Em 2021 o valor foi de R$ 1,4 milhão. Em 2022, R$ 2,5 milhões. Já em 2023, a Prefeitura de Lajes teve um custeio com a limpeza pública de R$ 3,6 milhões. Entre 2021 e 2022, o serviço era executado por garis do município com a locação de maquinário, através das empresas Ampla Locação, Construtora Bezerril, O M Leal de Mesquita e Waste Coleta de Resíduos Hospitalares. Os dados foram coletados pelo Diário do RN no Portal da Transparência do Município.
Já em 2023, o Poder Executivo Municipal assinou o contrato com a empresa M Construções e Serviços por R$ 2.711.104,68. O valor foi incrementado por demais atividades relacionadas ao serviço, como a locação dos maquinários. Em 2024, a limpeza urbana de Lajes continua realizada pelo mesmo empreendimento.
O município de Lajes tem 9.866 habitantes, de acordo com o Censo 2022. Sua extensão territorial abrange 677 km². Municípios com áreas mais amplas, com população quatro vezes maior registram gastos inferiores. João Câmara, por exemplo, com 33 mil habitantes e uma área territorial de 714,96 km² gasta R$ 2,5 milhões por ano na coleta de lixo, Currais Novos com mais de 40 mil habitantes e um território de mais de 800m ² gastou R$ 3 milhões.
Prioridade invertida: Despesas com festas em Lajes ultrapassam investimentos em merenda e transporte escolar
Os custos do município também são díspares em relação a outras áreas. Ao longo dos três últimos anos, Lajes gastou mais com festas do que com manutenção do transporte escolar e as merendas dos ensinos fundamental e médio, de acordo com o Portal da Transparência.
Em 2021, a Prefeitura destinou R$ 409.596,71 com festivais culturais e literários. Neste ano, a merenda recebeu R$ 277.160,95 e o transporte escolar R$ 147.014,41.
Em 2022, o custo com festas foi de quase 2 milhões de reais: R$ 1.932.328,40. Para promoção do Turismo e festas populares a Prefeitura destinou R$ 324.054,70, resultando um total de R$ 2.256.383,10 com eventos. Já o valor para a merenda escolar foi de R$ 268.611,96 e para o transporte escolar R$ 1.066.891,49.
Em 2023, o custo cresceu ainda mais para festas e turismo. O total foi de R$ 2.192.567,50. Já a merenda escolar para crianças do ensino infantil e fundamental somou R$ 504.192,78. A manutenção do transporte escolar caiu em relação ao ano anterior: ficou em R$ 719.834,99.
Além do MDB, que há alguns meses deixou clara a pretensão de indicar o candidato a vice-prefeito na chapa com a pré-candidata Natália Bonavides à Prefeitura de Natal, agora o PSB também pleiteia o espaço na composição com o partido do presidente Lula. A presidente estadual do PSB, Larissa Rosado, afirmou à reportagem do Diário do RN que o partido quer o espaço, e que o PSB Natal, através do presidente Wellington Bernardo, vem dialogando com a candidatura da Federação Brasil da Esperança (PT-PV-PCdoB).
A decisão do PSB de requerer a indicação do espaço foi tomada em reunião do Diretório Municipal. O partido defende que o PT deve esse gesto ao PSB, diante da parceria nacional que manteve o Partido Socialista Brasileiro na base de Fátima Bezerra (PT), conforme explicou o presidente estadual à reportagem do Diário do RN.
Em 4 de março, Rafael Motta acabou decidindo pela saída do PSB, após articulação do PT estadual para barrar a pré-candidatura do ex-deputado federal pela sigla e manter o partido na base de Fátima e no palanque de Natália Bonavides. A ordem veio do PSB Nacional, partido do vice-presidente da República, Geraldo Alckmin.
Agora, O PSB RN espera a “reciprocidade” do PT e da Federação. Solicitou uma reunião com Bonavides para dialogar sobre o assunto. A expectativa é que o encontro aconteça ainda nesta semana. Segundo Wellington Bernardo, “o PSB Natal está disposto a ser protagonista neste pleito”.
O partido entra em disputa com o MDB, partido do vice-governador Walter Alves, que já apresentou nomes para compor com a deputada na chapa durante o pleito eleitoral.
“Eu vejo com naturalidade essa disputa. O PSB tem total legitimidade de propor a indicação da vice. O PSB tem bons quadros, temos uma aliança nacional com o PT. E nessa conjuntura municipal de Natal, entendemos que o PSB agregaria mais, pois temos um projeto inovador para a cidade do Natal. Acho legítima a solicitação do MDB, porém o PSB espera uma reciprocidade do PT e da Federação PT/PV/PCdoB”, afirma o presidente do PSB Natal.
O PSB apresenta três nomes para o objetivo: professor Xico da UFRN, especialista em mudanças climáticas; Octavio Santiago, jornalista e escritor; Professor Wyllys Farkatta, ex-reitor do IFRN.
Para Bernardo, os três nomes têm experiência para “protagonizar” a disputa de 2024.
“Para nós do PSB, os três nomes representarão muito bem o partido e o nosso projeto. Ficaria a escolha pela própria pré-candidata Natália e o PT”, finaliza Bernardo, afirmando que a decisão fortaleceria também a nominata para vereador.
MDB apresenta três nomes para chapa à vice-prefeitura O Diário do RN também conversou com o vereador Júlio Protassio, do MDB, sobre os nomes indicados à vice-prefeitura para compor com Natália Bonavides. Segundo ele, o MDB informou à pré-candidata, através de Baleia Rossi, presidente nacional do partido, Walter Alves, presidente estadual e do diretório de Natal, os nomes indicados para a vaga.
“Temos três nomes inscritos no MDB Natal que já se colocaram à disposição do partido: Dr Joanilson de Paula Rego, ex-presidente da OAB e vereador de Natal, Eugênio Neto, empresário e jornalista e professor Luís Carlos, ex-vereador de Natal”, informa.
O vereador prefere não opinar sobre qualquer partido que também requeira a vaga, mas acha “legítimo qualquer partido demonstrar interesse na construção da chapa majoritária”.
Fernando Antônio, mais conhecido como Nando Poeta, foi definido pelo PSTU em maio para participar da disputa municipal em Natal. Sociólogo, professor da rede pública e cordelista, tem 61 anos, há 40 milita pelo socialismo e há mais de 30 anos é filiado ao PSTU.
Luciana Lima (PSTU) será a vice. Até o momento, não há apoio de outras candidaturas. O Diário do RN conversou com o pré-candidato sobre a decisão de ser candidato ao Executivo natalense.
Diário do RN – Por que pretende se candidatar à prefeitura de Natal? Nando Poeta – Eu sou de Natal e criado no bairro Alecrim. Estudei nas escolas do padre Miguelinho, depois fui para a Escola Técnica e universidade, sempre nas escolas públicas convivendo na cidade, morando em várias regiões, morei até 82 no Alecrim, em seguida fui para a Zona Norte. Então conheço razoavelmente a nossa cidade. A gente vê que as administrações que passaram no processo de condução da gestão levaram a nossa cidade cada vez mais pela situação de crise, crítica. Hoje a gente vê a cidade extremamente abandonada, cheia de buracos, uma cidade em que tem um número de quase duas mil pessoas sem teto. Uma cidade em que está extremamente presente o nível de desemprego. As pessoas não conseguem pagar o transporte.
As pessoas têm que andar a pé. As escolas com muitas debilidades nas creches as famílias precisam participar de um sorteio. O sistema de extremamente precário. A questão do transporte nem se fala. Uma dificuldade enorme para as pessoas se locomoverem dentro da cidade. Então diante de uma situação como essa num partido como o nosso, PSTU que defende a classe trabalhadora se constituir como alternativa de governo que responda as necessidades da nossa classe. Nós iremos constituir um programa de governo apoiando os próprios trabalhadores, desempregado e na juventude explorada da nossa cidade. Nós assumimos esse compromisso de debater com a população a necessidade dela se conscientizar e constituir enquanto um polo que defenda os interesses daqueles que produzam a riqueza da cidade. Então o PSTU levanta essa bandeira. E aí nesse sentido nós vamos participar da campanha para impulsionar esse debate.
Diário do RN – Quem fala mais alto: o político, sociólogo, cordelista ou professor Nando Poeta? Nando Poeta – Eu acho que tem um elemento que fala mais alto que você não citou aqui, que é a família. Eu sempre me apoiei muito na minha família. Nos meus pais, apesar de num primeiro momento se preocupar muito com a minha militância, mas me deu um suporte muito grande.
Depois meus filhos, meus netos, que me trazem uma alegria muito enorme para que eu mantenha acesa essa chama de uma sociedade transformadora para que, inclusive, eles possam dar seus passos numa sociedade mais sólida em que o humano tenha a prioridade. Então isso é o que fala mais forte em mim. Então o político já é uma expressão desse sentimento. O sociólogo já é meu exercício diário de trabalho de interpretar a sociedade. A arte veio justamente pra que eu potencializasse esse trabalho e em todos os locais onde exerci meu trabalho no interior de uma escola dentro da sala de aula fora da sala de aula como hoje eu estou no setor de direito humano da secretaria sempre com o intuito de ajudar de potencializar as descobertas que o jovem possa entender o mundo, possa compreender e a partir dessa abertura, que ele possa dar seus passos firme e forte pela construção de uma sociedade livre, igualitária. E quem sabe entender que essa sociedade virá com a revolução socialista.
Diário do RN – Por que o PSTU não deve formar frente de esquerda com demais partidos, como PSOL e PT? Nando Poeta – Tem um motivo. Partidos políticos que foram se constituindo com o PT, que tinha uma bandeira histórica de trabalhador que vota em trabalhador e trabalhador não se alinha com o patrão, a gente viu que ao longo do tempo foi abandonando essa trajetória e isso levou a setores que estavam dentro do PT começassem a questionar e afirmar que o PT havia abandonado essa luta e hoje a gente vê isso presente, a gente vê quando são constituídas alianças aqui no nosso estado com os Alves, que já estavam fora de cena e o PT reconduz um Alves pra sua vice. A gente vê nas alianças que são desenvolvidas pelo Brasil afora. Que o PT abandona o seu programa inicial né? Isso é que divide a esquerda brasileira. É quando se abandona o programa aquilo que se levantava, aquelas bandeiras que levantavam antes. E começa a criticar um sentimento de que vai mudar tem que se juntar.
