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ÁLVARO QUER CHAPA “MODERADA” COM PRESENÇA DE BOLSONARO NO PALANQUE

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O ex-prefeito de Natal Álvaro Dias (Republicanos) reafirmou sua disposição de disputar o Governo do Estado em 2026 e declarou que quer o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em seu palanque. Embora se autodefina como um político de perfil moderado, e que não se considera bolsonarista, Álvaro fez questão de destacar sua gratidão ao ex-presidente e os recursos enviados pelo Governo Federal durante a pandemia como justificativa para esse alinhamento.

“Quero o apoio do presidente Bolsonaro se eu for candidato a governador. Ele é uma pessoa que fez muitos atos, teve muitos gestos, principalmente com a cidade de Natal e com o Estado do Rio Grande do Norte, possibilitando muitas obras importantes serem realizadas em favor de Natal.

Quero tê-lo sim no meu Palácio”, disse Álvaro, lembrando da abertura dos centros de enfrentamento à Covid-19 com recursos federais.

Negando ser bolsonarista, o ex-prefeito destacou que sua prioridade é construir uma coligação “bem ampla e moderada”, capaz de reunir partidos de centro e até de visões diferentes, desde que fora dos extremos ideológicos. “Condeno os extremos. Nem a extrema-direita, nem a extrema-esquerda”, reforçou.

Sobre possíveis alianças, Álvaro não descartou estar junto de nomes como Rogério Marinho (PL) e Styvenson Valentim (PSDB). Ao ser questionado sobre uma chapa com os dois, Rogério ao Governo e ele e Styvenson disputando o Senado, disse que tudo é possível. “Eu já disse que não descarto a possibilidade de vir a ser candidato a senador, mas a governador é a minha preferência, é a minha prioridade, até pelos apelos populares que eu tenho recebido para que a gente tente fazer pelo Estado o que fizemos por Natal, mudando o plano diretor, fazendo a cidade avançar, a cidade crescer, se desenvolver, projetos novos, importantes, projetos de convivência social, de reforma, de estruturas comunitárias, de locais agradáveis, aprazíveis, como a Praça Cívica, Parque Ecológico de Capim Macio, com a Praça das Flores, Praça Gentil Ferreira, Praça de Candelária e muitas outras”, relembra.

Em entrevista ao Diário do RN, no último dia 17 de junho, o ex-prefeito também não descartou a possibilidade de uma chapa com Allyson Bezerra (UB) e Zenaide Maia (PSD). Entretanto, agora, também considera disputar contra Allyson, caso ambos entrem na corrida pelo Governo.

“Se eu for candidato, não posso escolher adversário. Posso disputar com o candidato do PT, com alguém do centro ou da direita. O importante é apresentar um programa de Governo amplo que ajude o Estado a superar os atrasos impostos pela atual gestão”, afirmou.

Álvaro aposta em tom conciliador de Paulinho Freire para unir oposição

Em meio às movimentações da oposição no Rio Grande do Norte, o ex-prefeito de Natal, Álvaro Dias (Republicanos), é mais um que integra o grupo da direita que avalia positivamente o nome do atual prefeito da capital, Paulinho Freire (União Brasil), como articulador de uma possível frente única da oposição para 2026. Na semana passada, o prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra, já havia exposto concordância da direita nesse sentido.

Na entrevista ao Diário do RN, Álvaro destacou o perfil conciliador de Paulinho como um trunfo na busca por unidade no campo oposicionista.

“O prefeito Paulinho Freire é um conciliador moderado, por natureza. Por causa desse seu modo de agir, de proceder, ele conseguiu unir os vereadores em torno da sua candidatura a prefeito.

Acho que ele pode, sim, ser esse articulador que procure unir todo o sistema que pensa de forma semelhante”, declarou Álvaro.

Questionado sobre as dificuldades para unificar lideranças com projetos distintos, como o prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra, que mantém proximidade com Zenaide Maia, e o senador Rogério Marinho, que pode ele mesmo disputar o Governo, Álvaro adotou um tom cauteloso. Para ele, ainda não é o momento de se antecipar nas definições.

“Isso é uma questão para ser analisada, discutida, debatida democraticamente. O momento agora é de amadurecer, de pensar, de apresentar ideias. O que a gente precisa fazer é ouvir a população, entender o que o povo do Rio Grande do Norte quer, o que deseja de um futuro governo”, afirmou.


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JAIME CALADO AFIRMA QUE ZENAIDE MAIA SÓ VAI DECIDIR NO “ANO QUE VEM”

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Em meio às articulações que devem desenhar o xadrez político do Rio Grande do Norte para as eleições de 2026, o prefeito de São Gonçalo do Amarante, Jaime Calado (PSD), fala sobre senadora Zenaide Maia (PSD), sua esposa, diante da crescente pressão para que ela defina com quem caminhará na próxima disputa. Jaime reitera que o momento é de “namoro” político, não de alianças definitivas, e a pré-candidatura de Zenaide à reeleição ao Senado já está posta.

“Zenaide é como todos os outros, até hoje o prefeito de Mossoró não se lançou candidato oficialmente. Nem a governadora Fátima. Ela disse que vai botar o nome, mas não oficializou. O certo é que Zenaide já oficializou que é candidata à reeleição”, afirmou Jaime, destacando que a senadora está na frente, ao menos no aspecto formal, e por isso é cortejada.

As declarações ocorrem em meio a um cenário de pressão por definição. A senadora mantém aliança com o Governo Lula no plano nacional, é da base da governadora Fátima Bezerra (PT) no Estado, mas também construiu pontes com o prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra (União Brasil), nome cada vez mais cotado para disputar o Governo do Estado em 2026 como representante da direita potiguar.

A aproximação com Allyson, no entanto, rendeu sinais de tensão nos últimos dias. O prefeito declarou que a parceria com Zenaide é, neste momento, “institucional”, e indicou que pode seguir outro caminho caso a senadora se alinhe ao grupo da governadora. “A não ser que amanhã a senadora diga: ‘não, Allyson, vou estar em outro local, eu vou estar disputando com outro grupo’”, disse ele à 96 FM, na última quarta-feira (02), sinalizando que a aliança pode não resistir à permanência de Zenaide na esquerda.

O impasse se acentua diante da fala do pré-candidato ao Governo pelo PT, Cadu Xavier, que declarou que o candidato ao Senado ao lado da governadora precisará estar integralmente vinculado ao seu projeto. “Esse candidato ou candidata ao Senado estará no nosso palanque, defendendo o Governo da professora Fátima e a minha eleição como governador do Estado no ano que vem”, afirmou à 98 FM.

A sinalização de Cadu indica que não haverá espaço para a manutenção de pontes entre campos opostos. Para seguir com o grupo governista, Zenaide teria que romper com Allyson. E vice-versa.

Para Jaime Calado, a pressão vinda de diferentes lados é natural e, na verdade, positiva. “Isso é um bom sinal, que ela é querida. É um bom sinal, faz parte”, minimizou.

Questionado sobre a possibilidade de Zenaide caminhar com Allyson ou com Fátima, Jaime desconversou: “Hoje, ela diria o seguinte: o ano que vem, veremos. O ano que vem, veremos”, destacou.

Já sobre uma eventual candidatura solo, sem se vincular diretamente à direita ou à esquerda, ele ponderou: “Todas as alternativas serão analisadas com toda a humildade, com toda a prudência possível”.


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NATÁLIA BONVIDES ACUSA STYVENSON DE DEFENDER OBRA SUPERFATURADA NO RN

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“É impressionante como sempre são os políticos que mais bravatam sobre moral e honestidade que aparecem metidos em escândalos como esse”, dispara a deputada federal Natália Bonavides (PT), em conversa com o Diário do RN, sobre o senador Styvenson Valentim (PSDB). A parlamentar tratou sobre o assunto inicialmente em postagem no Instagram, onde trouxe defesa à governadora Fátima Bezerra (PT) sobre tratamento grosseiro desferido por Styvenson na semana passada. Além de lembrar do voto do senador em favor do aumento do número de deputados, Bonavides cita constatação de superfaturamento do preço do asfalto com obras realizadas no Rio Grande do Norte a partir de emendas do colega de Congresso Nacional.

“Por que não se ocupa em explicar aos seus eleitores o motivo de ter votado no aumento do número de deputados? Logo você, que sempre tentou bancar o correto, fala em redução dos gastos públicos. Por que não explica, senador, o asfalto superfaturado e de baixa qualidade vindo do orçamento secreto e que tem suas digitais?”, questionou Natália na rede social.

Através do ofício de nº 225/2025, o senador Styvenson Valentim (PSDB) endossou emenda parlamentar do orçamento secreto, em 09 de abril de 2025. O endosso permitiu que o senador indicasse as emendas de Relator-Geral (RP-9) dos Orçamentos de 2020 a 2022 e emendas de Comissão (RP8) dos Orçamentos de 2023 e 2022 para a continuidade da execução. A emenda, cujo cumprimento é identificado pelo senador e chancelado para sua continuidade, se trata de recurso de obra superfaturada no Rio Grande do Norte, entre outros nove estados do país.

