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Política


“PAULINHO FREIRE NÃO É A CONTINUIDADE DA GESTÃO ÁLVARO DIAS”, DIZ VEREADOR

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Os servidores gerais da Prefeitura de Natal alcançaram reajuste salarial de 12,88%. O Projeto de Lei Complementar nº 3/2025 foi aprovado por unanimidade em projeto de urgência na Câmara Municipal de Natal, nesta quarta-feira (16).

Após a aprovação, o vereador Luciano Nascimento (PSD) destacou a condução da gestão Paulinho Freire (UB), afirmando que a atual administração rompe com práticas da gestão anterior, de Álvaro Dias (Republicanos). Para o parlamentar, o governo tem se mostrado mais aberto ao diálogo e comprometido com melhorias concretas para a cidade.

“Por isso que eu entendo que não é uma continuidade da gestão de Álvaro, porque Paulinho vem tendo atitudes diferentes”, comparou o vereador em conversa com o Diário do RN.

O parlamentar explica que decidiu o voto pelo retorno que obteve dos representantes dos servidores presentes à sessão. “Os servidores estavam todos satisfeito pelo diálogo, pelo apoio e pelo compromisso da Prefeitura, por isso que a gente votou sim. Então fiquei feliz”, afirmou.

Ao votar a matéria e avaliar a gestão Paulinho Freire, Nascimento ressalta que nos primeiros 120 dias de gestão o prefeito promoveu uma série de melhorias no município. “Diferente e dialogando mais, zerou a fila das creches, tem o compromisso de até o final do ano mandar a licitação do transporte para Câmara Municipal de Natal, que a partir de hoje vai testar por 30 dias um ônibus elétrico, a merenda está melhorando, instalou 30 mil luminárias de led”, disse.

Ele destaca que o diálogo com a Câmara Municipal de Natal também mudou: “O diálogo e o respeito com a Câmara Municipal de Natal também está diferente. Este ano já tivemos duas reuniões de bancada e com os secretários. Na gestão de Álvaro era zero”.

O vereador Luciano avisa que, destas reuniões, “vem muita parceria da prefeitura com a Câmara para resultados positivos para os natalenses”. “Paulinho também tem um foco em acabar esses alagamentos, já tirou seis mil toneladas de entulhos dos bueiros amenizando o sofrimento das famílias, fez um carnaval maravilhoso, está preparando um São João maravilhoso”, alerta.

Reajuste
O reajuste de 12,88% nos salários dos servidores municipais foi calculado com base nos índices inflacionários acumulados entre maio de 2022 e fevereiro de 2025 e contempla os servidores públicos do regime geral, vinculados ao Plano Geral de Cargos, Carreiras e Vencimentos. Segundo o texto aprovado, os efeitos financeiros da atualização não incidirão sobre verbas de qualquer espécie já incorporadas aos vencimentos. A proposta também determina que a Vantagem Individual de Caráter Transitório (VICT) será absorvida proporcionalmente pelo novo valor.

Durante a sessão, o vereador Aldo Clemente (PSDB) também elogiou a gestão. “Esse aumento de 12,88% beneficia quem faz o serviço público acontecer. É um compromisso do prefeito Paulinho Freire com a cidade e com os trabalhadores. Em pouco mais de 100 dias, ele tem mostrado a que veio”, afirmou.

Representando o Sindicato dos Servidores Públicos do Município de Natal (Sinsenat), Jota Neto celebrou o avanço, mas lembrou que ainda há perdas a serem reparadas. “Este reajuste linear ajuda a equilibrar as perdas inflacionárias recentes, mas seguimos lutando por mais avanços”, disse.


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GOVERNADORA SANCIONA REAJUSTE PARA PROFISSIONAIS DA REDE ESTADUAL DE ENSINO

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A governadora Fátima Bezerra (PT) sancionou, nesta terça-feira (15) o reajuste do piso salarial dos professores do Rio Grande do Norte.

“Acabo de sancionar a lei que garante o reajuste de 6,27% para o magistério, preservando a carreira e assegurando o mesmo direit aos aposentados e pensionistas. Com esse percentual, o reajuste acumulado no nosso governo já soma 98,25%. No governo desta professora, a educação é prioridade e compromisso de vida!”, anunciou Fátima em seu perfil do Instagram.

O projeto que garantiu o reajuste nos vencimentos básicos dos cargos efetivos de professor e especialista em educação da rede estadual foi aprovado por unanimidade pelos deputados estaduais do Rio Grande do Norte, nesta terça-feira (15). Os professores da rede estadual terão o reajuste definido pelo Ministério da Educação (MEC) em portaria de janeiro de 2025.

O projeto aprovado contém o acordo acatado pelos professores com o Governo do RN após rodadas de negociações e 30 dias de greve. O reajuste será feito em 5% já na folha de pagamento de abril e 1,7% em junho.

Antes de ser aprovada em plenário, a matéria teve parecer favorável da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). O projeto foi relatado oralmente pelo líder do governo na Assembleia, deputado Francisco do PT. Ele ressalta o acordo firmado entre o Governo Fátima e o sindicato que representa a categoria, o Sinte/RN.

“Esse é um projeto de lei fruto de um entendimento com os professores e professoras, que aceitaram a proposta do Governo, por meio do Sindicato da categoria, o Sinte/RN. Ficou combinado que será pago 5% já na folha de abril e 1,7% em junho”, explicou Francisco do PT.

O reajuste linear de 6,27% será aplicado sobre os vencimentos básicos dos profissionais com jornada de 30 horas semanais e contempla também os aposentados e pensionistas da área. Os que exerçam jornada de trabalho diversa de 30 horas semanais, terão remuneração calculada de forma proporcional, com base no valor da hora aula.

O projeto ainda garante que os servidores que recebem remuneração inicial abaixo do piso nacional fixado para o ano de 2025, terá o reajuste de forma automática, até o percentual correspondente aos 6,27% fixado com base na Portaria do MEC.

De acordo com o Projeto de Lei as despesas decorrentes da implementação do reajuste serão pagas com dotação orçamentária da Lei Orçamentária Anual (LOA), “consignada em favor da Secretaria de Estado da Educação, do Esporte e do Lazer – SEEC e do Instituto de Previdência dos Servidores do Estado do Rio Grande do Norte – IPERN”.


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NATÁLIA DISPARA: “É COVARDIA DISCUTIR ANISTIA PARA OS GOLPISTAS DE 2023”

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Em tramitação na Câmara dos Deputados, o PL da Anistia vem sendo impulsionado por aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e pode ser votado em regime de urgência nas próximas semanas. Foram 262 deputados federais que assinaram requerimento que pede a votação sem que o projeto precise passar pelas comissões. Os parlamentares apoiam o PL que traz, já no Artigo 1º, a determinação de anistia a “todos os que participaram de manifestações com motivação política e/ou eleitoral, ou as apoiaram, por quaisquer meios, inclusive contribuições, doações, apoio logístico ou prestação de serviços e publicações em mídias sociais e plataformas, entre o dia 08 de janeiro de 2023 e o dia de entrada em vigor desta Lei”, demonstrando extensão dos efeitos da Lei à inquéritos e condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Para os parlamentares federais que compõem a bancada do PT, a proposta representa uma ameaça à democracia e usa os participantes do ato de 8 de janeiro como pano de fundo para blindar o ex-presidente e seus aliados das consequências legais por sua participação em um movimento que, segundo eles, teve como objetivo explícito a tentativa de golpe de Estado.

A deputada Natália Bonavides (PT) avalia que a impunidade trouxe o país ao contexto atual.

“Deixamos impune esse delinquente em série que é Bolsonaro. A vida pública dele sempre dependeu da impunidade”, aponta a parlamentar.

“A apresentação do requerimento de urgência do projeto de anistia de Bolsonaro e seus amigos golpistas é mais um alerta de que a direita não liga para a democracia. Por causa disso, até hoje há militares que acham que dar golpe é função legítima das Forças Armadas”, complementou.

Para Bonavides, episódios como o atentado a bomba planejado por Bolsonaro nos anos 1980, o envolvimento no esquema de rachadinhas e a gestão da pandemia de Covid-19 são exemplos de crimes que ficaram sem punição.

Ela também criticou o que considera ser uma tentativa de apagar a gravidade dos ataques golpistas e defendeu mobilização popular contra o projeto. “A história já mostrou o erro que é anistiar criminosos do poder. Esse erro nós não podemos — e não vamos — repetir. É covardia discutir anistia para os golpistas de 2023: não só os que estavam no 8 de janeiro, mas, principalmente, os que planejaram e financiaram o ataque. E não aceitaremos que o Congresso se acovarde diante de um covarde como Bolsonaro”, afirmou Bonavides ao Diário do RN.

Para o deputado federal Fernando Mineiro (PT), o projeto tem o único objetivo de proteger Bolsonaro de futuras punições. “É um habeas corpus preventivo. Bolsonaro liderou as tentativas de golpes. O 8 de janeiro foi o ápice”, diz ele à reportagem.

O parlamentar da base de Lula acrescenta fatos ligados à tentativa de golpe que, segundo ele, deverão se livrar da punição caso o PL da Anistia passe no Congresso, como o plano de assassinato de Lula Alckmin e Alexandre de Moraes.

“O golpe contra a democracia e contra o sistema eleitoral, que teve várias etapas, no pós eleições de 2022: ocupação das calçadas dos quarteis, quebra quebra em Brasília no dia da diplomação da chapa Lula/Alckmim, plano de assassinatos de Lula, Alckmim e Alexandre de Moraes, bomba no aeroporto de Bsb e o 8 de janeiro”, relembrou.

Segundo ele, a ausência de contestação às provas levantadas pelo inquérito é um indício de culpa: “Estão tão conscientes da culpa que querem absolvição antecipada. O PL da Anistia é, na verdade, um PL da fuga do julgamento”, complementa o deputado.

PL da Anistia
O Artigo 1º já deixa claro que o Projeto não trata somente daqueles que estiveram nas sedes dos Três Poderes, em Brasília, no 8 de janeiro, quando abrange também “os que apoiaram, por quaisquer meios”, os atos, o que incluiria Jair Bolsonaro e aliados.

No parágrafo 1º do Artigo 1º, a anistia se estende não só aos que participaram das manifestações de 8 de janeiro, mas aos crimes conexos ao 8 de janeiro.

Um dos inquéritos que tramita no STF, por exemplo, acusa Bolsonaro de participação de uma trama para anular o resultado da eleição de 2022, com base em uma minuta de decreto golpista encontrada na casa de seu ex-ministro Anderson Torres. Esse é um dos casos – “crimes conexos” tratado no parágrafo – em que o PL da Anistia pode beneficiá-lo.

A Lei da Anistia pode, ainda, arquivar inquérito que investiga Bolsonaro sobre incitação nas redes sociais aos atos de 8 de janeiro, que também tramita no STF, de acordo com espaço dado pelo parágrafo 2º do Artigo 1º.

A condenação de Jair Bolsonaro à inelegibilidade por abuso de poder político até 2030 pode ser revertida caso a Lei seja aprovada, com a redação do Artigo 8º, que assegura os direitos políticos e extingue efeitos decorrentes das condutas para pessoas que se beneficiem da lei.