Diário do RN – Qual sua opinião sobre as demais pré-candidaturas postas em Natal? Nando Poeta – O PSTU é distinto desses outros partidos. Você pega o Carlos Eduardo que é um Alves né? Que nas eleições de 2018 esteve com Bolsonaro, 2022 esteve com o PT, então você vê que ele transita por todos esses lugares, então já teve na Prefeitura por um tempo razoável. E você viu que desde a copa quando ele estava, tinha inclusive uma promessa de grandes mudanças na cidade e a gente não viu essas mudanças na cidade. A gente vê o próprio Paulinho, que já foi vice-prefeito, que recentemente votou para livrar o mandante da morte de Marielle Franco. Um representante da direita, do prefeito Álvaro Dias. Então a gente já sabe quem são, já são cartas marcadas. O PT é essas alianças que buscam, com o MDB, com setores patronais. Então a gente vê que são candidaturas que na nossa compreensão não merecem essa confiança do nosso povo, são pessoas que estão aí nos fragmentos de poderes aplicando as suas políticas. Mas quando vem um processo eleitoral aparece como salvador. Só que quando termina a eleição a gente vê a repetição.
Como a gente está vendo agora no governo do estado depois de um acordo de uma greve com os profissionais da educação, com os professores, volta atrás e não quer cumprir o acordo que aceitou com os professores. Então são essas práticas que a gente vê que que de quem está aí.
Diário do RN – Como fazer frente a pré-candidaturas estruturadas e com mais recursos partidários e eleitorais? Nando Poeta – Nós temos uma limitação muito grande, um partido como o nosso, porque nós vivemos numa sociedade capitalista em que a democracia é extremamente limitada e curta. Em que os recursos não vêm por igual para todos os partidos. Na verdade, esses partidos menores ficam com uma sobra, com uma migalha, que nem resolve o nosso problema, geralmente as nossas campanhas a gente se apoia muito nas colaborações que a gente realiza, solicita a classe e os apoiadores. Nós vivemos uma eleição limitada, que não garante a democracia e o tempo para que todos os partidos possa suas candidaturas e as suas candidaturas sofrem com isso, porque não tem um tempo pra fazer o debate, não tem o tempo de TV. Quer dizer, numa corrida o cara sai 100 metros na frente e os demais 100 metros lá atrás, quem vai chegar primeiro? Quem tem a tendência de chegar primeiro? Então tem uma limitação grande para que a gente possa conduzir o trabalho de uma campanha eleitoral.
Quase oito meses depois de ter pré-candidatura a prefeita de Mossoró lançada pelo PT, a deputada estadual Isolda Dantas pode retirar projeto próprio do partido em reunião que deverá ser realizada no próximo sábado (15), na cidade oesteana. Como de costume, a reunião deve ouvir as várias correntes dentro do Partido dos Trabalhadores sobre a decisão. De acordo com fontes ouvidas pelo Diário do RN, o encaminhamento deve ser pela retirada da pré-candidatura, com a oficialização através de um anúncio.
Desde outubro até hoje, Isolda não conseguiu decolar seu nome frente ao eleitorado mossoroense. De acordo com pesquisas eleitorais divulgadas, se mantém na faixa de quatro pontos percentuais de intenções de votos e é campeã em rejeição. A pré-candidatura fora lançada pela própria militância do partido no dia 28 de outubro de 2023, em plenária que reuniu cerca de 150 filiados da Federação Brasil da Esperança (PT-PCdoB-PV), com presença também de nomes do MDB. No entanto, a própria Isolda pouco movimentou sua pré-candidatura, não realizando reuniões de bairros e sem estimular a militância.
Os bastidores apontam que a retirada da pré-candidatura do PT na segunda maior cidade do RN pode tirar a oposição da estagnação em que se encontra e dar encaminhamento a um arco de alianças em torno do nome de Lawrence Amorim (PSDB).
Segundo uma das fontes ouvidas pela reportagem, o apoio do PT à pré-candidatura do presidente da Câmara Municipal pode agregar os demais partidos da base do Governo estadual e unificar parte da oposição em Mossoró. Em Natal, o PSDB de Ezequiel Ferreira articula no sentido de concretizar a aliança com o partido de Fátima Bezerra.
Apesar dessa decisão depender do apoio das tendências do PT, no evento do próximo sábado, se definido o apoio ao nome do PSDB, junto com a Federação Brasil da Esperança, podem estar no palanque PSB, Avante, MDB, PDT, Republicanos e PRB.
O PP de Rosalba Ciarlini, que vinha cogitando uma aproximação com o PT, deve adiar as decisões após problema de saúde de Carlos Augusto Rosado, do marido da ex-governadora e articulador político do grupo.
A primeira semana de junho chega ao fim sem que Natal tenha ainda um calendário de eventos juninos. Depois da festa grandiosa de 2023, com shows que fizeram história – como o do baiano Léo Santana que reuniu um público de 85 mil pessoas na Arena das Dunas – o prefeito Álvaro Dias fala agora em um São João “mais modesto”: “Não temos recursos disponíveis para fazer um grande São João como fizemos em momentos anteriores, mas temos a condição de fazer um São João mais modesto, mais voltado para o natalense e claro, com algumas atrações que a gente ainda vai resolver”.
A declaração aconteceu nesta quinta-feira (06), durante evento de lançamento do “São João do Comércio”, promovido pela Fecomércio RN. O gestor afirmou ainda que está participando de reuniões com o presidente da Funcarte, Dácio Galvão, para fechar uma programação que possa ser anunciada nos próximos dias, compatível aos recursos disponíveis, uma vez que “a grande prioridade neste momento é mudar e modernizar Natal através desses investimentos que estão sendo realizados na infraestrutura da cidade”. Além disso, Álvaro Dias também declarou que ainda busca apoio da iniciativa privada. “Um dos motivos de não termos divulgado ainda é porque não fechamos todas as parcerias que queremos para garantir um bom São João para o povo natalense”, acrescentou ele.
Questionado pelo Diário do RN sobre a demora em divulgar a programação e a consequente perda de competitividade de Natal para outras festas juninas, inclusive dentro do próprio RN, o prefeito reconheceu o prejuízo para a cidade e mais uma vez pontuou a dificuldade financeira: “Perde competitividade mas tem os seus motivos, realmente houve um atraso aí na divulgação da programação pelas dificuldades financeiras”.
São João do Comércio deve aumentar faturamento no período junino
Lançado nesta quinta-feira (06), o São João do Comércio é uma ação do sistema Fecomércio, Sesc e Senac RN, com apoio da Prefeitura do Natal, Associação Viva o Centro e Associação dos Empresários do Bairro do Alecrim (Aeba), que surge como uma extensão do projeto “Compre de Quem Está Perto”. A intenção é impulsionar as vendas no comércio local, especialmente no Alecrim e na Cidade Alta, enquanto estimula a cultura local através de uma programação que inicia nesta sexta-feira (07), e se estende até o dia 14 de julho, com o Quinteto do Forró circulando pelos principais corredores comerciais do Alecrim e da Cidade Alta. Entre os dias 12 e 14 de julho, começa a programação cultural na Praça Pedro Velho (Praça Cívica), com quadrilhas juninas, comidas típicas, feira de artesanato, shows e espaço gastronômico com oficinas.
Segundo Marcelo Queiroz, presidente do Sistema Fecomércio RN, o planejamento começou cedo e foi realizado um treinamento com mais de 300 lojas. “Nós já começamos desde o início de maio, com cursos, capacitando os empresários e os colaboradores da educação”, declarou Marcelo.
A expectativa é que a ação impulsione as vendas, movimentando cerca de R$ 4 milhões só no comércio do Alecrim. Matheus Feitosa, presidente da Associação dos Empresários do Bairro do Alecrim (AEBA), reforçou a importância de iniciativas como essa: “É uma ação que fomenta as ações no comércio de rua e traz alegria para as lojas, para os clientes”.
O presidente da Associação Viva o Centro, Rodrigo Vasconcelos afirma que os comerciantes da Cidade Alta já começaram a sentir o aquecimento das vendas. “Os setores que mais faturam nessa época são os de floricultura, setores de lojas de decoração, lojas que vendem tecido, aviamentos e roupas também. Roupas e calçados é um setor bastante aquecido e a Cidade Alta já sente que o faturamento está aumentando desde o final de maio”, declarou Rodrigo acrescentando que há expectativas é superar anos anteriores com as ações da Fecomércio: “A gente espera com certeza que seja melhor que no ano passado, em virtude dessa programação que vai acontecer na Cidade Alta”.
O evento de lançamento foi bastante prestigiado pela imprensa, empresários e políticos. A vereadora Nina Souza (União Brasil) parabenizou a iniciativa e ressaltou a importância diante da situação da Prefeitura que já anunciou que hoje tem prioridades mais urgentes e não vai investir nas festividades juninas. “Nesse momento, a Prefeitura passa por dificuldades financeiras e, devido a quantidade de demandas que existem e a gente tem que priorizar, então a Prefeitura não vai poder fazer aquela festa pujante, e a Fecomércio chega com essas atividades bem legais, e a gente só tem a agradecer”, declarou a vereadora.
Depois de quase seis meses, o Governo Fátima Bezerra pode voltar a respirar aliviado sobre o espaço que ocupa na Assembleia Legislativa. “Eu acho que a gente conseguiu organizar para a base se fazer presente. Essa articulação a gente vem fazendo com os parlamentares já há algum tempo. Então, teve muito mais a ver com organizar presenças do que qualquer outra coisa”, afirmou ao Diário do RN o secretário chefe do Gabinete Civil do RN, Raimundo Alves, que faz a articulação política do Governo.
“Qualquer outra coisa” a que ele se refere seria uma suposta falta de compromisso com o Governo de deputados estaduais que compõem a bancada da situação no legislativo. Ele diz que o problema é de agenda: “Acho que existia muito mais uma questão de organização das presenças mesmo. Um tinha compromisso hoje, outro amanhã, hoje estava desfalcado de alguém e amanhã de outra pessoa”, afirma.
Desde o final de 2023, a gestão Fátima Bezerra (PT) tem encontrado dificuldade em agregar sua bancada na Assembleia. A votação sobre a manutenção da alíquota do ICMS em 20%, no dia 12 de dezembro, quando o Governo sofreu derrota na Casa, expôs o enfraquecimento das relações e das articulações com a bancada. Na ocasião, somente 11 deputados seguiram orientação governista. O Governo conta com 13 parlamentares em sua base.
Agora, após meses de diálogo e tentativas, a manobra, realizada pelo líder da bancada, Francisco do PT, conseguiu reunir a situação em quórum suficiente para destravar a pauta, que, há cerca de um mês, vinha sendo obstruída, sem dificuldade, pela oposição.
“Eu tenho que colocar isso muito mais na nossa na nossa carga, nas nossas costas, porque cabe à gente, que faz a articulação política do Governo, a responsabilidade de organizar isso, inclusive considerando as agendas dos parlamentares”, ressalta Raimundo, afirmando que “essa semana o Governo conseguiu fazer um funcionamento que deu para atender”.
Em sessão extraordinária, nesta terça-feira (04), a Casa manteve 69 vetos do Governo a projetos do Legislativo. Contou, inclusive, com apoio do deputado oposicionista Nélter Queiroz (PSDB).
Além de conseguir agregar os 13 deputados da base, o secretário espera, ainda, alcançar um incremento na bancada governista, atraindo mais deputados e somando ao número que ele já considera “razoável”: “Eu acho que já foi possível a gente fazer a partir dessa semana conversas com outros deputados e a gente espera poder dar uma continuidade nisso”.
