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Política


“O DESAFIO É DAR RESPOSTA ADEQUADA AOS ATOS QUE AMEAÇARAM A DEMOCRACIA”

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Não o julgamento de um ex-presidente, mas o latente ativismo do poder judiciário é o verdadeiro desafio à democracia no país. A análise é do advogado e professor Marcos Araújo, um dos especialistas ouvidos pelo Diário do RN sobre o julgamento de Jair Bolsonaro (PL) e outros sete réus por tentativa de golpe de Estado, organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, dano qualificado contra o patrimônio da União e deterioração do patrimônio tombado. Especialistas ouvidos pelo Diário do RN avaliam que o processo representa tanto a afirmação do papel constitucional da Corte quanto um teste para os limites da linguagem e da comunicação do Judiciário com a sociedade.

Araújo chama atenção para um ponto que considera sensível: o excesso de formalismo nas sessões do Supremo. Para ele, a linguagem inacessível e a teatralização dos julgamentos podem enfraquecer a credibilidade da Justiça.

“Nós temos desde a institucionalização, a publicidade dos julgamentos nas sessões, que há um empolamento da linguagem, os julgamentos se tornaram algo maçantes, longos, duradouros, para a exibição da intelectualidade (…). Isso sim eu acho um problema para a justiça. A justiça tem que saber ser discreta, sem comunicação. Acho que a gente está terminando assistindo o ativismo e a hipertrofia do poder judiciário. Acho que isso é um desafio à democracia do país”, analisou o professor.

Para o professor Marcos Araújo, no entanto, não há dúvidas de que o STF cumpre sua função institucional ao julgar Bolsonaro. Segundo ele, a ideia de que o processo contra o ex-presidente e demais réus representaria um risco à democracia é equivocada.

“Primeiro, eu acho que o julgamento representa não um desafio à democracia, eu acho que é um cumprimento do papel constitucional do STF julgar o ex-presidente. Eu não vejo nenhum paradoxo, nenhum problema nisto”, afirmou.

Já o advogado e professor Olavo Hamilton enxerga o momento como marcante para o país e amplia a leitura para o cenário internacional. Ele lembra que o julgamento está sendo observado por outros países e pode se tornar um marco no enfrentamento a ameaças autoritárias.

“O julgamento que começa hoje está sendo observado pelo mundo inteiro, por dois motivos: primeiro, por haver grande pressão dos EUA contra a condenação de Bolsonaro; segundo, porque pode se tornar um exemplo para o mundo inteiro de como o judiciário pode lidar com ameaças autoritárias que assombram a maioria dos países na atualidade”, destacou Olavo.

Na avaliação de Hamilton, a responsabilidade do STF é dupla: oferecer uma resposta que seja proporcional aos atos investigados e, ao mesmo tempo, estabelecer um precedente inédito no Brasil.

“No plano interno, o desafio é dar uma resposta adequada e proporcional aos atos que eventualmente ameaçaram a democracia brasileira. Lembrando que nunca um golpista foi condenado no Brasil”, ressaltou Hamilton.

O julgamento do ex-presidente teve início nesta terça-feira (02), com a apresentação das sustentações da acusação e da defesa. O primeiro dia de julgamento seguiu o roteiro esperado: acusação e defesa apresentaram suas teses, em um ambiente controlado. O processo apura a conduta de Bolsonaro na incitação ao golpe de Estado no país e nos episódios relacionados às manifestações golpistas de 8 de janeiro de 2023 e pode resultar em sua condenação por atentar contra o Estado Democrático de Direito. A leitura da sentença está prevista para 12 de setembro.


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SUSPEITA DE SUPERFATURAMENTO NA GESTÃO ALLYSON SERÁ INVESTIGADA NO MPF

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O Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) instaurou uma investigação preliminar para apurar suposto superfaturamento em obras realizadas pela Construtora Luiz Costa Ltda, no município de Mossoró, sob a gestão Allyson Bezerra (UB). O caso teve início a partir de uma Notícia de Fato, que evoluiu para Procedimento Preparatório. A apuração inicial, entretanto, foi finalizada no órgão estadual e encaminhada ao Ministério Público Federal.

A autuação da Notícia de Fato (nº 02.23.2027.0000115/2024-57) aconteceu no dia 11 de outubro de 2024, distribuída para a 7ª Promotoria da Comarca de Mossoró. No último dia 31 de março de 2025 a denúncia foi convertida em Procedimento Preparatório (nº 03.23.2027.0000035/2025-63), pelo promotor responsável, Fábio de Weimar Thé. O procedimento é uma espécie de investigação em fase inicial, preliminar à instauração de um inquérito civil, uma ação penal ou outro procedimento jurídico de investigação mais apurada.

O procedimento preparatório instaurado pelo MPRN é mais um processo aberto pelo orgão que investiga irregularidades da gestão Allyson – Foto: Reprodução

Os dados são da consulta pública do Ministério Público do RN, que não apresenta maiores detalhes e não permite acesso ao documento da denúncia que deu origem aos procedimentos.

A Construtora Luiz Costa Ltda, responsável por obras de pavimentação asfáltica em Mossoró, detém contrato com a Prefeitura de Mossoró desde o primeiro ano da gestão Allyson Bezerra e já apurou mais de R$ 120 milhões no período. A empresa recebeu, entre 1º de janeiro de 2021 até 31 de julho de 2025, R$ 126.271.282,74. Além disso, outros quase R$ 17 milhões de restos a pagar do exercício anterior. Este pagamento foi um dos primeiros compromissos do prefeito naquele ano.

A denúncia de superfaturamento e outras irregularidades chama a atenção para a disparidade de valores nos anos de vigência do contrato em relação ao ano eleitoral de 2024, quando a denúncia foi efetuada.

Em 2022, o valor pago pela gestão Allyson à CLC foi de R$ 21.891.471,42; em 2023, pagou R$ 16.897.269,46. Já em 2024, o valor subiu para R$ 74.965.324,68; em 2025, foi pago até julho R$ 7.703.341,55.

Com encaminhamento à Procuradoria da República no Município de Mossoró, em 17 de julho deste ano, a investigação segue agora sob competência federal, podendo resultar em medidas judiciais caso sejam confirmadas irregularidades nas obras da Construtora Luiz Costa Ltda.

O encaminhamento de matérias por parte do MP estadual para o Ministério Público Federal decorre quando a investigação envolve órgãos ou entidades federais, em caso de desvio ou mau uso de verbas federais, ou quando a apuração toca em matéria de competência do Ministério Público Eleitoral, que é um desdobramento do MPF.


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FÁTIMA BEZERRA GARANTE QUE CADU XAVIER ESTARÁ NO SEGUNDO TURNO

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A governadora Fátima Bezerra (PT) abriu exceção no silêncio eleitoral e falou sobre o tabuleiro da sucessão estadual em 2026. Em entrevista ao jornalista Thiago Rebolo, no programa Central Agora RN, a petista não apenas consolidou o nome do secretário estadual de Fazenda, Cadu Xavier (PT), no segundo turno, como também ressaltou a centralidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na política brasileira e reforçou a aliança com o MDB do vice-governador Walter Alves.

“A candidatura de Cadu Xavier a governador se consolida cada vez mais. Eu, particularmente, com pé no chão e sem arrogância, mas estou convencida de que Cadu estará no segundo turno das eleições”, disse Fátima. O movimento é visto como a principal aposta do PT para manter o controle do Executivo estadual após dois mandatos consecutivos.

A governadora relacionou diretamente a força de Cadu ao capital político de Lula, que segue como principal referência eleitoral no Nordeste. “O presidente Lula é o presidente Lula. Se enganou, se engana e se enganará sempre quem achar que Lula não é o grande eleitor do Brasil, e especialmente o grande eleitor do Nordeste”, afirmou, complementando que o presidente “está muito bem, animadíssimo, motivadíssimo, inspiradíssimo”.

Segundo a governadora, as pesquisas as quais o partido tem acesso mostram o presidente como “um foguete sem ré” e isso deverá influenciar nos estados, incluindo o RN.

A chefe do Executivo estadual se diz motivada para a disputa ao Senado e para o debate que deverá ocorrer durante a disputa eleitoral. “Quanto à minha disputa ao Senado, estou tranquila, graças a Deus recebendo apoio. Estou muito preparada para fazer o debate, a comparação de qual era o Rio Grande do Norte oito anos atrás, antes de eu chegar ao Governo. Nós vamos comparar esse ciclo de 2019 até agora, com os governos anteriores e eu não tenho absolutamente nenhuma dúvida de mostrar o quanto o RN avançou”, explicou. Para ela, é “neste contexto que a candidatura de Cadu Xavier se consolida cada vez mais”.

O papel do MDB
Ao mesmo tempo em que projeta o nome de Cadu, Fátima faz questão de garantir que não há fissuras na relação com o MDB. Rumores sobre uma participação limitada do partido na gestão e sobre uma transição antecipada de poder para o vice Walter Alves foram rechaçados pela governadora, que classificou os temas como “futrica” e “fofoca”.

“O dado concreto é que meu diálogo com Walter é excelente. Ele tem sido muito companheiro. Eu tenho pelo vice-governador o maior respeito e o maior carinho”, declarou. Fátima lembrou ainda que chegou a oferecer a Walter a possibilidade de disputar a reeleição em 2026, com apoio do PT, quando ela deixar o Governo para disputar o Senado.