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LEI DA ANISTIA BENEFICIAR BOLSONARO É JUSTIÇA, AVALIAM DEPUTADOS ALIADOS

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Os participantes da invasão às sedes dos Três Poderes, em Brasília, no 8 de janeiro de 2023, são os beneficiados direto do PL 2.858, que tramita na câmara dos Deputados. No entanto conforme reportagem publicada nesta terça-feira (15), pelo Diário do RN, há diversos artigos que podem beneficiar também o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e aliados, que de alguma forma têm ligação com a tentativa de golpe de Estado no Brasil. Para os deputados federais do RN, que assinaram pedido de urgência protocolado na câmara dos Deputados, se a medida alcançar Bolsonaro será uma questão de Justiça.

Um dos maiores defensores do bolsonarismo no Rio Grande do Norte, General Girão acredita que a anistia significa pacificar o país. Segundo ele, as pessoas que estão presas por atos ligados ao 8 de janeiro estão presas injustamente. “Cada vez mais deputados estão demonstrando conscientização a respeito disso”, afirmou.

O parlamentar que compõe o PL do Rio Grande do Norte afirma que é justo que Bolsonaro possa vir a ser beneficiado com o Projeto de Lei, já que ele sofre “falsas acusações”. “Sobre a anistia alcançar Bolsonaro, não vejo problema algum, mas o próprio Bolsonaro já disse que a prioridade da anistia é para aqueles que estão presos injustamente. Se, posteriormente, o PL da Anistia acabar por beneficiar o presidente Bolsonaro de alguma forma, será mais do que justo, tendo em vista que ele também é vítima de injustiças e de falsas acusações”, disse ao Diário do RN.

Sargento Gonçalves (PL), pensa de forma semelhante. Aliado do ex-presidente e integrante do mesmo partido, o parlamentar afirma que Bolsonaro já declarou publicamente que não deseja ser beneficiado pela proposta, mas acredita que, mesmo assim, o texto pode eventualmente incluí-lo.

“A intenção é que, de fato, aqueles anônimos, os invisíveis que estão sendo, infelizmente, injustiçados no nosso país, homens e mulheres de bem, fichas limpas […] possam ser alcançados”, disse negando que o pano de fundo do PL seja beneficiar Bolsonaro.

Embora Bolsonaro não esteja formalmente entre os alvos da proposta, Gonçalves entende que ele também pode ser incluído caso se entenda que sua atuação política durante o período esteja enquadrada nos critérios estabelecidos pelo projeto. “Pode acontecer, sim, do presidente Bolsonaro ser alcançado. Se vier a ser, na minha opinião pessoal, entendo que não há nenhum tipo de arbitrariedade, ilegalidade no ato. Muito pelo contrário. […] Ele é mais um dos perseguidos políticos, e talvez o principal perseguido político da história do nosso país”, afirma.

Para Gonçalves, o processo que investiga os atos golpistas tem “vícios” e fere garantias constitucionais. Ele acusa o Supremo Tribunal Federal, especialmente o ministro Alexandre de Moraes, de conduzir o inquérito sem respeitar o devido processo legal. “Alexandre de Moraes está mais para inquisidor […] um processo todo cheio de vícios. Sem direito a contraditório, sem direito à ampla defesa, a defesa dos réus sem ter acesso aos autos, às provas. Tem muita coisa errada”, afirmou.

Gonçalves defende que não houve tentativa de golpe de Estado e diz que a acusação de que havia uma organização armada é uma “narrativa fajuta”. “Não foi pega uma arma sequer de fogo”, argumenta.

O deputado vê a aprovação da anistia como uma medida necessária para o que chama de “pacificação política” do Brasil. “Hoje já temos pelo menos uns 310 deputados que se posicionam favoráveis à anistia. Já é número para se aprovar uma PEC, que são 308. Eu creio que iremos conseguir vencer. Se Deus quiser. Anistia, por justiça, será por justiça. Então, anistia aos presos políticos do dia 8 de janeiro”, finalizou o parlamentar.

Carla Dickson
A deputada federal Carla Dickson reforça o apoio do União Brasil potiguar ao projeto que anistia os envolvidos nos atos antidemocráticos. Para a parlamentar, todos os que estão presos ou que já foram condenados em decisões sobre a tentativa de golpe são vítimas de decisões “absurdas”.

“Concordo que [o PL da Anistia] se estenda de forma irrestrita a todos, inclusive ao ex-presidente Bolsonaro. Essas pessoas não tiveram o devido processo legal e as prisões são absurdas, bem como as condenações”, disse ao Diário do RN.

O Partido Liberal conseguiu superar o mínimo de 257 assinaturas necessárias para que a proposta seja pautada diretamente no plenário, sem passar pelas comissões temáticas. O líder do partido, deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), protocolou nesta segunda-feira (14) o requerimento de urgência para acelerar sua tramitação. O pedido reuniu 264 assinaturas de deputados. Do Rio Grande do Norte, quatro apoiam a urgência da votação: General Girão (PL), Sargento Gonçalves (PL), Carla Dickson (UB) e Benes Leocádio (UB). A votação em plenário depende do presidente da câmara, Hugo Motta (Republicanos).


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LEI DA ANISTIA NÃO CITA BOLSONARO, MAS LIVRA EX-PRESIDENTE DE CONDENAÇÕES

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O empenho do Partido Liberal em aprovar a Lei da Anistia conseguiu superar o mínimo de 257 assinaturas necessárias para que a proposta seja pautada diretamente no plenário, sem passar pelas comissões temáticas. O líder do partido, deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), protocolou nesta segunda-feira (14) o requerimento de urgência para acelerar sua tramitação. O pedido reuniu 264 assinaturas de deputados. Do Rio Grande do Norte, quatro apoiam a urgência da votação: General Girão (PL), Sargento Gonçalves (PL), Carla Dickson (UB) e Benes Leocádio (UB).

Na descrição, o PL 2.858/2022 busca conceder anistia “a todos os que tenham participado de manifestações em qualquer lugar do território nacional do dia 08 de janeiro de 2023 ao dia de entrada em vigor desta Lei, nas condições que especifica”. As condições, contidas nos artigos e parágrafos do projeto, não citam, mas podem beneficiar diretamente o ex-presidente Jair Bolsonaro. Caso aprovado, o PL pode reverter a condenação do líder do PL e até a sua inelegibilidade. Como investigado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por supostamente incitar os atos golpistas ou permitir sua articulação, caso a anistia seja interpretada como abrangente o suficiente, qualquer responsabilização penal dele por esses eventos pode ser anulada. Por isto, o PL vem sendo tratado como estratégico pela base de Bolsonaro.

O Artigo 1º já deixa claro que o Projeto não trata somente daqueles que estiveram nas sedes dos Três Poderes, em Brasília, quando abrange também “os que apoiaram, por quaisquer meios”, os atos, o que incluiria Jair Bolsonaro e aliados.

“Ficam anistiados todos os que participaram de manifestações com motivação política e/ou eleitoral, ou as apoiaram, por quaisquer meios, inclusive contribuições, doações, apoio logístico ou prestação de serviços e publicações em mídias sociais e plataformas, entre o dia 08 de janeiro de 2023 e o dia de entrada em vigor desta Lei”, diz o Artigo.

No parágrafo 1º do Artigo 1º, a anistia se estende não só aos que participaram das manifestações de 8 de janeiro, mas aos crimes conexos ao 8 de janeiro. “A anistia de que trata o caput compreende os crimes com motivação política e/ou eleitoral, ou a estes conexos, bem como aqueles definidos no Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 – Código Penal”.

Um dos inquéritos que tramita no STF acusa Bolsonaro de participação de uma trama para anular o resultado da eleição de 2022, com base em uma minuta de decreto golpista encontrada na casa de seu ex-ministro Anderson Torres. Esse é um dos casos – “crimes conexos” tratado no parágrafo – em que o PL da Anistia pode beneficiá-lo. Se o Congresso aprovar o PL com a redação atual e se Bolsonaro for considerado mandante, articulador ou incentivador, ele poderá ser anistiado.

Já o parágrafo 2º do Artigo 1º traz na redação: “A anistia de que trata esta Lei abrange quaisquer medidas de restrições de direitos, inclusive impostas por liminares, medidas cautelares, sentenças transitadas ou não em julgado que limitem a liberdade de expressão e manifestação de caráter político e/ou eleitoral, nos meios de comunicação social, plataformas e mídias sociais”. O trecho implicaria em anistiar até atos de expressão e comunicação em redes sociais que tenham motivação política ou eleitoral.

Neste ponto, a Lei da Anistia pode arquivar inquérito que investiga Bolsonaro sobre incitação aos atos de 8 de janeiro, que também tramita no STF. De acordo com o inquérito, Bolsonaro teria incentivado os ataques com declarações públicas e postagens nas redes sociais, inclusive ao divulgar um vídeo questionando o resultado das eleições dois dias após os ataques.

Além dele, com este artigo, outros bolsonaristas se beneficiariam do PL, como o blogueiro Allan dos Santos, hoje asilado nos Estados Unidos, que é investigado por integrar uma “milícia digital” voltada à desestabilização das instituições democráticas e disseminação de desinformação com motivação política – o tipo de conduta que o PL pretende anistiar. O deputado federal potiguar General Girão, que foi condenado pela 4ª Vara da Justiça Federal de Natal por incitação aos atos golpistas e tem inquérito com mesmo teor em tramitação no STF, pode ser anistiado também.

Já o parágrafo 3º diz: “Fica também concedida anistia a todos que participaram de eventos subsequentes ou eventos anteriores aos fatos acontecidos em 08 de janeiro de 2023, desde que mantenham correlação com os eventos acima citados [atos do 8 de janeiro]”.

Em se tratando de atos subsequentes ou anteriores, o parágrafo reforça possibilidade de arquivamento dos dois inquéritos já citados pela reportagem, que possuem relação direta com incitação aos atos antidemocráticos, antes ou depois dos eventos.

A condenação de Jair Bolsonaro à inelegibilidade por abuso de poder político até 2030 pode ser revertida caso a Lei seja aprovada, com a redação do Artigo 8º.

A sentença do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que condenou a atuação de Bolsonaro contra o sistema eleitoral na live institucional com embaixadores pode ter como argumento o Artigo 8º da Lei da Anistia: “Ficam assegurados os direitos políticos, e, ainda, a extinção de todos os efeitos decorrentes das condutas a si imputadas, sejam cíveis ou penais, para as pessoas que se beneficiem da presente lei”.

Por tratar de medidas restritivas de direitos, como o impedimento de concorrer em eleições, “os efeitos decorrentes” da perda de direitos devolveriam a elegibilidade a Jair Bolsonaro.

Além de todos os trechos, o Projeto de Lei ainda pretende incidir as autoridades – principalmente os Ministros do STF – em enquadramento em caso de abuso de autoridade, caso não cumpram a Lei, caso aprovada e em vigor. “Caso ocorra o descumprimento desta lei, será caracterizado como abuso de autoridade, nos termos do art. 27 da Lei no 13.869, de 5 de setembro de 2019, nos casos em que decorra a instauração de procedimento investigatório referente aos fatos caracterizados no caput [atos do 8 de janeiro]”, diz o Artigo 3º.


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CARLOS EDUARDO NEGA ENTENDIMENTO POLÍTICO COM FÁTIMA BEZERRA PARA 2026

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Aila Cortez, ex vice-prefeita de Natal ao lado de Álvaro Dias (Republicanos), foi nomeada diretora geral da Escola de Governo do Rio Grande do Norte, órgão vinculado à Secretaria de Estado da Administração (Sead). A nomeação foi publicada na edição do Diário Oficial do Estado (DOE) da última sexta-feira (11). Filha do ex-governador do RN, Cortez Pereira, Aila é prima de Andreia Ramalho, esposa de Carlos Eduardo e um nome ligado politicamente ao ex-prefeito. Em 2020, foi eleita vice-prefeita de Natal na chapa com Álvaro Dias por indicação de Carlos Eduardo.