O articulador político de Fátima Bezerra (PT) não afirma quantos seriam os deputados que vêm abrindo diálogo com o Governo e quais podem desembarcar do outro lado na Assembleia.
“Eu não quero estabelecer esse parâmetro de quem seriam ou de qual o número disso, porque nós não vamos parar. Se a gente conseguir mais um, vamos trabalhar mais um e sempre mais um e sempre mais outro. O que a gente puder trabalhar dentro do projeto que a gente acredita que está fazendo, que é bom para o Estado, a gente vai trabalhar tudo que for possível”, diz.
TCE Segundo Raimundo Alves, a eleição para indicação da Assembleia ao Tribunal de Contas (TCE) não tem articulação do Governo: “A articulação é dos próprios deputados uma vez que a vaga é do Poder Legislativo”. No entanto frisa que “evidentemente nós torcemos pelo deputado da base”, se referindo a George Soares.
A Universidade Federal Rural do Semiárido (Ufersa), sediada em Mossoró, criou a expectativa da instalação de uma rádio universitária. Tinha garantidos R$ 500 mil para parte do objetivo, mas agora está impossibilitada de instalar a emissora na cidade. O deputado federal General Girão (PL), que havia garantido os recursos, voltou atrás na decisão e mudou o destinamento da verba.
Segundo a reitora da Universidade, Ludimilla Oliveira, o valor serviria para a compra dos primeiros equipamentos. A FM tinha previsão de iniciar a operação no segundo semestre de 2024. Entretanto, com a decisão do parlamentar, a instituição ficou impossibilitada de iniciar o processo de implantação da emissora.
“A Ufersa foi à primeira universidade a ser contempladas com outorgas para a instalação de emissoras educativas de rádio e tevê universitárias, por meio de Acordo de Cooperação com a Empresa Brasil de Comunicação (EBC). De imediato procuramos o deputado General Girão, que tem dado uma contribuição importante destinando emendas para a nossa instituição e, na época, sensível à questão, ele confirmou apoio com uma emenda impositiva para a implantação da FM, no valor de R$ 500 mil. Toda imprensa noticiou esse fato, pois uma FM Universitária tem a sua importância não apenas para Universidade, mas para toda a região do semiárido potiguar. E fomos surpreendidos, por meio de ofício, que o recurso para iniciar o processo de implantação da emissora fora transferido para outro projeto apoiado pelo parlamentar dentro da universidade”, lamenta a reitora.
O ofício citado foi emitido no dia 30 de abril, em retificação a outro Ofício, enviado à Universidade no dia 28 de fevereiro de 2024. O documento comunica, entre outras verbas de emendas mantidas pelo deputado, a alteração dos R$ 500 mil, referente a emenda 39940010 de 2024, da destinação para implantação da FM Semiárido no Campus da Ufersa, para custeio do Núcleo de Equoterapia do Semiárido. O mesmo comunicado já trazia para custeio do mesmo projeto do núcleo de Equoterapia outros R$ 800 mil.
“A atitude do deputado aconteceu após a consulta acadêmica para escolha do novo gestor da Ufersa”, observa a reitora, que ficou em segunda colocação na consulta à Reitoria. A chapa vitoriosa é encabeçada pelo professor Rodrigo Codes, que faz oposição ao bolsonarismo defendido por Girão. A consulta aconteceu no dia 05 de abril. A decisão do parlamentar oficiada 25 dias depois.
Entretanto, o vencedor prefere não relacionar o cancelamento da verba para a rádio à sua eleição: “Não vejo nenhuma relação da transferência com o resultado do processo eleitoral para a Reitoria da Ufersa. A definição do plano de trabalho e metas de uma emenda parlamentar é uma articulação entre a Instituição e o Deputado. É importante ressaltar o comprometimento e o apoio do Deputado em investir na melhoria da Universidade”.
“Para nossa gestão a instalação da rádio será prioridade. Entendemos que é um importante veículo de comunicação para mais aproximação da Universidade com a sociedade”, informa ao Diário do RN, sem mencionar, entretanto, como deverá buscar novas verbas para a instalação.
Girão: “Só a minha emenda não adiantaria” O deputado Girão encaminhou nota com a justificativa para a alteração. Ele reitera que as emendas não foram retiradas da Ufersa, mas realocadas. Entretanto, para a implantação da rádio, a Reitoria precisaria de outras emendas, além da dele, para que o projeto pudesse sair do papel: “A reitora não conseguiu. Então, só a minha não adiantaria. Para não perder o recurso, repito, destinei para o NESSA (Núcleo de Equoterapia), que também é da UFERSA”.
O parlamentar se classifica, na nota, como um grande parceiro da universidade: “Desde o início do meu mandato como deputado federal, em 2019, tenho sido um grande parceiro nos projetos da Ufersa. Foram mais de R$ 6 milhões destinados a vários projetos importantes desenvolvidos pela referida Universidade. Destes, destaco três: o Núcleo de Equoterapia, o Centro Tecnológico e o Projeto Pilote Seguro”.
“Esses são apenas três dos vários projetos da Universidade que o meu mandato apoia e continuará apoiando independente do gestor que estiver à frente da Universidade. Aproveito para reiterar que o meu compromisso é com a UFERSA e com todos aqueles que podem ser beneficiados com os projetos desenvolvidos por ela”, completa.
A votação da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte para vaga aberta no Tribunal de Contas do RN deve acontecer no próximo dia 26 de junho. Com os deputados George Soares (PV) e Gustavo Carvalho (PSDB) como candidatos à cadeira de conselheiro, os bastidores da casa legislativa estão movimentados, principalmente após destravamento da pauta e marcação da votação.
Com as negociações, oito deputados preferem ainda não declarar abertamente o voto. Outros 13 já dizem ter definido a votação que mudará a configuração do parlamento estadual, embora não altere a composição das bancadas. Caso o governista George Soares seja o eleito, assume a cadeira o ex-deputado Vivaldo Costa, também aliado de Fátima Bezerra. Caso o oposicionista Gustavo Carvalho seja o novo conselheiro do TCE, assume a vaga Getúlio Rego, adversário do Governo do PT.
Oficialmente declaram voto em George Soares os deputados Isolda Dantas (PT), Nélter Queiroz (PSDB), Francisco do PT, Dr Bernardo (PSDB), Coronel Azevedo (PL) e Divaneide Basílio (PT).
Para o deputado Coronel Azevedo, há “99,99%” de certeza em sua escolha, que se dará por uma relação de amizade: “Tenho uma relação antiga de amizade com o deputado Vivaldo. Ele e Getúlio são ótimos deputados, mas tenho uma relação pessoal muito próxima com Vivaldo”.
Justificativa parecida conta para a escolha do deputado Nélter: “Voto em Vivaldo pelo Seridó”, reduto político do ex-deputado.
Já Gustavo Carvalho tem declarados sete votos: de Ivanilson Oliveira (UB), José Dias (PSDB), Tomba Farias (PSDB), Luiz Eduardo (SDD), Cristiane Dantas (SDD), Dr. Kerginaldo (PSDB) e Adjuto Dias (MDB). O filho do prefeito de Natal teria definição baseada nos interesses políticos do Seridó, já que Vivaldo é adversário do grupo do prefeito Álvaro Dias. Mesmo com tentativa de aproximação por parte de Vivaldo para alcançar o voto, o filho de Álvaro deverá manter escolha por Gustavo Carvalho.
Ainda preferem manter os votos não declarados os deputados Neilton Diógenes (PP), Eudiane Macedo (PV), Taveira Junior (UB), Terezinha Maia (PL), Ubaldo Fernandes (PSDB), Hermano Morais (PV), Kleber Rodrigues (PSDB) e Galeno Torquato (PSDB). Apesar disso, há informações extraoficiais que, deste grupo, Eudiane Macedo, Ubaldo Fernandes, Galeno Torquato e Neilton Diógenes devem seguir com George Soares. Já Terezinha Maia teria recebido recomendação de Rogério Marinho (PL), presidente do seu partido, para optar por Gustavo Carvalho.
Ainda assim, Neilton esclarece que está conversando com João Maia (PP), seu líder partidário, sobre a definição. Ubaldo Fernandes afirma que precisa ouvir os dois indicados em relação ao trabalho no Tribunal de Contas.
Apesar das declarações, o quadro pode alterar até o momento da votação, que será secreta.
Vacância A vaga do TCE será disponibilizada com a aposentadoria voluntária por tempo de contribuição do conselheiro Tarcísio Costa, coincidentemente irmão de Vivaldo Costa. Nesta terça-feira, o Tribunal de Contas do Estado (TCE RN) emitiu o Ofício nº 132/2024 à Assembleia Legislativa comunicando a vacância do cargo de conselheiro no órgão. O Ofício observa que, para esta vaga, compete à Assembleia Legislativa a indicação do nome do novo conselheiro.
Nesta quarta-feira (05), o presidente Ezequiel Ferreira emitiu comunicado à Casa indicando às bancadas (partidos ou blocos) que façam a escolha de seus candidatos até o próximo dia 12 de junho. “Após formalizadas as indicações, esta Presidência dará conhecimento público às candidaturas através de publicação no Diário da Assembleia, marcando oportunamente a sessão extraordinária e secreta para escolha do próximo Conselheiro do Tribunal de Contas na vaga destinada à esta Casa Legislativa”, diz o presidente no documento.
O assunto foi largamente comentado na sessão ordinária desta quarta-feira (05), um dia após o governismo conseguir quórum necessário para abrir sessão extraordinária e destravar a pauta da Assembleia Legislativa, que vinha sendo obstruída pela oposição há quase um mês. Após a votação pela manutenção de 69 vetos do Governo, entre 70 que foram apreciados em bloco, a bancada oposicionista reclamou.
Em reportagem do Diário do RN desta quarta-feira, o deputado da oposição Luiz Eduardo (SDD) afirmou que a sessão se tratou de um “golpe” e, portanto, a bancada vai tentar anular a votação, podendo, inclusive, entrar na Justiça. O argumento é de que a sessão descumpriu o Regimento Interno.
Entretanto, o governismo, através do líder da bancada, Francisco do PT, afirma que não foi “nada de extraordinário, nada de golpe, apenas a vontade soberana da maioria, que é a prerrogativa que norteia a democracia neste ou em qualquer parlamento do país”.
“Isso não é inédito na Casa, não é a primeira vez que aconteceu. Isso já foi objeto de deliberações dessa forma diversas vezes aqui. Então o argumento que a oposição está utilizando é porque não quer admitir uma derrota. Da mesma forma que eles vinham derrotando o Governo quando estavam conseguindo esvaziar as sessões para não garantir o quórum, para votar matérias importantes e da mesma forma que eles usaram uma estratégia que é regimental, que é legítima, para impedir a votação dos vetos e trancar a pauta”, diz.