O superfaturamento do preço do asfalto, não observância da espessura e aderência do pavimento instalado, foi constatado por uma auditoria da Controladoria-Geral da União (CGU), em obra da estatal Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf). As informações trazidas pelo site O Potiguar foram lembradas pela deputada Natália Bonavides (PT).

“A denúncia feita pelo blog O Potiguar é grave. O senador reforçou através de um ofício que uma obra comprovadamente superfaturada precisava ter continuidade. Como parlamentares, precisamos ter responsabilidade com a utilização do dinheiro público. É assim que guiamos as ações no nosso mandato”, afirmou ao Diário do RN.

A identificação de Styvenson como autor da emenda do orçamento secreto foi possível a partir de uma mudança na regulação destes recursos, com a proibição pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A proibição abriu exceção para o que estava em execução pudesse continuar, a partir da identificação dos autores.

Foi no sistema de registro de Apoio às Emendas Parlamentares, criado pelo legislativo para atender à solicitação do ministro Flávio Dino, que Styvenson aparece como autor ao ratificar o apoio à continuidade das emendas que permitiram a contratação de asfalto de baixa qualidade, com dano ao erário público.

A emenda permitiu o Contrato nº 0.141.00/2020 que foi assinado no limite da disponibilidade orçamentária de R$ 26.740.000,00, consoante Nota de Empenho nº 2020NE800349. A Ordem de Serviço para início das obras foi assinada em 23 de junho de 2021 (conforme fls 656 e 664 do processo) e o prazo para a conclusão das obras era de 12 meses.

Segundo Natália Bonavides, a explicação desta obra deveria estar na pauta do senador, em vez dos ataques à governadora Fátima Bezerra.

“Por que danado nossa governadora Fátima foi tão atacada essa semana, ein…? Ah, já sei! Deve ser porque tem entregado tantos bons resultados, né? A mulher reduziu os índices de violência em todo o estado, tá recuperando todas as estradas, inaugurou recentemente a adutora Apodi-Mossoró, sem falar na geração de emprego que nos colocou como único estado do Nordeste em que há mais pessoas com carteira assinada do que beneficiários do programa Bolsa Família. Deve ser esse o motivo do incômodo que fez um senador descontrolado atacar a governadora. “Esfregar na cara”, senador?”, escreveu ela.


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ROGÉRIO MARINHO APONTA ERROS DO PT E ACUSA GOVERNO LULA DE QUEBRAR O PAÍS

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O senador Rogério Marinho (PL) voltou a subir o tom contra o governo Lula durante discurso no plenário do Senado Federal e em publicações nas redes sociais. Marinho responsabilizou diretamente o Partido dos Trabalhadores pela situação econômica do país, afirmando que “nós, com nossa irresponsabilidade do PT, quebramos o país”. A declaração foi dada durante sessão no Senado, na semana passada, na qual o parlamentar fez uma série de críticas à condução econômica do Governo Federal, especialmente à nova campanha do Palácio do Planalto sobre justiça tributária.

A proposta do governo, que visa aumentar a taxação dos super-ricos e ampliar a presença dos mais pobres no orçamento da União, foi ironizada por Marinho: “Robin Hood às avessas”, afirmou.

Na avaliação do senador potiguar, o governo Lula erra ao focar no aumento da arrecadação via impostos em vez de conter gastos e equilibrar o orçamento público. “A direita defende a redução da carga tributária. Ao contrário do que preconiza esse governo, que vive a síndrome do cachorro correndo atrás do próprio rabo”, criticou. Marinho afirmou ainda que o Governo pratica uma “teoria fiscal que eu chamo de Frankstein”, ao elaborar orçamentos irreais, com receitas superestimadas e despesas subestimadas.

Outro ponto destacado pelo parlamentar foi o impacto da política do salário mínimo sobre a Previdência e os benefícios sociais. “Nós estouramos a Previdência, o BPC, com essa regra e não pudemos evitar que em 2024 tivéssemos o maior aumento de inflação em produtos consumidos pelos pobres”, apontou.

Outro argumento levantado pelo senador é o de que o Governo desvirtua o programa Minha Casa, Minha Vida quando amplia o financiamento para famílias com rendas mais altas. “Vamos financiar agora até 12 mil reais. Quanto isso significa da população economicamente ativa?

Estamos subtraindo recursos fora do arcabouço fiscal para financiar a classe média, porque o populismo do Governo quer aumentar seus índices de popularidade”, afirmou, colocando que a medida visa puramente reverter a baixa popularidade do presidente Lula.

Segundo Marinho, o governo Lula estaria repetindo práticas que levaram o país à recessão em 2015, durante o segundo mandato da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) ao aumentar em R$ 70 bilhões os subsídios anuais. “É o mesmo caminho de 2015, mascarando a crise com política fiscal temerária”, afirmou.

Em outro trecho da fala, Rogério Marinho contestou a promessa do governo de “tributar os super-ricos” com o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Para ele, a medida atinge diretamente a população mais pobre. “Quem vai fazer crediário na Casa Bahia está pagando IOF, quem usa cartão de crédito está pagando IOF. Isso é enganar o povo”, defendeu o senador.

Redes sociais: “gastança petista” e “populismo”

Além do discurso no plenário, Marinho publicou um vídeo em seu perfil no Instagram, já nesta segunda-feira (07), com críticas à política tributária do Governo. A publicação, com narração em tom de denúncia, afirma que “com Lula, a taxa tributária explodiu” e que “entre os 30 países com maior carga tributária, o Brasil é o que menos devolve em benefícios à população”.

Na legenda da postagem, o senador escreveu: “O Brasil virou refém da gastança petista: impostos nas alturas, retorno vergonhoso e um Estado inchado que massacra quem produz e trabalha! O povo paga a conta do populismo, da ineficiência e do aparelhamento!”, denunciou Rogério.


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AOS 82 ANOS, INQUIETUDE E AMOR A MACAU MARCAM A TRAJETÓRIA DE AFONSO LEMOS

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Nascido no dia 04 de julho de 1943, em Macau, na Costa Branca do Rio Grande do Norte, Afonso de Ligório Lemos completa 82 anos nesta sexta-feira. O caminhar já é mais lento, mas a cabeça segue acelerada e cheia de projetos. Ativo nas redes sociais, um entusiasta das novas tecnologias que permitem estar sempre em contato com muita gente com quem ele gosta de conversar.

E por falar em conversa, assunto para ele não falta. “Seu Afonso” comenta da novela aos últimos acontecimentos do noticiário, passando pelos bastidores da política e as muitas histórias que viveu. Sua história está diretamente ligada à história política do município de Macau.

Apaixonado pela cidade e por seu povo, mesmo aposentado da política partidária, se preocupa em contribuir para a solução dos principais problemas da cidade. Desde que deixou a prefeitura, há mais de 30 anos, continuou participando de encontros e reuniões com prefeitos, vereadores, deputados e governadores, apresentando suas ideias para melhorar a qualidade de vida dos seus conterrâneos.

UMA VIDA DEDICADA A TRANSFORMAR MACAU
A lista de amigos é extensa, inclusive na política. Independente de bandeira partidária ou ideologia, Afonso Lemos segue transitando bem em todos os ambientes, afinal, esse é um mundo que ele aprendeu a decifrar ainda muito novo, acompanhando os passos da avó Francisquinha Lemos, carinhosamente apelidada “Mãe Quinha”. Mesmo sem nunca ter exercido um cargo público, era altamente influente na política potiguar, algo quase impensável para uma mulher nos anos 1940 e 1950. Com ela, Afonso aprendeu e desenvolveu o amor e a profunda dedicação à política como forma de melhorar a vida das pessoas, o que sempre foi sua missão de vida.

Muito jovem, se interessou pela vida pública, tendo no sangue a veia política de seus antepassados Capitão Pedro Tetéu e o Coronel Feliciano Tetéu, intendente do município (equivalente ao prefeito) e de Mãe Quinha. Ainda adolescente, perdeu o pai e precisou assumir o sustento de sua família, junto com sua mãe. “Foi nesse período que comecei a mexer com política, minha família sempre foi política e inventei de me candidatar. Na época, os candidatos tinham muito dinheiro, mas eu tinha uma coisa que eles não tinham: O amor à Macau. Daí, comecei”, relembra Afonso.

Em 1964, foi nomeado para auxiliar de fiscal do município pelo então prefeito Albino Gonçalves de Melo. Quatro anos depois, se candidatou a vereador e venceu sua primeira eleição como o mais votado do pleito, em 15 de novembro de 1968.

Depois, foi eleito novamente vereador nos pleitos de 1970 (mandato tampão) e 1972. A cada eleição, seu número de votos aumentava exponencialmente e durante seus quatro mandatos de vereador, presidiu a Câmara Municipal em duas ocasiões.