Apesar da nomeação na equipe do Governo do PT, Carlos Eduardo garante que a nomeação de Aíla Cortez não significa entendimento seu com Fátima Bezerra e o Partido dos Trabalhadores.

Alves conversou com o jornalista Túlio Lemos e foi direto ao afirmar à reportagem que não houve articulação política envolvida na nomeação. “Aila foi nomeada no Governo de Fátima, mas isso não houve nenhum entendimento meu com Fátima. Até pelo fato de que Aila deixou o PSD. Ela teve que deixar o PSD para assumir as novas funções públicas no Governo do Estado”, explicou, contando que Aila precisou deixar o partido para aceitar o convite.

Carlos relatou que Aila teria manifestado o desejo de homenagear o pai, o ex-governador Cortez Pereira — idealizador do Centro Administrativo do Estado — e que foi convidada diretamente por Fátima Bezerra. “Ela disse que estava precisando trabalhar e Fátima convidou ela para trabalhar.

Ela me ligou. Eu disse: ‘Aila, você vai ter que deixar o partido, você sabe disso, porque eu não tenho nenhum entendimento com Fátima. E ao que sei, também Jaime e Zenaide não têm [entendimento com Fátima Bezerra]’. Então ela deixou o partido”, relatou. A senadora Zenaide Maia é presidente do PSD no RN e Jaime Calado, prefeito de São Gonçalo do Amarante, esposo de Zenaide, é articulador político do partido.

PSD e eleições 2026
Questionado sobre o posicionamento do PSD para as eleições de 2026, Carlos Eduardo disse que as decisões sobre alianças ainda estão distantes e que serão conduzidas pela senadora Zenaide Maia, presidente estadual da sigla. “Com certeza ela vai ouvir o marido, vai ouvir a mim e os 22 prefeitos do partido — prefeitos de cidades grandes e importantes. Mas essa discussão dentro do partido não existe ainda, sobre com quem vai se aliar”, adiantou.

Allyson Bezerra
Ainda assim, reconheceu que “o que há hoje é um bom entendimento” entre o prefeito de São Gonçalo do Amarante, Jaime Calado, e a senadora Zenaide com o prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra (União Brasil). “Os dois, a senadora e o prefeito Jaime, têm hoje um bom entendimento com Allyson Bezerra”, afirmou.

Carlos vê o prefeito de Mossoró como uma figura distante dos dois polos principais da política estadual. “Allyson está naquela: nem é Rogério, nem é o PT. Os dois extremos. Ele está aí. Se ele é a terceira via, eu não sei. O que sei é que há um bom alinhamento com o prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra”, finalizou o ex-prefeito de Natal.

Depois de se manter reservado após derrota nas urnas na eleição municipal do ano passado, no Instagram, o ex-prefeito de Natal reapareceu em um vídeo no Parque Ibirapuera, em São Paulo, onde está morando atualmente, e comparou o espaço com o Parque da Cidade de Natal. “Aqui de São Paulo, lembrei do nosso Parque da Cidade, em Natal — também projetado por Niemeyer e construído na nossa gestão. Um espaço que une lazer, esporte, cultura e, principalmente, preservação ambiental: são mais de 200 hectares de mata nativa protegidos no coração da cidade”, escreveu na legenda do vídeo de quase quatro minutos.

Na conversa com o Diário do RN, Carlos Eduardo explicou que está passando por um “período sabático” na capital paulista.


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JUSTIÇA AVANÇA EM INVESTIGAÇÃO CONTRA PREFEITA DE MAXARANGUAPE

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A prefeita de Maxaranguape, Professora Nira, é alvo da Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) nº 0600638-82.2024.6.20.0064, que tramita na 64ª Zona Eleitoral. Reeleita no pleito de outubro de 2024, obtendo 5.325 votos que correspondem a 59,22% dos votos válidos, Professora Nira é investigada por possíveis irregularidades na contratação de pessoal e uso da máquina pública durante o período eleitoral.

No último dia 7 de abril, o juiz eleitoral Diego Costa Pinto Dantas determinou novas diligências no processo. Entre as medidas, o magistrado ordenou a intimação do Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Norte (TCE/RN) para que, no prazo de 10 dias, informe quantos funcionários vinculados ao Instituto de Gestão em Saúde RN (CNPJ 47.436.348/0001-90) e à Gold Service Company LTDA (CNPJ 32.196.807/0001-38) têm obrigações trabalhistas recolhidas. Também devem ser apresentados os dados de admissão, demissão, endereço, nome e CPF dos empregados atuantes em Maxaranguape.

Além disso, a Prefeitura de Maxaranguape foi intimada a apresentar, no mesmo prazo, todos os processos de despesa de 2024 relacionados a pagamentos feitos às duas empresas citadas, bem como a lista dos contratados por elas, caso esses dados não estejam nos processos.

De acordo com os dados disponíveis no próprio Portal da Transparência da Prefeitura, em 2024 as despesas com o Instituto de Gestão em Saúde RN já somam R$ 3.102.509,02, enquanto os gastos com a Gold Service Company LTDA chegam a R$ 4.757.717,22.

A AIJE busca apurar possíveis irregularidades na contratação de pessoal e uso da máquina pública durante o período eleitoral.

Na época, a então candidata à reeleição contava com o apoio do Deputado Luiz Eduardo, do Solidariedade, que tem no município sua principal base eleitoral, onde já foi duas vezes prefeito.

Apesar de poucos meses terem se passado, a parceria já não existe, o que tem esquentado também os bastidores da política no município já mirando os votos da região para a disputa das eleições de 2026.


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GOVERNO FEDERAL BUSCARÁ RETOMAR PAUTA DE REGULAÇÃO DAS REDES NO CONGRESSO

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O governo federal vai tentar uma nova aproximação com o Congresso nas próximas semanas para que o tema da regulação das plataformas digitais volte à agenda dos legisladores, afirmou o Secretário de Politicas Digitais da Presidência da República, João Brant.

“O governo está terminando de definir sua posição de mérito e de estratégia. Nossa compreensão é que essa regulação precisa equilibrar três coisas: primeiro, a responsabilidade civil das plataformas; segundo, o que a gente chama de dever de prevenção e precaução, que significa a necessidade de atuar preventivamente para que não haja disseminação de conteúdos ilegais e danosos a indivíduos ou a coletividades; e terceiro, que elas atuem na mitigação dos riscos sistêmicos da sua atividade”, defendeu Brant na última semana, em palestra na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

A principal proposta de regulação das plataformas digitais, o Projeto de Lei 2.630 de 2020, conhecido como PL das Fake News, já foi aprovado pelo Senado e está em análise na Câmara dos Deputados. A falta de um acordo, porém, impede que ele avance desde o ano passado.

Atualmente, essas empresas respondem ao Marco Civil da Internet, aprovado em 2014. No seu Artigo 19, a lei diz que que as redes sociais só podem ser responsabilizadas por conteúdo ofensivo ou danoso postado por usuários caso descumpram uma ordem judicial de remoção, à exceção de conteúdo sexuais não autorizado ou casos que violam direitos autorais.

No dia-a-dia, a moderação dos conteúdos cabe às plataformas, que têm políticas próprias para decidir sobre a exclusão de conteúdos violentos ou mentirosos.

“Quando você vai discutir regulação ambiental, por exemplo, o tempo inteiro você olha para os riscos sistêmicos, aqueles riscos que são inerentes à atividade, que afetam direitos fundamentais ou outros marcos legais relevantes. E é preciso mitigar esses efeitos, impor responsabilidades e custos. E o que a gente tem é uma distorção do ambiente digital, sem que as plataformas assumam qualquer responsabilidade”, argumentou o secretário.

O uso das redes sociais para cometer crimes continua no centro do debate público em meio às denúncias de violências cometidas contra crianças e adolescentes, e tem reacendido a discussão sobre a regulação das chamadas big techs, as empresas que controlam essas plataformas.

O coordenador do Centro de Referência para o Ensino do Combate à Desinformação da Universidade Federal Fluminense, Afonso Albuquerque, concorda que a regulação das redes se tornou uma questão fundamental e é preciso mais do que responsabilizar as plataformas por esses conteúdos.

“É preciso ter regras relativas ao financiamento dessas plataformas que, de alguma forma, estabeleçam princípios de transparência algorítmica. Nós temos um agente que tem uma capacidade imensa de intervir nos debates nacionais e, hoje, efetivamente, nós operamos no terreno da mais pura ilegalidade”

No entanto, ele não vê um cenário favorável a essa discussão, no Congresso Nacional, a princípio. Mas uma ajuda indireta e imprevista pode vir dos efeitos do governo de Donald Trump, nos Estados Unidos: “Nós estamos vivendo um momento muito caótico, no qual não é possível fazer análises muito claras. Algumas semanas atrás, nós tínhamos uma situação de fechamento das plataformas com os interesses do governo Trump. Mas, agora que as tarifas estão afetando o bolso dos bilionários que apoiaram o Trump, esse não é um cenário tão transparente assim”.

Para Afonso Albuquerque, as ações de Donald Trump também têm colocado os Estados Unidos em oposição a muitos países, incitando em muitos deles a necessidade de defender sua soberania em diversos campos, inclusive contra a influência das plataformas digitais americanas.

“Ele e os personagens envolvidos, particularmente o Elon Musk, mas o [Mark] Zuckerberg também, demonstraram pouca sutileza no seu interesse de intervir em assuntos internos de outros países, particularmente do Brasil. E, ao fazer isso, eles levantam a agenda da soberania. Eu acho que essa ameaça está presente desde que as plataformas existem, mas o comportamento agressivo dos integrantes do governo Trump, particularmente sua aliança com os setores da extrema direita anti-institucional do Brasil, tornam muito visível essa ameaça”, explica o especialista.

O Secretário de Politicas Digitais da Presidência da República, João Brant, acrescenta que os resultados dos embates entre Musk e o Supremo Tribunal Federal criaram um precedente positivo não só para o Brasil:

“É um momento em que se testa, se esgarça essa relação com os estados nacionais. O mundo inteiro fica olhando para ver o que que o Brasil vai fazer, e o Brasil toma uma decisão de suspender o serviço enquanto não cumprisse as ordens judiciais.

O melhor dessa história é que ela termina com o Musk tendo que sucumbir ao Estado brasileiro, topando cumprir as regras para voltar ao ar. “Eu diria que ali foi um momento de virada em que vários países entenderam que a gente não pode lidar com naturalidade com o fato de que eles escolhem quais regras vão cumprir.”

Brant também acredita que duas situações frequentes podem contribuir para que a população pressione os legisladores em direção à regulação: “A própria proteção de crianças e adolescentes, que eu acho que é um tema chave, em que fica mais explícito o problema, e também a quantidade de golpes e fraudes no ambiente digital, e uma parte das plataformas é inclusive sócia desses golpes, porque recebe dinheiro para veicular conteúdo fraudulento.”

Já o coordenador do Centro de Referência para o Ensino do Combate à Desinformação da UFF, Afonso Albuquerque, defende que é preciso ir além das regulações nacionais, com a criação de mecanismos transnacionais pactuados e instituições de governança que estabeleçam e fiscalizem o cumprimento de regras globais.

