Ela também é oftalmologista e política – foi eleita vereadora de Natal em 2016. No ano passado, por ser suplente de Fábio Faria na Câmara dos Deputados, tomou posse como deputada federal quando Faria assumiu o Ministério das Comunicações do governo Jair Bolsonaro. Agora, ela compõe a bancada evangélica da casa. 

O casal tem se projetado como um dos maiores divulgadores do “tratamento precoce” nas redes e na política local. 

Em maio do ano passado, por exemplo, Albert Dickson apresentou dois projetos de lei sobre o chamdo “tratamento precoce” na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte. Um deles determina a “disponibilização gratuita de kits de medicamentos com os remédios hidroxicloroquina, ivermectina e azitromicina” pelo SUS no Rio Grande do Norte. O outro pede a distribuição dos medicamentos por operadoras de planos de saúde – ambos “com as devidas receitas médicas e orientações”.

Também apresentou um projeto de lei que classificou o funcionamento de igrejas como atividade essencial durante a pandemia. No ano passado, o nome de Dickson também foi parar em jornais quando ele propôs propôs criar o “Dia Estadual da Visibilidade Heterossexual” no Rio Grande do Norte. 

Multiplicação nas redes

O canal do YouTube “Carla e Albert Dickson” foi criado em 2017. Naquele ano, foram dois vídeos publicados, seguidos por um hiato de três anos. 

A movimentação começou mesmo em 2020. Em janeiro, o casal publicou um vídeo sobre “como evitar o câncer”, que lhe rendeu 1.500 visualizações. 

Em fevereiro, fizeram a primeira “live” (vídeo transmitindo ao vivo) sobre o coronavírus, com 6 mil visualizações. No vídeo, dão sugestões de como melhorar a imunidade porque “as pessoas que foram mortas na China tinham imunidade baixa” (não há comprovação científica alguma disso). 

O grande salto do canal se deu com a publicação de um vídeo sobre ivermectina em abril de 2020, que angariou 55 mil visualizações. 

“Novidades dessa medicação misteriosa que está sendo uma grande aliada no combate ao coronavírus no mundo”, diz a descrição do vídeo. 

O vídeo termina com Dickson anunciando o número de seu celular, dizendo fornecer “telemedicina de forma gratuita” para quem entrar em contato com ele.

A partir daí, os vídeos começam a ter mais de 100 mil visualizações e, em um caso, 200 mil, sempre divulgando o número de celular de Dickson no final do vídeo e pedindo uma captura de tela como prova de inscrição no canal para receber o atendimento gratuito. 

Mais recentemente, Dickson atribuiu à “nova cepa” os pacientes de covid com problemas de fígado na UTI – algo que outros profissionais associaram ao uso de medicamentos do chamado “kit covid”. 

Em uma entrevista a um canal no YouTube publicada no dia 29 de março, Dickson afirmou, sem apresentar qualquer embasamento científico, que “a nova cepa” do vírus no Brasil ataca de forma mais acentuada o fígado dos pacientes. “A culpa do problema hepático chama-se covid, que se adaptou para matar mais rápido”, disse. 

Receita com ‘coquetel de medicamentos’

O que o deputado e médico afirma em suas lives é reiterado nos receituários para tratamento da covid que distribui por WhatsApp – e que ele inclusive atualizou para a “nova cepa”. 

Uma receita lista esses medicamentos, por exemplo (a função ou “aplicação recomendada” entre parênteses é da reportagem): ivermectina (vermífugo), azitromicina (antibiótico), prednisona (um corticóide), dutasterida (trata aumento de próstata, com ação anti-hormônio masculino), espironolactona (um diurético com ação anti-hormônio masculino), bromexina (xarope expectorante), apixabana (anticoagulante oral), vitamina D.

Não há evidências científicas sobre eficácia da ivermectina contra covid-19 — Foto: Getty Images
Não há evidências científicas sobre eficácia da ivermectina contra covid-19 — Foto: Getty Images

Dos medicamentos no receituário, apenas a azitromicina tem retenção de receita, ou seja, faz parte da lista de medicamentos controlados. Outros, como prednisona e dutasterida, por exemplo, são medicamentos de tarja vermelha, com venda sob prescrição médica mas sem retenção de receita. Os suplementos não precisam de receita, embora o receituário do médico especifique dosagens específicas, que exigem manipulação. 

“Não tem comprovação de que nada disso funciona para a covid-19”, comenta o professor de Farmacologia da Universidade Federal de Rondonópolis André Bacchi, sobre o receituário. 

“São muitos medicamentos, muitas substâncias, é um coquetel gigantesco. A ideia de suplementar, tomar doses aumentadas de várias substâncias para fazer com que se tenha uma ‘superimunidade’ é falaciosa, e infelizmente está disseminada na sociedade geral como também entre especialistas”, acrescentou Bacchi.