“Eu disse: ‘Lula está me pedindo, eu vou sair para o Senado. A cadeira, portanto, é sua. A legislação, inclusive, assegura, a você, Walter a candidatura à reeleição. Portanto, eu quero, inclusive, dizer que, se você for para a reeleição, prego o batido ponta virada, o PT estará com você e nós vamos indicar o vice”, relatou Fátima.

A decisão, no entanto, foi do vice: “Ele analisou e tomou a decisão definitiva: não será candidato à reeleição, mas estará comigo, com o presidente Lula e com o nosso projeto, tanto no plano local como no nacional”.

Sobre a ampliação dos espaços do MDB, a governadora disse considerar natural a transição, mas frisou que o essencial é preservar a unidade. “O MDB tem bons quadros, por isso vem ampliando sua participação. Mas o que interessa é que o governo é um só. Tanto eu como Walter, em sintonia com o presidente Lula, estamos imbuídos para continuar trabalhando incansavelmente para melhorar a vida do povo do Rio Grande do Norte”, afirmou.


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“BOLSONARO TEM QUE PAGAR POR ESSES E POR TODOS OS CRIMES QUE COMETEU” CONTRA O POVO JULGAMENTO HISTÓRICO NO STF

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O julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de outros sete réus por tentativa de golpe de Estado começa nesta terça-feira (2), no Supremo Tribunal Federal (STF), e é aguardado com expectativa por parlamentares potiguares do PT, que defendem a condenação do ex-chefe do Executivo. Para eles, o processo representa um marco histórico na defesa da democracia e uma oportunidade de pôr fim ao que classificam como a trajetória de impunidade de Bolsonaro.

O deputado federal Fernando Mineiro (PT-RN) lembra que Bolsonaro construiu sua carreira política e militar marcada por episódios de afronta às instituições, “tendo cometido diversos tipos de crimes ao longo dos anos, sem nunca ser julgado e punido”. Ele recorda ao Diário do RN que o ex-presidente chegou a ser expulso do Exército.

“Quando deputado federal, cometeu crimes ao defender torturadores e atacar parlamentares; quando o presidente da República, a sua criminosa irresponsabilidade levou milhares de pessoas à morte durante a pandemia; e sua carreira finda com diversos crimes que estamos acompanhando – desde as eleições de 2022, passando pelo 8 de janeiro até os dias de hoje. É sucessão de ataques criminosos contra a democracia e, ainda, com a ajuda do seu filho, trama um golpe contra a economia nacional e o povo brasileiro junto ao governo Trump”, afirmou.

O deputado complementa que o julgamento que começa amanhã é fundamental: “O julgamento que começa esta semana, além de histórico por ser o primeiro julgamento de crimes contra a democracia, é fundamental para dar um basta na impunidade desse criminoso contra o povo brasileiro e para que ele pague por seus crimes”, afirma.

A deputada federal Natália Bonavides (PT), além de reforçar as palavras do colega de bancada, relembra a atuação do ex-presidente durante a pandemia, como um dos fatos pelos quais ele deve ser punido.

“Bolsonaro tem que pagar por esses e por todos os crimes que cometeu contra o povo brasileiro, como é o caso também de sua negligência na condução das ações de enfrentamento à pandemia, sobre a qual a cada dia aparecem mais provas. A postura de desdém diante do vírus, enquanto presidente na época, é muito grave e contribuiu fortemente para que ocorressem tantas mortes de COVID-19 no Brasil”, afirmou Bonavides.

A parlamentar reafirma à reportagem que há um vasto conjunto de provas nos autos e que a sociedade espera uma resposta firme. Segundo ela, Bolsonaro e seu grupo mostraram disposição para qualquer ação que lhes permitisse se manter no poder, incluindo a tentativa de golpe e o planejamento de assassinato de autoridades.

“O processo mostra vasto acervo de provas que evidenciam a participação dele na tentativa de golpe. Bolsonaro e seu grupo estão dispostos a qualquer coisa para se safar, assim como tentaram de tudo para permanecer no poder. Não vamos esquecer do 8 de janeiro, do plano para matar o presidente, o vice e um ministro do STF. Precisamos dar uma resposta ao Brasil”, disse.

O Diário do RN entrou em contato com os deputados que compõem a bancada do PL potiguar. O deputado federal General Girão alegou que por orientação jurídica não deverá tratar do assunto. Já o deputado Sargento Gonçalves não respondeu até o fechamento desta edição.

O julgamento
Bolsonaro e outros sete acusados integram o chamado “núcleo central” da trama que tentou reverter o resultado das eleições de 2022 e culminou nos ataques de 8 de janeiro de 2023. Eles respondem por crimes como tentativa de golpe de Estado, organização criminosa armada e abolição violenta do Estado Democrático de Direito.

As sessões ocorrerão entre 2 e 12 de setembro, conduzidas pela Primeira Turma do STF, composta pelos ministros Alexandre de Moraes (relator), Flávio Dino, Luiz Fux, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin, presidente da Turma. A decisão será por maioria simples.

É a primeira vez, desde a redemocratização, que um ex-presidente da República é julgado no Supremo Tribunal Federal por tentativa de golpe de Estado.


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CADU SOBRE ZENAIDE: “SE ELA ESTÁ DO LADO DE ALLYSON, NÃO ESTÁ DO LADO DO PT”

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O secretário de Fazenda do Rio Grande do Norte e pré-candidato ao Governo do RN, Cadu Xavier (PT), afirmou que a senadora Zenaide Maia (PSD) não faz parte hoje do mesmo campo político do partido da governadora Fátima Bezerra (PT) e do presidente Lula (PT). Ele avaliou o cenário eleitoral para 2026 hoje e os fatos novos que vêm surgindo, com a existência de três chapas atualmente. Além da dele, pelo PT, a da direita, com Rogério Marinho (PL) pré-candidato e a de Allyson Bezerra (UB), que, ao lado de Zenaide deve viabilizar a terceira candidatura ao executivo estadual.

“Allyson sempre esteve do outro lado, o prefeito de Mossoró nunca esteve próximo do nosso governo, nunca. Então se Zenaide vai estar caminhando ao lado dele, ela vai estar na oposição ao governo, que nós vamos ter um candidato de situação, que serei eu, e ela vai estar num palanque que é de oposição do governo, de outro campo político”, afirmou durante entrevista ao programa 12 em Ponto, na 98 FM.

Com pré-candidatura posta há meses, Cadu afirma que não há possibilidade de mudança dessa decisão pelo sistema governista. Entretanto, questionado, admite que poderia ser vice de Walter Alves (MDB), em caso do vice-governador, quando assumir a cadeira de governador, decida disputar reeleição.

“Eu acho que a única possibilidade de retirada da minha candidatura é se o futuro governador Walter Alves decidir ser candidato. É um direito dele. Aceito ser vice dele sem problema nenhum.

De Walter, sem problema nenhum, porque é direito dele ser candidato”, explicou.

Por outro lado, afirmou que não deverá ser candidato a vice-governador ao lado de Ezequiel Ferreira (PSDB), presidente da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte, cujas especulações apontam possibilidade de se colocar ao Governo. Cadu descarta.

“De Ezequiel, essa condição não existe nesse momento. Walter vai ser governador do Estado e ele tem o direito de ser candidato à reeleição. Então, esse é o quadro que existe”, cravou.

Segundo Cadu, a eleição de 2026 vai reforçar o embate direto entre os dois lados da política: de um lado, o campo progressista liderado por Lula e Fátima; de outro, a direita bolsonarista e seus aliados. Sobre as candidaturas que já estão desenhadas no Rio Grande do Norte, ele resume: “Tem Rogério Marinho, candidato de um grupo, e Allyson Bezerra; os dois estão no outro campo.

Eu sou atualmente o pré-candidato ao governo do lado do presidente Lula, do lado da democracia.

Quem estiver do outro lado, é do outro lado”.

Xavier ainda explica a identificação do seu nome enquanto pré-candidato atrelando-o ao presidente Lula. A definição que aumentou os índices de intenções de votos nas pesquisas é, segundo ele, para “demarcar os lados”: “Eu sou filiado ao PT, eu sou secretário do Estado do Governo do PT há sete anos, e eu não tenho problema nenhum de ser Cadu de Lula. Pelo contrário, eu tenho muito orgulho. O outro lado vai ser fulano de Bolsonaro, vai ter que defender; fulano que defendeu os atos golpistas de 8 de janeiro. Não, Cadu de Lula é isso”.

Cadu Xavier ressaltou que o PT tem dialogado com os partidos aliados para fechar a chapa que vai disputar o Senado em 2026. “O PT tem uma candidatura posta, que é a minha. Agora, nós estamos dialogando com os partidos aliados, porque não se faz eleição sozinho. A governadora Fátima sempre disse isso. O MDB é um parceiro importante, o PSB é um parceiro importante, o PCdoB, o PV, o PDT. O campo que esteve com Lula em 2022 é o campo que a gente precisa manter unido em 2026”, explicou.

Legado do Governo Fátima
Além das questões eleitorais, Cadu Xavier também falou sobre a gestão estadual e o legado da governadora Fátima Bezerra. Ele destacou o resgate do pagamento em dia dos servidores e a reorganização das contas públicas.

“A gente recebeu um Estado quebrado, com salários atrasados, com quatro folhas em atraso. A governadora conseguiu pagar tudo e colocar em dia. Reconstruímos a arrecadação, modernizamos a Secretaria de Tributação e demos estabilidade fiscal ao Estado”, disse.