Em 15 de novembro de 1976, foi eleito vice-prefeito junto com o prefeito Cledionor Mendonça (Kidinho), mas este renunciou em abril de 1982, para se candidatar a deputado estadual. Com isso, Afonso assumiu, pela primeira vez, a gestão de sua amada Macau, por oito meses. Naquele tempo, não existia reeleição e Afonso Lemos elegeu seu candidato no pleito que ficou na história política da cidade como a mais acirrada e disputada eleição: foram apenas 63 votos de maioria, resultado só conhecido na abertura da última urna apurada.

Só em 1988 Afonso foi candidato a prefeito e venceu contra as estruturas do governo do Estado e com o apoio e o voto do povo de Macau. Recordações que até hoje despertam emoção. “Fiz a promessa que, na hora que saísse a última urna, de onde eu estivesse, eu saía vestido de São Francisco pelas ruas da cidade e assim aconteceu. Eu sempre eu dizia: ‘Ganho todas as eleições em Macau porque (adversários) só não tem uma coisa que eu tenho: o amor à Macau’. Ninguém acreditava na minha eleição. Eu enfrentei todo mundo que tinha muito dinheiro, e ganhava por amor. Ainda tentaram tirar minha candidatura, mas não aceitei e venci”.

Afonso Lemos fez obras e ações importantes, como o primeiro Pronto Socorro Municipal; organização e urbanização da orla; construção do parque de vaquejada na orla, o primeiro do país; construção de casas populares, galerias pluviais, escolas, o primeiro ginásio de esportes da cidade; calçamento e pavimentação de ruas do Centro e a construção do monumento em homenagem à Nossa Senhora da Conceição, na entrada de Macau. Outra obra marcante, a urbanização da praia de Camapum: “Coloquei os vereadores e secretários dentro de um ônibus e levei eles até a praia, onde antes era o mangue. Falei para meu secretário de obras, Haroldo Martins, que não era bom estarmos cercados pelo mar e não termos praia para aproveitar. Então, fizemos a urbanização e toda a estrutura de Camapum. Hoje, está lá, uma das praias mais bonitas do Brasil”.

Afonso Lemos também foi o responsável pela criação do Carnaval de rua de Macau, com trio elétrico e o tradicional Mela-Mela, principal atração da cidade e famosa em todo o Estado. Como prefeito, andava no meio do povo e, na Quarta-Feira de Cinzas, assumia o comando do trio elétrico para desejar boa viagem aos visitantes que passavam o Carnaval em Macau.


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“OPOSIÇÃO APROVEITA PORQUE O GOVERNO FÁTIMA TEM CREDIBILIDADE”

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O deputado estadual Dr. Bernardo Amorim (PSDB) avaliou, em entrevista ao Diário do RN, a exploração política feita pela oposição sobre as decisões recentes do Tribunal de Contas da União (TCU) envolvendo a gestão da governadora Fátima Bezerra (PT), e destacou que não vê sinais de corrupção na condução do Governo Estadual. Segundo o parlamentar a atuação da oposição tenta atingir uma clara credibilidade que a gestão Fátima tem até agora.

“A oposição se aproveita, claro, porque o grande trunfo do governo Fátima é que você não pode, em política, perder a credibilidade. Se perder popularidade, você reverte. Agora, o governo não perdeu credibilidade por isso: não tem escândalo de corrupção. Se houver uma crise de credibilidade com eventos dessa natureza, é um complicador”, disse.

Dr. Bernardo afirmou que não acredita em irregularidades por parte da equipe da governadora, com base no que conhece das pessoas envolvidas na gestão: “Eu não quero crer, pelo que conheço do pessoal do governo, que tenha esse tipo de coisa. Pedro Lopes, Cadu, Álvaro Bezerra, Silvio Torquato, Aldemir Freire, são pessoas muito centradas. Não vejo esse ‘toma lá, dá cá’, essa negociação”, garante.

Ele ressaltou ainda que recebeu uma defesa da Secretaria de Educação sobre a licitação de R$ 50 milhões para aluguel de Chromebooks, suspensa pelo TCU. “Eles mostraram que, em outros estados, esse mesmo aluguel foi até cem reais mais caro do que aqui no RN. Eles defendem que a coisa é legal e que os preços estariam dentro dos valores praticados no país”, afirmou.

Zenaide e carreira solo
Durante a entrevista, o deputado também comentou a situação da senadora Zenaide Maia (PSD), diante da pressão que a pré-candidata à reeleição vem sofrendo, de um lado, do grupo governista – ao qual o deputado faz parte, e de outro, de Allyson Bezerra (UB), parceiro político que pertence à ala à direita.

Ele reconheceu que a conjuntura tem se tornado difícil para a parlamentar, inclusive para ele, que é seu aliado e declarou voto nela para o Senado.

“É uma situação complicada para algumas lideranças, inclusive para mim, que sou ligado a Zenaide. A situação no Estado está muito nebuloso. Realmente fica difícil para ela ter parceria tanto com Styvenson, quanto com Fátima. Ela vai ter que, realmente, fazer carreira solo. É uma situação muito complexa”, observa.

Dr. Bernardo apontou que o movimento de Styvenson Valentim (PSDB) em se lançar ao Senado ao lado de Álvaro Dias (Republicanos) tem como objetivo justamente impedir que Zenaide cresça na disputa. “Styvenson tenta ser candidato a senador junto com Rogério [ao Governo] e Álvaro exatamente para isso. Porque se sair ele e Zenaide, o segundo voto dele iria para ela. E ela ainda teria o segundo voto de quem vota em Fátima. Agora, se sair ele e Álvaro, o segundo voto da direita vai pra Álvaro. É estratégico. Ele precisa enfraquecer Zenaide”, disse, acrescentando que Styvenson não quer aceitar Allyson para ter “que aceitar a reboque Zenaide”.

Cadu Xavier precisa “sair da bolha do PT”
Ao avaliar o contexto eleitoral do grupo ao qual faz parte, Dr. Bernardo também comentou a pré-candidatura de Cadu Xavier (PT) ao Governo. Ele reconheceu que o nome cresceu nas últimas pesquisas, mas ponderou que é preciso alcançar outros segmentos do eleitorado.

“O crescimento foi substancial. Ele conseguiu ultrapassar a barreira dos 20%, e isso é importante, porque as pessoas querem fazer o voto útil, votar em quem tem chance. Mas ele precisa sair um pouco da bolha do PT, porque ele é um político que consegue penetrar em outros grupos, até no empresariado”.

O deputado citou como exemplo recente a participação de Cadu em convenções do PT em Apodi e Janduís. “Eu acho que não é por aí. Precisa aparecer com outros grupos também. Eu não vejo problema ser ‘o candidato de Lula’, mas se ficar só com o PT, é complicado”, finalizou.


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GRUPO INTERFORT RECEBE HOMENAGEM DA ASSEMBLEIA PELOS 25 ANOS DE ATIVIDADE

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O grupo empresarial Interfort foi homenageado pelos seus 25 anos de atividade empresarial, durante Sessão Solene realizada nesta quinta-feira (03), no Plenário da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte. A solenidade contou com a presença de lideranças políticas e empresariais, além de colaboradores da empresa.

Líder de segurança bancária no Nordeste e uma das 10 maiores empregadoras no setor de facilites do Brasil, a organização é dirigida pelo empresário potiguar Edmilson Pereira, seu CEO e fundador. “O grupo Interfort simboliza o sucesso e a obstinação empreendedora de um homem dotado de uma determinação inabalável para alcançar seus objetivos”, disse o propositor da homenagem, deputado Tomba Farias.

O parlamentar enfatizou ainda que celebrar os 25 anos do grupo interfort tem, para ele, um significado especial. “Essa empresa tem raízes na minha querida cidade de Santa Cruz, onde nasceu o empresário Edmilson Pereira, que gera emprego e renda para cerca de 16 mil colaboradores, garantindo para suas famílias bem estar e justiça social”, lembrou.

Tomba Farias destacou também os desafios de empreender no Brasil, incluindo alta carga tributária, burocracia excessiva, dificuldade de acesso ao crédito e instabilidade econômica. “Eu tiro o chapéu para os homens e mulheres, empresas e empresários que cotidianamente encaram os desafios que lhes são impostos para levar adiante a nobre missão de gerar renda e bem-estar social”, enfatizou.

Por sua vez, Edmilson Pereira, ao agradecer a homenagem, destacou que uma empresa completar 25 anos no Brasil é um desafio que exige coragem para resistir, capacidade de se reinventar e uma fé inabalável no trabalho. “É isso que move esta empresa desde sua fundação: a crença de que, mesmo em meio às adversidades econômicas, políticas e sociais, é possível construir uma trajetória sólida, responsável e comprometida com o desenvolvimento do país e, sobretudo, com o progresso da nossa terra, o Rio Grande do Norte”, assinalou.

O empresário ressaltou que 25 anos de atividade empresarial é mais do que contar o tempo; é afirmar a convicção no poder transformador do desenvolvimento, do empreendedorismo e da geração de oportunidades.

“Foi daqui, do nosso Rio Grande do Norte, que a Interfort se lançou para conquistar seu espaço no mercado e fez o caminho inverso, indo do Nordeste para o Sudeste para se consolidar com um crescimento exponencial atuando em 530 cidades de 23 estados brasileiros”, revelou.