O deputado que conseguiu mobilizar a bancada por volta das 12h30 desta terça para destravar a pauta reconhece que teve o auxílio de um deputado da oposição: “A pauta ficou trancada, até o momento que a bancada do Governo, auxiliada inclusive, vamos reconhecer aqui, por um deputado de oposição, deputado Nelter Queiroz; 14 parlamentares em plenário decidiram fazer a votação de veto que já estava convocado desde o dia 14 de maio”, ressalta ele observando marcação e convocação prévia da sessão extraordinária.
O deputado Bernardo Amorim, que também compõe a base do Governo, reitera que a votação foi legítima: “O que eu entendo é que eles esvaziaram, mas felizmente o governo conseguiu colocar 13 deputados em plenário, o que já tinha sido tentado algumas ocasiões e não conseguiram.
Votamos os vetos legitimamente, com a maioria da Casa e não vejo porque esse questionamento que eles estão fazendo”. O parlamentar afirma, ainda, que acredita que os deputados da oposição “talvez” não judicializem o caso.
Coronel Azevedo: “Goela abaixo” A falta de uma convocação oficial em sessão anterior é o principal argumento utilizado pela oposição. Em plenário, os deputados José Dias, Luiz Eduardo e Coronel Azevedo reforçaram a possibilidade de entrar na Justiça sobre a questão, caso a Mesa Diretora não acate pedido de revogação da extraordinária.
“Nós vamos pedir a obediência ao nosso Regimento Interno, que não prevê sessão extraordinária de surpresa, escondida, né? Diz o Regimento que tem que ser especialmente convocada, não foi.
Diz que tem que ter parecer das comissões e quando não houver, tem que ter parecer oral para cada um dos vetos colocados pelo Governo. Não houve parecer oral. Então foi totalmente ao arrepio do nosso Regimento Interno, desrespeitando os propositores que perderam a oportunidade de defender os projetos que foram aprovados pela Assembleia Legislativa. Então foi feito de bloco 70 vetos apreciados de maneira massiva, goela abaixo”, afirma ao Diário do RN o deputado Coronel Azevedo.
Já o decano da Casa, José Dias, afirmou, durante fala em plenário, que o caso é “uma desmoralização do Regimento e um flagrante desrespeito à dignidade da Casa”.
Ele complementa, ainda: “O veto tem que ser votado se sabendo o que é, essa Casa não pode chegar ao grau de irresponsabilidade como se tivesse votando os secos e molhados. Os vetos foram votados sem ninguém saber”.
O deputado Azevedo defende que a obstrução é um instrumento legítimo da oposição, mas a forma como a sessão extraordinária aconteceu, não: “Estou defendendo o funcionamento do parlamento e da democracia, porque a obstrução é um instrumento da democracia. Antigamente dos governos ditatoriais os presidentes vetavam os projetos e não havia prazo. Então por isso surgiu a obstrução. E com a redemocracia do Brasil criou o artifício do veto lá na Constituição Federal. Então, por isso, quando o Governador veta um projeto de lei aprovado pelo parlamento tem prioridade sobre matérias. Já havia 70 vetos, nós pedimos para que fosse apreciado, mas marcaram a uma sessão surpresa e foram apreciados de maneira coletiva em bloco ao arrepio do Regimento Interno”, resume ao Diário do RN
Foram pelo menos R$ 2 milhões que a Prefeitura de Natal deixou de receber por falta de projetos.
Estes, articulados somente pela deputada federal Natália Bonavides (PT). O tema foi trazido pela própria deputada em entrevista à 96 FM. Segundo ela, seu mandato articulou a liberação dos 2 milhões de reais do orçamento da União para a Prefeitura de Natal aplicar na saúde para custeio de atendimento de média e alta complexidade na saúde em 2023.
No entanto, para a liberação da verba, seria necessário que a Prefeitura, via secretaria Municipal de Saúde, cadastrasse a proposta no sistema do Governo para que o recurso pudesse ser direcionado. De acordo com a parlamentar, a gestão Álvaro Dias (Republicanos), mesmo com o recurso assegurado, não enviou nenhuma proposta.
“Não sei se foi por falta de capacidade técnica, ou vontade política. O fato é que a Prefeitura, por dois anos consecutivos, abriu mão de recursos que havíamos garantido para a saúde de Natal ao não cumprir uma tarefa burocrática simples: cadastrar uma proposta no sistema do Governo Federal. E quem perdeu por essa birra ou incompetência da Prefeitura foi a população de Natal”, explica a deputada, que é pré-candidata a prefeita da capital.
Em conversa com o Diário do RN, Bonavides menciona que em 2022 aconteceu caso semelhante, mas com recursos de emendas parlamentares para hospital infantil.
“Chegamos a destinar, por meio de emenda, R$ 100 mil, que seriam usados para custeio dos serviços prestados pelo Hospital Infantil Varela Santiago. Nesse caso, também era necessário que a Prefeitura cadastrasse proposta no sistema do Governo Federal, o que não foi feito pela gestão de Álvaro Dias. Ou seja, a prefeitura abriu mão de um recurso que já estava garantido”, afirma ela, frisando que a atitude “parece um boicote da Prefeitura” a seu nome, já que atua na oposição a Álvaro Dias.
A reportagem do Diário do RN entrou em contato com a Prefeitura de Natal, mas não obteve retorno até o fechamento da edição.
“Tinha um cara chamado Chico Caboclo, era comum, chama-se tranca rua. Ele chegava no mercado de Almino Afonso com a faca e botava todo mundo para correr. E um dia ele botou todo mundo para correr, só ficou papai. E ele chegou bem pertinho de papai com a zoada muito grande, falando alto, aí o ‘véi’ Abel, ele com a faca na mão, papai foi no ouvido dele e disse, compadre vamos brigar bem baixinho que é para ninguém apartar. Ele disse, eu vou nada, ele guardou a faca e foi embora”, foi dessa forma que o deputado estadual Bernardo Amorim (PSDB) exigiu, em plenário, respeito ao colega Coronel Azevedo (PL) por seu voto e sua participação na sessão sobre os vetos do Governo votados nesta terça-feira (04), na Assembleia Legislativa.
“Porque às vezes as pessoas pensam que falando alto e tal, eu não vou aceitar, eu acho que nós temos que ter o mínimo de respeito pelos colegas deputados que estamos aqui legitimamente eleitos e eu não vou aceitar aqui ninguém gritando nesse plenário e me chamando de capacho”, complementou.
A fala aconteceu após discurso do deputado do PL que, aos gritos, protestou contra a realização da sessão extraordinária que manteve, em bloco, 69 vetos da governadora Fátima Bezerra (PT).
“Um ato vergonhoso, um ato vexatório, um ato de submissão, de capachismo ao Governo do PT.
Rasgaram literalmente o Regimento Interno, desobedeceram a legislação desta casa para fazer, promover, apreciação de vetos governamentais. Mais de 70 vetos foram apreciados pela Assembleia Legislativa ao arrepio da lei”, bradou o Coronel Azevedo.
Ele completou a sua fala frisando que a sessão foi “uma vergonha para Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte”, e afirmando não querer acreditar que a sessão tenha acontecido por má-fé do presidente Ezequiel Ferreira, que presidiu a extraordinária. Ezequiel não estava no plenário no momento das manifestações de Azevedo.
Na a resposta a Azevedo, Doutor Bernardo ainda ressaltou: “Eu não sou capacho de governo nenhum. Eu sou da base do governo e não vejo o problema em assumir isso. Sempre assumi. Daí até ser capacho do governo de Fátima tem uma longa distância”.
O deputado do PSDB provocou os opositores: “Tem uma música que tem um ditado que diz ‘aceite que dói menos’; o que a oposição não está aceitando é que diversas vezes saíram daqui, como a gente da situação também saiu para não dar quórum, e ontem deu quórum e nós votamos legitimamente os vetos e aprovamos. Então não vou aceitar porque votei e a maioria votou e aprovamos a questão dos vetos, deputado vir gritar aqui no palanque com colega, com quem tenho o maior respeito e me chamar de capacho. Eu acho que isso não é o ideal e o correto para conviver nessa casa”, finalizou.
Pré-candidato a prefeito de Natal do Avante, o ex-deputado federal e ex-secretário de Álvaro Dias, Rafael Motta, vai oficializar sua participação na disputa municipal no próximo sábado (08), às 10h, no Clube Albatroz, em Natal. O evento deve ter a presença do presidente nacional do Avante, deputado federal Luis Tibé, o presidente estadual, Jorge do Rosário e do presidente municipal, Eduardo Campos. A ocasião também terá o lançamento da nominata do Avante na capital, com 35 pré-candidatos.
Recém-saído do PSB, onde não conseguiu ter o seu projeto a majoritária avalizado pelo arco de alianças, que incluía o PT, Motta diz que prefere manter o perfil moderado, da “centro-esquerda” que representa.
Ainda assim, em conversa com o Diário do RN, critica o pré-candidato Paulinho Freire, nome que o prefeito escolheu apoiar nestas eleições: “Se alguém tem que ajustar o discurso seria Paulinho, que ensaiou um rompimento, com uma série de troca de declarações públicas de pessoas próximas, exonerações e, ainda assim, anunciaram essa união”. A fala se refere à questionamento sobre sua postura de oposição ao prefeito da capital após ter sido aliado.
Já sobre Carlos Eduardo, o ex-deputado evita criticar o pré-candidato do PSD: “Carlos Eduardo deve ter feito o melhor que ele pôde, assim como Wilma, por exemplo”. Leia conversa na íntegra abaixo.
Diário do RN – O ex-prefeito Carlos Eduardo fez ataques ao PT e Álvaro Dias em declarações recentes. Qual a opinião do senhor sobre a fala dele? Rafael Motta – Não acredito que seja de interesse do natalense minha opinião sobre isso. Pelo que escuto por onde estamos andando, com as pessoas que estamos conversando, eles querem saber o que eu penso para Natal, quais os nossos projetos e as nossas propostas.
Diário do RN – O senhor concorda com as críticas feitas por Carlos Eduardo aos opositores Paulinho e Natália? Rafael Motta – Eu tenho minha própria percepção sobre cada concorrente. Carlos e Paulinho, por exemplo, já passaram pela prefeitura. Natália, assim como Paulinho, representa um extremo. Uma à esquerda e o outro, à direita. Eu tenho um perfil mais moderado, de centro-esquerda. São exemplos do meu pensamento quanto aos demais pré-candidatos.
Diário do RN – Em 2022 o senhor teve eleição ao senado preterida pelo PT em detrimento de Carlos Eduardo. Como vê agora as críticas que ele faz contra o partido? Rafael Motta – Não agrega em nada para o natalense esse jogo de comentários. O que é dito por terceiros é de responsabilidade deles. O que é dito por mim, é de responsabilidade minha. Comentar comentários não faz parte do meu perfil político.
Diário do RN – Recentemente o senhor esteve com o presidente nacional do Avante. Todas as garantias políticas e financeiras foram dadas para sua candidatura a prefeito de Natal? Rafael Motta – Quando decidimos pela filiação ao Avante é porque recebemos todo apoio do partido por parte das executivas nacional, estadual e municipal.