O secretário ainda comentou sobre os investimentos em saúde, educação e segurança, o enfrentamento aos ataques criminosos de 2023, as operações de crédito para infraestrutura e saneamento, além dos desafios futuros como os precatórios e a queda das transferências federais.

“O RN hoje está em muito melhores condições do que em 2018. Claro que temos desafios, mas o Estado está equilibrado e tem condições de seguir avançando”, concluiu.


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ESTADO AVANÇA EM COMPETITIVIDADE, MAS FECOMÉRCIO COBRA MAIS OUSADIA

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O Rio Grande do Norte foi o Estado que mais avançou no Ranking de Competitividade dos Estados 2025, elaborado pelo Centro de Liderança Pública (CLP). O levantamento mostra que o RN subiu oito posições em relação ao ano passado, passando da 24ª para a 16ª colocação nacional. No cenário regional, também houve crescimento expressivo: o estado saiu da 9ª posição no Nordeste para a 4ª.

Entretanto, para o presidente da federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do RN (Fecomércio RN), Marcelo Queiroz, embora o avanço seja positivo, ainda há desafios significativos. Ele conversou om o Diário do RN sobre o assunto.

“O estudo do CLP é uma referência nacional, pois mede a capacidade dos estados de oferecer um ambiente favorável ao desenvolvimento econômico e social. O avanço do RN é uma notícia positiva, mas ainda há muito a progredir. O estado não recuperou a posição e a pontuação do período pré-pandemia (15ª colocação e 47 pontos, respectivamente). Atualmente, figuramos na metade inferior do ranking nacional, ocupando a 16ª posição, com 43,1 pontos, em um indicador que vai de zero a 100”, avaliou.

Queiroz destacou a melhora em áreas como segurança pública, onde o RN ocupa hoje a 4ª colocação nacional e lidera o Nordeste. “O avanço ocorreu sobretudo nos indicadores de Atuação do Sistema de Justiça Criminal, Déficit de vagas no sistema prisional, Morbidade Hospitalar por Acidentes de Trânsito, Violência Sexual e Mortes a Esclarecer”, pontuou. Ainda assim, observou que a sensação de insegurança perdura no Estado. “Por outro lado, pioraram os indicadores de Segurança Pessoal e Segurança Patrimonial, o que reflete a manutenção da sensação de insegurança no estado entre a população e o empresariado”, ponderou.

O dirigente ressaltou áreas em que o desempenho segue frágil. “Em outros pilares, apesar de algum avanço, o Estado do RN ainda se posiciona na metade de baixo do ranking, como por exemplo em Educação e Potencial de Mercado, na 19ª colocação, e em Solidez Fiscal, que ocupa a penúltima posição, com notas zeradas nos indicadores de Gasto com Pessoal e Índice de Liquidez”, afirmou.

O presidente da entidade comercial assevera que estes dados, mesmo com o avanço obtido, “compromete severamente a capacidade de investimentos do Governo do Estado”.

“Entendemos que precisamos enfrentar de maneira firme os gargalos que ainda comprometem a nossa competitividade, especialmente nas áreas de educação, potencial de mercado e solidez fiscal”, afirmou.

Na avaliação de Marcelo Queiroz, o resultado aponta para a necessidade de políticas de longo prazo. “Somente com planejamento, responsabilidade e a construção de um ambiente mais seguro e estável para os negócios e para a população, conseguiremos transformar esse progresso em desenvolvimento econômico sustentável”, concluiu.

Já a governadora Fátima Bezerra (PT) celebrou o desempenho. Em suas redes sociais, ela comparou o Estado hoje com a situação no ano de 2019. Para ela, o resultado reflete dedicação.

“É a prova concreta do quanto avançamos. Agora não custa nada lembrar, refrescar a memória, porque quando chegamos ao Governo do Estado em 2019, encontramos uma realidade dramática, quatro folhas salariais atrasadas, gestão fragilizada e políticas sociais em colapso, mas com muita dedicação, responsabilidade, diálogo e políticas voltadas para o bem-estar, para a cidadania, e para a valorização das pessoas, conquistamos esse resultado agora extraordinário”, afirmou a gestora no X.

Fátima garante que a meta é avançar ainda mais nos resultados: “Seguiremos avançando, construindo um Rio Grande do Norte cada vez mais justo, mais forte e mais competitivo.

Sigamos”, escreveu.

O ranking, em sua 14ª edição, avaliou 100 indicadores distribuídos em 10 pilares: infraestrutura, sustentabilidade social, segurança pública, educação, solidez fiscal, eficiência da máquina pública, capital humano, sustentabilidade ambiental, potencial de mercado e inovação. O levantamento mostra, entre outros pontos, que o RN subiu dez posições em sustentabilidade ambiental, seis em eficiência da máquina pública e cinco em segurança pública, mantendo a 11ª colocação em inovação.

Além da competitividade, dados recentes reforçam a relevância do setor de serviços para a economia potiguar. De acordo a Pesquisa Anual de Serviços 2023, 168 mil pessoas estão empregadas na área, o maior patamar da série histórica, o que representa um crescimento de 58,14% desde 2007.


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PT ADMITE AFASTAMENTO DE ZENAIDE DA ESQUERDA NO RN E TEM ‘PLANO B’

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A presidente estadual do PT, vereadora Samanda Alves, afirmou que o partido trabalha com mais de um cenário para a disputa ao Senado em 2026, diante do afastamento da senadora Zenaide Maia (PSD) do campo governista. Em conversa com o Diário do RN, Samanda destacou que o “plano A” do partido é garantir a eleição de governadores aliados e devolver Fátima Bezerra ao Senado, mas confirmou que existe também um “plano B”, que passa por indicar um nome do PT ou de outro partido da base para compor a chapa majoritária.

“O nosso plano A é eleger Cadu Xavier governador, eleger uma senadora, devolver Fátima ao Senado, onde ela fez um excelente trabalho. Mas nós temos a nossa estratégia também para qualquer cenário possível, inclusive ter o nome do PT ou de um partido que compõe o nosso campo progressista aqui no Rio Grande do Norte para dar duas senadoras ao Estado”, disse.

Segundo a dirigente, o partido dialoga internamente e com os aliados que já confirmaram apoio ao projeto liderado pela pré-candidatura de Cadu ao Governo do Estado. Segundo ela, devem estar na aliança PT, PSB, PV, PC do B, PDT, REDE, MDB, PSOL e Cidadania. Samanda lembrou o exemplo da eleição de 2018, quando a estratégia do “segundo voto” foi decisiva para a vitória de Zenaide, ao citar a atuação do médico Alexandre Mota, que garantiu mais de 240 mil votos como segunda opção.

Apesar do histórico de parceria, Samanda evitou citar diretamente o nome de Zenaide ao analisar o atual cenário de rompimento da vice-líder do Governo Lula no Senado com o projeto do PT no RN. A senadora, pré-candidata à reeleição, deixou clara em 16 de agosto a manutenção de sua aliança com o prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra (UB), durante evento do PSD que reuniu cerca de 50 prefeitos e lideranças regionais. O gesto foi visto como um divisor de águas. De um lado, a direita, formada por Rogério Marinho, Styvenson Valentim e Álvaro Dias, não aceita Allyson ao lado de Zenaide. Do outro, a esquerda liderada por Fátima Bezerra e pelo PT também não admite a presença da senadora na mesma trincheira do prefeito mossoroense.

Para Samanda, Allyson representa o campo da direita e sua gestão “tem a cara da extrema direita” no Rio Grande do Norte. “O campo progressista é o campo que defende sem subterfúgio o Governo do presidente Lula. Essa eleição colocará de um lado a direita e a extrema direita, e do outro lado a esquerda e os partidos progressistas. A conjuntura não deixa brecha para quem se posiciona por conveniência”, afirmou.

A deputada acrescentou que, em sua avaliação, só existem dois lados em 2026: o bolsonarismo e seus aliados, de um lado, e o campo progressista ao lado de Lula, de outro. “Na política somos obrigadas a nos posicionar, e para as eleições de 2026 só existem duas possibilidades. Nós estaremos com o presidente Lula, que vai liderar o campo que derrotará a direita, a extrema e quem estiver compondo esse campo”.

O afastamento de Zenaide abre espaço para que o PT discuta nomes alternativos. O “plano B” mencionado por Samanda tende a recair sobre partidos já alinhados ao governo Lula no estado — como PCdoB, PV, PSB, PSOL e Rede — ou até mesmo uma indicação interna do próprio PT, repetindo a estratégia de 2018. A equação é considerada central pelo partido para consolidar a chapa de Fátima Bezerra e garantir a chamada “dobradinha do Senado” ao lado de Lula.


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TCE ARQUIVA DENÚNCIA DE LAWRENCE CONTRA ALLYSON POR FALTA DE “VERACIDADE”

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O Tribunal de Contas do Estado (TCE-RN) decidiu pelo arquivamento de uma denúncia apresentada contra o prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra (União Brasil), que apontava suposta irregularidade na gestão fiscal do exercício de 2024. O processo tramitava sob o número 300120/2025-TC e chegou a correr em sigilo, mas a restrição foi retirada após a decisão pelo arquivamento por não haver indícios de veracidade na denúncia. O arquivamento foi despachado pelo diretor de expediente do TCE, Andrei Herberth Rodrigues de Oliveira, em 1º de agosto.

Após quebra do sigilo, foi evidenciado que a denúncia fora formalmente assinada por Lawrence Carlos Amorim de Araújo, ex-presidente da Câmara Municipal de Mossoró, e protocolada em janeiro deste ano.