Por indicação do próprio grupo Interfort, o deputado Tomba Farias também homenageou personalidades que, em suas áreas de atuação, contribuem para o fortalecimento da livre iniciativa, como o empresário Marcelo Queiroz, presidente da Fecomércio RN, coronel Francisco Canindé de Araújo Silva, secretário estadual de Segurança Pública e Defesa Social, Saulo Pessoa Batista dos Santos, especialista em gestão de segurança pública e privada, além de Edson Nunes Pereira e Elizama Freire Fernandes, que são colaboradores da empresa há 25 e 17 anos, respectivamente.


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APÓS FLAGRA DE VÍDEO, LUIZ EDUARDO DIZ QUE VAI “TOMAR O PODER NO VOTO”

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Foi no embalo da zabumba e no meio da empolgação festiva que o deputado estadual Luiz Eduardo (SDD) se soltou e declarou com entusiasmo: “Eu vou tomar o poder de volta… e tirar os traíras, covardes e ingratos!”. Sem microfone, sem discurso oficial, mas com toda a espontaneidade de quem misturou política e ressentimento com forró e uns “bebericos”, o deputado reviveu sua rixa pública com a prefeita Nira, que já foi sua aliada e vice-prefeita, e hoje é, nas palavras dele, parte da ala da “traição”.

O vídeo correu rapidamente em grupos de whatsapp e, embora o tom tenha soado para muitos como ameaça, Luiz Eduardo garantiu ao Diário do RN que tudo não passou de uma resposta “bebericada” a um pedido de saudade.

“Lá na festa, a gente bebericando, aí a pessoa perguntou: ‘nós estamos com saudade, vai voltar quando?’, e nós dissemos: ‘vamos voltar, tomar o poder desses traíras, desses covardes, desses ingratos’”, explicou, sem demonstrar arrependimento. “Mantenho a palavra, não fiz nada demais”, complementou em conversa com a reportagem.

Entretanto, o deputado quis deixar claro: o plano é tomar o poder sim, mas só “no voto”. “Vamos tirar politicamente, eleitoralmente, no voto. Vamos tomar o poder, agora, democraticamente. Não se toma o poder no voto? Não tem outro jeito”, ressaltou ele.

Segundo ele, a promessa de “voltar” pode acontecer antes do previsto. “Em 2028 ou se houver [eleição] suplementar”, observa. Segundo o deputado, há uma ação na Justiça Eleitoral movida pela antiga oposição local sobre supostas irregularidades na campanha da atual prefeita. “Tem provas robustas, e a tendência é cassação. A sentença pode sair até 20 de julho”, afirmou.

A mágoa, porém, não é recente. Luiz Eduardo recorda que renunciou três anos de mandato para disputar a eleição à Assembleia Legislativa e entrou na campanha de Maxaranguape ao lado de Nira. “Ela perdia a eleição sem mim. Tava na pesquisa em março perdendo de três para um.

Entrei, viramos o jogo, ganhamos por 1.500 votos. E, 23 dias depois, romperam comigo”, explicou.

O rompimento com a prefeita Nira já rendeu até desentendimentos acalorados na Assembleia Legislativa com a deputada Eudiane Macedo (PV), em torno de disputas por protagonismo político local, em questões sobre obras de uma escola em Maxaranguape.


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ZENAIDE ENCURRALADA ENTRE O GOVERNO FÁTIMA E A DIREITA DE ALLYSON BEZERRA

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A senadora Zenaide Maia (PSD) se vê em meio a uma encruzilhada política que deverá definir seu futuro em 2026. Vice-líder do Governo Lula no Senado, Zenaide mantém aliança com o campo progressista no plano nacional, é da base do PT no Estado, mas cultiva relação política com o prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra (UB). O projeto, inicialmente, é manter a parceria com o gestor e provável candidato ao Governo até 2026. No entanto, o prazo toma ares de indefinição com as articulações eleitorais. Pelo menos até Zenaide se definir sobre para qual caminho deverá seguir na disputa do ano que vem: a direita ou a esquerda.

Opositores políticos, o pré-candidato ao Governo e aliado direto da governadora Fátima Bezerra (PT), Cadu Xavier (PT), e o prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra, têm uma opinião em comum: ambos condicionam a decisão de Zenaide à permanência dela em seus respectivos grupos.

Cadu deixou claro que não haverá espaço para uma “candidatura solo” ao Senado. Em resposta direta à possibilidade de Zenaide tentar manter pontes com os dois lados, Xavier foi categórico:
“O candidato ao Senado que estará ao lado da governadora, seja quem for, necessariamente terá que estar no mesmo palanque que nós, defendendo a minha candidatura no momento da eleição, defendendo o legado do Governo da professora Fátima. E, respondendo bem objetivamente: esse candidato ou candidata ao Senado estará no nosso palanque, defendendo o Governo da professora Fátima e a minha eleição como governador do Estado no ano que vem”, frisou o pré-candidato em entrevista à 98 FM, nesta quarta-feira (02).

A pressão indica que a formação da chapa ao Senado com a governadora Fátima Bezerra deverá implicar, necessariamente, no rompimento de Zenaide com Allyson Bezerra, que já se colocou publicamente como parte da direita potiguar, formada por lideranças como Rogério Marinho (PL), Styvenson Valentim (PSDB), Álvaro Dias (Republicanos) e Paulinho Freire (UB).

Deste outro lado, conforme publicado pelo Diário do RN nesta quarta-feira, o prefeito de Mossoró já deixou claro que a manutenção do vínculo com a senadora depende da escolha que Zenaide fará em 2026: ou permanece ao lado do sistema governista liderado por Fátima Bezerra (PT), ou migra para o projeto oposicionista.

“Zenaide está enviando muitos recursos para Mossoró e tem sido muito bem aceita pela cidade.

Então, há esse trabalho conjunto, essa ligação política. A não ser que amanhã a senadora diga: ‘não, Allyson, vou estar em outro local, eu vou estar disputando com outro grupo, eu vou estar me colocando como candidata ligada ao Governo do Estado’”, afirmou o prefeito em entrevista à 96 FM nesta segunda-feira (30). Ele classificou a relação com Zenaide como “institucional” e deixou subentendido que sua continuidade depende de um alinhamento eleitoral. A vice-líder do governo Lula já enfrenta dificuldades no alinhamento ideológico com a ala da direita.

O recado é direto: se Zenaide optar por seguir com o projeto da governadora Fátima Bezerra, perde espaço na construção de uma aliança com a direita potiguar. O principal obstáculo vem de Rogério Marinho (PL), líder do bolsonarismo no RN, que já afirmou publicamente que não aceita a presença de Zenaide em seu palanque. A vinculação da senadora ao governo Lula, segundo Marinho, é um impeditivo incontornável para a aliança.

O Diário do RN tentou contato com a senadora Zenaide, mas não obteve retorno até o fechamento desta edição.


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PAULINHO ASSUME MISSÃO DE MANTER FRENTE UNIFICADA DA DIREITA NO RN

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“Paulinho é uma das pessoas mais indicadas. O prefeito Paulinho vai estar conversando com cada um deles”. A fala do prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra (UB), em entrevista à 96 FM na segunda-feira (30), reforça o papel que já vinha sendo atribuído a Paulinho Freire nos bastidores da política potiguar: o de conciliador da direita. À frente da Prefeitura de Natal pelo União Brasil e com trânsito livre entre as principais lideranças do campo oposicionista, Paulinho surge como peça-chave para a manutenção de uma frente unificada contra o grupo governista liderado pela governadora Fátima Bezerra (PT).

A tarefa, no entanto, não é das mais simples. A direita potiguar tem hoje não apenas múltiplas lideranças com densidade política, mas também pelo menos três nomes colocados – oficialmente ou não – como pré-candidatos ao Governo do Estado: Rogério Marinho (PL), Álvaro Dias (Republicanos) e o próprio Allyson Bezerra. Neste cenário, caberá a Paulinho costurar consensos e aparar arestas num grupo onde as ambições pessoais e os interesses partidários correm em paralelo à intenção de formar um palanque competitivo em 2026.

Paulinho carrega consigo o trunfo da sua atuação enquanto presidente da Câmara de Natal e da articulação bem-sucedida nas eleições municipais de 2024, quando conseguiu reunir, em torno do seu nome à Prefeitura de Natal, nomes como José Agripino Maia, presidente do União Brasil no RN, Rogério Marinho, Álvaro Dias e o senador Styvenson Valentim (PSDB), além dos 24 vereadores da Câmara da capital. Antes disso, em 2021, conseguiu o feito da aprovação do novo Plano Diretor de Natal, um projeto que se arrastava há anos e muitas gestões sem que se alcançasse um consenso na Casa Legislativa Municipal.