Para ele, a receita é “genérica demais”. Há, por exemplo, uma indicação para tomar um medicamento se o paciente “for do sexo masculino ou se for mulher na menopausa”, dando a entender que o médico não direcionou a prescrição para o paciente porque nem a adequou ao sexo. 

“Você tem que conhecer seu paciente, no mínimo, para poder saber o que prescrever”, diz Bacchi. 

A receita médica, de um consultório de oftalmologia, termina com expressões religiosas. “Deus seja exaltado! Leia a Bíblia”, diz, ao lado da assinatura de Dickson. 

Estudos

Para que um remédio seja considerado seguro e eficaz contra uma doença, ele precisa passar por pesquisas com rigor metodológico que possam atestar seus reais benefícios e riscos, idealmente com um “padrão-ouro”. 

Em outras palavras, estudos randomizados (voluntários sorteados para entrar em um esquema terapêutico ou no outro), com duplo cego (participantes e cientistas não sabem quem recebeu o quê) e controlados (uma parte do grupo tomou placebo ou a melhor terapia disponível até então). 

A hidroxicloroquina para a covid-19, que Dickson propôs distribuir pelo SUS, já é comprovadamente ineficaz para a doença. Há diversos estudos sobre o tema. Um deles é o do Recovery Trial, feito no Reino Unido. Numa análise de mais de 4.500 pacientes hospitalizados, o uso de hidroxicloroquina e azitromicina não trouxe benefício algum.

Um painel de especialistas internacionais da Organização Mundial da Saúde (OMS) concluiu, em março deste ano, que o medicamento não previne a infecção, fazendo uma “forte recomendação” para que não seja usado. Esta forte recomendação é baseada em seis estudos clínicos com evidências de alto nível que somam mais de 6 mil participantes. 

Não há evidências de que a ivermectina, fármaco usado no tratamento de parasitas como piolho e sarna, ajude no tratamento da covid-19. Os estudos disponíveis até agora são inconclusivos. Por isso, a Agência Europeia de Medicamentos é contrária ao uso de ivermectina no tratamento da covid-19. Após revisar as publicações sobre o medicamento, a agência considerou que os estudos possuíam limitações, como diferentes regimes de dosagem do medicamento e uso simultâneo de outros medicamentos. 

“Portanto, concluímos que as atuais evidências disponíveis são insuficientes para apoiarmos o uso de ivermectina contra a covid-19”, concluiu a agência. 

Tampouco aprovam o uso do medicamento contra a covid-19 a OMS e a Organização Pan-americana de Saúde (OPAS). A FDA, órgão de vigilância sanitária dos Estados Unidos, também não aprovou a ivermectina para prevenção ou tratamento da covid-19 no país 

A azitromicina também não apresentou resultados positivos em experimentos com humanos. Em dezembro, um ensaio clínico randomizado em grande escala do Recovery Trial não encontrou nenhum benefício do antibiótico em pacientes hospitalizados com covid-19.

Tampouco há estudos robustos que comprovem que os outros medicamentos recomendados no receituário tenham qualquer eficácia para covid-19. 

A apixabana, um anticoagulante, é um fármaco que só deve ser indicado mediante complicações, explica Bacchi. “Você coloca sob riscos de efeitos adversos desnecessários, como o aumento de risco de sangramentos. Não é medicamento para ficar usando profilaticamente para qualquer pessoa na população.” 

A prednisona é um corticóide. Um estudo, do Recovery, mostrou benefício de outro corticóide, a dexametasona, em pacientes que precisavam de oxigênio ou ventilação mecânica, mas não em fase ambulatorial, como é o caso das pessoas que recebem a receita de Dickson. 

“Corticóides tomados de maneira precoce podem na verdade provocar o efeito inverso, diminuir até mesmo a imunidade”, diz Bacchi. 

Há alguns estudos que encontraram associação entre níveis baixos de vitamina D e taxas mais altas de covid-19 na população. Mas não puderam estabelecer que a deficiência foi a causa das taxas da doença, já que há outras hipóteses que poderiam explicar a relação. 

As populações com altas taxas de deficiência de vitamina D podem ser atingidas com mais força pelo coronavírus por outras razões, incluindo menor acesso a cuidados de saúde, por exemplo. Então, não há evidências suficientes para recomendar a vitamina D contra a doença.

Punição

Apesar de haver comprovação da ineficácia da hidroxicloroquina e não haver comprovação da eficácia de outros medicamentos para a covid-19, como a ivermectina, o Conselho Federal de Medicina não condenou veementemente a prática de recomendar ou prescrever esses medicamentos. Pelo contrário, no ano passado, aprovou parecer que facultou aos médicos a prescrição de cloroquina e da hidroxicloroquina para pacientes com covid-19. 