O despacho pelo arquivamento teve base no voto do relator do processo, conselheiro Gilberto Jales, assinado em 1º de abril. Jales avaliou denúncia apresentada por Lawrence em janeiro deste ano, feita após a eleição de 2024, que reelegeu Allyson Bezerra com 78%, contra 11% de Lawrence, que foi candidato pelo PSDB. O voto do relator destacou que não havia indícios suficientes de materialidade e que os fatos apresentados por Lawrence não continham verdade.

“Como se denota, a unidade técnica constatou a ausência de indícios suficientes da veracidade do conteúdo denunciatório e das premissas de materialidade, bem como destacou que os elementos narrados serão levados em consideração no desenvolvimento da ação relativa às Contas de Governo da Prefeitura Municipal de Mossoró, atinentes ao exercício de 2024”, diz trecho do voto.

O conselheiro acompanhou análise apontada anteriormente pelo Ministério Público de Contas e o Corpo Instrutivo da Diretoria de Controle de Contas de Governo e Gestão Fiscal, que indicaram a inviabilidade do prosseguimento da denúncia. Na análise técnica, se constatou que o Relatório de Gestão Fiscal (RGF) do 3º quadrimestre de 2024 do Município de Mossoró apresentava disponibilidade de caixa líquida positiva, afastando a irregularidade.

Segundo Lawrence, o prefeito Allyson Bezerra fechou 2024 com uma dívida de quase R$ 200 milhões a mais do que havia em caixa. Isso significaria que ele gastou além do que podia no ano eleitoral, deixando de pagar cerca de 15% das despesas já assumidas e empurrando essa conta para 2025 como “restos a pagar”, o que configura a chamada pedalada fiscal.

A denúncia sustentava que do ponto de vista da lei fiscal, a prática é proibida pela Lei de Responsabilidade Fiscal (artigo 42), porque compromete o orçamento do ano seguinte. Já do ponto de vista eleitoral, os gastos de 2024 foram 21% maiores que os de 2023, crescimento muito acima da inflação (4,9%).

“Após o trânsito em julgado da denúncia não há mais fundamento para a manutenção do sigilo das informações, devendo esta restrição à publicidade processual ser retirada”, afirmou o diretor de expediente do TCE, Andrei Herberth Rodrigues de Oliveira, no despacho emitido em 1º de agosto.

Com a decisão, o processo fica arquivado, restando apenas a apreciação das contas anuais de 2024, ocasião em que o Tribunal poderá voltar a examinar a execução orçamentária do período.


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CPMI DO INSS REQUER CONVOCAÇÃO E QUEBRA DE SIGILOS DE ABRAÃO LINCOLN

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A CPMI do INSS teve protocolada uma série de requerimentos que atingem diretamente o potiguar Abraão Lincoln Ferreira da Cruz, presidente da Confederação Brasileira dos Trabalhadores da Pesca e Aquicultura (CBPA). Os pedidos, assinados por cerca de dez deputados no total, incluem a convocação do dirigente na condição de investigado e a quebra de seus sigilos bancário e fiscal.

O requerimento de convocação destaca que Abraão Lincoln deverá prestar depoimento sobre a atuação da entidade sob seu comando. O documento aponta que “a entidade sob seu comando não é uma partícipe qualquer, mas um dos eixos centrais da arquitetura criminosa desvelada pela Operação Sem Desconto, responsável por um impacto financeiro estimado em R$ 221.884.427,63 subtraídos de forma contumaz e sistêmica dos benefícios de aposentados e pensionistas”.

Outro trecho ressalta a disparidade entre a movimentação financeira da CBPA e sua real estrutura administrativa: “Relatório da Controladoria-Geral da União (CGU), peça basilar da investigação, é demolidor ao descrever a sede da CBPA como uma ‘pequena sala comercial’, com apenas ‘uma secretária para atendimento’, e concluir que a Confederação ‘não possui infraestrutura para localização, captação, cadastramento e muito menos fornecimento de serviços’ compatíveis com seu universo de 360.632 associados, espalhados por mais de 3.600 municípios”.

Ex-líder do Republicanos no Rio Grande do Norte e candidato a deputado federal em 2018, Abraão Lincoln é apontado ao lado do tesoureiro da CBPA, Gabriel Negreiros, como articulador de um esquema de falsificação de filiações em massa para obter ganhos ilegais com descontos em benefícios previdenciários. Gabriel, que já disputou eleição para vereador em Natal em 2020, aparece no inquérito da Polícia Federal como o braço financeiro da operação.

Além da convocação, outro requerimento pede a quebra dos sigilos bancário e fiscal de Abraão Lincoln, abrangendo o período entre janeiro de 2019 e julho de 2025. O pedido inclui detalhamento de movimentações financeiras, operações de crédito, notas fiscais, declarações de imposto de renda e análises comparativas com anos anteriores, entre outros quase 20 itens relacionados às movimentações.

O texto sustenta que “sua condição de réu em processos por corrupção e lavagem de dinheiro, aliada à sua posição de comando na estrutura investigada, torna o acesso às suas informações financeiras não apenas relevante, mas a pedra angular para compreender a dimensão da fraude e identificar seus beneficiários ocultos”.

Em maio, quando a denúncia veio à tona, reportagem do portal Metrópoles revelou que a Confederação teria pago propina a servidores do INSS, inclusive a parentes de autoridades como a esposa do procurador-geral Virgílio Oliveira Filho e o filho do ex-diretor de benefícios André Fidelis.

Segundo a PF, embora não tivesse filiados em 2022, a CBPA firmou um acordo com o INSS e, já em 2023, contabilizava mais de 340 mil associados, movimentando R$ 57,8 milhões. Apenas nos três primeiros meses de 2024, o número chegou a 445 mil filiados, com faturamento de R$ 41,2 milhões. A Controladoria-Geral da União considera que a entidade não possui estrutura mínima para absorver essa base de associados, o que reforça as suspeitas de fraude.

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito do INSS iniciou os trabalhos nesta terça-feira (26). A CPMI deve apurar denúncias de descontos indevidos em benefícios previdenciários de aposentados e pensionistas. O objetivo é investigar fraudes em convênios e associações, suspeitas de corrupção dentro do instituto e desvios milionários que impactam diretamente a renda de segurados. De acordo com informações do Senado Federal, divulgadas pela CNN, a CPMI já conta com 833 requerimentos no sistema, entre eles, a convocação de todos os ex-ministros da Previdência.


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ÁLVARO MANDA RECADO: “O GRUPO DA OPOSIÇÃO SOU EU, ROGÉRIO E STYVENSON”

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“Allyson não foi excluído. Rogério fez um evento, no dia do evento do PL que o Rogério fez, ele realizou outro evento com Zenaide, dizendo que não solta a mão de Zenaide. Então, ele é candidato a governador e Zenaide é candidata a senadora. É uma definição que ele já tomou. Isso aí já é uma autoexclusão por parte dele desse grupo”.

A fala de Álvaro Dias (Republicanos) ao Diário do RN mostra entendimento que vem se desenhando no grupo da direita no Estado. O ex-prefeito de Natal, que mantém também pré-candidatura a governador, se refere a eventos realizados no dia 16 de agosto, quando Rogério Marinho (PL) promoveu edição do Rota 22 em Natal, com a presença de Michelle Bolsonaro (PL) e Valdemar Costa Neto (PL), mas Allyson Bezerra (UB) optou por marcar presença em evento de Zenaide Maia (PSD), com cerca de 50 prefeitos potiguares, e discurso em apoio à candidatura da senadora, que é vetada pelo mesmo grupo da direita.

Segundo Álvaro, o pensamento é alinhado entre ele, Rogério Marinho e o senador Styvenson Valentim (PSDB), com quem esteve reunido na tarde desta terça-feira (26), em Brasília. Na última segunda-feira (25), o encontro foi com Marinho na capital federal.

“O grupo político que eu devo caminhar sou eu, Rogério e Styvenson”, assegura ele, que acrescenta, ainda, Paulinho Freire (UB) a essa aliança, mesmo sendo o prefeito de Natal filiado ao União Brasil ao qual Allyson também é filiado. “Ele tem um bom entrosamento com a gente, eu acredito que ele vai permanecer alinhado com esse grupo, acredito. Grupo fechado”, ressaltou.

O ex-prefeito afirma que ele mantém a pré-candidatura ao Governo do RN, assim como Rogério.

“Dentro desse grupo aí devemos escolher o candidato ao governador e os dois senadores.

Provavelmente. A não ser que em algum momento exista alguma mudança, por exemplo, Rogério está sendo cogitado para outros postos, isso aí vai depender de outras coisas. Então, é tudo a posteriori”, afirmou.

Cenários
Dentro desta definição, o Rio Grande do Norte tem, hoje, tem três pré-candidaturas prováveis ao Governo do Estado, com desenhos para o Senado Federal.

A primeira chapa deverá ser composta por Rogério Marinho, candidato ao Governo, com Álvaro Dias e Styvenson Valentim candidatos às duas vagas do Senado. Caso Marinho siga para outro projeto, seja nacional ou a permanência no Senado, é esboçada a possibilidade de Álvaro ao Governo e Styvenson ao Senado, ao lado de Coronel Helio ou de Babá Pereira, nomes do PL que já se colocaram como pré-candidatos ao cargo.

No sistema governista, as pré-candidaturas já postas de Cadu Xavier (PT) a governador e Fátima Bezerra (PT) a senadora devem buscar ainda outro nome para a composição à majoritária.