Fonte: Agência Brasil


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ALLYSON APONTA PAULINHO FREIRE COMO O ARTICULADOR DA OPOSIÇÃO PARA 2026

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Para o prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra (UB), o prefeito de Natal, Paulinho Freire (UB) é uma das principais lideranças da direita potiguar no processo de articulação política com vistas à eleição de 2026. Segundo o gestor mossoroense, Paulinho não apenas tem legitimidade, como reúne qualidades para liderar a candidatura majoritária no Estado. O assunto também foi comentado durante a entrevista conjunta ao Diário do RN e à 98 FM, gravada nesta quinta-feira (10). A entrevista vai ao ar a íntegra nesta sexta-feira (11), no programa 12 em Ponto, na 98 FM.

“Eu acho importante de citar aqui também o prefeito Paulinho. O prefeito Paulinho é prefeito da capital do Estado. Está fazendo uma grande gestão. Está focado ali em resolver problemas que surgem dentro da cidade. E é alguém que tem uma grande liderança dentro do partido”, afirma.

Allyson Bezerra apontou que o prefeito de Natal “pode ser o nome que possa articular, conversar, chamar, conduzir, sem nenhum problema”. Do mesmo partido de Bezerra, Paulinho Freire foi eleito após uma virada durante a campanha eleitoral de 2024. Próximo à Rogério Marinho (PL) e à José Agripino, presidente estadual do União Brasil, Allyson vê em Freire a pessoa capaz de manter a aliança e a união do grupo até 2026.

“Eu acho que Paulinho é um grande quadro político. Tem uma experiência política muito grande. E está no nosso partido do União Brasil. Alguém que tem uma ligação muito forte com o senador Agripino. Paulinho é um desses quadros”, reforçou.

Sobre o futuro político do União Brasil no Rio Grande do Norte, Allyson reforçou que caberá ao presidente estadual do partido, José Agripino, liderar as articulações, incluindo a eleição geral do próximo ano: “No tempo que ele entender que é oportuno, ele vai também chamar os filiados e chamar as lideranças políticas do partido para se fazer algum tipo de discussão”.

O prefeito mossoroense também citou outros nomes com potencial de liderança no campo da direita potiguar, como o deputado federal Benes Leocádio, também do União Brasil.

“O Benes é um deputado federal que foi cinco vezes prefeito. Então, alguém que foi cinco vezes prefeito. Presidente da Federação dos Municípios. Presidente da Federação dos Municípios.

Então, um cara desse tem uma vasta experiência. É alguém que consegue sentar na mesa e conversar”, afirmou.

Mossoró Cidade Junina 2025 e infraestrutura: “Estamos com o maior volume de obras da história de Mossoró”

Lançamento do MCJ 2025 em Natal foi realizada ao lado de aliados políticos e setor empresarial do RN – Foto: Reprodução

O prefeito Allyson Bezerra lançou o Mossoró Cidade Junina em Natal nesta quinta-feira (10). Além de destacar a programação, grandiosidade de infraestrutura e convite à maior festa de São João do Estado, o prefeito de Mossoró faz um balanço das ações da gestão municipal em diversas áreas. Ele fala sobre o avanço das obras nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs), escolas e drenagem, destaca projetos estruturantes como o Complexo Viário da Abel Coelho e a construção de pontes, e detalha os investimentos no Estádio Nogueirão.

DRN e 98FM – Hoje o senhor esteve aqui em Natal para o lançamento da programação. O que podemos aguardar do Mossoró Cidade Junina 2025?
Allyson Bezerra – Mossoró Cidade Junina lançado, né? De sete a vinte e oito de junho, então já convidando todo mundo. Começa com o Pingo da Meia-Dia, evento grandioso no Corredor Cultural de Mossoró. Você imagina que é só em torno de duzentas mil pessoas no Corredor Cultural. É um evento que impressiona pela quantidade de pessoas, mas também impressiona pelo seu valor cultural. Nós procuramos dar o caráter mais de valorização das raízes da cultura do evento.

Tem o Pingo da Meia-Dia, tem a Estação das Artes, com cantores em palco, cantores grandes que estão em grandes festivais nacionais. E temos polos durante o dia e aos finais de semana, que têm realmente a cultura nordestina. Por exemplo, o polo Poeta Antônio Francisco, que é um polo que busca ter desde poesia de cordel, de violeiros, de sanfoneiros, shows de humor. O polo é só nordestino mesmo, tudo ali é da nossa raiz.

DRN e 98FM – No caso específico do Pingo, o que muda do Pingo da Meia-Dia deste ano para o do ano passado?
Allyson – Nós continuamos com o percurso ampliado. Durante toda a história, o Pingo aconteceu sempre no Corredor Cultural, mas com um percurso que já era longo, um espaço grande. Agora ele permanece ampliado. Teremos também a presença de mais trios.

Você imagina que tem desde Léo Santana, Filipe Amorim, vários artistas de Mossoró e do nosso estado. Tem o Xand Avião, que é do estado. Tem o Grafith também, que é do estado. O que nós estamos falando é de um evento simbólico para o Rio Grande do Norte, o maior evento do estado.

Um evento que é orgulho do Rio Grande do Norte. Mossoró Cidade Junina 2025 é orgulho para o RN.

DRN e 98FM – Qual a estimativa de público e movimentação financeira, não só em Mossoró, mas em todo o estado?
Allyson – Deixa eu trazer números da Fecomércio. A Fecomércio avalia há mais de oito anos o evento como um todo. Nesses últimos três anos, as edições foram durante a nossa gestão, e dá pra ver claramente que o evento hoje vive uma nova era.

Nesse último ano, tivemos uma movimentação econômica de 350 milhões de reais na economia da nossa cidade e região. E a presença de público, somando todos os polos, foi de 1 milhão e 300 mil pessoas. O Pingo da Meia-Dia sozinho reuniu mais de 200 mil. Noites na Estação das Artes com 60 a 70 mil pessoas. E eventos que reúnem 2 mil, 5 mil, 10 mil, 15 mil pessoas. Tudo isso é mensurado num estudo técnico do Instituto da Fecomércio, que pra nós é uma referência científica em dados do evento.

DRN e 98FM – Sobre a experiência do público, essas parcerias impactam na estrutura? Como está organizada a questão dos camarotes e do acesso gratuito ao público? Há parceria com os governos estadual ou federal?
Allyson – O público tem acesso a todas as áreas do evento, inclusive de frente para o palco, de forma gratuita. Claro que há camarotes, e quem quiser ir para o camarote, vai. Mas quem estiver no evento vai ver que a frente do palco é um grande camarote. Todo o piso tem intertravado, o evento é fechado, tem revista nas entradas, cinturão de segurança, câmeras com reconhecimento facial.

Quando a pessoa entra, o reconhecimento facial já fotografa e cruza com dados do Ministério Público, GAECO, Polícia Civil, Guarda Municipal e outras forças. Se alguém tiver pendência com a Justiça, a informação é imediatamente repassada para as equipes de segurança. É uma tecnologia segura.

Há integração das forças federal, estadual e municipal. Todas são fundamentais e trabalham de forma articulada. É montada uma central com todas as forças, com computadores, banco de dados, vídeo-monitoramento, reconhecimento facial funcionando em tempo real. Isso é espetacular, e eu defendo muito isso.

DRN e 98FM – Vamos falar agora sobre gestão. O que o senhor destaca em termos de infraestrutura neste segundo mandato?
Allyson – Nós estamos agora colhendo com muita felicidade aquilo que plantamos nos últimos quatro anos. Obras que idealizei com nossa equipe, e hoje estão se tornando realidade.

Vou dar um exemplo: o centro comercial. Mossoró tinha conflitos entre camelôs, ambulantes, acessibilidade, lojistas. Tinha ação na Justiça, no Ministério Público. Chamamos todos, fizemos um cadastro desde 2021, e agora vamos entregar um centro comercial com 315 lojas, segurança, energia, banheiros, base da Guarda Municipal, central do turista. E as calçadas ficarão livres para acessibilidade. É uma obra de sucesso.

Outro exemplo: Complexo Viário 15 de Março. A maior obra de mobilidade, 100 milhões de reais, incluindo desapropriações de mais de 90 áreas. Vai ligar duas vias, passar sobre o Rio Mossoró com uma ponte de 140 metros. E tem calçadão, ciclovia — a primeira 100% ciclovia da cidade.

Oito quilômetros de pista exclusiva para bicicletas.

DRN e 98FM – Sobre a duplicação da ponte da Presidente Dutra, que gerou críticas em relação ao orçamento, qual o valor da obra e como responde a essas críticas?
Allyson – É uma obra de 12 milhões de reais, das duas pontes. Não foi só alargamento e duplicação. Foi restauração completa do leito do rio, fundação, pilares, vigas, lajes. Uma das pontes corria risco de desabamento.

A obra não teve aditivo. E diferente de outras obras — como a da Ponte de Igapó aqui em Natal, orçada em 21 milhões — lá conseguimos manter o trânsito. Só houve interdição no final para concretagem.

Fizemos o projeto com um canteiro ao lado, não em cima da ponte. Isso agilizou a obra. Produzimos vigas, fizemos montagem com guindaste e depois entramos com a laje e sinalização. Mobilidade tem que ser pensada com planejamento. Não dá para atrapalhar as pessoas por atrapalhar.

DRN e 98FM – Sobre o Nogueirão, que ainda não foi reformado. O que responde aos torcedores insatisfeitos?
Allyson – Estou com quatro anos e três meses de gestão. Quando assumi, o estádio não era da Prefeitura. Estava fechado. A gente viu maquete, promessas, mas nada concreto. Nós municipalizamos o estádio, hoje está em posse do município.

Queremos fazer uma concessão, uma PPP, para transformar o Nogueirão numa arena multiuso.

Entendo que todos querem rapidez — eu também quero — mas envolve patrimônio público, torcidas, obras de engenharia. Precisa de rigor burocrático. Em breve teremos a publicação do edital.

DRN e 98FM – Dá para adiantar algum prazo?
Allyson – Posso dizer que está muito perto. Próxima semana vamos apresentar o modelo para instituições como Sinduscon. Os clubes de Mossoró não podem mais mandar jogos fora. Tem que ser em Mossoró. Por isso assumimos e vamos resolver.


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“NÃO TENHO CONDIÇÃO DE FAZER DEFESA DO GOVERNO DO ESTADO”, DIZ ALLYSON

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O prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra (UB), foi categórico ao comentar a atuação do Governo estadual. Allyson não deixou margem para dúvidas quanto à sua posição em relação ao Governo de Fátima Bezerra (PT). “Tem um canto que eu não estou. Eu não estou no lado do Governo, porque eu não tenho condição de fazer uma defesa do Governo do Estado”, afirmou. Em visita à capital do Estado para eventos de lançamento do Mossoró Cidade Junina, o prefeito da 2ª maior cidade do RN concedeu entrevista nesta quinta-feira (10) aos jornalistas Túlio Lemos, Thiago Rebolo e Saulo Spinelli, em conjunto à 98 FM e ao Diário do RN. A íntegra da conversa irá ao ar nesta sexta-feira (11), no programa 12 em Ponto, da 98 FM.

“Raimundo e Cadu estão plenamente certos na avaliação que eles fizeram”, disse o prefeito mossoroense sobre declarações dadas pelo secretário-chefe da casa Civil nesta semana, pelo pré-candidato ao Governo do PT, na semana passada, respectivamente. Os dois afirmaram que nem mesmo o próprio Allyson vislumbra ser o candidato do Governo, porque segue fazendo oposição ao Governo Fátima.