Paulinho consolidou sua imagem como agregador e interlocutor confiável, atributo reconhecido até por veteranos da política potiguar. Em 2022, ao ser homenageado pela Câmara Municipal, Agripino o definiu como “interlocutor com quem é agradável negociar”, destacando sua habilidade rara no meio político. Durante sua pré-candidatura à Prefeitura em 2024, foi apontado por aliados como aquele que “mais agrega partidos políticos e corrente de aliados”.

Agora, a situação é igualmente desafiadora: manter unido um grupo que, apesar da convergência ideológica, se divide na estratégia de escolha do candidato ao Governo. De um lado, Rogério Marinho e Álvaro Dias defendem um critério mais político, baseado em articulação regional e alianças. Do outro, a ala liderada por José Agripino aposta na objetividade das pesquisas de opinião, que atualmente favorecem Allyson Bezerra.

Essa disputa interna tende a refletir diretamente na formação da chapa majoritária na escolha para o Senado. Nesse ponto, Styvenson Valentim entra como um fator decisivo. Com desempenho consolidado nas pesquisas e acordos prévios com Rogério Marinho, o senador é considerado carta quase obrigatória na composição, o que pode definir os encaixes entre partidos da coalizão.

A missão de Paulinho Freire será, portanto, encontrar o ponto de equilíbrio entre performance eleitoral, peso político, acordos já firmados e a expectativa de renovação no campo da direita. Ele precisará colocar na prática o que todos defendem na teoria: construir um ambiente onde os interesses individuais não sobreponham o objetivo coletivo de derrotar o grupo da situação.


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GOVERNO REAGE À “DESINFORMAÇÃO” SOBRE INAUGURAÇÃO DA ADUTORA APODI-MOSSORÓ

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A inauguração da adutora Apodi-Mossoró, realizada na última sexta-feira (27) pela governadora Fátima Bezerra (PT), em Governador Dix-Sept Rosado, no Oeste potiguar, se transformou em um dos temas virais pela direita potiguar e nacional nos últimos dias. O motivo: a imagem da governadora abrindo simbolicamente uma torneira em praça pública, como parte da entrega da obra, viralizou nas redes sociais e foi usada por figuras da oposição para ironizar a ação, rotulando o evento como a “inauguração de um cano”.

A resposta do Governo do Estado e da Companhia de Águas e Esgotos do RN (Caern) veio em tom duro. O diretor-presidente da Caern, Roberto Linhares, classificou as críticas como desinformação e tentativa de distorcer uma entrega de grande impacto hídrico. “Querem explorar de forma totalmente inadequada, com desinformação. Não dá para dizer que um investimento de R$ 200 milhões, sendo R$ 82 milhões só do Governo do Estado, é inauguração de um cano de 25.

Isso é piada”, disse Linhares.

Segundo ele, o vídeo do jorro d’água na torneira foi apenas a forma simbólica de mostrar o resultado final de um complexo sistema de abastecimento. “Todos sabem que o fim de uma captação de água, seja de poço ou adutora, termina num tubo de 25 ou 32 com uma torneira na ponta. A população quer ver água chegando na torneira, na descarga da sua casa, e foi isso que mostramos: água com pressão, de qualidade, pronta para o uso”, explicou.

A obra, segundo a Caern e o Governo estadual, é uma derivação do sistema Apodi-Mossoró, com capacidade de fornecer 120 mil litros de água por hora para Dix-Sept Rosado – cidade que vinha enfrentando colapso no abastecimento, com o único poço da cidade operando com apenas 30% da capacidade. Segundo Linhares, a obra estava paralisada.

“Sobre a população beneficiada, não são somente os 11 mil habitantes de Governador Dix-Sept Rosado, mas os quase 350 mil habitantes de Mossoró”, ressaltou o presidente da Companhia de Águas.

No perfil “RN Fato ou Fake”, o Governo do Estado classificou como falsa a informação de que a governadora tenha inaugurado apenas um cano de meia polegada. “Na verdade, Fátima participou da inauguração da adutora Apodi-Mossoró, estrutura construída para garantir segurança hídrica para Governador Dix-Sept Rosado. O investimento nessa obra foi de R$ 82 milhões”, diz a nota oficial.

O governo também informou que 70% da água que abastece hoje o município já vem da nova adutora, que capta no sítio Carrasco, em Apodi. E anunciou o início dos estudos para levar o fornecimento também à comunidade rural de Chico Rêgo.

Reações da oposição
A simbologia da torneira ganhou outras leituras nas redes sociais. O vereador paulistano Rubinho Nunes (União Brasil) ironizou no X (antigo Twitter): “Esse é o ‘progresso’ da esquerda: Boulos ‘descobre’ a cisterna, Fátima inaugura uma bica. Agora sim, a sede do Nordeste acabou”.

A deputada Rosângela Moro, esposa do senador Sergio Moro, usou o Instagram para ironizar: “A governadora do PT, Fátima Bezerra, foi lá e inaugurou um cano. Sim, UM CANO. Soltou um ‘Teje entregue!’ e saiu do palco achando que reconstruiu o Nordeste inteiro”.

O senador potiguar Styvenson Valentim (PSDB), opositor ferrenho do Governo estadual, também entrou na onda: “Como levar um governo desse a sério?”.

Para Roberto Linhares, a reação da oposição é “desmoralizada e absurda”. Ele lembrou que a obra estava parada há mais de dez anos, e só foi concluída graças ao aporte do Governo do RN, via Caern. “Só o tubo de ferro fundido custa R$ 2,5 milhões por quilômetro. O poço perfurado tem custo estimado em R$ 5 a R$ 6 milhões. É uma estrutura robusta, que trouxe segurança hídrica definitiva para uma população que estava prestes a ficar sem água”.

O dirigente destacou ainda que os críticos evitam falar nos números: mais de R$ 200 milhões investidos no total, quase 350 mil habitantes beneficiados direta ou indiretamente, e uma obra que devolveu dignidade a uma cidade inteira.


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ALLYSON BEZERRA CONDICIONA ALIANÇA COM ZENAIDE À POSIÇÃO SOBRE FÁTIMA

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O prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra (União Brasil), é aliado político de Zenaide Maia desde 2022, com parceria fortalecida para 2024 e prometida para 2026. Entretanto, o prefeito deu sinais de que pode mudar os rumos das conversas com a parceira política, caso ela vá de encontro às suas pretensões eleitorais para 2026, como parte da direita potiguar. Em fala recente, Allyson classificou a parceria com Zenaide como “institucional”. O prefeito fez uma ressalva clara: a continuidade dessa relação dependerá de qual lado ela escolherá em 2026.

“Zenaide está enviando muitos recursos para Mossoró e tem sido muito bem aceita pela cidade.

Então, há esse trabalho conjunto, essa ligação política. A não ser que amanhã a senadora diga: ‘não, Allyson, vou estar em outro local, eu vou estar disputando com outro grupo, eu vou estar me colocando como candidata ligada ao Governo do Estado”, disse ele em entrevista à 96 FM, nesta segunda-feira (30).

O aceno implícito é que, caso Zenaide caminhe com o projeto da atual governadora Fátima Bezerra (PT), perde espaço em uma eventual aliança com o bloco liderado por Rogério Marinho, o principal nome do bolsonarismo no Estado e um dos que mais rejeitam a presença da senadora no grupo oposicionista. Zenaide é vice-líder do Governo Lula no Senado, principal impeditivo, segundo Rogério, para a aliança.

A fala de Allyson revela que, enquanto busca aparar arestas com nomes da oposição, ele sabe que também precisa respeitar as linhas ideológicas traçadas pelo núcleo mais duro da direita, especialmente por Marinho, que já deu sinais públicos de que não aceita Zenaide em seu palanque.

Styvenson Valentim
A disposição em atender requisitos do grupo para unificar a oposição em um palanque só foi evidenciada pelo prefeito quando buscou demonstrar habilidade política em comentário sobre Styvenson Valentim (PSDB), com quem tem as maiores divergências políticas.

Embora tenha reconhecido tensão com Styvenson, o prefeito sinalizou que está disposto ao diálogo dentro do campo da direita, que tenta se consolidar como frente unificada contra a governadora Fátima Bezerra (PT).

“Styvenson não é empecilho”, afirmou Allyson, em resposta sobre a possibilidade de composição com o senador no mesmo palanque, com quem mantém uma relação marcada por críticas mútuas recentes. Em um gesto de descompressão, Allyson ressaltou que o parlamentar “tem enviado recursos para instituições do estado inteiro” e que não vê obstáculos em uma conversa “seja no gabinete dele, em Mossoró ou em outro local”. A declaração do prefeito foi na 96 FM, nesta segunda-feira (30).

O tom conciliador com Styvenson demonstra empenho do grupo oposicionista — que reúne nomes como Rogério Marinho (PL), Álvaro Dias (Republicanos) e o próprio Allyson — para evitar o fracionamento da direita potiguar. O campo, embora heterogêneo, tem demonstrado a intenção de marchar unido nas eleições de 2026 para enfrentar o sistema governista e o PT no Estado, assim como no plano nacional. No entanto, tensões internas, como a que existe entre o prefeito e o senador, seguem como obstáculos, compelindo suas lideranças a buscar entendimento.