A terceira chapa segue em articulação, tendo Allyson Bezerra como pré-candidato ao Governo e a senadora Zenaide Maia à reeleição, com outro nome a ser incluído na formação da chapa com a parlamentar.

Joanna Guerra deputada federal
Ainda tratando das reuniões em Brasília, Álvaro explica à reportagem o encontro com o presidente do Republicanos Marcos Pereira. “Nós precisamos ampliar as bases do Republicanos, porque de 160 municípios ele existe mais ou menos na metade, então a gente quer ampliar o Republicanos para ele passar a existir no Estado todo e começar também a discutir a nominata de deputado federal”, afirmou.

Dentre os nomes que devem integrar a nominata a vice-prefeita de Natal, Joanna Guerra deverá pleitear cargo à Câmara dos Deputados.

“Joanna provavelmente vai compor nominata para deputado federal do Republicanos. Tem a possibilidade de Joanna e de outros nomes integrarem essa nominata”, complementou.


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JUSTIÇA REJEITA AÇÃO DE STYVENSON CONTRA FÁTIMA E CADU XAVIER SOBRE CONSIGNADOS

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A Justiça do Rio Grande do Norte julgou improcedente a Ação Popular nº 0844254-25.2023.8.20.5001, movida pelo senador Styvenson Valentim (PSDB) contra o Governo do Estado, a governadora Fátima Bezerra (PT), o Banco do Brasil e ex-secretários de Estado, em que ele questionava a legalidade de contratos firmados para regularizar repasses de empréstimos consignados dos servidores estaduais. A decisão foi assinada digitalmente no último dia 14 de agosto.

Na sentença, o magistrado Francisco Seráphico da Nóbrega Coutinho, da 6ª Vara da Fazenda Pública da Comarca de Natal, rejeitou todos os pedidos feitos pelo senador. “Julgo improcedentes os pedidos formulados na exordial, diante da ausência de ilegalidade na celebração do Acordo Financeiro nº 01/2023 e Contrato nº 002/2023, bem como de dano ao erário”, escreveu.

O magistrado também negou o pedido de depoimento de servidores e funcionários que participaram da assinatura do contrato, além de rejeitar contestações do Governo sobre o valor da causa e alegações preliminares dos demais réus.

Francisco Seráphico entendeu que não houve ilegalidade na assinatura do Acordo Financeiro nº 01/2023 nem do Contrato nº 002/2023 entre o Estado e o Banco do Brasil, e também não ficou comprovado nenhum prejuízo ao dinheiro público nas transações sobre consignados.

Na ação, Styvenson alegava que o governo deixou de repassar aos bancos valores descontados diretamente da folha dos servidores para o pagamento dos consignados. Segundo o senador, a inadimplência fez com que o Banco do Brasil suspendesse a oferta desse tipo de crédito aos servidores, além de pressioná-los para pagar do próprio bolso as parcelas em atraso.

O parlamentar pediu informações ao Banco do Brasil e à Caixa Econômica Federal sobre o montante devido entre janeiro de 2019 e junho de 2023, períodos de suspensão dos consignados e medidas adotadas para garantir os repasses. Nos esclarecimentos, o Banco do Brasil informou que a dívida foi regularizada em maio de 2023, enquanto a Caixa afirmou que houve 39 meses de inadimplência nesse intervalo. Para resolver a situação, o Governo e o Banco do Brasil firmaram três documentos em maio do ano passado: um acordo financeiro, um convênio e um contrato. Os instrumentos quitaram a dívida, credenciaram o banco para seguir oferecendo consignados e transferiram para a instituição a gestão da folha de pagamento do Estado.

Com a decisão, a ação foi encerrada com julgamento do mérito, confirmando a validade dos contratos firmados entre o governo do RN e o Banco do Brasil. Da decisão, cabe recurso.


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“A PRINCÍPIO NÃO QUIS ACREDITAR. FIZO QUE TINHA QUE SER FEITO” DIZ NILDA

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Após toda a polêmica que desnorteou a política de Parnamirim nesta segunda-feira (25), a prefeita Nilda Cruz (SDD) se pronunciou ao Diário do RN. Segundo ela, exonerar a filha da vice-prefeita Kátia Pires, a vereadora Carol Pires, e o marido dela da gestão municipal foi um fato que a deixou “triste”.

“Não há o que comemorar, fiquei muito triste com toda essa situação. Foi uma decisão muito difícil. A princípio não quis acreditar mas os fatos e as informações comprovaram o movimento que estava ocorrendo. Fiz o que tinha de ser feito, agora é olhar pra frente e trabalhar ainda mais forte por Parnamirim”, declarou a prefeita.

O movimento a que ela se refere é a articulação de sua vice, Kátia Pires (UB), para tentar viabilizar um pedido de impeachment. A prefeita decidiu reagir de forma contundente com as exonerações de secretarias estratégicas do município, além de um assessor próximo.

O rompimento que vinha sendo sussurrado nos bastidores, agora é oficializado apenas oito meses depois do início da gestão e foi interpretado como uma retaliação direta à traição da vice-prefeita.

A decisão foi publicada em edição extra do Diário Oficial, atingindo Fábio Falcão de Miranda, secretário de Limpeza Urbana (SELIM) e marido de Kátia, Ana Carolina Carvalho de Lima Pires, secretária de Serviços Urbanos (SEMSUR) e filha de Kátia; Fabrício Lira Barbosa, assessor Especial na Secretaria de Obras Públicas (SEMOP).

A medida representou um recado claro: o espaço político de Kátia dentro da gestão acabou. O gesto de Nilda, duro e calculado, rompeu de vez a relação que até então tentava ser mantida sob aparência de normalidade.

De acordo com informações de bastidores, Kátia Pires não apenas se distanciou politicamente da prefeita em momentos críticos, mas teria ido além: buscou apoio de vereadores para sustentar um pedido de impeachment. Há relatos de que chegou a produzir uma minuta do documento e a procurar diretamente dois parlamentares para viabilizar a iniciativa. Até aqui, Kátia vinha cultivando um estilo marcado por ausências e aproximação com influenciadores da oposição, sem gerar grandes cortes na relação institucional.

O vereador Jonas Godeiro, da oposição, confirmou ao Diário do RN que a movimentação de Kátia chegou à Câmara.

“Eu acreditava que se tratava de uma disputa interna, mas infelizmente não é o caso. Entendo que o grupo político apoiado pela vice-prefeita tentou apresentar um pedido de impeachment, com o intuito de conseguir aprovação. Houve conversas de bastidores com diversos vereadores para viabilizar a aprovação do pedido, mas essas negociações não chegaram na Casa”, relatou.

Para Jonas, o episódio revela a fragilidade política da prefeita: “Ela está perdida, sem norte.

Prometeu muito, mas é uma prefeita de rede social, lá tudo funciona, mas na realidade é totalmente diferente. Ainda não consolidou uma gestão eficaz, não tem articulação com a Câmara. A troca recente do líder do governo mostra essa falta de sintonia”.

A vice-prefeita, por sua vez, rejeita as acusações. Em entrevista ao Diário do RN, Kátia tentou rebater a versão de que teria tramado contra a prefeita. Como é que eu preparo o impeachment com dois vereadores? Essas informações estão desencontradas”, afirmou.

Ela contou que não havia indícios de rompimento com a prefeita e que as exonerações a surpreenderam: “Minha filha, que é secretária, que agora volta a ser vereadora, tentou despachar com ela na sexta-feira. A prefeita disse que ia ver o horário, Carol insistiu no final da tarde, e até hoje estamos esperando essa ligação”.


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APÓS REUNIÃO COM ÁLVARO DIAS, ROGÉRIO AFIRMA: “SOU CANDIDATO A GOVERNADOR”

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O ex-prefeito de Natal, Álvaro Dias (Republicanos), está em Brasília e nesta segunda-feira (25) foi recebido pelo senador Rogério Marinho (PL). A reunião, marcada por clima de proximidade e afinidade política, reforçou avaliação do cenário nacional quanto à polarização nacional entre PT e PL, quadro que, na avaliação deles reflete diretamente no RN. Após a conversa, o senador confirmou ao Diário do RN: “Sou candidato ao Governo”.

Enquanto o grupo defende a continuidade das conversas para, em um momento oportuno, se chegar a decisão sobre o nome a ser apresentado ao eleitor potiguar em unidade, Marinho crava seu nome como o representante da oposição na disputa. Álvaro Dias também se coloca como pré-candidato ao Governo do RN e vem articulando sua viabilização, embora já tenha deixado claro que topa disputar o Senado, caso a decisão seja por outro nome.

A reunião também definiu que os dois concordam descartar o nome de Allyson Bezerra (UB), principalmente após o prefeito de Mossoró ter deixado claro que não deve romper a parceria com a senadora Zenaide Maia (PSD), vice-líder do Governo Lula no Senado. A aliança com a pré-candidata à reeleição é rejeitada pela direita por compor a base do presidente Lula, principal alvo do PL de Rogério. O secretário nacional do partido bolsonarista deixou claro que veta Zenaide do palanque da direita.

No dia 16, Allyson Bezerra participou de evento promovido pelo PSD de Zenaide em Natal e, durante discurso, deixou claro o apoio à presidente do PSD no RN a uma das cadeiras do Senado.

A fala aconteceu diante de aproximadamente 50 prefeitos potiguares.