Diário do RN – Quem o senhor pensa em trazer de liderança nacional para sua campanha? Rafael Motta – Estamos conversando com lideranças, com personalidades políticas para agregar ao nosso grupo. Isso é bem característico deste período de pré-campanha, afinal, política é a arte do diálogo. Para o nosso lançamento, por exemplo, esperamos contar com a presença do nosso presidente nacional do Avante, o deputado federal Luis Tibé.
Diário do RN – Liste as principais diferenças entre você, Carlos Eduardo, Paulinho e Natália. Rafael Motta – Citei mais no início da entrevista o perfil moderado. Tem a questão da juventude, pois ainda me considero jovem, sim. Temos disposição para o inovador, para trabalhar com tecnologias a serviço da população, com parcerias público-privadas.
E, claro, sem esquecer que quem tem que listar essas diferenças são os eleitores. A população cada vez mais informada saberá julgar e definir no momento oportuno. Por aqui, estamos prontos e querendo fazer uma gestão diferenciada em Natal.
Diário do RN – Se pudesse escolher qual melhor adversário o senhor gostaria de enfrentar no segundo turno: Carlos Eduardo, Natália ou Paulinho? Rafael Motta – Não se escolhe adversário e nem se tem adversário. Somos concorrentes buscando cada um convencer a população sobre o melhor projeto para Natal.
Diário do RN – Carlos Eduardo foi prefeito por 14 anos. Merece um novo mandato? Por que? Rafael Motta – Eu tenho uma visão muito democrática sobre gestões anteriores. Carlos Eduardo deve ter feito o melhor que ele pôde, assim como Wilma, por exemplo. E assim como Paulinho quando era vice de Micarla e assumiu a Prefeitura. Ele também deve ter se esforçado para atender as expectativas.
Só que ninguém vive de passado e eu posso falar por mim, que estamos buscando nosso espaço, mostrando os serviços que já fizemos para Natal, com mais de R$ 20 milhões em emendas, pelo que fizemos pelo RN com mais de R$ 250 milhões em emendas e que podemos fazer muito mais. Para isso, queremos que o natalense conheça cada vez mais o nosso projeto.
Diário do RN – Se não for para o segundo turno, em quem não vota de jeito nenhum? Rafael Motta – Temos convicção que o nosso projeto será aprovado e estaremos no segundo turno, caso tenha um segundo turno.
Diário do RN – Em quem poderia votar? Rafael Motta – Em mim mesmo, rs!
Diário do RN – Como fazer um discurso de oposição a Álvaro, tendo sido secretário dele? Rafael Motta – Álvaro não é pré-candidato. Se alguém tem que ajustar o discurso seria Paulinho, que ensaiou um rompimento, com uma série de troca de declarações públicas de pessoas próximas, exonerações e, ainda assim, anunciaram essa união.
Passei quatro meses como secretário. Aceitei o convite com o intuito de contribuir. Entregamos obras, promovemos o Viva Natal na praia de Miami que reuniu uma multidão com esporte, lazer e cultura. Eu trouxe o ministro do Esporte, Fufuca, para conhecer e ouvir as necessidades dessa área na cidade. Dei mais essa contribuição para Natal, dentro do que me cabia à época, com um orçamento tímido, mas honrando o trabalho que me foi confiado em um curto período.
Sobre a gestão, Álvaro tem uma atuação com obras em andamento, que esperamos que sejam concluídas, mas a gente não pode ignorar os problemas. Natal tem transporte público deficitário, problemas no trânsito, de infraestrutura, da falta de vagas nas creches da rede e de saúde que precisam de atenção e de respostas por parte da gestão. E estamos dispostos a debater iniciativas para amenizar essas situações citadas.
“Houve um golpe”, diz o deputado estadual Luiz Eduardo (SDD) à reportagem do Diário do RN sobre a sessão extraordinária que destravou, nesta terça-feira (04), a pauta na Assembleia Legislativa do RN. A sessão aconteceu após articulação do governismo, que alcançou número de deputados suficiente para abrir a sessão e apreciar os vetos do Governo do RN a projetos votados na Casa. A pauta estava trancada desde o início de maio, quando a oposição passou a obstruir as votações da Ordem do Dia, como forma de pressionar o Governo pelo pagamento das emendas parlamentares impositivas de 2024.
Na sessão desta terça-feira, os parlamentares votaram as matérias em bloco e decidiram manter 69 dos 70 vetos da governadora Fátima Bezerra (PT). A sessão contou com 14 deputados, um a mais que o necessário para o quórum da votação. O deputado oposicionista Nelter Queiroz participou da sessão.
Estavam presentes Divaneide Basílio (PT), Dr. Bernardo (PSDB), Dr. Kerginaldo (PSDB), Eudiane Macedo (PV), Ezequiel Ferreira (PSDB), Francisco do PT, George Soares (PV), Hermano Morais (PV), Isolda Dantas (PT), Ivanilson Oliveira (União Brasil), Kleber Rodrigues (PSDB), Neilton Diógenes (PP), Nelter Quieiroz (PSDB) e Ubaldo Fernandes (PSDB).
Do outro lado, a oposição, que esvaziou o plenário com a intenção de manter a pauta travada, defende que a extraordinária desobedece ao Regimento Interno da Casa.
“Sessão extraordinária tem que ser anunciada numa sessão anterior. Ou seja, ela teria que ter sido anunciada na quarta-feira passada, na última sessão, de que haveria na terça-feira uma extraordinária. E ao final também da sessão hoje era para o deputado que estava presidindo a sessão também ter anunciado e não anunciou”, explica o deputado Luiz Eduardo.
A bancada deverá, com esse argumento, entrar com um recurso junto à Mesa Diretora. Se a Mesa não acatar, a realização da sessão extraordinária deverá ser judicializada pela oposição, “porque não foi cumprido na regra o Regimento Interno”, conforme explicou o deputado ao Diário do RN.
Luiz Eduardo explica, ainda, que é preciso utilizar “todas as estratégias dentro da Assembleia para questionar o Governo” e entender porque as parcelas das emendas parlamentares, conforme calendário do Executivo, foram liberadas somente para alguns deputados.
“A gente tem burburinhos dentro da Assembleia. Eu vou requerer à Comissão de Finanças informação oficial, porque ela tem que ser igualitária, pagar igual para todos. Estão dizendo que foi pago x para um, x para outro”, complementa o deputado, que recebeu, até agora, R$ 500 mil em emendas.
Concurso Para o deputado Francisco do PT, líder do Governismo na ALRN, o momento foi de vitória. Ele destaca o único veto derrubado na votação, de projeto que cria cargos no Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do RN (Idema/RN). A matéria introduz cargos de analista ambiental, analista administrativo e fiscal ambiental: “O Idema terá concurso, é fruto de um acordo que está sendo construído através de um de um Termo de Ajustamento de Gestão”.
O parlamentar ressalta que a partir de agora o projeto que regulamenta a política de educação em tempo integral deve ser apreciado: “Esse projeto não tinha sido votado porque a oposição estava trancando a pauta usando um instrumento legítimo que eles tinham. Agora isso foi resolvido”.
Além deste, o líder governista espera quórum para votar “o mais breve possível” a regulamentação da utilização das águas do Rio São Francisco: “O Pernambuco, a Paraíba e o Ceará já regulamentaram. Falta apenas a aprovação pela assembleia do Rio Grande do Norte, mas a matéria está aqui, já foi lida em plenário, está pronta para votação”, finaliza Francisco do PT.
Convidado a conceder entrevista para o jornal impresso e portal DIÁRIO DO RN, o prefeito de Natal Álvaro Dias aproveitou a oportunidade para fazer um relato sintetizado de suas duas administrações, ocasião em que criticou, mesmo sem nominar, o seu antecessor Carlos Eduardo, por ter levado Natal a um nível elevado de estagnação quando perdeu cerca de 300 mil habitantes para municípios vizinhos. Ainda na parte administrativa, ao mesmo tempo em que enumera as obras físicas que irão se transformar em sua marca administrativa perante os natalenses, Álvaro Dias discorda da maioria da população que elege o setor de saúde como o maior problema da cidade e tenta justificar a discordância com suas ações administrativas.
Na parte política, mesmo tendo evitado fazer a avaliação de cada um dos pré-candidatos a prefeito de Natal até o momento apresentados publicamente, Álvaro justifica seu apoio ao atual deputado federal Paulinho Freire – mesmo quando estava em terceiro lugar nas pesquisas eleitorais divulgadas anteriormente à sua escolha – tendo levado em consideração principalmente critérios administrativos.
Ainda sobre a política, mesmo tendo externado anteriormente a correligionários o desejo de administrar o Rio Grande do Norte, ao ser abordado sobre o seu futuro político, em 2026, após passar dois anos sem mandato eletivo, o prefeito de Natal saiu pela tangente ao dizer que “está muito longe ainda”, mas sentenciou que “vou trabalhar para ter forças de desempenhar um papel de destaque até lá”.
DIÁRIO DO RN: Prefeito, o que é governar uma cidade com quase 800 mil habitantes, como Natal com os seus inúmeros problemas, durante 6 anos consecutivos? Álvaro Dias: Um desafio incessante. A cada problema resolvido, surgem três ou quatro novos (risos). Brincadeiras à parte, não é nem uma reclamação, é uma constatação. Posso dizer que sou muito realizado pela oportunidade de enfrentar todos os desafios que me surgem como prefeito de Natal. É muito gratificante para qualquer homem público do RN poder administrar Natal, além de um enorme aprendizado. Há sacrifícios também, sobretudo no lado pessoal e familiar, que fica um pouco prejudicado nas horas de lazer em função das responsabilidades como gestor. Também precisamos nos deparar com algumas injustiças na caminhada, mas a experiência acumulada me ensinou a lidar com elas e até a revertê-las para crescer individualmente e produzir mais em favor da coletividade.
DIÁRIO DO RN: A bancada de Vereadores que dá sustentação à sua gestão aprovou suas propostas que fizeram alterações profundas no Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano de Natal, o que possibilita o surgimento de investimentos vultosos em Natal. Essa guinada no Plano Diretor era realmente necessária? Álvaro Dias: Muito necessária. É senso comum que Natal estava estagnada com o Plano Diretor anterior. Uma política urbanística que estava emperrando o nosso desenvolvimento e até afugentando natalenses para cidades vizinhas. As estatísticas demográficas comprovam que perdemos mais de 300 mil pessoas para Parnamirim e Extremoz, municípios que experimentaram bom crescimento, em detrimento do de Natal. Então, trabalhamos com afinco para mudar essa realidade e poder tirar a nossa cidade do atraso. Apresentamos nossa proposta e coordenamos de maneira democrática o processo de debate e deliberação do Plano Diretor. Hoje, passados mais de dois anos da sanção do Plano, a realidade prova que seguimos o caminho correto. Após a sua implementação, Natal voltou a atrair investimentos privados. São mais de R$ 1,8 bilhão já movimentado pela construção civil e pelo setor imobiliário. Outros R$ 2 bilhões estão projetados para vir nos próximos dois anos. Esses números se traduzem em fatores muito positivos para a nossa economia, principalmente na geração de emprego e renda para os natalenses e de divisas para o Município.