Para a avaliação da gestão estadual, o prefeito comparou diretamente os indicadores de Mossoró com os do Estado, especialmente na educação. “Eu que estou lá em Mossoró, trabalhando com a nossa equipe, com a nossa Secretaria de Educação, elevando os números do IDEB em Mossoró […] quando comparo, a educação do Governo do Estado é o pior de todas”.

O prefeito também criticou a situação da infraestrutura e da saúde no RN. “As pessoas estão olhando as estradas aqui da Paraíba, estão comparando com as estradas do Rio Grande do Norte, e são as piores possíveis”, disse. E completou: “Estamos construindo 20 obras de saúde ao mesmo tempo, 15 unidades básicas de saúde, quatro CAPs para a saúde mental e uma grande policlínica. Aí eu vou fazer uma defesa da saúde pública do Estado, sabendo que nesse momento estão os corredores do Tarcísio Maia em Mossoró e do Walfredo Gurgel aqui em Natal lotados, terceirizados sem receber, médicos com cinco meses de atraso. Como é que eu ia fazer uma defesa dessas?”, questiona o chefe do executivo Municipal de Mossoró.

Nesse contexto, o prefeito se coloca como parte integrante da oposição e se dispõe a discutir um projeto com “todos aqueles que queiram discutir um projeto de desenvolvimento para o Estado, que não esteja atrelado a esse continuísmo desses últimos anos, eu penso que tem que conversar”, diz ele, se referindo, inclusive, à senadora Zenaide Maia (PSD), e o grupo da direita.

A senadora Zenaide, aliada de Allyson – e a quem ele reforça o compromisso de apoio ao Senado para 2026 – é vice-líder do Governo Lula no Senado e pode compor chapa com Fátima Bezerra.

Allyson, entretanto, apoia que ela sente para conversar com a direita.

O prefeito negou que perduram problemas de relacionamento com Rogério Marinho, presidente do PL no RN e secretário nacional do partido. “Olha, não tenho nenhum problema com o senador. Foi durante a campanha passada, foi ano passado, ele esteve em outro lado, lá em Mossoró. Tudo bem, é uma opinião dele”, afirmou ao se referir ao rompimento dos dois durante a pré-campanha municipal em Mossoró.

Relembrou ainda que apoiou Rogério na disputa ao Senado em 2022: “Eu apoiei, fui para a rua, fiz campanha. Ele sabe disso e é público e notório”. Quando questionado sobre a alegação de Marinho de que teria “feito corpo mole”, rebateu: “Não, eu acredito que o senador sabe do trabalho que foi feito, porque está tudo lá gravado, é social. E os números também”.

Allyson defendeu uma relação institucional com o senador: “Ele é senador. Eu sou prefeito de Mossoró. Então, nós temos sim que, com certeza, conversar. […] A política tem que ser feita com essa civilidade”.

Ele afirma que não tem problema nenhum em sentar para conversar nem com o senador Styvenson (PSDB) – com quem não tem boas relações, ou com Marinho, ou com o ex-prefeito Álvaro Dias (Republicanos), que há algumas semanas afirmou que Allyson era muito novo e não deveria se candidatar: “Como é que eu vou me chatear com alguém que diz que eu sou novo demais? Lá em Mossoró, na rua, o povo chama de meu menino. Menino é alguém que é muito novo, né? Então, não tenho nenhum problema de alguém me chamar de menino, ou de novo, ou de novinho”.

Disputa estadual e alianças partidárias
Allyson não admitiu candidatura ao Governo em 2026. Manteve o foco em ações administrativas à Mossoró e construção de um projeto para o RN como prefeito de uma das maiores cidades do Estado.

“Eu defendo que antes de discutir nomes, nós possamos discutir um projeto de Estado. Eu quero fazer parte dessa discussão e tenho obrigação de fazer parte, porque eu sou prefeito da segunda maior cidade do Estado e é uma cidade que tem pujança econômica”, ressaltou.

Questionado se isso significa que pode estar dentre os nomes como possível candidato a governador, respondeu: “Isso significa que eu estou disposto a discutir um projeto de Estado”, contornou.

Ao frisar a necessidade de discutir ideias, e não nomes, evitou cravar posições eleitorais, principalmente em relação ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Disse que o debate sobre a sucessão presidencial está fora de hora.

“Já lhe falei que esse não é o momento de discutir nomes ainda para o Governo do Estado, que dirá para o presidente da República. Se a gente for discutir nomes agora, vai travar o debate”, concluiu.


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ROGÉRIO DESTACA VISITA A OBRAS COM “PARTICIPAÇÃO DECISIVA DE BOLSONARO”

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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) inicia nesta sexta-feira (11) a agenda de compromissos no Rio Grande do Norte, com o lançamento do Rota 22, programa do Partido Liberal, de construção de projeto de Governo e divulgação pré-eleitoral do bolsonarismo pelo país. Ao lado do senador Rogério Marinho (PL), pré-candidato ao Governo do Estado, a estreia do programa no Rio Grande do Norte inclui visitas em obras e participação de eventos partidários em diferentes cidades potiguares. A programação se estende até o sábado (12) e deve reunir apoiadores, lideranças políticas e simpatizantes de Bolsonaro, considerado por Marinho como “o maior líder popular do Brasil”.

“Nós teremos a oportunidade nesta sexta-feira, dia 11, e no sábado dia 12, de acompanharmos a visita do maior líder popular do Brasil na atualidade, que é o ex-presidente Jair Bolsonaro”, afirmou Rogério Marinho em declaração ao Diário do RN.

Segundo o senador, a comitiva visitará “algumas das principais obras no Estado, que tiveram participação decisiva do Governo Bolsonaro, como a Cidade da Moda, em Acari, a Barragem de Oiticica, em Jucurutu, e o Ramal do Apodi”.

Marinho também destacou o início do novo projeto do Partido Liberal: “Na noite de sexta estaremos realizando o primeiro Seminário do Rota 22, o projeto do PL que vai percorrer o país ouvindo a população e buscando soluções para cada região. É uma honra que esta iniciativa, do maior partido do país, tenha início pelo nosso RN”.

Bolsonaro desembarcou no aeroporto de São Gonçalo do Amarante por volta da meia-noite desta sexta-feira (11).

A agenda começa às 7h da manhã, com um encontro com apoiadores no CCAB Sul, na Avenida Engenheiro Roberto Freire, em Natal. De lá, Bolsonaro parte em comboio com aliados para o interior do Estado. Às 10h30, visita o Complexo Acari Cidade da Moda, e às 12h30, a Barragem de Oiticica, no município de Jucurutu.

Já no final da tarde, às 18h, Bolsonaro participa do Seminário Rota 22 PL RN, que será realizado na sede da AABB de Pau dos Ferros, região do Alto Oeste Potiguar. Após o evento, ele segue para Tenente Ananias, onde participa de um jantar na casa do deputado estadual Dr. Kerginaldo (PL).

A agenda continua na manhã de sábado (12), com visita ao município de Major Sales, onde Bolsonaro deve conhecer o Túnel Major Sales, parte do Ramal do Apodi, obra integrante do Projeto de Integração do Rio São Francisco.

Já no sábado (12), a comitiva visita o Túnel Major Sales, parte do Ramal do Apodi — uma das obras estruturantes do Projeto de Integração do Rio São Francisco, apontada por aliados como uma das realizações do governo Bolsonaro no Estado.

Ao longo da semana, os deputados do PL se dedicaram a mobilizar a militância em torno da presença do ex-presidente.

“Eu e meu time já estamos prontos para receber o ex mais amado do Brasil. E aí, você vai estar lá para recebê-lo também?”, escreveu Gonçalves no Instagram, em um da série de vídeos que postou sobre o assunto.

Dr. Kerginaldo (PL), deputado estadual e anfitrião do jantar com Bolsonaro em sua fazenda no Alto Oeste, afirma que a visita tem forte valor simbólico. “É uma honra muito grande receber o maior líder individual do Brasil hoje, talvez até da América Latina. Ele vem aqui prestigiar nosso líder regional Rogério Marinho com o programa Rota 22, preparar nosso programa de campanha com essas reuniões regionais”, disse Kerginaldo ao Diário do RN.

O deputado federal General Girão (PL) postou vídeo nesta sexta-feira convocando os apoiadores para receber Bolsonaro. O parlamentar, internado para tratamento de saúde, não deve participar dos eventos.


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DEPUTADOS DO PL MOBILIZAM BASE PARA RECEPÇÃO A BOLSONARO NO RN

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Foi ao som de uma lambada e um vídeo com o próprio deputado sobre um carro decorado com a bandeira do Brasil e imagens de Jair Bolsonaro que o deputado federal Sargento Gonçalves (PL) traduziu, em um vídeo nas redes sociais, a expectativa pela chegada do ex-presidente da República ao Rio Grande do Norte. O desembarque está previsto para esta quinta-feira (10), em Natal. A visita marca o início do programa Rota 22, lançado pelo Partido Liberal como plataforma de mobilização política nacional para as eleições municipais de 2024.

“Eu e meu time já estamos prontos para receber o ex mais amado do Brasil. E aí, você vai estar lá para recebê-lo também?”, escreveu Gonçalves no Instagram, ao som da “lambada do desmantelo”.

A agenda de Bolsonaro no Estado inclui visitas a municípios do Seridó e Alto Oeste potiguar na sexta-feira (11) e sábado (12), além de um seminário político em Pau dos Ferros. O ponto alto da visita será o encontro com apoiadores e lideranças da direita potiguar, sob a coordenação do senador Rogério Marinho (PL), presidente estadual da sigla, secretário nacional do PL e nome lançado como pré-candidato para disputar o Governo do Estado em 2026.

Para o deputado estadual Dr. Kerginaldo (PL), anfitrião de um jantar com Bolsonaro em sua fazenda no Alto Oeste, a visita tem forte valor simbólico. “É uma honra muito grande receber o maior líder individual do Brasil hoje, talvez até da América Latina. Ele vem aqui prestigiar nosso líder regional Rogério Marinho com o programa Rota 22, preparar nosso programa de campanha com essas reuniões regionais. E ele vai encerrar o dia lá na Fazenda Keké, vamos fazer uma recepção lá para os nossos amigos e estamos muito honrados de receber nosso líder”, disse Kerginaldo ao Diário do RN.

A expectativa da base bolsonarista é de reforçar a presença do ex-presidente nas articulações do partido e na mobilização da militância para o projeto das eleições gerais de 2026. O deputado General Girão compartilhou o vídeo em que Bolsonaro confirma a vinda ao RN, divulgado um dia após o ato na Avenida Paulista, no último domingo (6), que reuniu milhares de apoiadores com pedido de anistia para os envolvidos no 8 de janeiro de 2023.

“Depois da extraordinária manifestação em São Paulo a favor da anistia, que reuniu centenas de milhares de brasileiros, o nosso presidente Jair Bolsonaro nos convoca para o início do projeto Rota 22, que começa dia 11 de abril, no RN”, publicou Rogério Marinho na legenda do mesmo vídeo em suas redes sociais.

Anistia e PL em 2026
Em entrevista ao Diário do RN, o deputado filiado ao PL em novembro, Dr Kerginaldo, também defendeu a anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro e criticou o Supremo Tribunal Federal.

“Essa inelegibilidade é uma questão política. O Supremo deixou de ser imparcial para tomar posições partidárias. Desde 2022, Bolsonaro não podia fazer nada e Lula podia fazer tudo. Já havia uma desigualdade naquele pleito”, afirmou. Ele acredita que a possível anistia abrirá caminho para a reversão da inelegibilidade do ex-presidente: “Vamos anistiar todos, inclusive o presidente”. O deputado faz coro à fala constante do líder estadual Rogério Marinho.

