Em matéria assinada pelos jornalistas André Shalders, Breno Pires e Vinícius Valfré, o jornal O Estado de São Paulo voltou a girar a sua metralhadora de denúncias contra o Ministério de Desenvolvimento Regional a respeito do que denominou de ORÇAMENTO SECRETO.
Na edição de hoje, o Estadão, sem temer as ameaças de processo feitas pelo ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência da República, Ônix Lorezonne, diz que “O esquema do orçamento secreto foi criado pelo presidente Jair Bolsonaro e operado com verba do Ministério de Desenvolvimento Regional, uma pasta loteada pelo Centrão.
Com o aval do Planalto, um grupo de Deputados e Senadores pôde impor o que seria feito com ao menos R$ 3 bilhões. Toda a negociação foi sigilosa e fere a lei orçamentária, o que pode levar o presidente a responder por crime de responsabilidade”.
Em outro trecho da matéria diz que “Parte da verba do orçamento secreto revelado pelo Estadão foi parar nos cofres de empresas ligadas a políticos e também de firmas que já figuraram nas páginas de outro escândalo, a Operação Lava Jato. Uma análise da destinação do dinheiro mostra estabelecimentos caseiros fechando contratos de dezenas de milhões de reais para compra de maquinário pesado”.
Entre os vários exemplos de irregularidades registradas com recursos financeiros do Ministério de Desenvolvimento Regional, que em 2020 ficou com R$ 8,3 dos 20,1 bilhões, o Estadão citou que “Uma das empresas na mira do TCU é a JND Representações. Ela fechou três contratos com a Codevasf no fim de 2020 para fornecer maquinário pesado, totalizando R$ 11,04 milhões.
Um feito e tanto para uma microempresa aberta em 2018, sediada em um apartamento residencial e comandada por um jovem de 29 anos. A JND tem capital social de R$ 50 mil – ou seja, este é o valor do investimento inicial”.