O prefeito também comentou, de forma protocolar, a ausência de Rogério Marinho no seu camarote durante o Mossoró Cidade Junina. “Convidei, ele estava no camarote do outro lado, mas acabou que não nos encontramos”, disse, sem demonstrar incômodo. Mencionou ainda que o prefeito de Natal, Paulinho Freire (UB), também tem atuado como articulador para unidade da direita e “vai estar conversando com cada um deles”.


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DE OLHO EM 2026, ALLYSON BEZERRA REFORÇA ALIANÇA ‘UNIÃO PROGRESSISTA’

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A nomeação da ex-prefeita de Messias Targino, Shirley Targino (PP), para a Secretaria de Assistência Social de Mossoró, prevista para esta sexta-feira (5), marca mais do que uma movimentação administrativa: é um gesto político que reforça a aliança entre o prefeito Allyson Bezerra (União Brasil) e o PP, presidido no RN pelo deputado federal João Maia, marido de Shirley.

Ela assume uma das pastas mais estratégicas da administração municipal.

“Já vinha me encontrando nos bastidores com Allyson até que um dia ele disse: ‘Shirley, eu queria dar uma visibilidade à assistência social em Mossoró, você topa assumir a pasta?’ Nem gaguejei, respondi de imediato”, contou a ex-prefeita ao Diário do RN.

Embora afirme que a conversa com Allyson não tratou sobre as eleições de 2026, o simbolismo da nomeação é inevitável. “Esse assunto não entrou na conversa em momento nenhum. Mas nossos partidos são aliados, isso já está alinhado. A federação já existe. Se ele for candidato, o apoio do PP é certo”, declarou.

A escolha também foi comentada pelo ex-senador José Agripino Maia, presidente do União Brasil no RN, que se reuniu com Allyson na véspera do anúncio. “A aliança que foi feita é para conviver e distribuir oportunidades. Quem é Shirley? Um quadro de grande qualidade. Pode ajudar na administração e na consolidação da aliança da federação? Claro que sim. É um óbvio, evidente”, afirmou.

Agripino destacou que a presença do PP na gestão mossoroense, mais do que um aceno de cortesia política, é parte da construção de uma coalizão com pretensões estaduais. “Nada mais razoável do que, na administração de Mossoró, você ter a federação representada”, pontuou.

“A secretaria vai estreitar esse relacionamento”, se refere Shirley ao falar sobre a nomeação, que deve aprofundar os laços entre o prefeito e o PP, ampliando a base política de Allyson em um momento em que seu nome é constantemente citado nas rodas políticas como possível candidato ao Governo do Estado.

“Nas cidades, as pessoas citam que Allyson nunca esteve lá e, mesmo assim, nas pesquisas está disparado para governador. Ele está na boca do povo. Por mais que ele não queira assumir que é candidato, a população assume que ele é. É um reconhecimento da gestão dele”, analisou Shirley, lembrando que o PP e João Maia têm uma “estrutura grande, com lideranças e 20 prefeituras”.

Posse
A cerimônia de posse deve ocorrer na próxima sexta-feira (04), com presença de João Maia, que deverá vir de Brasília para o evento.

A ex-prefeita se refere à nova função como uma oportunidade de aprofundar a atuação na área social, em que já tem passagem como secretária estadual, entre 2013 e 2014, durante a gestão de Rosalba Ciarlini. “Vamos fazer um trabalho em todas as áreas da assistência social. A secretaria em Mossoró é muito grande, e essa experiência anterior me dá suporte”, garantiu.

Shirley também falou da identificação pessoal com a cidade. “Já morei em Mossoró, meu filho nasceu lá. Saí quando ganhei a prefeitura de Messias Targino, em 2005. Tenho identificação com Mossoró”.

Shirley Targino é uma figura consolidada na política potiguar. Foi prefeita de Messias Targino por quatro mandatos e tem prestígio em diversos municípios do interior.


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ÁLVARO DIAS CRITICA FALA DE STYVENSON VALENTIM: “TODA DIVISÃO É PREJUDICIAL”

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O ex-prefeito de Natal, Álvaro Dias (Republicanos), adotou um tom conciliador em relação à unidade da direita sobre o clima de tensão dentro do grupo de oposição ao Governo do Estado, especificamente sobre o senador Styvenson Valentim (PSDB) e o prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra (UB). Álvaro defendeu, ao ser questionado pelo Diário do RN, que o momento é de diálogo para fortalecer a oposição em 2026.

“Eu não quero julgar ninguém, prefiro me omitir de emitir opinião sobre atos ou atitudes de quem quer que seja, de terceiros. O que eu posso falar é sobre mim. Vou procurar conversar, dialogar, o tempo que for necessário para unir o grupo”, afirmou.

A fala do ex-prefeito acontece após Styvenson ironizar a possibilidade de dividir palanque com o prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra, colocado como pré-candidato ao Governo do RN como um dos possíveis nomes da oposição. O senador afirmou, em tom de desafio, que se Allyson entrar no grupo da oposição, ele sai: “Ele entra, eu saio. Simples assim”, colocou. A fala do senador foi feita na 96 FM, na última sexta-feira (27), após ser questionado se seria ele um empecilho para a presença do prefeito de Mossoró no grupo.

A tensão evidenciada por Styvenson acontece por dificuldades de relações políticas entre o senador e o prefeito mossoroense, situação que existe desde 2021. Na entrevista, Styvenson insinuou falta de transparência em recursos destinados à área da saúde em Mossoró, mencionando o envio de verba para cirurgias eletivas sem a devida prestação de contas sobre a execução do serviço.

Sobre esta tensão, Álvaro Dias negou ter discutido sobre o assunto com Styvenson ou com o senador Rogério Marinho (PL): “Não conversei com Styvenson ainda sobre isso, não conversei com Rogério sobre isso especificamente porque eu acho também que não é hora. A hora de definição é no próximo ano. As convenções são no final de julho [de 2026]”.

O ex-prefeito, no entanto, reiterou a importância da convergência política. “A oposição tem de procurar caminhar unida e, no momento adequado, vamos nos reunir, conversar, trocar ideias, tentar dirimir dúvidas, superar divergências, priorizar as convergências”, defendeu ele, que acredita na superação de divergências.

“A oposição unida elege a chapa majoritária. Toda divisão é ruim, é prejudicial. Então eu acho que o caminho é tentar união, no momento certo, oportuno”, complementou.

Apesar de ter afirmado ser cedo para as definições, Álvaro Dias tem se reunido com alguns nomes, como o próprio Allyson Bezerra, com quem não costumava ter proximidade política, e com o prefeito da capital, Paulinho Freire (UB). Ele negou que o encontro om seu sucessor tenha tratado de política: “Conversei com Paulinho, mas não especificamente sobre política, conversei com ele sobre a gestão, como é que as coisas estão”.

Sobre encontro com Allyson, Dias admitiu ao Diário do RN, em 18 de junho, que as conversas tiveram conteúdo político, e admitiu ser possível chapa formada por ele e Allyson Bezerra, sem descartar Zenaide Maia. “Acordamos de caminhar juntos, de continuar conversando”, afirmou na ocasião.

Na entrevista à 96 FM, Styvenson afirmou que ele não é o empecilho para que Allyson se integre ao grupo da direita, e sim a parceria com Zenaide Maia (PSD), que é vice-líder do Governo Lula no Senado.

O Diário do RN buscou contato com o prefeito Allyson Bezerra, citado nas falas do senador Styvenson, mas não obteve retorno até o fechamento desta edição.


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GENERAL GIRÃO REFORÇA APOIO A ROGÉRIO MARINHO APÓS DECLARAÇÃO DE BOLSONARO

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Durante o ato realizado neste domingo (29), na Avenida Paulista, em São Paulo, o ex-presidente Jair Bolsonaro elevou o senador Rogério Marinho (PL‑RN) ao status de “grande ídolo do Rio Grande do Norte”. Segundo Bolsonaro, Marinho, que não foi reeleito deputado federal em 2018, “levou água para o Nordeste e fez milhares de obras”, sendo eleito senador numa vaga única e se tornando um nome de grande peso no Estado.

Bolsonaro destacou que “agora ele é o grande ídolo do Rio Grande do Norte”, ao citar sua trajetória de entregas para a população nordestina e lembrar suas votações posteriores.

Em conversa com o Diário do RN, o deputado federal General Girão (PL) reiterou e endossou integralmente o discurso do ex-presidente bolsonarista. Para Girão, Marinho tem respaldo para ser um destaque nacional.

“Rogério Marinho é um líder político muito importante, com prestígio nacional e grande relevância dentro do PL. Ele será sempre um nome de destaque para qualquer posição de um Governo”, afirma sobre o líder da oposição no Senado Federal.

Para o deputado, o nome de Rogério é o melhor nome para o Governo do RN, como representante da oposição na disputa do ano que vem. “Em relação ao Rio Grande do Norte, Rogério Marinho é, certamente, o mais credenciado para reconstruir o nosso Estado. Ele segue sendo o nome da direita para o RN!”, completou.