Segundo o parlamentar, a presença de Jair Bolsonaro também deve impulsionar o nome de Marinho como pré-candidato ao Executivo estadual em 2026. “Desistir? Não! Rogério é nosso pré-candidato. Tenho muito orgulho dele. É um cara que tem levado o nome do RN a todos os recantos do Brasil com muita capacidade, gestão e respeito. O estado precisa de um candidato com a competência do senador Rogério Marinho”, reforçou Dr. Kerginaldo ao ser questionado pela reportagem.

A chegada de Bolsonaro ao RN é prevista para esta quinta-feira (10), mas a agenda oficial iniciará na manhã de sexta-feira (11), a partir das 7h, em viagem em comboio com apoiadores, com concentração marcada na Avenida Engenheiro Roberto Freire, no CCAB Sul. De lá, o grupo parte em direção ao interior do estado.

No roteiro, estão previstas paradas em Tangará, com possível visita a um tradicional ponto de venda de pastéis; Acari, com visita à Cidade da Moda; e Jucurutu, para visita à Barragem de Oiticica, uma das principais obras hídricas do estado.

Já no final da tarde, às 18h, Bolsonaro participa do Seminário Rota 22 PL RN, que será realizado na sede da AABB de Pau dos Ferros. Após o evento, ele segue para Tenente Ananias, onde participa de um jantar na casa do deputado estadual Dr. Kerginaldo (PL).

A agenda continua na manhã de sábado (12), com visita ao município de Major Sales, onde Bolsonaro deve conhecer o Túnel Major Sales, parte do Ramal do Apodi, obra integrante do Projeto de Integração do Rio São Francisco.


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WALTER ALVES EVITA FALAR DE ACERTO COM EZEQUIEL SOBRE CANDIDATURA EM 2026

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“O que está encaminhado é a desincompatibilização da governadora e eu assumo do Governo. Nós temos uma parceria com Ezequiel no passado, temos no presente e vamos ter no futuro. Então, esse é o encaminhamento”, disse Walter Alves (MDB) em conversa com o Diário do RN nesta quarta-feira (09). O vice-governador se refere à assunto tratado pelo ex-senador Garibaldi Alves Filho (MDB), seu pai, que afirmou que Ezequiel Ferreira (PSDB) pode ser o candidato ao Governo do Estado no ano que vem. A possibilidade partiria da parceria entre Walter e Ezequiel, iniciada em 2024 e com acertos já para 2026.

Pelo fato colocado por Garibaldi, um acerto entre Walter e Ezequiel, envolveria mudança na linha sucessória do Governo, estendendo ao presidente da ALRN, terceiro na sequência. Walter renunciaria ao cargo de governador e Ezequiel assumiria o Governo, sendo candidato à reeleição.

Um dia depois, no entanto, o filho de Garibaldi evitou detalhar qual, exatamente, é o acerto entre ele e o presidente da Assembleia Legislativa “para o futuro” nesta parceria. Limitando-se a garantir que “o que está encaminhado é a desincompatibilização da governadora [do cargo no Executivo para se candidatar ao Senado]” e que ele assume o Governo, Waltinho se eximiu de explicar o que pode ocorrer depois disso, como a sua desincompatibilização do cargo de governador e a assunção de Ezequiel ao cargo como o terceiro na linha de sucessão do Governo, conforme foi descrito por Garibaldi. O vice-governador não desmentiu seu pai e nem confirmou o acerto.

MDB vai indicar o vice-governador
Walter Alves ressaltou à reportagem que na eleição de 2026 deverá estar à frente do trabalho de fortalecimento do MDB e que isso inclui também a indicação do candidato à vice-prefeito, levando em conta que o candidato do sistema governista apresentado oficialmente é Cadu Xavier (PT), atual secretário da Fazendo do Governo Fátima (PT).

“O MDB vai eleger o maior número de deputados estaduais, o maior número de deputados federais e também vai compor a chapa de governo com o candidato a vice-governador ou o candidato a senador”, afirmou.

Apesar de mencionar indicação ao Senado, defendeu que a composição da chapa, ao lado de Fátima Bezerra à Câmara Alta deverá ser com Zenaide Maia (PSD), que ainda não fechou questão com o PT.

“Eu defendo uma composição com a senadora Zenaide, que ela possa vir para o projeto. Mas o MDB vai participar com a indicação ou do vice-governador ou do senador”, afirma o presidente do MDB.

Secretário-chefe do Governo desconhece conversas sobre Ezequiel

O secretário-chefe da Casa Civil do Governo do RN, Raimundo Alves, também comentou a sugestão de Garibaldi e afirmou desconhecer discussão sobre a possibilidade de Ezequiel assumir o posto de Governador do Estado e ser candidato à reeleição. O articulador político do Governo – e do PT – falou com o Blog Daniela Freire, no Novo Notícias.

“Vou recorrer a uma frase de Rodrigo Rafael em 2022, quando ele disse: ‘Quem fala por Ezequiel é Ezequiel’. E ele [Ezequiel] tem nos dito que está no projeto Cadu”, afirmou Raimundo, se referindo à Cadu Xavier, pré-candidato lançado pelo PT.

A cúpula do PT mantém o entendimento que o nome de Xavier será viabilizado ao Governo em 2026. A pré-candidatura é defendida pelo partido publicamente, ainda que o nome de Cadu tenha baixo capital eleitoral e possa dificultar a eleição de Fátima ao Senado.

Apesar de ter colocado o assunto, o ex-senador Garibaldi afirmou não ter certeza se juridicamente seria possível o arranjo: “Eu realmente não sei se isso poderia ocorrer a essa altura. Pensei que poderia, mas não tenho tanta convicção de que Fátima, deixando o Governo e Walter, sendo convocado para assumir, não assumido, isso possibilitaria Ezequiel de assumir como presidente da Assembleia. E no cargo também, existiria a possibilidade dele [Ezequiel] ser candidato ao Governo do Estado. Mas há essa discussão. Essa discussão existe”.

Em março deste ano, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que, no caso de vacância dupla no último ano do mandato por razões não eleitorais (isto é, renúncia ou morte do governador e vice), deverá haver eleição direta ou indireta para escolha de um governador até 31 de dezembro de 2026. Seria um mandato-tampão.


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VEREADORA AVISA: “BOLSONARO PODE RECEBER TÍTULO, MAS VAI SER NA CADEIA”

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Depois de dois dias de polêmica, o projeto que concede o título de cidadão natalense ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi retirado de pauta nesta quarta-feira (09). As sessão ordinária do dia contou com manifestação contra a matéria, realizada por estudantes e entidades sindicais, e contra-argumentação da oposição ao líder do conservadorismo no país. “Pode até haver título, mas, se houver, será entregue a Bolsonaro na cadeia!”, disse a vereadora Samanda Alves (PT) em pronunciamento na tribuna. O autor do projeto, vereador Subtenente Eliabe (PL), que tomou a iniciativa de retirar o pedido de urgência da proposta de pauta, deverá reapresentar o projeto nesta quinta-feira (10). A intenção é conceder o título aproveitando a vinda do ex-presidente ao Rio Grande do Norte nesta sexta-feira (11).

Para a aprovação do pedido de urgência para a matéria seriam necessários 20 votos. Com 27 parlamentares em plenário, nos bastidores, alguns vereadores que compõem a bancada governista afirmaram que não aprovariam o pedido hoje, outros se retiraram do plenário. Eliabe, então, fez a retirada do projeto de pauta. Se o pedido não fosse aprovado, a mesma matéria não poderia ser apresentada novamente nesta legislatura, regimentalmente. A retirada de pauta permite que o pedido seja apresentado a qualquer momento novamente.

Com a presença de estudantes da Umes e Ubes, Cut, Sint e Sindsuper, a sessão foi tumultuada. e foi suspensa por duas vezes. O grupo de manifestantes ocupou o espaço com cartazes e palavras de ordem contra. Com cartazes e vestindo camisetas com os dizeres “Sem anistia aos golpistas”, o grupo chegou a gerar tensão. O vereador Matheus Faustino (UB) afirmou que foi atacado pelos manifestantes presentes. “Se vocês querem estar no plenário, ganhem votos e sejam eleitos”, disse. O vereador Subtenente Eliabe (PL) que os manifestantes fossem retirados da Casa. “Um dos vereadores foi desacatado”. Entretanto, o pedido não foi atendido.

Uma das vereadoras a se manifestar sobre o assunto, Samanda Alves (PT), caracterizou Bolsonaro como ladrão: “Bolsonaro é um ladrão! É um ladrão de jóias, é um ladrão de relógio, é um matador também. Além de ter matado muitas pessoas durante a pandemia da Covid, ele também estava tramando — e isso foi descoberto, inclusive entregue por seu próprio ajudante de ordens, o braço direito dele — um complô para assassinar o presidente da República e um ministro do Supremo Tribunal Federal. E eu não vou me calar, como cristã, e aceitar que se use essa tribuna — não só aqui, mas em qualquer lugar — para invocar o nome de Deus, para usar a palavra de Deus em vão, na tentativa de defender bandido. Nós não vamos aceitar isso!”.

A parlamentar ainda fez um comparativo sobre a esquerda e a direita no país para se opor ao pedido de anistia.

“Sempre estivemos aqui, sempre fomos maioria. Somos filhos desta terra, e jamais usaríamos o batom como escudo. O nosso presidente enfrentou os tribunais, foi preso. Tiraram uma presidenta honesta da República, e nós seguimos ali, de cabeça erguida, sem pedir anistia. Por isso, repito: não vai ter anistia para bandido. Pode até haver título, mas, se houver, será entregue a Bolsonaro na cadeia!”, disparou a vereadora do PT.

O Subtenente Eliabe comentou ao Diário do RN que retirou o projeto por estratégia: “Por uma questão estratégica e de articulação dentro da Câmara, optamos por não votar hoje o projeto que concede o título de cidadão natalense ao presidente Jair Bolsonaro. A expectativa é de que a votação aconteça nesta quinta-feira (10) e que o título seja aprovado pelo plenário. São necessários 15 votos favoráveis e estamos confiantes na aprovação da matéria”.

Nesta terça-feira (8), um dia após aprovação da matéria na Comissão de Legislação, Justiça e Redação Final, a leitura do pedido de urgência do título de cidadão a Bolsonaro gerou a primeira polêmica na Casa. A vereadora Thabatta Pimenta (PSOL) protestou em plenário e a posição gerou deboche pelo colega bolsonarista de Thabatta, Subtenente Eliabe (PL), que fez pouco caso do desabafo da parlamentar sobre as mortes da pandemia, durante a gestão do ex-presidente. Entre as vítimas, estava sua mãe, profissional da saúde, levada pelo vírus.

A parlamentar desabafou: “Ninguém tira o mérito de eu dizer porque tantas pessoas que estão sem a sua família, a sua mãe, o seu irmão, e tantos familiares que se foram por causa desse ‘despresidente’”.

Nesse momento, o subtenente Eliabe disparou: “O choro é livre, presidente”.

A vereadora Thabatta ainda respondeu: “O choro das pessoas que morreram. Me respeite! Porque eu chorei e vou continuar chorando porque minha mãe morreu e foi por causa desse homem!”.