Ainda assim, algumas lideranças, essencialmente do União Brasil, ainda contam com a articulação de Paulinho Freire (UB), prefeito de Natal, como o agregador capaz de ensejar uma mudança de mentalidade do aliado Rogério. O centro do grupo defende que o pré-candidato favorito nas pesquisas, Allyson Bezerra, seja o representante da oposição.

Em conversa com o Diário do RN, conforme publicado na última quinta-feira (21), o presidente do União Brasil no RN, José Agripino, afirmou que um partido com a “expressão” da federação União Progressista “tem o direito de criar expectativa de conquistar o Governo do Estado”. O ex-senador defendeu união da oposição, mas ratificou que ela será consolidada entre centro e direita, mais precisamente com a direita se agregando ao centro, assim como aconteceu na eleição de 2024, em Natal, com a candidatura de Paulinho Freire (UB).

Para alcançar o feito, Paulinho precisa mediar a relação da outra ala da oposição, a direita, em relação a Zenaide Maia.

De acordo com o comunicador Saulo Spinelli, publicado na 98 FM, após a reunião em Brasília, tanto Álvaro quanto Rogério deixaram claro que seguem no mesmo campo, lado a lado, debatendo os problemas do Estado e mantendo o bloco oposicionista ativo.

O grupo, que também conta com a participação do senador Styvenson Valentim (PSDB) e do prefeito de Natal, Paulinho Freire, vai se consolidando como um dos principais polos de articulação no RN.


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DEPUTADO AFIRMA DESEJO POR VOTAR EM BABÁ E ZENAIDE PARA O SENADO

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O deputado federal Benes Leocádio (União Brasil) ainda não definiu, mas deixou claro que pretende fugir do óbvio no seu voto ao Senado: uma chapa com o presidente da Femurn, Babá Pereira (PL), e a senadora Zenaide Maia (PSD). O curioso, porém, é que a fala do parlamentar reforça a contradição que divide a oposição no Estado. Enquanto legendas como PL, Republicanos, União Brasil e PP discutem a formação de uma frente ampla que uma centro e direita, o PL não aceita qualquer aproximação com Zenaide, por ela integrar a base do presidente Lula no Congresso. Ainda assim, Benes deixou claro que não descarta apoiá-la.

Segundo o deputado, ele não tem ainda uma decisão fechada, mas vê nos dois pré-candidatos duas opções viáveis. “Não descarto, até porque foram as únicas pessoas com quem já sinalizamos ou conversamos sobre esse projeto”, afirmou. Benes ressaltou que nenhum outro pré-candidato ao Senado procurou dialogar com ele sobre alianças.

Sobre Babá Pereira, foi direto: “Se amanhã ele disputar uma eleição, terá Benes como soldado ao seu lado para irmos à luta”. O parlamentar destacou o histórico de Babá como prefeito de São Tomé e presidente da Femurn, além da relação de confiança construída entre ambos. “Tenho um respeito muito grande por ele. Foi administrador de um município de São Tomé, me sucedeu na federação dos municípios do Rio Grande do Norte. Tem todas as credenciais para nos representar em qualquer posto, fosse de deputado estadual, de federal, de senador, de vice-governador”, disse.

Já em relação à senadora Zenaide, Benes ressaltou a simpatia que tem pela parlamentar e o papel do mandato dela em favor das administrações municipais, sobretudo em Mossoró, onde atua em parceria com o prefeito Allyson Bezerra (UB). “Não está fora do radar”, disse o deputado, ao admitir que o nome de Zenaide pode ser considerado na construção de uma aliança para 2026.

Leocádio afirmou que a nível da federação União Progressista (União Brasil e Progressistas) ainda não há essa definição, mas é a preferência dele, assim como para Allyson Bezerra: “O prefeito Alisson tem me registrado que não pode, de forma nenhuma, deixar de reconhecer o que o mandato da senadora tem feito por Mossoró. Com certeza vai chegar o momento de articularmos ou discutirmos essa situação, porque, como eu disse, o prefeito Allyson poderá ser a opção dessas várias agremiações que a gente está vendo no tabuleiro político de 2025, em direção ao projeto de 2026, como citei aqui, o PL, o Podemos, o PP”.

Carla Dickson no PL
O deputado também comentou a possibilidade de saída da deputada federal Carla Dickson do União Brasil para o PL. Segundo ele, a decisão precisa ser respeitada, embora lamente a perda de uma companheira de partido. Benes ressaltou a importância de estar em uma nominata competitiva para evitar a perda de votos, citando como exemplo o que ocorreu em 2022, quando legendas como MDB, Solidariedade e PP não atingiram o quociente eleitoral, desperdiçando cerca de 500 mil votos.

Na avaliação de Benes, a federação União Progressista (União + PP) deve herdar votos que antes estavam no PL, especialmente com a saída de nomes como João Maia e Robinson Faria, que somaram cerca de 200 mil votos em 2022.

Durante a entrevista, Benes também tratou sobre a sucessão ao Governo do Estado. Ele reafirmou que o prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra, surge naturalmente como pré-candidato da federação União Progressista. Para o deputado, o nome de Allyson é consolidado pelo desempenho administrativo e pela força popular.

“É uma candidatura que nasce do anseio popular. Não é Benes, não é José Agripino que vai colocar. É o povo que já está sinalizando esse desejo”, destacou. O parlamentar ainda afirmou que, se confirmado, Allyson poderá repetir no Estado o modelo de gestão aprovado em Mossoró, onde foi reeleito com quase 80% dos votos.

Na avaliação de Benes, os demais nomes citados para 2026, como Cadu Xavier, Álvaro Dias e Rogério Marinho, enfrentam obstáculos distintos, seja pelo legado do governo Fátima Bezerra, pela falta de agrupamento político ou pela limitação do bolsonarismo no Nordeste.


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SAIBA O QUE É LAWFARE, A PRÁTICA QUE BOLSONARO ACUSA A PF DE USAR

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A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) apresentou na noite desta sexta-feira (22) esclarecimentos sobre o relatório da Polícia Federal que apontou descumprimentos de medidas cautelares. Na manifestação, os advogados dizem que a PF faz “Lawfare” ao divulgar o relatório.

“O Relatório da Polícia Federal causa espanto. Encaixa-se como uma peça política, com o objetivo de desmoralizar um ex-presidente da República (que, quer queiram as autoridades policiais ou não, ainda é um líder político), expondo sua vida privada e acusando-o de fatos tão graves quanto descabidos”, dizem os advogados de Bolsonaro sobre o documento da PF.

Na última quarta-feira (22), o relatório da PF foi encaminhado ao STF (Supremo Tribunal Federal). Nele, são expostas conversas de Bolsonaro com Eduardo e o pastor Silas Malafaia. Além disso, os agentes detalham a movimentação financeira do ex-presidente nos últimos anos e um arquivo de pedido de asilo político na Argentina.

“Parece incrível, mas boa parte do relatório dedica-se a um disse-me-disse sem qualquer relevância para a investigação”, completam na manifestação de 12 páginas.

“É necessário presumir que os investigadores sabem o que é o crime de lavagem, que determina origem ilícita e não se consubstancia com depósitos, via Pix, para familiares. Então, o objetivo é o massacre. A desmoralização. Ou seja, é lawfare em curso”, alegam os advogados.

Estudos de direito definem o termo como uma prática de uso abusivo, de forma deliberada, das leis e de instrumentos jurídicos como uma forma de guerra não convencional.

A expressão pode ser entendida como o uso do sistema jurídico como parte de uma estratégia contra adversários. Ou seja, o uso de normas como uma arma política.

Pelos juristas, o termo é utilizado com uma conotação negativa, porque passa a ideia de um uso abusivo e ilegítimo da lei para prejudicar um determinado adversário.

*Com informações da CNN


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EX-DEPUTADO RAFAEL MOTTA É SUBMETIDO A CIRURGIA APÓS ACIDENTE DE KITESURF E SEGUE EM RECUPERAÇÃO NA UTI

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O ex-deputado federal Rafael Motta, de 39 anos, foi submetido a um procedimento cirúrgico no Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel, em Natal, após sofrer traumas em um acidente durante a prática de kitesurf. O incidente ocorreu na tarde desta sexta-feira (22), próximo ao Forte dos Reis Magos.

Segundo o boletim médico divulgado, a cirurgia transcorreu sem intercorrências e o paciente apresentou estabilidade hemodinâmica durante todo o procedimento. Neste momento, Rafael Motta está em recuperação na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), sob monitoramento contínuo da equipe médica.

A família do ex-deputado agradeceu as manifestações de carinho recebidas e pediu orações pela sua pronta recuperação. Informações sobre a evolução do quadro clínico serão mantidas atualizadas à medida que estiverem disponíveis.


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“VTNC É O RETRATO DO NÍVEL DA FAMÍLIA BOLSONARO ENTRE QUATRO PAREDES”

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Os deputados federais potiguares do PT, Fernando Mineiro e Natália Bonavides, se pronunciaram após a revelação das escutas da Polícia Federal que expuseram diálogos da família Bolsonaro e do pastor Silas Malafaia, em articulações para tentar escapar da Justiça. As falas captadas pela Polícia Federal mostram não apenas a tensão interna entre Jair Bolsonaro e seus filhos, mas também as articulações para tentar escapar da Justiça. Fernando Mineiro chamou atenção para o episódio mais simbólico da crise familiar revelada pela investigação: a discussão em que Eduardo Bolsonaro, deputado federal por São Paulo, dirige ao próprio pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro, um xingamento explícito.