À BBC News Brasil, o conselho disse que não comenta casos concretos. Uma resolução de 2011 do conselho sobre propaganda na Medicina estabelece que o médico deve “evitar sua autopromoção e sensacionalismo, preservando, sempre, o decoro da profissão”. Como “autopromoção”, diz o texto, entende-se a divulgação com intenção de “angariar clientela”, “pleitear exclusividade de métodos diagnósticos e terapêuticos” e “auferir lucros de qualquer espécie”, entre outros. 

A Associação Médica Brasileira e a Sociedade Brasileira de Infectologia, por sua vez, divulgaram nota dizendo que “as melhores evidências científicas demonstram que nenhuma medicação tem eficácia na prevenção ou no ‘tratamento precoce’ para a covid-19 até o presente momento”. 

Para Sergio Rego, médico, pesquisador da Fiocruz e professor de bioética na Escola Nacional de Saúde Pública da instituição, “não há respaldo ético normativo para a prescrição de algo que não tenha reconhecimento científico, salvo quando está inserido dentro de um processo de pesquisa aprovado por um comitê de ética”.

Médicos que prescrevem o suposto tratamento precoce podem ser responsabilizados em todas as esferas, diz Rego. 

Processos de avaliação de infrações éticas ocorrem dentro dos conselhos regionais de medicina a partir de queixas. Podem aplicar, como pena, a censura reservada, a censura pública, a suspensão de exercício profissional por um tempo e até a cassação do direito de exercer a medicina. 

No Código Penal, a prática poderia ser enquadrada no artigo 132, diz Rego: “expor a vida ou a saúde e outrem a perigo direto e iminente”, com pena de detenção de três meses a um ano, “se o fato não constitui crime mais grave”. 

“O médico tem autonomia, mas isso não o exime da responsabilidade pelas consequências de seus atos”, diz Rego. “Não é uma carta branca.”

Fonte: Juliana Gragnani, BBC.


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TCU QUER QUE LEITO EM HOSPITAL MILITAR SEJA USADO POR CIVIL COM COVID

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“Não haveria óbices ao atendimento em caráter emergencial, temporário e excepcional de civis pelas organizações militares de saúde, por meio de convênios, nos casos em que os sistemas de saúde das localidades se encontrarem em colapso”, diz um trecho do documento elaborado pela Secretaria-Geral de Controle Externo da Defesa do TCU.

A ideia é que as vagas sejam controladas via Sistema Único de Saúde (SUS), através de convênios com os comandos do Exército, Marinha e Aeronáutica. O relatório é mais um passo na investigação aberta para apurar se os militares cometeram irregularidades ao deixarem de disponibilizar leitos vagos para a sociedade durante a crise sanitária.

O Ministério da Defesa tem resistido à ideia de abrir os hospitais militares à população. De acordo com a pasta, os leitos limitados constituem ‘reserva técnica’ para as tropas, que estão na linha de frente da pandemia, e são parcialmente custeados com recursos privados dos quadros das Forças Armadas. Além disso, segundo o Ministério, a situação também estaria ‘crítica’ no sistema de saúde militar, com remoções frequentes de pacientes para outras regiões a fim de evitar o colapso.

Na outra ponta, a área técnica do Tribunal de Contas da União diz que falta de transparência sobre a taxa de ocupação nos hospitais militares. Um levantamento incluído no relatório aponta, por exemplo, que apenas 27,7% dos usuários do sistema de saúde militar são profissionais da ativa.

Além disso, o TCU afirma que as estimativas apresentadas pelo Ministério da Defesa sobre o financiamento desse sistema ‘não são realistas’. Os técnicos do tribunal estimaram um gasto de R$ 4,8 bilhões com os serviços de saúde oferecidos pelos hospitais militares das Forças Armadas. Desse total, R$ 3,45 bilhões (71%) seriam recursos públicos e R$ 1,38 bilhão (29%), privados, a partir de contribuições dos militares e de seus dependentes.

“O interesse público não parece ser melhor atendido mediante manutenção de recursos de assistência médico-hospitalar ociosos durante a pandemia de covid-19. Tampouco parece estar sujeita à discricionariedade do gestor a opção de prestar ou não assistência médico- hospitalar à população enferma, havendo recursos disponíveis”, afirma a relatório.

O documento foi enviado na última sexta-feira, 7, ao ministro Benjamin Zymler, relator da investigação. Ele já havia determinado, em março, a abertura dos dados de ocupação dos leitos clínicos e de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), mantidos em sigilo até então.

As denúncias sobre a reserva de vagas nos hospitais militares começaram a aparecer em janeiro, quando a escalada da pandemia no Amazonas levou ao colapso do sistema de saúde em Manaus, que sofria com a falta de leitos e via pacientes internados morrendo asfixiados pelo desabastecimento de oxigênio hospitalar. Na época, reportagens veiculadas na imprensa trouxeram a público informações sobre leitos ociosos nas unidades de saúde militares da região.