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VEREADOR DEBOCHA DE COLEGA QUE PERDEU A MÃE DURANTE A PANDEMIA

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O título de cidadão natalense para o carioca Jair Messias Bolsonaro foi aprovado nesta terça-feira (08) na Câmara Municipal de Natal, mas não com o voto de todos os vereadores. A vereadora Thabatta Pimenta (PSOL) protestou em plenário e a posição gerou deboche pelo colega bolsonarista de Thabatta, Subtenente Eliabe (PL), que fez pouco caso do desabafo da parlamentar sobre as mortes da pandemia, durante a gestão do ex-presidente. Entre as vítimas, estava sua mãe, profissional da saúde, levada pelo vírus. Thabatta justificou seu voto contrário responsabilizando o Governo Bolsonaro pela má gestão da crise sanitária.

O vereador Eliabe era do Solidariedade e tinha postura de uma direita moderada, até mudar para o Partido Liberal de Bolsonaro. Ultimamente, tem apresentado defesa veemente do ex-presidente e da pauta conservadora. Nesta terça-feira (08), mostrou que aderiu à insensibilidade do ex-presidente muito vista durante a pandemia.

“Eu queria aproveitar este momento para perguntar o que danado Bolsonaro fez para Natal? Eu digo a vocês, não só a Natal, mas a milhares de pessoas dentro do Estado do Rio Grande do Norte e do país que não teve a oportunidade de ser vacinada. Minha mãe era uma profissional da saúde estava lá lutando pela vida de outras pessoas e queria ser vacinada e o presidente da República se negou a dar a vacina quando eles queriam. Ele foi pensar na hora dele, quando ele quisesse, e essas pessoas morreram. Não tem quem faça eu votar a favor com um título de cidadão a um homem desse. Esse homem que foi responsável pela morte de tantas pessoas”, disse Thabatta.

A vereadora afirmou, ainda, que “essa honraria significa muito para essa cidade, é para aquelas pessoas que fazem pela nossa cidade. Essa honraria é um absurdo para esta casa!”.

A parlamentar desabafou: “Ninguém tira o mérito de eu dizer porque tantas pessoas que estão sem a sua família, a sua mãe, o seu irmão, e tantos familiares que se foram por causa desse ‘despresidente’. Agora, o meu voto é contrário e que cada pessoa diga ‘eu voto a favor’ desse homem, dessa honraria, por tal motivo. O meu está aqui registrado porque é um absurdo dar tal honraria a um ser humano desse. Muito obrigado”.

Nesse momento, o subtenente Eliabe disparou: “O choro é livre, presidente”.

A vereadora Brisa Bracchi (PT) pediu questão de ordem como líder de bancada, enquanto líder da oposição, e protestou pela falta de decoro do Subtenente. “O vereador não estava inscrito e desrespeitou a vereadora”, disse ela.

A vereadora Thabatta ainda respondeu: “O choro das pessoas que morreram. Me respeite! Porque eu chorei e vou continuar chorando porque minha mãe morreu e foi por causa desse homem!”.

“Hoje, mais um dia normal que se transformou em um espetáculo de indignação na Câmara Municipal”, complementou Thabatta, mais tarde, nas redes sociais.


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GARIBALDI AFIRMA QUE HÁ CHANCE DE EZEQUIEL SER CANDIDATO A GOVERNADOR

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A um ano do prazo para o vice-governador Walter Alves assumir o posto de governador do Estado do Rio Grande do Norte, o pai de Waltinho coloca mais um fato de bastidores sobre as articulações do grupo para a eleição de 2026. Segundo Garibaldi Alves Filho (MDB), Ezequiel Ferreira (PSDB) pode ser o candidato ao Governo do Estado no ano que vem. Garibaldi chega a dizer que não sabe se isso vai acontecer, “Essa discussão existe”. A possibilidade partiria da parceria entre Walter e Ezequiel, iniciada em 2024 e com acertos já para 2026. O ex-senador concedeu entrevista ao jornalista Diógenes Dantas, no Jornal da Mix, na Mix FM, nesta terça-feira (08).

Garibaldi confirma que a decisão de Walter de não disputar o Governo está tomada e não deve mudar, nem mesmo sob apelos do presidente Lula – que o fez durante a visita à Oiticica, em 19 de março, conforme publicado com exclusidade pelo Diário do RN. “No momento o que eu acredito é que essa aliança deles dois venha a se concretizar, mas se for concretizada, seria com a candidatura de Ezequiel a governador”, disse.

O acerto que existe hoje, oficial e publicamente, com a governadora Fátima Bezerra (PT), é ela renunciar em abril de 2026 – prazo final dado pela Justiça Eleitoral para desincompatibilização de cargo para quem quer se candidatar, mas ocupa cargo executivo. Com a renúncia, Walter, enquanto vice-governador, assume o posto de governador e, como não quer ser candidato à reeleição, deverá apoiar, junto com a estrutura do MDB – de 45 prefeituras no RN – a candidatura de Cadu Xavier (PT), atual secretário da Fazenda do RN, ao Governo.

Pelo fato colocado por Garibaldi, um acerto entre Walter e Ezequiel, envolveria mudança na linha sucessória do Governo, estendendo ao presidente da ALRN, terceiro na sequencia. Walter renunciaria ao cargo de governador e Ezequiel assumiria o Governo, sendo candidato à reeleição.

“Então, eu realmente não sei se isso poderia ocorrer a essa altura. Pensei que poderia, mas não tenho tanta convicção de que Fátima, deixando o Governo e Walter, sendo convocado para assumir, não assumido, isso possibilitaria Ezequiel de assumir como presidente da Assembleia. E no cargo também, existiria a possibilidade dele [Ezequiel] ser candidato ao Governo do Estado.

Mas há essa discussão. Essa discussão existe. Há quem defenda esse tipo de arranjo”, garante o pai de Waltinho.


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DEPUTADOS APROVAM PROJETO QUE PODE RECUPERAR EMPRESAS EM DIFICULDADE

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A Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte aprovou nesta terça-feira (8) o Projeto de Lei do Executivo que institui a transação tributária como instrumento para regularização de débitos junto ao fisco estadual. A proposta permite que empresas com dívidas tributárias e não tributárias possam negociar com o Estado condições especiais de pagamento, levando em conta a capacidade de cada contribuinte individualmente. O projeto também cria o Cadastro Fiscal Positivo e o Domicílio Tributário Eletrônico (DTE) no âmbito da dívida ativa.

De acordo com o Governo, conforme descrito na justificativa do PL, o estoque da dívida ativa do Rio Grande do Norte ultrapassa os R$ 10,7 bilhões — sendo 95,87% de ICMS — e representa um entrave tanto para os cofres públicos quanto para a economia local. A ideia é que, com o novo modelo, o Estado possa recuperar parte desses valores e ao mesmo tempo permitir que empresas inadimplentes voltem a operar, preservando empregos e girando a economia.

A proposta foi aprovada com apoio da base governista e parte da oposição e é considerada de consenso entre os parlamentares. O deputado Francisco do PT, líder do Governo na Assembleia, afirmou que a iniciativa é fruto de diálogo com o setor produtivo. “Esse é um projeto dialogado entre o Governo, a FIERN, a Fecomércio, o setor empresarial. Não há divergência. É um projeto consensuado, construído para atender a uma necessidade concreta do empresariado potiguar”, disse.

Francisco destacou que o Rio Grande do Norte está apenas se alinhando a uma prática já adotada por outros estados. “Vinte e um estados brasileiros já têm esse projeto aprovado. Estamos nos adequando a uma realidade que é nacional. E o mais importante: estamos criando condições para que o pequeno, o médio e o grande empresário que está com algum débito possa regularizar sua situação, voltar a funcionar, gerar emprego, gerar renda para o nosso estado”, explicou.

Questionado sobre a dificuldade inicial para formação de quórum na votação, o parlamentar negou que o projeto tenha enfrentado resistência política. “Isso aqui não é um debate entre oposição e situação. Todo mundo sabe da importância desse projeto. O governo da professora Fátima fez um esforço grande para construir consenso com o setor empresarial. Esse projeto não é do Governo em sentido político, é do Estado, do interesse público”, pontuou.

Quem também reforçou o caráter estratégico da proposta foi o deputado Dr. Bernardo Amorim (PSDB), da base aliada. Ele ressaltou que o novo modelo de transação é mais justo do que programas tradicionais de refinanciamento. “Diferentemente do Refis, que trata todos os endividados da mesma forma, esse programa observa as especificidades de cada devedor. Ele permite parcelar o débito em um prazo maior, com prestação menor, de acordo com a realidade do empresário que está endividado”, afirmou.

Para Bernardo, o projeto pode destravar a economia ao permitir que empresas atualmente inativas voltem a operar. “Tem muitas empresas impedidas de exercer sua atividade plena por causa da situação fiscal. Algumas estão até fechadas. Ao acertar o débito, elas podem voltar a funcionar. E isso significa geração de emprego, de renda e arrecadação para o Estado”, disse.

O deputado concluiu destacando a importância do projeto para o empresariado local, especialmente em tempos de crise. “É um projeto importantíssimo. Vai possibilitar que as pessoas que estão com problemas tributários resolvam sua vida fiscal de forma facilitada. E mais do que isso: que voltem a contribuir com a economia do nosso Estado.”

Com a aprovação na Assembleia, o projeto segue agora para sanção da governadora Fátima Bezerra.


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JUSTIÇA ELEITORAL CASSA PREFEITO E VICE-PREFEITO DE LAJES E DETERMINA NOVAS ELEIÇÕES NO MUNICÍPIO

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A cassação é fruto da Ação de Investigação Judicial Eleitoral nº 0600442-59.2024.6.20.0017, impetrada pela coligação opositora “União, respeito e reconstrução”, formada por União Brasil, PSDB e Cidadania. A juíza Gabriella Edvanda Marques Felix, da 17ª Zona Eleitoral do TRE-RN, determinou o afastamento do prefeito Felipe Menezes (MDB) e do vice José Carlos Felipe, conhecido como Zé Mata (PT). Além disso, ordenou a realização de novas eleições no município de Lajes, município a 132 quilômetros de Natal.

Além da cassação dos diplomas dos dois, o prefeito Felipe foi declarado inelegível por oito anos a contar da eleição de 2024 e foram declarados nulos os votos atribuídos à chapa na última eleição. De acordo com a Justiça Eleitoral, os dois cometeram abuso de poder político.

A decisão se baseia em fato de 2022, quando o prefeito, em primeiro mandato, realizou nomeações e contratações irregulares de cargos comissionados, temporários e terceirizados. De acordo com a juíza Gabriella Edvanda, a ação teve cunho eleitoreiro.

“Ao longo dos últimos dois anos do seu primeiro mandato, o investigado Felipe Ferreira de Menezes Araújo, mediante uso de uma política de empreguismo, utilizou a máquina pública para angariar a simpatia dos favorecidos e, com isso, seus votos e de seus familiares, tudo isso em detrimento da igualdade entre os candidatos e da própria probidade administrativa, já que houve clara violação à regra do concurso público”, afirma em trecho da sentença.

Apesar do vice não ter cometido o ato, pois não exercia o cargo no período, a magistrada entende que a decisão beneficiou a chapa.

Segundo a denúncia, acatada pela magistrada, a Lei nº 935/2022 criou cargos em comissão, dentre eles o cargo de coordenador, com genéricas atribuições. O Executivo de Lajes passou de 15 para 139 coordenadores. Além disso, posteriormente, foram nomeados apenas 30 coordenadores, restando vagos no início de 2024, 109 cargos. No entanto, entre janeiro e agosto de 2024, houve a nomeação de 187 cargos, entre comissionados e temporários, sem a existência de qualquer justificativa plausível.