“O VTNC do filho para o pai é o retrato do nível da família Bolsonaro entre as quatro paredes”, afirmou Mineiro ao Diário do RN.

Na expressão usada por Eduardo Bolsonaro, “VTNC” é a abreviação do palavrão “vai tomar no c*”, agressão que, segundo as escutas da PF, foi dirigida ao ex-presidente em meio a uma conversa de bastidores. Para Mineiro, o episódio escancara a natureza da relação entre eles, marcada por desavenças e pela disputa por influência política, mesmo dentro do núcleo familiar.

“A novidade – para quem sabe do que essa família é capaz – é apenas o fato de ter sido dado publicidade ao esgoto onde essa turma habita”, completou o deputado.

Para além do aspecto pessoal, Mineiro ressalta que os áudios revelam algo mais grave: um padrão de conduta que ele classifica como “crime de lesa pátria”.

“Ficou escancarado que se preocupam apenas com seus interesses familiares. Cometem de forma contínua o crime de lesa pátria para tentar se livrar do julgamento. Tomara chegue logo o dia 2 de setembro e comece o julgamento dessa quadrilha. Quando condenados, paguem por seus crimes na forma da lei”, salientou.

A expressão “lesa pátria” é usada para caracterizar ações que atentam contra os interesses do país. No entendimento do petista, os diálogos mostram Jair Bolsonaro e seus aliados tentando negociar apoio político e até estrangeiro para evitar condenações, sem se importar com a instabilidade que isso poderia gerar no Brasil. Essa visão é reforçada pelas gravações em que aliados falam em criar caos no país caso o ex-presidente não fosse protegido, o que, segundo Mineiro, comprova que o grupo age em benefício próprio e em detrimento do interesse nacional.

Já a deputada Natália Bonavides também reforçou esse aspecto, mas associou, ainda, o comportamento da família Bolsonaro a práticas típicas de milicianos.

“Os áudios revelados pela investigação da Polícia Federal deixam evidente: a família Bolsonaro agiu como os milicianos que são e fez do Brasil refém para tentar se salvar. Ameaçam caos com apoio estrangeiro se Jair Bolsonaro não for protegido. Um absurdo”, avalia a parlamentar federal.

As declarações de Natália se referem aos trechos das escutas que revelam articulações do ex-presidente e de Malafaia para pressionar instituições brasileiras, chegando a cogitar recorrer a apoios externos. Para a deputada, essa lógica repete o método de grupos milicianos: usar a intimidação, a chantagem e o medo para assegurar os próprios interesses.

Outro ponto destacado pela deputada foi a participação do pastor Silas Malafaia nas articulações.

Para Natália, isso mostra que Malafaia não era apenas um apoiador, mas um ator central nas tentativas de Bolsonaro escapar da Justiça: “A investigação também mostrou a cumplicidade de Malafaia em todo esse esquema. Ele figura como parte importante da trama”, disse Natália.

As escutas revelaram que Malafaia aconselhava Jair Bolsonaro a descumprir ordens judiciais, a manter um discurso de enfrentamento e ainda atacava Eduardo Bolsonaro, chamando-o de “idiota” e “babaca”. Ao mesmo tempo, ele aparecia como conselheiro próximo do ex-presidente, atuando na estratégia de radicalização e se apresentando como articulador político.

Natália Bonavides também criticou a ideia de que Jair Bolsonaro possa ser alvo apenas de medidas cautelares brandas, como prisão domiciliar.

“Os traidores do Brasil não podem ficar impunes. Prisão domiciliar não basta”, acrescentou.

As escutas da PF trouxeram à tona diálogos em que Eduardo Bolsonaro discutia de forma ríspida com o pai, chegando ao xingamento, e mostraram a influência de Malafaia nos bastidores, orientando estratégias radicais e atacando até mesmo aliados internos. Além disso, as gravações sugerem que a família Bolsonaro buscava apoio político e internacional para evitar condenações, cogitando criar instabilidade caso não fossem protegidos.

General Girão questiona “seletividade” da Justiça brasileira

O deputado federal General Girão (PL) se manifestou sobre as escutas telefônicas envolvendo a família Bolsonaro, classificando a divulgação como um “vazamento esdrúxulo” e levantando questionamentos sobre a seletividade e a imparcialidade do Judiciário brasileiro.

Segundo Girão, o inquérito que resultou nas escutas “nem merecia comentários”, por não apresentar, em sua avaliação, materialidade suficiente para justificar a quebra de sigilo telefônico da família Bolsonaro. Ele ressaltou que, enquanto este tipo de investigação é amplamente divulgada, outras situações de grande gravidade não receberam o mesmo tratamento.

“Um inquérito como esse nem merecia comentários. Um vazamento esdrúxulo que não possui nenhuma materialidade para o caso em questão. Fico me perguntando por que não quebraram, por exemplo, o sigilo do Adélio Bispo durante as investigações da tentativa de assassinato de Bolsonaro em 2018. Ao mesmo tempo, por que não houve quebra de sigilo dos advogados caríssimos que foram contratados para defendê-lo?”, questiona.

Girão argumenta que a divulgação seletiva das conversas familiares contribui para uma percepção de injustiça e fragiliza a confiança nas instituições: “No Brasil, infelizmente, temos uma justiça atravessada e uma democracia nula. Mais um fato triste para a história do nosso país”, disse o parlamentar”.


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“APESAR DA TAXAÇÃO, CHEGAREMOS AO FINAL DO ANO COM RECORDE NAS EXPORTAÇÕES”

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Apesar da taxação de 50% imposta pelos Estados Unidos a alguns produtos brasileiros, o setor garante que a expectativa é de crescimento das exportações de frutas potiguares, ao final de 2025; ainda maior que o recorde alcançado em 2024. Jorge de Souza, diretor técnico da Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas), fez uma análise sobre o setor, em entrevista ao Diário do RN, durante participação na Feira Internacional da Fruticultura Tropical Irrigada – Expofruit 2025, nesta quinta-feira (21), em Mossoró. Segundo Jorge, “não tem nenhum container cancelado” dos pedidos dos Estados Unidos, porque o empresário brasileiro e o empresário americano estão sabendo usar a inteligência estratégica para não prejudicar os interesses da sociedade.

“Estamos mandando fruta lá com 50% de tarifa, porque os setores privados colocaram os interesses da sociedade em consumir um produto que ela não tem numa época do ano, e no caso da nossa, de gerar recursos, de gerar riqueza para o nosso país, e nos acertamos. Eu acho que esse tem que ser o espírito. Gostar do Brasil é gostar do Brasil como um todo. A urna de 2026 fica para depois. A urna, você trabalha no palanque, não trabalhe a urna na economia que não vai dar certo. Essa é a visão da Abrafrutas”, afirmou.

É nesse sentido que ele aborda a expectativa com os investimentos no Porto de Natal, anunciados pelo poder público na ordem de R$ 130 milhões, com as ações que visam modernizar o terminal, aumentar a segurança e expandir a capacidade operacional do porto.

“Seria fundamental o Porto do Natal ter uma estrutura melhorada e isso vale para o Brasil, não é só o Rio Grande do Norte. Os portos brasileiros estão muito defasados. Não é possível o celeiro do mundo, que é o Brasil, que tem um agrocompetitivo ao extremo, a gente exporta alimentos para o mundo inteiro e não tem uma infraestrutura logística que a gente merece. E isso não é só ação governamental. É ação do setor privado também, de buscar alternativas, buscar parcerias, trazer parceiros que queiram investir nos nossos portos. A gente perde competitividade. E os nossos concorrentes fazem isso muito bem”, alerta Jorge.

O diretor da Associação ressalta que é necessário, neste momento do país, manter a parceria entre setor privado e setor público sem interferência das preferências políticas.

“Tem que estar afinado, independentemente de ideologia política, independentemente se você está mais ou menos satisfeito com os governantes atuais, tem que sempre buscar esse foco no resultado. Qual é o resultado que o Estado quer? A exportação é boa para o Estado? É. Ela promove o desenvolvimento regional? Promove. Se o Rio Grande do Norte for eficiente na exportação, ele vai ser um Estado mais rico? Vai. Então, gente, vamos botar a mão na massa, todo mundo trabalhar junto, e lá na urna, lá cada um expressa a sua vontade política”, ressaltou.

Jorge de Souza utilizou um exemplo prático para descrever o raciocínio de convocação das classes produtivas: “A China é um país assumidamente comunista. Você olha os negócios da China, não tem nada de comunismo. É um capitalismo ferrenho, todo mundo trabalhando, todo mundo ganhando dinheiro, gerando emprego, é uma coisa… A China encontrou o seu modelo de governo. Nós temos que encontrar o nosso, independentemente de qual seja”.

O representante da Abrafrutas aponta os resultados positivos das exportações potiguares nos últimos anos para ressaltar a necessidade do empresariado utilizar inovação, tecnologia e inteligência estratégica para ampliar os negócios.

“Em 2024 o RN exportou U$ 1,3 bilhão, com volume de 1,7 milhão de toneladas de frutas. Nós batemos o nosso recorde, foi o número mais expressivo em todos os anos da exportação de frutas brasileiras. Esse ano, só no primeiro semestre, em comparação com o ano passado, nós crescemos 12% em valor e 27% em volume. Ou seja, estamos exportando muito mais. E apesar da questão da taxação, nós não temos dúvidas que chegaremos ao final do ano com um novo recorde nas exportações. Então o setor está indo bem”, comemorou.