Fonte: Agência Estado.


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BOLSONARO PARABENIZA POLÍCIA CIVIL DO RJ POR AÇÃO QUE DEIXOU 28 MORTOS

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Bolsonaro parabeniza Polícia Civil do RJ por ação que deixou 28 mortos
Foto: Adriano Machado/Crusoé

O presidente Jair Bolsonaro parabenizou a Polícia Civil do Rio de Janeiro pela operação que deixou 28 mortos na favela do Jacarezinho, no Rio de Janeiro, na última quinta-feira (6). Por meio do Twitter, Bolsonaro ressaltou que traficantes não podem ser tratados como vítimas e não se igualam ao “cidadão comum”.

Ao tratar como vítimas traficantes que roubam, matam e destroem famílias, a mídia e a esquerda os iguala ao cidadão comum, honesto, que respeita as leis e o próximo. É uma grave ofensa ao povo que há muito é refém da criminalidade. Parabéns à Polícia Civil do Rio de Janeiro!

O presidente prestou uma homenagem ao policial André Leonardo, o único morto na ação.

Nossas homenagens ao Policial Civil André Leonardoque perdeu sua vida em combate contra os criminosos. Será lembrando pela sua coragem, assim como todos os guerreiros que arriscam a própria vida na missão diária de proteger a população de bem. Que Deus conforte os familiares!”

*Com informações de O Antagonista.


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MINISTÉRIO DA SAÚDE DISTRIBUI 1,12 MILHÃO DE VACINAS DA PFIZER A PARTIR DE HOJE (10)

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O Ministério da Saúde começa a distribuir a partir de hoje (10) mais um lote com 1,12 milhão de doses da vacina contra a covid-19 da Pfizer/BioNTech. As doses são destinadas para a primeira aplicação em pessoas com comorbidades, gestantes e puérperas e pessoas com deficiência permanente.

De acordo com a pasta, todos os estados e Distrito Federal receberão o imunizante de forma proporcional e igualitária. Na semana passada, o governo distribuiu o primeiro lote de vacinas da Pfizer com 1 milhão de doses.

Ainda segundo o Ministério da Saúde, a logística de distribuição das vacinas da Pfizer foi organizada considerando as condições de armazenamento do imunizante. No Centro de Distribuição do ministério, em Guarulhos, as doses ficam armazenadas a uma temperatura de -90°C a -60°C.

Ao serem enviadas aos estados, as vacinas estarão expostas a temperatura de -20°C. Nas salas de vacinação, onde a refrigeração é de +2 a +8°C, as doses precisam ser aplicadas em até cinco dias.

“Em função disso, o Ministério da Saúde orienta que, neste momento, a vacinação com o imunizante da Pfizer seja realizada apenas em unidades de saúde das 27 capitais brasileiras, de forma a evitar prejuízos na vacinação e garantir a aplicação da primeira e segunda doses com intervalo de 12 semanas entre uma e outra”,

informou o ministério.

A vacinação contra a covid-19 começou no país no dia 18 de janeiro. Até o momento, contando com esse novo lote, foram destinadas a todas as unidades da Federação aproximadamente 75,4 milhões de doses de imunizantes.  Até este domingo (9), mais de 46,8 milhões de doses já foram aplicadas.


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“AOS POUCOS, A MENTIRA E O ÓDIO SERÃO REPARADOS COM VERDADE E JUSTIÇA”, DIZ LULA

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O ex-presidente Lula declara, por meio de suas redes sociais, que, aos poucos, a mentira e o ódio serão reparados com verdade e justiça, ao respostar a nota de retratação da atriz Regina Duarte, ex-secretária de Cultura do governo Jair Bolsonaro. Regina postou em suas redes sociais uma nota de retratação e um pedido de desculpas à dona Marisa Letícia, ex-primeira-dama e esposa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que faleceu em 2017. A retratação da atriz vem na esteira de uma condenação judicial pela divulgação de fake news contra Dona Marisa.

A postagem foi feita em 2019. Na ocasião, Regina Duarte afirmou que Dona Marisa possuía R$ 256 milhões em suas contas bancárias, quando o valor correto era de R$ 26.281,74. Lula e os filhos ajuizaram o processo em 2020. O juiz Manuel Eduardo Pedroso Barros, da 12ª Vara Cível de Brasília, condenou a atriz a se retratar e impôs uma multa que pode variar de R$ 150 a R$ 50 mil em caso de descumprimento da decisão.

“No dia 11 de April (sic) de 2020, reproduzi no meu Instagram uma informação sobre o inventário do património da falecida D. Marisa Letícia Lula da Silva que apesar de ter sido obtida de fontes oficiais públicas e amplamente divulgada por meios de comunicação, veio posteriormente a revelar-se errada e eventualmente corrigida pelos orgãos (sic) judiciais relevantes”, postou Regina Duarte na última sexta-feira.