Essa declaração ocorre em um contexto de crescimento da projeção nacional de Marinho. Em recente pesquisa divulgada pela Paraná Pesquisas, ele foi incluído no radar de possíveis candidatos bolsonaristas à presidência da República. Marinho mantém cautela sobre a dimensão nacional de sua atuação: “Por mais que eu esteja fazendo esse trabalho como líder da oposição [no Senado], tem que rodar muito para ter projeção nacional. É outra dimensão”, disse, em conversa com o Diário do RN na última quarta-feira (25), após divulgação da pesquisa nacional.

O senador, apesar da sondagem, descartou e confirmou ao Diário do RN que é pré‑candidato a governador do Estado. Marinho reforça que trabalha não apenas na construção de um projeto próprio, mas também na articulação para unir todo o campo oposicionista em torno de uma candidatura única em 2026.


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GUSTAVO: “PROCESSO DE LICITAÇÃO FOI TÉCNICO, IMPESSOAL E TRANSPARENTE”

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O Governo do Rio Grande do Norte, por meio da Secretaria Estadual de Infraestrutura (Seinfra), rebateu as denúncias de irregularidades na licitação para a construção do novo Hospital Metropolitano, projeto orçado em cerca de R$ 200 milhões. Após denúncia apresentada ao Tribunal de Contas da União (TCU), o processo foi suspenso temporariamente para apuração de suposto favorecimento à empresa vencedora, o consórcio liderado pela Construtora Ramalho Moreira. O secretário de Estado de Infraestrutura do RN, Gustavo Coelho, conversou com o Diário do RN.

“Todo o processo é eletrônico, público, transparente. Desde o edital até os anexos, tudo está no PNCP [Portal Nacional de Compras Públicas]. Mais claro e impessoal, impossível. As empresas tiveram total condição de impugnar ou questionar as etapas, e nós respondemos a todos os questionamentos com clareza”, afirmou à reportagem.

Segundo o titular da pasta responsável pelo processo, todas as etapas foram conduzidas seguindo as normas da Lei de Licitações 14.133/2021 e dentro do Portal Nacional de Compras Públicas (PNCP).

“Isso tudo está dentro de um regramento que a gente estabelece em todas as licitações que nós fazemos, com toda a transparência, com toda a objetividade, dentro da licitude que exige. Graças a Deus, por isso é que a gente de fato não pode concordar em hipótese alguma com qualquer ilação feita sobre favorecimento, irregularidade ou fraude ou qualquer coisa parecida, realmente isso não existe nem vai existir enquanto eu estiver nessa função”, garante Gustavo Coelho.

A denúncia recebida pelo TCU alega que houve direcionamento para beneficiar o consórcio classificado em quarto lugar, desconsiderando propostas consideradas mais vantajosas. No entanto, Coelho detalhou os motivos técnicos para a desclassificação das empresas anteriores:
Sobre a empresa 1ª colocada, Comtérmica, “apresentou documentos ilegíveis. O sistema abriu prazo de duas horas para correção, mas a empresa não respondeu nem pediu prorrogação, o que teria sido aceito. Sem resposta, fomos obrigados a desclassificar, como manda a lei”, explicou Coelho.

Já sobre a 2ª colocada, Uchoa Construções Ltda, o secretário explicou: “Os documentos estavam legíveis, mas a empresa não comprovou todas as parcelas de maior relevância, exigidas no edital.

Por exemplo, não apresentou experiência com unidades hospitalares com área superior a 10 mil m². Esses critérios estavam definidos previamente e são obrigatórios”.

Em relação à empresa classificada em 3ª colocação, “pediu prorrogação, que foi concedida, mas não apresentou nenhum documento dentro do novo prazo. Simplesmente silenciou. O sistema seguiu seu curso”, esclareceu Gustavo Coelho.

Seguindo o processo, o consórcio formado por Ramalho Moreira, A. Gaspar e Edicom foi o primeiro a cumprir todos os critérios técnicos e jurídicos estabelecidos no edital.

“As planilhas estavam corretas, todos os itens das parcelas de maior relevância foram atendidos.

Houve conferência dupla da documentação antes da publicação do resultado”, explicou o secretário.

No acórdão nº TC 009.048/2025-1, a unidade instrutora do TCU (AudContratações) manifestou-se pela presença de pressupostos para a adoção de medida cautelar.

O TCU determinou a suspensão da licitação para apurar possíveis irregularidades, entre elas, a inabilitação da primeira colocada por documentos supostamente ilegíveis sem detalhamento; exigência de elevadores com “seis paradas”, considerada desproporcional; ausência de fundamentação pública em atos da comissão; relação prévia entre a empresa vencedora e o Governo estadual.

No item 10 do Acórdão, por exemplo, a unidade técnica do TCU descarta argumento das denúncias sobre a inabilitação da primeira colocada. “Entendeu que a diligência foi regularmente instaurada e que o prazo concedido, embora curto, encontrava amparo no edital, não havendo ilegalidade na decisão da comissão”.

Já sobre a desclassificação da segunda colocada, o corpo técnico e o relator concordam que a exigência de comprovação de experiência com elevadores de exatamente ‘seis paradas’ “mostra-se um formalismo de questionável”. Além disso, alega que a rejeição da proposta mais vantajosa atenta contra o princípio da economicidade, já que a proposta era R$ 3,2 milhões inferior.

A licitação foi homologada em 10 de junho em favor da empresa Construtora Ramalho Moreira Ltda., pelo valor de R$ 200.777.000,00.

O Tribunal também solicitou oitivas da Seinfra e da empresa vencedora, além de documentação complementar, propostas de ações corretivas e subsídios sobre o impacto de um eventual retorno à fase de julgamento das propostas.

O secretário Gustavo Coelho frisou que o Estado não interfere nas decisões técnicas. “Nós vamos ao Tribunal de Contas, que entendeu que era necessário que nós prestássemos esses esclarecimentos; nós vamos fazer por escrito para o TCU. Não houve nenhuma restrição no processo, nenhum favorecimento. As decisões foram tomadas com base em critérios técnicos claros, estabelecidos antes do início da licitação”, reforça o secretário.


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CORONEL HÉLIO DEFENDE CANDIDATURA AO SENADO: “MEU DISCURSO É A COERÊNCIA”

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Presidente do PL em Natal e pré-candidato ao Senado, o coronel da reserva Hélio Oliveira afirmou ao Diário do RN que vem cumprindo um acordo de viabilidade firmado com o senador Rogério Marinho, principal liderança do partido no Estado. Com um discurso alinhado à direita ideológica e defensor da pauta da liberdade, Coronel Hélio avalia como legítimas as movimentações de outras lideranças, mas deixa claro que está trabalhando viabilidade eleitoral para momento de formação de chapas.

“Estou cumprindo um compromisso assumido entre ambas as partes, que é a viabilidade eleitoral. O senador Rogério Marinho, que é o líder do partido no estado e da oposição nacional no Senado, foi muito claro: vamos fazer uma pesquisa no fim do ano. Então eu não estou muito preocupado. Estou apenas fazendo o que foi combinado”, disse.

Coronel Hélio reconhece que outros nomes, com maior experiência, se colocam como opções para a chapa majoritária ao Senado pela oposição. Entre eles, o prefeito de Natal, Álvaro Dias (Republicanos), o prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra (UB), além de Styvenson Valentim (PSTU), tido como certo por ele, a partir de acordo que existe com Rogério, para disputar a primeira vaga na disputa.

Sobre a possível candidatura de Álvaro ao Senado, com apoio do PL e até do próprio Rogério Marinho, Coronel Hélio adota um tom diplomático. “Acho legítimo. Álvaro fez uma boa gestão em Natal, destravou muita coisa, e nós ajudamos muito também, na aprovação do plano diretor, do código de obras. Mas, na minha visão, Álvaro tem um perfil mais voltado ao Executivo. Ainda assim, é legítimo ele pleitear uma vaga no Senado. São duas cadeiras, afinal”, avaliou.

No entanto, ao pleitear o espaço para disputar uma das duas vagas, Coronel garante que tem recebido apoio de lideranças do próprio PL e da base bolsonarista no Estado. Entre os nomes citados, estão o deputado federal general Girão, a pré-candidata a estadual Ludmilla Oliveira, de Mossoró, e o Coronel Brilhante, pré-candidato a deputado federal.

“Agora é que está começando a chegar o apoio de alguns parlamentares. Meu projeto é coletivo. É o projeto da força democrática pela direita, a raiz, vamos dizer assim, do Estado. Eu pautei minha campanha conversando com o povo. Meu discurso é a coerência”, diz.

Ele afirma que sua candidatura não nasceu por vaidade, mas por um chamado político-ideológico, como defensor da liberdade e da democracia nos moldes defendidos pela ala mais conservadora. Ele define seu papel como ideológico dentro das premissas do bolsonarismo.