A decisão observa que o provimento dos cargos em comissão independe de concurso público, mas esclarece que devem ser destinadas às atribuições de direção, chefia e assessoramento. As atribuições dos cargos em comissão devem estar descritas, de forma clara e objetiva, na própria lei que os instituir, o que não foi cumprido pela Lei Municipal que criou os cargos.

“Tais fatos, pois, corroboram a tese autoral, no sentido de que as nomeações ocorreram em manifesto desvio de finalidade, com o objetivo de angariar apoio político e comprometer o equilíbrio e a lisura das eleições”, escreveu a juíza.

A magistrada acrescenta, ainda, que a defesa não tentou se livrar da culpa ou explicar qualquer excepcionalidade que tenha levado à contratação no decorrer do ano eleitoral.

“Portanto, não se trata aqui de presunção da ocorrência de abuso de poder. Os fatos, as provas documentais e a inércia dos investigados (…) são suficientes como prova robusta e segura, cabal, inconteste e inequívoca, a demonstrar o desvirtuamento da máquina administrativa, dadas as graves irregularidades que, em conjunto, tiveram o real condão de interferir na lisura, legitimidade e equilíbrio do pleito, em uso da máquina pública que se encontrava nas mãos do candidato reeleito”, coloca a decisão.

A juíza ressalta que o cumprimento da decisão deverá aguardar o trânsito em julgado no âmbito do Tribunal Regional Eleitoral.


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FÁTIMA SOFRE OPOSIÇÃO RASTEIRA ORQUESTRADA PELO PL, DIZ RAIMUNDO

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O secretário-chefe de Gabinete Civil do Governo no Estado, Raimundo Alves, avalia que a governadora Fátima Bezerra (PT) sofre uma oposição rasteira, que “normalmente é coisa do extremo”. “Esse tipo de ataques que o Governo sofre, que a governadora sofre, até de forma misógina, a gente sabe que está sendo orquestrado pela extrema direita. A extrema direita no Estado é organizada no PL, evidentemente. Eu prefiro não personalizar, eu coloco isso na responsabilidade coletiva do partido”, afirmou Raimundo, sem citar nomes. O articulador do PT no Governo do RN respondeu a questionamento do Diário do RN sobre fala da própria governadora, que concedeu entrevista na última sexta-feira (04), ao Jornal da Cidade, na 94 FM.

“Você tem uma oposição aí, aquela oposição rasteira, que a obsessão que tem é o poder pelo poder. Você tem uma oposição irresponsável. Uma coisa é fazer oposição, isso é saudável, faz parte da democracia. Outra coisa é aquela oposição rasteira, demagógica, desprovida de qualquer sentido de espírito público”, disse Fátima na entrevista.

Em conversa com o Diário do RN, o secretário-chefe da Casa Civil explicou que a governadora agora deverá se posicionar como pré-candidata ao Senado, assumindo uma postura mais combativa do ponto de vista eleitoral, algo que até então era assunto evitado pela gestora. “Ela evitava falar, ela não poderia se posicionar enquanto não tivesse uma conversa com o vice-governador. Já foi confirmada a intenção dele de assumir o Governo e, diante disso, a conversa agora está se dirigindo ao PT e os partidos aliados. A disposição dela é sim fazer a disputa”, comenta ele confirmando que a renúncia da governadora deve se dar daqui a um ano, no final do prazo eleitoral para desincompatibilização de cargos executivos para nova disputa.

Ele explica, ainda, que houve uma cobrança do partido a nível federal, e não só estadual, para que Fátima disponibilizasse seu nome ao Senado. Para o nome do PT, a chapa Fátima e Zenaide é natural.

“A gente já teve conversa com Zenaide. A própria governadora já colocou que o ideal é fazer a chapa conjunta. Zenaide é vice-líder do governo Lula, é candidata à reeleição, então acho que é natural a formação de chapa Fátima e Zenaide. As duas fazem frente à defesa do governo Lula.

Mas não está fechado não. Isso os partidos ainda vão tratar no momento certo”, informa Alves.

Além da chapa ao Senado, o PT definiu e lançou o nome de Cadu Xavier, secretário estadual da Fazenda, ao Governo do RN. A indicação do vice para a chapa ainda não foi feita.

Secretariado para MDB
Segundo Raimundo, novas adequações deverão acontecer no secretariado e em alguns cargos visando as eleições, mas “no momento certo”. As alterações devem, segundo o secretário-chefe, adequar os partidos aliados e que deverão se aliar para as eleições, mas principalmente o MDB.

“As adequações vão se dando no processo. Evidentemente que a gente precisa iniciar um processo de, se não uma transição, pelo menos uma aproximação maior com o MDB para dento do Governo, para não haver uma mudança radical na hora que vier a renúncia e a assunção do novo governador. Então, é natural que essas conversas vão acontecendo, mas não tem pressa, vão ocorrer no momento certo”, afirma.

“Allyson Bezerra deve sair em oposição à Fátima”
Na entrevista que concedeu na semana passada, a governadora Fátima Bezerra afirmou não acreditar que deverá haver 3ª via no Brasil e nem no Rio Grande do Norte.

“A sucessão de 2026, eu acho que vai ser uma sucessão em que, de um lado, estarão aqueles que têm amor pela democracia, que têm zelo pela democracia, que defendem a democracia — e, do outro lado, aqueles que comungam com o autoritarismo. Não haverá terceira via no Brasil. Não haverá. Não vai ter terceira via aqui também não, porque essa coisa se vincula com o cenário nacional”, afirmou a governadora.

Raimundo Alves avalia que existirão, certamente, outros nomes, e que a referência da governadora foi mais à questão política e ideológica da polarização direita esquerda, PT e PL, que deve permanecer no ano que vem. “Sobre o número de candidaturas, aí não, sempre haverá.

Nunca teve uma disputa aqui que aconteceu apenas duas candidaturas”, lembra ele.

Neste caminho, respondendo à questionamento da reportagem, Alves coloca que o prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra (UB), deve sair mais à direita, em oposição à Fátima Bezerra. Segundo ele, o prefeito reeleito com mais de 80% dos votos em Mossoró nunca procurou o grupo governista para conversar sobre 2026.

“Acho que é até natural que ele não tenha nos procurado até agora nesse momento. Primeiro porque, na minha avaliação, a disputa no próximo ano vai se dar inclusive com as avaliações dos governos do PT – Lula e Fátima – e Allyson faz oposição ao Governo de Fátima até hoje. É natural que ele nem tenha nos procurado. Eu vi na imprensa que ele podia ser o candidato do nosso grupo. Eu acho que nem ele vislumbra isso, porque teria que fazer campanha para o Governo.

Como ia fazer campanha se foi oposição até agora? Não ia ser fácil de convencer. Eu acho natural, se Allyson for candidato, deve ser pela oposição, que é o que sempre fez até agora”, esclarece Raimundo.

Allyson Bezerra, mais alinhado à direita, tem encontrado dificuldade de aceitação no grupo, formado por nomes como Rogério Marinho (PL), Styvenson Valentim (PSDB) e Álvaro Dias (Republicanos). Uma aproximação fora do comum foi observada entre Allyson e Fátima em movimentações administrativas em Mossoró e informações de bastidor confirmam possibilidade de conversas e união entre os dois.

Para um dos articuladores do PT e do governo Fátima, entretanto, não há impedimento de conversas republicanas entre os dois gestores e no 2º turno “tudo pode acontecer”.

“Campanha para o Governo são dois turnos, tudo pode acontecer. O PT deverá ter seu candidato mesmo e o debate vai se dar do ponto de vista da polarização PT e PL e 2º turno é segundo turno”, finaliza Alves.


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MINEIRO, SOBRE PL : “ELES QUEREM OBSTRUIR PARA DEFENDER ILEGALIDADE”

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O deputado federal Fernando Mineiro (PT-RN) criticou a estratégia da bancada bolsonarista na Câmara dos Deputados, que tem utilizado a obstrução parlamentar como forma de pressionar o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), a pautar a votação da urgência do Projeto de Lei da Anistia. Para Mineiro, em conversa com o Diário do RN, a tática evidencia uma tentativa de driblar a Justiça e livrar da punição os responsáveis pelos atos de 8 de janeiro de 2023.

“A mesma turma que tentou obstruir a democracia – e tem uma longa folha corrida de obstrução das liberdades, da tolerância, do respeito às diferenças, da solidariedade e de tudo que lute pelo social e pela igualdade – agora quer obstruir os trabalhos do Congresso”, afirmou o parlamentar.

Mineiro destacou a contradição dos que hoje tentam paralisar a pauta legislativa: “Congresso, aliás, que eles invadiram e depredaram no 8 de janeiro de 2023.” Para o deputado, o mecanismo de obstrução é legítimo quando usado para defender causas legais, mas não pode ser instrumento para proteger crimes. “Obstrução da pauta é um mecanismo legal desde que a razão seja também legal. Eles querem obstruir para defender uma ilegalidade”, avalia.

Para o petista, o discurso da bancada bolsonarista não nega os crimes cometidos no 8 de janeiro, mas tenta minimizar a gravidade dos atos. “Se você prestar atenção, eles não negam as provas dos crimes contra a democracia cometidos pela turma deles. Querem fugir do julgamento”, destaca ele.

O deputado potiguar enfatizou que os envolvidos nos ataques às sedes dos Três Poderes devem ser julgados e, caso sejam considerados culpados, punidos na forma da lei. Ele reforçou que o devido processo legal deve ser respeitado, garantindo a ampla defesa aos acusados, mas que isso não pode significar impunidade. “Quem cometeu crime deve ser julgado. E no julgamento terão direito à ampla defesa. Se provarem inocência, não serão penalizados. Se forem culpados, que paguem seus crimes na forma da lei”, finalizou.

Já a deputada federal Natália Bonavides (PT) aponta que a oposição falhou na obstrução, já que pautas como o PL 2088/2023, que trata da reciprocidade na taxação dos EUA, foram votadas.
“Especialmente nesta semana, que o Brasil precisava dar uma resposta à tentativa de Trump de impor barreiras a produtos brasileiros votando o projeto que dava instrumentos para o país responder a essa guerra comercial, fica ainda mais claro que bolsonarista não liga para o país.

Fracassaram nessa obstrução, já que votamos tudo o que precisávamos, e continuarão fracassando, porque o povo sabe que para pacificar o país é preciso punir quem tentou dar golpe!”, frisa Bonavides.

Anistia
O Projeto de Lei da Anistia busca conceder perdão legal aos acusados ou condenados pelos atos de 8 de janeiro de 2023, quando manifestantes invadiram e vandalizaram o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal.

Diversas propostas legislativas foram apresentadas com esse objetivo. Destacam-se o PL 2858/2022, de autoria do ex-deputado Major Vitor Hugo, e o PL 5064/2023, que concede anistia aos acusados com base nos artigos 359-L e 359-M do Código Penal, que tratam de crimes contra o Estado Democrático de Direito.

A tramitação desses projetos tem sido marcada pela polarização. Nesta quarta-feira (02), deputados bolsonaristas realizaram um ato no Congresso para pressionar pela inclusão do projeto na pauta de votações. Como estratégia, a bancada do PL entrou em obstrução, usando recursos regimentais para atrasar as votações até que a urgência da anistia seja pautada.

Até o momento, o presidente da Casa, Hugo Motta, tem resistido às pressões, gerando impasses entre os líderes partidários. A oposição, por sua vez, abriu exceção na obstrução apenas para votar o mérito do PL 2088/2023, que trata da reciprocidade comercial do Brasil em relação a países ou blocos que adotam medidas protecionistas contra produtos nacionais.


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