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PRESIDIR UM MOTOCLUBE SERIA MENOS LETAL? BOLSONARO AGLOMERA COM MOTOCICLISTAS EM BRASÍLIA

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Bolsonaro reúne motoqueiros em rolé por Brasília
Reprodução

Aparentemente, o objetivo é sempre o mesmo: causar aglomeração e, claro, indignação. Neste domingo (09), Jair Bolsonaro saiu de moto por Brasília, acompanhado de dezenas de motoqueiros e muitos militares. Antes de sair rumo à Torre de TV, a turma promoveu uma concentração na saída do Palácio da Alvorada, onde o presidente posou, como de costume, sem máscara para fotos.

Assista:


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REPRESENTATIVIDADE: MENOS DE 2% DOS GENERAIS DA ATIVA SÃO NEGROS

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Menos de 2% dos generais da ativa são negros
Foto: Marcos Corrêa/PR

De acordo com O Globo, menos de 2% dos oficiais-generais da ativa das Forças Armadas brasileiras são negros.

“A representação de pretos na elite militar é apenas um quinto daquela encontrada na sociedade brasileira como um todo. Entre os oficiais-generais da ativa (nomenclatura que contempla o topo das três Forças), apenas 1,75% são pretos, número que vai a 9,4% na população geral.”

Via Lei de Acesso à Informação, o jornal consultou documentos de Marinha e Aeronáutica, que sinalizam que “apenas três integrantes da elite (todos da Força Aérea) se declaram pretos, em um universo de 228 militares do alto escalão“.

No caso do Exército, não há dados disponíveis. Nesse caso, o jornal comparou os retratos dos 172 generais.


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BOLSONARO: CPI TÁ UM VEXAME, SÓ SE FALA EM CLOROQUINA

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Bolsonaro segura caixa de clooquina – Foto: Carolina Antunes/PR

O presidente Jair Bolsonaro voltou a criticar a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid na manhã deste sábado, 8, e se referiu ao colegiado do Congresso como um “vexame”. A apoiadores, o presidente também defendeu o uso da cloroquina no tratamento contra o coronavírus e afirmou que irá fazer um vídeo nesta semana com seus ministros falando se tomaram ou não o medicamento, que não tem eficácia comprovada contra a doença.

“Continuo dizendo, só Deus me tira daquela cadeira. Não vai ser. . essa CPI tá um vexame, só se fala em cloroquina. Mas, o cara que é contra, não dá alternativa. Tenho certeza que alguém tomou hidroxicloroquina aqui. Alguém tomou?”, perguntou a um grupo de apoiadores que estavam no Palácio da Alvorada nessa manhã. “A gente vai fazer um vídeo nesta semana, dos 22 ministros, todas aqueles que tomaram hidroxicloroquina vão falar eu tomei. É a alternativa no momento. Ah, não tem comprovação científica, mas não tem cientificamente falando o contrário também”, afirmou.

Em sua primeira semana de trabalho, os depoimentos prestados à CPI tiveram como foco o “tratamento precoce”, defendido por Jair Bolsonaro. Aos senadores, os ex-ministros Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich relataram a pressão do chefe do Executivo para que o Ministério da Saúde defendesse o tratamento. Já o atual titular da pasta, Marcelo Queiroga, evitou se comprometer com a defesa pública que o presidente faz da cloroquina.

Nessa sexta-feira, 07, o presidente já havia se manifestado com críticas ao colegiado. Em publicação nas redes sociais dirigida a senadores da CPI, Bolsonaro afirmou que os “inquisidores” que criticam o uso de medicamentos “não encham o saco de quem optou por uma linha diferente”.

Na quinta-feira, 7, em transmissão semanal, Bolsonaro também reclamou que o colegiado “bateu muito” no ministro da Saúde. “Cloroquina, cloroquina, cloroquina, o tempo todo cloroquina. Ah, o presidente falou…”, analisou Bolsonaro. O chefe do Executivo ainda ameaçou usar a máquina do governo federal para investigar o governador de Alagoas, Renan Filho (MDB), filho do senador Renan Calheiros (MDB-AL), relator da CPI da Covid, que tem se mostrado forte crítico ao Planalto.

Além das críticas, o presidente afirmou que, apesar de o governo ter minoria de representantes na CPI do Senado, pretende apurar de casos na cidade de Manaus onde, segundo ele, pessoas receberam doses quádruplas de cloroquina e vieram a óbito.

“Já temos os nomes das pessoas que participaram dessa experiência e queremos explicações, qualquer remédio que derem em excesso faz mal”. Ele também voltou a repetir que irá tomar a vacina após todos os brasileiros estarem imunizados e afirmou se tratar de um gesto de “altruísmo”.