DIÁRIO DO RN: Se essas mudanças eram tão necessárias, por que o seu antecessor, de quem também o senhor foi seu vice-prefeito, Carlos Eduardo, não promoveu essas alterações agora contidas no Plano Diretor de Natal? Álvaro Dias: A pergunta precisa ser dirigida a ele.
DIÁRIO DO RN: Nesse período de governança, qual o setor de responsabilidade da Prefeitura de Natal que mais tem se destacado nas suas gestões? Álvaro Dias: Desde que assumi a Prefeitura, em abril de 2018, orientei nossa equipe a seguir o princípio defendido pelo arquiteto dinamarquês Jan Gehl, renomado mundialmente, de fazer “uma cidade para as pessoas”. Em todas as nossas ações administrativas, procuro me guiar por essa premissa. Seja na Saúde, na Educação, no Urbanismo, Meio-Ambiente e em todas as áreas em que atuamos. Correria o risco de cometer injustiças se quisesse destacar uma área ou outra.
Sem falsa modéstia, e as pesquisas indicam isso, creio que estamos tendo um desempenho geral muito satisfatório do ponto de vista administrativo.
Álvaro Dias: “Fizemos a escolha certa quando decidimos por Paulinho Freire”
DIÁRIO DO RN: O seu mandato se expira no dia 31 de dezembro próximo, qual a marca, o que a sua gestão deixa de mais relevante para a população natalense? Álvaro Dias: Confio que vamos deixar uma marca de muitas realizações. Estamos realizando obras que estão entre as maiores já feitas pela Prefeitura em toda a história. Não há como classificar de outra maneira obras como a construção do Hospital Municipal de Natal, cuja primeira etapa estamos preparando para entregar à cidade no início do segundo semestre.
Também aponto a construção do Complexo Turístico da Redinha, um projeto que vai mudar a face econômica não apenas daquela faixa da nossa orla, mas de toda a Zona Norte. Aliás, ainda na nossa orla, estamos com outros dois grandes projetos: a engorda de Ponta Negra, que esperamos iniciar nas próximas semanas, e a completa reurbanização das praias da Zona Leste (praias do Meio, do Forte, dos Artistas), já em ritmo acelerado. Temos ainda a requalificação da avenida Felizardo Moura, uma obra reclamada há mais de 20 anos não apenas pela Zona Norte, mas por toda a Natal — e com razão, já que a via, um dos principais corredores viários da cidade, estava em estado simplesmente precário. Nesta semana mesmo, entregamos o Residencial Mãe Luiza, um condomínio construído para ser a nova moradia das 29 famílias que perderam suas casas no deslizamento que ocorreu no bairro, em 2014. Fizemos com recursos do próprio Município para garantir a obra que já está mudando a vida de todas essas famílias.
DIÁRIO DO RN: Segundo os Institutos de Pesquisas, a maior reclamação da população natalense é com relação ao setor de Saúde. Como médico e como gestor da cidade, o senhor concorda que o setor da Saúde é deficitário? Álvaro Dias: Claro que não. Discordo totalmente. Estamos trabalhando diuturnamente no setor e conseguindo resultados muito bons para os usuários da rede municipal. Volto a citar o Hospital Municipal, que estará pronto em muito breve e vai transformar o atendimento público da Saúde em Natal, além de sanar uma distorção histórica. Basta dizer que a nossa cidade é a única que ainda não dispõe de um hospital próprio em sua rede. E nós já estamos mudando esse quadro.
Também apresentamos números expressivos de investimento no setor. Somente no ano passado, despendemos R$ 690 milhões com a Saúde municipal, o que equivale a 34% da Receita, e com um detalhe, nada menos do que 50% com recursos próprios. Isso representa 387 milhões de reais a mais do que o mínimo exigido constitucionalmente. Em relação a 2022, houve um aumento de 88 milhões de reais nas despesas com a Saúde, comprovando o que venho dizendo há tempos: Natal está bancando a saúde do Estado. Nossas portas abertas estão recebendo pacientes de todo o RN, sem a respectiva contrapartida financeira. Preciso lembrar, também, toda a luta que travamos contra a Covid 19, em que não nos acovardamos e enfrentamos a doença com centros de testagem, hospital de campanha, centros de enfrentamento e ampla vacinação. Em outra frente, estamos melhorando nossas unidades básicas e abrindo outras, como no Alto da Torre e na Planície das Mangueiras, obras que estavam paradas há anos e que nós conseguimos concluir.
Também inauguramos do ano passado para cá as UBS de Mirassol e de Dix-Sept Rosado. Ainda estamos dando andamento a obras nas unidades básicas do Santarém, Igapó, e Bairro Nordeste. Em breve, iniciaremos a construção da UBS Village de Prata, no Planalto e trabalhamoms tabém na ampliação da Policlínica Norte. O Hospital dos Pescadores está com 98% de sua obra concluída, e teremos a cobertura de toda a rede psicossocial em imóveis próprios, após a ampliação do CAPS III Leste. São só alguns exemplos. Temos feito muito mais. É certo que ainda temos problemas a resolver, e é humanamente impossível resolver todos. Mas propagar falta de serviços prestados da Prefeitura à Saúde é, no mínimo, desinformação. Acabei de elencar ações que provam o contrário.
DIÁRIO DO RN: Politicamente, teve ocasião em que o senhor acenou ao PT para se tornar o seu aliado, mas foi ignorado. A seguir, tentou lançar a candidatura de Joanna Guerra à sua sucessão, tendo como reserva o nome do ex-deputado federal Rafael Motta, sem sucesso. Depois disso, o senhor se aproximou da candidatura do ex-prefeito Carlos Eduardo, mas somente no prazo marcado, mês de maio, o senhor se definiu pela candidatura de Paulinho Freire. Como explicar esse périplo? Álvaro Dias: Não é périplo. É próprio da política dialogar. Em minha história pública, nunca agi movido por radicalismos. Ela também é prova de que sempre tive posições firmes, claras e propositivas, sempre que fui exigido. Por outro lado, como gestor, tenho a exata dimensão das minhas responsabilidades e não vou prejudicar os deveres administrativos que tenho por motivação político-eleitoral. No período pré-eleitoral deste ano, aceitei conversar com todos os que me procuraram. Ao fim, porém, fiz minha escolha por Paulinho Freire, pelos motivos que já expus, em especial por enxergar nele mais que um aliado histórico, uma pessoa que tem condições de dar continuidade à linha administrativa que estamos empreendendo. Uma linha que vem sendo bem-sucedida em seus projetos e recebe ampla aprovação popular.
DIÁRIO DO RN: Tendo conhecimento de que a candidatura do ex-prefeito Carlos Eduardo a prefeito de Natal tem batido os 40 pontos na preferência do eleitorado natalense, por que o senhor não ficou com o candidato atualmente favorito? Álvaro Dias: Como disse há pouco, fiz minha opção por Paulinho Freire baseado em critérios administrativos. Poderia ter seguido o caminho aparentemente mais confortável, mas reitero a responsabilidade que tenho com Natal e o dever de buscar os rumos que julgo mais adequados para a cidade. Sobre as pesquisas, é preciso considerar que a campanha ainda não começou para valer. Anunciei minha escolha por Paulinho há pouco tempo e as pessoas só agora estão começando a perceber nossa aliança. Já estamos até percebendo uma mudança nas simulações eleitorais a que temos tido acesso. Creio, também, que poderei dar minha contribuição à campanha, que ainda terá a exposição das boas propostas que ele tem para a cidade e os debates naturais entre os candidatos. Teremos tempo suficiente até a eleição para mostrar aos natalenses que fizemos a escolha certa quando decidimos por Paulinho Freire.
DIÁRIO DO RN: Qual a justificativa que o senhor tem a dar ao eleitorado natalense em ter feito opção por apoiar a candidatura de Paulinho Freire que hoje ocupa a terceira posição entre os pré-candidatos a prefeito de Natal, segundo alguns Institutos de Pesquisas? Álvaro Dias: A própria história de Paulinho Freire o credencia. Ele tem uma longa trajetória de serviços prestados a Natal, principalmente como presidente da Câmara Municipal por vários mandatos, atuando mais diretamente no contato com a população e com as comunidades. Há pouco mais de um ano, ele atua como deputado federal e também contribui com Natal, ajudando nossa administração a obter recursos federais e garantir o êxito de diversos dos nossos projetos. Além disso, é um político de perfil equilibrado, que por isso mesmo tem bom trânsito por todos os setores e pensamentos alinhados com os nossos sobre a melhor maneira de administrar Natal. A população vai poder enxergar suas qualidades de maneira mais nítida durante a campanha e, muito certamente, também decidirá pelo seu nome.
DIÁRIO DO RN: O senhor acha que o eleitorado natalense irá se envolver por completo nesse clima de radicalização entre o lulismo e o bolsonarismo, deixando de lado a discussão sobre os problemas da Capital do Estado? Álvaro Dias: Honestamente, não acredito. A polarização radical, de qualquer lado que venha, não traz nenhuma contribuição efetiva a Natal, como de resto a lugar nenhum. O que o natalense quer saber é de quem está cuidando da cidade, de quem tem capacidade para resolver os seus problemas cotidianos: a saúde, a educação, a limpeza pública, a boa gestão dos recursos públicos.
Quem colocar a ideologia à frente dos problemas da cidade e dos anseios da população estará prestando um desserviço a Natal e muito provavelmente será rejeitado pelos natalenses.
DIÁRIO DO RN: Qual a avaliação que o prefeito Álvaro Dias faz dos nomes de Carlos Eduardo, Natália Bonavides, Paulinho Freire e Rafael Motta que se propõem a administrar Natal pelos próximos 4 anos? Álvaro Dias: Já expus minha avaliação sobre a capacidade de Paulinho Freire. Sobre os demais, todos merecedores do meu respeito, cabe à população avaliar.
DIÁRIO DO RN: Nas eleições de 2026, o eleitorado irá escolher o seu deputado estadual, deputado federal, senador (duas vagas) e governador. Qual a opção política do cidadão Álvaro Dias nessa eleição? Qual o cargo que pretende disputar, em 2026? Álvaro Dias: Por enquanto, só quero ser candidato a sossego (risos). Minha prioridade é poder encerrar bem a minha segunda gestão à frente de Natal, entregando todas as grandes obras que temos. É o compromisso que assumi com todos os natalenses e vou me empenhar até meu último dia no Palácio Felipe Camarão para cumpri-lo. Evidentemente, também quero contribuir com a campanha, com o projeto de Paulinho Freire e trabalhar também para ajudar o meu partido e a eleger uma boa bancada para a Câmara Municipal. Sobre 2026, está muito longe ainda e seria muito prematuro traçar planos concretos em relação a algum projeto eleitoral para um futuro ainda tão distante. De todo modo, é óbvio que vou trabalhar para ter forças de desempenhar um papel de destaque até lá.