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ANNE LAGARTIXA DIZ QUE ATUARÁ COM IMPARCIALIDADE NO PROCESSO DE BRISA BRACCHI

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A vereadora Anne Lagartixa (PL), vai presidir a Comissão Processante da Câmara Municipal de Natal que analisará o pedido de cassação do mandato da vereadora Brisa Bracchi (PT). Em entrevista concedida à rádio 98FM, a vereadora, que compõe a base governista, destacou que encara a função como uma grande responsabilidade e garantiu que a condução do processo será feita de forma imparcial e dentro do regimento da Casa.

“Mas que responsabilidade, meus amigos. Eu nem esperava. A comissão não foi criada para condenar, ela foi criada para fazer uma apuração séria, com compromisso com a verdade, porque é isso que a sociedade espera daquela Casa. Nós vereadores temos o papel de legislar, de fiscalizar, mas também de julgar, principalmente quando se trata de dinheiro público”, afirmou.

A Comissão Processante foi instalada após aprovação do requerimento em plenário. O pedido de cassação foi motivado pela destinação de emendas parlamentares para o evento “Rolê Vermelho” que teria tido conotação político-partidária, em favor do PT e contra Bolsonaro. Como o Diário do RN noticiou na última terça-feira (19), Brisa afirma que sofre perseguição política, enquanto vereadores como Matheus Faustino (PSOL), que fez o argumentam que a apuração deve ocorrer de forma transparente, sem caráter persecutório.

Anne Lagartixa explicou como serão os primeiros passos da comissão, que conta ainda com os vereadores Fulvio Saulo (relator) e Daniel Valença (membro). “Hoje foi feita a minuta, a documentação. A intimação será enviada para a vereadora denunciada. Ela terá um prazo de 10 dias para apresentar sua defesa. Tudo por escrito. Depois, o relator terá 5 dias para analisar e dar o parecer inicial. Só a partir daí será montado um cronograma para as audiências. A vereadora denunciada precisa ser notificada 72 horas antes da primeira audiência. É um processo que pode durar até 120 dias”, explicou.

Questionada sobre a pressão política em torno do caso, Anne reforçou que não pretende transformar o processo em uma disputa ideológica. “Eu não posso tratar, como presidente da Comissão Processante, essa situação como uma forma partidária. Eu preciso garantir que o processo seja conduzido de forma imparcial e legal. Eu não posso tomar partido de um lado ou de outro. Eu preciso agir conforme o regimento pede que eu aja, com responsabilidade, transparência e compromisso”, declarou.

O processo contra Brisa envolve cerca de R$ 18 mil em emendas destinadas a um evento cultural.

Parte do valor, segundo a própria vereadora e a ex-vereadora Ana Paula Araújo, que destinou outros R$ 31 mil ao mesmo evento, teria sido posteriormente cancelado após a repercussão negativa. Ainda assim, Anne destacou que a devolução não anula a análise da denúncia: “O fato de o dinheiro não ter sido usado ou devolvido não vai anular a eventual ilicitude do processo.

Nosso dever é ver se houve essa irregularidade ou não”, disse.

A expectativa é que o andamento do processo avance a partir da apresentação da defesa de Brisa Bracchi. Até lá, a comissão permanece em fase de tramitação inicial, sob acompanhamento jurídico da Procuradoria da Câmara e sem julgamento político ideológico, defende ela.

Processo de cassação de Brisa chega à imprensa nacional

A abertura do processo de cassação de Brisa Bracchi (PT) na Câmara Municipal de Natal, que tem sido destaque nos últimos três dias, se tornou pauta também na imprensa nacional.

Em reels no Instagram, o Uol evidenciou o caso. O jornalista Carlos Madero explicou a situação e ressaltou que o pedido foi feito pelo vereador Matheus Faustino , que “acusa a colega de usar recursos públicos para organizar um evento para comemorar a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL)”.

“À coluna de Carlos Madeiro, a vereadora disse que a festa já estava marcada, mas que a prisão ‘acabou também fazendo parte, porque o decreto ocorreu na mesma semana’. O Uol teve acesso aos ofícios enviados à Funcarte sobre as emendas, datados de 22 e 23 de julho, antes da prisão”, acrescenta ele.


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AGRIPINO AFIRMA QUE SEU GRUPO TEM “EXPRESSÃO PARA ELEGER O GOVERNADOR” DO RN”

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Foi a partir do que chamou de “dimensão” da Federação União Progressista, oficializada nesta terça-feira (19), que José Agripino, presidente do União Brasil no RN, defendeu que “um partido com essa expressão tem o direito de criar expectativa de conquistar o Governo do Estado”. Ele conversou sobre o assunto com o Diário do RN. Segundo o ex-senador, o partido tem três deputados e uma expectativa positiva no pleito ao Governo do Estado: “O partido tem expressão suficiente para eleger o governador do Estado”, destacou.

Apesar disso, evitou citar nomes e disse que “o tempo vai definir” o candidato que provavelmente o centro apresentará. “É muito provável. Mas tudo ao seu tempo, com sensatez e racionalidade”, afirmou.

José Agripino evitar nominar o candidato, mas o único nome com viabilidade eleitoral do centro ao Governo do RN é parte da nova Federação União Progressista. Allyson Bezerra, prefeito de Mossoró, é filiado ao União Brasil e, embora não tenha oficializado sua pré-candidatura, é o favorito nas pesquisas eleitorais feitas até agora.

O prefeito de Mossoró, por sua vez, ratificou a improbabilidade de rompimento da sua parceria com Zenaide Maia em evento realizado pelo PSD, partido presidido no estado pela senadora, no último final de semana. Na presença de cerca de 50 prefeitos, Allyson reafirmou o apoio incondicional à reeleição de Zenaide, apesar da direita potiguar já ter deixado claro, através principalmente de Rogério Marinho (PL), que não quer Zenaide no palanque da oposição por questão de coerência ideológica.

Para Agripino, a relação de Allyson com Zenaide nada tem a ver com o União Brasil, e não significa qualquer recado ou sinalização ao PL e demais partidos aliados.

“Eu não tenho relação com a Zenaide. A relação é dele, que é prefeito e recebeu benefícios para o município através dela. O União Brasil não deu recado nenhum, Allyson que tem que dar as razões da relação dele com Zenaide. Não é da federação com Zenaide”, esclarece.

O presidente do União Brasil no RN continua mantendo a ideia de união da oposição: “O partido vai sempre procurar fazer a união dos que puder se unir”. Entretanto, ratifica que a união da oposição será feita entre centro e direita, mais precisamente com a direita se agregando ao centro, assim como aconteceu na eleição de 2024, em Natal, com a candidatura de Paulinho Freire (UB).

“A direita se agregará ao centro. É uma união do centro com a direita. Não foi assim com a prefeitura de Natal? O centro não se elegeu com o apoio da direita? Vai ser a mesma coisa, o centro e a direita têm pensamento ideológicos muito assemelhados”, ressaltou.

Agripino nega recado, mas sua teoria da direita se agregando ao centro deixa clara a ideia de que em 2026 ele pode repetir o que conseguiu com a candidatura de Paulinho Freire, mantendo o PL e as demais siglas à direita submetidos ao projeto do União Brasil. Neste caso, com a candidatura de Allyson Bezerra – o nome viável do centro – com o senador Rogério Marinho (PL) e Álvaro Dias (Republicanos) submetidos ao projeto de José Agripino.

Por outro lado, entretanto, o ex-senador mantém a ponderação e evitar oficializar a imposição desta ideia sobre os aliados, que já lançaram o pré-candidato ao governo Rogério Marinho (PL) e seguem em pré-campanha: “Cada dia é um dia, os fatos vão acontecendo, e a gente vai absorvendo, tentando superar divergências, absorvendo fatos novos e superando divergências com paciência. É isso que se impõe nessa relação do centro com a direita. Não é o centro com o apoio da direita. É o centro e a direita somados”.

Federação União Progressista
“A reunião da federação foi o maior movimento da oposição desse país até hoje. Nesse encontro estiveram presentes dez governadores, como o de São Paulo, que estava lá para estabelecer a fundação de um partido – a federação é um partido – com 110 deputados e 15 senadores. Então, é a única força que reuniu a oposição com essa dimensão até agora. É um marco na política do Brasil como instrumento de oposição”, avaliou, ainda, à reportagem, José Agripino sobre a federação oficializada nesta terça-feira (19).

A aliança vai reunir a maior bancada da Câmara, com 109 deputados federais, e uma das maiores do Senado, com 15 senadores. A Federação União Progressista (UPb) também registrou nas urnas 12.398 vereadores, 1.335 prefeitos, 186 deputados estaduais e quatro distritais. Conta, ainda, com seis governadores, quatro vice-governadores e 1.183 vice-prefeitos.

A “superfederação” terá direito a receber a maior fatia, entre os 29 partidos registrados pelo TSE, do fundo público de financiamento de campanhas. São R$ 953,8 milhões em fundo eleitoral; e R$ 197,6 milhões em fundo partidário (números de 2024).

O dirigente do partido ressalta, ainda, a estrutura do partido no Rio Grande do Norte: “A federação significa, nesse momento, que temos três deputados federais: Carla Dickson, Benes Leocádio e João Maia. Paulinho Freire deixou o mandato, mas temos três deputados. E existe uma expectativa de conquista do Governo muito expressiva. Ainda não tem candidato lançado, mas um partido com essa expressão tem o direito de criar expectativa de conquistar o Governo do Estado”.


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