Em postagem no Twitter, após a conversa com apoiadores nesta manhã, Bolsonaro afirmou que o Ministério da Saúde enviou nova remessa com 3,9 milhões de doses da vacina AstraZeneca/Oxford para todos os Estados e Distrito Federal. Segundo ele, a partir da próxima segunda-feira, 10, mais de 1,1 milhão de doses do imunizante da Pfizer também começarão a ser enviadas para as capitais brasileiras.

Eleições e STF

O chefe do Executivo também voltou a criticar governadores e prefeitos por medidas de isolamento e distanciamento social e afirmou que o País sentiu efeitos da pandemia na economia. “Quem destruiu o emprego não fui eu. Foi o governador e prefeito que fecharam tudo, deixando bem claro isso aí”, afirmou. “Por mim, nada seria fechado, porque se não trabalhar, vai morrer de fome. Lamento as mortes, dificilmente alguém não tem parente, amigo que não morreu de Covid, ou de suspeita de Covid, porque tudo é suspeita de Covid”, disse.

Durante a conversa, o presidente também citou as eleições presidenciais de 2022 e disse que a população “tem que se preocupar com política”. O presidente ainda afirmou que deve indicar um representante “terrivelmente evangélico” para o cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). Ele ressaltou que a indicação precisa do aval do Senado.

“Tem que se preocupar com política. Não pode votar com coração. Todo mundo é bonzinho ano que vem, vota com razão, estamos lutando pelo voto auditável, para afastar suspeita de fraude, para poder melhorar o Executivo, Legislativo e também o Judiciário, porque quem indica vagas para o Supremo Tribunal Federal passa por mim. A palavra final não é minha, é do Senado, porque tem uma sabatina lá. Mas você já sabe que o de 5 de julho, 4 de julho, vai ser um terrivelmente evangélico, já tem um cotado aí, por enquanto é ele”, afirmou.

Fonte: Novo Notícias.


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O DIA DAS MÃES DE MULHERES NA LINHA DE FRENTE

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Pelo segundo ano consecutivo, o dia das mães é comemorado em meio à crise sanitária causada pela Covid-19. A data, este ano, não será diferente para as mães que atuam na linha de frente no combate ao coronavírus. A dedicação diária com os filhos se mistura à devoção no ofício de salvar vidas de pacientes graves com a infecção pelo coronavírus.

A enfermeira Ana Quitéria Azevedo é uma destas mulheres que precisam deixar os filhos em casa para salvar vidas diariamente. Todos os dias, ela se despede do pequeno Alan Azevedo, e sai de Jardim Planalto, bairro de Parnamirim, para atuar na UTI do Hospital Central Coronel Pedro Germano, conhecido como Hospital da Polícia Militar (HPM), e na UTI do Hospital Municipal de Natal (HMN).

Ana Quitéria com o filho Alan Azevedo
A enfermeira Ana Quitéria com o filho Alan Azevedo – Foto: Cedida/Arquivo Pessoal

Na linha de frente desde o início da pandemia, Ana conta como é desgastante a dupla jornada: criar o próprio filho e salvar os filhos de outras mães. “Tem um desgaste físico e emocional muito grande. Às vezes a gente passa um dia cuidando de um paciente, quando voltamos no plantão seguinte ele não está mais lá. A gente tem que ter muito contato com os pacientes, levantando eles, virando de lado, manipulando de diversas formas”, disse Ana Quitéria.

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Por precisar manter contato direto com pacientes infectados, a rotina em casa também é cheia de cuidados para evitar a contaminação do filho.

“No começo meu esposo e meu filho dormiam separados de mim. Eu dormia de máscara e em outro quarto”.

Ana conta que o dia das mães de 2020 ela passou em um plantão, o que deve acontecer neste ano novamente. Porém ela tenta uma mudança na escala para conseguir aproveitar o dia com o filho, o que seria muito importante. “Se eu conseguir passar esse dia com o meu filho será muita coisa pra mim”.

Outra mãe que deixa a filha em casa para cuidar da recuperação de outros é a Cláudia Roberta Ferreira, fonoaudióloga, que mora em Ponta Negra, e atua na UTI da Maternidade Divino Amor, em Parnamirim, cidade da Grande Natal, que dispõe de 10 leitos críticos pacientes acometidos com Covid-19.

Fonoaudióloga Cláudia Roberta com as filhas Paola e Giulia
Fonoaudióloga Cláudia Roberta com as filhas Paola e Giulia – Foto: Cedida/Arquivo Pessoal

Aos 49 anos de idade, Cláudia Ferreira está na saúde há 12, e já tinha duas filhas quando começou a carreira na área, Paola Ferreira e Giulia Ferreira, de 32 e 16 anos, respectivamente. Hoje, apenas a caçula mora com ela, e tem que dividir a mãe com os pacientes que precisam dos serviços da profissional que atua com amor para ver os filhos de outras mães voltarem para casa com saúde.