“O meu desejo é ser mãe e professora. É o meu desejo atual na minha vida”, diz Katherine Bezerra, esposa do ex-deputado Beto Rosado (PP), citada nos bastidores mossoroenses como possível nome a ser indicado como vice-prefeita representando os Rosados em composição à majoritária na disputa municipal. Katherine, no entanto, descarta a possibilidade.
O nome da professora doutora do curso de Gestão Ambiental da Universidade Federal Rural do Semiárido (Ufersa) tem circulado como o novo a ser indicado em alianças do PP de Rosalba Ciarlini com a candidatura de Lawrence Amorim (PSDB). Ela também tende a ser bem aceita caso o grupo Rosadista decida se aliar com o PL de Rogério Marinho. O pré-candidato Genivan Vale já sinalizou positivo, também, pelo fato de ser mulher.
Mãe de três filhos com o vice-presidente estadual do PP, a engenheira agrônoma seria uma saída para o grupo, sem o peso do nome de Rosalba, que tem acumulado rejeição relativamente alta em pesquisas eleitorais.
No entanto, Katherine afirmou, em conversa com o Diário do RN, que não surgiu esse convite, e nem existiram conversas. “Não existe isso. Também não existe ser vereadora. Eu estou aqui brincando com os três meninos. O que eu quero é ser professora e mãe”, reiterou ela ao telefone.
“Eu não me imagino numa função desse porte em Mossoró, é de muita responsabilidade, é de muita dedicação. E se houvesse uma possibilidade de pelo menos fazer um trabalho bacana, mas é muito complicado para eu me dedicar nesse momento a uma atividade como essa, complicado mesmo”, explica.
A professora afirma, ainda, que não sabe se as conversas chegaram a Beto Rosado: “Eu não posso dizer, porque a gente não fala sobre isso”.
Neste período pré-eleitoral, Katherine tem atuado em algumas reuniões do Progressistas junto a Rosalba Ciarlini nas conversas com os pré-candidatos a vereador do partido, mas, segundo ela, a atuação é relacionada a organização dos eventos e nas questões contábeis.
“Eu participo das reuniões do PP, eu participei das convenções, participo de organização de evento, até um pouco da questão contábil, mais de organização, de quanto vem para a gente poder repassar para os candidatos e garantir que todo mundo receba igualitariamente, principalmente manter o legado de Betinho (Rosado): ‘todo mundo tem vez, todo mundo vai ser igual’. Então é isso que a gente sempre tenta conversar com as pessoas que estão querendo junto com o PP participar dessa campanha de agora”, diz ela, frisando que nem sempre está presente, só “na medida do possível”.
Sobre os ajustes do grupo para a majoritária, ela ressalta que as conversas têm acontecido entre Beto Rosado e João Maia, junto com Rosalba e Carlos Augusto que, neste momento, estão mais ausentes pelas complicações na saúde do ex-deputado. Entretanto, garante que eles “querem sim ter uma representatividade dentro de Mossoró”.
“O nome para prefeito não sei se vai ter, se vai ser Rosalba, mas os vereadores já estão aí com a nominata formada, eles estão muito empolgados”, complementa.
Seis compromissos marcam a agenda da governadora Fátima Bezerra (PT) em Mossoró, Baraúna, Pau dos Ferros e Campo Grande nestas terça (28) e quarta-feira (29). A visita, mais de três meses depois da última passagem de agenda administrativa pela região, inclui recuperação de obras em rodovias, ordem de serviço para ampliação de escola e nova sede do Corpo de Bombeiros Militar.
Em Mossoró, a chefe do Executivo estadual visitou a obra de recuperação da RN-117. A via tem extensão de 34 quilômetros, entre Mossoró e Governador Dix-sept Rosado, na rota do Oeste para o Médio Oeste. Este é o primeiro trecho iniciado entre os 33 licitados pela Secretaria de Estado da Infraestrutura (SIN/RN) no primeiro lote do Programa de Restauração de Rodovias. Segundo o Governo, o Lote do Oeste, sob jurisdição dos distritos rodoviários de Mossoró e Pau dos Ferros, totaliza 210,5 km e o investimento é de R$ 134 milhões.
Além da RN 117, o Lote 1 também deve recuperar a RN-015, entre Mossoró e Baraúna, trecho também visitado por Fátima Bezerra no mesmo dia. A obra teve início no dia 20 de maio, no trecho de 44 quilômetros e está em fase de colocação do asfalto em pontos já recuperados.
A RN-015 está na rota da fruticultura e também na da produção de cimento. Em Baraúna, está instalada a fábrica Mizu, uma das maiores unidades do Nordeste.
Ainda em compromisso na capital do Oeste, a governadora assinou a Ordem de Serviço de reforma e ampliação do Centro de Educação Integrada Professor Eliseu Viana, escola referência em Mossoró. A unidade está recebendo investimento de R$ 4.962.245 e deve beneficiar 886 estudantes e 71 professores e servidores.
Após mais de 50 anos de funcionamento, a escola receberá reforma em 20 salas de aulas teóricas, seis laboratórios para aulas práticas (química/biologia, matemática/física, informática, humanas, línguas e artes) e duas salas multiusos. Além disso, serão feitas obras na biblioteca, sala de recursos multifuncionais, grêmio, auditório, refeitório, setor administrativo, com secretaria, coordenação.
De acordo com o Governo do RN, outras cinco escolas estaduais de Mossoró estão com ordens de serviço assinadas. Duas em processo inicial de execução, as escolas José Martins de Vasconcelos e Hermógenes Nogueira da Costa, no bairro Abolição IV.
Em Campo Grande, canteiro de obras do IERN é destaque
Já hoje (29), Fátima Bezerra visita, às 10h, no município de Pau dos Ferros, o canteiro de obras de recuperação da RN-177, que liga o município a São Miguel. Este trecho interliga os dois municípios mais populosos da região e aproxima mais de 70 mil habitantes da área de influência da rodovia com o Ceará. É também o primeiro de cinco trechos da RN-177 que foram licitados e passarão por melhorias.
Pau dos Ferros tem 30.479 habitantes, uma movimentação comercial de comércio e agricultura, conta com campi do Instituto Federal (IFRN); Universidade Federal Rural do Semi-Árido (Ufersa); Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN) e uma faculdade privada; além do Hospital Regional Cleodon Carlos de Almeida, referência no atendimento de urgência e emergência no Alto Oeste.
De acordo com previsão da Secretaria de Infraestrutura, as obras dos 33 trechos rodoviários da primeira etapa do Programa de Restauração de Rodovias serão finalizadas até dezembro de 2024.
Além de visita ao IERN de Campo Grande, Fátima Bezerra visita, ainda, obras da nova sede do Corpo de Bombeiros Militar em Pau dos Ferros, sub-grupamento que será composto por 37 bombeiros e atenderá 37 cidades, com população total de 320 mil habitantes. A obra, uma parceria entre a secretaria de Estado de Infraestrutura e o Corpo de Bombeiros, está orçada em R$ 1.557.536,09, com recursos do Fundo Especial de Reaparelhamento do CBM – FUNREBOMA.
O prefeito Álvaro Dias (Republicanos) diz que não ouviu as declarações que mais movimentaram a cena política natalense no último final de semana. O ex-prefeito Carlos Eduardo (PSD) falou durante evento de instalação do movimento de líderes comunitários do PSD, no último sábado (25). “O acordão é esse, onde lá em Brasília, distante dos bairros de Natal, eles lotearam a Prefeitura, é duas secretarias pra deputado tal, é três para senador tal, é quatro para deputados estaduais, vamos arrumar os vereadores e dar mais outra secretaria, mas cometeram um erro grave, deixaram o povo do lado de fora”, disse sobre a Prefeitura e a pré-candidatura de Paulinho Freire (UB).
Acuado, o prefeito escolheu silenciar sobre o ataque que sofreu. “Eu não ouvi, não ouvi, não tenho o que dizer”, afirmou ao Diário do RN, em evento administrativo nesta segunda-feira (27), no bairro de Mãe Luiza.
Fugindo das críticas do ex-aliado, Álvaro Dias, que há três semanas oficializou apoio à pré-candidatura de Paulinho Freire, e há uma semana posou para fotos ao lado do deputado federal General Girão (PL) e de nomes do PL, durante apoio do deputado ao mesmo projeto, agora preferiu se desviar e garantir que “a questão política é secundária”.
Questionado sobre o tom das conversas que tinha quando Carlos Eduardo buscava o apoio do prefeito, Álvaro não respondeu e disse que está “preocupado com a gestão”.
“Eu estou preocupado com a minha administração, com a gestão, em construir moradia, em trazer a dignidade de volta para essas famílias, a questão política é uma questão secundária para mim, campanha não começou, não existem candidatos ainda, existem pré-candidatos, a prioridade total é a gestão”, insistiu em afirmar.
Natália Bonavides, sobre Carlos Eduardo e Paulinho: “Em uma ou outra eleição, se pintam de adversários”
Outro alvo do ex-prefeito foi o Partido dos Trabalhadores e a pré-candidatura de Natália Bonavides (PT): “O PT quer a Presidência da República, o PT quer o Governo do Estado, o PT quer a Prefeitura Só o seguinte: Natal não é PT, Natal é da liberdade. Nós vamos para as ruas, para as avenidas, para as travessas, para praça pública e vamos derrotar o PT e o acordão que faz contra o povo de Natal”.
Para Natália Bonavides (PT), que em 2022 votou contra o apoio do PT à candidatura de Carlos ao Senado, mas foi voto vencido, tanto o ex-prefeito, quanto Paulinho Freire “costumam fazer a política das salas de jantar de algum apartamento dos líderes de partido”.
“Esse pessoal que tem ocupado a Prefeitura de Natal há alguns anos é do mesmo grupo político. E, em uma ou outra eleição, se pintam de adversários. Carlos Eduardo teve como vice Micarla de Sousa. Por sua vez, Paulinho Freire foi vice de Micarla, quando ela foi eleita. Ou seja, esse pessoal está entre os seus”, afirmou.
Ela destaca, ainda, que no início do ano, “era Carlos Eduardo que tentava costurar um acordão com Paulinho Freire em uma sala de jantar. Então, ele fala em acordão porque sabe que o grupo político do qual ele e Paulinho Freire fazem parte, costuma fazer política do acordão”, diz.
A pré-candidata do PT afirma acreditar que Natal vai escolher “um novo projeto para nossa cidade e não esse pacto de mediocridade que tem governado Natal”.
“Essa política, na verdade, vai ser derrotada, porque relegou nossa cidade ao atraso. O povo natalense sabe que o PT tem um projeto que pode livrar Natal desse pessoal que funciona como uma âncora para a nossa cidade ao impedir que Natal melhore as condições de vida de nosso povo e cresça com qualidade”, aposta.