“Sempre fui um apoiador de bastidor, só entro realmente quando eu sou chamado e quando, efetivamente, existe uma pauta ideológica muito forte, quando alguém ameaça a nossa democracia, quando alguém ameaça a nossa liberdade. Eu sou um ferrenho defensor da liberdade, um ferrenho defensor da democracia. Então, eu me preocupo muito com o futuro do Brasil”, garante.


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PLANOS DESAFIAM CÂMARA E IGNORAM FAMÍLIAS ATÍPICAS, DIZ PRESIDENTE DA CEI

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O desrespeito dos planos de saúde que operam em Natal – Unimed, Humana e Hapvida – à Comissão Especial de Inquérito (CEI) instalada pela Câmara Municipal gerou indignação e reação do Legislativo natalense. Convocadas formalmente para prestar esclarecimentos sobre denúncias de negativas no atendimento a crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA), duas das três operadoras ignoraram a convocação, mesmo diante de dezenas de denúncias de descumprimento de contrato, descredenciamento de clínicas, remarcações de consultas de última hora e recusa de cobertura de terapias essenciais.

“A ausência dessas operadoras não é apenas uma afronta à Câmara Municipal, mas também uma agressão direta às famílias atípicas que pagam seus planos com sacrifício, na esperança de garantir atendimento digno para seus filhos. Muitas vezes, essas famílias deixam de comprar comida para pagar o boleto do plano e, ainda assim, têm seus direitos negados”, denunciou o vereador Kleber Fernandes (Republicanos), presidente da CEI, em entrevista ao Diário do RN.

Na sessão desta segunda-feira (23), a CEI decidiu recorrer à Justiça para solicitar a condução coercitiva dos representantes das empresas Hapvida e Humana, que sequer justificaram a ausência. A Unimed foi a única que enviou ofício, alegando mudanças na diretoria, e pediu reaprazamento da oitiva, agora marcada para o dia 6 de agosto.

Segundo Kleber, a Câmara fará uma nova notificação aos planos, desta vez com designação oficial publicada no Diário Oficial do Município desta quinta-feira (26), e com entrega presencial feita por servidor designado como oficial de notificação.

Caso as empresas novamente não se apresentem, o Legislativo acionará o Poder Judiciário.

“Há prerrogativa legal para investigação por parte da Câmara, e a gravidade dos fatos relatados nos obriga a tomar providências. Não podemos tolerar esse silêncio deliberado das operadoras diante de denúncias tão sérias”, afirmou.

A CEI foi criada em 10 de junho após a realização de uma audiência pública promovida pela Comissão de Defesa do Consumidor, que ouviu relatos emocionantes e revoltantes de pais e mães atípicos sobre negativas de cobertura e abandono por parte dos planos de saúde.

“Recebemos depoimentos preocupantes de pais e mães que pagam os planos de saúde a duras penas e que têm os seus direitos negligenciados, negados e afrontados pelos planos de saúde”, denuncia o vereador.

Nenhuma operadora compareceu à audiência. À convocação da CEI, posteriormente, apenas a Unimed apresentou justificativa – e não enviou representante. “Instauramos a CEI com o apoio de 28 dos 29 vereadores desta Casa, e convocamos formalmente os planos para uma reunião no dia 23 de junho. Não era um convite, era uma convocação. Mesmo assim, desrespeitaram a comissão e os consumidores”, ressaltou Kleber.

O vice-presidente da CEI, vereador Daniel Santiago (PP), também reagiu com firmeza, durante a reunião da CEI. “Se eles têm coragem de ignorar uma convocação oficial da Câmara, imagine o que não fazem com as crianças e suas famílias no dia a dia. Não podemos aceitar esse descaso institucionalizado”, ressaltou.

A comissão é composta ainda pelos vereadores Tércio Tinoco (relator), Thabatta Pimenta e Tony Henrique. O colegiado já recebeu uma série de denúncias formais de pais e responsáveis, que alegam desassistência, reagendamentos em cima da hora e recusa de cobertura para terapias essenciais no tratamento do autismo.


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SECRETÁRIO FICA REVOLTADO COM PICHAÇÃO DE MONUMENTO APÓS REVITALIZAÇÃO FEITA

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A Prefeitura de Natal, por meio da Secretaria Municipal de Serviços Urbanos (Semsur), concluiu na terça-feira (24) a revitalização das estátuas dos Três Reis Magos, monumento localizado na entrada sul da cidade, na BR-101. A intervenção teve como objetivo restaurar a imponência do monumento, que homenageia os co-padroeiros da capital potiguar, após ter sido alvo de pichações e vandalismo.

No entanto, menos de 24 horas após a conclusão dos trabalhos, o monumento foi novamente vandalizado. Na madrugada desta quarta-feira (25), as estátuas foram alvo de uma nova pichação, gerando indignação e frustrando o esforço de restauração recém-concluído.

O secretário da Semsur, Felipe Alves, lamentou o episódio e fez um apelo à população: “Eu vejo como algo revoltante o que aconteceu com o Monumento dos Reis Magos. Nós entregamos ele totalmente revitalizado ontem, e hoje amanheceu daquela forma, vandalizado. Então, é algo que nos revolta, e a gente chama a atenção da população para que não aceite situações como essa.

Nós não podemos normalizar isso”.

O secretário falou ainda sobre a necessidade de criar uma corrente para denunciar condutas como essas, a partir da conscientização da população de que os equipamentos públicos são para a coletividade. “Na medida em que há uma ação como essa, há um prejuízo para todos, além de um custo extra que sai dos nossos impostos. Então, lamentamos, e vamos recuperar mais uma vez. Vamos também estudar alternativas para monitorar e tentar inibir ações como essa, contando com a colaboração de toda a sociedade para que não ocorra mais. ”


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ISOLDA DANTAS: “GOVERNO DA PROFESSORA FÁTIMA FOI O MELHOR QUE O RN JÁ TEVE NOS ÚLTIMOS TEMPOS”

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Em meio às articulações para as eleições de 2026, a deputada estadual Isolda Dantas (PT) não poupou críticas à oposição potiguar em entrevista ao Diário do RN, nesta quarta-feira (25).

Segundo a parlamentar, os adversários do governo Fátima Bezerra (PT) estão “pulverizados”, porque não têm um projeto real para o Rio Grande do Norte, e agem tentando desqualificar os avanços da atual gestão.

“Essa pulverização de nomes revela, na verdade, a ausência de um projeto consistente por parte deles. Não se trata de uma disputa pelo avanço do RN, porque ele já está avançando conosco”, disparou Isolda, ao comentar a corrida entre figuras da oposição como Allyson Bezerra (UB), Álvaro Dias (Republicanos), Rogério Marinho (PL) e Styvenson Valentim (PSDB) para encabeçar uma candidatura ao Governo do RN.

De acordo com Isolda, o grupo opositor está mais interessado em disputar vaidades do que em oferecer soluções concretas para o estado.

“O que está em jogo é a tentativa de interromper um projeto de desenvolvimento que tem compromisso com o povo, para substituir por um modelo que já conhecemos bem: excludente, atrasado e sem raízes na realidade potiguar. A direita potiguar está mais preocupada em ocupar espaço do que em apresentar soluções. E isso o povo percebe. Enquanto eles disputam protagonismo entre si, nós seguimos trabalhando, dialogando e apresentando resultados. Não subestimamos nenhum adversário, mas confiamos na força de um projeto que tem uma trajetória de lutas e conquistas”, avaliou.

Nesse sentido, ela destacou conquistas nas áreas da segurança pública, saúde, infraestrutura, agricultura familiar e valorização dos servidores. “Mesmo com todos os desafios, principalmente pela conjuntura política adversa no primeiro mandato, o RN avançou em todas as áreas. Tivemos avanços na segurança, com concursos e progressão de cargo na carreira da segurança. O que nos ajudou a ter a capital mais segura do Nordeste. Descentralizamos serviços de saúde na capital e ampliamos o acesso a leitos de UTI em todas as regiões do Estado”, destacou.

“Fizemos o maior programa de obras estruturantes de segurança hídrica da história recente do Estado, mais de 800km de estradas recuperadas. Também houve avanços no combate à fome, nas políticas para as mulheres, na valorização do funcionalismo público, viramos referência nacional e internacional na agricultura familiar. Eu posso dizer com certeza que o governo da professora Fátima avançou e foi o melhor governo que o RN já teve nos últimos tempos”, lista.

Isolda Dantas rechaça a ideia de que as ações apresentadas pelo Governo do RN nos últimos meses são uma reação à oposição. “Nunca foi do nosso modelo governar pelas reações de adversários. As necessidades do povo potiguar sempre estiveram nítidas para nós, e é essa convicção que orienta a nossa atuação e a atuação política do Governo”.

A aliada de Fátima Bezerra (PT) acrescenta, ainda, que as ações do Governo é legado que serão mostrados durante a campanha eleitoral, mas que esse não é o objetivo principal do trabalho do PT à frente do Executivo.

“É claro que um projeto político tão enraizado e tão cheio de resultados concretos também se apresenta nas eleições. Mas é um equívoco enxergar as ações como algo meramente eleitoral. A gente planta, constrói e entrega”, garante.


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