Perto de terminar o ensino médio, Giulia tem que ficar sozinha em casa quando a mãe precisa estar no plantão, e isso preocupa Cláudia, que vê os momentos de solidão da filha na hora de estudar, e lamenta não poder estar perto para fazer companhia e auxiliá-la.

“O processo de educação, principalmente no início, foi muito complicado. Agora eu estou com um pouco mais de tempo, mas antes eu dava plantão na Maternidade Divino Amor e no Varela Santiago, e minha filha ficava muito tempo sozinha. Eu trabalhava de segunda a sexta, e não podia estar em casa para acompanhar e auxiliar ela, que sofreu bastante”, conta Cláudia.

Quem também leva uma vida corrida tendo que se desdobrar é a Taísa Andrade, 34, mamãe da pequena Beatriz Andrade, de apenas 3 anos. Ela sai do bairro Vida Nova, em Parnamirim, onde mora, para dar conta de plantões em duas UTIs que atendem pacientes com Covid, e conta que já pensou em desistir de tudo para dar atenção à filha, mas encontra na pequenina a força necessária para levantar e seguir todos os dias essa rotina mórbida.

Taísa Andrade, fisioterapeuta, e a pequenina Beatriz Andrade
Taísa Andrade, fisioterapeuta, e a pequenina Beatriz Andrade – Foto: Cedida/Arquivo Pessoal

“Minha filha é o que me faz levantar todos os dias e seguir em frente. É a minha força saber que vou chegar em casa e ela vai estar me esperando”, conta Taísa.

Algo que ela lembra como grande dificuldade é a hora de sair para o trabalho, que normalmente é antes da pequena Beatriz despertar. No entanto ela conta que já aconteceu de a filha acordar e deixar apertado o coração da mamãe ao pedir que ela não fosse trabalhar.

“Eu sempre saio com ela ainda dormindo, mas aconteceu alguns dias de ela acordar antes de eu sair e me pediu para não ir. Meu coração fica bem apertadinho. Meu esposo me ajuda muito com isso e eu consigo ir, com o coração apertado, mas vou, porque eu tenho um compromisso que não posso deixar de cumprir”.

Dificuldades emocionais

As dificuldades emocionais surgem para todos, e, principalmente para aqueles que convivem cotidianamente com pessoas de risco e com crianças, segundo a psicóloga Fernanda Miranda.

Ela explica que existe um padrão de comportamento nas mães que é de prover, dar condições de desenvolvimento e autonomia. Esse sentimento no cenário em que vivem as mães da linha de frente, de alta letalidade acaba provocando um estágio de angústia e aflição nelas.

Fernanda Miranda fala de alguns desafios que as mães da linha de frente têm. “Filhos precisam de afeto para seu desenvolvimento emocional. As mães da linha de frente precisam desenvolver diversas novas maneiras de demonstrar afeto sem que seja por contato físico”, explicou.

A especialista conclui dizendo que nesse contexto de pandemia, as mães da linha de frente precisam de uma espécie de adaptação para não deixarem de oferecer afeto aos filhos. “Reaprender uma forma de ser mãe diante da pandemia. As palavras são resiliência e amor”.

Fonte: Novo Notícias.


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GLEISI DIZ QUE BOLSONARO ‘APROPRIA-SE DE OBRA QUE NÃO É SUA’

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No Twitter, Gleisi Hoffmann acusou Jair Bolsonaro de se apropriar da obra da ponte sobre o rio Madeira, em Rondônia, aquela mesma por onde o presidente passeou de moto com Luciano Hang na garupa.

“Bolsonaro mente!! Além da foto ridícula e transgressora c/ velho da Havan na ponte de Abunã, RO, apropria-se de obra q ñ é sua”, escreveu a presidente do PT na rede social.

“A ponte é projeto do PAC, o grosso da execução ocorreu antes do governo dele. Em 18, 85% dos gastos já haviam sido feitos. Bolsonaro administrou só 15%”, acrescentou Gleisi.


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O CENTRO BOLSONARISTA. ESFORÇO DO MDB PARA CONSEGUIR ESPAÇO EM QUALQUER GOVERNO

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Segundo o Estadão uma ala do Movimento Democrático Brasileiro (MDB), ligada a Jair Bolsonaro, começa a se organizar contra a ofensiva de Lula para capturar a legenda.

“Ex-líder da bancada ruralista na Câmara e próximo ao presidente Jair Bolsonaroo deputado Alceu Moreira (RS), presidente da Fundação Ulysses Guimarães, lidera o grupo anti-Lula do MDB. O parlamentar gaúcho vai iniciar a partir do dia 15 um ciclo de debates e consultas aos filiados para posicionar institucionalmente a legenda no chamado ‘centro democrático’.”