Empresário, membro da direção da Federação das Indústrias do RN (FIERN), como presidente da Comissão Temática das Micro e Pequenas Empresas (COMPEM-FIERN) e presidente do Sindicato das Indústrias de Serrarias, Carpintarias e Marcenarias do Rio Grande do Norte (SINDMÓVEIS/RN), até 2025. Até lá, Ney Robson pretende compor a Câmara Municipal de Natal, ocupando uma das cadeiras a serem conquistadas pela nominata do Podemos em outubro. Casado, pai de três filhos, natural de Natal, o empresário de 58 anos pretende seguir rumo à sua terceira campanha eleitoral. Já foi candidato a vereador em Natal em 2008, quando filiado ao PL, e em 2012, pelo PP.
Agora, optou pelo Podemos pelo alinhamento do partido com o segmento que o apoia, a indústria e o comércio.
“O que me leva a ter essa pré-candidatura para uma candidatura a vereador é a visão de ser um microempresário. A visão de estar hoje dentro da Casa da Indústria focado na presidência do Sindicato, liderando e buscando uma qualificação para o segmento moveleiro e ao mesmo tempo abrir um olhar da necessidade de ter uma voz representativa do segmento empreendedor de forma geral”, destaca.
O empresário, que é cadeirante como consequência de uma distrofia muscular do tipo Miosite, por corpus de inclusão, conhece a vida de uma pessoa que tem limitações. Com este olhar, ele sonha em incluir as pessoas com deficiência no empreendedorismo e defender as singularidades de cada cidadão.
“Essa voz me compete, um empreendedorismo de inclusão, algo que me possibilita também ter esse olhar da luta. Das pessoas que precisam ter uma defesa, Natal não está preparada para receber esse público, que ainda não tem uma receptividade, que possa contribuir na nossa cidade. Tem muita gente que está em diversas situações de locomoção reduzida e especificidades, de cuidados especiais, e que têm qualidades, que podem acrescentar na nossa cidade”.
Compreender o que acontece na cidade e os motivos do atual momento econômico em Natal, que “não está bem” é, para ele, premissa fundamental para construir mudanças. O debate é chegar a um senso em que se possa dar apoio ao setor produtivo e ao comercial “a várias mãos”.
O empresário, que atua há 30 anos em Natal, opina que a Câmara de Natal precisa sair do “mais do mesmo” neste debate: “Transporte público, malha viária, escolas, falta médico, falta isso. Mas eu acho que a questão é mais profunda. A gente precisa ser mais propositivo, pensando no horizonte mais longe. Quando a gente prepara a cidade para dez anos, a gente tem que fazer um debate não das dores momentâneas, mas pensando em uma Natal daqui a 15, 20, 25 anos”.
Dentro dessa temática, Ney Robson defende a inclusão do setor produtivo num debate constante, para que as políticas públicas acompanhem as transformações na vida do comércio, indústria e serviços.
“O setor produtivo que que é responsável pelo sustentável dessa cidade, seja comércio, seja indústria, seja serviço ele tem que ser continuamente perene discutido dia após dia. Porque é um setor mutante, comércio muda, indústria muda, serviço muda. Então a gente precisa estar continuamente debatendo essa transformação para que não aconteça o que está acontecendo na Ribeira, o que está acontecendo na Cidade Alta, o que está acontecendo hoje no Alecrim; se você olhar para o Alecrim ele está caindo o fluxo. Você tem uma obra da ponte de Igapó, que irresponsavelmente está atingindo vários comércios e esse debate não está fluindo dentro da Câmara Municipal”, detalha.
Podemos Na campanha eleitoral, o empresário apoiará o palanque de Paulinho Freire (UB) a prefeitura de Natal.
“É um empresário e tem um nome já. É um cidadão natalense, que tem um serviço prestado em Natal, ainda na iniciativa privada e eu creio que diante da saída do prefeito Álvaro Dias, Paulinho chegando teremos uma continuidade, mas também teremos novidades, implementação de uma cidade mais dinâmica”, defende.
A escolha pelo Podemos também se deu pelo alinhamento com objetivos do partido. Segundo Ney Robson, empresários de diversos segmentos apoiam o seu projeto no partido do Senador Styvenson.
“A nominata foi trabalhada junto com o vereador Preto Aquino, ele é o responsável, coordenador na capital municipal e eu escolhi a nominata em que a gente pretende fazer de duas a três cadeiras e desta forma estamos confiantes na nossa vitória”, completa.
“Ali é algo meio desesperador, ele estar sozinho, um político como ele, pesado, um político que não sabe fazer as coisas, uma campanha sozinha que já vem de anos aí com esse com esse nome dos Alves nas costas, é complicado ser um político do naipe dele, que nem a família Alves está aceitando mais”. É o que diz o senador Styvenson Valentim (Podemos) sobre o ex-prefeito Carlos Eduardo (PSD), após os ataques aos opositores na disputa à Prefeitura do Natal. Styvenson compõe o arco de apoios do pré-candidato Paulinho Freire (UB), criticado pelo ex-prefeito como um “acordão”.
Na fala, que aconteceu durante evento do PSD, no último sábado (25), Carlos Eduardo se referiu aos apoiadores de Paulinho: “O acordão é esse, onde lá em Brasília, distante dos bairros de Natal, eles lotearam a Prefeitura, é duas secretarias pra deputado tal, é três para senador tal, é quatro para deputados estaduais, vamos arrumar os vereadores e dar mais outra secretaria, mas cometeram um erro grave, deixaram o povo do lado de fora”.
Carlos Eduardo atacou, ainda, o PT, com quem esteve aliado nas últimas eleições, em 2022 para viabilizar sua candidatura ao senado: “O PT quer a Presidência da República, o PT quer o Governo do Estado, o PT quer a Prefeitura Só o seguinte: Natal não é PT, Natal é da liberdade. Nós vamos para as ruas, para as avenidas, para as travessas, para praça pública e vamos derrotar o PT e o acordão que faz contra o povo de Natal”
Segundo o senador Styvenson Valentim, isso mostra a “incoerência” de Carlos Eduardo: “Incoerente. Pior de tudo é incoerência que até semana passada ele estava lá com o PT na campanha com o PT, pedindo voto para Lula, no colo de Fátima, e agora o PT não presta. Mostra aí a ingratidão, mostra aí a forma dele fazer política”.
Para ele, “é estranho” Carlos Eduardo liderar as pesquisas e não ter apoios: “Estranho isso, né? Não é esquisito? É esquisito. O cara lidera tudo, aí vai dizer, ‘não, é só o povo que vê”.
Styvenson complementa: “A campanha não começou ainda. A campanha vai ter tempo de TV, tempo de rádio, vai ter tempo suficiente para mudar o pensamento das pessoas em relação ao que ele deixou Natal atrasado até hoje”.
A forma de Carlos fazer política, de acordo com o senador do Podemos, é responsável pelo “atraso” de Natal. Ele atribui a Carlos Eduardo, “numa época de ouro”, obras que não foram finalizadas na capital, “obras da Copa”. “A incompetência a administrar a cidade como Natal, como a grande capital, não é só limpar ruas não, tem outros problemas muito maiores. Hoje a gente sofre com isso”, ressalta.
Styvenson diz, ainda, não ter se sentido atingido pela fala do ex-prefeito: “Não entrei em defesa porque não me ofende Ele disse que estão loteando secretaria. Se ele está se referindo a mim, eu não quero nada. Eu não vivo da política que ele vive. Meu acordo com Paulinho Freire foi para melhorar, como eu já disse, o que o que ele deixou de fazer. Melhorar a Zona Norte, no caso, calçamento, saneamento”, destaca.
“Pediu para conversar comigo, mas a conversa não saiu do vamos”
O senador explicitou que Carlos Eduardo, durante as tratativas para viabilizar seu arco de alianças chegou, inclusive, a convidá-lo para conversar, confirmando que o ex-prefeito tinha interesse nos partidos que, hoje, apoiam Paulinho e que, agora, ele critica. Styvenson não quis conversar com ele.
“Ele procurou vários que estão apoiando Paulinho hoje para pedir apoio, sentou para conversar, pediu para conversar comigo, mas a conversa não saiu nem do ‘vamos’. Nem precisei disso. Já tinha declarado apoio a Paulinho Freire”, disse.
Isso reflete, para ele, a solidão em que se encontra o ex-gestor da capital.
“Realmente uma espécie de política que ninguém quer estar perto. Então hoje eu consigo observar quem faz política sozinho, né? Não se faz essa política sozinho. Ele procurou o prefeito, procurou o outro senador (Rogério Marinho), procurou um, procurou outro e ninguém foi aderindo a ele. Só com a senadora Zenaide (Maia). Então, ele é o candidato de um apoio só praticamente, né? De uma senadora”, finaliza.
A vice-prefeita de Parnamirim, Kátia Pires, usou as redes sociais para anunciar a confirmação de sua pré-candidatura para disputar as eleições majoritárias em outubro.
Em entrevista ao Diário do RN, Kátia afirmou que sua decisão foi confirmada por uma pesquisa divulgada no último fim de semana. “Nós recebemos com muita alegria a divulgação de uma pesquisa no último domingo, onde a população cita meu nome como a 2a colocada na preferência na corrida a prefeitura de Parnamirim! Isso nos deixa na condição de continuar ouvindo a voz do povo”
Depois de confirmada a pré-candidatura, a curiosidade geral se volta para o vice, mas quando o assunto é a formação da chapa, Kátia Pires não tem pressa e confirma apenas conversas: “Em relação a composição de chapa, estamos conversando com alguns partidos. Ainda está cedo para anúncio de chapa. A prioridade é ouvir a população”
Os partidos são Avante e PRTB, siglas que “defendem a família, o desenvolvimento do município e a dignidade humana; conhecem Parnamirim”, afirma a pré-candidata.
O Diário do RN também questionou Kátia Pires se em algum momento existiu a possibilidade de aliança com a Professora Nilda – pré-candidata que aparece em primeiro lugar nas pesquisas – conforme noticiado por vários blogs da região metropolitana. Kátia negou, mas elogiou a adversária: “Minha pré-candidatura responde a essa pergunta. Respeito a professora Nilda, acho que ela está num momento que ela construiu”
APOIO DA FAMÍLIA A confirmação da pré-candidatura de Kátia Pires foi publicada nas redes sociais no sábado (25): “Hoje é uma data importante na minha vida… junto com amigos e familiares, decidi que sou pré-candidata a prefeita de Parnamirim”, diz a legenda que acompanha um vídeo que inicia com a narração da filha, a vereadora Carol Pires, que escreve uma carta à mãe. Em reposta, a atualmente vice e agora confirmada pré-candidata a prefeita de Parnamirim afirma que “Muitas ações precisam ser efetivadas, as pessoas precisam do nosso carinho do nosso olhar e do nosso abraço”.