O MDB, que não surpreende ninguém, se divide para garantir presença em qualquer governo, seja com Lula, Bolsonaro ou qualquer nome da terceira via.

*Com informações de O Antagonista.


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VAGA NO STF VIRA MOTIVO DE BRIGA NA FAMÍLIA BOLSONARO

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Com a aposentadoria do ministro Marco Aurélio de Mello para o próximo mês de julho, o presidente Jair Bolsonaro terá que indicar o nome do substituto para o Supremo Tribunal Federal – STF. Tão logo o ministro Marcos Aurélio anunciou a sua aposentadoria, o presidente da República ao falar sobre o assunto disse que a sua indicação recairia sobre um nome “terrivelmente evangélico”.

Agora, ao se aproximar a data para a escolha para o novo ministro da Corte, o assunto está virando uma disputa dentro da família Bolsonaro. Como escreveu Carolina Brígido, colunista do Uol, “a mulher, Michelle, tem verdadeira adoração pelo advogado-geral da União, André Mendonça, por quem tem feito campanha. O senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), o filho 01, por sua vez, tenta convencer o pai a nomear para a vaga o presidente do STJ (Superior Tribunal de Justiça), Humberto Martins.”

Mais adiante, a jornalista Carolina Brígido confirma que Bolsonaro revelou a dois ministros do STF que ainda não bateu o martelo, mas está entre os dois candidatos. E confirmou que um aspecto já está definido a vaga será necessariamente preenchida por um evangélico, ainda que ele descarte os dois preferidos do momento mais adiante.


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MÃE

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Mãe
devo-te este poema
que sempre
seguirei querendo
escrever

esperei fazê-lo
em toda a minha vida

esperei o sol
e a lua

e ambos passaram
e voltaram
com palavras mudas
douradas e
pálidas

versos
trouxeram-me as estrelas
o mar
e os rios

versos que devolvi
aos livros
e ao tempo
que os prendia

mas o teu poema
estava sempre
aquém e além do tempo

e a voz para dizê-lo
não me pertencia

mas vi-o
em teu ventre
onde vi nascerem
as dimensões da vida

e as dimensões
de Deus

e se o amor triunfa
em caminhos infinitos

não pode haver começo
ou fim
para o teu poema

  • Horácio Paiva

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PRESIDENTE JAIR BOLSONARO AFIRMA QUE DECRETO CONTRA RESTRIÇÕES ESTÁ PRONTO E SERÁ CUMPRIDO

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Ao longo da solenidade em Rondônia nesta sexta-feira (7), o presidente Jair Bolsonaro declarou que decreto visando acabar com as restrições impostas por governadores e prefeitos para conter o avanço da pandemia já está pronto. Segundo ele, o documento é basicamente uma cópia do artigo quinto da Constituição, que lista direitos fundamentais do cidadão brasileiro, como o de ir e vir e o da liberdade de culto. O presidente afirmou, ainda, que as forças armadas estão prontas para fazer cumprir o texto constitucional, e garantiu que nenhum militar será utilizado para garantir o cumprimento das medidas de prevenção, muitas delas defendidas pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga.

“Creio que a liberdade é o bem maior que nós podemos ter. Tenho falado que se baixar o decreto que já está pronto todos cumprirão. Por que todos cumprirão? Porque esse decreto nada mais é do que a cópia do inciso quinto da Constituição, que todos nós juramos defendê-la”, afirmou. Para o presidente Jair Bolsonaro, não há motivos para fechar mais nada no Brasil. Ele diz, inclusive, não ter dúvida de que os brasileiros estão dispostos a dar a vida para acabar com as restrições impostas pela pandemia. “Não se justifica daqui para frente, depois de tudo que nós passamos, fechar qualquer ponto do nosso Brasil. Pode ter certeza, se cada um de nós militares aqui presentes juramos dar a vida pela nossa pátria, vocês que são o grande exército brasileiro farão tudo até a própria vida para garantir a sua liberdade”, finalizou. As falas do presidente ocorreram durante a inauguração da ponte sobre o rio Madeira, que passa a ser a primeira ligação terrestre entre os estados do Acre e Rondônia.

No discurso que fez durante a cerimônia, Bolsonaro aproveitou para mandar um recado a Liga dos Camponeses Pobres, um grupo que defende o que chamam de “revolução agrária” no norte do país. “Se prepare. Não vai ficar de graça o que vocês estão fazendo. Não tem espaço aqui para grupos terroristas. Nós temos meios de fazê-los entrar no eixo e respeitar a lei”, pontuou. Na semana passada, Bolsonaro já havia afirmado em live com representantes do setor Agropecuário que o governo, em especial o ministério da Justiça, acompanham com atenção as movimentações da Liga dos Camponeses Pobres – que segundo ele, “vem sendo pior que o MST.

*Com informações do repórter Antonio Maldonado


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